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Pag. 1/21 PROJETO DE CERTIFICAÇÃO DE SPIE NA M&G FIBRAS E RESINAS LTDA : METODOLOGIA, DIFICULDADES E APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DA QUALIDADE NO AUXÍLIO À GESTÃO DA INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS Daisuke Yamaki (1) Sérgio Escher Marum (2) Adolpho Leoni (3) RESUMO Este trabalho técnico tem como objetivo apresentar a metodologia aplicada para implantar o SPIE (Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos) baseado na Portaria INMETRO no. 016/2001 na M&G Fibras e Resinas Ltda, unidade de Poços de Caldas/MG, bem como as dificuldades encontradas e suas ações corretivas implementadas para sua solução. Também expõe a aplicação de ferramentas de qualidade como cronograma físico, indicadores em formato MBF (Management by Fact) e planilhas utilizadas no auxílio à certificação do SPIE. Também tem por objetivo servir como documento de referência a um processo de certificação não iniciada ou em andamento, através do detalhamento do plano de ações de modo a facilitar a interpretação e as ações necessárias para atendimento aos requisitos da Portaria. Palavras-chave : SPIE, Inspeção de equipamentos, NR-13 “Caldeiras e Vasos de Pressão”. 1. INTRODUÇÃO 1.1. A EMPRESA Integrando, desde 2002, o Gruppo Mossi & Ghisolfi - um dos líderes mundiais no mercado de PET - a M&G nasceu em 2 de maio de 1994, a partir da associação dos negócios de poliéster da Rhodia e da Celbrás (Grupo Sinasa). No topo do ranking sul-americano nos setores em que atua, a M&G consolidou-se, ao longo desses anos, como uma organização de classe mundial. Operando num sistema verticalizado, a partir do PTA (matéria-prima básica do poliéster), tornou-se um fornecedor diferenciado de resinas para embalagens PET e de fibras de poliéster para a indústria têxtil. Além dos mercados da região, sua resina tem chegado a países da Europa e aos Estados Unidos. Reconhecida como uma das melhores do mundo, sua fibra também vem conquistando clientes fora das fronteiras nacionais. (1) Sócio da ABRAMAN; Engenheiro Mecânico, UNESP – Universidade Estadual Paulista; Especialista em Six Sigma Black Belt; Coordenador de Inspeção de Equipamentos e Métodos da M&G Fibras e Resinas Ltda – Unidade Poços de Caldas/MG (2) Engenheiro Mecânico; Profissional Habilitado do SPIE da M&G Fibras e Resinas Ltda – Unidade Poços de Caldas/MG (3) Engenheiro Mecânico; Pós-Gradução em Engenharia de Manutenção; Coordenador de Manutenção e Responsável do SPIE da M&G Fibras e Resinas Ltda – Unidade Poços de Caldas/MG Pag. 2/21 Hoje, graças aos investimentos realizados, sua capacidade de produção é de 255 mil toneladas/ano de PTA, 200 mil toneladas/ano de resina PET e 90 mil toneladas/ano de fibra de poliéster. O compromisso com o meio ambiente sempre esteve presente em suas atividades, seja através da Recipet - a sua unidade de revalorização de PET -, seja na rotina de trabalho de suas fábricas. Todas as suas unidades têm a certificação ISO 9000 desde 1994. Em 2002, elas foram recertificadas, agora na ISO 9000 - versão 2000. Com uma visão de processos voltada à melhoria contínua e orientada à satisfação do cliente, a ISO se alinha à filosofia de gestão da qualidade da M&G e aos objetivos do Programa WCM (World Class Manufacturing), que engloba um conjunto de ações voltadas ao constante aprimoramento. A M&G possui operações industriais em São Paulo (Paulínia e Indaiatuba), Minas Gerais (Poços de Caldas) e Pernambuco (Cabo e Ipojuca). Figura I – A cadeia do poliéster 1.2. SPIE 1.2.1. O QUE É O SPIE? Abreviatura de Serviços Próprios de Inspeção de Equipamentos, certificação prevista no anexo II da NR-13 “Caldeiras e Vasos de Pressão” do Ministério do Trabalho; Certificação pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) diretamente ou mediante um organismo de Pag. 3/21 certificação (IBP – Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) por ele credenciado; Certificação através da verificação do atendimento aos requisitos mínimos conforme portaria INMETRO no.016/2001 anexo “Lista de Requisitos” (76 requisitos); Incorporação a uma estratégia de prevenção de acidentes, em atendimento aos programas SSMA e à legislação. 1.2.2. PRINCIPAIS VANTAGENS DO SPIE Extensão dos prazos máximos para inspeção em vasos de pressão e caldeiras previstos nos sub itens 13.5.4 (caldeiras)e 13.10.3 (vasos de pressão) da NR13; Maior precisão nos controles para atendimento dos requisitos legais da NR- 13; Melhores procedimentos operacionais na gestão de inspeção de equipamentos; Redução dos custos de parada, dos custos de manutenção associados à inspeção e dos custos operacionais pela prorrogação de campanha; Maior integração da inspeção com a manutenção; Em conformidade com um programa de Confiabilidade Industrial; Busca de redução de acidentes / ocorrências nos equipamentos objeto de inspeção. 