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Princípio Deontologia e o Código de Ética OAB

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8
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ
OS PRINCÍPIOS INERENTES À DEONTOLOGIA JURÍDICA E O CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DA OAB
Trabalho apresentado à disciplina de Deontologia Jurídica, como requisito parcial para obtenção de nota do 10º período, turma B.
CURITIBA
19/11/2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	3
2 PRINCÍPIOS INERENTES DA DEONTOLOGÍA JURÍDICA E SUA APLICAÇÃO NO CÓDIGO DE ÉTICA DA OAB	4
2.1 PRINCÍPIO DA CONDUTA ILIBADA	4
2.2 PRINCÍPIO DA DIGNIDADE E DO DECORO PROFISSIONAL	5
2.3 PRINCÍPIO DA INCOMPATIBILIDADE	5
2.4 PRINCÍPIO DA CORREÇÃO PROFISSIONAL	6
2.5 PRINCÍPIO DO COLEGUISMO	6
2.6 PRINCÍPIO DA DILIGÊNCIA	7
2.7 PRINCÍPIO DO DESINTERESSE	8
2.8 PRINCÍPIO DA CONFIANÇA	8
2.9 PRINCÍPIO DA FIDELIDADE	9
2.10 PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA	9
2.11 PRÍNCÍPIO DA RESERVA	10
2.12 PRINCÍPIO DA LEALDADE E DA VERDADE	11
2.13 PRINCÍPIO DA DISCRICIONARIEDADE	12
REFERÊNCIAS	13
1 INTRODUÇÃO
Para que as normas de ética e conduta, bem como as orientações aos advogados pudessem ser elaboradas, se tornou necessário a criação de princípios norteadores da atividade jurídica, com base na ética e moral.
Estes princípios, pilares da Deontologia Forense, foram então preceitos fundamentais para o novo Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil, estando presentes explicita e implicitamente em suas normas, o que será abordado como objeto do presente trabalho.
2 PRINCÍPIOS INERENTES DA DEONTOLOGÍA JURÍDICA E SUA APLICAÇÃO NO CÓDIGO DE ÉTICA DA OAB
2.1 PRINCÍPIO DA CONDUTA ILIBADA
Segundo Nalini (2017), conduta ilibada significa “o comportamento sem mácula, aquele sem o qual nada se possa moralmente levantar”, ou seja, uma conduta correta na vida pública e particular.
Tal princípio pode ser encontrado no Código de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil nos seguintes artigos:
Art. 1º O exercício da advocacia exige conduta compatível com os preceitos deste Código, do Estatuto, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com os princípios da moral individual, social e profissional.
Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. 
Parágrafo único. São deveres do advogado:
I - preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo caráter de essencialidade e indispensabilidade da advocacia;
II - atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé;
III - velar por sua reputação pessoal e profissional;
[...] 
X - adotar conduta consentânea com o papel de elemento indispensável à administração da Justiça;
Como é possível depreender da leitura, logo no primeiro artigo do mencionado código, resta claro a necessidade do profissional manter uma conduta compatível com o próprio código, com o Estatuto e Regulamento Geral. 
Ainda, o artigo 2º reforça o disposto no artigo 1º, esclarecendo que o advogado deverá atuar velando por sua reputação, tanto pessoal como profissional, com honestidade, decoro, lealdade, dignidade e boa-fé.
2.2 PRINCÍPIO DA DIGNIDADE E DO DECORO PROFISSIONAL
Esse princípio objetiva disciplinar que o advogado não deve exercer a profissão ferindo a dignidade da classe de advogados e maculando o decoro profissional.
Trata-se de um valor que deve ser protegido, sob pena de atingir os demais membros da classe.
Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. 
Parágrafo único. São deveres do advogado:
II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé; 
Art. 39. A publicidade profissional do advogado tem caráter meramente informativo e deve primar pela discrição e sobriedade, não podendo configurar captação de clientela ou mercantilização da profissão.
Aqui novamente se aplica o artigo 2, II, do Código de Ética, uma vez que se faz necessário atuar com uma conduta ilibada, objetivando manter a dignidade e o decoro profissional dos operadores do direito
Considerando que a profissão possui seriedade, além das condutas praticadas, também deve ser mantida na forma de publicidade do escritório, assegurando o decoro à profissão, nos termos do artigo 39.
2.3 PRINCÍPIO DA INCOMPATIBILIDADE
Por este princípio, o advogado não pode exercer outra função concomitantemente, devendo dedicar-se exclusivamente à profissão.
A única exceção a esta regra é exercer advocacia e atuar como professor em faculdade.
 
