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Diuréticos I - Definição e local de ação: Fármacos que o volume de urina excretada ou fármacos que a velocidade de formação de urina, atuando sobre os rins (renotrópicos) diurese: do volume urinário perda de soluto e água. balanço hídrico negativo, normalização do volume extracelular. II - Definição e local de ação Indicações: Insuficiência Cardíaca Congestiva, Insuficiência Renal, Insuficiência hepática, hipertensão, edema cerebral, edema agudo de pulmão etc. II - Classificação: 1 - Diuréticos de alta potência (ou eficácia): furosemida (Lasix), bumetanida (Burinax), ácido etacrínico (Edecrin). 2 - Diuréticos de eficácia moderada: tiazidas e correlatos. 3- Diuréticos economizadores de potássio ou antikaluréticos: antagonistas da aldosterona e correlatos. III - Diuréticos de alta eficácia (Diuréticos de Alça): São de origem sintética São os diuréticos de maior eficácia conhecida. O termo alta potência tem sido utilizado para designar um grupo de diuréticos que possuem ação específica sobre a função tubular renal. FARMACODINÂMICA 1 - Ação diurética: Administradas por via iv, IM ou via oral Ocorre do volume sanguíneo com hemoconcentração da concentração de proteínas do plasma e da pressão coloidosmótica, o que origina a passagem de líquido do compartimento intersticial ao sangue, com desaparecimento do edema, podendo ocorrer perda de peso até > 7 kg em 24 horas. FARMACODINÂMICA A ação desses diuréticos é rápida e de curta duração. Por via oral o efeito começa em 30 a 60 mim e alcança seu máximo em 90 a 120 mim e dura de 6 a 8 horas. Por via iv, a diurese começa em 5 a 15 mim, chega ao máximo em 30 a 60 mim e dura 3 a 5 horas. Provocam intensa excreção de sódio, cloreto e potássio. FARMACODINÂMICA Na insuficiência renal aguda clínica com oligúria acentuada ou anúria, observa-se substancial da diurese e da filtração glomerular do nível de uréia e creatinina plasmática pela administração de altas doses de furosemida. Atuam diretamente sobre o rim aumentando o volume urinário e eliminação de sódio; Não modificam sensivelmente a filtração glomerular e produzem seus efeitos por da reabsorção tubular de água e eletrólitos. FARMACODINÂMICA Mecanismo de ação: atuam na face luminal das células epiteliais inibindo o mecanismo de co-transporte de Na+-K+-2Cl-. Ação antihipertensiva. Redução drástica da volemia e de edemas com redução da PA. A queda brusca da PA pode induzir uma descarga adrenérgica compensatória REAÇÕES ADVERSAS: 1 - Transtornos eletrolíticos: a) Hipokalemia b) Hiponatremia c) Alcalose hipoclorêmica 2 - Manifestações GI: náuseas, vômitos e diarréia, pouco frequentes. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS a) Hipnóticos: pode existir competição pela união com as proteínas plasmáticas entre a furosemida e hidrato de cloral, podendo apresentar sintomas de intoxicação pelo hipnótico. b) A fenitoína (antiepiléptico) é capaz de a absorção digestiva da furosemida com da sua ação diurética. c) A hipokalemia predispõe à intoxicação digitálica. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS d) Os diuréticos a ação de outros fármacos antihipertensivos. e) Corticóides: estes também depletam potássio e administração conjunta pode levar a uma grave depleção. f) A furosemida pode favorecer a nefrotoxicidade das cefalosporinas tais como a cefaloridina e a cefalotina. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS 1 - Na ICC, seja por insuficiência ventricular direita ou esquerda (congestão pulmonar, acompanhada sempre de certo grau de edema), e que não respondem às tiazidas. 2 - Na Síndrome nefrótica o tratamento principal consiste de corticosteróides, dieta hiperprotéica e restrição de sódio. Faz-se necessário o uso de diurético para eliminar o edema de forma mais efetiva. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS 3 - Insuficiência renal crônica e aguda: edemas cardíacos ou renais que se acompanham de insuficiência renal 4 - Edema hepático e Ascite: são empregados nos casos graves, sempre acompanhados de antagonista da aldosterona, para não levar à encefalopatia (coma ) hepático. 