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Sistema de Manutenção para ambiente da Produção Enxuta e da Teoria das Restrições centrado na utilização da MANUTENÇÃO PUXADA – Um Estudo de Caso de implementação em uma empresa metalúrgica do setor automotivo. Prof. Dr. Sergio Luiz Vaz Dias – (051) 99 66 05 41 - slvdias@terra.com.br Ms. Elton Fabro – (54) 91668102 - fabro@fras-le.com.br RESUMO Em geral, o setor de manutenção é objeto de críticas e pressões internas em decorrência, principalmente, por ser um setor responsável pelo percentual significativo dos custos gerais de produção e da empresa. Pode-se acrescentar também, na maioria das vezes, como o setor responsável pelo comprometimento dos prazos de entrega e pelas não conformidades dos produtos através do mau estado de conservação das máquinas e dos equipamentos de produção. Essa conjuntura fez com que as empresas promovessem mudanças buscando soluções inovadoras por meio de novas práticas de gestão da manutenção. Uma inovação proposta por esse trabalho é a MANUTENÇÃO PUXADA. Ela se apresenta como uma forma de gerenciar os tempos, as atividades e os indicadores de resultado do setor de manutenção de maneira diferente. As novas práticas de gestão proposta trazem no seu escopo um modelo mental diferente de entender as funções e as atividades do setor. Buscar um novo modelo mental de pensar a manutenção requer novos conceitos, novas práticas e novas formas de medir o desempenho operacional de seus funcionários e do próprio setor. No entanto, existem carências empíricas e pouca bibliografia disponível sobre esse tema. Logo, o objetivo desse artigo é a descrição de uma proposta de um Método de MANUTENÇÃO PUXADA a partir de um estudo de caso. 1 INTRODUÇÃO Em geral, é possível afirmar que até o aparecimento da Teoria das Restrições (TOC) e do Sistema Toyota de Produção (STP), os setores das empresas não pensavam suas atividades como um elo de uma “corrente” (TOC) ou de um processo (STP). Como evidência podem-se buscar os seus Sistemas de Indicadores de Desempenho. Para Dias (2005) os indicadores de desempenho das empresas se dividem em indicadores financeiros que refletem o Resultado Operacional da Empresa (ROE) e Taxa Interna de Retorno (TIR) e os não financeiros que refletem a Produtividade do Trabalho (horas aplicadas por horas produzidas, totais de peças fabricadas ou disponibilidade geral das máquinas de produção). É possível verificar, atualmente, que os departamentos ou setores das empresas não têm, na grande maioria das vezes, seus indicadores operacionais ligados ao (ROE). O “modelo mental de pensamento” desses setores internos da empresa está alinhado com o pensamento de “elo” e não da “corrente” ou da “operação” e não do “processo”. Observa-se no setor de manutenção, por exemplo, a utilização do indicador “horas de máquina parada ou disponibilidade geral das máquinas” como indicador de seu desempenho. A fim de buscar sua meta, o setor de manutenção monta um grupo tarefa para aumentar a disponibilidade geral das máquinas. No entanto, em diversos casos, não é pensado “máquina crítica ou gargalo” ou “processo de fabricação”. Por conseguinte, apesar da disponibilidade das máquinas aumentar, o atraso do prazo de entrega dos produtos ou serviços da empresa não diminui. Esse fato pode ser considerado uma evidência de se pensar e agir setor “elo ou operação” ao invés de empresa “corrente ou processo”. A partir desses fatos e na busca de tentar resolver esses problemas, o trabalho tem como objetivo discutir e propor um modelo de gestão das atividades de manutenção para um ambiente da Teoria das Restrições e do Sistema Toyota de Produção. Faz-se necessário, no entanto, esclarecer e conceituar previamente termos, expressões e princípios utilizados a respeito do tema. 2 SISTEMA TOYOTA DE PRODUÇÃO OU PRODUÇÃO PUXADA O conceito de produção puxada surgiu no Japão por volta dos anos 50 através de estudos feitos pelos engenheiros Eiiji Toyoda e Taiichi Ohno. A partir da visita à empresa da Ford Motor nos Estrados Unidos, que utilizava o sistema de produção em massa, eles concluíram que seria necessário construir um novo sistema de produção que buscasse a eliminação dos desperdícios em suas linhas de produção, principalmente em termos de material, tempo e mão-de-obra. Mais tarde este sistema foi também conhecido como Sistema Toyota de Produção (STP). Esta forma de produzir (Just In Time - JIT) apenas no momento certo e na quantidade certa é conseguida a partir da operacionalização do sistema puxado de produção. Ela está fundamentada na lógica de que o processo subseqüente vai ao processo precedente buscar apenas os itens que necessitam ser manufaturados e no momento exato. O Sistema Toyota de Prdução (STP) foi divulgado para todo o mundo ocidental a partir dos anos 90 com a publicação do livro “A máquina que mudou mundo – Womack apud Ghinato (1996)”. Para o autor, o STP ou Lean Production é conceituado por: Ser um sistema com foco no fluxo de produção, produção Just-In-Time em pequenos lotes e estoques reduzidos; Propiciar ações preventivas de defeitos em vez de corretivas; Ser flexível, equipe de trabalho formado por funcionários polivalentes; Atuar com produção PUXADA em vez da produção EMPURRADA baseada em previsões de demanda; Buscar a solução efetiva das causas de problemas maximizando o valor agregado do produto final; Buscar relacionamento de parceria desde o primeiro fornecedor até o cliente final. Para o trabalho, é importante observar que a forma de produzir JIT e pensar o combate total aos desperdícios se aplica a todos os setores e funções da empresa e não apenas ao setor de produção. Nesse sentido, pode-se afirmar que essa forma de produzir e pensar aplicado no setor de manutenção ajuda a empresa a obter vantagem competitiva em prazo de entrega “disponibilidade das máquinas”, redução dos custos gerais de produção e qualidade “inserção de itens de manutenção com foco na qualidade nos planos de manutenção”. No entanto, este trabalho focaliza a melhoria do prazo, custo e qualidade nas atividades do processo produtivo (gemba – piso de fábrica) através da adaptação de alguns conceitos de produção puxada e máquinas críticas para a implementação da MANUTENÇÃO PUXADA. 3 TEORIA DAS RESTRIÇÕES Teoria das Restrições (Theory of Constraints – TOC), também conhecida como Gerenciamento das Restrições (GDR) foi criada pelo físico israelense Elyahu M. Goldratt no início dos anos 70 em Israel, difundindo-se depois para os Estados Unidos e outros países nos anos 80. Pode-se afirmar que a grande obra responsável pela difusão do conceito para grande parte do mundo foi à publicação em 1984 nos Estados Unidos do livro ‘A Meta’ (GOLDRATT e COX, 1994). O entendimento de Goldratt sobre uma organização é fortemente sistêmico, ao colocar como pressuposto básico a afirmativa de que a soma dos ótimos locais de uma empresa não é igual ao seu ótimo global (RODRIGUES, 1990). Para Cox III e Spencer: O Gerenciamento das Restrições tem seu maior impacto na medida em que permite aos gerentes desenvolver uma visão da organização como um sistema, contrária à visão do gerenciamento tradicional que consiste em otimizar o desempenho de cada departamento de forma isolada. (COX III e SPENCER, 2002, p. 66). A Teoria das Restrições (TOC – Theory Of Constraints) tem por objetivo básico assegurar o melhor desempenho econômico-financeiro das Organizações (a meta é ganhar dinheiro “hoje” e no “futuro”) através da utilização sistemática da abordagem dos 5 passos de melhorias da TOC baseado nas restrições do sistema produtivo (ANTUNES, 1998). Para McMullen (1998) os cinco passos de forma sintética, são apresentados conforme Quadro 1, a seguir. QUADRO 1 - O Processo de Aprimoramento Contínuo em Cinco Passos Passo Focado Descrição Passo 1: Identificar a restrição. 1. Identificar o recurso que é o obstáculo principal para o progresso em direção à meta. Passo 2: Decidir como explorara restrição. 2. Elaborar um plano de utilização que utilize a restrição de forma eficiente. Muitas restrições são mais devidas à má utilização do que à falta de capacidade instalada Passo 3: Subordinar tudo mais à decisão acima. 3. Administrar as políticas, processos, e outros recursos na direção de apoiar a decisão do passo 2. Passo 4: Levantar (aumentar, remover, quebrar) a restrição. 4. Se após melhorar a utilização o recurso continuar sendo uma restrição, adicionar capacidade ou, de alguma outra maneira, modificar a situação do recurso como restrição dominante. Passo 5: Retornar ao Passo 1, mas não deixar que a inércia se torne uma restrição. 5. Retornar ao Passo 1, mas não permitir que as decisões previamente tomadas nos passos 1 a 4 se tornem restrições Fonte: adaptado de McMullen (1998) e Cox e Spencer (2002). Do ponto-de-vista específico deste trabalho, dois conceitos são importantes: o de Gargalo e o de Recursos com Capacidade Restrita (Capacity Constraints Resources - CCRs). O recurso gargalo pode ser definido como aquele onde a Capacidade de Produção é inferior a Demanda de mercado. Os Recursos com Capacidade Restrita são aqueles em que em média a Capacidade é Superior a Demanda de mercado, porém devido a um conjunto de aspectos conjunturais (ex. erros de programação, falta de operadores e matérias-primas, problemas associados a manutenção, tempos de setup etc...) acabam restringindo o desempenho global do sistema (ANTUNES, 1998). Ao contrário dos gargalos, no caso dos recursos CCRs os problemas estão associados à gestão dos recursos e das máquinas e não à aquisição dos mesmos. É possível afirmar que, para este trabalho, o processo de aprimoramento contínuo em Cinco Passos, é de fundamental interesse. Pois, ele é um método focalizado de melhoria contínua para as organizações, que opera através da sucessiva atenuação ou eliminação das restrições. 