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A Microbiota Intestinal do Atleta Descubra o que a ciência vêm apresentando de mais recente sobre o tema e que cabe a sua prática clínica Atualização científica E a dieta do atleta: qual a sua influência na microbiota intestinal? E-book interativo Aproveite que este é um e-book mais visual e interativo. Quando você visualizar este símbolo ao lado, é só clicar e desfrutar de conteúdo além deste material. Sumário Por que fizemos este e-book? Há uma microbiota intestinal única ao ser humano? Qual a relação entre o exercício físico e a microbiota intestinal? Até logo! Referências Bibliográficas Por que fizemos este e-book? 1. Neste período de isolamento do convívio social, você que possivelmente é um estudante ou um profissional da área da saúde, como dos cursos de nutrição, medicina ou educação física, têm se deparado com uma infinidade de conteúdos disponibilizados sobre diversos assuntos ligados mais especificamente ao COVID-19. Também, nós sabemos que está situação pode estar te deixando cansado psicologicamente e neste instante, você não vê a hora de voltar a sua rotina habitual e estudar com ainda mais afinco, os temas que você é apaixonado e pretende se especializar cada vez mais. Porque convenhamos, haverá todo um mundo à nossa frente depois da pandemia e nele você tem tudo para se tornar cada vez mais não somente um profissional melhor, mas uma pessoa melhor. Neste mundo que temos à nossa frente, mas que na verdade começa a partir de agora, é fundamental que você estudante ou profissional da saúde busque sempre estar disposto a aprender e a se atualizar, e nós do Science Play, estamos aqui porque acima de tudo, nós acreditamos na educação e queremos principalmente neste período que estamos vivendo, produzir um conteúdo de qualidade, atualizado e que ultrapasse a sua visão técnica atual. Por que fizemos este e-book? Tivemos a ideia deste conteúdo especial e totalmente gratuito com base em um artigo de revisão que foi publicado recentemente por alguns dos maiores pesquisadores do mundo em nutrição esportiva, no Journal of the International Society of Sports Nutrition (JISSN). Mas você que já é assinante do Science Play nos conhece muito bem, e sabe que não iríamos nos limitar a somente "um artigo recente", né? Buscamos diversos artigos publicados recentemente em algumas das maiores revistas científicas do mundo, para montar um conteúdo completo do nível que você merece. Assim, hoje queremos trazer neste e-book interativo, claro que da maneira mais didática e interativa possível, o que a comunidade científica vêm apresentando de mais recente sobre um dos temas mais debatidos na comunidade científica ao longo dos últimos anos: a relação entre a microbiota intestinal e o atleta. Aproveite a leitura e não esqueça que nos tópicos que você quiser se aprofundar ainda mais, você pode interagir com o conteúdo e com um simples clique, ir direto para um artigo de referência. Por que fizemos este e-book? https://jissn.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12970-020-00353-w https://jissn.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12970-020-00353-w https://jissn.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12970-020-00353-w https://jissn.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12970-020-00353-w 2.Há uma microbiota intestinal única ao ser humano? Antes de entrarmos mais a fundo na associação entre a microbiota intestinal e o atleta, vamos ver um pouco de como é a composição típica da microbiota de um indivíduo adulto e em quais aspectos ela influencia. E claro, vale a atenção de que a microbiota intestinal não é composta somente de bactérias. Sua composição também é feita de outros microorganismos como os fungos e os vírus, contudo, vamos focar aqui mais na influência das bactérias, ok? Cada indivíduo dispõem de um "perfil único" da sua microbiota intestinal, na qual desempenha diversas funções no metabolismo de nutrientes do hospedeiro, manutenção da integridade estrutural da barreira intestinal, imunomodulação e proteção contra patógenos. Mais detalhadamente, a microbiota intestinal é composta por diferentes espécies de bactérias classificadas taxonomicamente por gênero, família, ordem e filo. No que se refere ao filo, Firmicutes e Bacteroidetes estão em destaque na ilustração da próxima página pois representam