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LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL - TSE (COMPLETO)

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CURSO: TÉCNICO EM 
SECRETARIA ESCOLAR
Eixo Tecnológico: 
Desenvolvimento Educacional 
e Social
LegisLação educacionaL
 Escola CETEB de Jovens e Adultos
Brasília-DF.
DOCUMENTO DE PROPRIEDADE DO CETEB
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Nos termos da legislação sobre direitos autorais, é proibida a reprodução total ou 
parcial deste documento, por qualquer forma ou meio – eletrônico ou mecânico, 
inclusive por processos xerográficos de fotocópia e de gravação – sem a permissão 
expressa e por escrito do CETEB.
Elaboração e Compilação de Textos:
Ana Maria Dantas Antunes Vilaboim
Coordenação e Avaliação:
Maria Teresa Caballero Brügger
Colaboração e Revisão Linguística:
Ana Paula Porfírio de Souza
Magda Maria de Freitas Querino
Maria Teresa Caballero Brügger
Editoração Eletrônica:
Alinne Paula da Silva
Divaneia Paula do Nascimento
Jorim Caetano Ferreira
Rui Carlos de Oliveira
Desenho Educacional:
Jorim Caetano Ferreira
Ilustração/Tratamento de Imagens:
Jorim Caetano Ferreira
Design editorial:
Jorim Caetano Ferreira
Rui Carlos de Oliveira
Realização:
EQUIPE TÉCNICA DO CETEB
SUMÁRIO 
Apresentação ............................................................................................................................................................ 4
Unidade 1
Direito Educacional Brasileiro
Direito Educacional.......................................................................................................... 5
Direito e Cidadania .......................................................................................................... 9
Diversidade Cultural Brasileira .......................................................................................... 11
Inclusão Social ............................................................................................................... 12
Unidade 2
Organização e Funcionamento da Educação Nacional
Organização e Funcionamento .......................................................................................... 15
Documentos Organizacionais ............................................................................................ 18
Unidade 3
Registros de Fatos Escolares
Registros Escolares ......................................................................................................... 21
Fundamentação Legal ...................................................................................................... 23
Referências ................................................................................................................................................................ 24
APRESENTAÇÃO 
A oferta de uma Educação Profissional Técnica de Nível Médio de qualidade contribui, efetivamente, 
para a melhoria social do nosso País. Acreditamos que, se a aprendizagem é uma jornada, este 
Caderno servirá de mapa, de condutor, um meio para auxiliá-lo no seu percurso particular.
Você encontrará aqui um material inovador que orientará seu trabalho no desenvolvimento das 
atividades propostas. Participe realmente deste Curso, que prioriza as habilidades e as competências 
necessárias para que você se torne um profissional de sucesso.
Organize-se em seus estudos:
• reserve um tempo livre do seu dia para dedicar-se ao curso;
• leia todo o material de ensino;
• realize todas as atividades propostas.
Direção da Escola CETEB
Técnico em Secretaria Escolar
Direito Educacional Brasileiro
Unidade 1
Objetivos:
• Conceituar Direito Educacional.
• Apresentar as leis básicas de ensino.
• Identificar os princípios básicos do Direito e 
da Cidadania.
• Estabelecer relação entre o processo 
educacional e as políticas públicas de inclusão 
social e de valorização da diversidade cultural.
DIREITO EDUCACIONAL
Há algum tempo, profissionais do Direito e 
educadores brasileiros constataram uma estreita 
relação entre o Direito e a Educação, o que se 
tornou objeto de seminários, de congressos, 
de simpósios, de publicações de textos e de 
livros. Ao manifestar-se sobre o tema, a jurista e 
educadora Esther de Figueiredo Ferraz afirmou: 
“ Todos nós que atuamos na área da Educação 
e do Direito sentimos a necessidade de juntar 
esses dois elementos, porque percebemos 
perfeitamente que a Educação é uma área, que 
deva ser cultivada também pelo Direito”.
Em face da prol i feração de ramos do 
conhecimento, no Direito, as complexas 
exigências da sociedade deram origem a sua 
subdivisão em, por exemplo, Direito Ambiental, 
Empresarial, da Criança e do Adolescente 
etc. No que tange à Educação, a amplitude 
que conquistou, ao longo dos anos, nos 
aspectos quantitativos e qualitativos, provocou 
a criação de uma nova legislação, acarretando 
o surgimento de um novo ramo do Direito – o 
Educacional.
Com a chancela de juristas, educadores e 
estudiosos em geral, o Direito Educacional 
tornou-se objeto de conceituação variada, 
mas similar em sua essência. José Augusto 
Peres (apud JOAQUIM, Nelson 2015) assim o 
conceitua:
Direito Educacional é um ramo especial do 
Direito; compreende um já alentado conjunto de 
normas de diferentes hierarquias; diz respeito, 
bem proximamente, ao Estado, ao educador 
e ao educando; lida com o fato educacional e 
com os demais fatos a ele relacionados; rege 
as atividades no campo do ensino e/ou da 
aprendizagem de particulares e do poder público, 
pessoas físicas e jurídicas, de entidades púbicas 
e privadas.
Depreende-se, pois, que o Direito Educacional 
tem, como fonte inesgotável de busca constante, 
a legislação de ensino. E, em nosso País, a Lei 
Maior, que instituiu um Estado Democrático, 
visando a assegurar os direitos sociais e 
individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça, 
foi a Constituição da República Federativa do 
Brasil, promulgada em 1988. Com seu advento, 
e, posteriormente, da Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional (Lei no 9.394/1996) e 
de ampla legislação decorrente, surgem novos 
paradigmas na área da educação, exigindo de 
juristas, educadores e gestores educacionais, 
atualização de conhecimentos e novas habilidades. 
É uma visão de Gestão Educacional que 
acrescenta, à Pedagogia, o Direito Educacional, 
de caráter conciliatório e preventivo nas relações 
educacionais, mas, também, disponibilizador de 
instrumentos judiciais.
Constituição da República Federativa do 
Brasil
A Constituição Federal dedica, especialmente à 
educação, a seção I, Capítulo III, cujos artigos 
6 Unidade 1
definem aspectos educacionais importantes 
a serem considerados por todas as Unidades 
Federadas:
Direito à Educação e Dever de Educar
A educação é direito público subjetivo de todos, 
sem qualquer discriminação; é dever do Estado e 
da família, com a colaboração da sociedade (art. 
205), responsabilidade essa reiterada no art. 227.
O Estado, para cumprir seu dever constitucional 
para com a educação, deve garantir (art. 208): 
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 
(quatro) aos 17 (dezessete) anos, assegurada 
inclusive sua oferta gratuita para todos os que 
a ela não tiveram acesso na idade própria (EC 
59/2009);
II – progressiva universalização do ensino médio 
gratuito;
III – atendimento educacional especializado aos 
portadores de deficiência, preferencialmente na 
rede regular de ensino;
IV – educação infantil, em creche e pré-escola, 
às crianças de até 5 (cinco) anos de idade (EC 
53/2006)1;
V – acesso aos níveis mais elevados de ensino, 
da pesquisa e da criação artística, segundo a 
capacidade de cada um;
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado 
às condições do educando;
VII – atendimento ao educando, em todas 
as etapas da educação básica, por meio de 
programas suplementares de material didático 
escolar, transporte, alimentação e assistência à 
saúde (EC 59/2009).
§ 1o O acesso ao ensino obrigatório e gratuito 
é direito público subjetivo;
§ 2o o não oferecimento do ensino obrigatório 
pelo poder público, ou sua oferta irregular, 
importa responsabilidade da autoridadecompetente;
§ 3o compete ao poder público recensear os 
educandos do Ensino Fundamental, fazer-
lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou 
responsáveis, pela frequência à escola.
