Buscar

A VISÃO DA ATIVIDADE POLICIAL SOB A PERSPECTIVA DOS DIREITOS HUMANOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

POLÍCIA MILITAR DE SANTA CATARINA
FACULDADE DA POLÍCIA MILITAR
AL SGT MATEUS JACY FLORIANI
A VISÃO DA ATIVIDADE POLICIAL SOB
 A PERSPECTIVA DOS DIREITOS HUMANOS
Florianópolis
2020
INTRODUÇÃO
O presente trabalho objetiva elaborar uma resenha crítica do caderno de estudo de Ética e Direitos Humanos, do Tenente Coronel PMSC Fred Hilton Gonçalves da Silva, Florianópolis, 2020, na parte referente as características e gerações dos Direitos Humanos, aos direitos fundamentais e à atividade Policial Militar.
GERAÇÕES DE DIRETOS HUMANOS
As gerações dos Direitos Humanos não se excluem, achamos importante salientar o nome dimensões como sinônimo de gerações. A maioria da doutrina vem classificando as dimensões ou gerações em cinco: 
A 1ª geração refere-se aos direitos de liberdade, os quais exigem uma abstenção do Estado. Assim, cabe à atividade policial não retirar a vida com execuções; não retirar a liberdade com prisões para mera averiguação; não violar domicílio, salvo exceções; permitir a liberdade de reunião; entre outros.
A 2º geração é a dos direitos da igualdade, que necessitam de uma ação positiva do Estado, mediante providência no que tange à educação, saúde, segurança, transporte, moradia, etc. A atividade policial é percussora nata do direito à segurança, devendo a Polícia Militar de Santa Catarina promover a segurança de todos os cidadãos em solo estadual.
A 3ª geração alude aos direitos de fraternidade e solidariedade, caracterizados pelos direitos difusos e coletivos. Temos, então, o direito ao meio ambiente equilibrado, o qual é agasalhado pela Polícia Militar Ambiental. 
Na 4ª geração, além do biodireito trazido pelo material em análise, a doutrina traz o direito à democracia, o direito à informação e o direito ao pluralismo, ou seja, é “a derradeira fase de institucionalização do Estado social” (BONAVIDES, 2006, p.572). Vive-se na atualidade brasileira muitas manifestações com diferentes ideologias e opiniões. Cabe à Polícia Militar, proteger esses direitos, resguardando os manifestantes de todos os lados, sem fazer escolha ou juízo de valor. 
Por fim, a 5ª geração trata do direto à paz, que “legitima o estabelecimento da ordem, da liberdade e do bem comum na convivência dos povos” (BONAVIDES, 2006, p.573). Neste ponto, a Polícia Militar tem a responsabilidade constitucional de assegurar a ordem pública.
Assim, além dos exemplos trazidos por nós, é ampla a participação da Polícia Militar como defensora dos Direitos Humanos.
CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS
As características buscam estabelecer parâmetros que auxiliam as análises de conflitos aparentes entre os Direitos Humanos e os demais direitos. 
São características dos Direitos Humanos: relatividade – não são absolutos, devem ser ponderados caso a caso; imprescritibilidade - não tem validade temporal; inalienabilidade - são intransferíveis, não podem ser doados ou vendidos; irrenunciabilidade - não podem ser renunciados, contudo o professor Lenza (2015, p.1632) afirma que pode ocorrer o não exercício; inviolabilidade - não podem ser descumpridos; universalidade - são para todos, sem nenhuma discriminação; efetividade - o Estado deve garantir a efetivação dos direitos e garantias previstas; complementaridade - “devem ser interpretados em conjunto, e não de forma isolada, não havendo hierarquia entre eles” (DIÓGENES JÚNIOR, 2012). 
Além dessas características elencadas no caderno de estudo, trazemos outras observadas por Diógenes Júnior (2012): indivisibilidade – não podem ser analisados de forma isolada, compõem um único conjunto de direitos; historicidade – são direitos conquistados paulatinamente no decorrer dos anos; vedação ao retrocesso – uma vez estabelecidos não se admite retrocesso; concorrência – o mesmo sujeito ativo pode usufruir mais de um direito ao mesmo tempo. 
DIREITOS FUNDAMENTAIS NA CONSTITUIÇÃO DE 1988 - CRFB/88
Sentimos falta da definição e diferenciação dos Direitos Humanos e dos direitos fundamentais no caderno de estudos, desta forma trouxemos com nossas palavras: os Diretos Humanos são proteções à dignidade da pessoa humano no âmbito internacional, já os direitos fundamentais são esses mesmos direitos positivados no ordenamento pátrio. 
A CRFB/88, chamada de constituição cidadã, trouxe avanços significativos na proteção da dignidade humana, elevando-a a fundamento da República Federativa do Brasil, bem como tratando os Direitos Humanos como princípio para reger as relações internacionais. 
Com base sólida na proteção dos seres humanos, a CRFB/88 garante que os tratados e convenções internacionais sobre os Direitos Humanos, aprovados pelo Congresso Nacional com o quórum especial das emendas constitucionais, a elas serão equiparados.
Estão positivados na CRFB/88 os seguintes direitos e garantias fundamentais: direitos individuais e coletivos; direitos sociais; direitos de nacionalidade; direitos políticos; partidos políticos; e direito ao meio ambiente equilibrado. Esses direitos servem como norteadores das leis infraconstitucionas, as quais são instrumentos de efetividade das garantias e estão vinculadas ao labor da Polícia Militar. 
Cabe ressaltar, que esses direitos não são abolutos e que não se pode utiliza-los como carta branca para justificar comportamentos inadequados ou criminosos. Ficando claro que a defesa dos Direitos Humanos visa coibir abusos reais do Estado ou nas relações interpessoais.
ATIVIDADE POLICIAL MILITAR E DIREITOS HUMANOS
O caderno de estudo traz muitos exemplos de normas que ressaltam a importância da atividade policial como promotora e defensora dos Direitos Humanos.
 