4 MANUTENÇÃO PUXADA A “MANUTENÇÃO PUXADA” tem como escopo PUXAR a realização da manutenção e da conservação das máquinas e dos equipamentos da produção a partir de um “padrinho” responsável. Ela deve ter suas atividades orientadas pelas necessidades do mercado “produção”, pelo resultado operacional da empresa e pelos objetivos estratégicos do setor de manutenção. O principal objetivo da MANUTENÇÃO PUXADA é propiciar à empresa uma melhoria no seu resultado operacional, mediante produtos, processos e serviços adequados ao mercado a um preço competitivo. Ela foi pensada, desenvolvida e implementada a partir de três princípios: a) Puxado A implementação das atividades dos planos de manutenção deve ser puxada pela produção ou pelo setor de Planejamento da produção. O planejamento e a execução dessas atividades deve ser feito pelo “padrinho” da máquina e puxados a partir dos tempos disponíveis de produção, figura 1. Para isso, o desempenho da MANUTENÇÃO PUXADA deve ser medido pelos indicadores de desempenho da empresa, da produção e do setor de manutenção. b) Incremental A implementação da MANUTENÇÃO PUXADA como um processo cumulativo e dependente da eficiência da utilização dos tempos de parada de produção e das melhorias Somatório de máquina parada > Somatório de tempo do plano de manutenção Somatório do tempo de Máquina Parada pela produção > Somatório de tempo do plano de manutenção Como realizar o Plano de Manutenção utilizando as horas de máquina parada por motivo de produção? 1. Planejamento da manutenção das máquinas pelos padrinhos; 2. Reunião de planejamento de Manutenção com o PCP e a produção; 3. Separar a manutenção em externa e interna e implementar a Manutenção Puxada Setup; falta de matéria prima; máquina sem programação, final de semana, troca de turno, almoço, etc. Tempo de máquina parada pela produção = Somatório de máquina parada > Somatório de tempo do plano de manutenção Somatório do tempo de Máquina Parada pela produção > Somatório de tempo do plano de manutenção Somatório de máquina parada > Somatório de tempo do plano de manutençãoSomatório de máquina parada > Somatório de tempo do plano de manutenção Somatório do tempo de Máquina Parada pela produção > Somatório de tempo do plano de manutenção Como realizar o Plano de Manutenção utilizando as horas de máquina parada por motivo de produção? Como realizar o Plano de Manutenção utilizando as horas de máquina parada por motivo de produção? 1. Planejamento da manutenção das máquinas pelos padrinhos; 2. Reunião de planejamento de Manutenção com o PCP e a produção; 3. Separar a manutenção em externa e interna e implementar a Manutenção Puxada 1. Planejamento da manutenção das máquinas pelos padrinhos; 2. Reunião de planejamento de Manutenção com o PCP e a produção; 3. Separar a manutenção em externa e interna e implementar a Manutenção Puxada Setup; falta de matéria prima; máquina sem programação, final de semana, troca de turno, almoço, etc. Tempo de máquina parada pela produção = Setup; falta de matéria prima; máquina sem programação, final de semana, troca de turno, almoço, etc. Tempo de máquina parada pela produção = Figure 1 - Relação do tempo de parada das máquinas e tempo de manutenção preventiva incrementais nas atividades de manutenção e conservação das máquinas e equipamentos de produção. c) Dinâmico Utilização do padrinho no processo de gestão da máquina e dos seus indicadores de desempenho para sincronização continua das demandas das atividades de manutenção, conhecimentos e recursos necessários capturados no ponto de necessidade de manutenção ao longo de todo o período de execução. O plano de manutenção preventivo, o seu planejamento e a sua execução não devem ser rígidos. É preciso haver prontidão e percepção do padrinho da máquina sobre as necessidades de produção, de manutenção e do conhecimento do ritmo de produção da referida máquina de maneira dinâmica e orquestrada e que esteja sempre em movimento e na direção da melhoria do resultado operacional da produção e da empresa. Um ponto importante para a implementação da MANUTENÇÃO PUXADA é a definição dos Indicadores Estratégicos de Desempenho da manutenção das máquinas e dos seus respectivos padrinhos. Pois, esses indicadores irão puxar todos os treinamentos operacionais, elaboração dos Planos de ação e implementação de melhorias e servirão com base para as