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Tecnologia e humanização em uma UTI neonatal

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ 
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO 
COORDENAÇÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 
PIBIC 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL 
 
 
 
 
 
OS DESAFIOS DE UMA UTI NEONATAL: O TRABALHO DO CUIDADO E AS 
RELAÇÕES COLABORATIVAS 
Darli de Fátima Sampaio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
23/07/2020
 
 
NAYRELLI SANTA ROSA PADILHA 
DARLI DE FÁTIMA SAMPAIO 
 
ENGENHARIA BIOMÉDICA – ESCOLA POLITÉCNICA 
PUCPR 
 
 
 
 
 
TECNOLOGIA E HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO EM UMA UTI NEONATAL 
 
 
 
Relatório Final apresentado ao Programa 
Institucional de Bolsas de Iniciação 
Científica, Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-
Graduação e Inovação da Pontifícia 
Universidade Católica do Paraná, sob 
orientação da Profª. Drª. Darli de Fátima 
Sampaio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1: Tabela de internamentos 2018. ................................................................. 20 
Tabela 2: Tabela de internamentos 2019 .................................................................. 20 
Tabela 3: Taxa de óbitos nacionais neonatal 2000-2015...........................................21 
Tabela 4: Tabela de óbitos 2018................................................................................22 
Tabela 5: Tabela de óbitos 2019................................................................................22 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1 
2. OBJETIVOS ....................................................................................................... 42 
2.1 Objetivos específicos....................................................................................... 42 
3. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................. 42 
4. MATERIAIS E MÉTODO .................................................................................. 107 
6. DISCUSSÃO .................................................................................................... 129 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 163 
8. REFERÊNCIAS .............................................................................................. 1724 
 
 
 
 
 
8 
RESUMO 
Introdução: O presente trabalho parte do interesse investigativo que tem por base 
duas áreas de conhecimento: Filosofia e Engenharia Biomédica, com incidência no 
campo educacional, buscando entender algumas relações possíveis que possam ser 
estabelecidas entre a tecnologia, gênero e cuidado em uma Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI) Neonatal de um hospital particular de Curitiba, no Estado do Paraná. 
Objetivos: Contribuir para fomentar o debate sobre temas que envolvem a vida 
humana frente às novas tecnologias utilizadas na área da saúde, que vem 
transformando as relações socioculturais de nosso tempo. Discutir filosoficamente 
temas emergentes na área da saúde diante de grandes descobertas científicas. E 
destacar as principais representações de gênero na área da saúde. Materiais e 
Método: Buscou-se a partir do referencial teórico propiciar uma visão ampliada 
sobre gênero, cuidado e tecnologia, por meio de pesquisa bibliográfica na área, a 
exemplo de Tamanini (2018), Hirata e Guimarães (2012) que discorrem sobre o 
conceito do cuidado. Scott (1995) sobre gênero, Portal Fundação Osvaldo Cruz - 
FioCruz (2019) fonte de dados sobre a saúde. A metodologia incorporou a técnica 
da observação, prevista na pesquisa participante. Segundo Haguette (2002) e 
Marconi e Lakatos (1982), trata-se de uma técnica onde o pesquisador incorpora ao 
está incorporado em um grupo pesquisado. Registros de internamentos realizados 
pelas profissionais de saúde, em sua maioria mulheres foram analisados, bem como 
as rotinas de cuidados profissionais. Resultados: Evidenciou-se a importância do 
uso indispensável das tecnologias para o diagnóstico, monitoramento, terapias, 
reabilitação e prevenção de patologias, assegurando aumento das chances de vida. 
O conhecimento científico, habilidade técnica e o cuidado profissional exercido por 
mulheres. Considerações Finais: Os avanços tecnológicos promovem um suporte 
fundamental diante da fragilidade e finitude humana. Atuam eficazmente e podem 
suprir ou atender as necessidades humanas fundamentais, favorecendo a qualidade 
de vida. 
 