Princípios do Ensino
I – igualdade de condições para o acesso e 
permanência na escola;
1 EC = Emenda Constitucional
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e 
divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III – pluralismo de ideias e concepções 
pedagógicas e coexistência de instituições 
públicas e privadas de ensino;
IV – gratuidade do ensino público em 
estabelecimentos oficiais;
V – valorização dos profissionais da educação 
escolar, garantidos, na forma da Lei , planos 
de carreira com ingresso exclusivamente por 
concurso público de provas e títulos aos das 
redes públicas (EC 53/2006);
VI – gestão democrática do ensino público na 
forma da Lei ;
VII – garantia de padrão de qualidade;
VIII – piso salarial profissional nacional para os 
profissionais da educação escolar pública, nos 
termos da Lei federal (EC 53/2006).
Parágrafo único. A Lei disporá sobre as 
categorias de trabalhadores considerados 
profissionais da educação básica e sobre a 
fixação de prazo para elaboração ou adequação 
de seus planos de carreira, no âmbito da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios (EC 53/2006).
Fins da Educação
Desenvolvimento pleno da pessoa, seu preparo 
para o exercício da cidadania e sua qualificação 
para trabalho (art. 205).
Responsabilidade pela Educação
A educação é dever do Estado, mas pode coexistir 
com a iniciativa privada, desde que esta cumpra 
as normas gerais da educação nacional, obtenha 
autorização do poder público e submeta-se a sua 
avaliação de qualidade (art. 209).
Níveis e Modalidades de Ensino
A priori, estatui que a educação básica pública 
atenderá, com prioridade, o ensino regular 
(EC 53/2006). Além das diretrizes gerais 
relativas à oferta, a Constituição Federal limita-
se a algumas deliberações sobre o Ensino 
Fundamental (art. 210): definição de conteúdos 
mínimos, assegurando-se formação básica 
comum e respeito aos valores culturais e 
artísticos, nacionais e regionais; ministrado em 
7Unidade 1
língua portuguesa, à exceção das comunidades 
indígenas, com o uso de sua línguas maternas, 
e desenvolvimento de currículo compatível com 
sua realidade. E o Ensino Religioso, assegurado 
o respeito à diversidade cultural religiosa do 
Brasil, integrará os horários normais das escolas 
públicas, com matrícula facultativa.
Lei No 9394/1996 – Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional (LDB)
Emanam do texto constitucional a filosofia, a 
doutrina, os princípios que regem a educação 
nacional e que devem ser adequados a situações 
reais do cotidiano dos sistemas de ensino 
estaduais, do Distrito Federal e municipais.
Compete a uma Lei de diretrizes e bases 
efetuar essas adequações, desde que guarde 
coerência com os princípios constitucionais; 
não acrescente, nem omita, em seu texto, algo 
não expresso na Constituição e não contenha 
minúcias nem casuísmos. 
Por consequência, a atual LDB mantém os 
preceitos educacionais, no que se refere a:
• Direito a Educação e Dever de Educar.
• Princípios Básicos do Ensino, acrescentando, 
sem afrontar o texto da Constituição:
 – respeito à liberdade e apreço à tolerância;
 – coexistência de instituições públicas e 
privadas de ensino;
 – valorização da experiência extraescolar;
 – vinculação entre a educação escolar, o 
trabalho e as práticas sociais.
• Fins da Educação.
• Organização da educação nacional.
Já com referência aos Níveis e Modalidades de 
Educação e Ensino (Título V), aos Profissionais da 
Educação (Título VI) e aos Recursos Financeiros 
(Título VII), a LDB é bastante pródiga e não 
poderia ser diferente, em face de sua grande 
importância no cenário educacional brasileiro. 
E, ainda, define Disposições Gerais (Título VIII) 
e Disposições Transitórias (Título IX).
Níveis e Modalidades de Educação e Ensino
A educação compreende dois níveis – Educação 
Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental 
e Ensino Médio) e Educação Superior.
A Educação Básica “tem por finalidades 
desenvolver o educando, assegurar-lhe a 
formação comum indispensável para o exercício 
da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir 
no trabalho e em estudos posteriores”. E, então, 
são traçadas diretrizes gerais para sua organização 
bem como regras comuns de organização para 
os Ensinos Fundamental e Médio, que envolvem 
carga horária, classificação de alunos, verificação 
de rendimento escolar, avaliação, recuperação e 
currículos com detalhamentos relativos à Base 
Nacional Comum e à Parte Diversificada.
Partindo do geral para o específico, as etapas da 
educação básica são estas.
• Educação Infantil, primeira etapa da 
educação básica, tem como finalidade o 
desenvolvimento integral da criança até 5 
(cinco) anos de idade, em seus aspectos 
físico, psicológico, intelectual e social, 
complementando a ação da família e da 
comunidade.
• Ensino Fundamental, obrigatório, com 
duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola 
pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de 
idade, tem por objetivo a formação básica do 
cidadão (Lei no 11.274/2006).
• Ensino Médio, etapa final da educação 
básica, com duração mínima de 3 (três) 
anos, cujas finalidades são a consolidação 
e o aprofundamento de conhecimentos, 
possibilitando prosseguimento de estudos, 
preparação básica para o trabalho e formação 
integral do aluno. A Lei no 13.415, de 2017 
introduziu inovações, como a Base Nacional 
Comum – BNC que estabelece: linguagens 
e suas tecnologias; matemática e suas 
tecnologias; ciências da natureza e suas 
tecnologias; ciências humanas e sociais 
aplicadas; formação técnica e profissional; 
bem como os itinerários formativos, que 
deverão ser organizados por meio da oferta 
de diferentes arranjos curriculares, conforme 
a relevância para o contexto local e a 
possibilidade dos sistemas de ensino.
• Educação Profissional Técnica de Nível 
Médio, desenvolvida de forma articulada com 
o ensino médio ou a ele subsequente, em 
cursos destinados aos que o tenham concluído, 
devendo osbervar os objetivos e definições 
contidos nas diretrizes curriculares nacionais, 
estabelecidas pelo Conselho Nacional de 
8 Unidade 1
Educação, as normas complementares dos 
respectivos sistemas de ensino e as exigências 
de cada instituição de ensino nos ternos de 
seu projeto pedagógico. (Lei no 11.741, de 
2008. 
• Educação Profissional e Tecnológica, 
integrada aos diferentes níveis de educação 
e ensino e às dimensões do trabalho, da 
ciência e da tecnologia, desenvolvendo 
cursos de formação inicial e continuada ou 
qualificação, de Educação Profissional Técnica 
de Nível Médio e de Educação Profissional 
Tecnológica de graduação e pós-graduação 
(Nível Superior).
A Educação Básica compreende, também, 
modalidades do ensino, com características 
próprias e com uma grande demanda – Educação 
de Jovens e Adultos e Educação Especial. A 
primeira é uma oportunidade àqueles que não 
tiveram acesso ou continuidade de estudos, na 
idade própria, nos Ensinos Fundamental e Médio 
regulares, por meio da oferta de cursos e exames 
e que deve se articular, preferencialmente, com 
a educação profissional; e a segunda, destinada 
aos educandos com deficiência, transtornos 
globais do desenvolvimento e altas habilidades 
ou superdotação.
É importante destacar o teor do art. 80 da LDB, 
que estimula a Educação a Distância, em todos 
os níveis e modalidades de ensino, e define 
as diretrizes gerais para sua implementação; 
observe-se que a ação educativa e a avaliação 
de desempenho podem ocorrer em processo, 
mas, ao final, os alunos submeter-se-ão a 
exames finais específicos para posterior registro 
do certificado ou diploma, conforme Decreto no 
9.057, de 25 de maio de 2017. A Educação a 
Distância possibilita a autoaprendizagem, com a 
mediação e recursos didáticos sistematicamente 
organizados e veiculados por meios diversos de 
comunicação.