1.2.3. PRAZOS MÁXIMOS PARA INSPEÇÃO PREVISTOS NA NR-13 COM SPIE Conforme prazos previstos na NR-13 “Caldeiras e Vasos de Pressão”. 1.2.3.1. Para Caldeiras conforme NR-13 sub item 13.5.3 e 13.5.4 : Intervalo inspeção interna e externa Sem SPIE Com SPIE Caldeiras categoria “A” 12 meses 30 meses Caldeiras categoria “B” e “C” 12 meses 18 meses 1.2.3.2. Para Vasos de Pressão conforme NR-13 sub item 13.10.3 : Sem SPIE Pag. 4/21 Com SPIE 1.2.4. COMO FUNCIONA O PROCESSO? Verificação de conformidade com os requisitos da Portaria INMETRO no.016/2001 através de auditorias conduzidas pelo IBP (Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) que é o organismo certificação de produto (OCP-0028); As auditorias previstas pelo IBP são : o Auditoria Inicial de Certificação para a Concessão do Certificado do Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos – SPIE; o Auditorias Periódicas anuais para Manutenção da Concessão; o Auditoria de Recertificação a cada 3 anos para a Renovação da Concessão do Certificado do Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos – SPIE; o Auditorias de Acompanhamento para verificar se as ações corretivas, referentes às não-conformidades encontradas em auditorias anteriores foram implementadas; o Auditorias Extraordinárias para verificar o envolvimento do SPIE com as causas de algum acidente ou alguma denúncia de uso indevido do certificado; Utilização da lista de verificação (LV) com 76 requisitos para certificação inicial e de recertificação; Os requisitos são classificados em : o A – São obrigatórios, cujo atendimento tem que ser total (33); o B – São importantes. Pode haver não-conformidade (34); o C – São complementares. Não mandatórios, mas se forem atendidos 100%, podem gerar bônus (9). Processo Inicial de Certificação ou de Re-Certificação : Conforme critérios do item 6.5.1 do Anexo II da Portaria INMETRO no. 016/2001 : o Tolera até 0.5% do índice de equipamentos com inspeção em atraso; o Não pode haver não-conformidade de categoria A; o Não pode haver mais do que 30% de não-conformidade de categoria B. Processo Inicial de Certificação com PCC (Programa Complementar de Certificação) : Conforme critérios do item 6.5.2 do Anexo II da Portaria INMETRO no. 016/2001 : o Tolera até 2% do índice de equipamentos com inspeção em atraso sendo que nenhuma pode ser caldeira ou duto; Pag. 5/21 o Tolera até 3 não-conformidades de categoria A, desde que nenhuma das não-conformidades de categoria A caracterize condição de Risco e Grave Iminente (RGI), conforme explicado na NR-13; o Tolera até 10 não-conformidades de categoria B Neste caso o SPIE pode receber o certificado desde que preencha as condições para a proposição de um Programa Complementar de Certificação (PCC) e que seja aceito pelo IBP. O prazo para as ações contidas no PCC não pode exceder 24 meses, a partir da data de celebração da data do acordo. Ratificação do resultado da auditoria pela COMCER (Comissãode Certificação) que é Tripartite Paritária composta por : o Representantes do governo - MT; o Representantes dos trabalhadores – FUP/ CNQ; o Representantes de empresas – Petrobrás/ ABIQUIM o IBP - somente secretaria o INMETRO – instância superior FUP – Federação Única dos Petroleiros CNQ – Confederação Nacional do Ramo Químico ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química IBP – Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 1.2.5. PRINCIPAIS REQUISITOS DO SPIE Os 76 requisitos do SPIE se encontra no Anexo II - Lista de Requisitos. Os principais requisitos do SPIE podem ser resumidas conforme abaixo : Existência de pessoal próprio, com dedicação exclusiva, com formação, qualificação e treinamento compatíveis e dimensionados para atender as atividades de rotina; Existência de um responsável formalmente designado; Existência de pelo menos um PH (profissional habilitado); Manutenção de um arquivo técnico atualizado e mecanismos para distribuição de informações quando requeridas; Existência de procedimentos escritos para as principais atividades executadas; Existência de instrumentos compatíveis (controlados e calibrados) com a execução das atividades propostas; Existência de arquivos rastreáveis e atualizados que permitam controle confiável dos equipamentos; Conformidade com o índice de equipamentos com prazo de inspeção vencido (não pode ser superior a 0.50%) do total de equipamentos; Contratação de terceiros deve respeitar regras quanto ao escopo e capacitação; Existência de programa de auditoria interna do SPIE; Pag. 6/21 Identificação, análise e registro pelo SPIE das causas e efeitos de deteriorações e falhas de equipamentos; Treinamento obrigatório de aprox. 