reuniões de análise crítica dos resultados operacionais da empresa e do setor de manutenção. No entanto, para que haja uma padronização no critério de escolha dos indicadores de desempenho da manutenção, a MANUTENÇÃO PUXADA definiu um modo de como o padrinho deve ENXERGAR a manutenção de máquinas dentro do contexto da empresa, figura 2, e estabelecer seus indicadores estratégicos de desempenho. Conforme a figura 2, os três olhos para se enxergar as atividades de manutenção dentro do contexto da empresa são: i) olho que enxerga o cliente; ii) olho que enxerga o resultado operacional da empresa; e iii) olho que enxerga o Tempo de Reparo “MTTR” e o Tempo entre Falhas “MTBF” da máquina. O primeiro OLHO é o que enxerga o CLIENTE ou MERCADO. O setor de manutenção precisa ter Indicadores que mostrem o RISCO da falta ou atraso de produção HOJE e no FUTURO por motivos de manutenção. Pois, é o faturamento dos produtos vendidos e entregues para os clientes que irá viabilizar o negócio. O segundo OLHO é o que enxerga o RESULTADO OPERACIONAL da empresa. Apesar do MERCADO ou do CLIENTE ser importante para qualquer empresa, ela só sobreviverá se o custo de manutenção não Figure 2 - modo de enxergar as atividades da manutenção PUXADA – fonte: autores R = Vendas(Produção) - M.P. - D.O. Ativo Total (Imobilizado + Estoque) Matéria PrimaMatéria Prima InsumosInsumos Tempo de Reparo - MTTR e Tempo entre Falha - MTBF Prazo Confiabilidade Quantidade Qualidade Custo Flexibilidade Cliente Máquina e Fluxo ProdutoProdutoServiçoServiço M.P. – Matéria Prima; D.O. – Despesas Operacionais R = Vendas(Produção) - M.P. - D.O. Ativo Total (Imobilizado + Estoque) R = Vendas(Produção) - M.P. - D.O. Ativo Total (Imobilizado + Estoque) Matéria PrimaMatéria Prima InsumosInsumos Matéria PrimaMatéria PrimaMatéria PrimaMatéria Prima InsumosInsumos Tempo de Reparo - MTTR e Tempo entre Falha - MTBFTempo de Reparo - MTTR e Tempo entre Falha - MTBF Prazo Confiabilidade Quantidade Qualidade Custo Flexibilidade Cliente Prazo Confiabilidade Quantidade Qualidade Custo Flexibilidade Cliente Máquina e Fluxo ProdutoProduto ServiçoServiço ProdutoProdutoProdutoProduto ServiçoServiço M.P. – Matéria Prima; D.O. – Despesas Operacionais comprometer o seu RESULTADO OPERACIONAL. O terceiro OLHO é o que enxerga o Tempo de Reparo “MTTR” e o Tempo entre Falha “MTBF” ou seja, a disponibilidade das máquinas. Eles são importantes para o custo operacional, prazo de entrega e quantidade produzida “faturamento da empresa”. Para o trabalho, a implementação da MANUTENÇÃO PUXADA é feita a partir de um Método constituído de 6 etapas, conforme figura 3, sendo que as três primeiras e a última podem ser realizadas de forma direta e a quarta e a quinta etapas combinadas com o Plano de Manutenção. O agrupamento das etapas da figura 3 está na seqüência de implementação e serão melhores explicadas durante o estudo de caso a seguir. 5 ESTUDO DE CASO O estudo de caso foi realizado em uma empresa de grande porte do Rio Grande do Sul. O interesse de realizar o estudo nessa empresa foi o seu relevante prestígio dentro do ramo automobilístico combinado com o elevado grau de necessidade de melhoria do seu processo de manutenção diante da crescente competitividade em que a empresa e o grupo estão inseridos. O trabalho foi acompanhado pelo idealizador do método e pautou-se na troca de conhecimento entre o autor e os funcionários dos setores de produção, manutenção e qualidade. Para o coordenador de manutenção, a necessidade de iniciar a implementação da MANUTENÇÃO PUXADA na empresa foi a partir da constatação: i) do baixo nível de implementação dos Planos de Manutenção; ii) do alto índice de horas de manutenção aplicadas em manutenção corretiva; e iii) do total de horas de máquinas paradas ser superior ao total de horas necessárias para execução do plano de manutenção preventiva. Ele conclui afirmando que a primeira ação tomada foi o redesenho do sistema de manutenção da empresa, figura 4. Figure 3 - Etapas do Método de implementação da Manutenção Puxada Definir Máquina Crítica (Produção, Manutenção, Qualidade, Segurança) Definir Padrinhos para Máquina Crítica (Produção, Manutenção, Qualidade, Segurança) Elaborar plano de manutenção preventiva - Máquina Crítica (Produção, Manutenção, Qualidade, Segurança) Subdividir plano de manutenção em atividades Externas e Internas (Produção, Manutenção, Qualidade, Segurança) Implementar Manutenção Puxada (utilizar tempo de máquina parada para execução das atividades internas) Implementar rotina de reunião de análise crítica (diária, semanal e mensal - Padrinhos da máquina crítica) Definir Máquina Crítica (Produção, Manutenção, Qualidade, Segurança) Definir Padrinhos para Máquina Crítica (Produção, Manutenção, Qualidade, Segurança) Elaborar plano de manutenção preventiva - Máquina Crítica (Produção, Manutenção, Qualidade, Segurança) Subdividir plano de manutenção em atividades Externas e Internas (Produção, Manutenção, Qualidade, Segurança) Implementar Manutenção Puxada (utilizar tempo de máquina parada para execução das atividades internas) Implementar rotina de reunião de análise crítica (diária, semanal e mensal - Padrinhos da máquina crítica) Resumidamente, pode-se afirmar que o novo sistema de manutenção apresenta como diferenças os seguintes tópicos: i) indicadores de manutenção – agora orientados com o Sistema Toyota de Produção e a Teoria das Restrições; ii) Auditoria Escalonada; iii) Gestão Visual da manutenção no posto de trabalho; iv) reuniões diária, semanal e mensal de análise crítica; v) Manutenção Puxada; e vi) Manutenção Autônoma. Para o trabalho será comentada somente a caixa MANUTENÇÃO PUXADA por ser objeto do estudo. Conforme Figura 3, a MANUTENÇÃO PUXADA inicia com a definição das máquinas críticas. Nessa etapa, o coordenador do setor de manutenção juntamente com os coordenadores dos setores de produção, qualidade e da segurança definem os critérios de escolha das máquinas criticas, figura 5. Custo de manutenção Histórico do sistema considera material trocado Histórico - Experiência entrevistas com a chefia do setor e com os funcionários experientes Histórico - Sistema Turnos de trabalho 1, 2 ou 3 Utilizar as horas extras trabalhadas Equipamento Único para o processo Reunião com os Chefes dos setores IROG Defição da Empresa Utilizar a previsão de demanda para a definição da Meta - serão consideradas máquinas (A) Se to re s Prioridade dos Setoes: Qualidade, Produção e Segurança. Reunião com os Chefes dos setores Definir a prioridade enrtre as máquinasdentro do grupo de máquinas críticas Desempenho do Produto Caracerísticas do produto acordado com o cliente Reunião com os clientes Refugo Histórico do Sistema Acidente ocorrido Histórico do Sistema freqüência e severidade Probabilidade pela Exposição ao risco Reunião com os Chefes dos setores Intervensões frequentes (regulagens, setup, etc) Severidade e probabilidade de acidente Característica de funcionamento da máquina elementos em movimentos, velocidade de movimentação, etc. Produção Q ua lid ad e Se gu ra nç a M an ut en çã o Parada de Manutenção CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DAS MÁQUINAS CRÍTICAS Critério Fonte ou Modo de coleta Obervação Figure 5 - Relação dos critérios de seleção das máquinas críticas - Fonte: autores Depois de definidos os critérios, citados anteriormente, a primeira etapa da implementação da MANUTENÇÃO PUXADA é a definição das máquinas críticas, figura 6. Figure 4 - Sistema de Manutenção redesenhado – Fonte: autores Manutenção por Melhorias Manutenção Preventiva Indicadores de Manutenção Treinamento Técnico / operacional Sistema de Manutenção Fras-Le (SMF) Manutenção Corretiva Modelo anterior Manutenção por Melhorias Manutenção Preventiva Manutenção Preventiva Indicadores de Manutenção Indicadores de Manutenção Treinamento Técnico / operacional Treinamento Técnico / operacional Sistema de Manutenção Fras-Le (SMF) Manutenção Corretiva Modelo anterior Auditoria Escalonada Gestão Visual da Manut. Do Posto de Trabalho Manutenção Autônoma Manutenção Puxada Reunião de coordenação (análise dos indicadores) Reunião diária de análise crítica Manutenção Preventiva (Mecânica, Qualidade e Segurança) Indicadores de Manutenção Treinamento Técnico / operacional Sistema de Manutenção Fras-Le (SMF) Manutenção Corretiva Reunião semanal e mensal de análise critica. Auditoria Escalonada Gestão Visual da Manut. Do Posto de Trabalho Manutenção Autônoma Manutenção Autônoma Manutenção Puxada Manutenção Puxada Reunião de coordenação (análise dos indicadores) Reunião de coordenação (análise dos indicadores) Reunião diária de análise crítica Reunião diária de análise crítica Manutenção Preventiva (Mecânica, Qualidade e Segurança) Indicadores de Manutenção Indicadores de Manutenção Treinamento Técnico / operacional Treinamento Técnico / operacional Sistema de Manutenção Fras-Le (SMF) Sistema de Manutenção Fras-Le (SMF) Manutenção Corretiva Manutenção Corretiva Reunião semanal e mensal de análise critica. Sistema Padrinhos Descrição Qualidade Produção Manutenção SIBLO Cesar e Odair FURADEIRA HIDRAULICA ERLMANN (NACIONAL) X X X SIBLO Cesar e Odair FURADEIRAMULTIPLA ERLMANN X X X SIBLO Carlos e Moacir FURADEIRA MULTIPLA ERLMANN BT-2 (IMPORTADA) X X X SIBLO Carlos e Moacir LIXADEIRA VERTICAL RAIO INTERNO X SIBLO José e Alexandre RETIFICA MOTION RHE-600 X X X SIBLO José e Alexandre RETIFICA DE ACABAMENTO X X SIBLO Vagner S. e Ernani LINKAGEM DA LINHA 01 (EST. ALIM. EMP.) X X SIBLO Cesar e Odair LINKAGEM DA LINHA 02 (EST. ALIM. EMP.) X X ESTAMP José e Alexandre PRENSA EXCENTRICA GUTMANN X X ESTAMP José e Alexandre PRENSA EXCENTRICA HARLO X X SIPAS Ailton e Gilson PRE PRENSA EKA 100 TON X SIPAS André e Willians PRE PRENSA X X X SIPAS Samuel e Luiz PRE PRENSA X X X SIPAS José e Alexandre PASTILHADEIRA SIMPLES X SIPAS Giovano e Celso PRE-FORMADEIRA CORSTEEL X X SIPAS Leandro e Fernando PRE-FORMADEIRA CORSTEEL X X SIPAS Vagner S. e Ernani PRENSA HIDRAULICA 600T X X X SIPAS Ailton e Gilson PRENSA BABINE(1) X X X SIPAS Paulo e Celso PRENSA CIOLA X X X SAPATA Flávio e Gilberto PRENSA EXCENTRICA (LINHA BOSCH) X SAPATA José e Alexandre ESTUFA PARA CURA DO VERNIZ (LINHA BOSCH) X X SAPATA Eduardo e Jorge ESTUFA PARA CURA DA COLA NA LONA (BOSCH) X X SAPATA Eduardo e Jorge ESTUFA PARA CURA DA COLA NA LONA (BOSCH) X RELAÇÃO DAS MÁQUINAS CRÍTICAS Figure 6 - Relação das máquinas críticas - Fonte: autores A segunda etapa é a definição dos padrinhos das máquinas críticas. Segundo o coordenador de manutenção, a empresa preferiu escolher dois padrinhos de manutenção, figura 6, para cada máquina crítica. O padrinho mecânico puxa as atividades relativas à área mecânica e o padrinho eletricista puxa as atividades relacionadas com as características elétricas e eletrônicas. Definir e subdividir as atividades dos Planos de manutenção das máquinas críticas em atividades de menor tempo, é a terceira etapa do método de implementação da MANUTENÇÃO PUXADA. Nessa etapa, os padrinhos definem o plano de manutenção preventiva considerando os itens ou componentes responsáveis pelas condições básicas de funcionamento da máquina ou equipamento. Essa definição deve estar relacionada com o foco de criticidade da máquina, ou seja, qualidade, manutenção, produção ou segurança. É importante ressaltar que a definição do novo plano de manutenção preventiva deve ser feita pelos funcionários dos respectivos setores críticos. Isso possibilitará, por exemplo, a possibilidade de inserção de itens de manutenção relacionados com a qualidade do produto final. Após definição do plano, o mesmo deve ser subdividido em atividades menores, isto é, cada atividade deve ser dividida na menor atividade independente possível. A separação das atividades de manutenção em atividades externas e internas é a quarta etapa do método. Os padrinhos mecânico e elétrico devem separar as atividades dos seus planos de manutenção em externas e internas. Consideram-se atividades externas aquelas atividades que podem ser realizadas com a máquina funcionando. As atividades internas são atividades que só podem ser realizadas com a máquina parada. Essa separação é de extrema importância, pois reduz a necessidade de máquina parada para implementação total do plano de manutenção. A quinta etapa é a implementação da MANUTENÇÃO PUXADA propriamente dita. Após a finalização da separação, os padrinhos planejam suas atividades internas de manutenção dentro dos tempos de paradas realizadas pela produção, ou seja, nos intervalos de setup, troca de turno, falta de operador, pequenas paradas e outras. Essa atividade de planejamento deve acontecer a partir de reuniões constantes entre os padrinhos das máquinas e a chefia de produção. Pode-se afirmar que normalmente a dinâmica da empresa e do setor de produção é intensa. Isso faz com que algumas paradas não previstas apareçam e outras paradas previstas deixem de acontecer. Necessitando com isso, constantes replanejamentos. Observou-se também, durante o estudo de caso, a necessidade de uma maior aproximação dos padrinhos das máquinas críticas com o funcionário responsável pelo planejamento da produção (PCP). Pois, algumas paradas de máquinas oriundas de troca de mix de produção ou falta de matéria prima podem ser identificadas antecipadamente. A última etapa do método é a implementação das rotinas das reuniões diária, semanal e mensal de análise crítica dos indicadores de desempenho. Seus principais objetivos estão descritos na figura 7. Essas reuniões além de divulgarem os resultados do setor de manutenção e das atividades da MANUTENÇÃO PUXADA, têm também o objetivo de levantar os principais problemas pendentes e propor suas respectivas soluções em equipe. Nessas reuniões são analisados os seguintes indicadores: i) Despesa de Manutenção, figura 8; ii) Disponibilidade das máquinas, figura 9; iii) Horas de Manutenção Planejada X Horas de Manutenção Corretiva, figura 10; iv) Horas de Manutenção Corretiva, figura 11; v) Aderência à execução do Plano de Preventiva, figura 12; vi) Máquina parada por motivo de manutenção no IROG, figura 13. 