Exercícios1. Conceitue Direito Educacional.
 2. Qual a função do Direito Educacional?
 3. A educação é dever do Estado. Como se efetiva 
esse dever?
 4. Há princípios básicos do Ensino que evidenciam 
preocupação direta com os profissionais da 
educação. Cite-os.
 5. Quais os fins da educação?
 6. Você concorda que a LDB é genérica e 
abrangente em suas deliberações? Justifique.
 7. Quais os níveis, etapas e modalidades de 
educação e ensino?
 8. Caracterize Educação a Distância.
Chave de correção
 1. Direito Educacional é um ramo especial do 
Direito; compreende um já alentado conjunto de 
normas de diferentes hierarquias; diz respeito, 
bem proximamente, ao Estado, ao educador 
e ao educando; lida com o fato educacional e 
com os demais fatos a ele relacionados; rege 
as atividades no campo do ensino e/ou da 
aprendizagem de particulares e do poder público, 
pessoas físicas e jurídicas, de entidades púbicas 
e privadas.
 2. Conciliatório e preventivo e disponibilizador de 
instrumentos judiciais.
 3. Pela garantia de:
 I – educação básica obrigatória e gratuita 
dos 4 (quatro) aos 17(dezessete) anos, 
assegurada inclusive sua oferta gratuita 
para todos os que a ela não tiveram 
acesso na idade própria (EC 59/2009);
 II – progressiva universalização do Ensino 
Médio gratuito;
 III – atendimento educacional especializado 
aos po r tado res de de f i c i ênc ia , 
preferencialmente na rede regular de 
ensino;
 IV – educação infantil, em creche e pré-escola 
às crianças de até 5 (cinco) anos de idade 
(EC 53/2006);
 V – acesso aos níveis mais elevados do 
ensino, da pesquisa e da criação artística, 
segundo a capacidade de cada um;
 VI – oferta de ensino noturno regular, adequado 
às condições do educando;
 VII – atendimento ao educando, em todas as 
etapas da educação básica, por meio de 
programas suplementares de material 
didático escolar, transporte, alimentação 
e assistência à saúde (EC 59/2009).
 § 1o Acesso ao ensino obrigatório e gratuito é 
direito público subjetivo;
 § 2o O não oferecimento do ensino obrigatório 
pelo poder público, ou sua oferta irregular, 
importa responsabilidade da autoridade 
competente;
 § 3o Compete ao poder público recensear os 
educandos do ensino fundamental, fazer-
9Unidade 1
lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou 
responsáveis, pela frequência à escola.
 4. Valorização dos profissionais da educação 
escolar, garantidos, na forma da lei , planos 
de carreira com ingresso exclusivamente por 
concurso público de provas e títulos aos das 
redes públicas (EC 53/2006).
 Piso salarial profissional nacional para os 
profissionais da educação escolar pública, nos 
termos da Lei federal (EC 53/2006).
 5. Desenvolvimento pleno do cidadão, seu preparo 
para o exercício da cidadania e sua qualificação 
profissional.
 6. É abrangente e genérica. Se assim não o fosse, 
não serviria a todos os Sistemas de Ensino, 
como é seu dever, dada a variedade de situações 
diversas e contrastantes que se apresentam no 
Brasil.
 7. Níveis: Educação Básica e Superior. Etapas: 
Educação Infantil, Ensino Fundamental e 
Ensino Médio. Modalidades: Educação de 
Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação 
Profissional e Educação a Distância.
 8. Educação a Distância é uma forma de ensino que 
possibilita a autoaprendizagem, com a mediação 
de recursos didáticos sistematicamente 
organizados e veiculados por meios diversos de 
comunicação.
DIREITO E CIDADANIA
Há uma estreita relação entre Direito/Ciência e 
Cidadania. Direito é um complexo de normas, 
reguladoras e obrigatórias, do procedimento 
humano, com força coativa, ou seja, com previsão 
de punição para seus transgressores. É, pois, 
normativo, disciplina o comportamento do homem 
e prescreve para o desenvolvimento de valores.
Cidadania, conceito histórico, cujo sentido 
varia no tempo e no espaço e possui várias 
concepções. Ser cidadão não é a mesma coisa 
em países diferentes, principalmente por terem 
direitos distintos, de acordo com as normas de 
cada um. Ser cidadão é ter direitos, mas no 
Estado democrático, os direitos pressupõem a 
contrapartida dos deveres, tanto que, de acordo 
com Dermeval Saviani (2000), ser cidadão 
significa ser sujeito a direitos e deveres.
Direitos e Deveres Constitucionais
A Constituição Federal trata Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos dos cidadãos brasileiros 
(art. 5o) e, ainda, de seus Direitos Sociais (art. 
6o) e Políticos (art. 14). Como indivíduo, o 
cidadão tem direito à vida; a sua intimidade, 
sua vida particular, sua honra, sua imagem; de 
ir e vir, em todo território nacional em tempo de 
paz; de não ser torturado nem ter tratamento 
desumano ou degradante; à inviolabilidade de 
seu domicílio, de sua correspondência, de suas 
comunicações telegráficas e telefônicas; a dados; 
à liberdade de expressão de atividade artística, 
intelectual, científica, literária e de comunicação; 
à informação e ao direito de propriedade.
Na coletividade, tem direito a reuniões, à criação 
de associações para fins lícitos e de cooperativas 
independentemente de autorização.
São Direitos Sociais, entre outros, a educação, 
a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a 
segurança; são Direitos Políticos a soberania 
popular exercida pelo sufrágio universal e pelo 
voto direto e secreto, com igual valor para 
todos, mediante plebiscito, referendo e iniciativa 
popular, votar e ser votado.
Destacam-se, entre os deveres do cidadão: 
cumprir as leis, votar para escolher os governantes 
e representantes nos poderes executivo e 
legislativo; respeitar os direitos sociais de outras 
pessoas; prover seu sustento com trabalho; 
educar e proteger os semelhantes; proteger a 
natureza, o patrimônio público, comunitário e 
social do País e colaborar com as autoridades. 
Como consequência das deliberações da 
legislação nacional de ensino, o governo 
sancionou leis que protegem, entre outros, a 
criança e o adolescente, o idoso e o consumidor. 
E atua em programas importantes como a 
diversidade cultural e inclusão social, atos de 
cidadania. 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)
A Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, “Dispõe 
sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente”, 
cujos direitos estão previstos, no art. 227, da 
Constituição Federal, verbis:
É dever da família, da sociedade e do Estado 
assegurar à criança e ao adolescente,com 
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, 
à alimentação, à educação, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao 
10 Unidade 1
respeito, à liberdade e à convivência familiar 
e comunitária, além de colocá-los a salvo 
de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão.
O ECA constitui um marco para os direitos da 
criança e do adolescente, que se baseia na 
doutrina da proteção integral e reforça o princípio 
de que a criança e o adolescente são prioridade 
absoluta. E delimita sua faixa etária: crianças, 
até doze anos incompletos, e adolescentes 
entre doze e dezoito anos, podendo aplicar-se, 
excepcionalmente, a pessoas entre dezoito e 
vinte um anos, nos casos expressos em Lei. O 
conteúdo que trata dos direitos da criança e do 
adolescente deve ser incluído no currículo do 
Ensino Fundamental (Lei no 11.525, de 25 de 
setembro de 2007).
Determina o atendimento ao art. 227, acima 
transcrito, com absoluta prioridade, que 
compreende: primazia de receber proteção e 
socorro em quaisquer circunstâncias; precedência 
de atendimento nos serviços públicos ou de 
relevância pública; preferência na formulação 
e na execução das políticas sociais públicas e 
destinação privilegiada de recursos públicos. 
