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Resumo - Psicanálise: Conceitos básicos, mecanismos de defesa e fases psicossexuais

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PSICANÁLISE: CONCEITOS BÁSICOS 
 
SELF 
O self é o ser total: o corpo, os instintos, os processos 
conscientes e inconscientes. Para Freud, um self não 
existe separado do corpo. 
 
LIBIDO 
Da palavra latina, desejo ou anseio. 
É a energia aproveitável para os instintos da vida. Pode 
ser deslocada de uma área de atenção para outra com 
facilidade. 
A energia do instinto de morte não foi nomeada por 
Freud. 
 
CATARSE 
É a cura pela fala e conversa. É o desabafo no momento 
terapêutico. 
À medida que o paciente relata suas angústias, está 
fazendo a catarse de seus sentimentos e, com isso, 
diminuindo as tensões. 
 
TRANSFERÊNCIA 
Ao longo do desenvolvimento, uma parte da libido é 
detida pela censura da personalidade consciente e da 
realidade ficando presa no consciente. 
O indivíduo cujas necessidades eróticas não tenham 
sido satisfeitas orientará representações libidinais para 
toda nova pessoa que surja em seu horizonte. 
A transferência é a forma de deslocamento na qual um 
indivíduo dirige para um objeto presentes todos aqueles 
impulsos, defesas, atitudes, sentimentos e respostas 
que experimentou ou desenvolveu com os primeiros 
objetos de sua vida. 
A maneira de lidar com a neurose de transferência é 
através da interpretação transferencial que estabelece 
o terapeuta como figura real diferente dos objetos 
primitivos introjetados pelo paciente. 
 
CONTRATRANSFERÊNCIA 
São as respostas psicológicas do terapeuta ao paciente, 
vistas por ele como resultantes de conflitos neuróticos 
a serem superados. São todos os sentimentos 
(conscientes e inconscientes) que o terapeuta 
experimenta na relação terapêutica. 
 
 
 
 
 
MECANISMOS DE DEFESA 
Explicações da psicanálise para os estilos de 
enfrentamento da doença 
Foi este o nome que Freud adotou para descrever os 
diferentes tipos de manifestações que as defesas do Ego 
podem apresentar. 
Não há divergência quanto ao fato de que os 
mecanismos de defesa são utilizados pelo ego, mas 
permanece aberta a questão teórica de saber se a sua 
utilização pressupõe sempre a existência de um ego 
organizado que seja o seu suporte. 
Os mecanismos de defesa representam luta e 
estratégias que o ego utiliza para defender-se de ideias, 
emoções e sentimentos muito desagradáveis, ou até 
mesmo insuportáveis, que foram recalcados no 
inconsciente. O ego realiza manobras que permitem 
que esses conteúdos se expressem por meio de novas 
ideias e atitudes de modo que não causem tanta dor. 
As defesas do ego podem dividir-se em: 
a) Defesas bem sucedidas, que geram a cessação 
daquilo que se rejeita e 
b) Defesas patogênicas, nas quais se radicam as 
neuroses. Quando os impulsos opostos não 
encontram descarga, mas permanecem 
suspensos no inconsciente e ainda aumentam 
pelo funcionamento continuado das suas 
fontes físicas, produz-se estado de tensão, com 
possibilidade de irrupção. 
 
SUBLIMAÇÃO 
É o processo pelo qual a energia originalmente dirigida 
para propósitos sexuais ou agressivos é direcionada 
para novas finalidades, como metas artísticas, 
intelectuais ou culturais. 
A sublimação já foi denominada como a “defesa bem 
sucedida”. 
A energia sublimada reduz as pulsões originais. 
 
NEGAÇÃO 
É a tentativa de não aceitar na realidade um fato que 
perturba o EGO. 
 
RACIONALIZAÇÃO 
Processo de achar motivos aceitáveis para pensamentos 
e ações inevitáveis. É o modo de aceitar a pressão do 
superego, disfarçando nossos motivos e tornando 
nossas ações moralmente aceitáveis. 
 
PROJEÇÃO 
Ato de atribuir a outra pessoa ou objeto os sentimentos 
ou intenções que se originam em si próprio. 
Não vemos em nós mesmos o que parece ser claro e 
óbvio no outro. 
 
ISOLAMENTO 
É o auto de dividir a situação de modo a restar pouca ou 
nenhuma reação emocional ligada ao acontecimento. É 
uma maneira árida de tratar as situações. O 
pensamento lógico é o que predomina. 
Uma pessoa pode ter contato cada vez menos com seus 
próprios sentimentos. 
FASES PSICOSSEXUAIS DO 
DESENVOLVIMENTO 
A cada fase: 
• Ocorrem mudanças no que é desejado e na 
busca por mecanismos que irão satisfazer os 
desejos; 
• Ocorrem modificações nas formas de 
gratificação; 
• As áreas físicas de gratificação mudam. 
Quando não há progressão normal em cada fase, há a 
fixação na fase em que a pessoa ficou mais envolvida. 
 
