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1 Plano ÉTICA PROFISS EAD 2017 1

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FACULDADE DOM ALBERTO 
DISCIPLINA: ÉTICA PROFISSIONAL 
CURSO : ADMINISTRAÇÃO E CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
PROF(as): Nadiesca Pohlmann 
 
 
 
1 
 
 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 
 
 
1. Ética e moral 
2 . A dimensão ética da pessoa e conceituação de ética e de moralidade. 
3. Principais concepções éticas. 
4. Ética nas relações organizacionais. 
5. As relações de comportamento e ética nas organizações 
6 . A relação da ética com a responsabilidade social da organização. 
7 . A Ética e o meio ambiente. 
8 . A ética e o Gestor e as principais teorias motivacionais. 
9 . Ética no comportamento dos grupos 
10. Ética nas lideranças e Relacionamentos interpessoais 
11 . Ética da Comunicação: linguagem verbal e não-verbal 
12 . Ética profissional: O indivíduo e as organizações 
13 . Ética do trabalho: direitos e responsabilidades das empresas e dos empregados. 
14 . Perspectivas éticas sobre o conflito social e sindicalismo. 
15 . Aspectos legais e o Código de Ética do Administrador. 
16 . Aspectos Legais e o Código de Ético do Contador 
 
 
PLANO DE AULA INTEGRAL 
 
 CONHECIMENTO 1: ÉTICA E MORAL 
 
 
 
QUAL A DIFERE ENTRE ÉTICA E MORAL? 
Gustavo Bernardo RESPONDE 
(http://www.revista.vestibular.uerj.br/coluna/coluna.php?seq_coluna=68 
 
Podemos responder a esta pergunta com uma história árabe. 
Um homem fugia de uma quadrilha de bandidos violentos quando encontrou, 
sentado na beira do caminho, o profeta Maomé. Ajoelhando-se à frente do profeta, o 
homem pediu ajuda: essa quadrilha quer o meu sangue, por favor, proteja-me! 
O profeta manteve a calma e respondeu: continue a fugir bem à minha frente, eu 
me encarrego dos que o estão perseguindo. 
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PROF(as): Nadiesca Pohlmann 
 
 
 
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Assim que o homem se afastou correndo, o profeta levantou-se e mudou de 
lugar, sentando-se na direção de outro ponto cardeal. Os sujeitos violentos chegaram 
e, sabendo que o profeta só podia dizer a verdade, descreveram o homem que 
perseguiam, perguntando-lhe se o tinha visto passar. 
O profeta pensou por um momento e respondeu: falo em nome daquele que 
detém em sua mão a minha alma de carne: desde que estou sentado aqui, não vi 
passar ninguém. 
Os perseguidores se conformaram e se lançaram por um outro caminho. O 
fugitivo teve a sua vida salva. 
O leitor entendeu, não? 
Não? 
Explico. 
A moral incorpora as regras que temos de seguir para vivermos em 
sociedade, regras estas determinadas pela própria sociedade. Quem segue as regras é 
uma pessoa moral; quem as desobedece, uma pessoa imoral. 
A ética, por sua vez, é a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, que 
reflete sobre as regras morais. A reflexão ética pode inclusive contestar as regras 
morais vigentes, entendendo-as, por exemplo, ultrapassadas. 
Se o profeta fosse apenas um moralista, seguindo as regras sem pensar sobre 
elas, sem avaliar as consequências da sua aplicação irrefletida, ele não poderia ajudar 
o homem que fugia dos bandidos, a menos que arriscasse a própria vida. Ele teria de 
dizer a verdade, mesmo que a verdade tivesse como consequência a morte de uma 
pessoa inocente. 
Se avaliarmos a ação e as palavras do profeta com absoluto rigor moral, temos 
de condená-lo como imoral, porque em termos absolutos ele mentiu. Os bandidos não 
podiam saber que ele havia mudado de lugar e, na verdade, só queriam saber se ele 
tinha visto alguém, e não se ele tinha visto alguém “desde que estava sentado ali”. 
Se avaliarmos a ação e as palavras do profeta, no entanto, nos termos da ética 
filosófica, precisamos reconhecer que ele teve um comportamento ético, encontrando 
uma alternativa esperta para cumprir a regra moral de dizer sempre a verdade e, ao 
 
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mesmo tempo, ajudar o fugitivo. Ele não respondeu exatamente ao que os bandidos 
perguntavam, mas ainda assim disse rigorosamente a verdade. 
Os bandidos é que não foram inteligentes o suficiente, como de resto homens 
violentos normalmente não o são, para atinarem com a malandragem da frase do 
profeta e então elaborarem uma pergunta mais específica, do tipo: na última meia hora, 
sua santidade viu este homem passar, e para onde ele foi? 
Logo, embora seja possível ser ético e moral ao mesmo tempo, como de 
certo modo o profeta o foi, ética e moral não são sinônimas. Também é 
perfeitamente possível ser ético e imoral ao mesmo tempo, quando desobedeço 
uma determinada regra moral porque, refletindo eticamente sobre ela, considero-
a equivocada, ultrapassada ou simplesmente errada. 
 
 
O que é Ética: 
 
 
https://www.google.com.br/search?q=imagem+de+etica&tbm=isch&imgil=STk8poc83lwt_M%253A%253BBF0M
dSNGasxAoM%253Bhttp%25253A%25252F%25252Fwww.selbe 
 
 
 
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Segundo OLIVEIRA (1996), Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado 
aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que 
pertence ao caráter. 
Num sentido menos filosófico e mais prático podemos compreender um pouco 
melhor esse conceito examinando certas condutas do nosso dia a dia, quando nos 
referimos por exemplo, ao comportamento de alguns profissionais tais como um: 
 médico, 
 jornalista, 
 advogado, 
 empresário, 
 um político e até mesmo um 
 professor. 
Para estes casos, é bastante comum ouvir expressões como: 
 ética médica, 
 ética jornalística, 
 ética empresarial e 
 ética pública. 
O autor afirma que a ética pode ser confundida com lei, embora, com certa 
frequência, a lei tenha como base princípios éticos. 
Porém, diferentemente da lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo 
Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer 
sanção pela desobediência a estas; mas a lei pode ser omissa quanto a questões 
abrangidas pela ética. 
A ética abrange uma vasta área, podendo ser aplicada à vertente profissional. 
Existem códigos de ética profissional que indicam como um indivíduo deve se 
comportar no âmbito da sua profissão. 
A ética e a cidadania são dois dos conceitos que constituem a base de uma 
sociedade próspera. 
 
 
 
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 O que é Ética: 
Segundo ARRUDA (2001), Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado 
aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que 
pertence ao caráter. 
Num sentido menos filosófico e mais prático podemos compreender um pouco 
melhor esse conceito examinando certas condutas do nosso dia a dia, quando nos 
referimos por exemplo, ao comportamento de alguns profissionais tais como um 
médico, jornalista, advogado, empresário, um político e até mesmo um professor. 
Para estes casos, é bastante comum ouvir expressões como: ética médica, ética 
jornalística, ética empresarial e ética pública. 
O autor esclarece que a ética pode ser confundida com lei, embora, com certa 
frequência, a lei tenha como base princípios éticos. 
Porém, diferentemente da lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo 
Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer 
sanção pela desobediência a estas; mas a lei pode ser omissa quanto a questões 
abrangidas pela ética. 
A ética abrange uma vasta área, podendo ser aplicada à vertente profissional. 
Existem códigos de ética profissional que indicam como um indivíduo deve se 
comportar no âmbito da sua profissão. A ética e a cidadania são dois dos conceitos que 
constituem a base de uma sociedade próspera. 
 
 Ética e Moral 
 
https://www.google.com.br/search?q=imagem+de+moral&tbm=isch&imgil=ClpyY-EKLDG0AM%253A%253Bp6MQyWxznxVFDM%253Bhttps%25253A%25252 
 
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SROUR (1998), define Ética e moral como temas relacionados, mas são 
diferentes, porque moral se fundamenta na obediência a normas, costumes ou 
mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos e a ética, busca fundamentar o 
modo de viver pelo pensamento humano. 
Na filosofia, a ética não se resume à moral, que geralmente é entendida como 
costume, ou hábito, mas busca a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo 
de viver; a busca do melhor estilo de vida. 
A ética abrange diversos campos, como 
 antropologia, 
 psicologia, 
 sociologia, 
 economia, 
 pedagogia, 
 política, e até mesmo 
 educação física e 
 dietética. 
SROUR (1998), afirma que Moral é o conjunto de regras adquiridas através 
da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano, e que orientam o 
comportamento humano dentro de uma sociedade. 
Etimologicamente, o termo moral tem origem no latim morales, cujo significado é 
“relativo aos costumes”. 
As regras definidas pela moral regulam o modo de agir das pessoas, sendo uma 
palavra relacionada com a moralidade e com os bons costumes. 
De acordo com o autor está associada aos valores e convenções estabelecidos 
coletivamente por cada cultura ou por cada sociedade a partir da consciência 
individual, que distingue o bem do mal, ou a violência dos atos de paz e harmonia. 
Os princípios morais como a: 
 honestidade, 
 a bondade, 
 o respeito, 
 
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 a virtude, e etc, determinam o sentido moral de cada indivíduo. São 
valores universais que regem a conduta humana e as relações saudáveis 
 
 Ética e Moral 
 
https://www.google.com.br/search?q=imagem+de+etica+e+moral&tbm=isch&imgil=JalU_dzmwOFsUM%253A%253
Bc9-9JsVuwt7ISM%253Bhttp%25253A%252 
 
De acordo com OLIVEIRA (1996), a moral orienta o comportamento do homem 
diante das normas instituídas pela sociedade ou por determinado grupo social. 
Diferencia-se da ética no sentido de que esta tende a julgar o comportamento 
moral de cada indivíduo no seu meio. 
No entanto, ambas buscam o bem-estar social.. 
 Moral, amoral e imoral 
Segundo OLIVEIRA (1996), as definições de amoral e imoral estão relacionadas 
com a moral, no entanto expressão significados distintos. 
 