Art. 5º O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de mercantilização. 
Este princípio encontra-se previsto explicitamente no artigo 5º do Código de Ética e Disciplina da OAB.
2.4 PRINCÍPIO DA CORREÇÃO PROFISSIONAL
Trata da correta postura profissional, atuando com transparência com todos os agentes da prestação jurisdicional. O comportamento correto é sério, discreto, identificado, acessível, de forma moral.
Podemos identificar isso no artigo a seguir
Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. 
Parágrafo único. São deveres do advogado:
[...]
III – velar por sua reputação pessoal e profissional; 
IV – empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e profissional.
O artigo 2º, por tratar dos deveres do advogado, encontram-se diversos princípios implícitos. Em seus incisos III e IV, verifica-se a preocupação com a reputação pessoal e aperfeiçoamento profissional. Ambos ligados à uma correta postura profissional.
 
2.5 PRINCÍPIO DO COLEGUISMO 
O princípio do coleguismo é “um sentimento derivado da consciência de pertença ao mesmo grupo, a inspirar certa honestidade comportamental, encarado como verdadeiro dever”. Assim, os profissionais jurídicos devem trata-se com respeito, considerando-se colegas.
É possível identificarmos tal princípio nos artigos 7º e 27 do Código de ética, in verbis:
Art. 7º É vedado o oferecimento de serviços profissionais que impliquem, direta ou indiretamente, inculcação ou captação de clientela. 
Art. 27. O advogado observará, nas suas relações com os colegas de profissão, agentes políticos, autoridades, servidores públicos e terceiros em geral, o dever de urbanidade, tratando a todos com respeito e consideração, ao mesmo tempo em que preservará seus direitos e prerrogativas, devendo exigir igual tratamento de todos com quem se relacione.
 
O artigo 7º traz uma vedação de conduta contrária ao princípio, isso porque, a captação de clientes é uma concorrência de maneira desleal, implicando na falta de coleguismo. 
Já o artigo 27, traz explicitamente o princípio abordado, reforçando que o advogado, e suas relações com os colegas de profissão, agirá com respeito e consideração, devendo exigir o mesmo dos demais.
 