FASE ORAL 
Desce o nascimento, as necessidades e gratificações são 
concentradas em volta dos lábios, língua, e mais tarde 
nos dentes. 
Há a necessidade de alimento para atenuar tensões de 
fome e sede. 
Ao ser alimentada, a criança recebe afeto, carinho, é 
tocada e acolhida. Há a associação entre prazer e 
redução de tensão e alimentação. 
A boca e os lábios são, portanto, considerados zonas 
erógenas, ou seja, zonas corporais de prazer. Para 
Freud, a criança conhece o mundo através da boca 
(levam muitos objetos à boca). 
O prazer inicial da alimentação (sugar o seio) é 
transferido para outros objetos. 
A boca é a primeira parte do corpo que o bebê pode 
controlar. A energia libidinal é focada nessa parte. 
Embora outras partes do corpo sejam descobertas 
como recursos para a gratificação, com o 
desenvolvimento, alguma energia permanece 
catexizada nas áreas de gratificação oral. 
A fase oral depois do aparecimento de dentes pode 
manifestar instintos agressivos, como morder o seio 
materno. 
No adulto, vários hábitos de prazer oral são mantidos: 
comer, chupar, mascar, fumar, morder, etc. Exageros 
desses hábitos podem indicar fixação na fase oral e falta 
de maturação psicológica. 
 
FASE ANAL 
Ocorre entre os 2 e quatro anos e corresponde à 
satisfação da criança no controle dos esfíncteres anal e 
uretral. Simbolicamente, associa o poder de controle ao 
poder de agradar ou desagradar sua mãe. 
O interesse dos pais no treinamento da higiene permite 
à criança exigir atenção e elogios tanto pelo controle 
bem sucedido quanto pelos “erros”. 
A libido está localizada predominantemente no ânus. No 
adulto, as características que se associam a fixação na 
fase anal são ordem, obstinação e parcimônia. Essas 
características são resultado de experiências sofridas na 
fase ou a própria confusão inerente a ela. 
No início da fase anal, as crianças não costumam 
compreender porque suas fezes e urina não são 
apreciados. Elas gostam de observar as fezes e “dar 
tchau” na hora da descarga. A contradição está em a 
criança ser elogiada por produzir as fezes, porém essa 
produção ser repugnante para os pais. A área da higiene 
na vida adulta acaba sendo carregada de proibições e 
tabus. 
FASE FÁLICA 
Por volta de 3 anos, a criança passa a focalizar as áreas 
genitais do corpo. Passam a se dar conta de seu pênis 
ou da sua vulva. Assim, as crianças passam a ter 
consciência das diferenças sexuais. 
A libido concentra-se principalmente na região genital. 
Hipótese de Freud: as meninas possuem inveja do pênis, 
pois homens e mulheres desenvolviam sérios temores 
sobre questões sexuais. O desejo de ter um pênis e a 
aparente descoberta de que lhe falta algo constitui um 
momento crítico no desenvolvimento feminino. 
“A descoberta de que é castrada representa um marco 
decisivo no crescimento da menina. Daí partem três 
linhas de desenvolvimento possíveis: uma conduz a 
inibição sexual ou a neurose, outra à modificação do 
caráter no sentido de um complexo de masculinidade, e 
a terceira à feminilidade normal”, Freud. 
 
FASE DE LATÊNCIA 
Começa entre os 5 e os 6 anos e vai até o começo da 
puberdade. 
A sexualidade não avança, os anseios sexuais diminuem 
de vigor. 
Surgem atitudes do ego como vergonha, repulsa e 
moralidade a fim de fazer frente a puberdade. 
Nessa fase, predomina o interesse da criança para tudo 
que a cerca. A sexualidade fica menos centrada no corpo 
e a libido é direcionada pelo desejo de aprender. A 
criança está automotivada para a aprendizagem. 
 
FASE GENITAL 
Com a chegada da puberdade, devido a produção 
hormonal, a sexualidadevolta a tomar a cena. 
Na fase genital, a sexualidade adquire um colorido 
adulto permeando todo o corpo. A energia libidinal 
retorna para os órgãos sexuais. 
Meninos e meninas estão conscientes de sua identidade 
sexual distintas. 
Ocorre a busca pela satisfação das necessidades 
eróticas e interpessoais. 
Questão não solucionadas na fase fálica podem voltar à 
consciência, tornando essa fase conflituosa. Em 
contrapartida, essa fase pode ter também o momento 
facilitador para a resolução dessas questões. 
Bibliografia recomendada: 
• CALAZANS, Roberto; LUSTOZA, Rosane Zétola. Sintoma 
psíquico e medicina baseada em evidências. Arq. bras. 
psicol., Rio de Janeiro, v. 64, n. 1, p. 18-
30, abr. 2012. Disponível em 
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&
pid=S1809-52672012000100003&lng=pt&nrm=iso>. 
• FADIMAN, James; FRAGER, Robert. Teorias da 
Personalidade. São Paulo: Harbra, 1986. 
• FERREIRA-SANTOS, Eduardo. Compreensão Psicodinâmica 
do Ser Humanno. In: KAUFMAN, Arthur. De Estudante a 
Médico: a psicologia médica e a construção de relações. 
São Paulo, Casa do Psicólogo. 2010. 
https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/24
28 
• SANTOS, Lais Silva dos; RIBEIRO, Ícaro José Santos; Boery, 
Eduardo Nagib; Boery, Rita Narriman Silva de Oliveira. 
Cogitare enferm; 22(4): 1-7, Out-Dez. 2017. 
• SOARES, Iama et al. Escala de qualidade de vida (EQV): 
evidências psicométricas de medida em adultos. Psic., 
Saúde & Doenças, Lisboa, v. 20, n. 2, p. 328-347, 
ago. 2019. Disponível em 
<http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&
pid=S1645-00862019000200005&lng=pt&nrm=iso>.

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