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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA – CAMPUS FREDERICO WESTPHALEN DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA Laura Zachi APLICAÇÃO DO INDICADOR DE SALUBRIDADE AMBIENTAL (ISA) NA ÁREA URBANA DO DISTRITO SEDE DO MUNICÍPIO DE FREDERICO WESTPHALEN - RS Frederico Westphalen, RS 2016 Laura Zachi APLICAÇÃO DO INDICADOR DE SALUBRIDADE AMBIENTAL (ISA) NA ÁREA URBANA DO DISTRITO SEDE DO MUNICÍPIO DE FREDERICO WESTPHALEN – RS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), campus Frederico Westphalen, como requisito parcial para a obtenção do grau de Engenheira Ambiental e Sanitarista. Orientadora: Profª Drª Aline Ferrão Custodio Passini Frederico Westphalen, RS 2016 AGRADECIMENTOS A concretização deste trabalho ocorreu, principalmente, pelo auxílio, compreensão e dedicação de várias pessoas. Agradeço a todos que, de alguma forma, contribuíram para a conclusão deste estudo e, de uma maneira especial, agradeço: A Deus, pela vida, por guiar e iluminar o meu caminho que me fizeram chegar até aqui; Aos meus pais, José Luiz Zachi e Geni Stefanello Zachi, que sempre estiveram do meu lado, me dando todo o amor e carinho possível, e me apoiando na busca dos meus sonhos e realizações, sempre dizendo que tudo daria certo, na hora certa; A minha irmã, Renata Zachi, por todo amor, carinho e paciência que tens comigo, por toda ajuda dada durante a faculdade, seja auxiliando nos estudos de tudo que envolveu matemática ou para andar por toda a cidade em busca de dados para o tão temido “TCC”, e por todo o apoio que sempre me deu em relação à tudo na vida; A minha orientadora e professora Dr. Aline Ferrão Custodio Passini, por sempre me motivar ao longo deste trabalho, por toda atenção e por estar sempre disposta a me auxiliar, a hora que fosse, na realização deste trabalho; A todos os professores e professoras do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária, UFSM, campus Frederico Westphalen, por todo o conhecimento passado e por sempre estarem dispostos a nos ajudar; A Instituição, UFSM, técnicos e servidores que fazem parte do campus de Frederico Westphalen, por propiciarem um lugar de estudo e pesquisa acolhedor e satisfatório, mesmo mediante às limitações existentes; Aos funcionários da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Frederico Westphalen, por terem me proporcionado a oportunidade de realizar o meu estágio lá, por todo conhecimento adquirido, pela amizade construída, e por terem contribuído com dados e informações pertinentes a este trabalho; A todos os meus colegas da terceira turma de Engenharia Ambiental e Sanitária, por tudo que aprendemos juntos em sala de aula e fora dela, por todas as festas, jantas e alegrias compartilhadas; Ao meu colega e amigo Elisandro Alexandre, por toda ajuda prestada durante a faculdade e, especialmente, no TCC; As minhas colegas e amigas Alana Schons, Andressa G. Glusczack, Andressa D’Agostin, Emeline Melchiors e Jéssica Bonai, por toda parceria, amizade e carinho durante a graduação, por tudo que fizemos juntas, pelas festas, pelas noites de estudo, pelas comilanças, pelas dicas e conselhos, pelas inúmeras risadas compartilhadas, enfim, por tudo, sem vocês tudo teria sido mais difícil. Obrigada! Por fim a todos àqueles que fazem parte da minha vida e que são essenciais para eu ser, a cada dia nessa longa jornada, um ser humano melhor. Muito obrigada! RESUMO APLICAÇÃO DO INDICADOR DE SALUBRIDADE AMBIENTAL (ISA) NA ÁREA URBANA DO DISTRITO SEDE DO MUNICÍPIO DE FREDERICO WESTPHALEN – RS AUTORA: Laura Zachi ORIENTADORA: Aline Ferrão Custodio Passini O ISA – Indicador de Salubridade Ambiental foi desenvolvido para ser utilizado como instrumento de planejamento de políticas públicas, auxiliando a tomada de decisão em relação aos serviços de saneamento, tais como: abastecimento de água, esgoto sanitário, resíduos sólidos, drenagem urbana e controle de vetores, e em consequência aumentar a salubridade do município, garantindo assim, melhor qualidade de vida. Este trabalho teve como objetivo indicar o estado de salubridade ambiental da área urbana do Distrito Sede de Frederico Westphalen, através da metodologia do ISA/CS, sendo denominado de ISA/FW. O ISA/FW é o indicador de 1ª ordem, tendo em sua composição os indicadores de 2ª e 3ª ordem para realização dos cálculos. Ele foi aplicado nos 18 bairros pertencentes a este Distrito. Analisando os resultados, o indicador que apresentou o pior desempenho foi o de esgoto sanitário, pois em toda a área de estudo não há rede coletora, nem tratamento de esgoto sanitário. O indicador de drenagem apresentou problemas em poucas áreas com alagamentos e inundações e o indicador de resíduos sólidos, através de algumas ações, pode ser melhorado, aumentando assim, sua pontuação. Porém o indicador de abastecimento de água foi o que apresentou o melhor resultado, indicando que 95,57% dos domicílios são atendidos por um bom serviço de abastecimento de água, e o indicador referente ao controle de vetores apresentou uma pontuação boa, sendo que, através da melhora de todos os outros indicadores, apresentará melhoras também. Palavras-chave: Salubridade ambiental, Saneamento Básico, Qualidade de Vida, Gestão Pública. ABSTRACT APPLICATION OF ENVIRONMENTAL HEALTH INDICATOR (EHI) IN THE URBAN AREA OF FREDERICO WESTPHALEN HEADQUARTERS DISTRICT - RS AUTHOR: Laura Zachi ADVISOR: Aline Ferrão Custodio Passini EHI - Environmental Health Indicator was developed to be used as a planning tool for public policy, supporting the decision making in relation to sanitation services, such as water supply, sewage, solid waste, urban drainage and vector control, and consequently increase the health of the city, thus ensuring better quality of life. This study aimed to indicate the state of environmental health in the urban area of Frederico Westphalen Headquarters District through the EHI/CS methodology, being called EHI/FW, EHI/FW is the indicator of 1st order, in its composition indicators of 2nd and 3rd order to perform the calculations. It was implemented in 18 neighborhoods belonging to this district. Analyzing the results, the indicator showed the worst performance was the sanitary sewer, because throughout the study area there is no sewage system or sewage treatment. The drainage indicator presented problems in a few areas with overflow and flooding and the indicator of solid waste through few actions can be improved, thus increasing its score. However the water supply indicator showed the best results, indicating that 95.57% of households are served by a good water supply service, and the indicator relating to vector control showed a good score, and, through the improvement of all other indicators, it will present improvements too. Keywords: Environmental Health, Sanitation, Quality of Life, Public Management. LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ISA Indicador de Salubridade Ambiental C/ alag/inund Com Alagamento ou Inundação C/ casos Com Casos C/ pavim. Com Pavimentação CA Capacidade Restante do Aterro CIGRES Consórcio Intermunicipal de Gestão de Resíduos Sólidos CODEMAU Conselho Regional de Desenvolvimento do Médio Alto Uruguai CORSAN Companhia Riograndense de Saneamento CP Capacidade de Produção CS Coleta Seletiva CT Centrode Triagem DUA Domicílios Urbanos Atendidos por Abastecimento de Água DUC Domicílios Urbanos com Coleta de Resíduos DUE Domicílios atendidos por coleta DUT Domicílios Urbanos Totais ETE Estação de Tratamento de Efluente FEE Fundação de Economia e Estatística FW Frederico Westphalen IAB Indicador de Abastecimento de Água IAC Indicador de Acondicionamento de Resíduos Sólidos IAI Indicador de Alagamento ou Inundação IBGE Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia ICA Indicador de Cobertura de Abastecimento de Água ICE Indicador de Cobertura em Coleta de Esgoto ICR Indicador de Coleta de Resíduos ICS Indicador de Coleta Seletiva ICV Indicador de Controle de Vetores IDR Indicador de Drenagem IDU Indicador de Drenagem Urbana IES Indicador de Esgoto Sanitário IQA Indicador de Qualidade da Água Distribuída IRH Indicador de Recursos Hídricos IRP Indicador de Rua Pavimentada IRS Indicador de Resíduos Sólidos ISA/CS Indicador de Salubridade Ambiental de Cocal do Sul ISA/JP Indicador de Salubridade Ambiental de João Pessoa ISAP Indicador de Saturação do Sistema Produtor ISE Indicador Socioeconômico ISR Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição Final dos Resíduos Sólidos ITE Indicador de Esgoto Tratado IUS Indicador de Uso do Solo IVD Indicador de Dengue IVE Indicador de Esquistossomose IVL Indicador de Leptospirose LA Lixeira Alternativa LP Lixeira Padrão NAA Número de amostras de água potável NAR Número de amostras realizadas Pavim. Parcial Pavimentação Parcil Pont. Pontuação RS Rio Grande do Sul S/ alag/inund Sem Alagamento ou Inundação S/ casos Sem Casos S/ Lix Sem Lixeira S/ pavim. Sem Pavimentação S/ veg. Sem Vegetação VC Volume Coletado de esgoto Veg. A.A. Vegetação Arbustiva – Arbórea VL Volume Coletado de Resíduos VP Volume de Produção VT Volume Tratado de esgoto SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 10 2 OBJETIVOS .................................................................................................................. 