Palavras-chave: 
Tecnologia, saúde, gênero, cuidado. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho parte do interesse investigativo que busca contemplar 
duas categorias centrais nas conjunturas educacionais contemporâneas, a saber: 
gênero e cuidado, fundamentais e ambos com incidência no campo da saúde que se 
configura enquanto uma importante área para reflexão, especialmente sobre a 
necessidade de aprofundamento e desenvolvimento de propostas sobre a 
organização social, cultural, e as relações entre vida e finitude, que nos coloca 
diante da inegável fragilidade humana. E tem como objetivo principal fomentar o 
debate sobre temas da atualidade que envolve questões que dizem respeito à vida 
humana frente às novas tecnologias na área da saúde, que vem transformando 
profundamente as relações socioculturais de nosso tempo. Para tanto, se faz 
necessário discutir filosoficamente as novas tecnologias na área da saúde e quais as 
perspectivas diante das descobertas científicas. 
Boa parte da pesquisa na área de assistência ao prematuro e de 
equipamentos intensivistas tem por base os estudos do Dr. Guilherme Sant´Ann 
(2012), pediatra especialista em neonatologia. A estrutura tecnológica está sendo 
baseada em pesquisas já realizadas na área da engenharia biomédica e 
monografias. 
Outra referência importante centra-se nas reflexões teóricas sobre o trabalho 
realizado por mulheres na área da saúde e de cuidados medicais e de sua 
marginalização. O trabalho do cuidado especialmente junto a uma UTI neonatal é 
extremamente exigente e delicado, considerando a fragilidade do paciente. E no 
Brasil as análises sobre o trabalho do cuidado pode ser considerados recentes e 
menos frequentes, segundo referências bibliográficas acessadas (CABANES, 2009; 
GEORGES, 2008). No que diz respeito a esta área de estudo em particular, alguns 
autores como os citados, defendem que as políticas públicas “do cuidado” 
constituem uma das dimensões que contribuem para a definição do “público” e do 
“privado”, mas também refletem a mudança das “normas societais” em termos de 
práticas nesses espaços. Para Hirata e Guimarães (2012), que discorrem sobre o 
conceito do cuidado enquanto solicitude, atenção ao outro, portanto para as autoras 
 
 
pressupõe “cuidar do outro, preocupar-se, estar atento às suas necessidades, todos 
esses diferentes significados, relacionados tanto à atitude quanto à ação” (HIRATA, 
GUIMARÃES, 2012, p.1). O trabalho do cuidado vem se complexificando e se 
tornando cada vez mais exigente por conta das “vulnerabilidades e as necessidades, 
bem como a demanda de trabalho físico, emocional e de saber fazer estão com ele 
imbricadas e se tornam mais complexas” (TAMANINI et al. (Org.) 2018, p. 7). O tema 
do cuidado evidencia uma rede não só de muita produção teórica, mas também de 
exigência a respeito das necessidades frente aos desafios de estabelecer 
parâmetros, que segundo Tamanini possam ser flexíveis e abarcadores dos 
múltiplos contextos com exigências do trabalho do cuidado. 
O campo da saúde é extremamente complexo e desafiador, onde a 
utilização de novas tecnologias tem se demonstrado eficientes e de utilização 
crescente, mas que convivem de outro lado com certa precariedade de recursos e 
atendimentos especialmente em setores públicos. Santos (2012) defende que os 
Programas de Saúde (PSF) do governo federal (setor de saúde) e Programas de 
Saúde nos estados e municípios,podem apresentar tensões e ambiguidades 
relativas à gestão da questão social e do lugar das mulheres, como mostra o 
Programa Ação Família (PAF) do município de São Paulo (Setor da Assistência). 
Os avanços tecnológicos promoveram maior suporte aos doentes, assim 
como o desenvolvimento de novos medicamentos e de conhecimentos específicos à 
humanização. No estudo realizado, constata-se que profissionais na área da saúde 
tem produzido em termos de pesquisa e ou iniciativas para adaptar o ambiente das 
UTI Neonatais em lugares mais humanizados para o cuidado dos frágeis pacientes e 
no atendimento a seus familiares, exemplo disso, são novos módulos de pós 
graduação especializados em humanização e cuidado que estão sendo 
implementados em Universidades. No que diz respeito ao cuidado algumas medidas 
tomadas muitas vezes são simples como, por exemplo, um relógio na parede para 
melhorar a orientação dos acompanhantes, chamar a família pelo nome e não pelo 
número do leito, diminuição dos ruídos e até explicar e descrever os equipamentos 
médicos hospitalares com a finalidade de diminuir o receio dos membros da família 
de interagir com o paciente. O encontro envolvendo a equipe de assistência médica 
e ser cuidado deve funcionar como uma forma de construir uma prática do cuidar 
 
