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CURSO: TÉCNICO EM SECRETARIA ESCOLAR Eixo Tecnológico: Desenvolvimento Educacional e Social LegisLação educacionaL Escola CETEB de Jovens e Adultos Brasília-DF. DOCUMENTO DE PROPRIEDADE DO CETEB TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Nos termos da legislação sobre direitos autorais, é proibida a reprodução total ou parcial deste documento, por qualquer forma ou meio – eletrônico ou mecânico, inclusive por processos xerográficos de fotocópia e de gravação – sem a permissão expressa e por escrito do CETEB. Elaboração e Compilação de Textos: Ana Maria Dantas Antunes Vilaboim Coordenação e Avaliação: Maria Teresa Caballero Brügger Colaboração e Revisão Linguística: Ana Paula Porfírio de Souza Magda Maria de Freitas Querino Maria Teresa Caballero Brügger Editoração Eletrônica: Alinne Paula da Silva Divaneia Paula do Nascimento Jorim Caetano Ferreira Rui Carlos de Oliveira Desenho Educacional: Jorim Caetano Ferreira Ilustração/Tratamento de Imagens: Jorim Caetano Ferreira Design editorial: Jorim Caetano Ferreira Rui Carlos de Oliveira Realização: EQUIPE TÉCNICA DO CETEB SUMÁRIO Apresentação ............................................................................................................................................................ 4 Unidade 1 Direito Educacional Brasileiro Direito Educacional.......................................................................................................... 5 Direito e Cidadania .......................................................................................................... 9 Diversidade Cultural Brasileira .......................................................................................... 11 Inclusão Social ............................................................................................................... 12 Unidade 2 Organização e Funcionamento da Educação Nacional Organização e Funcionamento .......................................................................................... 15 Documentos Organizacionais ............................................................................................ 18 Unidade 3 Registros de Fatos Escolares Registros Escolares ......................................................................................................... 21 Fundamentação Legal ...................................................................................................... 23 Referências ................................................................................................................................................................ 24 APRESENTAÇÃO A oferta de uma Educação Profissional Técnica de Nível Médio de qualidade contribui, efetivamente, para a melhoria social do nosso País. Acreditamos que, se a aprendizagem é uma jornada, este Caderno servirá de mapa, de condutor, um meio para auxiliá-lo no seu percurso particular. Você encontrará aqui um material inovador que orientará seu trabalho no desenvolvimento das atividades propostas. Participe realmente deste Curso, que prioriza as habilidades e as competências necessárias para que você se torne um profissional de sucesso. Organize-se em seus estudos: • reserve um tempo livre do seu dia para dedicar-se ao curso; • leia todo o material de ensino; • realize todas as atividades propostas. Direção da Escola CETEB Técnico em Secretaria Escolar Direito Educacional Brasileiro Unidade 1 Objetivos: • Conceituar Direito Educacional. • Apresentar as leis básicas de ensino. • Identificar os princípios básicos do Direito e da Cidadania. • Estabelecer relação entre o processo educacional e as políticas públicas de inclusão social e de valorização da diversidade cultural. DIREITO EDUCACIONAL Há algum tempo, profissionais do Direito e educadores brasileiros constataram uma estreita relação entre o Direito e a Educação, o que se tornou objeto de seminários, de congressos, de simpósios, de publicações de textos e de livros. Ao manifestar-se sobre o tema, a jurista e educadora Esther de Figueiredo Ferraz afirmou: “ Todos nós que atuamos na área da Educação e do Direito sentimos a necessidade de juntar esses dois elementos, porque percebemos perfeitamente que a Educação é uma área, que deva ser cultivada também pelo Direito”. Em face da prol i feração de ramos do conhecimento, no Direito, as complexas exigências da sociedade deram origem a sua subdivisão em, por exemplo, Direito Ambiental, Empresarial, da Criança e do Adolescente etc. No que tange à Educação, a amplitude que conquistou, ao longo dos anos, nos aspectos quantitativos e qualitativos, provocou a criação de uma nova legislação, acarretando o surgimento de um novo ramo do Direito – o Educacional. Com a chancela de juristas, educadores e estudiosos em geral, o