520 horas para formação de inspetores de equipamentos. Atualmente a Portaria INMETRO no.016/2001 está em processo de revisão conforme divulgado no Boletim Informativo OCP/IBP Ano 4 Edição 11 Set/06. As principais alterações que estão sendo analisadas pela COMCER se encontram na figura II – Principais alterações da Portaria no. 016/2001. Figura II – Principais alterações da Portaria No. 016/2001 1.2.6. EMPRESAS CERTIFICADAS A lista de empresas certificadas bem como os processos em andamento é encontrada no site www.ibp.org.br em Certificação > Empresas Certificadas. 2. PROCESSO M&G DE CERTIFICAÇÃO DE SPIE Os trabalhos de preparação para auditoria inicial de certificação do SPIE se iniciou em 05/09/2005 quando a Alta Direção da empresa ratificou o interesse neste processo e disponibilizou uma verba para implantação. Os trabalhos de preparação para auditoria inicial de certificação do SPIE tiveram uma duração de Pag. 7/21 15 meses até a realização da auditoria inicial de certificação realizado pelo IBP no período de 29/11/2006 a 01/12/2006 (3 dias). 2.1. CRONOGRAMA E PLANO DE AÇÕES Após a ratificação do processo de preparação para certificação do SPIE, foi elaborado um cronograma e um plano de ações baseadas nos 76 requisitos do anexo II da Portaria INMETRO no. 016/2001. Inicialmente, o plano de ações tinha 70 itens totalizando 3000 horas- homem, incluindo o treinamento para formação de Inspetor de Equipamentos que totalizava 1560 horas-homem, referente ao treinamento de 3 colaboradores que faziam parte da estrutura do SPIE. Este treinamento foi executado fora do horário de trabalho e será detalhado no item 2.3. Assim, desconsiderando o treinamento, as ações do SPIE totalizavam 1440 horas-homem para 775 equipamentos controlados pelo SPIE. Ao final do processo de preparação, o plano de ações totalizaram 4768 horas –homem com um total de 142 itens e desconsiderando o treinamento, um total de 3208 horas-homem para um total de 951 equipamentos controlados pelo SPIE. O gráfico abaixo mostra a evolução da execução do plano de ações mês a mês em relação ao total de horas-homem. Figura III – % Execução do plano de ações para implantação do SPIE Pag. 8/21 Segue-se o cronograma final com as principais tarefas para implantação do SPIE : Figura IV – Cronograma de ações de implantação do SPIE 2.2. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DO SPIE A estrutura administrativa necessária para o SPIE se baseia na tabela 1 - Determinação do Efetivo Mínimo do anexo I da Portaria INMETRO no.016/2001. Esta tabela se encontra disponível em planilha Microsoft Excel e foi preenchido baseado nos 951 equipamentos controlados pelo SPIE. Durante os trabalhos, esta tabela gerou algumas dúvidas, na qual vale destacar : Nenhum dado da tabela original deve ser alterado como tempos médios de inspeção (Tiq) e de engenharia (Teq); Devido a particularidades do processo produtivo foram identificadas 53 vasos não enquadrados e 126 tanques muito pequenos com volume inferior a 5 m3. Até então, estes equipamentos eram classificados como vasos de pressão e tanques pequenos, respectivamente, e isto onerou o efetivo mínimo inicialmente proposto. Para tanto, foram inseridos dois tipos de equipamentos na tabela de efetivo mínimo como vasos não enquadrados com PV< 8 e tanques muito pequenos com volume menor que 5 m3. Os Pag. 9/21 tempos médios de inspeção (Tiq) e de engenharia (Teq) foram definidos baseados no tempo médio efetivo durante as inspeções externa e interna executadas nestes equipamentos. Após o preenchimento desta tabela, o resultado obtido para o número de inspetores foi de 2,4 e o número de engenheiros de 0,8. O efetivo mínimo para o SPIE da M&G Fibras e Resinas Ltda de Poços de Caldas/MG foi definido em 2 inspetores de equipamentos e 1 engenheiro com dedicação exclusiva – Profissional Habilitado – PH. Apesar do número de inspetores indicar 2,4, acima do limite de 20%, não foi acarretado uma não-conformidade, se for aplicado o redutor de 20% sobre o calculado. Isto só se tornou possível pela grande quantidade de equipamentos em aço inoxidável, pelo número de Engenheiros (2) estar acima do mínimo admitido (0,8) e pela forma como estes engenheiros atuam no campo. Mesmo assim, em qualquer caso de afastamento de um inspetor de equipamentos, seja por motivo de férias, treinamento ou doença, o PH terá que atuar como inspetor e o Responsável pelo SPIE como PH. Segue-se a tabela de determinação de efetivo mínimo da M&G preenchida baseado num total de 951 equipamentos. Figura V – Tabela de determinação de efetivo mínimo da M&G Pag. 10/21 A nomeação do Responsável e do Profissional Habilitado do SPIE ocorreu em 19/12/2005 através de uma cerimônia com Alta Direção da empresa e registrada em ata de reunião assinado pelo Gerente de Recursos Humanos. 