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A imoral é todo o tipo de comportamento ou situação que contraria os princípios 
estabelecidos pela moral. Por exemplo, a falta de puder, a indecência e etc. 
Já um comportamento ou situação amoral é a ausência do conhecimento ou 
noção do que seja a moral. As pessoas com comportamentos amorais não sabem 
quais os princípios morais de determinada sociedade, por isso não segue-os. 
 
https://www.google.com.br/search?q=imagem+de+etica+e+moral&tbm=isch&imgil=JalU_dzmwOFsUM%253A%253
Bc9-9JsVuwt7ISM%253Bhttp%25253A%252 
REFERÊNCIAS 
ARRUDA JÚNIOR, Edmundo L. de; GONÇALVES, Marcus Fabiano. Fundamentação 
ética e hermenêutica: alternativas para o direito. Florianópolis: CESUSC, 2002. 
 
OLIVEIRA, Manfredo A. de. Ética e sociabilidade. São Paulo, Loyola, 1996. 
 
ARRUDA, M.C.C. et al. Fundamentos de ética empresarial e econômica. São Paulo: 
Atlas, 2001. 
 
SROUR, Robert, H. Poder, cultura e ética nas organizações. Rio de Janeiro: 
Campus, 1998 
 
 
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CONHECIMENTO 2: A DIMENSÃO ÉTICA DA PESSOA E A CONCEITUAÇÃO DE 
ÉTICA E DE MORALIDADE 
 
 De acordo com ARRUDA (2001), a etimologia dos termos Moral e Ética gera 
confusão, sendo que Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser, e Moral 
tem sua origem no latim, que vem de “mores”, significando costumes. 
Esta confusão pode ser resolvida com o esclarecimento dos dois temas, sendo 
que Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em 
sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo 
cotidiano. 
Durkheim explica Moral, como a “ciência dos costumes”, sendo algo anterior a 
própria sociedade. A Moral tem caráter obrigatório. Já a palavra Ética, Motta (1984) 
define como um “conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em 
relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, outrossim, o bem-
estar social”, ou seja, Ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio 
social. 
 De acordo com o autor, a Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui 
a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. 
Surgiu quando o homem passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, surgiu nas 
sociedades primitivas. A Ética surgiu com Sócrates, pois se exige maior grau de 
cultura. 
Ela investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir não só por 
tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência. Nesse 
sentido, Ética é teórica e reflexiva, enquanto a Moral é eminentemente prática.Uma 
completa a outra, havendo um inter-relacionamento entre ambas, pois na ação 
humana, o conhecer e o agir são inseparáveis. Entre a moral e a ética há uma tensão 
permanente: a ação moral busca uma compreensão e uma justificação crítica, e a 
ética, por sua vez, exerce uma permanente vigilância crítica sobre a moral. 
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 Na situação: Em nome da amizade, deve-se guardar silêncio diante do ato de 
um traidor? 
 Em situações como esta, os indivíduos se deparam com a necessidade de 
organizar o seu comportamento por normas que se julgam mais apropriadas ou mais 
dignas de ser cumpridas. 
ARRUDA (2001) ressalta que tais normas são aceitas como obrigatórias, e desta 
forma, as pessoas compreendem que têm o dever de agir desta ou daquela maneira. 
Porém o comportamento é o resultado de normas já estabelecidas, não sendo, então, 
uma decisão natural, pois todo comportamento sofrerá um julgamento. 
 A diferença prática entre Moral e Ética, de acordo com OLIVEIRA(1996), é 
que esta é o juiz das morais, assim Ética é uma espécie de legislação do 
comportamento Moral das pessoas. 
Mas a função fundamental é a mesma de toda teoria: 
* explorar, 
* esclarecer ou 
* investigar uma determinada realidade. 
A Moral, afinal, não é somente um ato individual, pois as pessoas são, por 
natureza, seres sociais, assim percebe-se que a Moral também é um empreendimento 
social. E esses atos morais, quando realizados por livre participação da pessoa, são 
aceitas, voluntariamente. 
Ética e Moral são os maiores valores do homem livre. Ambos significam 
"respeitar e venerar a vida". 
O homem, com seu livre arbítrio, vai formando seu meio ambiente ou o 
destruindo, ou ele apóia a natureza e suas criaturas ou ele subjuga tudo que pode 
dominar, e assim ele mesmo se torna no bem ou no mal deste planeta. Deste modo, 
Ética e a Moral se formam numa mesma realidade. 
Importância da ética no trabalho 
A ética é indispensável ao profissional, pois, na ação humana, o "fazer" e o "agir" 
estão integrados. O "fazer" diz respeito à competência, à eficiência e eficácia que todo 
profissional deve possuir para desempenhar bem a sua profissão. O "agir" refere-se à 
 
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conduta deste profissional, ao conjunto de atitudes que deve este, assumir na 
execução de sua profissão.Ética Profissional 
Além dos princípios gerais que norteiam o bom funcionamento social, existe 
também a ética de determinados grupos ou locais específicos. 
Ex. ética médica, ética empresarial,ética jornalística, entre outros. Os códigos de 
ética orientam e fiscalizam o serviço profissional dos médicos,psicólogos, advogados, 
entre outros. 
 QUANDO FALAMOS EM ÉTICA LOGO NOS VEM UMA DÚVIDA: 
CERTO ou ERRADO. 
Segundo OLIVEIRA (1996), PRECISAMOS LEMBRAR DE 3 PALAVRAS: 
 
http://1.bp.blogspot.com/_yLOnKxk8g5o/SqZC7mT-T-I/AAAAAAAAEJc/fv0qnDCXoZ4/s1600/Hipocrisia.jpg 
http://1.bp.blogspot.com/_yLOnKxk8g5o/SqZC7mT-T-I/AAAAAAAAEJc/fv0qnDCXoZ4/s1600/Hipocrisia.jpg
 
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1ªTEMPERANÇA: Temperança significa ter moderação em suas atitudes, ter 
equilíbrio, e é um termo oriundo do latim. 
Temperança é uma das virtudes universais, e é a que faz com que as pessoas 
moderem seus desejos e vontades, como as paixões, alimentos, bebidas, e etc. 
2ªCORAGEM: é a habilidade de confrontar o medo, a dor, o perigo, a incerteza 
ou a intimidação. Uma pessoa corajosa é uma pessoa que, mesmo com medo, faz o 
que tem a fazer. 
 Pode ser dividida em física e moral. 
Coragem é a confiança que o homem tem em momentos de temor ou situações 
difíceis, é o que o faz viver lutando e enfrentando os problemas e as barreiras que 
colocam medo, é a força positiva para combater momentos tenebrosos da vida. 
3ª VIRTUDE: é uma qualidade moral particular. Virtude é uma disposição estável 
em ordem a praticar o bem; revela mais do que uma simples característica ou uma 
aptidão para uma determinada ação boa: trata-se de uma verdadeira inclinação. 
Virtudes são todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem quer 
como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente. 
 A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que 
constituem o homem de bem. 
 
A explicitação do assédio moral: ( SROUR 1998): 
 Assédio moral no trabalho é a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a 
situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada 
de trabalho e no exercício de suas funções. 
 O assédio moral é mais comum em relações hierárquicas autoritárias e 
assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações de semanas e as de 
longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinados, 
desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, 
forçando-o a desistir do emprego. 
 A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida do trabalhador 
de modo direto, comprometendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Perigo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Incerteza
http://pt.wikipedia.org/wiki/Intimida%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Moral
 
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sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a 
incapacidade laborativa, desemprego ou até a morte. 
Constitui um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho: 
 gestos, 
 condutas abusivas e constrangedoras, 
 humilhar repetidamente, 
 inferiorizar, 
 amedrontar, 
 menosprezar ou 
 desprezar, 
 ironizar, 
 difamar, 
 ridicularizar, 
 risinhos, 
 suspiros, 
 piadas relacionadas ao sexo, 
 ser indiferente a presença do outro, 
 estigmatizar os adoecidos pelo trabalho, 
 colocá-los em situações vexatórias, 
 falar baixinho acerca da pessoa, 
 olhar e não ver ou ignorar sua presença, 
 rir daquele que apresenta dificuldade, 
 não cumprimentar, 
 sugerir que peçam demissão, 
 dar tarefas sem sentido ou que jamais serão utilizadas ou mesmo irão para o 
lixo, 
 controlar o tempo de idas ao banheiro, 
 tornar público. 
Danos da humilhação à saúde: 
 A humilhação constitui um risco invisível, porém concreto nas relações 
de trabalho e a saúde dos trabalhadores, revelando-se uma das formas mais poderosa 
 