11 2.1 OBJETIVO GERAL ....................................................................................................... 11 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 11 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..................................................................................... 11 3.1 SANEAMENTO AMBIENTAL ..................................................................................... 11 3.1.1 Abastecimento de água .................................................................................................. 12 3.1.2 Drenagem Urbana ......................................................................................................... 13 3.1.3 Resíduos Sólidos ............................................................................................................. 14 3.1.4 Esgoto Sanitário ....................................................................................................... 15 3.1.5 Controle de Vetores ................................................................................................. 16 3.2 SALUBRIDADE AMBIENTAL .................................................................................... 17 3.3 INDICADOR DE SALUBRIDADE AMBIENTAL (ISA) ............................................ 18 4 METODOLOGIA ......................................................................................................... 21 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO........................................................... 21 4.2 INDICADOR DE SALUBRIDADE AMBIENTAL ...................................................... 23 4.2.1 Indicador de Abastecimento de Água (𝐈𝐀𝐁) ............................................................... 24 4.2.2 Indicador de Esgoto Sanitário (𝐈𝐄𝐒) ............................................................................ 26 4.2.3 Indicador de Resíduos Sólidos Urbanos (𝐈𝐑𝐒) ............................................................ 28 4.2.4 Indicador de Drenagem (𝐈𝐃𝐑) ..................................................................................... 29 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................. 32 5.1 INDICADORES DE 2ª ORDEM .................................................................................... 32 5.1.1 Indicador de Abastecimento de Água (𝐈𝐀𝐁) ............................................................... 33 5.1.2 Indicador de Esgoto Sanitário (𝐈𝐄𝐒) ............................................................................ 34 5.1.3 Indicador de Resíduos Sólidos Urbanos (𝐈𝐑𝐒) ............................................................ 36 5.1.4 Indicador de Drenagem Urbana (𝐈𝐃𝐑) .................................................................. 38 5.1.5 Indicador de Controle de Vetores (𝐈𝐂𝐕) ................................................................ 39 5.2 INDICADOR DE SALUBRIDADE AMBIENTAL DE FREDERICO WESTPHALEN (ISA/FW) .................................................................................................................................. 40 5.3 LIMITAÇÕES DO INDICADOR DE SALUBRIDADE AMBIENTAL ...................... 41 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 43 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 45 APÊNDICES ........................................................................................................................... 48 APÊNDICE A – QUADRO DOS DADOS PARA A REALIZAÇÃO DO INDICADOR DE QUALIDADE DA ÁGUA DISTRIBUÍDA (𝐈𝐐𝐀) E INDICADOR DE COBERTURA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (𝐈𝐂𝐀) E SEUS VALORES FINAIS. ........................ 48 APÊNDICE B – QUADRO DOS DADOS PARA A REALIZAÇÃO DO INDICADOR DE SATURAÇÃO DO SISTEMA PRODUTOR (𝐈𝐒𝐀𝐏) E SEU VALOR FINAL. .......... 49 APÊNDICE C – QUADRO DOS DADOS PARA A REALIZAÇÃO DO INDICADOR DE COLETA DE ESGOTO (𝐈𝐂𝐄) E DO INDICADOR DE TRATAMENTO DE ESGOTO (𝐈𝐓𝐄) E SEUS VALORES FINAIS. ..................................................................... 50 APÊNDICE D – QUADRO DOS DADOS PARA A REALIZAÇÃO DO INDICADOR DE SATURAÇÃO DO TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS (𝐈𝐒𝐑) E DO INDICADOR DE COLETA DE RESÍDUOS (𝐈𝐂𝐑) E SEUS RESULTADOS FINAIS. ....................................................................................................... 51 APÊNDICE E – QUADRO DOS DADOS PARA A REALIZAÇÃO DO INDICADOR DE COLETA SELETIVA (𝐈𝐂𝐒) E SEU RESULTADO FINAL. ....................................... 52 APÊNDICE F – QUADRO DOS DADOS PARA A REALIZAÇÃO DO INDICADOR DE ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (𝐈𝐀𝐂) E SEU RESULTADO FINAL. ..................................................................................................................................... 53 APÊNDICE G – QUADRO DOS DADOS PARA A REALIZAÇÃO DO INDICADOR DE ALAGAMENTO OU INUNDAÇÃO (𝐈𝐀𝐈) E SEU RESULTADO FINAL. ............... 54 APÊNDICE H – QUADRO DOS DADOS PARA A REALIZAÇÃO DO INDICADOR DE RUA PAVIMENTADA (𝐈𝐑𝐏) E SEU RESULTADO FINAL. .................................... 55 APÊNDICE I – QUADRO DOS DADOS PARA A REALIZAÇÃO DO INDICADOR DE USO DO SOLO (𝐈𝐔𝐒) E SEU RESULTADO FINAL. ................................................. 56 APÊNDICE J – QUADRO DOS DADOS PARA A REALIZAÇÃO DO INDICADOR DE DENGUE (𝐈𝐕𝐃) E SEU RESULTADO FINAL. .......................................................... 57 APÊNDICE K – QUADRO DOS DADOS PARA A REALIZAÇÃO DO INDICADOR DE ESQUISTOSSOMOSE(𝐈𝐕𝐄) E SEU RESULTADO FINAL. ..................................... 58 APÊNDICE L – QUADRO DOS DADOS PARA A REALIZAÇÃO DO INDICADOR DE LEPTOSPIROSE (𝑰𝑽𝑳) E SEU RESULTADO FINAL. .............................................. 59 10 INTRODUÇÃO A preocupação com a qualidade ambiental brasileira vem emergindo gradativamente desde a década de 1970, devido principalmente ao aumento populacional e a degradação do meio ambiente. Devido a isso, a Constituição Federal de 1988 traz em seu Capítulo VI, Art. 225, que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”. Entre os aspectos que caracterizam a qualidade de vida, um dos fatores mais importantes é a preservação da saúde humana, que particularmente, é afetada pela grande maioria dos aspectos ambientais, tornando assim cada vez mais comum a ligação entre a ameaça à saúde pública com a degradação da qualidade ambiental, configurada pela precariedade existente no sistema de saneamento e salubridade ambiental. Saneamento é o controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e social (BRASIL, FUNASA, 2009), ou seja, configura-se por um sistema que contempla uma infraestrutura física e educacional, legal e institucional que abrange serviços de: abastecimento de água potável à população; coleta, tratamento e disposição ambientalmente adequada da águas residuais; acondicionamento, coleta, transporte e destino final dos resíduos sólidos; drenagem e manejo de águas pluviais, que tem por objetivo alcançar salubridade ambiental, conceituada como a condição da qualidade ambiental em que vive a população urbana e rural, tanto no que se refere à capacidade de inibir e prevenir a ocorrência de doenças veiculadas pelo meio ambiente, como de promover o aperfeiçoamento das condições mesológicas (climáticas e/ou ambientais) favoráveis à saúde e bem-estar da população (CONESAN, 1999). Os estudos sobre salubridade ambiental devem ser tratados com primordial importância, pois contribuem para o desenvolvimento dos municípios priorizando as necessidades de saneamento daquela região (SILVA, 2006). Estas pesquisas são feitas por meio da aplicação de indicadores que tem a função de fornecer dados pontuais que permitem um acompanhamento dinâmico da realidade da zona estudada, visando novos métodos de aperfeiçoar a qualidade de vida urbana na esfera social e ambiental. Os indicadores de salubridade ambiental (ISA) proporcionam aos órgãos públicos um modelo de avaliação e previsão que aponta de forma lacônica e eficaz as medidas que devem ser inseridas na busca de melhorias na qualidade de vida populacional e se enquadrar de acordo com as normas ambientais, referentes aos serviços de abastecimento de água, drenagem, 11 controle de vetores, esgoto sanitários, limpeza públicas, situação dos mananciais, indicadores sociais e econômicos (MORAES, 2001). Sendo assim, este trabalho visa determinar o estado de salubridade ambiental, através do cálculo do Indicador de Salubridade Ambiental, do Município de Frederico Westphalen do estado do Rio Grande do Sul, indicando o desempenho dos serviços que são prestados pela prefeitura, como o abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e manejo de resíduos sólidos, apontando as principais necessidades do município e os pontos satisfatórios. 