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ATIVIDADE 2 PSICANÁLISE

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL 
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE MUNDO NOVO 
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
 
 
DISCIPLINA: Psicologia da Educação 
PROFESSORA: Andrêssa Gomes de Rezende Alves 
ACADÊMICO(A): Robson Marani Simões 
Data: 13/07/2020 
 
ATIVIDADE – PSICANÁLISE 
 
1) Qual a função e como operam os mecanismos de defesa do ego? 
Os mecanismos de defesa do ego são processos que se referem principalmente às 
defesas do ego contra o id. E importante assinalar que esses mecanismos de 
defesa são inconscientes, e são vários, cada um tem função e operam das 
seguintes formas conforme Shirahige e Higa (2004): 
 
 
2) Dê exemplos dos seguintes mecanismos de defesa: Projeção, Fixação, 
Regressão, Deslocamento e Sublimação. 
Repressão - é um mecanismo de defesa básico pelo qual os sentimentos, as 
lembranças e os impulsos proibidos são expulsos da consciência. Exemplo: o 
funcionário embriagado demonstra hostilidade em relação ao chefe a quem 
sempre trata amistosamente quando sóbrio. 
Negação - trata-se de um mecanismo primitivo que consiste em negar um fato 
evidente. É geralmente uma defesa contra a angústia, negando a realidade. 
Exemplo: um fumante insiste em dizer não haver evidência empírica 
convincente de que fumar faz mal à saúde. 
Formação reativa - neste mecanismo expressam-se sentimentos opostos ao 
sentimento que produz ansiedade. Uma maneira de determinar a natureza da 
formação reativa é responder às questões: de que ameaça o psiquismo, ou o ego, 
está se defendendo? Quais são os impulsos ameaçadores para o ego? Se a 
ameaça for o ódio, este aparecerá sob o disfarce do amor; se o sentimento 
temido é o amor, este estará disfarçado em ódio. 
Projeção - mecanismo de defesa que consiste em atribuir inconscientemente ao 
outro, e, de forma mais geral, em perceber no mundo exterior, suas próprias 
pulsões e conflitos interiores. Na projeção, é possível liberar afetos intoleráveis. 
Um marido extremamente ciumento pode não ter consciência de seus impulsos 
de infidelidade. Um professor, crítico ácido da incompetência dos alunos, pode, 
inconscientemente, esconder o medo de sua própria incompetência. 
Racionalização - justificação de um comportamento cujas razões verdadeiras são 
ignoradas, ou melhor, apresentação de explicações que justifiquem certas ações. 
Em geral, essas explicações não são convincentes, mas o indivíduo acredita 
nelas. Exemplo: um escritor magoado por ter sido preterido pela namorada fica 
sabendo que ela se casara e partira com o marido em viagem de núpcias, num 
navio. Escreve, então, a história do naufrágio de um navio em que um jovem 
casal, em viagem de núpcias, morre. Dessa forma, leva a cabo seu sentimento de 
vingança, de revanche, por meio de uma ação racional. Usa racionalmente a 
lógica da emoção. Na racionalização, usam-se explicações racionais para uma 
razão de ordem emocional. Assim, um político que perdeu a eleição explica aos 
eleitores que houve fraude. 
Fixação - é a permanência num estágio primitivo de desenvolvimento. Como 
veremos adiante, o desenvolvimento da sexualidade passa por fases bem 
definidas até se alcançar a maturidade. Essas passagens, no entanto, não são 
indolores. A ocorrência de frustrações e ansiedades pode acarretar uma parada 
temporária ou permanente do desenvolvimento. A pessoa pode, enfim, fixar-se 
em um dos estágios da sexualidade. Um exemplo clássico desse mecanismo é o 
prazer voyeur, ou seja, o prazer provocado pela visão de órgãos ou atos sexuais. 
No caso em questão, a fixação remonta à fase fálica do desenvolvimento, à 
curiosidade infantil de ver os órgãos genitais alheios. 
Regressão - o mecanismo da regressão consiste em retornar a um estágio 
anterior de desenvolvimento. A fixação, às vezes, e a regressão, em particular, 
constituem mecanismos de defesa que ocorrem em condições relativas, pois 
raramente acontecem de uma forma completa. Isso significa que ambas surgem 
em determinadas situações e desaparecem com a resolução do conflito que as 
originou. Exemplos clássicos de regressão denotam certos traços infantis de 
conduta. E o caso da criança que em seu primeiro dia escolar pode voltar a 
chupar o dedo, urinar etc., ou da aluna de 5a série em busca da “tia” única. 
Deslocamento - mecanismo psíquico inconsciente pelo qual uma descarga 
afetiva (emoção, impulso) é transferida de seu objeto verdadeiro para um 
elemento substituto. Desloca-se a ação ou sentimento para um outro objeto, 
diferente do original. Exemplos: meninos inconformados por terem perdido o 
jogo de futebol chutam furiosamente as traves do campo; humilhado pelo patrão, 
o marido bate na esposa. 
Sublimação - é, possivelmente, o mecanismo de defesa do ego mais importante 
para os nossos propósitos, ou seja, para a relação entre a Psicanálise e a 
educação. Introduzido por Freud, esse termo designa o mecanismo de defesa 
pelo qual certos impulsos inconscientes são desviados de seus objetos primitivos 
para fins socialmente úteis e integram-se à personalidade. A sublimação tem um 
papel importante na adaptação do indivíduo a seu meio, permitindo seu 
ajustamento social sem, contudo, inibir o seu desenvolvimento pessoal. Na 
sublimação é possível canalizar pulsões destrutivas para fins socialmente úteis. 
O exemplo clássico é a canalização da agressividade para determinadas 
atividades profissionais socialmente valorizadas, como no caso dos cirurgiões. 
 