 
que seja capaz de conciliar a melhor tecnologia disponível com promoção de 
acolhimento, vínculo e responsabilização. No caso de óbito, o amparo à família é 
ofertado por meio de uma psicóloga e da equipe médica do hospital. O preparo do 
corpo e a entrega dos documentos e pertences são de responsabilidade e cuidados 
da equipe de enfermagem, em geral, mulheres como no caso da UTI estudada. E no 
caso da atenção ao recém-nascido há várias iniciativas. 
O Método Canguru é um modelo de assistência perinatal voltado para a 
melhoria da qualidade do cuidado, desenvolvido em três etapas conforme 
Portaria GM/MS nº 1.683, de 12 de julho de 2007 que: parte dos princípios 
da atenção humanizada; reduz o tempo de separação entre mãe e 
recém-nascido e favorece o vínculo; permite um controle térmico adequado; 
contribui para a redução do risco de infecção hospitalar; reduz o estresse e 
a dor do recém-nascido; aumenta as taxas de aleitamento materno; melhora 
a qualidade do desenvolvimento neurocomportamental e psico-afetivo do 
recém-nascido; propicia um melhor relacionamento da família com a equipe 
de saúde; possibilita maior competência e confiança dos pais no cuidado do 
seu filho inclusive após a alta hospitalar; reduz o número de reinternações; e 
contribui para a otimização dos leitos de Unidades de Terapia Intensiva e de 
Cuidados Intermediários Neonatais. (BRASIL, 2017). 
A sobrevivência destes bebês impõe um desafio quase que intransponível: a 
missão de devolver às famílias e à sociedade uma criança capaz de desenvolver de 
maneira plena o seu potencial afetivo, cognitivo e produtivo. A imprecisão sobre até 
onde os esforços dos neonatologistas podem e devem se concentrar para manter a 
vida desses pequenos pacientes é um dos terrenos escorregadios mais difíceis para 
se tomarem as decisões corretas. 
 Do ponto de vista ético, cada serviço deve ter o seu limite de viabilidade 
(cada serviço tem que conhecer a sua capacidade de manter um RN 
naquelas condições com Comissão Permanente de Protocolos de Atenção à 
Saúde da SES-DF - CPPAS Página 2 qualidade de vida). Eticamente é 
muito mais importante dar uma vida digna do que simplesmente salvar a 
vida. Portanto, é importante que se estabeleça limite para cada serviço de 
acordo com a literatura internacional a idade gestacional e o peso de 
nascimento abaixo dos quais os bebês são muito imaturos e a oferta de 
tratamento intensivo não é razoável parece ser < 23 semanas e < 500g, 
respectivamente (praticamente nenhuma chance para a sobrevivência 
intacta; sem alterações nos últimos 10-15 anos). (BRASIL, 2018.) 
 
 
São vários os desafios postos no tocante a temática escolhida para o 
estudo, especialmente no que diz respeito às tecnologias e questões de gênero e 
cuidado em vista da possibilidade de se viver mais e melhor e com uma qualidade 
cada vez melhor, como defende Gadelha (2019). E é neste sentido que o tema tem 
profunda relevância especialmente em nossa sociedade contemporânea que no 
momento enfrenta uma profunda pandemia produzida pelo COVID-19 tornando 
irrefutável a necessidade de políticas tecnológicas e de cuidado, exercido em sua 
maioria por mulheres, mas muitas vezes pouco visibilizado ou valorado (HIRATA, 
GUIMARÃES, 2012). E nessa perspectiva há importantes análises que possam 
produzir novas portas para a produção científica aprofundando o debate teórico 
sobre a relação tecnologia e cuidado e os possíveis e marcantes dualismos. 
 
 
2. OBJETIVOS 
Contribuir para fomentar o debate sobre temas da atualidade que envolve a 
vida humana frente às novas tecnologias utilizadas na área da saúde, que vem 
transformando as relações socioculturais de nosso tempo. 
2.1 Objetivos específicos 
Discutir filosoficamente temas emergentes na área da saúde diante de 
grandes descobertas científicas. E destacar as principais representações de gênero 
na área da saúde. 
3. REVISÃO DE LITERATURA 
Com base no interesse investigativo que abrange duas categorias centrais 
nas conjunturas educacionais contemporâneas, a saber: gênero e cuidado, ambas 
 