2.3. TREINAMENTO PARA FORMAÇÃO DE INSPETOR DE EQUIPAMENTOS O Inspetor de Equipamentos deve ter certificação no curso de formação de inspetor de equipamentos por uma entidade reconhecida pelo Ministério da Educação ou do Trabalho e Emprego ou pelo INMETRO, conforme disciplinas, carga horária mínima de 516 horas (módulos I, II, III, IV, V e A) mencionadas na tabela 2 e 3 do anexo I da Portaria INMETRO no.16/2001 e sua avaliação de aproveitamento ou experiência comprovada (carteira de trabalho ou contrato de trabalho) que exerce a função de inspetor de equipamentos anterior a 2001. Devido a impossibilidade de deslocar o pessoal para fazer o curso em órgãos tradicionais como ABENDE – Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos, foi feito uma parceria inédita com o SENAI local para realização do curso para colaboradores indicados pela empresa. No total participaram do curso, 6 técnicos mecânicos sendo 2 inspetores do SPIE e dois engenheiros mecânicos (Responsável e Profissional Habiltado). O curso teve duração de 8,5 meses tendo início em 24/10/2005 e término em 14/07/2006. Para o bom aproveitamento deste investimento, foram treinados mais 4 técnicos mecânicos que hoje não fazem partedo SPIE, mas que seriam candidatos potenciais para assumir a função de inspetor de equipamentos em caso de desligamento de qualquer um dos inspetores. A avaliação de aproveitamento do curso foi por módulos, tendo a maior média final em 8,7 e menor média final em 7,5. Todos foram aprovados pelo critério de aproveitamento e freqüência. Além disto, a empresa investiu em treinamento dos inspetores de equipamentos em medição de espessura por ultrasom e líquido penetrante que foram realizados em cursos específicos ministrados por entidades reconhecidas. O objetivo é que cada inspetor seja qualificado e certificado em medição de espessura por ultrasom e líquido penetrante com obtenção do SNQC ( Sistema Nacional de Qualificação e Certificação) para reconhecimento e validação dos laudos emitidos para estes ensaios não destrutivos. 2.4. POLÍTICA DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS A política de inspeção de equipamentos deve ter respaldo formal do Diretor da Unidade e ser divulgada nas principais áreas. Segue-se a política da M&G : “A M&G Fibras e Resinas Ltda, unidade de Poços de Caldas, está sempre comprometida com a preservação das condições físicas dos equipamentos e instalações, principalmente daqueles que possam colocar em risco a segurança e o meio ambiente, ou, reduzir sua confiabilidade operacional. A M&G Fibras e Resinas Ltda também orienta seus esforços no sentido de: • prevenir a repetição de avarias e falhas dos equipamentos e instalações; Pag. 11/21 • cumprir os requisitos legais e normativos que determinam à atividade de inspeção de equipamentos; • aumentar a confiabilidade operacional dos equipamentos e instalações; • alcançar e manter a certificação de seu Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos (SPIE). O registro dos resultados das inspeções deve proporcionar as informações necessárias para o planejamento da manutenção e da produção, melhorias e aperfeiçoamento das metodologias e técnicas de prevenção, bem como para o diagnóstico das causas de eventuais ocorrências de falhas ou acidentes. Esta Política de Inspeção de Equipamentos está alinhada com os compromissos corporativos do Gruppo M&G.” A divulgação do SPIE, bem como a política de inspeção de equipamentos foi realizada através de apresentações, SIPAT, quadros de aviso e comunicação eletrônica. 2.5. IMPLANTAÇÃO DO SOFTWARE PARA GERENCIAMENTO DE INSPEÇÃO DE EQUIPAMENTOS ESTÁTICOS Em virtudes do número de equipamentos (775) que seriam controlados pelo SPIE, foi necessária a implantação de um software para gerenciamento de inspeções. Até então, eram controlados 322 equipamentos para atender a NR-13 e sua programação era gerenciado por planilhas elaboradas em Microsoft Excel e os relatórios elaborados em Microsoft Word. O software escolhido foi o SGI – Estáticos da empresa German Engenharia e Serviços de Manutenção Ltda. A escolha foi motivada pelo uso do mesmo em ambiente SPIE por outras empresas já certificadas, além de atender uma série de requisitos como : Cadastramento de equipamentos com croquis e customizadas para NR-13; Emissão e armazenamento de relatórios conforme NR-13; Emissão de planos de inspeção e manutenção de equipamentos e instrumentos conforme NR-13; Restrição de acesso ao sistema através de senhas com atribuições de direitos individualizadas; Cálculo da vida residual do equipamento baseada em espessuras; Categorização dos equipamentos automaticamente de acordo com dados técnicos conforme NR-13; Emissão, armazenamento e controle de recomendações de inspeção, conforme NR-13; Suporte técnico para esclarecimento de dúvidas e atualizações periódicas, conforme contrato em vigor; Acompanhamento da situação dos equipamentos em diversos níveis. Como qualquer implantação de um software, houve diversos retrabalhos no banco de dados, em virtude do desconhecimento de todos os recursos disponíveis