6 ANÁLISE DOS RESULTADOS O artigo buscava apresentar uma proposta de um sistema de manutenção aplicado ao ambiente de fabricação com utilização do Sistema Toyota de Produção e a Teoria das Restrições. Para isso foi desenhado um sistema de manutenção, figura 4, a partir da MANUTENÇÃO PUXADA. Como resultado, o trabalho coloca algumas observações, tais como: I) A análise da figura 8 revela que a despesa de manutenção não só ficou abaixo da meta definida pela empresa como reduziu ao longo do período. Rotina das Reuniões de análise do Método Manutenção Puxada Reunião diária Mecânico, Eletricista e Operador 1. Análise do IROG X Parada por manutenção; 2. Inspeção diária da máquina – M.A.; 3. Verificação do preenchimento da planilha do IROG e dos problemas levantados; 4. Plano de Ação. Reunião semanal Mecânico, Eletricista e Analista 1. Análise dos Indicadores de manutenção das suas máquinas; 2. Planejamento da execução do Plano de manutenção; 3. Levantamento das dificuldades encontradas; 4. Plano de ação. Reunião mensal Mecânico, Eletricista , Analista e Coordenador 1. Análise dos Indicadores de manutenção das suas máquinas; 2. Verificar estado geral das máquinas; 3. Planejamento da execução do Plano de manutenção; 4. Levantamento das dificuldades encontradas e Plano de Ação. MANUTENÇÃO PUXADA MANUTENÇÃO PREVENTIVA Rotina das Reuniões de análise do Método Manutenção Puxada Reunião diária Mecânico, Eletricista e Operador 1. Análise do IROG X Parada por manutenção; 2. Inspeção diária da máquina – M.A.; 3. Verificação do preenchimento da planilha do IROG e dos problemas levantados; 4. Plano de Ação. Reunião diária Mecânico, Eletricista e Operador 1. Análise do IROG X Parada por manutenção; 2. Inspeção diária da máquina – M.A.; 3. Verificação do preenchimento da planilha do IROG e dos problemas levantados; 4. Plano de Ação. Reunião semanal Mecânico, Eletricista e Analista 1. Análise dos Indicadores de manutenção das suas máquinas; 2. Planejamento da execução do Plano de manutenção; 3. Levantamento das dificuldades encontradas; 4. Plano de ação. Reunião semanal Mecânico, Eletricista e Analista 1. Análise dos Indicadores de manutenção das suas máquinas; 2. Planejamento da execução do Plano de manutenção; 3. Levantamento das dificuldades encontradas; 4. Plano de ação. Reunião mensal Mecânico, Eletricista , Analista e Coordenador 1. Análise dos Indicadores de manutenção das suas máquinas; 2. Verificar estado geral das máquinas; 3. Planejamento da execução do Plano de manutenção; 4. Levantamento das dificuldades encontradas e Plano de Ação. Reunião mensal Mecânico, Eletricista , Analista e Coordenador 1. Análise dos Indicadores de manutenção das suas máquinas; 2. Verificar estado geral das máquinas; 3. Planejamento da execução do Plano de manutenção; 4. Levantamento das dificuldades encontradas e Plano de Ação. MANUTENÇÃO PUXADA MANUTENÇÃO PREVENTIVAMANUTENÇÃO PUXADA MANUTENÇÃO PREVENTIVA Figure 7 - Atividades e rotina das reuniões dos padrinhos - Fonte: Autores II) O indicador Disponibilidade das máquinas da área piloto, figura 9, manteve seu valor médio acima dos valores estabelecidos pela empresa. Atualmente, o sistema sugere que esse cálculo seja considerado somente com as máquinas gargalos de produção, ou seja, aquelas que estão com suas capacidades inferiores às suas demandas de mercado. Essas máquinas devem ser indicadas pelo setor de Planejamento e Controle da Produção. III) A figura 10 aponta para a migração das atividades de manutenção Corretiva para as atividades de manutenção Planejada. A empresa definiu como meta a relação de: 80% de manutenção Planejada X 20% de manutenção Corretiva. Figure 8 - Despesa de manutenção - Fonte: dados da empresa Figure 9 - Disponibilidade da Área piloto - Fonte:dados da empresa IV) A análise da figura 11 mostra que as atividades de manutenção corretiva estão consumindo menos horas dos mecânicos ao longo do período. Pode-se afirmar que esse fato se deve a uma maior aderência dos planos de manutenção, figura 12, pelo setor de manutenção, ou seja, a equipe de técnicos de manutenção está implementando de forma preventiva os planos de manutenção das suas respectivas máquinas. Mão-de-obra manutenção (%) 33%35% 41%38% 42%41%43% 52%55%55% 65% 73% 67% 65% 59%62%58%59%57% 48%45%45% 35% 27% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% Ja ne iro Fe ve rei ro Ma rço Ab ril Ma io Ju nh o Ju lho Ag os to Se tem bro Ou tub ro No ve mb ro De ze mb ro Meses % Corretiva Planejada Figure 10 - Horas de Manutenção corretiva X Planejada - Fonte: dados da empresa horas manutenção 3724,95 2207,3 4435,5 3967,14 5100,42 4594,43 4944,88 5997,976070,96 6845,78 6742,68 6779,23 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 Ja ne iro Fe ve rei ro Ma rço Ab ril Ma io Ju nh o Ju lho Ag os to Se tem bro Ou tub ro No ve mb ro De ze mb ro Meses ho ra s de m an ut en çã o Corretiva (H.) Figure 11 - Horas de manutenção corretiva - Fonte: dados da empresa V) A figura 13 apresenta o número de máquinas em que a parada da máquina por motivo de manutenção está entre o primeiro ou o segundo maior motivo de parada das máquinas gargalos controladas pelo IROG – Índice de Rendimento Operacional Global. Pode-se observar que em janeiro, fevereiro e março os números foram 3, 2 e 1 respectivamente de máquinas que apresentavam a manutenção como o primeiro ou segundo maior motivo de parada de produção. 