Trata da prevenção (Título III), que é dever de 
todos.
Atuando, seja em caráter preventivo seja corretivo, 
o ECA prevê a criação de dois conselhos: o Tutelar 
(art. 131),”órgão permanente e autônomo, não 
jurisdicional, encarregado pela sociedade de 
zelar pelos direitos da criança e do adolescente 
definidos nesta Lei ” e o ConselhoNacional dos 
Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA 
(art. 88, inciso II) – instituído pela Lei no 8.242, 
de 12 de outubro 1991, bem como os estaduais 
e municipais.
Estatuto do Idoso
A Lei no 8.842, de 4 de janeiro de 1994, dispõe 
sobre a política nacional do idoso, que, para seus 
efeitos, é a pessoa maior de 60 (sessenta) anos 
de idade e cria o Conselho Nacional do Idoso, 
baseado nos seguintes princípios:
I – a família, a sociedade e o Estado têm o 
dever de assegurar ao idoso todos os direitos 
da cidadania, garantindo sua participação na 
comunidade, defendendo sua dignidade, bem-
estar e o direito à vida; 
II – o processo de envelhecimento diz respeito 
à sociedade em geral, devendo ser objeto de 
conhecimento e informação para todos;
III – o idoso não deve sofrer discriminação de 
qualquer natureza; 
IV – o idoso deve ser o principal agente e 
o destinatário das transformações a serem 
efetivadas, através dessa política;
V – as diferenças econômicas, sociais, regionais 
e, particularmente, as contradições entre o 
meio rural e o urbano do Brasil deverão ser 
observadas pelos poderes públicos e pela 
sociedade em geral, na aplicação desta Lei.
E, para implementar a política do idoso foi 
sancionada a Lei no 10.741, de 1o de outubro de 
2003, que “Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e 
dá outras providências”, modificada pelas Leis no 
11.737, de 14 de julho de 2008, e pela 13.466, 
de 12 de julho de 2017.
Código de Defesa do Consumidor
A Lei no 8.078, de 11 de setembro 1990, 
“Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá 
outras providências” e diz, em seu art. 1o, que “O 
presente código estabelece normas de proteção 
e defesa do consumidor, de ordem pública e 
interesse social, nos termos da Constituição 
Federal”. Caracteriza o consumidor como toda 
pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza 
produto ou serviço como destinatário final.
Nessa conceituação, os alunos são consumidores, 
mas a responsabilidade de ajuste financeiro é 
de pais ou responsáveis que os matriculam em 
escolas da rede privada. Tanto que há uma certa 
proteção aos estudantes, por dispositivo da Lei 
no 9.870, de 23 de novembro de 1999: 
art. 6o São proibidas a suspensão de provas 
escolares, a retenção de documentos escolares 
ou a aplicação de quaisquer outras penalidades 
pedagógicas por motivo de inadimplemento, 
sujeitando-se o contratante no que couber, às 
sanções legais e administrativas, compatíveis 
com o Código de Defesa do Consumidor e com 
o Código Civil Brasileiro, caso a inadimplência 
perdure por mais de noventa dias.
§1o O desligamento do aluno por inadimplência 
só poderá ocorrer ao final do ano letivo ou, no 
ensino superior, ao final do semestre letivo.
11Unidade 1
§2o Os estabelecimentos de ensino fundamental, 
médio e superior deverão expedir, a qualquer 
tempo, os documentos de transferência de 
seus alunos, independentemente de sua 
adimplência ou da adoção de procedimentos 
legais de cobranças judiciais.
§3o São asseguradas em estabelecimentos 
públicos de ensino fundamental e médio 
as matrículas dos alunos, cujos contratos, 
celebrados por seus pais ou responsáveis para 
a prestação de serviços educacionais, tenham 
sidos suspensos em virtude de inadimplemento 
nos termos do caput deste artigo. 
§4o Na hipótese de os alunos a que se refere o 
§2o, ou seus pais ou responsáveis, não terem 
providenciado a sua imediata matrícula em 
outro estabelecimento de sua livre escolha, as 
Secretarias de Educação estaduais e municipais 
deverão providenciá-la em estabelecimento 
de ensino na rede pública, em curso e ano 
correspondentes aos cursados na escola de 
origem, de forma a garantir a continuidade 
de seus estudos no mesmo período letivo e a 
respeitar o disposto no inciso V do art. 53 do 
ECA.
DIVERSIDADE CULTURAL 
BRASILEIRA
Devido a sua grande dimensão territorial, o Brasil 
apresenta uma vasta diversidade cultural, em 
decorrência das peculiaridades de cada região. 
Essa diversidade é consequência, também, da 
influência de colonizadores europeus, dos indígenas 
e dos escravos africanos e, posteriormente, dos 
imigrantes italianos, japoneses, alemães e árabes, 
entre outros.
No Brasil, provavelmente mais que em qualquer 
nação, cada cidadão convive, cotidianamente, 
com a diversidade, seja na linguagem, na religião, 
na música, na arte, na dança, na vestimenta, nas 
tradições e heranças físicas e biológicas e até 
na forma em que as sociedades se organizam e 
interagem com a natureza.
O processo social de transmissão da cultura é a 
educação. E ela o faz, por meio de seus currículos 
dos Ensinos Fundamental ou Médio, em Arte e 
Literatura e História Brasileiras.
A LDB prevê o estudo “das contribuições das 
diferentes culturas e etnias para formação do 
povo brasileiro, especialmente das matrizes 
indígena, africana e europeia”, no ensino da 
História do Brasil (art. 26, §4o).
Valorizando a contribuição do negro para a cultura 
brasileira, o governo publicou a Lei no 10.639, de 
20 janeiro de 2003, que altera o texto da LDB 
de forma a incluir, no Currículo Oficial da Rede de 
Ensino, a obrigatoriedade da temática História e 
Cultura Afro-Brasileira. Posteriormente, mediante 
o teor da Lei no 11.645, de 10 de março de 
2008, a LDB foi mais uma vez modificada para 
acrescentar à temática História e Cultura Afro-
Brasileira, a Indígena (art. 26 – A).
Considerando a necessidade de ampliar o ensino 
da Música, apesar de estar inserida em Arte, 
a Lei no 11.769, de 18 de agosto de 2008, 
dispôs sobre a obrigatoriedade de seu ensino na 
educação básica (LDB, art. 26 § 6o), obrigatório, 
mas não exclusivo.
O art. 26 ainda cita os seguintes parágrafos.
§ 7o A integralização curricular poderá incluir, 
a critério dos sistemas de ensino, projetos e 
pesquisas envolvendo os temas transversais de 
que trata o caput.
§ 8o A exibição de filmes de produção nacional 
constituirá componente curricular complementar 
integrado à proposta pedagógica da escola, 
sendo a sua exibição obrigatória por, no mínimo, 
2 (duas) horas mensais. (Incluído pela Lei nº 
13.006, de 2014)
§ 9o Conteúdos relativos aos direitos humanos e à 
prevenção de todas as formas de violência contra 
a criança e o adolescente serão incluídos, como 
temas transversais, nos currículos escolares 
de que trata o caput deste artigo, tendo como 
diretriz a Lei no 8.069, de 13 de julho de 
1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), 
observada a produção e distribuição de material 
didático adequado. (Incluído pela Lei nº 13.010, 
de 2014)
§ 9o-A. A educação alimentar e nutricional será 
incluída entre os temas transversais de que 
trata o caput. (Incluído pela Lei no 13.666, 
de 2018)
12 Unidade 1
INCLUSÃO SOCIAL
A inclusão está vinculada a pessoas que não 
têm as mesmas oportunidades na sociedade; 
e os excluídos socialmente são também os que 
não possuem condições financeiras dentro dos 
padrões impostos pela sociedade, os idosos, os 
negros, os portadores de deficiência física, os 
cadeirantes, os deficientes visuais, auditivos e 
mentais.