2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL O objetivo geral deste trabalho é indicar o estado de salubridade ambiental da área urbana do Distrito Sede de Frederico Westphalen do estado do Rio Grande do Sul. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Aplicar e adaptar a metodologia do Indicador de Salubridade Ambiental de Cocal do Sul – ISA/CS – em Frederico Westphalen – RS; Utilizar dados primários e secundários dos indicadores referentes aos serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos sanitários, manejo de resíduos sólidos, drenagem e controle de vetores; Calcular o Indicador de Salubridade Ambiental – ISA – para a área urbana do Distrito Sede de Frederico Westphalen – RS; 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 SANEAMENTO AMBIENTAL Levando em consideração a importância da promoção da saúde pública, ter saneamento básico é um fator essencial. Uma melhoria na qualidade de vida das pessoas depende dos serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos, principalmente na saúde infantil reduzindo a mortalidade infantil, melhorias na educação, na expansão do turismo, na 12 valorização dos imóveis, na renda do trabalhador, na despoluição dos rios e preservação dos recursos hídricos, entre outros benefícios (Instituto Trata Brasil, 2013). O Instituto Trata Brasil (2013), realizou um estudo e relatou que o Brasil convive com centenas de milhares de casos de internação por diarreias todos os anos. Em 2011 foram 400 mil casos, sendo 53% de crianças de 0 a 5 anos, e muito disso é em virtude da carência de saneamento. Conforme o Instituto Trata Brasil (2013), saneamento é “o conjunto de medidas que visa preservar ou modificar as condições do meio ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover a saúde, melhorar a qualidade de vida da população e à produtividade do indivíduo e facilitar a atividade econômica. ” Segundo a Lei 11.145, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, este é definido como um conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. A Lei 12.037, de 19 de dezembro de 2003, do estado do Rio Grande do Sul, que dispõe sobre a Política Estadual de Saneamento e dá outras providências, define saneamento ambiental como um conjunto de ações socioeconômicas cujo objetivo é atingir a salubridade ambiental, através de abastecimento de água potável, coleta e disposição sanitária de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, promoção da disciplina sanitária de uso do solo, drenagem, controle de vetores de doenças transmissíveis, com o propósito de amparar e melhorar as condições de vida urbana e rural. 3.1.1 Abastecimento de água A água é essencial para a sobrevivência do ser humano e para o desenvolvimento das sociedades. Porém sabe-se que a disponibilidade desse recurso na natureza tem sido insuficiente para satisfazer à demanda requerida em muitas partes do planeta (PHILIPPI JR E MALHEIROS, 2005). 13 Segundo Philippi Jr e Malheiros (2005), um benefício básico que a água propicia à saúde pública é a prevenção das doenças infecciosas intestinais e helmintíases. Tais doenças são de baixa letalidade, no entanto de alta endemicidade, principalmente nas regiões mais pobres do planeta. Por afetar especialmente as crianças de até cinco anos de idade, têm efeito assolador no crescimento e no desenvolvimento de aptidões, visto que levam à desnutrição e a condições de fragilidade deixando os organismos dessas crianças sem resistência para as demais doenças. Conforme Heller e Pádua (2010), as instalações para abastecimento de água devem ser aptas a fornecer água com qualidade, regularidade e de maneira acessível para as populações, e ainda respeitar os interesses dos outros usuários dos mananciais utilizados, considerando a presente e futuras gerações. O sistema de abastecimento de água para consumo humano é definido como uma “instalação composta por conjunto de obras civis, materiais e equipamentos, destinada à produção e à distribuição canalizada de água potável para populações, sob a responsabilidade do poder público, mesmo que administrada em regime deconcessão ou permissão. ” (HELLER E PÁDUA, 2010). Nesse sistema há as etapas de: captação de água no manancial, adução de água bruta e tratada (dispositivos que transportam a água, interligando as etapas), estações elevatórias (necessárias quando a água precisa atingir níveis mais elevados para vencer desníveis geométricos), tratamento (sempre necessário), reservatórios (função de realizar a compensação entre a vazão de produção e as vazões de consumo) e a rede de distribuição (composta de tubulações, conexões e peças especiais a fim de distribuir água até residências e qualquer outro estabelecimento abastecido) (HELLER E PÁDUA, 2010). Ainda, segundo Heller e Pádua (2010), também existem soluções alternativas à esse sistema, para o abastecimento coletivo da água, tais como: fonte, poço comunitário, distribuição por veículo transportador e instalações condominiais horizontal e vertical. 3.1.2 Drenagem Urbana Segundo Barros (2005), a razão da ocorrência das inundações urbanas é basicamente o excesso de escoamento superficial, denominado chuva excedente ou chuva efetiva, o qual é 14 provocado pelo aumento dos índices de impermeabilização do solo e, em consequência da diminuição dos processos de infiltração e de retenção de água. Ocorrem as inundações quando o volume de escoamento superficial gerado excede a capacidade de escoamento dos cursos d’água que drenam as cidades. A solução para o problema das inundações de um município, muitas vezes, está na criação de obras de drenagem num município à montante. Assim sendo, a questão do controle de cheias em bacias hidrográficas nas quais existem diversos municípios deve ser planejada e executada abrangendo todas as cidades (BARROS, 2005). Para a implantação de um sistema de drenagem de uma cidade devem-se observar todos os aspectos legais, institucionais e técnicos envolvidos. Os aspectos legais condizem a todo arcabouço de leis existentes em nível federal, estadual e municipal que se refere com a drenagem. No que diz respeito à administração, a mesma deve ser realizada por uma instituição encarregada da gestão da drenagem em si, ou seja, uma instituição executiva, que deve cumprir o papel central de planejamento, projeto, execução e operação do sistema de controle de cheias na cidade. E em relação aos aspectos técnicos, condizem ao suporte de planejamento, de execução e operação de obras que o sistema necessita (BARROS, 2005). Ainda conforme Barros (2005), o sistema de drenagem é formado por dois tipos de mediações no ambiente: as medidas estruturais e as medidas não estruturais. As primeiras representam as obras hidráulicas necessárias para assegurar uma eficiente drenagem do escoamento superficial. E as medidas estruturais estão relacionadas a uma série de propostas, direcionadas à minimização dos efeitos das chuvas intensas na área urbana, que não acarretem em amplas obras de engenharia. Sendo que, as medidas não estruturais de baixo investimento e de curto prazo, muitas vezes, acabam resultando em vastos benefícios para a drenagem. 3.1.3 Resíduos Sólidos Segundo a Norma Brasileira da Associação Brasileira de Normas Técnicas 10.004/2004, resíduos sólidos são aqueles resíduos que se encontram nos estados sólido e semissólido, provenientes de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Incluem-se também os lodos oriundos de sistemas de tratamento de água, os gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, e também determinados 15 líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou necessitem para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível. A Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos define resíduos sólidos como material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. (BRASIL, 2010) Oliveira (1992 apud PHILIPPI JR. E AGUIAR, 2005), afirma que os sistemas de resíduos sólidos formam estruturas e serviços agregados, tendo como objetivo solucionar o manejo e a destinação de resíduos de maneira sanitária e ambientalmente segura e viável do ponto de vista econômico. Nesse sistema incluem-se as atividades de coleta, acondicionamento, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos sólidos. 