aproximadamente 90 % da composição da microbiota intestinal. Porém, você deve entender que a composição destas bactérias começa a ser modulada já no início da vida. Há uma microbiota intestinal única do ser humano? Há uma microbiota intestinal única do ser humano? Rinninella et al., 2019. https://www.mdpi.com/2076-2607/7/1/14 Lá no início, algumas especificidades presentes no começo da vida da criança como a idade gestacional com que foi feita o parto, o tipo de parto, os métodos de alimentação e o período de desmame, além de possíveis antibióticos que possam ter sido utilizados, são somente alguns dos fatores que impactam na sua composição. De modo geral, essa microbiota nativa da criança permanece relativamente estável na idade adulta, sem variações bruscas, mas diferem entre indivíduos devido a genética e ao estilo de vida da pessoa, tendo-se como fatores de impacto mais direto o índice de massa corporal (IMC), frequência de exercício e os hábitos culturais e alimentares. Por conseguinte, não existe uma microbiota intestinal ideal única, uma vez que a vida em si de cada indivíduo se dá de forma é diferente. No entanto, uma microbiota intestinal equilibrada entre as bactérias patogênicas, as bactérias comensais e simbiontes, conhecido com eubiose, é almejado a fim de que haja a otimização das funções metabólicas e imunológicas. Isso é buscado pois de fato, o desequilíbrio entre as bactérias intestinais denominado disbiose intestinal, pode associar-se não apenas a distúrbios intestinais, mas também a numerosas doenças extra-intestinais, como distúrbios metabólicos e neurológicos. Há uma microbiota intestinal única do ser humano? 3.Qual a relação entre o exercício físico e a microbiota intestinal? Agora, vamos abordar de modo mais específico os pontos que diferem a microbiota intestinal do atleta, da de indivíduos fisicamente menos ativos. Acerca disso, a microbiota intestinal do atleta costuma exibir uma maior abundância e diversidade de espécies de bactérias que podem auxiliar na promoção de saúde, como a A.muciniphila. Contudo, vale a ressalva de que há outros fatores além do exercício que pode afetar a composição do microbioma intestinal, como demonstramos para você no esquema abaixo: Qual a relação entre o exercício físico e a microbiota intestinal? Hughes et al., 2020. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnut.2019.00191/full Outro ponto de importante destaque diz respeito a hipertrofia muscular e a atividade física. Esta associação é positivamente ligada com várias populações bacterianas, além da redução do estresse oxidativo e da inflamação crônica. Contudo, o estudo das funções metagenômicas em vez de somente a taxonomia, pode fornecer uma melhor compreensão da microbiota intestinal e do impacto das funções metabólicas microbianas na fisiologia do indivíduo. Além disso, os atletas tendem a dispor de mais Ácidos Graxos de Cadeia Curta (AGCCs), como acetato, propionato e butirato. Tais metabólitos podem ser associados a maior quantidade de massa magra e superior saúde geral, do que em indivíduos menos fisicamente ativos. Contudo, essas diferenças na composição corporal e na saúde, são possivelmente causadas pelos efeitos do treinamento físico e da dieta, e não pelos AGCCs em si. Qual a relação entre o exercício físico e a microbiota intestinal? Mais especificamente, não somente a microbiota, mas o microbioma intestinal do atleta pode influenciar a performance do atleta através de mecanismos diretos e indiretos, nos quais você pode conferir no esquema abaixo: De modo geral, o atletadispõem da capacidade funcional mais destacada do reparo tecidual decorrente do exercício, além de que a microbiota pode funcionar como um preditor da resposta ao exercício. Além disso, pode observar- se a maior capacidade de aproveitamento da energia da dieta e o aprimoramento da biogênese mitocondrial. Logo, a adequação do metabolismo glicídico, da sensibilidade insulínica, da estrutura celular e da biossíntese de nucleotídeos, são outros diferenciais possíveis no atleta. Qual a relação entre o exercício físico e a microbiota intestinal? Przewlocka et al., 2020. https://www.mdpi.com/2072-6643/12/5/1451 O praticante do exercício físico também tipicamente apresenta superior capacidade cardiorrespiratória devido a alguns dos mecanismos demonstrados abaixo, que podem inclusive, correlacionar-se positivamente com o aumento da diversidade e da função metabólica microbiana. Ademais, pode relatar-se o incremento da concentração do AGCC butirato, e sabe-se ainda na literatura, que o treinamento físico pode modular a composição e a capacidade metabólica da microbiota intestinal humana, também de indivíduos sedentários que comecem a exercitar-se regularmente. Porém, tais alterações na composição da microbiota são dependentes do estado fisiológico do paciente. Qual a relação entre o exercício físico e a microbiota intestinal? Hughes et al., 2020. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnut.2019.00191/full O exercício físico pode promover uma rica mudança bacteriana, fornecendo uma vantagem seletiva para o colonização de certos micróbios, incluindo A. muciniphila e Veillonella. Essa mudança na colonização dos micróbios aliada a consequente manutenção da integridade da barreira intestinal, está associada a otimização do chamado eixo intestino-cérebro, além de conexões já mencionadas e da secreção de hormônios relacionados a fome. Contudo, as alterações induzidas pelo exercício na capacidade metabólica da microbiota intestinal são transitórias e provavelmente dependente de estímulos repetidos do exercício. Logo, o exercício físico prolongado feito de modo exacerbado, pode ter uma influência deletéria sobre a função intestinal, com consequências como o aumento da permeabilidade intestinal (Leaky Gut). Em contrapartida, o exercício físico feito dentro da necessidade do praticante parece enriquecer a diversidade da microbiota e estimular a proliferação de bactérias que podem modular a imunidade da mucosa, além de auxiliarem na manutenção da barreira intestinal. Também, a produção dos AGCCs pode incrementar-se, na qual aparenta ajudar na melhora do desempenho esportivo e da saúde. Veja um excelente resumo sobre esta parte do ebook na página seguinte. Qual a relação entre o exercício físico e a microbiota intestinal? Qual a relação entre o exercício físico e a microbiota intestinal? O'Sullivan et al., 2015 https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/19490976.2015.1011875 4.E a dieta do atleta: qual a sua influência na microbiota intestinal? A dieta é um fator modulador da composição da microbiota intestinal, sendo o balanço energético um fator normalmente negligenciado em relação à microbiota intestinal do atleta, particularmente nos indivíduos afetados pela Deficiência de Energia Relativa no Esporte (RED-S). Porém, o entendimento dessa relação deve ir muito além do balanço energético. É essencial a investigação da composição da dieta do atleta (macro e micronutrientes), e não unicamente da quantidade de Kcal ingeridas ao longo do dia. Para introduzirmos este tópico para você, selecionamos um esquema interessantíssimo na próxima página de um artigo de revisão publicado recentemente sobre o tema. No mesmo, fica evidente que a especificidade de cada dieta acarreta em consequências distintas sobre a microbiota intestinal do indivíduo. E a dieta do atleta: qual a sua influência na microbiota intestinal? Agora vamos falar mais especificamente dos macronutrientes em si, começando pelas proteínas. No que diz respeito a este nutriente, mais estudos são necessários para determinar com mais detalhes a influência do aporte proteico na microbiota intestinal, contudo, sabe- se que essa relação existe e está ligada a diversidade dos microrganismos. E a dieta do atleta: qual a sua influência na microbiota intestinal? Rinninella et al., 2019. https://www.mdpi.com/2072-6643/11/10/2393 A proteína obtida de alimentos de origem vegetal parece apresentar um efeito mais benéfico ao hospedeiro do que a de origem animal. Porém, ainda não se sabe ao certo se isso sucede-se dos aminoácidos em si, ou do maior conteúdo de fibras e/ou menor de gordura saturada presente nos alimentos de origem vegetal. E a dieta do atleta: qual a sua influência na microbiota intestinal? Singh et al., 2017. Já no que tange a fibra alimentar e os carboidratos, a fibra alimentar está associada à maior riqueza e / ou diversidade microbiana, sendo que de modo geral, a superior ingestão de carboidratos e fibras alimentares em atletas parece associar-se ao aumento da abundância de Prevotella. https://translational-medicine.