 
com incidência no campo da saúde que se configura enquanto uma importante área 
para reflexão, especialmente sobre a necessidade de aprofundamento e 
desenvolvimento de propostas sobre a organização social, cultural, e as relações 
entre vida e finitude, que nos coloca diante da inegável fragilidade humana. 
A etimologia da palavra “investigação” vem do verbo latino Vestígio, que 
significa “seguir as pisadas”, segundo, reflexão de Gamboa (2012, p. 27), referência 
pela pensar o caminho metodológico/epistemológico. Investigar, portanto, é buscar 
algo a partir de vestígios, que podem aparecer de diferentes formas, sujeitas a um 
trabalho de reelaboração e reinterpretação de um conjunto de fenômenos que todos 
nós experenciamos. (Berger. 2009). 
A introdução do trabalho de cuidado (care work) fundamental para a 
existência humana e que segundo Hirata e Guimarães (2012) é uma atividade 
profissional em plena expansão na economia de serviços em escala internacional. 
Tradicionalmente o trabalho do cuidado, tem sido confiado, delegado às mulheres, 
mesmo nas atividades profissionais, como na área da saúde, campo vital e uma das 
grandes prioridades da população, portanto, relaciona-se diretamente com as 
questões de gênero, pois, o trabalho do cuidado na área de saúde, tem grande 
participação de mulheres, ou seja, o cuidado ainda continua sendo função de 
mulher. É, portanto, histórico e moral, com papéis sexuais definido com maior rigor 
normativo e explicativo. (HIRATA, 2009). 
Na UTI do hospital analisado e segundo os dados disponibilizados durante 
os dois anos de investigação científica para a elaboração do presente trabalho, 
registra-se na UTI neonatal o trabalho de 09 enfermeiras e 46 técnicas de 
enfermagem distribuídas em quatro plantões. A cada plantão soma-se o auxílio de 
uma profissional do setor de higienização, totalizando 04 funcionárias. Conta 
também com 03 fisioterapeutas, 01 psicóloga e 02 no setor administrativo que atuam 
no período matutino. No corpo clínico dos neonatologistas, com plantões de 6h e 
12h alternados em rodízio, efetuado por 16 médicas e 01 único médico. Esses 
dados representam que do total de colaboradores que atuam na UTI neonatal são 
81 funcionárias do sexo feminino e 01 funcionário do sexo masculino. Ou seja, 
evidenciam que 98,7% dos funcionários que trabalham diretamente com o cuidado e 
o auxílio do cuidado ao prematuro são mulheres. 
 
 
Está é uma dimensão importante do trabalho do cuidado, pois embora diga 
respeito a toda a sociedade, tem sido efetuado principalmentepelas mulheres, 
dentro de uma lógica que tem se mantido historicamente que é a de uma divisão 
sexual do trabalho, tanto no interior da família, quanto nas instituições de 
hospitalares e demais centros de atendimentos na área da saúde, que contam com 
profissionais que tem auxiliado as pessoas, contribuído muito para um cuidado 
especializado, especialmente no atendimento aos bebês. São cuidados que conjuga 
avanços tecnológicos e a intervenção de profissionais que atuam nos mais variados 
graus de complexidade. Mas há de se considerar que há uma diferença de padrão e 
de status entre o trabalho de cuidado. Há o cuidado remunerado, o cuidado 
profissional e o trabalho do cuidado doméstico não remunerado desempenhado, 
executado especialmente por mulheres. A área da saúde é um campo que se 
constitui em um universo considerado “feminizado”, e permanece oculta uma 
desigualdade de papéis e vantagens, que mantém as mulheres em uma condição de 
desfavorescimento, em uma dimensão fundamental para a sobrevivência humana: o 
cuidado. 
Pesquisadoras da área de gênero como Hirata (2009) têm insistido na 
importância do trabalho do cuidado, enquanto solicitude, atenção ao outro, enquanto 
uma atitude e disposição moral, desempenhado pelas mulheres, mas que começa a 
ganhar cada vez mais um status profissional. No destaque sobre gênero definido 
enquanto um método de análise, contextual, relacional e histórico pela grande 
referência na área, a pesquisadora Joan Scott (1990), portanto, segundo a autora, 
com o conceito que gênero pode-se falar das relações entre mulheres e mulheres, 
mulheres e homens, homens e homens, entre outras possibilidades de relações de 
gênero, fora do campo heteronormativo. E quanto ao tema cuidado em cena 
(TAMANINI et al. 2018), como é o caso do campo da saúde a autora defende que 
diante dele, os desafios teóricos e práticos do trabalho do cuidado e fundamental 
para a existência humana. E conhecer por meio da realização de uma pesquisa 
documental temas que contemplem a dinâmica profissional dos (as) profissionais da 
área da saúde, com especial atenção ao trabalho do cuidado (care work), “as 
emoções do care” as emoções do cuidado que é um serviço-cuidado que estabelece 
uma interação entre cuidador (a), o (a) beneficiário (a) do cuidado e os familiares 
 