O governo não pode ignorar a existência dos 
excluídos e, portanto, deve estabelecer políticas 
públicas de inclusão pró-ativas e, principalmente, 
preventivas, sem o que jamais serão solucionados 
os problemas decorrentes da exclusão social.
É bem verdade que muitas políticas públicas vêm 
sendo implementadas.
• Centros de Inclusão Digital (CIDs) – 
laboratórios de informática para comunidades 
carentes, promovendo seu acesso ao mundo 
virtual, estimulando sua responsabilidade 
social e o empreendedorismo e despertando, 
fixando ou ampliando noções de cidadania.
Na área de educação, em muitas Unidades 
Federadas, já se implantou um programa de 
laboratórios de aprendizagem, que permite às 
escolas o acesso à informação, de forma mais 
ágil e imediata.
• Bolsa Família – esse programa unificou os 
benefícios da Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, 
Cartão Alimentação e Auxílio Gás. Seus 
objetivos são combater a fome e promover a 
segurança alimentar e nutricional;combater 
a pobreza e outras formas de privação das 
famílias; promover o acesso à rede de serviços 
púbicos, em especial, saúde, educação, 
segurança alimentar e assistência social; e criar 
possibilidades de emancipação sustentada dos 
grupos familiares e desenvolvimento local dos 
territórios.
• Minha Casa Minha Vida – tem como objetivo 
atender as necessidades de habitação da 
população de baixa renda nas áreas urbanas, 
garantindo o acesso a moradia digna, 
com padrões mínimos de sustentabilidade, 
segurança e habitabilidade.
• Programa Educacional de Resistência às 
Drogas e à Violência (PROERD) – objetiva 
transmitir uma mensagem de valorização da 
vida e da importância de manter-se longe das 
drogas. Desenvolve-se nas escolas públicas e 
particulares, junto a alunos do 5o e 7o anos do 
Ensino Fundamental. Executado pela Polícia 
Militar, encontra-se implantado em todas as 
Unidades Federadas.
• Programa Adolescente Trabalhador – criado 
em maio de 2001, esse progama está sob a 
responsabilidade do Banco do Brasil. Objetiva 
criar oportunidade de emprego e renda 
familiar para adolescentes de baixa renda e 
visa contribuir para sua formação pessoal, 
profissional e cidadã, a fim de prepará-los para 
o mercado de trabalho.
• Programa Aceleração da Aprendizagem 
– visa corrigir a distorção do fluxo escolar, 
ou seja, a defasagem entre a idade e o ano 
que os alunos deveriam estar cursando. Essa 
distorção geralmente decorre da repetência e 
da evasão escolar.
• Educação Inclusiva – é o processo de inclusão 
dos portadores de necessidades especiais 
ou de distúrbios de aprendizagem na rede 
comum de ensino, em seus diferentes níveis. 
Fundamentada no princípio da universalização 
do acesso à educação e na atenção à 
diversidade, requer uma filosofia de educação 
de qualidade para todos. É importante 
desenvolver uma pedagogia centrada na 
criança, ampliar a participação da família e 
da comunidade nos espaços educacionais, 
organizar as escolas para a participação e 
para a aprendizagem de todos os educandos 
e formar redes de apoio à inclusão.
Além de programas, há ações de inclusão 
social, tais como a quota para afrodescendentes 
na universidade, oportunidades de educação 
profissional, visando à inserção no mercado de 
trabalho, escola integral, incentivo aos talentos 
na literatura, na música, na arte e no esporte, 
erradicação do analfabetismo.
Independentemente das ações/programas de 
cunho nacional, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios desenvolvem outros específicos, 
cuja necessidade é indicada pela realidade de 
cada local.
13Unidade 1
Exercícios
 1. Explique, com suas palavras, a vinculação entre 
Direito e Cidadania.
 2. Qual o objetivo do Estatuto da Criança e do 
Adolescente?
 3. Cite situações da vida real, em que é 
desrespeitado o Estatuto do Idoso.
 4. Qual a ligação entre estudantes e o Código de 
Defesa do Consumidor?
 5. Quais as causas da diversidade cultural 
brasileira?
 6. Qual a sua opinião quanto à postura do 
governo brasileiro com relação aos excluídos 
socialmente? Justifique.
Chave de correção
 1. Resposta pessoal.
 2. Proteção integral e prioridade absoluta à criança 
e ao adolescente.
 3. Resposta pessoal.
 4. Os estudantes são beneficiários dos serviços 
educacionais, portanto consumidores, mas seus 
pais ou responsáveis, que os matriculam em 
escolas privadas, são os responsáveis por esses 
serviços oferecidos a seus filhos, inclusive, como 
é o caso, por seu pagamento. 
 5. A dimensão territorial do Brasil, a influência 
de europeus, indígenas, negros, italianos, 
japoneses, alemães e outros.
 6. Resposta pessoal.
Técnico em Secretaria Escolar
Objetivos:
• Conhecer a legislação que normatiza a 
organização e o funcionamento da Educação 
brasileira.
• Identificar as formas de organização e 
funcionamento da Educação brasileira, de 
acordo com seus sistemas de ensino. 
• Conhecer as competências da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
na organização e funcionamento dos sistemas 
de ensino.
• Reconhecer a importância da organização e 
funcionamento para a qualidade dos serviços 
prestados pelos sistemas de ensino.
ORGANIZAÇÃO E 
FUNCIONAMENTO
A legislação básica que rege a educação compõe-
se da Constituição da República Federativa do 
Brasil (1988) e da Lei de Diretrizes e Bases 
da Educação Nacional – LDB (9.394/96), a 
primeira mais abrangente e a segunda mais 
detalhada, sem conter minúcias, nem normas 
de regulamentação casuística e respeitando a 
filosofia, a doutrina e os princípios da primeira.
Dessa forma, ambas estabelecem que a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
organizem seus sistemas de ensino, em regime 
de colaboração, definindo as competências de 
cada um desses níveis:
• A União é responsável pela política nacional 
de educação; pela articulação dos diferentes 
níveis e sistemas de ensino; pela assistência 
técnica e financeira aos Estados, Distrito 
Federal e Municípios; e, em matéria 
educacional, exerce função normativa, 
redistributiva e supletiva. E, ainda, organiza 
o Sistema Federal de Ensino.
• Os Estados se responsabilizam pelos seus 
Sistemas de Ensino, elaborando e executando 
políticas e planos educacionais, atuando 
no Ensino Fundamental e, com prioridade, 
no Ensino Médio, e baixando normas 
complementares quando necessário.
• Os Municípios organizam, mantêm e 
desenvolvem seus Sistemas de Ensino, 
integrando-os às políticas e planos educacionais 
da União e dos Estados; oferecem a educação 
infantil; priorizam o atendimento ao Ensino 
Fundamental; baixam normas complementares 
sempre que necessário; assumem o transporte 
escolar dos alunos da rede municipal.
De acordo com a LDB, ao Distrito Federal 
aplicam-se as competências dos Estados e dos 
Municípios.
O Ministério da Educação (MEC) exerce a 
hegemonia sobre a Política Nacional de Educação, 
como um todo, que deixou de ser federal, a 
partir do momento em que a LDB permite que 
desenvolva ações, junto aos Sistemas de Ensino 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
E, no desempenho de suas funções, o MEC 
conta com a colaboração do Conselho Nacional 
de Educação, órgão colegiado, integrante da 
estrutura desse Ministério, com atribuições 
normativas, deliberativas e de assessoramento 
superior ao Ministro, de forma a assegurar a 
participação da sociedade, no aperfeiçoamento 
da Educação Nacional.