3.1.4 Esgoto Sanitário De acordo com a Norma Brasileira da Associação Brasileira de Normas Técnicas 9.648/1986, que trata do estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário, esgoto sanitário é o “despejo líquido constituído de esgotos doméstico e industrial, água de infiltração e a contribuição pluvial parasitária”. A mesma norma ainda define que: Esgoto doméstico é o “despejo resultante do uso da água para higiene e necessidades fisiológicas humanas”; Esgoto industrial é o “despejo líquido resultante dos processos industriais, respeitados os padrões de lançamento estabelecidos”; Água de infiltração é “toda água proveniente do subsolo, indesejável ao sistema separador e que penetra nas canalizações”; Contribuição pluvial parasitária é “a parcela do deflúvio superficial inevitavelmente absorvida pela rede de esgoto sanitário”. Von Sperling (2011), conceitua que o esgoto sanitário é composto por esgoto doméstico, águas de infiltração e despejos industriais. O primeiro é oriundo das residências, do comércio e das repartições públicas. As águas de infiltração são as que adentram a rede coletora de esgoto por entre juntas defeituosas das tubulações, paredes de poços de visita, entre outros. A taxa de 16 infiltração varia conforme as juntas das tubulações, o tipo de elementos de inspeção, o tipo de solo e a posição do lençol freático. Os valores médios são de 0,3 a 0,5 L/s.km. E os despejos industriais são efluentes de indústrias que são toleráveis, devido às características favoráveis, e admitidos na rede de esgoto. Os esgotos industriais ocorrem em pontos específicos da rede coletora e suas características dependem da indústria. Segundo Nuvolari (2003), a implantação de sistemas que tratem esse esgoto tem as finalidades relacionadas a três aspectos: higiênico, social e econômico. No que diz respeito ao aspecto higiênico, o objetivo é a prevenção, o controle e a erradicação das muitas doenças de veiculação hídrica. Em relação ao aspecto social, o objetivo tende a melhorar a qualidade de vida da população, eliminando odores desagradáveis, repulsivos e que prejudicam o aspecto visual e a estética. E sob o aspecto econômico, o objetivo compreende questões como o aumento da produtividade geral, principalmente das produtividades industrial e agropastoril, em virtude da melhoria ambiental, tanto urbana como rural, à proteção aos rebanhos e à uma elevada produtividade dos trabalhadores. 3.1.5 Controle de Vetores De acordo com o Instituto Trata Brasil (2013), um sistema precário de saneamento básico constitui uma séria ameaça à saúde humana. A sua ausência ainda está associada à pobreza, mesmo sendo difundida no mundo,atingindo principalmente a população de baixa renda, com mais vulnerabilidade em virtude da subnutrição e muitas vezes pela higiene inadequada. Doenças ligadas aos sistemas de água e esgoto inadequados ocasionam a morte de milhões de pessoas todos os anos, predominantemente nos países de baixa renda. Segundo a Cartilha do Programa de Educação em Saúde/UFSJ, vetores são “seres vivos que servem como intermediários na propagação de algumas doenças. Eles carregam vírus, bactérias, entre outros, sem serem prejudicados, e os transmitem para outros seres, como o homem. ” Conforme Malheiros e Philippi Jr (2005), exemplos de mudanças ambientais são a disposição inadequada de resíduos sólidos e o lançamento de efluentes sem tratamento nos cursos d’água, os quais podem gerar ambientes propícios à existência de vetores relacionados à saúde pública, como artrópodes e roedores. Alguns vetores que utilizam esses ambientes como local de alimentação, reprodução e abrigo são os roedores e insetos (moscas, mosquitos, ratos, baratas e formigas) que transmitem 17 diversas doenças, tais como leptospirose, dengue, cólera, giardíase, esquistossomose, entre outras (CARTILHA DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE/UFSJ). Barros (1995 apud RIBEIRO e ROOKE, 2010, p. 21), afirma que o controle de vetores é importante do ponto de vista sanitário, pois o mesmo proporciona a redução da mortalidade infantil, redução da mortalidade e aumento da vida média do homem, prevenção de doenças cuja transmissão esteja relacionada aos vetores, preservação das condições de conforto à vida humana. Ainda conforme Barros (1995 apud RIBEIRO e ROOKE, 2010, p. 21), o controle de vetores é dividido em três tipos: químico, ambiental e biológico. O controle químico é muito utilizado no Brasil e se fundamenta no uso de agentes químicos, com o propósito de eliminar os vetores, sendo os produtos utilizados tóxicos ao homem e podem desenvolver resistência nos vetores e ainda as medidas precisam ser repetidas periodicamente. O controle ambiental se refere ao saneamento do meio, criando condições contrárias ao desenvolvimento de vetores, sendo uma medida com efeito a longo prazo, trazendo outros benefícios à saúde, ao conforto da população e à atividade econômica, e ainda não gera impactos ambientais como o controle químico. O controle biológico baseia-se em despejar no meio outros organismos, que são predadores dos vetores ou os que hajam uma competição entre eles. Ainda podem ser aplicadas as três formas de controle conjuntamente, sendo chamada essa modalidade de controle integrado de vetores, sendo esta a maneira mais eficiente de mediação dos vetores. 3.2 SALUBRIDADE AMBIENTAL De acordo com o CONESAN (1999), salubridade ambiental é a “qualidade ambiental capaz de prevenir a ocorrência de doenças veiculadas pelo meio ambiente e de promover o aperfeiçoamento das condições mesológicas favoráveis à saúde da população urbana e rural”. Salubridade ambiental é definida, de acordo com a Lei 12.037, de 19 de dezembro de 2003, que dispõe sobre a Política Estadual de Saneamento do estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências, como o estado de higidez em que vive a população urbana e rural, tanto no que se refere a sua capacidade de inibir, prevenir ou impedir a ocorrência de endemias ou epidemias veiculadas pelo meio ambiente, quanto no tocante ao seu potencial de promover o aperfeiçoamento de condições mesológicas favoráveis ao pleno gozo de saúde e bem- estar. (RIO GRANDE DO SUL, 2003). Segundo Moraes (2001), as condições de salubridade ambiental em uma grande parte dos municípios brasileiros ainda são muito precárias em consequência da falta ou deficiência 18 de serviços públicos de saneamento ambiental, intensificado pela falta de planejamento em nível municipal, o que tem levado as intervenções em partes e/ou descontinuadas, representando um desperdício de recursos e baixa eficácia, além da manutenção de grande passivo socioambiental. 3.3 INDICADOR DE SALUBRIDADE AMBIENTAL (ISA) O Indicador de Salubridade Ambiental – ISA – foi desenvolvido pela Câmara Técnica do CONESAN (Conselho Estadual de Saneamento) de São Paulo em 1999. Este indicador envolve a caracterização qualitativa e quantitativa dos serviços de abastecimento de água, esgotos sanitários e limpeza pública, drenagem, controle de vetores, situação dos mananciais e um indicador socioeconômico dos municípios e objetiva-se delinear ações compatíveis com as realidades regionais e locais. O objetivo geral do ISA é mensurar de maneira uniforme as condições de saneamento de cada município e determinar suas causas (CONESAN, 1999). Batista (2006), afirma que os indicadores que estão sendo elaborados em relação à salubridade ambiental têm a intenção de fornecer informações, trazendo novos conhecimentos e objetivando uma melhor qualidade de vida urbana. Eles destinam-se para orientar na definição e aplicação de políticas específicas e temporais de ações públicas. Então, a função destes indicadores é prover informações que mensuram os elementos relevantes aos fenômenos da realidade e ainda, eles não são informações explicativas ou descritivas, mas sim pontuais no tempo e no espaço. O principal ponto de um ISA é agregar e apresentar sinteticamente a situação de salubridade ambiental de cada município por meio de um valor numérico. Sendo assim, é possível compará-la com a situação dos demais municípios na sua região e no estado. Mas também é muito relevante que para um entendimento mais completo da salubridade ambiental, será sempre de grande importância que todas as componentes do indicador sejam analisadas e não somente o seu valor global (CONESAN, 1999). A partir disto foram selecionadas as variáveis disponíveis e de fácil tabulação, no intuito de facilitar a elaboração do relatório sobre a “Situação de Salubridade Ambiental no Estado de São Paulo” e das Políticas Públicas do Setor (CONESAN, 1999). O ISA (indicador de 1ª ordem) criado pelo CONESAN de São Paulo é calculado pela média ponderada de indicadores de 2ª ordem específicos através da equação 1. ISA = 0,25IAB + 0,25IES + 0,25IRS + 0,10ICV + 0,10IRH + 0,05ISE (1) 19 Onde: IAB = Indicador de Abastecimento de Água; IES = Indicador de Esgotos Sanitários; IRS = Indicador de Resíduos Sólidos; ICV = Indicador de Controle de Vetores; IRH = Indicador de Recursos Hídricos; ISE = Indicador Socioeconômico. E envolvem diferentes indicadores de 2ª e 3ª ordem, sendo que cada um deles possui uma finalidade de uso (CONESAN, 1999). Várias adaptações do ISA de São Paulo foram feitas conforme a necessidade de cada município. O Indicador de Salubridade Ambiental de João Pessoa – ISA/JP – foi desenvolvido por Batista e Silva (2006), incorporando-se o indicador de 2ª ordem de drenagem urbana (IDU), dentro do formato apropriado para índice como o ISA, demonstrado na equação 2. ISA = 0,25 ∗ IAB + 0,20 ∗ IES + 0,20 ∗ IRS + 0,10 ∗ ICV + 0,10 ∗ IRH + 0,10 ∗ IDU + 0,05 ∗ ISE (2) A partir do ISA/JP, Baggio (2013) adaptou o ISA para o município de Cocal do Sul – SC, chamado de ISA/CS, fazendo as mudanças necessárias em função da disponibilidade de dados referentes ao ISA/JP e à realidade do município. A proposta para o cálculo do valor do ISA/CS é dada pela média ponderada de indicadores específicos, denominados secundários, através da equação 3: ISA = 0,25 ∗ IAB + 0,25 ∗ IES + 0,20 ∗ IRS + 0,20 ∗ IDR + 0,1 ∗ ICV (3) Onde: IAB= Indicador de Abastecimento de Água; IES= Indicador de Esgoto Sanitário; IRS= Indicador de Resíduos Sólidos; IDR= Indicador de Drenagem Urbana; ICV= Indicador de Controle de Vetores; Ainda, para a obtenção do valor destes indicadores secundários é necessário a realização de fórmulas específicas onde estão inseridos os indicadores de 3ª ordem, como é mostrado no Quadro 1, onde também está relacionada a finalidadede cada indicador. 