5 - Intoxicações agudas produzidas por salicilatos e barbitúricos. A via oral deve ser a de escolha, empregando-se as vias iv ou IM nos casos de vômito ou inconsciência ou em situações de emergência como no edema agudo de pulmão. Tiazidas e fármacos correlatos São os diuréticos mais empregados, porém de < eficácia que os anteriores. Tiazidas ou derivados da Benzotiadiazina: Grupo A - Clorotiazida: pouco lipossolúvel (se absorve pouco no inestino e nas células renais), de potência relativamente baixa. Grupo B - Hidroclorotiazida: mais lipossolúvel, > potência que A. Grupo C- Bendroflumetiazida, triclormetiazida: muito lipossolúveis, muito potentes. Grupo D - Ciclotiazida: Muito lipossolúvel, mais potente que C. Ftalimidinas ou derivados da isoindolina: Clortalidona (Higroton). Quinazolinas: Metolazona. FARMACODINÂMICA 1 - Ação diurética: Todos estes diuréticos administrados por via iv, im, ou via oral possuem uma importante ação diurética em pessoas normais e em pacientes com edema, como na ICC Todos produzem uma perda considerável de água, uma manifesta salurese com incremento da excreção de sódio, cloreto e potássio Na administração contínua, não produzem tolerância e seu efeito continua até a redução dos depósitos hidrosalinos do organismo; Os tiazídicos reduzem a excreção renal de cálcio por ação direta sobre a porção inicial do túbulo distal. Na terapia diurética prolongada, pode ocorrer ligeira depleção de iodo. FARMACODINÂMICA 2 - Ação antihipertensiva 3 - Circulação renal: estes fármacos são capazes de a filtração glomerular e o fluxo sanguíneo renal, mas não de forma importante. 5 - Ações metabólicas: a) ácido úrico elevação do nível b) metabolismo glicídeo: ação diabetogênica (em 2 a 8 semanas) c) hiperlipoproteinemia REAÇÕES ADVERSAS 1 - Transtornos eletrolíticos: a hipokalemia 2 - Manifestações GI: náusea, dor epigástrica, vômitos e diarréia. 3 - Transtornos metabólicos: hiperuricemia, hiperglicemia 4 - Impotência: por mecanismo desconhecido. 5 - Manifestações hematológicas raras: leucopenia, púrpura trombocitopênica, agranulocitose e anemia aplástica. 6 - Pancreatite aguda: com intensa dor e da amilase do sangue. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS a) Corticóides: estes também depletam potássio e administração conjunta pode acentuar a depleção. b) Pode a toxicidade dso cardiotônicos devido à depleção de potássio. c) a ação anti-hipertensiva de outros fármacos. d) Existe antagonismo entre estes diuréticos e hipoglicemiantes orais. INDICAÇÕES 1 - ICC: 2 - Edema hepático e renal. Ascite: nos casos de retenção hidrosalina 3 - Toxemia da gravidez ou pré-eclampsia: quadro que se caracteriza por retenção hidrosalina com edema, hipertensão arterial e proteinúria. Diuréticos poupadores de potássio São fármacos que produzem natriurese pouco importante e diminuição da eliminação de potássio (antikaluréticos), antagonizando a ação da aldosterona. São compostos de origem sintética com Dois subgrupos. Diuréticos poupadores de potássio a) espironolactonas e derivados: Este fármaco é insolúvel em água e não pode ser injetado por via iv, mas como se transforma no organismo no metabólito ativo canrenona, utiliza-se um derivado do mesmo, o canreonato potássico; b) pirazinas: amilorida, triantereno: os 2 têm propriedades antagonistas da aldosterona. FARMACODINÂMICA 1 - Ação rinotrópica: a) Espironolactona e derivados: a ação fundamental é antagonizar a aldosterona sobre os túbulos renais. A espironolactona por via oral tem uma ação lenta, seus efeitos começam depois de 24 horas, chega ao máximo em 2 a 4 dias, e permanece 2 a 3 dias após interrompido o tratamento. FARMACODINÂMICA B) Triantereno e Amilorida Atuam na membrana luminal das células da porção final do túbulo distal; Impedem a reabsorção de sódio, independentemente da presença de mineralocorticóides;
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