do software e de falta de um modelo padrão para impressão de relatórios. As principais barreiras e dificuldades foram : Pag. 12/21 Dificuldades na obtenção de dados dos equipamentos mais antigos para alimentar o banco de dados; Falta de definição de modelo padrão de relatório para impressão, uma vez que o software apresenta diversas opções. O lay out do relatório é padronizado e não pode ser customizado pela empresa. A dificuldade foi chegar a uma padrão de relatório que atendesse plenamente a NR-13, bem como a otimização das folhas a serem impressas; Não identificação dos campos chaves e obrigatórios para cadastro dos dados de equipamentos; Falta de definição de modelos de croquis e lista de verificação para avaliação da condição física dos equipamentos e a melhor maneira de “amarrar” com o relatório gerado pelo software. 2.6. LISTA DE EQUIPAMENTOS CONTROLADOS PELO SPIE Os equipamentos que devem ser controlados pelo SPIE são : caldeiras (geradores de vapor); tanques atmosféricos inclui silos de armazenamento; vasos de pressão enquadrados (PV>8) ou não, tais como trocadores de calor (inclui trocadores de placas), colunas, reatores, refervedores, aquecedores elétricos, aquecedores de fluido térmico, filtros, silenciadores, condensadores, acumuladores; todas válvulas de segurança e não somente os que protegem equipamentos enquadrados na NR-13; sistemas de tubulação por tipo de fluido; torres de resfriamento por células; esferas; fornos. Uma planilha contendo estes equipamentos deve ser enviada para apreciação do IBP antes da auditoria (recomenda-se enviar com 30 dias de antecedência), conforme relação de informações preliminares IBP F-037. Nesta planilha recomenda-se conter as seguintes informações : TAG; Descrição do equipamento; Função do equipamento; Categoria se enquadrado na NR-13; Tipo de equipamento; Intervalo entre inspeções (externa e interna); Data da última inspeção (externa e interna); Data da próxima inspeção (externa e interna). Ter uma única planilha com estas informações visa assegurar que a quantidade de equipamentos seja coerente com a lista de equipamentos e a programação, bem como a tabela de cálculo de efetivo mínimo. Pag. 13/21 2.7. PROCEDIMENTOS DO SPIE Os procedimentos foram elaborados com auxílio de normas reconhecidas. Segue-se a lista de procedimentos do SPIE da M&G e referências das normas utilizadas para sua elaboração. # Nome do Procedimento 1 Ensaio por Líquido Penetrante (ASME seção V, 1998 – “Nondestructive Examination”, ABNT NBR-8407 - Ensaios não destrutivos - Líquido penetrante - Detecção de descontinuidades). 2 Procedimento Geral de Inspeção de Equipamentos (Portaria INMETRO no.016/2001, NR-13) 3 Contratação de Serviços de Inspeção de Equipamentos (Portaria INMETRO no.016/2001) 4 Inspeção de Caldeiras Aquotubulares (ABNT NBR 12177-2 Caldeiras estacionárias a vapor – inspeção de segurança – parte 2 : caldeiras aquotubulares) 5 Ensaio Visual para Inspeção de Equipamentos (ASME seção V, 1998 artigo IX – “Visual Examination”) 6 Reparo e/ou Modificação de Equipamentos Controlados pelo SPIE (Portaria INMETRO no.016/2001, NR-13) 7 Ensaio de Medição de Espessura por Ultra-som (ASME seção V, 1998) 8 Controle da Aparelhagem de Inspeção de Equipamentos (Portaria INMETRO no.016/2001) 9 Tratamento e Análise de Cupons de Prova 10 Avaliação de Integridade de Equipamentos Inspecionados e Determinação de Vida Residual (API 579 - “Fitness for service”; ASME seção VIII divisão I, 1998) 11 Inspeção de Sistemas de Tubulação (Norma API 570 – “Piping Inspection Code”) 12 Inspeção de Tanques Atmosféricos e Silos de Estocagem (API 653 – “Tank Inspection, Repair, Alteration and Reconstruction”; API 650 – “Welded Steel Tanks for Oil Storage”) 13 Inspeção de Torres de Resfriamento (Manual do fabricante das torres de resfriamento) 14 Teste de Pressão em Equipamentos Estáticos (ASME seção VIII divisão I, 1998) 15 Inspeção de Recebimento,Fabricação e Recuperação deMateriais ou Equipamentos (Portaria INMETRO no.016/2001) 16 Inspeção de Vasos de Pressão (ASME seção VIII divisão I, 1998; NR-13) 17 Inspeção de Válvulas de Segurança e Alívio de Pressão (ABNT NBR 284 - Válvulas de segurança e/ou alívio de pressão: aquisição, instalação e manutenção; IBP Guia de Inspeção no.10 – Inspeção de Válvulas de Segurança e de Alívio) 18 Sistemas de Auditorias Internas 19 Elaboração e Controle de Documentos, Dados e Registros 20 Ação Corretiva e Ação Preventiva 21 Modificações e Melhorias de Instalações 22 Pré-Teste e Desmontagem de Válvulas de Segurança 23 Controle de Aferições e Calibrações de Instrumentos para Qualificação de Produtos 24 Operações no Almoxarifado e Recebimento Os procedimentos # 1 a 17 e 22 são procedimentos novos aplicados exclusivamente ao SPIE. Os procedimentos # 18,19, 20, 21, 23 e 24 foram elaborados para ISO 9001 (existentes) e que sofrem pequenas modificações para Pag. 14/21 serem aplicáveis ao SPIE para atender os requisitos da Portaria INMETRO no. 016/2001). 