20 Quadro 1 – Indicadores de 2ª e 3ª ordem e suas finalidades. INDICADORES DE 2ª ORDEM INDICADORES DE 3ª ORDEM FINALIDADE Indicador de Abastecimento de Água (𝐈𝐀𝐁) Indicador de cobertura de abastecimento (𝐼𝐶𝐴) Quantificar os domicílios atendidos por sistemas de abastecimento de água com controle sanitário Indicador de qualidade da água distribuída (𝐼𝑄𝐴) Monitorar a qualidade da água fornecida Indicador de saturação do sistema produtor (𝐼𝑆𝐴𝑃) Comparar a oferta e demanda para programar novos sistemas ou ações que minimizem as perdas Indicador de Esgoto Sanitário (𝐈𝐄𝐒) Indicador de cobertura em coleta de esgoto (𝐼𝐶𝐸) Quantificar os domicílios atendidos por rede de esgoto Indicador de esgoto tratado (𝐼𝑇𝐸) Qualificar os domicílios atendidos por rede de esgoto Indicador de Resíduos Sólidos (𝐈𝐑𝐒) Indicador de coleta de resíduos (𝐼𝐶𝑅) Quantificar os domicílios atendidos por coleta de resíduos Indicador de saturação do tratamento e disposição final dos resíduos sólidos (𝐼𝑆𝑅) Indicar a necessidade de novas instalações Indicador de coleta seletiva (𝐼𝐶𝑆) Identificar em quais bairros há coleta seletiva e centro de triagem Indicador de acondicionamento de resíduos sólidos (𝐼𝐴𝐶) Identificar o acondicionamento dos resíduos em cada bairro Indicador de Drenagem (𝐈𝐃𝐑) Indicador de alagamento ou inundação (𝐼𝐴𝐼) Identificar as vias com ou sem ocorrência de inundação ou alagamento Indicador de rua pavimentada (𝐼𝑅𝑃) Indicar vias com, parcialmente ou sem pavimentação Indicador de uso do solo (𝐼𝑈𝑆) Identificar a contribuição do uso do solo em cada bairro para o assoreamento do sistema de drenagem Indicador de Controle de Vetores (𝐈𝐂𝐕) Indicador de dengue (𝐼𝑉𝐷) Identificar a necessidade de programas preventivos Indicador de Esquistossomose (𝐼𝑉𝐸) Identificar a necessidade de programas preventivos de redução e eliminação de vetores transmissores e/ou hospedeiros da doença Indicador de leptospirose (𝐼𝑉𝐿) Identificar a necessidade de programas preventivos de redução e eliminação de resíduos e ratos Fonte: Adaptado de Baggio (2013). 21 De acordo com Batista (2006) o valor do ISA corresponde à soma de todos os indicadores, sendo que os valores podem variar de 0 a 100%. E a interpretação dos valores se dá através da condição de salubridade ambiental do município, conforme o Quadro 2. Quadro 2 – Situação de salubridade por faixa de situação (%). Situação da salubridade Pontuação do ISA Insalubre 0 – 25,50 Baixa salubridade 25,51 – 50,50 Média salubridade 50,51 – 75,50 Salubre 75,51 – 100,00 Fonte: Batista (2006). 4 METODOLOGIA 4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO De acordo com o Plano Municipal de Saneamento Básico de Frederico Westphalen (FW) de 2011, o município está localizado na região do Noroeste do Rio Grande do Sul (Figura 1), a uma latitude 27º21'33'' sul, a uma longitude 53º23'40'' oeste e a uma altitude de 566 metros. Sua área da unidade territorial é de 264,976 km², população de 28.848 habitantes e densidade demográfica de 108,87 hab/km², conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – (2010). 22 Figura 1 – Localização do município de Frederico Westphalen. Fonte: A autora/Arcgis 10.1, 2016. O município pertence ao Conselho Regional de Desenvolvimento do Médio Alto Uruguai (CODEMAU), do qual fazem parte 23 municípios: Alpestre, Ametista do Sul, Caiçara, Cristal do Sul, Dois Irmãos das Missões, Erval Seco, Frederico Westphalen, Gramado dos Loureiros, Iraí, Jaboticaba, Nonoai, Novo Tiradentes, Palmitinho, Pinhal, Pinheirinho do Vale, Planalto, Rio dos Índios, Rodeio Bonito, Seberi, Taquaruçu do Sul, Trindade do Sul, Vicente Dutra e Vista Alegre. O município de Frederico Westphalen é dividido em três distritos, sendo eles: Sede do Município, Distrito de Castelinho, Distrito de Osvaldo Cruz. A área urbana do distrito Sede por sua vez, que é a que comporta os poderes executivos e legislativos municipais, bem como os demais órgãos públicos estaduais e federais, é subdividida em dezessete bairros, que são os seguintes: Aparecida, Barril, Barrilense, Bela Vista, Centro, Distrito Industrial, Fátima, Ipiranga, Itapagé, Jardim Paraíso, Jardim Primavera, Panosso, Santo Antônio, Santo Inácio, São Caetano, São Cristóvão, São Francisco de Paula e São José. 23 A área escolhida para o presente trabalho foi a do Distrito Sede, a qual está representada na Figura 2. Figura 2 – Delimitação da área urbana do Distrito Sede de Frederico Westphalen. Fonte: A autora/ Google Maps, 2016. 4.2 INDICADOR DE SALUBRIDADE AMBIENTAL Para a realização do ISA do Distrito Sede de Frederico Westphalen foi utilizada a metodologia de Baggio (2013), o ISA/CS, que é calculado pela média ponderada de indicadores secundários, através da equação 4. ISA = 0,25 ∗ IAB + 0,25 ∗ IES + 0,20 ∗ IRS + 0,20 ∗ IDR + 0,1 ∗ ICV (4) Onde: IAB= Indicador de Abastecimento de Água; IES= Indicador de Esgoto Sanitário; IRS= Indicador de Resíduos Sólidos Urbanos; IDR= Indicador de Drenagem Urbana; 24 ICV= Indicador de Controle de Vetores; Para a obtenção do valor de cada um dos indicadores secundários foi necessário a realização de fórmulas específicas onde estão inseridos os indicadores de 3ª ordem, como serão demonstrados nos itens 4.2.1 até 4.2.5. 4.2.1 Indicador de Abastecimento de Água (𝐈𝐀𝐁) O indicador de 2ª ordem IAB foi calculado a partir da média aritmética entre três indicadores de 3ª ordem: o indicador de cobertura de abastecimento de água (IAC), o indicador de qualidade da água distribuída (IQA), e o indicador de saturação do sistema produtor (ISAP), através da equação 5. IAB = IAC + IQA + ISAP 3 (5) a) Indicador de cobertura de abastecimento de água (ICA): este indicador de 3ª ordem foi calculado através da equação 6 e sua pontuação será de 0 (zero) a 100 (cem) e será o próprio valor calculado. Quanto mais próximo o valor de 100 indica uma situação melhor da cobertura de abastecimento de água. ICA = DUA DUT ∗ 100(%) (6) Onde: DUA = Domicílios urbanos atendidos por abastecimento de água; DUT = Domicílios urbanos totais; Os dados para a obtenção deste indicador foram conseguidos através da base de dados da Fundação de Economia e Estatística (FEE). b) Indicador de qualidade da água distribuída (IQA): o cálculo deste indicador de 3ª ordem foi realizado através da equação 7. IQA = K ∗ ( NAA NAR ) ∗ 100 (7) 25 Onde: K = Número de amostras realizadas pelo número mínimo de amostras exigidas pela Portaria 2914/11. Sendo que este coeficiente deverá ser menor ou igual a 1 (um) e se for maior que 1 (um), será considerado igual a 1 (um), para fins de ajuste do cálculo. NAA = Quantidade de amostras consideradas como sendo de água potável relativa aos coliformes totais (mensais); NAR = Quantidade de amostras realizadas (mensais). A pontuação deste indicador de 3ª ordem se dá através do Quadro 3, onde demonstra a situação do mesmo. Quadro 3 – Pontuação e situação do indicador de 3ª ordem IQA. 𝐈𝐐𝐀 (%) Pontuação Situação IQA = 100% 100 Excelente 95 < IQA < 99,9% 80 Ótima 85 < IQA < 94,9% 60 Boa 70 < IQA < 84,9% 40 Aceitável 50 < IQA < 69,9% 20 Insatisfatória IQA < 49,9% 0 Imprópria Fonte: Adaptado de CONESAN (1999). Os dados para calcular o IQA foram conseguidos através da Portaria 2.914/2011 e do site da Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN). A CORSAN é a empresa responsável pelo abastecimento de água do município de FW, cuja captação de água é realizada através do Rio Pardo e, quando a vazão necessária para abastecer a população não é conseguida pelo Rio Pardo, também é feitaa captação no Rio Fortaleza. c) Indicador de saturação do sistema produtor (ISAP): este indicador de 3ª ordem foi calculado através da equação 8, analisando-se o “n”. n = log ( CP VP∗( k2 k1 ) ) log(1 + t) (8) 26 Onde: n = Tempo em que o sistema ficará saturado (anos); CP = Capacidade de produção (L/s); VP = Volume de produção necessário para atender a população atual (L/s); k1 = Perda atual; k2 = Perda prevista para 5 anos; t = Taxa de crescimento anual da população urbana para os 5 anos subsequentes ao ano base. Os dados referentes a este indicador de 3º ordem foram obtidos na unidade física da CORSAN do município. Para a realização da pontuação deste indicador observou-se o Quadro 4, o qual relaciona o valor encontrado de n com uma pontuação adequada. Quadro 4 – Pontuação do indicador de 3ª ordem ISAP. Sistema Integrado Valor de n Variação do n Pontuação do 𝐈𝐒𝐀𝐏 0 5 n ≥ 