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS O artigo buscou apresentar as principais características de um sistema de manutenção para um ambiente de produção enxuta e da teoria das restrições. Os autores procuraram expor as Nº Máq. Paradas por manutenção no IROG (em prim eiro e segundo) / Nº de máquinas monitoradas (m eta: m anutenção em prim eiro e segundo no IROG = zero) 53 46 38 1 3 2 2,2 7,9 3,8 0 10 20 30 40 50 60 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Meses Q ua nt . m áq ui na s Pe rc en tu al TOTAL DE MAQ. COM IROG TOTAL DE MAQ. MANUT. PRINCIPAL CAUSA PERCENTUAL Figure 13 - Máquinas com paradas de manutenção X Máquinas com IROG - Fonte: empresa 4,00 2,00 1,00 1,00 3,00 1,00 1,00 1,86 0,00 0,50 1,00 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 Ja n Fe v Ma r Ab r Ma i Mé dia MESES Figure 12 - Aderência ao plano de manutenção - Fonte: dados da empresa principais definições e passos de implementação da MANUTENÇÃO PUXADA em termos do que realmente é importante quando se trata da Gestão da Manutenção das máquinas e equipamentos de produção. Buscar a melhoria do resultado operacional da empresa a partir de uma maior eficiência de todo o sistema de produção assim como conservar o parque de fabricação a um custo compatível, foi o que estimulou os autores a desenhar e implementar esse sistema de manutenção. É possível observar pelo estudo que uma vez que o setor de produção tenha disponível uma quantidade de horas de máquina parada superior a necessária para implementação da sua manutenção preventiva, pode-se pensar na utilização da MANUTENÇÃO PUXADA. Partindo da premissa de que o mercado brasileiro pode estar avançando para uma combinação de lotes de produção cada vez menores de uma quantidade maior de variedade, os resultados obtidos pelo trabalho apontam para uma reflexão da utilização da MANUTENÇÃO PUXADA como alternativa de implementação dos planos de manutenção sem utilização de horas produtivas por manutenção. O estudo oferece aos engenheiros de manutenção uma nova possibilidade de se pensar o planejamento das atividades de manutenção. Dessa forma, os autores suportam a hipótese de que pela aplicação da MANUTENÇÃO PUXADA de maneira eficiente os setores de produção e as empresas podem alcançar seus objetivos estratégicos e, estar assim, melhor preparados para lidar com os constantes desafios de um mercado competitivo. Por fim, o estudo enfatiza que a adoção de um modelo de sistema de manutenção que utilize a MANUTENÇÃO PUXADA aponta para uma gestão mais eficaz das máquinas e equipamentos do setor produtivo. Para que isto possa ser feito, é necessário que além de identificar todas as restrições do sistema produtivo e disponibilizar os recursos materiais necessários para a transformação, os gestores “padrinhos” sejam tratados como atores importantes desse processo. Pois assim, a empresa pode buscar um melhor resultado econômico-financeiro. 8 REFERÊNCIAS ANTUNES, J. (1998) – Em Direção a uma Teoria Geral do Processo na Administração da Produção: Uma Discussão Sobre a Possibilidade de Unificação da Teoria das Restrições e da Teoria que Sustenta a Construção de Sistemas de Produção com Estoque Zero, Dissertação de Doutorado no PPGA/UFRGS, Porto Alegre. COX III, James F.; SPENCER, Michael S. Manual de Teoria das Restrições. Porto Alegre: Bookman, 2002. DIAS, S. L. V. Análise Histórica da Trajetória de Alinhamento dos Sistemas de: Produção, Custo e Indicadores de Desempenho. Tese (Doutorado em Programa de Engenharia de Produção). Rio de Janeiro: UFRJ, 2005 GHINATO, P. Sistema Toyota de Produção – Mais do que simplesmente Just-In-Time. Caxias do Sul: Editora da Universidade de Caxias do Sul, 1996. GOLDRATT, E. M. & COX, J. F. A Meta. São Paulo: Editora Educator, 1994. McMULLEN, Thomas B. Theory of constrains (TOC) management system. Boca Raton: APICS/St. Lucie Press, 1998. RODRIGUES, Luis Henrique. Apresentação e análise crítica da Tecnologia da Produção Otimizada (Optimized Production Technology - OPT) e da Teoria das Restrições (Theory of Constrains - TOC). In: Encontro Anual da ANPAD, 14., Anais... Florianópolis: 1990.
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