 
3) Qual foi a descoberta de Freud sobre a sexualidade? 
No trabalho “A sexualidade infantil”, Freud postula a existência na sexualidade 
humana de impulsos presentes desde a infância, os chamados impulsos ou 
pulsões parciais, que desempenham importante papel na educação. 
Esses impulsos ou pulsões parciais seriam aspectos perversos da sexualidade 
infantil. Perversos por serem desvios do impulso sexual em relação ao seu objeto 
e ao seu fim. Freud percebeu que existe na vida sexual infantil uma organização 
entre esses impulsos ou pulsões sexuais. Agrupou-os então em fases de 
desenvolvimento. Alguns autores denominam fases de desenvolvimento da 
libido. Libido, é importante lembrar, é o nome usado na Psicanálise para 
designar a energia sexual. As fases ou estágios do desenvolvimento são: fase 
oral, fase anal, fase fâlica, período de latência e fase genital. 
 
4) De acordo com a Psicanálise de Freud a sexualidade é um processo 
complexo e ocorre em fases de desenvolvimento. À medida que um bebê se 
transforma numa criança, uma criança em adolescente e um adolescente em 
adulto, ocorrem mudanças marcantes no que é desejado e em como estes 
desejos são satisfeitos. Estas seriam as fases psicossexuais do 
desenvolvimento: oral, anal, fálica e genital. Com base na afirmação 
anterior, caracterize as fases de desenvolvimento da sexualidade infantil. 
Fase Oral: Nesta fase, que dura aproximadamente o primeiro ano da vida da 
criança ou um ano e meio, a zona oral desempenha o papel principal - o prazer 
advém da sucção. A boca e sua extensão, como os lábios e a língua, constituem 
a zona erógena (zona de prazer). Os objetos escolhidos são os seios ou seus 
substitutos, como os dedos, a chupeta, alimentos etc. As crianças, no estágio 
oral, levam qualquer objeto à boca, mordendo-o ou sugando-o. O mundo, nessa 
fase, tem características de boca. Assim, o “gostar” ou “não gostar” da criança 
poderia ser expresso como “quero colocar na boca” ou “quero tirar da boca”. Daí 
advêm expressões usuais como “uma leitura gostosa”, “quero morder o bebê” 
etc. O prazer de fumar, beber, beijar, declamarpoesia, fazer discursos e, de forma 
mais agressiva, morder prova quea fase oral não desaparece total mente. A 
medida que o desenvolvimento da criança prossegue, impõe-se a necessidade de 
desmame, surgem as tentativas de uso da linguagem e a percepção de outras 
pessoas. Esses fatos precipitam a perda da primazia da boca e a criança passa 
para a segunda fase do desenvolvimento da libido, a faseanal. 
Fase Anal: A duração da fase anal pode ser estimada em aproximadamente um 
ano e meio. Nessa fase, o ânus constitui a zona privilegiada das tensões e 
gratificações sexuais. A sensação de prazer ou desprazer está associada à 
expulsão (defecação) ou à retenção das fezes. O prazer advém também da 
manipulação das mesmas. Nesse estágio aparece a oposição, presente na vida 
sexual, entre o ativo e o passivo, mas ainda não caracterizada, segundo Freud, 
pelo masculino e feminino. Na passagem da fase oral para a fase anal, a 