5 0 < n < 5 n ≤ 0 100 Interpolar 0 Fonte: Adaptado de CONESAN (1999). Os valores utilizados para obtenção do Indicador de Abastecimento de Água (IAB) estão nos Apêndices A e B. 4.2.2 Indicador de Esgoto Sanitário (𝐈𝐄𝐒) Este indicador de 2ª ordem foi calculado através da média aritmética entre dois indicadores de 3ª ordem, demonstrado na equação 9. IES = ICE + ITE 2 (9) 27 Onde: ICE = Indicador de cobertura em coleta de esgoto; ITE = Indicador de esgotos tratados; a) Indicador de cobertura em coleta de esgoto (ICE): este indicador de 3ª ordem teve a realização do seu cálculo feita através da equação 10. ICE = DUE DUT ∗ 100 (10) Sendo: DUE = Domicílios urbanos atendidos por coleta; DUT = Domicílios urbanos totais. A pontuação do ICE foi obtida através da relação: ICE > 90%; Pontuação = 100; 75 < ICE < 89,9%; Pontuação = Interpolar; ICE < 75,9%; Pontuação = 0. b) Indicador de esgotos tratados (ITE): este indicador de 3ª ordem foi calculado a partir da equação 11. ITE = ICE ∗ VT VC ∗ 100 (11) Onde: ICE = Índice de esgotos coletados (%); VC = Volume coletado (número de domicílios atendidos * 4 hab/dom. * vazão diária de 160 L/s); VT = Volume tratado de esgoto (= VC); Sendo pontuado através da seguinte relação: ITE > 81%; Pontuação = 100; 45 ≤ ITE ≤ 80,9%; Pontuação = Interpolar; ITE < 45,9%; Pontuação = 0. Os dados para a realização de ambos os indicadores, tanto o ICE quanto o ITE, foram obtidos na Secretaria Municipal do Meio Ambiente de FW e através da base de dados da FEE. Os valores para obtenção do Indicador de Esgoto Sanitário (𝐼𝐸𝑆) estão no Apêndice C. 28 4.2.3 Indicador de Resíduos Sólidos Urbanos (𝐈𝐑𝐒) O IRS é um indicador de 2ª ordem, cujo cálculo foi feito através da média aritmética dos valores dos indicadores de 3ª ordem, podendo ser observado na equação 12. IRS = ICR + ISR + ICS + IAC 4 (12) a) Indicador de Coleta de Resíduos (ICR): o valor deste indicador de 3ª ordem foi obtido através da equação 13. ICR = ( DUC DUT ) ∗ 100 (13) Onde: DUC = Domicílios urbanos com coleta de resíduos; DUT = Domicílios urbanos totais. A pontuação do ICR foi dada através da seguinte relação: ICR ≥ 99%; Pontuação = 100; 95 < ICR < 99%; Interpolar; ICR < 95%; Pontuação = 0. Os dados para o cálculo do ICR foram obtidos através da base de dados da FEE e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de FW. b) Indicador de Saturação do tratamento e disposição final dos resíduos (ISR): este indicador de 3ª ordem foi calculado através da equação 14, analisando-se o valor de “n”. n = log (CA ∗ t VL ) + 1 log(1 + t) (14) Onde: CA = Capacidade restante do aterro (toneladas); VL = Volume coletado de resíduos (média anual em tonelada); t = Taxa de crescimento anual médio da população para os 5 anos subsequentes ao ano da elaboração do ISA (%). A pontuação deste indicador é dada através da seguinte relação: n ≥ 5 ; Pontuação = 100; 5 > n > 0; Interpolar; n < 0; Pontuação = 0. 29 A obtenção dos dados para este cálculo foi por meio do CIGRES (Consórcio Intermunicipal de Gestão de Resíduos Sólidos). O CIGRES é um consórcio formado por 30 municípios, localizado no município de Seberi – RS – que foi criado como uma alternativa para atender a região e seus municípios, no que diz respeitos a resíduos sólidos urbanos, viabilizando a implantação de novos programas e tecnologias que possam apoiar o desenvolvimento autossustentável voltado para uma proteção do meio ambiente e uma busca pela qualidade de vida da população. c) Indicador de Coleta Seletiva (ICS): para pontuar este indicador de 3ª ordem foram observados os seguintes critérios: Se há coleta seletiva e centro de triagem, a pontuação é de 100; Se há coleta seletiva, mas não há centro de triagem, a pontuação é de 50; Se não há coleta seletiva, mas há centro de triagem, a pontuação é de 25; Se não há coleta seletiva, nem centro de triagem, a pontuação é de 0. Para identificar esse indicador, as informações necessárias foram conseguidas na Secretaria Municipal do Meio Ambiente de FW. d) Indicador de Acondicionamento de Resíduos (IAC): indicador de 3ª ordem, cuja pontuação foi dada observando-se os seguintes critérios: Acondicionamento correto com lixeira padrão, a pontuação é 100; Acondicionamento correto com lixeira alternativa, a pontuação é 50; Acondicionamento em sacolas (sem lixeira), a pontuação é 30; Queima, enterro e outro destino dos resíduos, a pontuação é 0. Utilizou-se de dados primários para o levantamento deste indicador, sendo realizadas visitas a cada bairro da área urbana do município e observado o tipo de acondicionamento dos resíduos. Os valores utilizados para obtenção do Indicador de Resíduos Sólidos (𝐼𝑅𝑆) estão nos Apêndices D, E e F. 4.2.4 Indicador de Drenagem (𝐈𝐃𝐑) O IDR (indicador de 2ª ordem) foi calculado através da soma dos valores dos indicadores de 3ª ordem, conforme a equação 15. 30 IDR = IAI + IRP + IUS (15) a) Indicador de alagamento ou inundação (IAI): indicador de 3ª ordem, cujo cálculo é realizado através da equação 16, sendo posteriormente inserido diretamente na equação 15. IAI = P1 ∗ critério (16) Sendo P1 = 0,60 e o critério: Com alagamento/inundação = 0; e Sem alagamento/inundação = 1. b) Indicador de rua pavimentada (IRP): o cálculo deste indicador de 3ª foi realizado através da equação 17 e inserido posteriormente na equação 15. IRP = P2 ∗ critério (17) Sendo P2 = 0,20 e o critério: Com pavimentação = 1; Parcialmente pavimentado = 0,5; e Sem pavimentação = 0. c) Indicador de uso do solo (IUS): o objetivo deste indicador de 3ª ordem é identificar a contribuição do uso do solo em cada bairro para o assoreamento do sistema de drenagem, sendo calculado por meio da equação 18 e posteriormente inserido na equação 15. IUS = P3 ∗ critério (18) Sendo P3 = 0,20 e o critério: Vegetação arbustiva – arbórea = 1; Pastagem = 0,5; Agricultura = 0,25; e Sem vegetação = 0. Para classificar o resultado da drenagem utilizou-se a metodologia de Batista (2006), de acordo com o Quadro 5. 31 Quadro 5 – Classificação de drenagem. Intervalo de valores Classificação IDR ≥ 0,98 Excelente 0,98 > IDR ≥ 0,85 Muito boa 0,85 > IDR ≥ 0,60 Boa 0,60 > IDR ≥ 0,40 Regular 0,40 > IDR ≥ 0,0 Ruim/Muito ruim Fonte: Adaptado de Batista (2006). As informações necessárias para a obtenção dos indicadores de 3ª ordem, 𝐼𝐴𝐼 e 𝐼𝑅𝑃, foram conseguidas na Secretaria de Coordenação e Planejamento, na Prefeitura Municipal de Frederico Westphalen. E com o programa Google Earth Pro, foi possível obter os valores para a determinação do critério que indica o uso do solo (com vegetação, pastagem, agricultura ou sem vegetação), sendo feitos polígonos medindoa área de cada uso do solo, utilizando no cálculo do 𝐼𝑈𝑆, então, o que possuiu a maior predominância de área. Nos Apêndices G, H e I estão todos os valores utilizados na realização dos cálculos para a obtenção do Indicador de Drenagem Urbana (𝐼𝐷𝑅). 4.2.5 Indicador de Controle de Vetores (𝐈𝐂𝐕) O ICV foi calculado através da média ponderada de três indicadores de 3ª ordem, conforme a equação 19. ICV = [( IVD+IVE 2 ) + IVL] 2 (19) a) Indicador de Dengue (IVD): este indicador de 3ª ordem foi observado através do número de casos suspeitos. Então, se: Bairro sem casos nos últimos 5 anos, a pontuação é de 100; e Bairro com casos nos últimos 5 anos, a pontuação é de 0. b) Indicador de Esquistossomose (IVE): indicador de 3ª ordem cuja identificação é através do número de casos. Então, se: 32 Bairro sem caso nos últimos 5 anos, a pontuação é de 100; Bairro com incidência anual < 1, a pontuação é de 50; Bairro com incidência 5 > inc. ≥ 1, a pontuação é de 25; e Bairro com incidência ≥ 5, a pontuação é de 0. c) Indicador de Leptospirose (IVL): este indicador de 3ª ordem foi identificado pelo número de casos. Então, se: Bairro sem casos nos últimos 5 anos, a pontuação é de 100; e Bairro com casos nos últimos 5 anos, a pontuação é de 0. Para todos os indicadores de 3ª ordem referentes ao ICV o número de casos utilizado nos cálculos foram os de casos suspeitos de cada doença, em razão dos dados de casos confirmados não terem sido disponibilizados. Todas as informações necessárias para o cálculo do ICV foram obtidas juntamente à 19ª Coordenadoria Regional da Saúde no Setor de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, localizada em FW. Nos Apêndices J, K e L estão todos os valores utilizados na realização dos cálculos para a obtenção do Indicador de Controle de Vetores (ICV). 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Para uma compreensão eficiente dos resultados deste trabalho, serão expostos a seguir os valores de cada indicador de 2ª ordem no item 5.1, juntamente com a discussão dos mesmos. E então será apresentado e discutido o resultado final do indicador de 1ª ordem – ISA/FW – no item 5.2, a partir dos indicadores de 2ª ordem. 5.1 INDICADORES DE 2ª ORDEM Para se obter o resultado do ISA/FW, calcularam-se os indicadores de 2ª ordem separadamente, sendo assim o resultado de cada um desses indicadores será demonstrado nos itens 5.1.1 a 5.1.5. 