2.6 PRINCÍPIO DA DILIGÊNCIA 
Diligência é o dever do advogado de atuar com zelo, atenção e compromisso com suas demandas, não priorizando causas de maior expressão econômica, ou clientes mais afortunados. Ainda, é diligente aquele operador do direito que se dedica a constante aprimoramento de seus conhecimentos.
Da mesma forma, também o encontramos implicitamente no artigo 2º.
Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. 
Parágrafo único. São deveres do advogado:
[...]
V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis; 
VI – estimular a conciliação entre os litigantes, prevenindo, sempre que possível, a instauraçãode litígios; 
VII – aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial; 
Art. 3º O advogado deve ter consciência de que o Direito é um meio de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um instrumento para garantir a igualdade de todos.
Pode-se verificar a influência do princípio nos incisos V, VI e VII do artigo 2º, no qual ao contribuir com o aprimoramento do direito, tentar uma composição ágil, evitando um processo judicial, e aconselhando seu cliente a evitar um processo judicial, o operador do direito age com diligência.
No artigo 3º ocorre da mesma forma, haja vista a necessidade do advogado de se manter em contínuo processo de conhecimento. 
2.7 PRINCÍPIO DO DESINTERESSE 
Este princípio menciona a necessidade de renúncia à interesses pessoais, dedicando-se aos interesses da justiça, ao integrar carreiras jurídicas.
Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. 
Parágrafo único. São deveres do advogado:
[...]
VII – aconselhar o cliente a não ingressar em aventura judicial; 
Verifica-se neste caso a priorização da melhor resolução de determinado caso, a interesse do cliente e da justiça ao evitar o ajuizamento de uma demanda desnecessária. 
Assim, resta exemplificado a renúncia à contraprestação pecuniária que o advogado receberia para manter a ação.
2.8 PRINCÍPIO DA CONFIANÇA
Por este princípio, o advogado deve presar por sua confiabilidade, haja vista que irá trabalhar com informações intimas de seus clientes, sendo digno de crédito.
Essa necessidade encontra-se prevista nos artigos 6º, 10, 11 e 16, §2° do Código de Ética.
Art. 6º É defeso ao advogado expor os fatos em Juízo falseando deliberadamente a verdade ou estribando-se na má-fé. 
Art. 10. As relações entre advogado e cliente baseiam-se na confiança recíproca. Sentindo o advogado que essa confiança lhe falta, é recomendável que externe ao cliente sua impressão e, não se dissipando as dúvidas existentes, promova, em seguida, o substabelecimento do mandato ou a ele renuncie.
Art. 11. O advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da parte, cumprindo-lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada.
O artigo 6º confirma a vedação de agir contra a confiança do cliente ao alterar a veracidade dos fatos em Juízo ou utilizar-se de má-fé. 
Enquanto isso, o artigo 10 ilustra o conceito do princípio da confiança, aconselhando o advogado a renunciar o mandato caso haja a falta dessa confiança entre profissional e cliente.
 Por último, o artigo 11 salienta que o advogado deverá adotar a estratégia mais adequada à causa, contudo, antes deverá esclarece-la a seu cliente, a fim de que este contribua e não omita informações.
2.9 PRINCÍPIO DA FIDELIDADE 
Este princípio é uma continuidade ao princípio da confiança, segundo o qual o profissional deve ser fiel à seu cliente e a causa defendida, bem como ao Direito e aos valores constitucionais.
Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. 
Parágrafo único. São deveres do advogado:
[...]
VIII - abster-se de: 
d) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o assentimento deste;
Art. 3º O advogado deve ter consciência de que o Direito é um meio de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções justas e que a lei é um instrumento para garantir a igualdade de todos.
Ainda no artigo 2º, desta vez no inciso VIII que trata das abstenções que os profissionais devem praticar, deve evitar entender-se diretamente com a parte adversa, sem que o seu patrono tenha conhecimento.
Quanto ao artigo 3º, também mantem relação porque uma vez que o advogado é conhecedor da lei, deve utilizá-la para o interesse da justiça.
2.10 PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA 
Por este princípio, extrai-se a ausência de vínculos capazes de interferir na ação do operador do direito, capazes de restringir sua atuação e alterá-la diversamente ao interesse da justiça. 
Podemos identifica-lo nos seguintes artigos:
Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. 
Parágrafo único. São deveres do advogado:
[...]
II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé; 
Art. 4º O advogado, ainda que vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relação empregatícia ou por contrato de prestação permanente de serviços, ou como integrante de departamento jurídico, ou de órgão de assessoria jurídica, público ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independência.
O inciso II do artigo 2º traz explicitamente a independência como um dos deveres na atuação do advogado.
Já no artigo 4º, é trazida a necessidade do advogado de zelar pela sua independência profissional, apesar de estar em relação de subordinação com o empregador ou vinculado ao cliente.
 