Direito Educacional tornou-se objeto de conceituação variada, mas similar em sua essência. José Augusto Peres (apud JOAQUIM, Nelson 2015) assim o conceitua: Direito Educacional é um ramo especial do Direito; compreende um já alentado conjunto de normas de diferentes hierarquias; diz respeito, bem proximamente, ao Estado, ao educador e ao educando; lida com o fato educacional e com os demais fatos a ele relacionados; rege as atividades no campo do ensino e/ou da aprendizagem de particulares e do poder público, pessoas físicas e jurídicas, de entidades púbicas e privadas. Depreende-se, pois, que o Direito Educacional tem, como fonte inesgotável de busca constante, a legislação de ensino. E, em nosso País, a Lei Maior, que instituiu um Estado Democrático, visando a assegurar os direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem- estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça, foi a Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988. Com seu advento, e, posteriormente, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei no 9.394/1996) e de ampla legislação decorrente, surgem novos paradigmas na área da educação, exigindo de juristas, educadores e gestores educacionais, atualização de conhecimentos e novas habilidades. É uma visão de Gestão Educacional que acrescenta, à Pedagogia, o Direito Educacional, de caráter conciliatório e preventivo nas relações educacionais, mas, também, disponibilizador de instrumentos judiciais. Constituição da República Federativa do Brasil A Constituição Federal dedica, especialmente à educação, a seção I, Capítulo III, cujos artigos 6 Unidade 1 definem aspectos educacionais importantes a serem considerados por todas as Unidades Federadas: Direito à Educação e Dever de Educar A educação é direito público subjetivo de todos, sem qualquer discriminação; é dever do Estado e da família, com a colaboração da sociedade (art. 205), responsabilidade essa reiterada no art. 227. O Estado, para cumprir seu dever constitucional para com a educação, deve garantir (art. 208): I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria (EC 59/2009); II – progressiva universalização do ensino médio gratuito; III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; IV – educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças de até 5 (cinco) anos de idade (EC 53/2006)1; V – acesso aos níveis mais elevados de ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde (EC 59/2009). § 1o O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo; § 2o o não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridadecompetente; § 3o compete ao poder público recensear os educandos do Ensino Fundamental, fazer- lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. Princípios do Ensino I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 1 EC = Emenda Constitucional II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da Lei , planos de carreira com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos aos das redes públicas (EC 53/2006); VI – gestão democrática do ensino público na forma da Lei ; VII – garantia de padrão de qualidade; VIII – piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos da Lei federal (EC 53/2006). Parágrafo único. A Lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (EC 53/2006). Fins da Educação Desenvolvimento pleno da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para trabalho (art. 205). Responsabilidade pela Educação A educação é dever do Estado, mas pode coexistir com a iniciativa privada, desde que esta cumpra as normas gerais da educação nacional, obtenha autorização do poder público e submeta-se a sua avaliação de qualidade (art. 209). Níveis e Modalidades de Ensino A priori, estatui que a educação básica pública atenderá, com prioridade, o ensino regular (EC 53/2006). Além das diretrizes gerais relativas à oferta, a Constituição Federal limita- se a algumas deliberações sobre o Ensino Fundamental (art. 210): definição de conteúdos mínimos, assegurando-se formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais; ministrado em 7Unidade 1 língua portuguesa, à exceção das comunidades indígenas, com o uso de sua línguas maternas, e desenvolvimento de currículo compatível com sua realidade. E o Ensino Religioso, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, integrará os horários normais das escolas públicas, com matrícula facultativa. Lei No 9394/1996 – Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) Emanam do texto constitucional a filosofia, a doutrina, os princípios que regem a educação nacional e que devem ser adequados a situações reais do cotidiano dos sistemas de ensino estaduais, do Distrito Federal e municipais. Compete a uma Lei de diretrizes e bases efetuar essas adequações, desde que guarde coerência com os princípios