33 5.1.1 Indicador de Abastecimento de Água (𝐈𝐀𝐁) A partir dos indicadores de 3ª ordem ICA, IQA e ISAP obteve-se o resultado final do IAB, como pode ser visto no Quadro 6. Quadro 6 – Resultado do Indicador de Abastecimento de Água (IAB). ICA IQA ISAP 𝐈𝐀𝐁 95,57 100 100 98,53 Fonte: A autora, 2016. O valor obtido do ICA foi 95,57, devido à 7500 domicílios urbanos, do total de 7847, serem abastecidos pela rede geral de distribuição de água – CORSAN. Do restante dos domicílios, 324 são abastecidos por poços ou nascentes e 23 são abastecidos por outras formas não especificadas, de acordo com os dados da FEE. A pontuação obtida do IQA foi 100, indicando uma situação excelente, conforme o Quadro 3 do item 4.2.1. Portanto, a qualidade da água distribuída está de acordo com a exigida pela Portaria 2.914/11, a qual exige que sejam feitas, no mínimo, 16 amostras mensais em relação aos coliformes totais. A CORSAN realiza 44 amostras mensais para todos os parâmetros exigidos (turbidez, pH, cor, cloro residual, fluoretos, coliformes totais e E. coli), fazendo ainda mais amostras do que se é exigido na Portaria 2.914/11. Sendo que das 44 amostras realizadas, as mesmas 44 estão dentro do padrão. Em relação ao ISAP, sua pontuação foi de 100, indicando que não há necessidade de programar novos sistemas de abastecimento de água, nem ações para minimizar as perdas de água, sendo considerado satisfatório para os bairros da área urbana de FW. O valor de 98,53 do IAB demonstra que as condições de abastecimento de água realizada pela CORSAN são satisfatórias no ano de 2016 para a área urbana de FW. 34 5.1.2 Indicador de Esgoto Sanitário (𝐈𝐄𝐒) Sendo o IES o indicador que relata a situação do município em relação ao esgotamento sanitário, o mesmo foi calculado através dos indicadores de 3ª ordem (ICE e ITE), chegando ao valor final do IES, demonstrados no Quadro 7. Quadro 7 – Resultado final do Indicador de Esgoto Sanitário (IES). ICE ITE 𝐈𝐄𝐒 0 0 0 Fonte: A autora, 2016. Os valores dos indicadores de 3ª ordem (ICE e ITE) e do IES foram 0 (zero) devido ao fato de o município não possuir rede coletora e nem tratamento correto do esgoto sanitário, consequentemente, indicando uma situação muito insatisfatória. Segundo informações do secretário do meio ambiente de FW, o município consta com quatro estações de tratamento de efluente (ETE) precárias devido à falta de manutenção por parte da CORSAN, como por exemplo, a estação no Loteamento Boa Esperança, no Bairro Fátima e a estação do Núcleo V (Figuras 3 e 4), as quais foram as que o acesso foi possível. Essas estações estão saturadas, já que não existe o tratamento do esgoto que chega, o qual é levado de caminhão até as mesmas. E ainda, a retirada do lodo não é realizada, sendo assim não há mais capacidade de suportar a carga de efluente que recebem. 35 Figura 3 – Estação de Tratamento de Efluente do Bairro Fátima. Fonte: A autora, 2016. Figura 4 – Estação de Tratamento de Efluente do Núcleo V. Fonte: A autora, 2016. 36 Portanto a Secretaria Municipal do Meio Ambiente de FW notificou a CORSAN para que fosse realizada a limpeza dessas estações e foi conseguido um convênio no valor de R$ 212.000,00 para a limpeza dessas duas estações, ganhando assim tempo até que fique pronta a nova ETE do município. A documentação para formalização do convênio já foi entregue à CORSAN e, assim que formalizado, será aberto o edital para realização da obra. Em relação à construção das redes coletoras de esgoto, o que se obteve de informação é que já foi licitada a obra, o contrato com a empresa vencedora foi assinado e já foi dado início à essas obras. Ela tem um contrato de aproximadamente R$ 9.000.000,00 (nove milhões), que trata da construção das redes coletoras de esgoto, que poderão atender 60% da população do município e também a construção de uma ETE com capacidade de tratamento de 20 L/s. Após a conclusão desta obra, cuja previsão é de 12 meses, FW terá o seu primeiro m³ de esgoto tratado. A localização da ETE será no final da Rua Chiquinha, no Bairro Santo Inácio, onde já foi realizada a terraplanagem no local e em breve a construção das redes de esgoto será iniciada, sendo que a obra começará da ETE em direção à cidade. 5.1.3 Indicador de Resíduos Sólidos Urbanos (𝐈𝐑𝐒) O resultado final de cada indicador de 3ª ordem referente ao IRS está contido no Quadro 8, assim como o resultado final do mesmo. Quadro 8 – Resultado final do Indicador de Resíduos Sólidos Urbanos (IRS). ICR ISR ICS IAC 𝐈𝐑𝐒 100 100 25 50 68,75 Fonte: A autora, 2016. A pontuação para o indicador de coleta de resíduos – ICR – foi de 100, pois dos 7847 domicílios existentes, todos possuem coleta de resíduos. A coleta de resíduos é realizada pelo CIGRES e abrange toda a área urbana do município e também a área rural, conforme informações do próprio consórcio. Para o indicador de saturação do tratamento e disposição final dos resíduos sólidos – ISR – a pontuação foi de 100 para todos os bairros da área urbana do município, em função de haver 37 um tratamento adequado e disposição final dos resíduos sólidos, o qual é realizado no CIGRES, através de aterro sanitário e também compostagem. O indicador de coleta seletiva (ICS) obteve pontuação de 25, devidoao município não possuir coleta seletiva, havendo apenas o centro de triagem no CIGRES, que realiza a triagem de todos os resíduos coletados na cidade. Segundo informações da Prefeitura Municipal de FW, já foi realizada a tentativa de implantação do sistema de coleta seletiva, mas não houve disponibilidade de caminhões adequados para o serviço e outros fatores que interferiram, os quais não foram informados. O último indicador de 3ª ordem que compõem o IRS, o indicador de acondicionamento de resíduos sólidos (IAC), teve sua pontuação no valor de 50. Este valor, através de observação primária, se deu em razão de todos os bairros da área urbana do município possuírem um acondicionamento correto dos resíduos sólidos com lixeira alternativa, o que pode ser visto no exemplo da Figura 5. Figura 5 – Acondicionamento dos resíduos sólidos com lixeira alternativa. Fonte: A autora, 2016. Nesta observação primária, pôde-se perceber que há, pelo menos, uma lixeira alternativa em cada quadra de cada bairro do município, facilitando assim a deposição dos resíduos sólidos de uma forma correta por parte da população em geral. 38 O valor obtido para o indicador de resíduos sólidos – IRS – foi de 0,68. Tal valor demonstra que a situação do município em relação aos resíduos sólidos ainda deve ser melhorada. As lixeiras deveriam ser do tipo padrão em toda a cidade, facilitando assim a separação dos resíduos e ainda o sistema de coleta seletiva deve ser implantado no município. 5.1.4 Indicador de Drenagem Urbana (𝐈𝐃𝐑) O resultado final do indicador de 2ª ordem IDR está inserido no Quadro 9 e do mesmo modo estão os resultados de cada indicador de 3ª ordem referente ao IDR. Quadro 9 – Resultado do Indicador de Drenagem Urbana (IDR). IAI IRP IUS 𝐈𝐃𝐑 0,5 0,17 0,11 0,79 Fonte: A autora, 2016. Para o indicador de 3ª ordem de alagamento ou inundação – IAI – o valor médio obtido foi de 0,5. Tal valor indica que em 16,66% dos bairros da área urbana de FW há inundações ou alagamentos. Os locais onde ocorrem alagamentos são no Bairro Aparecida, na Rua 15 de novembro e na Rua Caí, no Bairro Fátima e no Bairro Ipiranga, na Rua Arthur Milani (Figura 6). 39 Figura 6 – Alagamento na Rua Arthur Milani no Bairro Ipiranga em FW. Fonte: Jornal Folha do Noroeste, 2013. Porém, segundo informações da Secretaria de Coordenação e Planejamento de FW, já estão sendo construídas galerias de drenagem pluvial, as quais, em breve, resolverão este problema municipal. O valor médio obtido para o indicador de 3ª ordem de rua pavimentada (IRP) foi de 0,17. Este valor indica que em, apenas, 5,55% dos bairros não há pavimentação, 11,11% há pavimentação parcial e em 83,33% dos bairros existe pavimentação. Para o indicador de uso do solo (IUS) o valor obtido foi de 0,11. Tal valor demonstra que em 44,44% dos bairros a predominação do uso do solo foi de vegetação, 27,77% dos bairros de pastagem e 27,77% não existe vegetação. Para fins de cálculo, a área considerada sem vegetação foi aquela em que a maior parte da área total do bairro predominou-se sendo urbanizada. De acordo com o Quadro 5, do item 4.2.4, o valor do indicador de drenagem pode variar de 0 a 1. Então, a partir do resultado obtido – 0,79 – a área urbana de FW foi considerada em uma condição boa. 5.1.5 Indicador de Controle de Vetores (𝐈𝐂𝐕) No Quadro 10, está sendo mostrado o resultado final do indicador de 2ª ordem, ICV, e também dos indicadores de 3ª ordem necessários para obtenção do ICV. 40 Quadro 10 – Resultado do Indicador de Controle de Vetores (ICV). IVD IVE IVL 𝐈𝐂𝐕 38,88 100 66,66 68,05 Fonte: A autora, 2016. O valor obtido para o indicador de 3ª ordem referente à dengue (IVD) foi de 38,88. Este valor se deu devido ao fato de terem ocorridos inúmeros casos suspeitos da doença na área urbana de FW nos últimos cinco anos. De acordo com informações do Setor de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da 19ª Coordenadoria Regional da Saúde, no período de janeiro a maio de 2016 a área urbana de FW registrou em torno de 353 casos suspeitos de dengue, sendo o Bairro Fátima o local com mais incidência, com 126 casos suspeitos registrados. Para o indicador de 3ª ordem referente à esquistossomose, o valor obtido foi de 100, pois nos últimos cinco anos não foi registrado nenhum caso da doença, demonstrando assim que a água que circula na área urbana de FW não possui vestígios do parasita da espécie Schistosoma (responsável pela propagação da doença). O indicador de 3ª ordem que se refere a leptospirose obteve seu valor em 66,66. A razão deste valor foi devido a existência de registros de casos suspeitos da doença nos últimos cinco anos. Os bairros com registros da doença foram o Itapagé, Centro, Panosso, Santo Antônio, São Francisco de Paula e Jardim Primavera. E a partir destes três indicadores de 3ª ordem, o valor médio obtido para o Indicador de Controle de Vetores (ICV) foi de 68,05. 