 
destes (as), ou seja, a percepção de profissionais da área no cuidado com bebes em 
tratamento intensivo, bem como dos pais e mães desses bebes em situação de 
risco, frente a evidente fragilidade humana. Busca-se compreender como se 
estabelece a interação nesses momentos de grande tensão os elementos que diz 
respeito ao econômico, à cultura, e especialmente a religiosidade ou religião, que 
desempenha um papel importante em momentos de grande dificuldade, facilitando 
ou interferindo em processos de recuperado e de aceitação de uma determinada 
circunstância contingente. 
A UTI - Unidade de Terapia Intensiva - Neonatal se configura como um 
ambiente tecnológico onde os avanços e a intervenção profissional, nos mais 
diferenciados graus de complexidade, voltam-se principalmente para a recuperação 
do bebê. Frequentemente, o foco principal de atenção que deveria ser o bebê e sua 
família, com todas as suas potencialidades, é desviado para a maquinaria ao seu 
redor e sua condição ou doença. Nesse ambiente de urgência e imediatismo, tão 
dominado pela especialização, muitas vezes a equipe está voltada para dominar e 
manipular as tecnologias. Assim, o desafio premente é perceber a tecnologia de 
ponta em sua verdadeira dimensão no processo de cuidado, isto é, de meio que nos 
pode auxiliar na atenção à saúde e ao bem-estar da criança, o sujeito primeiro de 
dedicação e cuidado, conforme discussão apresentada por Da Silva et al. ( 2008). 
Nesse ambiente, torna-se necessário estabelecer alguns paralelos entre as 
concepções de saúde e de doença, e suas influências em nosso modelo de agir e 
pensar nos espaços da assistência, caracterizados pelos sujeitos do cuidado 
neonatal. A dicotomia presente entre esses termos não é advinda unicamente do 
contato com o conhecimento formal e científico, mas também do sistema pessoal e 
familiar de valores, da cultura e sociedade, da própria história de vida, bem como 
das trocas e experiências adquiridas nas relações diárias que os indivíduos 
estabelecem com os demais e com o mundo (DA SILVA et.al 2008). 
Além da tecnologia em seu sentido estrito, relacionado com desenvolvimento 
científico apurado em áreas como a da engenharia no ambiente da UTI Neonatal, de 
acordo com Da Silva (2008), desenvolve-se também a chamada “tecnologia 
relacional”, que propõe o acolhimento da unidade família-bebê, valorizando as 
vivências e necessidades primordiais de afetividade e compreensão. 
 
 
 O Brasil possui vários fatores que atrasam o desenvolvimento do cuidado 
ao recém-nascido prematuro e crianças com baixo peso ao nascer, o índice de 
mortalidade nesses serviços ainda são altos e estão relacionados a um 
acompanhamento gestacional deficiente que muitas vezes ocorre devido a má 
condições sociais, econômicas e infecções. Comparado às últimas décadas pode se 
dizer que a melhora gradual nos índices com a redução da mortalidade infantil está 
relacionada com a utilização em larga escala do corticoide para a gestante em 
trabalho de parto prematuro, ao uso de surfactante e aos modernos métodos de 
ventilação mecânica que melhoraram muito a sobrevida dos RN. 
Verificou, no estado de São Paulo, que o aumento no número de visitas no 
pré-natal esteve relacionado diretamente com a redução de RN com retardo 
do crescimento intrauterino, prematuridade, nascimento de RN de baixo 
peso e mortes neonatais. (KILSZTAJN et al. 2003). 
O Ministério da Saúde define a tecnologia em saúde como “conjunto de 
equipamentos, de medicamentos, de insumos e de procedimentos utilizados na 
prestação de serviços de saúde, bem como das técnicas de infraestrutura desses 
serviços e de sua organização”, (BRASIL, 2010). Em cada UTI Neonatal faz o 
levantamento dos dados da necessidade de cada equipamento baseando-se em 
consultas de manuais e em diálogos com profissionais relacionados aos 
estabelecimentos de saúde, e para a seleção dos equipamentos é considerado o 
nível de utilização e a importância para o setor. Entre esses equipamentos os mais 
comuns são: incubadora; monitor; ventilador pulmonar; aspirador cirúrgico; 
fototerapia e bomba de infusão. Essa tecnologia é aplicada para prevenção, 
diagnóstico e tratamento de enfermidades, e também para a reabilitação das 
consequências causadas pelas doenças. Sendo assim, reside em um meio de 
atender as necessidades de saúde, beneficiando os aspectos clínicos, operacionais 
e financeiros. 
Nos últimos anos, o desenvolvimento de tecnologia voltada para a área da 
saúde teve um grande e importante avanço para a sociedade. Essa evolução tornou-
se necessária, tanto para a melhoria nos cuidados com os pacientes, quanto para o 
 