2.8. PLACA DE IDENTIFICAÇÃO DE EQUIPAMENTOS Todos os equipamentos devem estar identificados, conforme requisitos da NR-13. Para equipamentos enquadrados na NR-13, são necessárias duas placas : uma de identificação de TAG e categoria, visível até 10m de distância. Para esta identificação se optou por utilizar adesivo em poliéster e para equipamentos isolados em aço com 0,9mm de espessura em pintura automotiva. Figura VI – Placas de identificação de TAG e categoria NR-13 uma de identificação com dados do equipamento em chapa de aço inox com espessura de 1mm e gravação em baixo relevo. Figura VII – Placas com dados de equipamentos, conforme NR-13 Para equipamentos não enquadrados na NR-13, é necessária uma identificação com TAG : Figura VIII – Placas de identificação de equipamentos não NR-13 Pag. 15/21 2.9. GERENCIAMENTO DE ARQUIVOS Para gerenciamento dos arquivos dos equipamentos segue-se as seguintes recomendações : dispor de um arquivo individual para cada equipamento. Optou-se por uma pasta contendo o desenho básico do equipamento, memorial de cálculo do enquadramento NR-13 do equipamento assinado pelo PH, memorial de cálculo de PMTA e espessura mínima assinado pelo PH e os relatórios de inspeção em ordem cronológica; para equipamentos não NR-13, um desenho básico do equipamento e os relatórios de inspeção em ordem cronológica são suficientes; os arquivos foram divididos por unidade produtiva e enumerados com objetivo de facilitar a sua localização. Dispor de uma lista-mestre em ordem de TAG para auditoria; a Portaria INMETRO no.016/2001 não é clara quanto a apresentação dos arquivos. Foi recomendado ter os relatórios de inspeção impressos e assinados pelo inspetor e PH e não em formato eletrônico, apesar deste permitir um controle com as devidas aprovações. A próxima revisão da Portaria dispõe que os relatórios de inspeção sejam impressos; para válvulas de segurança, dispor de uma folha de especificação da válvula, relatório de inspeção e calibração assinados por um profissional qualificado. 2.10. APARELHAGEM DO SPIE Segue-se a aparelhagem recomendável para o SPIE. Nota-se que todos os instrumentos possuem um plano de calibração conforme procedimento. TAG Plano de calibração Aparelhagem de inspeção Fabricante Modelo / Referência M-02-PP-27-PP-X PD-27 Medidor de espessura Krautkramer DM4E ref.17493, transdutor DA401 e HT400 M-02-PP-28-PP-X PD-28 Bloco padrão para ME Krautkramer V W 50441-1351 M-02-PP-29-PP-X PD-29 Pirômetro laser Raytec Raynger ST M-02-PP-30-PP-X PD-30 Paquímetro Mitutoyo 530 - 104 BR M-02-PP-31-PP-X PD-31 Luxímetro Instrutherm LD-240 Lupa de aumento com escala de medição Mitutoyo 950757 / 183-902 Câmera fotográfica digital Sony DSC-R1 Lanternas Rayovac Spot 6V Vaselina sólida Wirath Ricie Escova de aço carbono Escova de aço inoxidável Suissa 1777/3 Penetrante Metalchek VP-30 Revelador Metalchek D-70 Removedor Magnaflux SKC S Pag. 16/21 2.11. INDICADORES DO SPIE Segue-se os indicadores do SPIE e seu método de cálculo. Segue-se abaixo um indicador em formato MBF que é meramente um PDCA (Plan-Do-Check-Act) em uma única apresentação. Figura IX – Índice de Equipamentos SPIE com prazo de inspeção vencida em formato MBF (Management by Fact) Pag. 17/21 2.12. CUSTO TOTAL DE IMPLANTAÇÃO DO SPIE O custo total de implantação do SPIE foi de R$ 205.000, sendo distribuídos conforme a figura X. Lembrando que estes custos não foram somente para implantação do SPIE, uma vez que também serviu para regularizar as pendências de NR-13. Figura X – Pareto de gastos de implantação do SPIE 3. AUDITORIAS 3.1. DOCUMENTAÇÃO PARA AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO As informações preliminares para auditoria estão dispostas no IBP F-037 e devem ser entregues com 30 dias de antecedência da data da auditoria. Toda documentação referente à certificação pode ser encontrada no site do IBP em Certificação> Área de download> Portaria INMETRO no.016 e Kit para certificação do SPIE. 3.2. RESULTADO DA PRÉ-AUDITORIA DE CERTIFICAÇÃO DO SPIE Esta auditoria teve como objetivo verificar a conformidade do Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos (SPIE) com critérios apresentados na Portaria INMETRO no.016/2001 como preparação para auditoria inicial de certificação do SPIE agendada para 28/11 a 1/12/06 pelo IBP. Foi contratado um profissional que atua como auditor do IBP que atuou como auditor líder nesta auditoria, além de outros profissionais dentro do Gruppo M&G que atuam na inspeção de equipamentos como co-auditores. Esta auditoria teve duração de 3 dias e foram caracterizadas as seguintes não-conformidades : Pag. 18/21 Requisito 1.4 – dedicação exclusiva do responsável – classe C Situação : o responsável supervisiona outras atividade