Às Secretarias Estaduais de Educação, à 
do Distrito Federal e às Municipais compete 
Organização e Funcionamento da Educação Nacional
Unidade 2
16 Unidade 2
organizar seus Sistemas de Ensino e, por meio 
deles, implementar as políticas educacionais 
definidas nacionalmente. Contam com a 
colaboração dos Conselhos de Educação, órgão 
de assessoramento que estabelece normas e 
diretrizes para o Sistema Educacional, e no caso 
dos Municípios, de Conselhos instalados em 23% 
(vinte e três por cento) deles.
Uma importante ferramenta de trabalho para 
os educadores é o Plano Nacional de Educação 
(PNE), instituído pela Lei no 13.005/2014, 
vigente até 2024.
Confira suas metas.
META 1 – Universalizar, até 2016, a educação 
infantil na pré-escola para as crianças de 4 
(quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a 
oferta de educação infantil em creches de forma 
a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) 
das crianças de até 3 (três) anos até o final da 
vigência deste PNE.
META 2 – Universalizar o Ensino Fundamental de 
9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) 
a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 
95% (noventa e cinco por cento) dos alunos 
concluam essa etapa na idade recomendada, 
até o último ano de vigência deste PNE.
META 3 – Universalizar, até 2016, o atendimento 
escolar para toda a população de 15 (quinze) 
a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do 
período de vigência deste PNE, a taxa líquida de 
matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e 
cinco por cento).
META 4 – Universalizar, para a população de 4 
(quatro) a 17 (dezessete)anos com deficiência, 
transtornos globais do desenvolvimento e 
altas habilidades ou superdotação, o acesso à 
educação básica e ao atendimento educacional 
especializado, preferencialmente na rede regular 
de ensino, com a garantia de sistema educacional 
inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, 
classes, escolas ou serviços especializados, 
públicos ou conveniados.
META 5 – Alfabetizar todas as crianças, no 
máximo, até o final do 3o (terceiro) ano do Ensino 
Fundamental.
META 6 – Oferecer educação em tempo integral 
em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) 
das escolas públicas, de forma a atender, pelo 
menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as) 
alunos (as) da educação básica
META 7 – Fomentar a qualidade da educação 
básica em todas as etapas e modalidades, com 
melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de 
modo a atingir as seguintes médias nacionais 
para o Ideb.
META 8 – Elevar a escolaridade média da 
população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) 
anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) 
anos de estudo no último ano de vigência deste 
Plano, para as populações do campo, da região 
de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte 
e cinco por cento) mais pobres, e igualar a 
escolaridade média entre negros e não negros 
declarados à Fundação Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE).
META 9 – Elevar a taxa de alfabetização da 
população com 15 (quinze) anos ou mais para 
93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos 
por cento) até 2015 e, até o final da vigência 
deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e 
reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de 
analfabetismo funcional.
META 10 – Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e 
cinco por cento) das matrículas de educação 
de jovens e adultos, nos Ensinos Fundamental 
e Médio, na forma integrada à educação 
profissional.
META 11 – Triplicar as matrículas da educação 
profissional técnica de nível médio, assegurando a 
qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta 
por cento) da expansão no segmento público.
META 12 – Elevar a taxa bruta de matrícula na 
educação superior para 50% (cinquenta por 
cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três 
por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 
(vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade 
da oferta e expansão para, pelo menos, 40% 
(quarenta por cento) das novas matrículas, no 
segmento público.
META – 13 Elevar a qualidade da educação 
superior e ampliar a proporção de mestres e 
doutores do corpo docente em efetivo exercício 
no conjunto do sistema de educação superior 
para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do 
total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) 
doutores.
17Unidade 2
META 14 – Elevar gradualmente o número de 
matrículas na pós-graduação de modo a atingir a 
titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres 
e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.
META 15 – Garantir, em regime de colaboração 
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência 
deste PNE, política nacional de formação dos 
profissionais da educação de que tratam os 
incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei no 
9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado 
que todos os professores e as professoras da 
educação básica possuam formação específica 
de nível superior, obtida em curso de licenciatura 
na área de conhecimento em que atuam.
META 16 – Formar, em nível de pós-graduação, 
50% (cinquenta por cento) dos professores da 
educação básica, até o último ano de vigência 
deste PNE, e garantir a todos(as) os profissionais 
da educação básica formação continuada em sua 
área de atuação, considerando as necessidades, 
demandas e contextualizações dos sistemas de 
ensino.
META 17 – Valorizar os(as) profissionais do 
magistério das redes públicas de educação 
básica de forma a equiparar seu rendimento 
médio ao dos(as) demais profissionais com 
escolaridade equivalente, até o final do sexto 
ano de vigência deste PNE.
META 18 – Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, 
a existência de planos de carreira para os(as) 
profissionais da educação básica e superior 
pública de todos os sistemas de ensino e, para 
o plano de carreira dos(as) profissionais da 
educação básica pública, tomar como referência 
o piso salarial nacional profissional, definido em 
lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 
da Constituição Federal.
META 19 – Assegurar condições, no prazo 
de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão 
democrática da educação, associada a critérios 
técnicos de mérito e desempenho e à consulta 
pública à comunidade escolar, no âmbito das 
escolas públicas, prevendo recursos e apoio 
técnico da União para tanto.
META 20 – Ampliar o investimento público 
em educação pública de forma a atingir, no 
mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) 
do Produto Interno Bruto (PIB) do País no 5o 
(quinto) ano de vigência desta lei e, no mínimo, 
o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao 
final do decênio.
O processo educacional, devido a sua 
complexidade, decorrente da extensão territorial 
brasileira, que abrange regiões com características 
diferenciadas, necessita de atos normativos que 
definam a correta aplicação dasLeis e explicitem 
ou detalhem normas legais, facilitando seu 
entendimento e consequente execução.
Além de leis, a normatização do ensino pode 
ocorrer, por meio de outros atos administrativos.
• Medida Provisória – ato unipessoal do 
Presidente da República; possui força de Lei , 
sem a participação do Poder Legislativo. Seus 
pressupostos são urgência e relevância. 
• Decreto – ato administrativo da competência 
dos chefes dos poderes executivos; objetiva, 
usualmente, nomeações e regulamentação de 
leis, portanto, com efeito regulamentar ou de 
execução; expedido com base na Constituição 
Federal, art. 84, IV, para fiel execução da lei, 
ou seja, executa seu detalhamento mas não 
pode ir contra ou além dela. 
• Portaria – ato pelo qual autoridades expedem 
determinações gerais ou especiais a seus 
subordinados, como instruções para aplicações 
de leis ou regulamentos; designa servidores 
para substituições eventuais e execução de 
atividades e fazem nomeações, demissões e 
punições.
• Parecer – manifestação de órgãos ou 
entidades sobre assuntos submetidos a sua 
consideração. 
• Autorização – ato administrativo ou particular 
que permite a alguém realizar atividades ou 
utilizar determinado bem fora das rotinas 
estabelecidas.
• Regulamento – ato que explica a execução 
de uma lei ou provê situação ainda não 
disciplinada em lei. No primeiro caso, sua 
aprovação é por decreto; no segundo, é 
considerado autônomo.
• Regimento – ato que indica a categoria e 
a finalidade de órgãos e entidades, detalha 
sua estrutura em unidades organizacionais, 
especifica as respectivas competências, define 
18 Unidade 2
as atribuições de seus dirigentes e indica seus 
relacionamentos internos e externos.
• Estatuto – conjunto de normas jurídicas, 
que regulamenta o funcionamento de 
uma sociedade, uma associação ou uma 
fundação. Normalmente é comum a órgãos 
colegiados. 