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de violência sutil nas relações organizacionais, sendo mais frequente com as mulheres 
e adoecidos.A humilhação repetitiva e prolongada tornou-se prática costumeira no 
interior das empresas. 
 O que a vítima deve fazer? 
 Resistir: anotar com detalhes todas as humilhações sofridas (dia, mês, 
ano,hora, local ou setor, nome do agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da 
conversa e o que mais você achar necessário). 
 Procurar ajuda a centros de saúde e verificar quais atitudes pode buscar. 
 Todo cidadão tem direitos e deveres. 
 Assédio Sexual 
 O assédio sexual sempre fez parte da história do mundo, e foram vistas 
de formas distintas em diferentes culturas. 
 O assédio sexual é conceituado como toda tentativa por parte do 
empregador ou de quem detenha poder hierárquico sobre o empregado, de obter dele 
favores sexuais, através de condutas reprováveis, indesejadas e rejeitadas, com o uso 
do poder que detém como forma de ameaça e condição de continuidade no emprego, 
ou quaisquer outras manifestações agressivas de índole sexual com o intuito de 
prejudicar a atividade laboral da vítima, por parte de qualquer pessoa que faça parte do 
quadro funcional, independentemente do uso do poder hierárquico. 
 Desde maio de 2001 nossa legislação passou a tratar o assédio 
sexual como crime, previsto no artigo 216-A do Código Penal 
Brasileiro. 
 O assédio por intimidação, caracteriza-se por incitações sexuais 
importunas, de uma solicitação sexual ou de outras manifestações 
da mesma índole, verbais ou físicas, com o efeito de prejudicar a 
atuação laboral de uma pessoa ou de criar uma situação ofensiva, 
hostil, de intimidação ou abuso no trabalho. 
O assédio sexual por chantagem: esta modalidade no ambiente de trabalho 
pressupõe, necessariamente, abuso de poder por parte do empregador ou de 
pressuposto seu. Envolve o uso ilegítimo do poder hierárquico, colocando a vítima em 
situação de grande constrangimento, uma vez que normalmente terá dificuldades de 
 
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reagir em legítima defesa, em virtude do perigo de consequências negativas, inclusive 
a perda do próprio emprego 
IMPORTANTE: 
Sob o Prisma do Direito do Trabalho, se o assédio é iniciativa de um empregado 
em relação a outro colega de trabalho, poderá o assediador ser dispensado por justa 
causa.Para o assediado o assédio sexual gera efeitos degradantes tanto no 
desempenho de sua função quanto nas relações com seus colegas. 
Onde denunciar: 
* Sindicato 
* Ministério Público do Trabalho - MPT 
* Justiça do Trabalho 
* Comissão de Direitos Humanos 
*DRT/ Delegacias Regionais do Trabalho 
 
Para refletir- Poesia 
No caminho com Maiakóvski 
 Eduardo Alves da Costa 
Na primeira noite eles se aproximam 
 e roubam uma flor do nosso jardim. 
E não dizemos nada. 
Na segunda noite, 
á não se escondem 
 pisam as flores, matam nosso cão. 
E não dizemos nada. 
Até que um dia, o mais frágil deles 
 entra sozinho em nossa casa, 
 rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, 
 arranca-nos a voz da garganta. 
 E já não podemos dizer nada. 
 
 
 
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PARA REFLETIR SOBRE A IMAGEM ABAIXO: ÉTICA E MORAL. 
 
http://1.bp.blogspot.com/_yLOnKxk8g5o/SqZC7mT-T-I/AAAAAAAAEJc/fv0qnDCXoZ4/s1600/Hipocrisia.jpg 
 
REFERÊNCIAS : 
ARRUDA JÚNIOR, Edmundo L. de; GONÇALVES, Marcus Fabiano. Fundamentação 
ética e hermenêutica: alternativas para o direito. Florianópolis: CESUSC, 2002. 
 
OLIVEIRA, Manfredo A. de. Ética e sociabilidade. São Paulo, Loyola, 1996. 
 
HABERMAS, Jürgen. Mudança Estrutural da esfera pública. Rio de Janeiro: Tempo 
Brasileiro, 2003. 
 
ARRUDA, M.C.C. et al. Fundamentos de ética empresarial e econômica. São Paulo: 
Atlas, 2001. 
 
SROUR, Robert, H. Poder, cultura e ética nas organizações. Rio de Janeiro: 
Campus, 1998 
 
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 Conhecimento 3: PRINCIPAIS CONCEPÇÕES ÉTICAS 
 
 
Nos dias de hoje, autores como Michel Maffesoli se colocam, sem no entanto 
admitir, como herdeiros do pirronismo. Na visãoo maffesoliana, a proliferacan dos 
fanatismos religiosos, dos conflitos etnicos e raciais, dos movimentos neonazistas e 
tantas outras manifestações tribais é urn reflexo da falencia dos ideais democraticos da 
modernidade, cuja "onda de choque", iniciada pela Revolucao Francesa (Maffesoli, 
1995, p. 25), esta em vias de esgotamento. 
Segundo o autor, o mundo contemporaneo experimenta uma autentica 
"mudanca de estilo", a qual ele insere no quadro de uma pos-modernidade, 
caracterizada fundamentalmente pela presentificação do existir. Dito de outro modo, as 
pessoas passam a dar mais importancia a esfera do passional, as banalidades do 
cotidiano, ao fazer politica no espaço do aqui e agora. 
 
 Concepções Éticas (Segundo OLIVEIRA 1996): 
 Moral Grega 
“O sábio é o único capaz de se soltar das amarras que o obrigam a ver apenas 
sombras e, dirigindo-se para fora, contempla o sol”.(Idéia do Bem) 
(Platão, A República) 
Alcançar o Bem; buscar o Bem –> Capacidade de compreender bem. 
Virtude: disposição permanente de querer o Bem. 
Virtude –> Vir –> Virtus: poder, potência, possibilidade de passar ao ato. 
(Aristóteles, Ética) 
 Idade Média 
Teocentrismo –> os valores encontram-se em Deus. 
Concepção ética fundada nos valores religiosos e, por sua vez, fundados na 
esperança e na fé. 
Homem Moral = Homem temente a Deus. 
 Iluminismo 
3 
 
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Ser moral e ser religioso não são pólos inseparáveis –> um homem ateu pode 
ser um homem moral, já que os valores encontram-se no próprio homem. –> 
Antropocentrismo 
O homem deve agir à luz da razão. Não faz sentido agir bem para: 
 ser feliz 
 evitar a dor 
 alcançar o céu ou 
 escapar da punição divina 
Só faz sentido agir bem se a vontade humana for regida por um “imperativo 
categórico”. 
O imperativo categórico é incondicionado, portanto absoluto e livre. 
X 
A autonomia da razão para legislar supõe a liberdade e o dever. 
“Age de tal modo que a máxima de tua ação possa sempre valer como princípio 
universal de conduta”. 
(Kant) 
(“A máxima é o princípio subjetivo, com base no qual um indivíduo orienta sua 
conduta”). 
Exemplo: não roubar 
Roubar = aceitar o enriquecimento ilícito 
elevando a máxima pessoal a nível universal, significa: todos podem roubar. Se 
todos podem roubar, não há como manter a posse daquilo que foi roubado. Conclusão: 
roubar é irracional. 
(Immanuel Kant, Crítica da Razão Prática) 
 Materialismo Dialético 
Karl Marx 
O ser social determina a consciência; o modo de produção da vida material 
condiciona o desenvolvimento da vida social, política e intelectual. 
As expressões da consciência humana – inclusive a moral – são o reflexo das 
relações que os homens estabelecem na sociedade para produzir sua existência. 
 
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Portanto, a moral muda conforme se alteram os modos de produção. –> não há valores 
universais. 
Ao contrário, onde existe sociedade dividida em classes com interesses 
antagônicos, a moral da classe dominante predomina e torna-se instrumento 
ideológico. 
 Existencialismo 
Jean-Paul Sartre 
Cada homem é responsável por toda a humanidade –> solidariedade. 
O conteúdo da moral é sempre concreto e, por conseguinte, previsível; há 
sempre invenção. A única coisa que conta é saber se a invenção que se faz, se faz em 
nome da liberdade. 
->não há moral universal. Não é possível a elaboração de uma ética que não 
sucumbisse ao individualismo e ao relativismo, já que cada homem é responsável por 
toda a humanidade. 
A essência precede a existência –> o homem primeiramente existe, se 
descobre, surge no mundo; e só depois se define. 
Não há natureza humana. 
Não há Deus para conceber. 
 Psicanálise 
Sigmund Freud 
O Inconsciente: mundo oculto da vida das pulsões, dos desejos, da energia 
primária da sexualidade e agressividade. 
Raiz do comportamento humano. 
Concepção do homem concreto. 
Compreensão de que o reconhecimento e o controle (não a repressão) dos 
desejos é indispensável para a realização da vida moral num mundo adulto. 
 Escola de Frankfurt 
Adorno, Horkheimer, Benjamin, Fromm, Marcuse, Habermas 
Premissa: a Razão não ilumina. 
Razão –> razão instrumental –> separa as coisas para poder dominá-las –> 
sujeito – objeto 
 