CONCLUSÂO
Logo, fica claro que a Polícia Militar é protagonista na defesa de todas as dimensões dos Direitos Humanos, seja por sua abstenção ou pela ação do policial.
Ao caderno de estudo alvo desta resenha crítica cabem algumas complementações. Faltam, por exemplo, casos práticos da atuação da Polícia Militar nas dimensões dos Direitos Humanos, como aqueles mencionados no corpo do trabalho. Ademais, o caderno de estudo omite algumas correntes importantes no estudo dos Direitos Humanos, pois deixou de citar certos conceitos e características desses, trazidas pela maioria dos doutrinadores, como os apontados na resenha.
Ainda, destacamos a importância dos ensinamentos da matéria no cotidiano da atividade policial, principalmente no Curso de Formação de Sargentos, os quais serão exemplos e multiplicadores para a tropa de protetores dos Direitos Humanos.
REFERÊNCIAS
BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 19ª Edição, São Paulo, SP : Malheiros, 2006.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 11 de julho de 2020.
DIÓGENES JÚNIOR, José Eliaci Nogueira. Aspectos gerais das características dos direitos fundamentais. Âmbito Jurídico, 2012. Disponível em: HTTPS://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-constitucional/aspectos-gerais-das-caracteristicas-dos-direitos-fundamentais/#:~:text=Complementaridade%3A%20os %20direitos%20fundamentais%20devem,objetivos%20previstos%20pelo%20legislados%20constituinte. Acesso em 11 de julho de 2020.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 19. ed. rev., atual. e ampl., São Paulo, SP: Saraiva, 2015.
SILVA, Fred Hilton Gonçalves da. Ética e Direitos Humanos. Florianópolis, SC: FAPOM, 2020.

Continue navegando