• Resolução – emanada de órgãos colegiados, 
estabelece normas, diretrizes e orientações 
para consecução dos objetivos. 
• Instrução – forma de execução de leis, 
decretos e regulamentos, válida para assuntos 
normativos, administrativos e de pessoal.
DOCUMENTOS ORGANIZACIONAIS
Há documentos imprescindíveis ao funcionamento 
das instituições de ensino e que constituem 
elo entre escola e família, ambas, visando ao 
sucesso do aluno. Os pais ou responsáveis 
devem ser partícipes de sua elaboração e os 
alunos, também, devem ser ouvidos, pois são 
o foco maior da escola e precisam conhecer, 
entre outros, seus direitos e deveres, de ordem 
social e pedagógica. Esses documentos integram 
o cotidiano da instituição de ensino: Regimento 
Escolar, Projeto Político-Pedagógico, Calendário 
Escolar, Plano de Curso, Proposta Pedagógica, 
em que se inserem as Matrizes Curriculares, 
Regulamento ou similar dos Conselhos Escolarese dos Conselhos de Classe e de qualquer outro 
em funcionamento.
Esses documentos assim se caracterizam.
• Regimento Escolar: “é o documento 
normativo-administrativo da instituição 
educacional, que disciplina a prática educativa, 
em consonância com a Proposta Pedagógica 
e com o Plano de Curso, quando se trata 
de Educação Profissional Técnica de Nível 
Médio”, conforme define a Resolução no 
1/2018 – CEDF, no seu art. 163. (Distrito 
Federal)
• Projeto Político-Pedagógico: extrapola 
o âmbito pedagógico; define a política 
educacional da escola; elaborado a partir de 
consulta à comunidade, com a participação 
dos professores e de representantes dos 
alunos; contempla todos os projetos e 
ações da escola, incluindo capacitação de 
professores e as atividades envolvendo a 
comunidade; elaboração prevista pela Lei no 
9.394/1996 e normatizada pelos pareceres 
dos Conselhos de Educação locais.
• Calendário Escolar: contempla o início das 
atividades escolares para os professores, início 
e término das aulas, formação continuada, 
planejamento, período de férias e recessos 
para alunos e professores, entre outras 
informações.
• Plano de Curso: objetiva garantir a 
organicidade dos Cursos Técnicos de Nível 
Médio/Educação Profissional oferecidos pela 
Escola e deve conter:
 – metodologias de ensino adotadas;
 – requesitos para ingresso no curso;
 – perfil profissional de conclusão de curso 
e das saídas intermediárias, caso houver;
 – organização curricular e respectiva matriz;
 – avaliação das aprendizagens;
 – plano de permanência e êxito escolar dos 
estudantes;
 – avaliação do curso.
Quando uma escola implanta um curso, deverá 
elaborar o Plano de Curso correspondente 
e encaminhá-lo à autoridade supervisora 
competente para que o mesmo seja analisado 
e liberado; somente após aprovação é que 
poderão ser implantados os cursos.
As orientações acima são de caráter genérico, 
conforme disposto na LDB no 9.394/1996. 
Dependendo da região do país, Estado ou 
Município, poderão ser feitas exigências 
suplementares.
• Proposta Pedagógica: instrumento teórico-
-metodológico responsável pela concepção, 
organização e integração do trabalho escolar, 
visando à transformação da realidade, 
considerando que cada escola se constrói a 
partir de condições específicas.
• Matrizes Curriculares: síntese curricular da 
Proposta Pedagógica, indicando as disciplinas 
a serem ministradas em cada ano letivo.
19Unidade 2
Exercícios
 1. Identifique a responsabilidade do Estado 
e do Distrito Federal na organização e 
funcionamento de seus Sistemas de Ensino.
 2. Identifique o papel do Conselho Nacional de 
Educação junto ao Ministério da Educação.
 3. Cite atos administrativos que estabelecem 
normas e diretrizes para a educação e para o 
ensino.
 4. Por que deve existir um Plano Nacional de 
Educação, além do cumprimento de disposição 
contida na LDB?
 5. Cite dois documentos organizacionais de 
alta relevância para o processo educativo. 
Justifique.
Chave de correção
 1. Organização de seus sistema de ensino, em 
regime de colaboração com os do Distrito Federal 
e dos Municípios; elaboração e execução de 
políticas e planos educacionais, ministrando, 
prioritariamente, os Ensinos Fundamental e 
Médio; e traçando normas complementares, 
quando necessário, respeitada a legislação de 
cunho nacional.
 2. Normatizações, deliberações, garantindo a 
participação da sociedade, no aperfeiçoamento 
da educação brasileira, e assessoramento 
superior ao ministro da educação.
 3. Medida Provisória, Decreto, Portaria, Parecer, 
Autorização, Regulamento, Regimento, Estatuto, 
Resolução e Instrução.
 4. Resposta pessoal.
 5. Resposta pessoal.
Técnico em Secretaria Escolar
Objetivos:
• Identificar os registros escolares a serem 
efetuados pelas secretarias.
• Conhecer a fundamentação legal básica dos 
sistemas de ensino.
REGISTROS ESCOLARES
Relacionam-se à vida escolar do aluno e da 
instituição educacional, com o objetivo de 
assegurar, em qualquer época, a verificação de:
• identidade do aluno;
• regularidade de seus estudos;
• autenticidade da vida escolar;
• funcionamento da escola.
Os fatos relativos à vida escolar do aluno e da 
instituição educacional devem ser registrados em 
instrumentos próprios elaborados para esse fim.
• Matrícula – ato formal que vincula o educando 
a uma instituição de ensino, na condição de 
aluno.
Matrícula nova – ingresso de um novo aluno.
• Transferência – passagem do educando 
de uma para outra escola, inclusive de país 
estrangeiro, com base na equivalência ou 
aproveitamento de estudos.
• Histórico escolar – documento que espelha 
a vida escolar do aluno.
• Classificação dos alunos – em qualquer 
ano ou etapa, exceto no primeiro do Ensino 
Registros de Fatos Escolares
Unidade 3
Fundamental, por meio de promoção, 
transferência ou avaliação feita pela escola, 
de acordo com seu Regimento Escolar.
• Reclassificação – feita pela escola, com base 
nas diretrizes curriculares gerais, mesmo no 
caso de transferências entre estabelecimentos 
de ensino situados no País e no exterior.
• Avaliação dos discentes – análise qualitativa 
dos dados relevantes do processo de ensino 
e de aprendizagem, sob a responsabilidade 
dos docentes, que os registra no Diário de 
Classe, além da frequência e das atividades 
desenvolvidas, cabendo à Secretaria Escolar 
transcrevê-la para a Ficha Individual.
Avaliação de desempenho do professor e 
da instituição de ensino – responsabilidade 
da equipe gestora, ouvidos os alunos e a 
comunidade. 
• Promoção – indicada quando o educando, 
ao final do ano letivo, obtém índice de 
aprovação de acordo com o Regimento Escolar 
e frequência mínima de 75% (setenta e cinco 
por cento).
Além da LDB (art. 24, VI), vasta legislação de 
ensino corrobora a exigência dessa frequência 
mínima. Todavia, há casos de exceção a essa 
regra.
 – Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 
l969, que prevê tratamento especial aos 
alunos de qualquer nível de ensino, por 
problemas de saúde, como incapacidade 
física relativa, desde que mantenham 
condições intelectuais e emocionais para 
prosseguir nas atividades escolares, seja 
um fato isolado seja esporádico e que a 
duração não ultrapasse o máximo admissível 
em cada caso. Condiciona a concessão 
22 Unidade 3
do regime de exceção a laudo médico 
expedido por autoridade educacional. 
Também, determina que sejam atribuídos 
a esses estudantes exercícios domiciliares 
compensatórios da falta às aulas.