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corpo – alma 
eu – mundo 
natureza – cultura 
paixões, emoções, sentidos, imaginação X Pensamento 
Proposta: abordagem dialética 
 Positivismo 
(Cientificismo) Levy-Bruhl 
Crítica: a idéia universal do homem é pobre e artificial, pois não abre ou favorece 
a evolução dos conhecimentos. 
Pressupor uma natureza humana falseia toda a reflexão sobre a moralidade. 
Conhecer o homem e suas culturas –> observar e comparar. 
A unidade mental (natureza humana) provavelmente vai aparecer e será 
definida a posteriori. Portanto, será diferente daquela definida a priori. 
a posteriori a priori 
o SER constatado X o dever SER 
(Sociologismo) (Metafísica) 
 
 
 Diversas éticas ( ARRUDA, 2001) 
 
A ética não funciona através da imposição e da dogmatização de seus códigos. 
Desde seu início, a filosofia moral (ética) sempre se utilizou da argumentação racional, 
valendo-se de métodos que variavam, de acordo com o pensador ou a escola filosófica. 
Assim temos como metodologias de argumentação ética ao longo da história da 
filosofia: 
 – o método empírico-racional, desenvolvido por Aristóteles; 
 – o método empirista e racionalista, adotado pela maioria dos filósofos 
modernos a partir de Descartes; 
 – o método transcendental, desenvolvido por Kant na Crítica da Razão 
Pura; 
 
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 – o método dialético-absoluto, elaborado por Hegel em sua filosofia; 
 – o método dialético-materialista, criado por Marx e utilizado por 
pensadores marxistas; 
 – o método fenomenológico, elaborado por Husserl e desenvolvido por 
Scheler; 
 – a análise da linguagem, utilizada pelos pensadores ingleses Moore, 
Stevenson e Ayer; 
 – por final, o método neocontratualista, desenvolvido pelo filósofo 
americano John Rawls. 
O desenvolvimento das tecnologias e das sociedades humanas tem contribuído 
para a expansão do campo de aplicação da ética. 
A Declaração dosDireitos do Homem (1949), assinada por todos os países-
membro da ONU; assim como diversas comissões criadas para proteção: 
 às pessoas (crianças, idosos, deficientes, etc.), 
 à biodiversidade, 
 aos recursos naturais, etc., fizeram com que surgissem diversas novas 
áreas de preocupação e atuação para a ética: 
 Bioética, 
 ética empresarial, 
 ética ambiental, 
 ética médica, 
 ética política, 
 ética econômica, entre outras, são áreas onde a análise e a crítica 
filosófica se faz cada vez mais presente. 
 
ANÁLISE DE FILME QUE TRATA SOBRE ÉTICA 
FILME 
O SENHOR DAS MOSCAS – LORD OF THE FLIES. 
 
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Realização: Harry Hook (1990 – 91 m.) 
APRESENTAÇÃO 
Trata – se um filme inspirado no livro " O Senhor das moscas", com o qual o seu autor, 
William Golding, ganhou o prémio Nobel da literatura. 
Um grupo de estudantes entre os 9 e os 12 anos de idade sofre um desastre de avião e 
cai numa ilha deserta. Pertenciam a uma academia militar, pelo que o comandante do 
grupo assume a liderança. No início a alegria é a nota dominante. Não há aulas, não há 
adultos... só há férias! Como se trata de uma ilha tropical, sentem-se no paraíso. No 
entanto, é preciso lutar pela sobrevivência para conseguir alimentos, para se 
protegerem das condições climatéricas e para avisar os possíveis socorristas de que 
estão vivos... Dividem-se tarefas, estabelecem-se objectivos, mas nem todos os 
elementos do grupo possuem a mesma motivação. Alguns não estão dispostos a 
aceitar as regras do jogo, mesmo que o que esteja em causa seja a sobrevivência... 
Um dos rapazes propõe que se dediquem apenas à caça e às brincadeiras, 
apresentando aos seus companheiros soluções fáceis e de satisfação imediata. 
Recusa participar nos trabalhos rotineiros que caberiam a todos os estudantes. Desfaz-
se a união entre os colegas e alguns seguem o rebelde. Com o desenrolar da história, 
o comandante do grupo vai - se sentindo mais isolado, mas não cede nas suas 
convicções e no que ele considera mais adequado para o bem de todos. Mantém a sua 
estratégia, a única correcta a longo prazo. Mas a sua firmeza é insuportável para os 
insubmissos que, numa explosão de ódio, tentam matá-lo, depois de já terem morto um 
dos poucos colegas que o apoiava. É um homem só, o único que não se juntou aos do 
"outro grupo". No momento em que está quase a ser apanhado, chegam uns 
helicópteros salvadores, colocando um ponto final à história, que fica em aberto... a 
conclusão tem de ser tirada por todos os espectadores do filme ou leitores do livro. 
 
 
 
 
 
 
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FILME SOBRE O PROBLEMA DA FUNDAMENTAÇÃO DA MORAL 
MEDIDAS EXTREMAS (Extreme Measures) 
 
 
SINOPSE 
Guy Luthan (Hugh Grant) é um jovem médico inglês que trabalha num hospital de Nova 
Iorque. Começa a ficar intrigado quando repara que o corpo de um homem que morreu 
na emergência desapareceu. Na verdade não há nem registos da sua entrada. Ao 
tentar descobrir a verdade, o médico encontra pistas relacionadas com um eminente 
cirurgião (Gene Hackman). A sua vida começa a ficar ameaçada porque há quem não 
queira que os segredos do hospital venham à tona. 
REFERÊNCIAS : 
 
OLIVEIRA, Manfredo A. de. Ética e sociabilidade. São Paulo, Loyola, 1996. 
 
HABERMAS, Jürgen. Mudança Estrutural da esfera pública. Rio de Janeiro: Tempo 
Brasileiro, 2003. 
 
ARRUDA, M.C.C. et al. Fundamentos de ética empresarial e econômica. São Paulo: 
Atlas, 2001. 
 
SROUR, Robert, H. Poder, cultura e ética nas organizações. Rio de Janeiro: 
Campus, 1998 
 
http://2.bp.blogspot.com/-VGQ3H7o_E58/TWPTG0xC_8I/AAAAAAAAADU/CeTrYnyS6bQ/s1600/Medidas+Extremas-ok.jpg
 
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CONHECIMENTO 4: ÉTICA NAS RELAÇÕES ORGANIZACIONAIS 
 
 
A ética proporciona as razões para determinadas escolhas, exigindo uma 
reflexão a respeito dos princípios fundamentais que criticam ou legitimam o agir 
humano. Pode-se dizer que a ética “é um conjunto de normas, princípios e razões que 
um sujeito compreendeu e estabeleceu como diretriz de sua conduta” (CLAVO, 2008, 
p. 120). 
O estudo da ética define-se também como “um conjunto de referências, 
princípios e disposições voltados para a ação, para balizar as ações humanas entre o 
supostamente correto e o incorreto, o supostamente bom e o mau, o supostamente 
justo e o injusto” (CASALI, 2008, p. 53). 
 Para Matos (2008, p. 28), a ética é “a ciência do bem comum. Implica preservar 
a dignidade humana, a liberdade, a igualdade de oportunidades, o respeito aos direitos 
humanos. Sem uma ética mínima não há grupo sustentável”. 
Não se pode cultivar uma ética decorrente de cerceamento, com o indivíduo 
adotando um comportamento ético apenas porque está sendo vigiado, ou porque 
precisa seguir as normas estipuladas. 
A ética é muito mais complexa e envolve a essência do agir humano em busca 
do entendimento das próprias atitudes do bem para si e para os outros. Passos (2006, 
p. 98) alerta para o cuidado com a redução da ética a aspectos normativos e justifica 
que “as normas e os códigos devem ser considerados apenas como meios, como 
orientadores, e não como um fim em si mesmos”. 
As normas servem para orientar o indivíduo a refletir a respeito das suas 
decisões. Na linguagem informal, os termos ética e moral são utilizados como 
sinônimos: abrangem as normas e princípios que ditam o comportamento humano e 
são expressos por meio de valores. 
 
4 
 
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 A moral pode ser descrita como o comportamento validado pelos costumes e 
pela sociedade; é expresso por meio de normas. A moral ou conjunto de morais é o 
objeto de estudo da ética. 
A diferenciação de ética e moral pela origem dos termos ficou prejudicada, 
porque foram utilizados na tradição filosófica como sinônimos (TUGENDHAT, 1996, 
p.35). 
“No latim, o termo grego éthicos foi então traduzido por moralis. Mores significa: 
usos e costumes”; porém, não é este o entendimento sobre ética ou moral. Segundo 
Tugendhat (1996, p. 35), a palavra ética foi traduzida de forma equivocada: “na ética 
aristotélica, não apenas ocorre o termo éthos (com e longo), que significa propriedade 
do caráter, mas também o termo éthos (com e curto) que significa costume, e é para 
este segundo termo que serve a tradução latina” (TUGENDHAT, 1996, p. 35- 36). 
Já o termo moralis, em latim, “veio então a ser quase que um termo técnico, que 
não permite mais pensar muito em costumes, mas que foi empregado exclusivamente 
em nosso sentido de ‘moral’” (TUGENDHAT, 1996, p. 36). 
Tugendhat (1996) refere-se ao emprego dos termos ética e moral como 
“intercambiáveis”. Para ele, a distinção é desnecessária, e a pergunta a respeito da 
diferenciação entre ética e moral não tem sentido. 
Entretanto, posteriormente, o autor refere-se a uma aceitável diferenciação: 
“uma outra definição terminológica possível dotermo ‘ético’ é, diferenciando-o do moral, 
compreendê-lo como a reflexão filosófica sobre a moral” (TUGENDHAT, 1996, p. 41). 
A moral está vinculada diretamente aos valores, costumes e normas, que num 
determinado contexto são válidas, definindo o que deve ser realizado e o modo de se 
agir em situações determinadas, de acordo com a liberdade de escolha de cada 
indivíduo. 
A moral é “um conjunto de normas que são transmitidas de geração a geração, 
evoluem ao longo do tempo e possuem fortes diferenças em relação às normas de 
outra sociedade e de outra época histórica”(CLAVO, 2008, p. 120). 
Essas normas direcionam o comportamento dos indivíduos dessa sociedade. “A 
moral é definida como conjunto de valores, de princípios, de regras que norteiam o 
 