 
crescimento na qualidade dos serviços de saúde. Segundo afirmação do Dr. 
Guilherme Sant’Anna na sua palestra sobre prematuridade extrema para o Instituto 
Fiocruz1, são considerados prematuros extremos RNs menores de 28 semanas e 
com menos de 1250g. A taxa de mortalidade nessa faixa tem diminuído desde o ano 
de 2005. O sucesso desse cuidado se dá devido uma equipe multidisciplinar que 
dão espaço a médicos, enfermeiros, técnicas de enfermagem, fisioterapeutas, 
psicólogos e assistentes sociais. Além do aperfeiçoamento dos equipamentos 
hospitalares e investimentos em prematuros extremos de 23-24 semanas. O 
neonatologista acredita que investindo em prematuros extremos o cuidado com os 
prematuros pré-termos melhora. Esses dados são refletidos na taxa de sobrevida 
que mostram estatisticamente uma melhora de 75% no período de 2005 a 2014. 
Em investigações de acidentes com EMHs (equipamentos médicos 
hospitalares), especialmenteaqueles que lidam com administração de 
medicamentos ou com terapia ventilatória, encontram-se casos em que os 
equipamentos estão funcionando inadequadamente. E isso pode acarretar 
em erros durante o funcionamento do aparelho, podendo comprometer a 
segurança do mesmo ou do paciente (ANVISA, 2004a). 
A precisão da calibração dos aparelhos hospitalares é importante, pois, 
quanto menor a idade gestacional desses RNs maior são as complicações 
enfrentadas para a adaptação do organismo fora do ventre materno. Entre os 
principais equipamentos utilizados na UTI neonatal estão os ventiladores mecânicos, 
pois, é a sua exatidão na pressão positiva contínua e oscilatória que facilita o 
tratamento de distress, um desconforto respiratório, em recém-nascidos. O seu uso 
envolve uma monitorização contínua e um protocolo. Para aumentar a eficiência 
desses dispositivos contamos com a ajuda das fisioterapeutas para a instalação do 
aparelho no recém-nascido, esse cuidado requer uma atenção especial para o 
tamanho e fixação da pronga e a desobstrução das vias aéreas. 
 
1
 Link palestra Dr. Guilherme Sant’Anna. Acesso em: https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-recem-
nascido/jornada-cientifica-da-area-de-atencao-ao-recem-nascido-iff-fiocruz-garantindo-boas-praticas-no-
cuidado-neonatal/ . 
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-recem-nascido/jornada-cientifica-da-area-de-atencao-ao-recem-nascido-iff-fiocruz-garantindo-boas-praticas-no-cuidado-neonatal/
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-recem-nascido/jornada-cientifica-da-area-de-atencao-ao-recem-nascido-iff-fiocruz-garantindo-boas-praticas-no-cuidado-neonatal/
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/atencao-recem-nascido/jornada-cientifica-da-area-de-atencao-ao-recem-nascido-iff-fiocruz-garantindo-boas-praticas-no-cuidado-neonatal/
 
 
Uma das opções, o CPAP (Continuous Positive Airway Pressure - Pressão 
Positiva Contínua nas Vias Aéreas), é uma ventilação nasal não invasiva utilizada 
desde a década de 60 e que quando utilizado corretamente e com eficiência, evita 
com que 70% dos RN pré-termos sejam intubados. A intubação é considerada uma 
ventilação mecânica invasiva e segundo a rede brasileira de pesquisas neonatais, 
em 2017 a taxa de recém- nascidos com menos de 1500g que utilizavam VMI era de 
66.7%. A utilização prioritária do CPAP nasal desde a sala de parto tem evitado a 
intubação desnecessária e as complicações advindas desta prática. 
As complicações das vias aéreas secundárias à intubação endotraqueal são 
frequentes, embora tenham diminuído significativamente nos últimos anos. 
Muitas ocorrem com sintomas leves e de curta duração. Entretanto, em 
muitos casos as lesões são graves e permanentes, envolvendo as 
estruturas da laringe e da traqueia, e exigem correção cirúrgica. BRASIL, 
2015. 
 
Existem muitas modalidades de CPAP’s e entre elas o BIPAP que possui 
duas pressões e é utilizado para pacientes com traqueostomia e o BUBBLE, muito 
utilizado em prematuros, que funciona a partir de uma coluna de água com bolhas. O 
borbulhamento do ar na coluna de água gera uma oscilação da pressão que está 
sendo administrada na tentativa de assegurar níveis de pressão mais estáveis. 
4. MATERIAIS E MÉTODO 
Destaca-se que o projeto foi inicial foi alterado por conta da ausência do 
termo de aprovação da Comissão de ética, o que exigiu uma alteração 
metodológica, pois, optou-se por fazer a pesquisa a partir de uma revisão 
bibliográfica sobre os temas propostos: tecnologia, gênero e cuidado. Considerando 
que a estudante do Curso de Engenharia Biomédica, exerce atividade profissional 
no hospital onde seria realizada a pesquisa, na metodologia incorporou-se a técnica 
 