5.2 INDICADOR DE SALUBRIDADE AMBIENTAL DE FREDERICO WESTPHALEN (ISA/FW) A partir dos resultados de cada indicador de 2ª ordem expostos no item 5.1, foi possível chegar ao resultado final do ISA/FW, o qual está inserido no Quadro 11, juntamente com cada valor obtido dos indicadores que compuseram o ISA/FW. 41 Quadro 11 – Resultado final do ISA/FW (%). IAB IES IRS IDR ICV ISA/FW 98,52 0 68,75 79,44 68,05 61,07 Fonte: A autora, 2016. Foi encontrado como Indicador de Salubridade Ambiental para a área urbana do município de Frederico Westphalen o valor de 61,07%, sendo caracterizado, de acordo com Silva (2006), como média salubridade. O valor do ISA/FW indica se há a possibilidade de que a qualidade de vida da população residente nessa área seja afetada, porém sendo de média salubridade pode-se dizer que tal valor é razoável para a sociedade. A razão principal para o município ter sido considerado como média salubridade foi em função do Indicador de Esgoto Sanitário (IES), cujo valor resultou em zero, demonstrando assim a necessidade imediata de haver uma rede coletora de esgoto sanitário e um tratamento adequado do mesmo no município. Mas, como já foi mencionando no item 5.1.2, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente demonstra preocupação em relação ao esgotamento sanitário de FW e já estão sendo tomadas as devidas providências para que este problema seja resolvido, pois a falta de investimento em uma área tão importante do saneamento básico torna o ambiente nocivo à saúde humana e também pode causar danos ao meio ambiente. Em relação aos outros indicadores de 2ª ordem, os resultados demonstram uma situação satisfatória para o município, porém, obviamente, ainda pode-se haver uma melhoria em cada um deles. 5.3 LIMITAÇÕES DO INDICADOR DE SALUBRIDADE AMBIENTAL O ISA, em geral, apresentou algumas limitações na sua aplicação. A primeira limitação observada foi em relação ao peso atribuído a cada indicador, sendo que não há uma razão explicíta para isso, podendo assim influenciar o valor final do ISA. No Indicador de Abastecimento de Água (𝐼𝐴𝐵), um dos itens analisados foi referente às amostras realizadas pela CORSAN, em relação a presença ou não de coliformes totais. No 42 entando, a E. coli é um fator de extrema importancia na qualidade da água, por se tratar de um patógeno transmissor de doenças de veiculação hidrica, o qual deveria ser analisado. E uma última limitação observada foi no Indicador de Controle de Vetores (𝐼𝐶𝑉), o qual deveria considerar a quantia de casos, nos últimos cinco anos, de doenças diarreicas, as quais estão relacionadas à mortalidade infantil. 43 CONCLUSÃO Com a aplicação do ISA/FW na área urbana do município de FredericoWestphalen notou-se que este indicador é um instrumento muito útil para o planejamento do saneamento ambiental, visto que engloba uma grande série de indicadores relativos ao tema. Os indicadores foram aplicados por bairros no intuito de realizar um levantamento dos principais problemas que o município possui referentes ao saneamento ambiental, podendo assim auxiliar no planejamento e priorização de investimentos públicos. A área urbana de FW foi considerada como sendo de média salubridade, demostrando assim que o município ainda carece de alguns serviços necessários para ser considerado salubre. No que diz respeito aos indicadores de 2ª ordem, um dos pontos marcantes foi em relação ao indicador de esgoto sanitário, o qual influenciou de maneira significativa a salubridade ambiental da área urbana do município, por não haver coleta nem muito menos tratamento do esgoto sanitário, mostrando a necessidade da implantação da rede coletora de esgoto e de uma estação de tratamento de efluente. Por outro lado, o indicador de abastecimento de água para a área urbana de FW mostra que a população tem bom acesso a este serviço, pois 95,57% dos domicílios totais são abastecidos por rede geral de distribuição de água, enquanto que apenas 4,42% dos domicílios totais são abastecidos por poços ou outras fontes. Em relação ao indicador de resíduos sólidos foi demonstrado que, com melhorias básicas, como a implantação da coleta seletiva dos resíduos sólidos, uma distribuição de lixeiras padrões e uma educação ambiental correta da população, tal indicador pode chegar a uma condição excelente. Sobre o indicador de drenagem, algumas ações precisam ser efetuadas, devendo-se investir em sistemas de drenagem pluvial que consigam evitar alagamentos e inundações em algumas áreas dos bairros que apresentaram estes problemas, para assim se chegar a uma condição totalmente satisfatória. E o indicador de controle de vetores apresentou uma pontuação boa, a qual ainda pode ser aumentada, caso haja a realização de todos esses investimentos sugeridos, melhorando assim este indicador. 44 Desse modo, é válido mencionar que é recomendado que se façam atualizações periódicas para indicadores como o ISA/FW, pois a aplicação de indicadores tem o objetivo de representar um momento definido. Consequentemente, quanto mais o município investir em políticas públicas, mais as condições de saneamento serão melhoradas e o ISA/FW tenderá a aumentar e melhorar a sua pontuação. Outro aspecto a ser destacado é a inexistência da realização de Indicadores de Salubridade Ambiental no estado do Rio Grande do Sul, pois o valor do ISA/FW trata-se de um valor isolado ou pontual. Sendo que, para uma eficácia maior da metodologia, comparações entre municípios serviriam de auxílio adicional para o diagnóstico integrado de salubridade ambiental. 45 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004: Resíduos Sólidos - Classificação. Rio de Janeiro, 2004. 71 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9648: Estudos de Concepção de Sistema de Esgoto Sanitário. Rio de Janeiro, 1986. 5 p. BAGGIO, D. B. Aplicação do Indicador de Salubridade Ambiental (ISA) no município de Cocal do Sul – SC. 2013. 132 p. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Ambiental) – Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC, 2013. BARROS, M. T. L. de; Drenagem Urbana: Bases Conceituais e Planejamento. In: PHILIPPI JUNIOR, A. (Ed.). Saneamento, saúde e ambiente: Fundamentos para um desenvolvimento sustentável. Barueri, SP: Manole, 2005. p. 221-266. BATISTA, M. E. M.; SILVA, T. C. da. O modelo ISA/JP - Indicador de performance para diagnóstico do saneamento ambiental urbano. 2006. 10 f. UFPB, Paraíba, 2005. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/esa/v11n1/29138.pdf>. Acesso em: 01 mai. 2016. BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 10 jun. 2016. BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual de saneamento. 3. ed. rev. Brasília: FUNASA, 2006. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria Nº 2.914 de 12 de dezembro de 2011. Dispõe sobre procedimento de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. Brasília: Diário Oficial da União, 20 abr. 2016. Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.html >. Acesso em: 10 mai. 2016. BRASIL. Lei n. 11.145, de 5 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. Brasília: Diário Oficial da União. 11 jan. 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm> Acesso em: 24 mar. 2016. CARTILHA DO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE: LIXO E VETORES. Universidade Federal de São João. Disponível em: <http://www.ufsj.edu.br/portal2- repositorio/File/lains/Folheto4.pdf>. Acesso em: 21 abr. 2016 46 COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO. Situação do Abastecimento de Água. Disponível em: <http://www.corsan.com.br/inicial> Acesso em: 20 mai. 2016. CONSELHO ESTADUAL DE SANEAMENTO (CONESAN). ISA - Indicador de Salubridade Ambiental: Manual Básico. São Paulo: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, 1999. FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA. Feedados. Disponível em: <http://www.fee.rs.gov.br/> Acesso em: 20 mai. 2016. HELLER, L.; PÁDUA, V. L. de (Org.). 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