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comportamento humano. [...] A ética é a reflexão crítica sobre a moralidade. Não tem a 
pretensão de definir normas, mas indicar princípios” (RIOS, 2008, p. 84). 
A moral engloba os valores presentes na sociedade e, a partir desses valores, 
classifica o comportamento como certo ou errado, enquanto que a ética se preocupa 
em refletir sobre os fundamentos das ações. 
 Vázquez (2007, p. 19) também diferencia ética e moral, porém, ressalta que “os 
problemas teóricos e os problemas práticos, no terreno moral, se diferenciam, portanto, 
mas não estão separados por uma barreira intransponível”. 
É difícil efetuar essa separação, porque as questões morais e éticas estão 
relacionadas: uma sempre recorre à outra, seja por meio da prática ou da reflexão. 
Segundo Passos (2006, p. 22), 
 
Poder-se-ia dizer que a moral normatiza e direciona a prática das pessoas, e a 
ética teoriza sobre as condutas, estudando as concepções que dão suporte à 
moral. São, pois, dois caminhos diferentes que resultam em status também 
diferentes; o primeiro, de objeto, e o segundo, de ciência. Donde deduzimos 
que a Ética é a ciência da moral. 
 
A ética empresarial é definida por Moreira (1999, p. 28) como “o 
comportamento da empresa – entidade lucrativa – quando ela age de 
conformidade com os princípios morais e as regras do bem proceder aceitas pela 
coletividade (regras éticas)”. 
Para Alonso et al. (2006, p.147), trata-se do “conjunto de princípios, valores e 
padrões que regula o comportamento das atividades da empresa do ponto de vista do 
bem ou do mal”. Humberg (2006, p. 82), por sua vez, salienta que: 
 A ética empresarial (ou organizacional, num sentido mais amplo), envolve a 
definição clara de posturas adotadas pela empresa e por seus colaboradores, a partir 
dos dirigentes e, embora baseada em conceitos morais, distingue-se destes pela sua 
característica mais utilitária. 
Trata-se de estabelecer os procedimentos para o dia-a-dia da empresa e não 
conceitos filosóficos ideais. 
A ética organizacional é uma postura adotada por toda a organização de forma 
clara e responsável em todas as atividades organizacionais. 
 
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Entretanto, pode-se afirmar que algumas organizações têm dado maior valor ao 
“Marketing da ética” ao estarem preocupadas em se mostrarem éticas. 
Com essa visão, implementam ações, criam códigos de conduta, inserem nos 
sites os links com os programas de ética, entre outros, sem se atentarem para o fato de 
que a ética deve estar vinculada à filosofia organizacional, e dela devem consistir todas 
as atividades organizacionais. 
Percebe-se que, um programa de ética envolve todos os integrantes da 
organização, principalmente a alta administração, na adoção de posturas éticas que 
atendam os objetivos organizacionais e também os interesses legítimos dos seus 
públicos na construção de uma sociedade mais justa e humana. 
A ética organizacional passa a integrar as atividades da organização quando os 
seus colaboradores se sentirem envolvidos nesse processo, por meio de um ambiente 
que lhes proporcionem condições favoráveis para manutenção de uma conduta ética. 
Decorre o posicionamento estratégico dos dirigentes em promover a ética 
organizacional “como uma experiência positiva, que pode proporcionar satisfação e 
realização por si mesma, e não como um conjunto de sanções que limitam e ameaçam 
pessoas em seus cargos” (AGUILAR, 1996, p. 53). 
A ética não pode ser utilizada como forma de coação, é oportunidade para 
valorização do indivíduo como sujeito autônomo e dotado de capacidade para fazer as 
suas escolhas. 
ÉTICA X RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL 
 
Srour (2003) ao discutir a responsabilidade social empresarial, suas vantagens e 
como essas atitudes contribuem para a construção da “empresa cidadã”, sustenta que 
o comportamento ético influencia diretamente na formação da reputação e no aumento 
do grau de confiança na empresa. 
É necessário ressaltar a responsabilidade de cada integrante da organização e a 
valorização do seu papel para a prática de um comportamento ético que contribuirá 
para a credibilidade do profissional e da organização à qual está vinculado. 
É preciso ressaltar que a busca pela “excelência ética” não pode limitar os 
programas ou a abordagem da ética somente aos aspectos instrumentais, às 
 
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transmissões de informações, de normas, de códigos de ética. “Ele deve ter como 
finalidade levar as pessoas a pensar. Mais do que isso, a refletir sobre seus atos, 
tomando por base o respeito à pessoa e à verdade” (PASSOS, 2006, p. 104). 
Humberg (2006) descreve, de forma resumida, cinco etapas principais da 
implantação de um programa de ética: 
 identificação da cultura e dos valores da organização; 
 b) definição e discussão com os envolvidos sobre o código de ética; 
 c) orientação dos relacionamentos com os segmentos envolvidos; 
 d) treinamento e reciclagem; 
 e) criação de sistemáticas de acompanhamento. 
 Em todas as etapas, está incluída uma série de procedimentos que 
determinarão o sucesso do programa de ética. É evidente, no entanto, que o diálogo é 
imprescindível, para que o programa seja baseado em necessidades da empresa e 
represente a sua singularidade. 
 Além disso, percebe-se a oportunidade de atuação dos profissionais de 
comunicação organizacional e relações públicas em todas as etapas do programa 
proposto e, principalmente como articuladores e promotores do diálogo. 
 Quando uma organização define, como sua política, a conduta ética, ela 
também poderá cobrar tal posicionamento dos seus gestores e dos seus 
colaboradores. Dessa forma, obterá maior comprometimento de seu público interno 
que perceberá que toda a organização está alinhada a esse propósito. 
 
 As empresas que se preocupam com a imagem corporativa, com a valorização 
de suas marcas ou com a reputação de que desfrutam, acabam também 
compondo uma agenda em que a reflexão ética ganha estatuto de estratégia 
relevante; afinal, a reputação é uma das facetas mais vulneráveis que as 
empresas apresentam (SROUR, 2003, p. 348). 
 
 
 O Processo Ético Organzacional se relaciona com diversos fatores 
conforme aparece na Figura 2 abaixo: 
 Valores Culturais, 
 Desenvolvimento Moral cognitivo, 
 Estilo de Gestão, 
 
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 Clima Ético Organizacional, 
 Desempenho Social, Fatores Demográficos. 
 
 
 
ETICA X Combate à Discriminação no Trabalho 
O Ministério do Trabalho e Emprego, como órgão da Administração Pública 
Federal responsável pela regulamentação e fiscalização das relações de trabalho e 
emprego, na profissão, com o intuito de combater os vários tipos de discriminações, 
iniciou, em 1997, o Programa Brasil, Gênero e Raça. 
O Programa Brasil, Gênero e Raça é executado por meio dos Núcleos de 
Promoção da Igualdade de Oportunidades e de Combate à Discriminação. O Ministério 
do Trabalho e Emprego tem buscado incorporar à sua missão institucional o princípio 
da igualdade de oportunidades e do combate a todas as formas de discriminação, 
considerando os seguintes pontos: 
a) transversalidade 
b) articulação de políticas 
c) desenvolvimento e inclusão social. 
 O Governo Federalvem desenvolvendo ações na direção da promoção de 
igualdade de oportunidades a grupos e populações socialmente excluídas, por meio da 
disseminação, fortalecimento institucional e articulação de políticas públicas que 
promovam a diversidade e a eliminação de todas as formas de discriminação. 
 
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O Ministério do Trabalho e Emprego tem impulsionado ações e apoios 
estratégicos a estas políticas, com a finalidade de contribuir para a consolidação de 
uma política nacional integrada de inclusão social e redução das desigualdades sociais 
com geração de trabalho, emprego e renda, promoção e expansão da cidadania. 
Essas políticas são desenvolvidas por meio de diversos programas do Sistema 
Público de Trabalho, Emprego e Renda, Economia Solidária, Relações do Trabalho, 
Fiscalização ao cumprimento das normas de proteção ao trabalhador e trabalhadora e 
de ampliação e aperfeiçoamento da rede de combate à discriminação no trabalho, além 
do Programa Brasil Gênero e Raça que incorpora a promoção da: 
 igualdade de oportunidades no trabalho e o 
 combate a discriminação, 
 fundamentada na raça, 
 cor, 
 sexo, 
 religião, 
 opinião pública, 
 ascendência nacional ou origem social, 
 e outras discriminações: 
 como: 
 idade, 
 orientação sexual, 
 estado de saúde, 
 deficiência, cidadania e 
 obesidade, 
 através de ações educativas de sensibilização. 
 
 
 
OBSERVE O QUADRO ABAIXO E REFLITA SOBRE O DIÁLOGO ENTRE AS DUAS 
PESSOAS. 
 