educação esfincteriana, ou seja, o controle da evacuação, tem papel relevante. 
Ao conseguir controlar seus esfíncteres a criança tem a sensação de poder 
controlar também seus impulsos. Os resquícios da fase anal podem ser 
percebidos na idade adulta na forma como os indivíduos administram sua vida 
econômica, tornando-se perdulários ou generosos (a expulsão), parcimoniosos 
ou mesmo avarentos (retenção), ávidos em dominar ou que se satisfazem 
retendo. Esses resquícios aparecem também no desejo passivo de sempre receber 
do mundo (retenção) ou na intolerância às frustrações e limites, no desejo de 
expulsá-los. Na repressão aos impulsos anais, o indivíduo poderá tornar-se 
obcecado por limpeza. São considerados substitutos prazerosos para as fezes a 
massa de modelar, o barro, a massa de pão, entre outros. A fixação ou 
permanência do impulso sexual nessa fase pode ser encontrada de forma 
sublimada nos escultores, pintores etc. Observa-se, portanto, que os selos ou 
marcas características de cada estágio permanecem, não desaparecendo 
totalmente. Após as colocações acima, é possível imaginar como as descobertas 
de Freud devem ter sido chocantes em sua época, já que ainda hoje elas nos 
perturbam, deixando-nos momentaneamente incrédulos! No entanto, a terceira 
fase do desenvolvimento da libido, a fase fálica, deve ter provocado um 
escândalo maior ainda! O estágio fálico ocorre por volta dos três ou quatro anos 
de idade e as zonas erógenas localizam-se nos órgãos genitais. Denomina-se fase 
fálica porque o pênis (= falo) é o principal objeto de interesse da criança de 
ambos os sexos. Na menina, o clitóris é o correspondente feminino do pênis. O 
desejo de ver os órgãos genitais de colegas e de exibir os próprios são 
manifestações características da fase fálica, assim como o desejo de 
manipulação dos órgãos genitais. O voyeur seria o adulto fixado na primitiva 
curiosidade infantil de contemplar o outro. A visão seria sua única via de obter 
prazer, sendo refém desse sentido. Também o exibicionista em sua ânsia de 
mostrar seus órgãos genitais e ser visto estaria fixado no estágio fálico. É 
importante observar que as fases de desenvolvimento sexual são, como já foi 
dito, realmente abandonadas. A passagem de uma fase à outra significa 
integração, mas não o desaparecimento total da anterior. Portanto, em várias 
situações pontuais da vida ou até mesmo de maneira mais persistente, as pessoas 
podem apresentar as marcas de uma determinada fase. 
As fases configuram práticas perversas, isto é, desvios da sexualidade que 
acontecem tanto no indivíduo normal como no chamado neurótico durante o 
desenvolvimento da sexualidade. Apesar das marcas ou selos, elas estão, no 
entanto, submetidas ao domínio da genitalidade. 
 
REFERÊNCIAS 
 
SHIRAHIGE, Elena Etsuko; HIGA, Marília Matsuko A Contribuição da 
Psicanálise à Educação. In: CARRARA, Kester (Org.). Introdução à 
psicologia da educação: seis abordagens. São Paulo: Avercamp, 2004. (p. 13-
42)

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