além da inspeção. Ação corretiva : sem ação por ser classe C . Requisito 2.4 – arquivo de certificados de formação de pessoal – classe B Situação : não são arquivados cópias dos certificados no SPIE. Fica no RH. Ação corretiva : tirar cópias dos certificados do pessoal do SPIE e manter na área do SPIE. Requisito 3.2 – o SPIE deve definir o método e a freqüência de avaliação de vida residual de equipamentos – classe B Situação : o procedimento não define com clareza com que vida residual dos equipamentos deve ser avaliada. Ação corretiva : revisar procedimento deixando claramente a freqüência e critérios de avaliação da vida residual dos equipamentos. Requisito 3.5 – os resultados das inspeções, modificações e reparos devem ser registrados pelo SPIE – classe A Situação : os relatórios de 4 equipamentos de uma amostra 32 não continham descrição da condição física em que foi encontrado cada equipamento, sendo duas caldeiras. Ação corretiva : elaborar lista de verificação de inspeção de caldeira e verificar os relatórios de inspeção dos equipamentos quanto a existências de laudos de medição de espessura e avaliação de causas de deterioração de cada componente. Requisito 3.6 – rastreabilidade dos registros – classe B Situação : 10 equipamentos de amostra com divergências, caracterizadas principalmente pela falta de “amarração” de anexos e de falta de assinaturas sendo 7 de PSVs (serviço contratado). Ação corretiva : melhorar relatório emitido pela empresa contratada para manutenção, inspeção e calibração de PSVs. Requisito 4.3 – os prazos de inspeção devem ser cumpridos – classe A Situação : com exceção de tubulações, para as quais é tolerado, na auditoria inicial, um percentual maior de equipamentos com prazo vencido, os valores atuais são : 22 (2.5%) equipamentos com inspeção externa vencida 70 (8.0%) equipamentos com inspeção interna vencida Ação corretiva : atender ao programa de inspeção para atendimento do índice de inspeçãovencida < 0.5%. Requerer relatórios de inspeção de vasos enquadrados das unidades de geradores de nitrogênio gerenciados por empresas contratadas, com risco de gerar NC por falta de evidência de cumprimento com NR-13. Requisito 4.9 – O SPIE deve programar e se assegurar de adequada calibração dos dispositivos de segurança (PSVs) – classe A Situação : 4 dos 32 equipamentos da amostra tiveram suas PSVs calibradas para abrir a uma pressão superior as respectivas PMTAs, o que caracteriza não só uma não conformidade A, mas também uma situação de risco grave Pag. 19/21 iminente (RGI). Isto porque, é prática adotar a pressão de projeto = PMTA, devido a ausência de menção / cálculo de PMTA na maior parte dos equipamentos. Ação corretiva : levantar tabela com pressão de abertura da válvula versus pressão de projeto do equipamento protegido. Caso Pabertura > Pprojeto, se adotado, calcular PMTA e manter na pasta do equipamento. Requisito 4.10 – a calibração dos dispositivos de segurança deve ser testemunhada por pessoal qualificado – classe B Situação : o SPIE não testemunha a calibração de todas as válvulas e não avaliou a qualificação da prestadora de serviços. Ação corretiva : elaborar procedimento de inspeção de PSV, treinar pessoal da empresa contratada e obter documentos que comprovem a qualificação dos executantes. O relatório de manutenção, inspeção e calibração de PSV deve ser alterado para atender as exigências da Portaria INMETRO No.016/2001. Requisito 7.6 – as calibrações dos aparelhos de inspeção devem ser feitas contra padrões internacionalmente reconhecidos – classe B Situação : os aparelhos de inspeção não tem sido calibrados. Ação corretiva : 4 aparelhos da inspeção foram inseridos no plano de calibração de equipamentos isocríticos, porém falta o envio físico para calibração. Requisito 7.12 – o SPIE deve verificar no recebimento se os materiais e aparelhos de inspeção atendem as exigências legais e normativas – classe A Situação : o SPIE possui procedimento, porém não abrange aparelhos de inspeção. Não há evidências de que esta inspeção seja feita de forma adequada. Ação corretiva : revisar procedimento incluindo os aparelhos de inspeção e o que deve ser verificado fisicamente em cada aparelhagem da inspeção. Definir evidências e manter registro no SPIE. Algumas observações foram identificadas que não geraram uma NC, porém é extremamente recomendável uma ação corretiva. Segue-se : • Divulgar amplamente a política de inspeção de equipamentos; • Deixar mais evidente a autonomia e autoridade do responsável; • Revisar o índice de recomendações pendentes considerando todas prioridades (1,2,3); • Placa de identificação do equipamento ausente ou não conforme (inclusive caldeiras) de acordo com NR-13; • Foram encontradas 4 PSVs com trava amarrada ao capacete o que introduz o risco delas serem indevidamente travadas o que geraria uma situação de