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DICA DE ESTUDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
OLIVEIRA, Manfredo A. de. Ética e sociabilidade. São Paulo, Loyola, 1996. 
 
HUMBERG, Mario Ernesto. O profissional e a ética empresarial. In: KUNSCH, 
Margarida M. K. (Org.). Obtendo resultados com relações públicas. São Paulo: Pioneira 
Thomson Learning, 2006. p. 81-88. ____. Ética empresarial e relações públicas. 
Revista Brasileira de Comunicação Organizacional e de Relações Públicas, São Paulo, 
n.8, p. 89-98, jan./jul. 2008. 
 
 KUNSCH, Margarida. Planejamento de relações públicas na comunicação 
integrada. 4. ed. São Paulo: Summus, 2003. 
 
 MATOS, Francisco Gomes. Ética na gestão empresarial: da conscientização à 
ação. São Paulo: Saraiva, 2008. MOREIRA, Joaquim Manhães. A ética empresarial no 
Brasil. São Paulo: Pioneira, 1999. 
 
 PASSOS, Elizete. Ética nas organizações. 2. reimp. São Paulo: Atlas, 2006. 
 
LER SOBRE A ÉTICA E DISCRIMINAÇÃO NO TRABALHO. 
LEMBRANDO QUE Os valores éticos são desenvolvidos ao 
longo do tempo e são influenciados pelos grupos dos quais ele 
faz parte, como a família, religião, amigos, escola etc. 
http://1.bp.blogspot.com/_yLOnKxk8g5o/SqZC7mT-T-I/AAAAAAAAEJc/fv0qnDCXoZ4/s1600/Hipocrisia.jpg
 
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CONHECIMENTO 5: AS RELAÇÕES DE COMPORTAMENTO E ÉTICA NAS 
ORGANIZAÇÕES 
 
 
As relações éticas da empresa com seus stakeholders (acionistas, fornecedores, 
funcionários, comunidade e clientes). 
 
 
 
O termo stakeholder, conforme Freeman e Mc Vea (2010), apareceu em um 
memorando do Instituto de Pesquisa de Stanford (SRI) nos anos 60 Donaldson e 
Preston (1995) . 
Nesse memorando discutiu-se a atuação do gestor de empresa como sendo de 
múltiplos objetivos, que deveriam atender aos stakeholders, ou seja, às necessidades 
de acionistas, empregados, clientes, fornecedores, financiadores e sociedade. 
Nessa ótica, a gestão empresarial deve ser desenvolvida para garantir o apoio 
de cada um desses interessados, o que garantiria o sucesso da empresa em longo 
prazo. 
Assim, segundo os autores, o gestor deve explorar as relações com os 
stakeholders para desenvolver as estratégias empresariais. 
 Administrando stakeholders: a dimensão descritiva Uma das principais ideias 
defendidas por Donaldson e Preston (1995) para a construção de uma teoria de 
stakeholders é a de que ela é gerencial. 
 O objetivo não é só descrever situações existentes ou predizer relações de 
causa e efeito, “… mas também recomendar atitudes, estruturas e práticas que juntas 
constituam a administração dos stakeholders” (p.66). 
O papel dos administradores, bem como sua percepção da importância, 
atributos e legitimidade de interesses dos stakeholders é um ponto importante e 
constitui a dimensão descritivo/empírica da teoria. 
A primeira questão de caráter descritivo a estabelecer se refere ao conceito de 
organizações. A teoria dos stakeholders e a dos shareholders comungam a visão 
econômica de que as organizações são “ nexos de contratos”. 
5 
 
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 A clássica visão da firma como uma caixa preta, na qual insumos são 
convertidos em produtos sem "... explicar como conflitantes objetivos de participantes 
individuais são trazidos para o equilíbrio, assim como os resultados são 
distribuídos”(Jensen e Meckling, 1996:317), dá lugar à contribuições em que o 
comportamento dos participantes afeta os resultados organizacionais, em especial dos 
administradores. 
Segundo Wagner III e Hollenbeck (2003, p. 06), “Comportamento Organizacional 
(CO) é um campo de estudo voltado a prever, explicar, compreender e modificar o 
comportamento humano no contexto das empresas”. 
 Já para Robbins (2002, p. 06): 
 
É um campo de estudos que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a 
estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações, com o 
propósito de utilizar esse conhecimento para promover a melhoria da eficácia 
organizacional. 
 
Baseado na definição de Comportamento Organizacional, Wagner III e Hollenbeck 
(2003, p. 06), escreveram três importantes considerações: 
 
1-O comportamento organizacional enfoca comportamentos observáveis, tais 
como conversar com colegas de trabalho,utilizar equipamentos ou preparar um 
relatório. Porém, também lida com as ações internas, como pensar perceber e 
decidir, as quais acompanham as ações externas. 
2- O comportamento organizacional estuda o comportamento das pessoas 
tanto como indivíduos quanto como membros de unidades sociais maiores. 
3- O comportamento organizacional também analisa o “comportamento” dessas 
unidades sociais maiores – grupos e organizações – por si. Nem os grupos 
nem as organizações se comportam do mesmo jeito que uma pessoa. 
Entretanto, certos eventos de unidades sociais maiores não podem ser 
explicados somente como resultado de comportamentos individuais. Esses 
eventos devem ser entendidos em termos de processos grupais ou 
organizacionais. 
 
 
Segundo Moscovici (1980), as pessoas pensam, sentem, percebem e agem de 
maneiras diferentes. Nessas percepções diferentes é que surge o conflito, e à medida 
que essas diferenças comportamentais precisam ser enfrentadas, elas não podem ser 
consideradas como boas ou más, pois forneceram riquezas de possibilidades e opções 
de maneiras para reagir a situações e problemas. 
Em relação aos conflitos, Bowditch (1992) complementa que conflito intergrupal 
é representado pelas diferentes maneiras de pensar dos indivíduos, quanto às 
 
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autoridades, metas, territórios ou recursos, que são inevitáveis dentro das 
organizações. 
Robbins (2002) registrou que o comportamento organizacional se focaliza em 
três níveis de comportamento dentrodas organizações. Sendo o primeiro nível o 
indivíduo; a forma como ele age perante as diversas situações do cotidiano, se ele está 
disposto no serviço, recepcionando bem, de forma calorosa a fim de cativar e atrair o 
cliente. 
O segundo nível seria o do grupo; onde sentam, analisam e discute sobre o 
trabalho, em busca de melhoras, soluções para a empresa ou até mesmo planejar 
futuros projetos. 
E o terceiro e último nível é o da estrutura; relacionado ao local onde se trabalha 
se é adequado ou não, para se obter um melhor desempenho. 
O administrador deve ter três grandes habilidades para trabalhar com as 
pessoas, para que possa atingir seus objetivos com sucesso: 
 habilidade técnica, 
 humana e 
 conceitual. 
 A habilidade técnica é aquela que tem a capacidade de aplicação de 
conhecimento especializado, adquirido no exercício de determinada função. 
 A habilidade humana é aquela que é capaz de trabalhar com outras pessoas, 
que tem facilidade em se comunicar, motivar e delegar. 
 A habilidade conceitual é a capacidade mental de analisar, interpretar 
racionalmente as informações e diagnosticar situações complexas. “Todos os princípios 
da administração cientifica refletem a ideia de que por meio de uma administração 
adequada uma empresa poderia alcançar rentabilidade e sobrevivência longa no 
mundo competitivo dos negócios. (WAGNER III E HOLLENBECH, 2003 p. 8 e 9”. 
Para Robbins (2002, p. 66) “Atitudes são afirmações avaliadoras ou julgamentos 
que dizem respeito a objetos, pessoas ou eventos”. Essas atitudes, segundo Robbins 
(2002), podem ser favoráveis ou desfavoráveis, pois elas transmitem como uma 
pessoa se sente em relação a alguma coisa. 
 
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Por isso, a tamanha importância delas nas organizações, porque as atitudes 
podem afetar o comportamento no trabalho. É onde muitas pessoas ficam mal vistas 
perante os olhos da empresa; por expressar atos indevidos. Muitos desses ocorridos 
por causa da mistura feita pelas pessoas entre local de trabalho e lazer. 
Outro fator que também as deixam em situações desfavoráveis nas 
organizações é quando o indivíduo entra na empresa visando em obter lucro através do 
prejuízo da mesma. 
 Como pessoas que são contratadas, mas o que elas querem mesmo é ter o seu 
próprio negócio encima dos danos da empresa, contudo, fazem o possível e o 
impossível para conseguir isso, como inventar lesões físicas providas do trabalho para 
que a firma responda judicialmente. 
Robbins (2002) escreveu que apesar dos valores não terem uma ligação direta 
com as atitudes, é fundamental conhecê-los por influenciar fortemente nelas. “Portanto, 
o conhecimento do sistema de valores de uma pessoa pode ajudar no entendimento de 
suas atitudes” (ROBBINS, 2002, p. 78). 
“Mudar a estrutura organizacional não é suficiente. A única maneira de mudar 
uma organização é mudar sua cultura, ou seja, os sistemas dentro dos 6 quais as 
pessoas vivem e trabalham”. (BECKHARD, 1972 apud CHIAVENATO, 1999, p.323) 
Entretanto, para finalizar; na percepção de Wagner III e Hollenbeck (2003), não 
só o indivíduo, mas também os grupos interferem diretamente nas organizações, pois a 
formação de grupos dentro das empresas contribui positivamente para elas, devido as 
suas distinções psicológicas que cada membro tem entre si. Desta forma, o trabalho 
flui. Mas para que isso ocorra é necessário que dentro do grupo haja lealdade e 
comprometimento, de maneira a trabalharem juntos, cooperando uns com os outros. 
Em geral, elas: 
 
 a. Definem a si mesmas como membros; 
 b. São definidas pelas outras como membros; 
 c. Identificam-se umas com as outras; 
 d. Envolvem-se em interação freqüente; 
 e. Participam de um sistema de papéis interdependentes; 
 f. Compartilham normas comuns; 
 g. Buscam metas comuns, interdependentes; 
 h. Sentem que sua percepção ao grupo é compensadora; 
 i. Possuem uma percepção coletiva da unidade; 
 