 – Lei no 6.202, de 17 de abril de 1975, 
que estende à aluna gestante o regime de 
exercícios domiciliares previstos no decreto-
lei anteriormente citado.
 – Lei no 10.793, de 1o de dezembro de 2003, 
que “Altera a redação do art. 26, § 3o e do 
art. 92, da LDB, que nesse § 3o estabelece: 
§ 3o A Educação Física, integrada à proposta 
pedagógica da escola, é componente 
curricular obrigatório da educação básica, 
sendo sua prática facultativa ao aluno: 
I – que cumpra jornada de trabalho igual 
ou superior a 6 (seis) horas;
II – maior de 30 (trinta) anos de idade;
III – que estiver prestando serviço militar 
inicial ou que, em situação similar, estiver 
obrigado à prática de educação física;
IV – amparado pelo Decreto-Lei no 
1.044/1969;
V – (vetado);
VI – que tenha prole.
• Estudos de recuperação – sua oferta, pela 
escola, é obrigatória para os estudantes que 
apresentam baixo rendimento escolar e devem 
ser, preferencialmente, paralelos ao ano letivo. 
Cada instituição educacional deve proporcioná-
los, de acordo com o Regimento Escolar.
• Progressão parcial (com dependência) – 
para alunos que obtiverem rendimento escolar 
insatisfatório em componentes curriculares 
e, ainda assim, podem prosseguir os estudos 
no ano subsequente de acordo com o 
especificado no Regimento Escolar.
• Retenção – continuação, no ano subsequente 
à avaliação, no mesmo ano, do aluno que, 
após a recuperação final, não evidencie 
rendimento suficiente para promoção, de 
acordo com o RegimentoEscolar, ou não 
obtiver a frequência mínima exigida.
• Avanço de estudos (ou promoção especial) – 
ocorrência nos Ensinos Fundamental e Médio, 
mediante verificação do rendimento escolar, 
que indique a continuidade de estudos no ano 
seguinte, disciplinado no Regimento Escolar.
• Aproveitamento de estudos – sua ocorrência 
permite ao aluno aproveitar os estudos 
anteriores concluídos com êxito.
• Aceleração da aprendizagem – Promoção 
ou avanço, em vários anos letivos, de alunos 
submetidos a alternativa pedagógica específica 
para esse fim.
• Certificação de estudos – por meio de 
documentos escolares, que atestam os 
estudos realizados pelos alunos. 
 – Diploma – para a conclusão de Educação 
Profissional Técnica de Nível Médio e cursos 
a distância.
 – Certificado – para conclusão dos Ensinos 
Fundamental e Médio, inclusive nas 
modalidades Educação de Jovens e 
Adultos e Educação Especial. Certificado 
parcial para conclusão de componentes 
curriculares, no caso dos exames supletivos 
e para os conhecimentos adquiridos na 
educação profissional e tecnológica.
 – Histórico Escolar – já mencionado, 
anteriormente, neste Caderno;
 – Ficha Individual – em que constam os 
resultados obtidos, pelos alunos, nas 
etapas da educação básica, em suas 
diferentes modalidades ou em parte delas.
Exercícios
 1. Quais os objetivos dos registros escolares?
 2. Destaque os registros vinculados ao processo 
de avaliação.
Chave de correção
 1. Conhecer a identidade do aluno, a regularidade 
de seus estudos, a autenticidade da vida escolar 
e o funcionamento da escola.
 2. Classificação do Aluno, Reclassificação, 
Promoção, Estudos de Recuperação, Progressão 
Parcial, Retenção e Avanço de Estudos.
23Unidade 3
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
• Constituição Federal de 1988 e Emendas no 
26/2000, 53/2006 e 59/2009.
• Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 
– Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional.
• Lei no 6.202, de 17 de abril de 1975, que 
“Atribui à estudante em estado de gestação 
o regime de exercícios domiciliares, instituído 
pelo Decreto-Lei no 1.044, de 1o de outubro 
de 1969”.
• Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 – 
Estatuto da Criança e do Adolescente.
• Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990. 
“Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá 
outras providências”.
• Lei no 9.870, de 23 de novembro de 1999. 
“Dispõe sobre o valor total das anuidades 
escolares e dá outras providências”.
• Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera 
a LDB para incluir, no currículo oficial da rede 
de ensino, a obrigatoriedade da temática 
História e Cultura Afro-Brasileira e dá outras 
providências.
• Lei no 10.741, de 1o de outubro de 2003. 
“Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras 
providências”.
• Lei no 10.793, de 1o de dezembro de 2003. 
Altera a redação do art. 26, § 3o e do art. 92 
da LDB e dá outras providências.
• Lei no 11.114, de 16 de maio de 2005. 
Altera os art. 6o, 30, 32 e 87 da LDB com o 
objetivo de tornar obrigatório o início do ensino 
fundamental aos 6 (seis) anos de idade.
• Decreto no 5.622, de 19 de dezembro de 
2005, alterada pelo Decreto no 9.057/2017 
“regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de 
20 de dezembro de 1996.” (Educação a 
Distância).
• Lei no 13.415, de 16 de fevereiro de 
2017, que altera as Leis nos 9.394/1996 e 
11.494/2017, revoga a Lei no 11.161 que 
dispunha sobre o ensino da Língua Espanhola.
• Lei no 11.274, de 06 de fevereiro de 2006. 
Altera a redação dos arts. 29, 30, 32 e 87 
da LDB, dispondo sobre a duração de 9 
(nove) anos para o ensino fundamental, com 
matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos 
de idade.
• Lei no 11.525, de 25 de setembro de 2007. 
Acrescenta § 5o ao art. 32 da LDB, para incluir 
conteúdo, que trate dos direitos da criança 
e do adolescente, no currículo do ensino 
fundamental.
• Lei no 11.645, de 10 de março de 2008. Altera 
a LDB, modificada pela Lei no 10.639, de 09 
de janeiro de 2003, para incluir no currículo 
oficial da rede de ensino a obrigatoriedade 
da temática História e Cultura Afro-Brasileira 
e Indígena.
• Lei no 11.700, de 13 de junho de 2008.
Acrescenta inciso X ao caput do art. 4o da 
Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, 
para assegurar vaga na escola pública de 
Educação Infantil ou de Ensino Fundamental 
mais próxima de sua residência a toda criança 
a partir dos 4 (quatro) anos de idade.
• Lei no 11.741, de 16 de julho de 2008. Altera 
dispositivos da LDB, para redimensionar, 
institucionalizar e integrar as ações da 
educação profissional técnica de nível 
médio, da educação de jovens e adultos e da 
educação profissional e tecnológica.
• Lei no 11.769, de 18 de agosto de 2008. Altera 
a LDB, para dispor sobre a obrigatoriedade do 
ensino da música na educação básica.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, Centro Gráfico do Senado Federal, 
1988.
______. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 1996.
______. Lei no 11.274, de 6 de fevereiro de 2006. Altera a redação dos arts. 20, 30, 32 e 87 da LDB, 
dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o Ensino Fundamental, com matrícula obrigatória a 
partir de 6 (seis) anos de idade. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 6 de 
fevereiro de 2006.
______. Secretaria de Estado de Educação. Normas para o Sistema de Ensino do Distrito Federal. 
Brasília: Conselho de Educação do Distrito Federal, 2018.
JOAQUIM, Nelson. Direito Educacional Brasileiro: história, teoria e prática. Nelson Joaquim; 
apresentação Angelo Luis de Souza; prefácio Edivaldo M. Boaventura. 3. ed. Rio de Janeiro: Freitas 
Bastos, 2015.
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. 33. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. A Nova LDB. Como entender e aplicar. 
São Paulo: Pioneira, 1997.

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