2.11 PRÍNCÍPIO DA RESERVA
Conforme preceitua Nalini, “o princípio da reserva se estende a todas as demais circunstâncias nas quais parte ou terceiro venham a ser direta ou indiretamente implicados”. 
Este princípio é uma forma de consequência do princípio da confiança, uma vez que o advogado ao inspira confiança, deverá manter em sigilo o que tomar conhecimento no exercício de sua profissão.
Encontramos este princípio presente nos seguintes artigos:
Art. 21. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o sigilo profissional.
Art. 35. O advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no exercício da profissão. 
Parágrafo único. O sigilo profissional abrange os fatos de que o advogado tenha tido conhecimento em virtude de funções desempenhadas na Ordem dos Advogados do Brasil.
Art. 36. O sigilo profissional é de ordem pública, independendo de solicitação de reserva que lhe seja feita pelo cliente.
§ 1º Presumem-se confidenciais as comunicações de qualquer natureza entre advogado e cliente. 
§ 2º O advogado, quando no exercício das funções de mediador, conciliador e árbitro, se submete às regras de sigilo profissional.
Art. 38. O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional.
No artigo 21 encontra-se contida a instrução de sigilo e reserva das informações que detém na hipótese do advogado não usar informações sobre ex-cliente ou ex-empregador, obtidas durante a carreira, quando postular em face destes.
O artigo 35 elucida a obrigação contida no princípio da reserva, no qual o advogado deverá guardar sigilo dos fatos dos quais toma conhecimento no exercício de sua profissão. No artigo 36 vemos uma complementação do que foi abordado anteriormente, no qual é esclarecido que o sigilo independe de solicitação do cliente, bem como aplica-se à mediadores, conciliadores e árbitros.
Ademais, o artigo 38 reforça o princípio ao mencionar que o advogado, para preservar as informações sigilosas, não é obrigado a depor sobre fatos dos quais deva guardar sigilo profissional.
2.12 PRINCÍPIO DA LEALDADE E DA VERDADE 
Este princípio influencia a conduta dos advogados, reafirmando a necessidade da lealdade aos fatos e a aplicação da verdade, agindo de boa-fé, tanto judicialmente como extrajudicialmente, ou seja, um agir com ética.
Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça,é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. 
Parágrafo único. São deveres do advogado:
[...]
II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé; 
Também pode ser encontrado no art. 2º, haja vista tratar dos deveres do advogado, podendo ser verificado explicitamente no inciso II. 
2.13 PRINCÍPIO DA DISCRICIONARIEDADE 
 
Por fim, pelo princípio da discricionariedade, mesmo que o advogado esteja subordinado à lei, possui uma vasta área para selecionar o momento, estratégias e formas de sua atuação, como persuadir o cliente para iniciar uma lide ou imediatamente propô-la, escolher entre uma estratégia de ataque ou de defesa nos autos, etc.
 
Art. 11. O advogado, no exercício do mandato, atua como patrono da parte, cumprindo-lhe, por isso, imprimir à causa orientação que lhe pareça mais adequada, sem se subordinar a intenções contrárias do cliente, mas, antes, procurando esclarecê-lo quanto à estratégia traçada.
O artigo 11 menciona explicitamente o princípio ao trazer em seu texto a possibilidade do advogado imprimir a causa a orientação que lhe pareça mais adequada. 
REFERÊNCIAS
BITTAR. Eduardo C. B. Curso de Ética Jurídica – Ética Geral e Profissional. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2018.
BRAGA, Marino. Deontologia Jurídica na Prática Judiciária. Curitiba: Juruá, 2010.
COSTA, Elcias Ferreira da. Deontologia Jurídica – Ética das Profissões Jurídicas. 4. ed. Rio de Janeiro: Gen/Forense, 2013.
NALINI, José Renato. Ética Geral e Profissional. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2001.
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Código de Ética e Disciplina -Resolução n°. 02/2015. Disponível em http://www.oab.org.br/arquivos/resolucao-n-022015-ced-2030601765.pdf. Acessado em 16 nov. 2018.

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