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12967-017-1175-y Agora falando mais de perto para praticantes do endurance, a observação sobre a quantidade de fibra alimentar e sobre qual monossacarídeo será predominante, principalmente na refeição pré- treino/prova, é um fator que deve ser observado. Tal necessidade decorre de que dentre outras consequências, o atleta não sofra de um desconforto estomacal severo que possa comprometer o seu desempenho esportivo e a sua saúde, e pode ser feita através da estratégia denominada de Training the Gut. E a dieta do atleta: qual a sua influência na microbiota intestinal? JEUKENDRUP., 2017 https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs40279-017-0690-6 Por fim, sobre os lipídios, é difundido que os efeitos específico de cada lipídio na microbiota intestinal é de difícil estudo isolado, mas sabe-se que a dieta do atleta com um predomínio de gorduras saturadas ou insaturadas, pode alterar a composição da microbiota intestinal de modos distintos. E a dieta do atleta: qual a sua influência na microbiota intestinal? Singh et al., 2017 https://translational-medicine.biomedcentral.com/articles/10.1186/s12967-017-1175-y Terminamos aqui mais um material riquíssimo em conteúdo para você. Mas como acabei de dizer aqui, acabamos somente este material, não o nosso compromisso com você. Nós queremos movimentar o nosso corpo e a nossa mente e assim, criar uma conexão que irá te fazer crescer junto com a gente, e claro, esperamos de coração que este material tenha lhe sido de valia, mas ainda podemos fazer muito mais, juntos. Por conta deste período de isolamento do convívio social, infelizmente ainda estamos distantes e não podemos voltar a oferecer o que há de melhor a nível nacional e internacional para você presencialmente. Assim, aproveite para conhecer o que temos de melhor no formato digital pois de uma coisa você pode ter certeza: nós olhamos para o nosso maior capital, as pessoas, e queremos revolucionar a sua maneira de estudar. Até logo ! Desse modo, aproveite para conhecer o que oferecemos no Science Play e conte conosco para que o que for necessário. Nós sabemos que podemos sim mudar o mundo. Talvez não o mundo das 7 bilhões de pessoas que habitam este planeta, mas o nosso mundo, e o seu mundo. Nós fomos lançados mundialmente no American College of Sports Medicine, em Orlando, EUA, ano ano passado. Mas hoje, em maio de 2020, podemos afirmar mais do que nunca que somos uma empresa global. O Science Play está disponível para aproximadamente 190 países e estamos de fato, vivendo o nosso melhor momento, tanto em número de assinantes, como em conteúdo produzido diariamente na forma de artigos, palestras, cursos e vídeos ao nosso assinante.Se você já nos conhece, principalmente se já é nosso aluno, deve ter uma noção do que estou falando. Por isso, encerro aqui este e-book com um sincero MUITO OBRIGADO pela confiança que você têm no nosso trabalho, e lembre-se que estamos aqui para você, Anytime, Everywhere! Até logo! https://promo.scienceplay.com.br/ 5.Até logo! JEUKENDRUP, Asker E.. Training the Gut for Athletes. Sports Medicine, [s.l.], v. 47, n. 1, p. 101-110, mar. 2017. Springer Science and Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1007/s40279-017-0690-6. MOHR, Alex E. et al. The athletic gut microbiota. Journal Of The International Society Of Sports Nutrition, [s.l.], v. 17, n. 1, p. 1-33, 12 maio 2020. Springer Science and Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1186/s12970-020-00353-w. SINGH, Rasnik K. et al. Influence of diet on the gut microbiome and implications for human health. Journal Of Translational Medicine, [s.l.], v. 15, n. 1, p. 1-16, 8 abr. 2017. Springer Science and Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1186/s12967-017-1175-y. HUGHES, Riley L.. A Review of the Role of the Gut Microbiome in Personalized Sports Nutrition. Frontiers In Nutrition, [s.l.], v. 6, p. 1-18, 10 jan. 2020. Frontiers Media SA. http://dx.doi.org/10.3389/fnut.2019.00191. RINNINELLA, Emanuele et al. What is the Healthy Gut Microbiota Composition? A Changing Ecosystem across Age, Environment, Diet, and Diseases. Microorganisms, [s.l.], v. 7, n. 1, p. 14-27, 10 jan. 2019. MDPI AG. http://dx.doi.org/10.3390/microorganisms7010014. RINNINELLA et al. Food Components and Dietary Habits: keys for a healthy gut microbiota composition. : Keys for a Healthy Gut Microbiota Composition. 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