constitucionais; não acrescente, nem omita, em seu texto, algo não expresso na Constituição e não contenha minúcias nem casuísmos. Por consequência, a atual LDB mantém os preceitos educacionais, no que se refere a: • Direito a Educação e Dever de Educar. • Princípios Básicos do Ensino, acrescentando, sem afrontar o texto da Constituição: – respeito à liberdade e apreço à tolerância; – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; – valorização da experiência extraescolar; – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. • Fins da Educação. • Organização da educação nacional. Já com referência aos Níveis e Modalidades de Educação e Ensino (Título V), aos Profissionais da Educação (Título VI) e aos Recursos Financeiros (Título VII), a LDB é bastante pródiga e não poderia ser diferente, em face de sua grande importância no cenário educacional brasileiro. E, ainda, define Disposições Gerais (Título VIII) e Disposições Transitórias (Título IX). Níveis e Modalidades de Educação e Ensino A educação compreende dois níveis – Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio) e Educação Superior. A Educação Básica “tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores”. E, então, são traçadas diretrizes gerais para sua organização bem como regras comuns de organização para os Ensinos Fundamental e Médio, que envolvem carga horária, classificação de alunos, verificação de rendimento escolar, avaliação, recuperação e currículos com detalhamentos relativos à Base Nacional Comum e à Parte Diversificada. Partindo do geral para o específico, as etapas da educação básica são estas. • Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 5 (cinco) anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. • Ensino Fundamental, obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, tem por objetivo a formação básica do cidadão (Lei no 11.274/2006). • Ensino Médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de 3 (três) anos, cujas finalidades são a consolidação e o aprofundamento de conhecimentos, possibilitando prosseguimento de estudos, preparação básica para o trabalho e formação integral do aluno. A Lei no 13.415, de 2017 introduziu inovações, como a Base Nacional Comum – BNC que estabelece: linguagens e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; ciências humanas e sociais aplicadas; formação técnica e profissional; bem como os itinerários formativos, que deverão ser organizados por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino. • Educação Profissional Técnica de Nível Médio, desenvolvida de forma articulada com o ensino médio ou a ele subsequente, em cursos destinados aos que o tenham concluído, devendo osbervar os objetivos e definições contidos nas diretrizes curriculares nacionais, estabelecidas pelo Conselho Nacional de 8 Unidade 1 Educação, as normas complementares dos respectivos sistemas de ensino e as exigências de cada instituição de ensino nos ternos de seu projeto pedagógico. (Lei no 11.741, de 2008. • Educação Profissional e Tecnológica, integrada aos diferentes níveis de educação e ensino e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia, desenvolvendo cursos de formação inicial e continuada ou qualificação, de Educação Profissional Técnica de Nível Médio e de Educação Profissional Tecnológica de graduação e pós-graduação (Nível Superior). A Educação Básica compreende, também, modalidades do ensino, com características próprias e com uma grande demanda – Educação de Jovens e Adultos e Educação Especial. A primeira é uma oportunidade àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos, na idade própria, nos Ensinos Fundamental e Médio regulares, por meio da oferta de cursos e exames e que deve se articular, preferencialmente, com a educação profissional; e a segunda, destinada aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. É importante destacar o teor do art. 80 da LDB, que estimula a Educação a Distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e define as diretrizes gerais para sua implementação; observe-se que a ação educativa e a avaliação de desempenho podem ocorrer em processo, mas, ao final, os alunos submeter-se-ão a exames finais específicos para posterior registro do certificado ou diploma, conforme Decreto no 9.057, de 25 de maio de 2017. A Educação a Distância possibilita a autoaprendizagem, com a mediação e recursos didáticos sistematicamente organizados e veiculados por meios diversos de comunicação. Exercícios1. Conceitue Direito Educacional. 2. Qual a função do Direito Educacional? 3. A educação é dever do Estado. Como se efetiva esse dever? 4. Há princípios básicos do Ensino que evidenciam preocupação direta com os profissionais da educação. Cite-os. 5. Quais os fins da educação? 6. Você concorda que a LDB é genérica e abrangente em suas deliberações? Justifique. 