RGI (Risco Grave e Iminente). Para este momento, o parecer da equipe auditora externa não foi favorável à certificação, pois : • A não conformidade relativa ao item 4.9 (pressão de abertura de PSVs acima da PMTA do equipamento protegido) envolve situações de RGI; Pag. 20/21 • Os índices de equipamentos com prazo de inspeção vencidos são superiores a 2.0% e portanto não permite que o SPIE apresente um PCC; Entretanto, concluiu que o órgão de inspeção da M&G apresenta boas condições para alcançar a certificação dependendo da manutenção do atual apoio que vem sendo dado pela alta administração bem como da continuidade dos esforços que já vem sendo desenvolvidos pela equipe. São críticas as ações corretivas relativas às não conformidades referentes aos requisitos 3.5 ( registro dos resultados da inspeção); 4.3 (atraso na implementação do programa de inspeção) e 4.9 (calibração de PSV acima da PMTA). 3.3. RESULTADO DA AUDITORIA INICIAL DE CERTIFICAÇÃO DO SPIE A auditoria inicial de certificação do SPIE da M&G Fibras e Resinas Ltda foi realizada no período de 29/11 a 1/12/06 com duração de três dias conduzidos por dois auditores do IBP. Para tanto, foi celebrado um contrato IBP para concessão, manutenção e uso do certificado de Serviço Próprio de Inspeção de Equipamentos – SPIE com duração de 3 anos. Um plano de auditoria foi ratificado antes da auditoria contendo as seguintes atividades : o reunião de abertura; o visita às instalações do SPIE e campo; o entrevista com representação sindical e CIPA; o conformidade com lista de verificações (requisitos); o verificação dos arquivos das caldeiras; o verificação dos arquivos dos equipamentos; o compilação de dados e elaboração de relatório; o apresentação do relatório ao SPIE; o reunião de encerramento. Os seguintes preparativos foram executados para a auditoria : o elaboração de uma agenda; o agenda das reuniões de abertura e fechamento somente com alta direção e SPIE; o preparação de uma faixa de divulgação da auditoria; o reserva de uma sala exclusiva para auditoria; o dar enfoque no 5S em todas as áreas; o providenciar os EPIs. O resultado da equipe auditora foi favorável à certificação do SPIE da M&G Fibras e Resinas Ltda, com as seguintes considerações : a) Que foi encontrada uma não-conformidade referente ao item 1.4 da LV: “O Responsável deve ter dedicação exclusiva”, classificada como “C”. b) Que os representantes da CIPA e do SINDITEXTIL são favoráveis à certificação. 4. CONCLUSÃO Pag. 21/21 Este trabalho técnico teve como objetivo divulgar as etapas de preparação e os resultados das auditorias, servindo com um guia para processos de certificação não iniciada ou em andamento. Teve duração de 15 meses desde o início dos trabalhos e o resultado final que foi a certificação do SPIE, sem nenhuma não conformidade de classe A e B, e isto mostrou que o planejamento foi um sucesso. Obviamente, houve dúvidas, dificuldades e problemas durante o trabalho que gerou retrabalhos, valendo destacar : o falta de experiência com o processo SPIE, mas vez que nenhum integrante teve experiência anterior; o introdução de um software para gerenciamento de inspeções, apesar que o resultado final foi bastante satisfatório em termos de redução de tempo de elaboração de relatórios de inspeção; o falta de definição clara para gerenciamento de arquivos que baseou-se na experiência de outras empresas certificadas; o ausência de PMTA gerando o seu cálculo para verificar se a pressão de abertura do dispositivo de segurança está abaixo do PMTA, uma vez que se adotava a pressão de projeto como PMTA e isto gerou situações de RGI, conforme NR-13; o grande número de equipamentos não enquadrados anteriormente na NR-13; o ausência de uma lista de equipamentos NR-13 e seu respectivo dispositivo de segurança; o ausência de lista de verificação da condição física dos componentes dos equipamentos nos relatórios de inspeção. Vale destacar que a certificação não seria possível sem o empenho da equipe do SPIE e o apoio da alta direção da empresa. Também foi fundamental o comprometimento de todos profissionais envolvidos especialmente da manutenção e utilidades da empresa, de profissionais de empresas certificadas como a REVAP e a PQU e também de uma empresa de consultoria para redimir dúvidas e a realizar a pré-auditoria (auditoria interna) do SPIE. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • Site www.ibp.org.br do IBP (Instituto Brasileiro do petróleo, Gás e Biocombustíveis); • Portaria INMETRO no.016/ 2001; • NR-13 Caldeiras e Vasos de Pressão; • ASME, seção VIII, divisão I, 1998; • API 579 – Fitness for Service; • ABNT NBR 284 - Válvulas de segurança e/ou alívio de pressão: aquisição, instalação e manutenção; • ABNT NBR 12177-2 Caldeiras estacionárias a vapor – inspeção de segurança – parte 2.
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