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 j. Unem-se em todo confronto com outros grupos ou indivíduos.(WAGNER III e 
HOLLENBECK,2003, p. 210- 211) 
 
As pessoas precisam, cada vez mais, se sentirem importantes, necessárias e 
reconhecidas em suas vidas. E é a partir do que a empresa apresenta como uma 
cultura, no que diz respeito ao trato dos seus profissionais, é que pode fazer com que 
todos percebam que são integrantes essenciais em sua equipe. De acordo com 
Chiavenato (2009, p. 66) 
 
Embora se possam ver as pessoas como recursos, isto é, portadoras de 
habilidades, capacidades, conhecimento, competências, motivação de trabalho 
etc., nunca se deve esquecer que as pessoas são pessoas, isto é, portadoras 
de características de personalidades, expectativas, objetivos pessoais, histórias 
particulares, etc. Convém, portanto, salientar algumas características genéricas 
das pessoas como pessoas, pois isso melhora a compreensão do 
comportamento humano nas organizações. 
 
 
 
Segundo Robbins (2005, p. 6), o comportamento organizacional se preocupa 
com o estudo do que as pessoas fazem nas organizações e de como este 
comportamento afeta o desempenho das empresas. Na óptica da psicologia, o 
comportamento é tudo aquilo que faz um ser humano perante o seu meio envolvente. 
Cada interação de uma pessoa com o seu ambiente implicam um comportamento. 
De acordo com Tonnera (2013, p.2), pode-se considerar que três grandes 
grupos que responsáveis por determinar a percepção de um indivíduo: 
 
Valores: é o conjunto de todas as crenças do indivíduo no que se refere à 
relação com outras pessoas e o ambiente. É o grande responsável pela 
interface do indivíduo com a sociedade. Modelos Mentais: podem ser estórias 
ou imagens que existem na mente do indivíduo no seu mais íntimo e que o 
mesmo carrega consigo no que diz respeito a sua própria existência. É como 
se fosse o “retrato” que ele enxerga da sua própria realidade, da realidade 
alheia e o seu conceito de mundo ideal. Motivos: é interessante utilizar como 
base o conceito de Eric Maslow da teoria das necessidades para entender em 
que estágio de necessidade o indivíduo encontra-se e assim entender o seu 
grau de percepção em relação aos fatos. 
 
 
 
Segundo Chiavenato (2009, p.66-67), o comportamento das pessoas apresenta 
algumas características: 
 
 
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O homem proativo: o comportamento das pessoas é orientado para a 
satisfação de suas necessidades pessoais e para o alcance de seus objetivos e 
aspirações. De modo geral, o comportamento nas organizações é determinado 
tanto pelas práticas organizacionais como pelo comportamento proativo 
(orientado para objetivos pessoais) dos participantes da organização. O 
homem é social: a participação em organizações é importante na vida das 
pessoas porque as conduz ao envolvimento com outras pessoas ou grupos. 
 
Segundo Chiavenatto (2009), nos grupos ou nas organizações, os indivíduos 
procuram manter a identidade e seu bem-estar psicológicos e usam seus 
relacionamentos com outras pessoas para obterinformação sobre si mesma e sobre 
ambiente em que vivem. 
O homem tem diferentes necessidades: as pessoas são motivadas por uma 
diversidade de necessidades. Um fator pode motivar o comportamento de uma pessoa 
hoje e pode não ter potência suficiente para determinar seu comportamento no dia 
seguinte. 
Por outro lado, o comportamento das pessoas é simultaneamente influenciado 
por um grande número de necessidades que apresentam valências e quantidades 
diferentes. 
O homem percebe e avalia: a experiência da pessoa com o seu ambiente é um 
processo ativo porque seleciona os dadosdos diferentes aspectos do ambiente, avalia-
os em termo de suas próprias experiências passadas em função daquilo que está 
experimentando em termos de suas próprias necessidades e valores. 
O homem pensa e escolhe: o comportamento humano é proposital, proativo e 
cognitivamente ativo. Pode ser analisado em termos de planos comportamentais que 
escolhe, desenvolve executa para lidar com estímulos com que se defronta e para 
alcançar seus objetivos pessoais. 
O homem tem limitada capacidade de resposta: a capacidade é limitada de 
acordo com o que pretende ou ambiciona. As pessoas não são capazes de se 
comportar de todas as formas, pois suas características pessoais são limitadas e 
restritas. 
As diferenças individuais fazem com que as pessoas tenham comportamentos 
variados. A capacidade de resposta é função das aptidões (inatas) e da aprendizagem 
 
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(aquisição). Tanto a capacidade mental como a capacidade física está sujeita a 
limitações. 
 
http://oobservadoradm.blogspot.com.br/2011/06/comportamento-dos-individuos-na.html 
 
 
Segundo ROBBINS (2005), entre as variáveis que afetam o comportamento dos 
indivíduos na organização estão as individuais e ambientais. Nas variáveis individuais 
estão a infância, a adolescência e a fase adulta de cada um. Nas ambientais estão o 
grupo social, cultura, fatores do ambiente físico etc. As pessoas apresentam diferenças 
individuais no desempenho do trabalho por dois motivos principais. O primeiro é por 
cada um nascer diferente do outro e o segundo é por terem tido experiências de vida 
diferentes. E a personalidade do ser humano é resultante disto. Ou seja, a vida das 
pessoas irá depender desde como nasceram e foram criadas. 
O autor também retrata que os profissionais de recursos humanos nas 
organizações verificam o comportamento no trabalho e tentam aumentar os 
comportamentos que estão contribuindo para o desempenho organizacional. Os 
comportamentos que não estão contribuindo são eliminados através de técnicas: 
treinamentos e dinâmicas de grupo. Penso que nos dias de hoje com as mudanças que 
aconteceram no mundo teríamos de ir mais além para estarmos julgando se um 
 
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comportamento é mau ou não. Não basta só isso, é necessário verificar porque os 
funcionários vêm apresentando tais comportamentos que afetam ou não o 
desempenho. 
Ou seja, é preciso verificar os fatores que vêm influenciando no desempenho. Se 
esses se devem a fatores pessoais, a tecnologia da empresa, as políticas da empresa 
ou aos estilos de liderança. O que não podemos é ficar de braços cruzados diante dos 
problemas e sim investigar a razão deles estarem ocorrendo. 
De acordo com ROBBINS (2005),quando os objetivos do indivíduo não são 
atingidos ocorre a frustração. Ela é representada por um incentivo negativo. Com ela o 
que o indivíduo pretende se torna impossível, não encontrando outra saída a não ser 
mudar as pretensões iniciais e adotar outro comportamento. 
Através da frustração o indivíduo não desempenha seu próprio papel estando 
desmotivado. Caso a frustração seja muito intensa coloca em perigo a personalidade 
do indivíduo podendo ocorrer inclusive o trauma. A pessoa procura fugir das 
consequências maléficas dela para não se desajustar. 
Quando os funcionários estão com problemas deve-se chegar perto deles 
conversando de maneira clara e habitual oferecendo idéias que possam ajudar a 
resolver seus próprios conflitos. Para ver se a frustração é anormal é preciso ver se o 
indivíduo é capaz de se livrar dela e de como é ajudado por outras pessoas a se livrar. 
Quando os conflitos e frustrações não se resolvem podem ocasionar comportamentos 
desajustados, infelicidade e improdutividade. 
A frustração pode ser uma situação de vida benéfica conforme ela impulsiona o 
indivíduo a agir na tentativa de resolvê-la. Existe uma motivação que leva o homem a 
agir, buscando diminuir as ansiedades e tensões que o atrapalham psicologicamente. 
Essas pessoas que agem mesmo frustradas são aquelas que não se deixam abater 
diante de qualquer problema. 
Eles refletem sobre seu estado e situação chegando no consenso que se 
desistirem e não tentarem de novo não chegarão a lugar algum. São pessoas que 
lutam pelo que querem, não desistindo fácil das coisas. Esses tipos de pessoas sempre 
atingem seus objetivos vencendo na vida e quando caem diante das dificuldades 
sempre levantam. 
 
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Antes de fazermos julgamentos da maneira das pessoas se comportarem nas 
organizações é preciso levar em consideração as variáveis individuais e ambientais. E, 
caso apresentem comportamentos não esperados investir nos treinamentos. Dessa 
maneira estão valorizando as pessoas. 
O autor afirma que “Investir só em máquinas não é suficiente, porque o que vai 
fazer o resultado na produtividade e sucesso da empresa são as pessoas que irão 
comandá-las.” 
Para lembrar... 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 
9.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. 
 