 
da observação, prevista na pesquisa participante. Segundo Haguette (2002) e 
Marconi e Lakatos (1982), trata-se de uma técnica onde o pesquisador ou 
pesquisadora se incorpora ao grupo pesquisado, podendo vez ou outra, segundo os 
autores referenciados, participar até de algumas atividades da rotina do grupo como 
forma do pesquisador vivenciar a dinâmica do grupo observado. A pesquisa 
participante centrou-se na observação dos registros realizados pelas profissionais de 
saúde em sua maioria, mulheres em uma UTI Neonatal de um hospital particular, de 
Curitiba. Tal condição facilitou o acesso aos registros de internamentos e a rotina de 
cuidados das profissionais. O acompanhamento dos registros de internações nas 
UTI Neonatal se deu em um período de dois anos, ou seja, ao longo de 2018 e 
2019. Buscou-se conhecer possíveis evoluções e avanços no cuidado e 
humanização da tecnologia para com os prematuros, e no combate á mortalidade. 
As pesquisas na área demonstraram que é imprescindível um conhecimento 
científico e uma habilidade técnica para o controle das funções vitais desses recém-
nascidos de risco, as associações dessas práticas pretendem garantir uma maior 
probabilidade de sobrevivência a esses RNs graves. Por isso é importante o 
acompanhamento da atualização tecnológica e terapêutica na área hospitalar. 
Grande parte da pesquisa na área de assistência ao prematuro e de 
equipamentos intensivistas está baseada nos estudos do Dr. Guilherme Sant´Ann, 
pediatra especialista em neonatologia. A estrutura tecnológica está sendo baseada 
em pesquisas já realizadas na área da engenharia biomédica e monografias. Nos 
registros que foram disponibilizados para a estudante, e cujas tabelas podem ser 
apreciadas no presente estudo. 
A pesquisa buscou a partir do referencial teórico propiciar uma visão 
ampliada sobre gênero, cuidado e tecnologia em uma UTI Neonatal, para tanto 
inicialmente realizou-se uma pesquisa bibliográfica sobre a literatura na área, 
contemplando revistas científicas, artigos acadêmicos, informações disponibilizadas 
em portais científicos, que pudessem fornecer aspectos teóricos e práticos que 
contribuíssem na análise. Dentre os materiais pesquisados, destacamos: Tamanini 
(2018) e Hirata e Guimarães (2012) que discorrem sobre o conceito do cuidado. 
Scott (1995) que discorre sobre a perspectiva analítica de gênero, que é conceituado 
enquanto método de análise, relacional, contextual e histórico, Coelho (2004), 
 
 
Barros (1993), ANVISA. (2004 a.), Scott (1990), Portal da Fundação Osvaldo Cruz - 
FioCruz (2019) entre outras fontes de dados, com a pretensão de ampliar a 
compreensão do campo tecnologia e saúde. A metodologia incorporou a técnica da 
observação, prevista na pesquisa participante. Segundo Haguette (2002) e Marconi 
e Lakatos (1982), trata-se de uma técnica onde o pesquisador ou pesquisadora se 
incorpora ao grupo pesquisado, podendo vez ou outra, segundo os autores 
referenciados, participar até de algumas atividades da rotina do grupo como forma 
do pesquisador vivenciar a dinâmica do grupo observado. 
5. DISCUSSÃO 
Ao longo de dois anos foi acompanhada a quantidade de internamentos em 
um hospital particular de Curitiba e o percentual desses internamentos que entravam 
na UTI neonatal. A partir desses dados sobre os bebês internados foram criadas 
categorias para melhor expressar a qualidade do cuidado neonatal. No estudo 
realizado, analisou-se 332 registros de internações realizadas no ano de 2018. 
Foram 159 bebês do sexo feminino e 173 do sexo masculino, apresentados na 
tabela 1. 
No balanço de um ano registrou-se que das 332 internações, 255 receberam 
alta e voltaram para suas respectivas moradias. E 65 bebês foram transferidos para 
outras unidades de tratamento. Registrou-se 14 óbitos, ou seja, 4.2% do total de 
internamentos na UTI neonatal, o que demonstra um alto nível de recuperação. Os 
dados analisados estão disponibilizados na Tabela 1. 
 
 
 
 
Tabela 1: Tabela de internamentos 2018. 
Fonte: A autora (2019) 
Na definição de estratégias de controle da mortalidade infantil, o 
conhecimento da contribuiçãorelativa do grupo de recém-nascidos por faixas de 
peso revela-se de fundamental importância, conforme tabela 2. 
 