TONNERA, Anderson. O comportamento nas organizações. Disponível em: . Acesso 
em: 14 dez. 2013. ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. São Paulo: 
Peason Prentice Hall, 2005. 
 
ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. São Paulo: Peason Prentice 
Hall, 2005. 
 
WAGNER III, John A. e HOLLENBECK, John R. Comportamento organizacional: 
criando vantagem competitiva. Tradução: Cid Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva, 
2003. 
 
 
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CONHECIMENTO: A RELAÇÃO DA ÉTICA COM A RESPONSABILIDADE SOCIAL 
DA ORGANIZAÇÃO 
 
NORMA ISSO 26000 – DIRETRIZES EM RESPONSABILIDADE SOCIAL 
A ISO 26000:2010 é uma norma de diretrizes e de uso voluntário; não visa nem é 
apropriada a fins de certificação. Qualquer oferta de certificação ou alegação de 
ser certificado pela ABNT NBR ISO 26000 constitui em declaração falsa e 
incompatível com o propósito da norma. 
 
No dia 1º de novembro de 2010, foi publicada a Norma Internacional ISO 26000 
– Diretrizes sobre Responsabilidade Social, cujo lançamento foi em Genebra, Suíça. 
No Brasil, no dia 8 de dezembro de 2010, a versão em português da norma, a ABNT 
NBR ISO 26000, foi lançada em evento na Fiesp, em São Paulo. 
Segundo a ISO 26000, a responsabilidade social se expressa pelo desejo e pelo 
propósito das organizações em incorporarem considerações socioambientais em seus 
processos decisórios e a responsabilizar-se pelos impactos de suas decisões e 
atividades na sociedade e no meio ambiente. Isso implica um comportamento ético e 
transparente que contribua para o desenvolvimento sustentável, que esteja em 
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conformidade com as leis aplicáveis e seja consistente com as normas internacionais 
de comportamento. 
Também implica que a responsabilidade social esteja integrada em toda a 
organização, seja praticada em suas relações e leve em conta os interesses das partes 
interessadas. 
 
 A norma fornece orientações para todos os tipos de organização, independente 
de seu porte ou localização, sobre: 
 
 conceitos, termos e definições referentes à responsabilidade social; 
 histórico, tendências e características da responsabilidade social; 
 princípios e práticas relativas à responsabilidade social; os temas centrais e as questões referentes à responsabilidade social; 
 integração, implementação e promoção de comportamento socialmente 
responsável em toda a organização e por meio de suas políticas e práticas 
dentro de sua esfera de influência; 
 identificação e engajamento de partes interessadas; 
 comunicação de compromissos, desempenho e outras informações referentes a 
responsabilidade social. 
 
 HISTÓRICO: 
 
A ISO 26000:2010 é uma norma de diretrizes e de uso voluntário; não visa nem 
é apropriada a fins de certificação. 
Qualquer oferta de certificação ou alegação de ser certificado pela ABNT NBR 
ISO 26000 constitui em declaração falsa e incompatível com o propósito da norma. 
 
Após cinco anos de intenso trabalho, que envolveu cerca de 450 especialistas 
de 99 países, a Norma Internacional de Responsabilidade Social, ISO 26000 foi 
publicada no dia 1º de novembro de 2010. 
 
 
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Em 2001, a ISO, Organização Internacional de Normalização, convidou o seu 
Comitê de Política do Consumidor – COPOLCO, a analisar a viabilidade e o interesse 
de uma norma internacional no tema. 
O COPOLCO foi absolutamente favorável à elaboração de uma norma 
internacional sobre o assunto, a fim de atender a uma demanda clara e urgente das 
organizações, dos consumidores e da sociedade como um todo. 
 O COPOLCO recomendou que se estabelecesse um grupo para o 
aprofundamento no assunto e o estudo do estado da arte da Responsabilidade Social 
no mundo. 
 Em 2002, a ISO constituiu um grupo estratégico para essa finalidade que, em 
2004, por meio de um relatório técnico, recomendou que a ISO desenvolvesse uma 
norma internacional. 
Em junho de 2004, a ISO realizou em Estocolmo, na Suécia, uma conferência na 
qual se decidiu pela elaboração da norma.Em decisão histórica, o Brasil e a Suécia, por 
meio de seus organismos de Normalização, Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT) e Instituto Sueco de Normalização (SIS), foram eleitos para presidir o grupo de 
trabalho encarregado de elaborar a Norma Internacional de Responsabilidade Social. 
A ISO 26000 continua a inovar e, nesse sentido, foi criado um grupo de 
acompanhamento de implementação da norma. 
 A proposta de criação deste grupo surgiu na última reunião do Grupo de 
Trabalho de Responsabilidade Social da ISO (ISO/TMB WG-SR, em Copenhague. 
 Na ocasião, foram eleitos representantes das seis categorias 
de stakeholders participantes, um representante de país desenvolvido e um de país em 
desenvolvimento e seus respectivos suplentes. 
O Inmetro participa desse grupo como suplente da categoria governo, 
representando os países em desenvolvimento. 
A ISO acatou a proposta de funcionamento desse grupo e conferiu à ABNT e ao 
Instituto Sueco de Normalização a liderança do mesmo, como reconhecimento da bem 
sucedida atuação na construção da norma. 
 
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O grupo deve, entre outras tarefas, acompanhar casos de implementação, 
buscar as melhores práticas e identificar oportunidades e necessidades de melhorias 
da norma. 
Características 
 
 É uma norma de diretrizes, sem o propósito de certificação. 
 Título: ISO 26000 – Diretrizes em Responsabilidade Social 
 É Aplicável a todos os tipos e portes de organizações (pequenas, médias 
e grandes) e de todos os setores (governo, ONG’s e empresas privadas) 
 
Estrutura e visão geral da norma 
 
 Escopo – define a abrangência da norma e os limites de sua 
aplicabilidade; 
 Termos e definições – identifica e fornece a definição de termos chave 
de importância fundamental para compreensão da responsabilidade social 
e o uso da norma; 
 Compreensão da Responsabilidade Social – descreve os contextos 
históricos e contemporâneos relacionados ao tema e os fatores e 
condições importantes que afetam sua natureza e prática. Inclui 
orientações específicas para pequenas e médias empresas; 
 Princípios de RS relevantes a todas as organizações – identifica e 
explica o conjunto de princípios da RS; 
 Reconhecimento da Responsabilidade social e engajamento das 
partes interessadas – fornece orientações sobre a relação entre uma 
organização, suas partes interessadas e a sociedade, sobre o 
reconhecimento dos temas e questões centrais de responsabilidade social 
e sobre a esfera de influência da organização; 
 Orientações sobre temas centrais da responsabilidade social –
 explica os temas centrais e as questões e expectativas a eles 
relacionadas; Orientações sobre a integração da responsabilidade 
 
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social em toda a organização – fornece orientações de como colocar a 
responsabilidade social em prática em uma organização; 
 Anexo A- apresenta um cardápio de algumas iniciativas e ferramentas 
voluntárias relacionadas à RS, de caráter regional ou internacional, 
identificadas à época; 
 Anexo B – contém abreviaturas usadas na norma; 
 Bibliografia – inclui referências a instrumentos internacionais de 
reconhecida autoridade e Normas ISO mencionadas como fonte no corpo 
da norma. 
A norma contém 27 definições, veja abaixo algumas: 
 
Responsabilidade Social 
A norma define que responsabilidade social é a responsabilidade de uma organização 
pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente, por 
meio de um comportamento ético e transparente que: 
 
 Contribua para o desenvolvimento sustentável, inclusive a saúde e o bem estar 
da sociedade; 
 Leve em consideração as expectativas das partes interessadas: 
 Esteja em conformidade com a legislação aplicável; 
 Seja consistente com as normas internacionais de comportamento e 
 Esteja integrada em toda a organização e seja praticada em suas relações. 
 
NOTA 1: Atividades incluem produtos, serviços e processos. 
NOTA 2: Relações referem-se às atividades da organização dentro de sua 
esfera de influência. 
 
Accountability: condição de responsabilizar-se por decisões e atividades e prestar 
contas destas decisões e atividades aos órgãos de governança de uma organização, a 
autoridades legais e, de modo mais amplo, às partes interessadas da organização. 
 
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Cadeia de suprimentos: sequência de atividades ou partes que fornecem produtos ou 
serviços para a organização. 
Cadeia de valor: sequência completa de atividades ou partes que fornecem ou 
recebem valor na forma de produtos ou serviços. 
NOTA 1 Partes que fornecem valor incluem fornecedores, trabalhadores 
terceirizados, empresas contratadas e outros. 
NOTA 2 Partes que recebem valor incluem clientes, consumidores, 
conselheiros e outros usuários. 
 
Due dilligence: processo abrangente e pró-ativo de identificar os impactos sociais, 
ambientais e econômicos negativos reais e potenciais das decisões e atividades de 
uma organização ao longo de todo o ciclo de vida de um projeto ou atividade 
organizacional, visando evitar ou mitigar estes impactos. 
 
Diálogo social: negociação, consulta ou, simplesmente, troca de informações entre 
representantes de governos, empregadores e trabalhadores sobre assuntos de 
interesse comum relacionados a políticas econômicas e sociais. 
 
Desenvolvimento sustentável: desenvolvimento que satisfaz as necessidades do 
presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de suprir suas próprias 
necessidades. 
 
NOTA - Desenvolvimento sustentável refere-se à integração de objetivos de alta 
qualidade

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