Tabela 2: Tabela de internamentos 2019. 
Fonte: A autora (2019) 
 
 
 A incidência de recém-nascidos de muito baixo peso (RNPTE, menores de 
1.500 g) está relacionada às condições ante natais da saúde materna e da qualidade 
da atenção recebida durante a assistência pré-natal. Por outro lado, sua mortalidade 
específica resulta fundamentalmente dos cuidados neonatais imediatos na sala de 
parto e em unidades de terapia intensiva (UTI) (Pediatrics. 1998;102:893-9). 
No ano de 2019 os dados analisados revelaram que dos 302 internamentos 
da UTI neonatal, 136 eram bebês do sexo feminino, 167 do sexo masculino e 1 
classificado como indefinido devido à malformações e síndromes genéticas, 
posteriormente definido como sexo masculino devido exame de cariótipo. 
Do total de 302 internações, 228 foram altas hospitalares, 63 foram 
transferências para outros hospitais para continuação do cuidado e 13 foram óbitos. 
A taxa de óbitos permaneceu constante nos anos em que foram analisados os 
internamentos, o valor de 4,2% nos dois anos foi inferior à média nacional e a média 
do estado do Paraná referente aos anos de 2000 e 2015 (Tabela 3). 
 
 
 
Tabela 3: Taxa de mortalidade neonatal. 
Fonte: Ministério da Saúde (2015). 
 
Nos dados registra-se que a prematuridade extrema e o baixo peso foram 
responsáveis por 85,7% dos óbitos de 2018 e 92,3% dos óbitos ocorridos em 2019, 
referentes aos 634 internamentos analisados nos dois anos. A taxa de permanência 
 
 
média dos RNs que foram a óbitos na UTI neonatal no ano de 2018 é de 8,64% 
(Tabela 4), já no ano de 2019 é de 6,61% dias de vida (Tabela 5). 
 
 
Tabela 4: Tabela de óbitos 2018. 
Fonte: A autora (2019) 
 
Tabela 5: óbitos 2019. 
Fonte: A autora (2019) 
Com base nos dados analisados, fica ressaltada a importância de 
equipamentos médicos hospitalares cada vez mais especializados e precisos para a 
manutenção da vida e do cuidado neonatal. A tecnologia aliada à saúde é o campo 
de atuação da engenharia biomédica e ganha cada vez mais espaço nos hospitais 
brasileiros pela necessidade de aperfeiçoamento da humanização do cuidado em 
ambientes altamente tecnológicos como uma UTI. No mundo, a engenharia 
 
 
biomédica é vista como necessária para a manutenção da vida e cada vez mais 
seus profissionais são requisitados para os ambientes hospitalares. 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Os avanços tecnológicos promoveram maior suporte diante da condição de 
fragilidade e finitude humana. Atua eficazmente junto aos doentes em geral, 
especialmente com relação aos recém-nascidos em uma UTI, assim como o 
desenvolvimento de novos medicamentos e de conhecimentos específicos à 
humanização. 
Profissionais na área da saúde muito têm produzido em termos de pesquisa 
para adaptar o ambiente das UTI Neonatais em lugares mais humanizados para o 
cuidado dos frágeis pacientes e no atendimento a seus familiares. Algumas medidas 
tomadas muitas vezes são simples como, por exemplo, um relógio na parede para 
melhorar a orientação dos acompanhantes, chamar a família pelo nome e não pelo 
número do leito, diminuição dos ruídos e até explicar e descrever os equipamentos 
médicos hospitalares com a finalidade de diminuir o receio dos membros da família 
de interagir com o paciente. O encontro envolvendo a equipe de assistência médica 
e recém-nascido deve funcionar como uma forma de construir uma prática do cuidar 
que seja capaz de conciliar a melhor tecnologia disponível com promoção de 
acolhimento, vínculo e responsabilização. No caso de óbito, o amparo à família é 
ofertado por meio de uma psicóloga e da equipe médica do hospital. O preparo do 
corpo e a entrega dos documentos e pertences são de responsabilidade da equipe 
de enfermagem. E neste momento o cuidado, que possa transmitir compreensão e 
solidariedade em um estado de dor profunda, faz toda a diferença em um 
atendimento verdadeiramente humanizado. 
A área de saúde registrou historicamente forte presença feminina. O gênero 
da saúde, ainda permanece feminino. E nesta área a exigência é o permanente 
exercício do cuidado. Mulheres em geral são especialistas no trabalho do cuidado, 
especialmente das suas crianças e de outras crianças quando o trabalho do cuidado 
 
 
é profissional, no sentido de vínculo empregatício. E são elas que manuseiam com 
primor e cuidado os vários aparelhos tecnológicos, evidenciando que mulheres e 
tecnologia não é uma combinação indissociável. O importante nesta conjugação 
colaborativa entre o humano e o tecnológico e que pode ser cada vez mais estreita e 
azeitada entre a tecnologia, gênero é cuidado em uma perspectiva de crescente 
humanização. Nas palavras de Gadelha (2019), é preciso estar consciente que 
“tecnologia e inovação estão ai para servir as pessoas e não se servir das pessoas”. 
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