7. Quais os níveis, etapas e modalidades de educação e ensino? 8. Caracterize Educação a Distância. Chave de correção 1. Direito Educacional é um ramo especial do Direito; compreende um já alentado conjunto de normas de diferentes hierarquias; diz respeito, bem proximamente, ao Estado, ao educador e ao educando; lida com o fato educacional e com os demais fatos a ele relacionados; rege as atividades no campo do ensino e/ou da aprendizagem de particulares e do poder público, pessoas físicas e jurídicas, de entidades púbicas e privadas. 2. Conciliatório e preventivo e disponibilizador de instrumentos judiciais. 3. Pela garantia de: I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17(dezessete) anos, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria (EC 59/2009); II – progressiva universalização do Ensino Médio gratuito; III – atendimento educacional especializado aos po r tado res de de f i c i ênc ia , preferencialmente na rede regular de ensino; IV – educação infantil, em creche e pré-escola às crianças de até 5 (cinco) anos de idade (EC 53/2006); V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; VII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde (EC 59/2009). § 1o Acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo; § 2o O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente; § 3o Compete ao poder público recensear os educandos do ensino fundamental, fazer- 9Unidade 1 lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. 4. Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei , planos de carreira com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos aos das redes públicas (EC 53/2006). Piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos da Lei federal (EC 53/2006). 5. Desenvolvimento pleno do cidadão, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação profissional. 6. É abrangente e genérica. Se assim não o fosse, não serviria a todos os Sistemas de Ensino, como é seu dever, dada a variedade de situações diversas e contrastantes que se apresentam no Brasil. 7. Níveis: Educação Básica e Superior. Etapas: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Modalidades: Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação Profissional e Educação a Distância. 8. Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados e veiculados por meios diversos de comunicação. DIREITO E CIDADANIA Há uma estreita relação entre Direito/Ciência e Cidadania. Direito é um complexo de normas, reguladoras e obrigatórias, do procedimento humano, com força coativa, ou seja, com previsão de punição para seus transgressores. É, pois, normativo, disciplina o comportamento do homem e prescreve para o desenvolvimento de valores. Cidadania, conceito histórico, cujo sentido varia no tempo e no espaço e possui várias concepções. Ser cidadão não é a mesma coisa em países diferentes, principalmente por terem direitos distintos, de acordo com as normas de cada um. Ser cidadão é ter direitos, mas no Estado democrático, os direitos pressupõem a contrapartida dos deveres, tanto que, de acordo com Dermeval Saviani (2000), ser cidadão significa ser sujeito a direitos e deveres. Direitos e Deveres Constitucionais A Constituição Federal trata Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos dos cidadãos brasileiros (art. 5o) e, ainda, de seus Direitos Sociais (art. 6o) e Políticos (art. 14). Como indivíduo, o cidadão tem direito à vida; a sua intimidade, sua vida particular, sua honra, sua imagem; de ir e vir, em todo território nacional em tempo de paz; de não ser torturado nem ter tratamento desumano ou degradante; à inviolabilidade de seu domicílio, de sua correspondência, de suas comunicações telegráficas e telefônicas; a dados; à liberdade de expressão de atividade artística, intelectual, científica, literária e de comunicação; à informação e ao direito de propriedade. Na coletividade, tem direito a reuniões, à criação de associações para fins lícitos e de cooperativas independentemente de autorização. São Direitos Sociais, entre outros, a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança; são Direitos Políticos a soberania popular exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular, votar e ser votado. Destacam-se, entre os deveres do cidadão: cumprir as leis, votar para escolher os governantes e representantes nos poderes executivo e legislativo; respeitar os direitos sociais de outras pessoas; prover seu sustento com trabalho; educar e proteger os semelhantes; proteger a natureza, o patrimônio público, comunitário e social do País e colaborar com as autoridades. Como consequência das deliberações da legislação nacional de ensino, o governo sancionou leis que protegem, entre outros, a criança e o adolescente, o idoso e o consumidor. E atua em programas importantes como a diversidade cultural e inclusão social, atos de cidadania. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) A Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990, “Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente”, cujos direitos estão previstos, no art. 227, da Constituição Federal, verbis: É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente,com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao 10 Unidade 1 respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. O ECA constitui um marco para os direitos da criança e do adolescente, que se baseia na doutrina da proteção integral e reforça o princípio de que a criança e o adolescente são prioridade absoluta. E delimita sua faixa etária: crianças, até doze anos incompletos, e adolescentes entre doze e dezoito anos, podendo aplicar-se, excepcionalmente, a pessoas entre dezoito e vinte um anos, nos casos expressos em Lei. O conteúdo que trata dos direitos da criança e do adolescente deve ser incluído no currículo do Ensino Fundamental (Lei no 11.525, de 25 de setembro de 2007). Determina o atendimento ao art. 227, acima transcrito, com absoluta prioridade, que compreende: primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas e destinação privilegiada de recursos públicos. Trata da prevenção (Título III), que é dever de todos. Atuando, seja em caráter preventivo seja corretivo, o ECA prevê a criação de dois conselhos: o Tutelar (art. 131),”órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelos direitos da criança e do adolescente definidos nesta Lei ” e o ConselhoNacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA (art. 88, inciso II) – instituído pela Lei no 8.242, de 12 de outubro 1991, bem como os estaduais e municipais. Estatuto do Idoso A Lei no 8.842, de 4 de janeiro de 1994, dispõe sobre a política nacional do idoso, que, para seus efeitos, é a pessoa maior de 60 (sessenta) anos de idade e cria o Conselho Nacional do Idoso, baseado nos seguintes princípios: I – a família, a sociedade e o Estado têm o dever de assegurar ao idoso todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade, bem- estar e o direito à vida; II – o processo de envelhecimento diz respeito à sociedade em geral, devendo ser objeto de conhecimento e informação para todos; III – o idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza; IV – o idoso deve ser o principal agente e o destinatário das transformações a serem efetivadas, através dessa política; V – as diferenças econômicas, sociais, regionais e, particularmente, as contradições entre o meio rural e o urbano do Brasil deverão ser observadas pelos poderes públicos e pela sociedade em geral, na aplicação desta Lei. E, para implementar a política do idoso foi sancionada a Lei no 10.741, de 1o de outubro de 2003, que “Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências”, modificada pelas Leis no 11.737, de 14 de julho de 2008, e pela 13.466, de 12 de julho de 2017. Código de Defesa do Consumidor A Lei no 8.078, de 11 de setembro 1990, “Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências” e diz, em seu art. 1o, que “O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos da Constituição Federal”. Caracteriza o consumidor como toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Nessa conceituação, os alunos são consumidores, mas a responsabilidade de ajuste financeiro é de pais ou responsáveis que os matriculam em escolas da rede privada. Tanto que há uma certa proteção aos estudantes, por dispositivo da Lei no 9.870, de 23 de novembro de 1999: art. 6o São proibidas a suspensão de provas escolares, a retenção de documentos escolares ou a aplicação de quaisquer outras penalidades pedagógicas por motivo de inadimplemento, sujeitando-se o contratante no que couber, às sanções legais e administrativas, compatíveis com o Código de Defesa do Consumidor e com o Código Civil Brasileiro, caso a inadimplência perdure por mais de noventa dias. §1o O desligamento do aluno por inadimplência só poderá ocorrer ao final do ano letivo ou, no ensino superior, ao final do semestre letivo. 11Unidade 1 §2o Os estabelecimentos de ensino fundamental, médio e superior deverão expedir, a qualquer tempo, os documentos de transferência de seus alunos, independentemente de sua adimplência ou da adoção de procedimentos legais de cobranças judiciais. §3o São asseguradas em estabelecimentos públicos de ensino fundamental e médio as matrículas dos alunos, cujos contratos, celebrados por seus pais ou responsáveis para a prestação de serviços educacionais, tenham sidos suspensos em virtude de inadimplemento nos termos do caput deste artigo. §4o Na hipótese de os alunos a que se refere o §2o, ou seus pais ou responsáveis, não terem providenciado a sua imediata matrícula em outro estabelecimento de sua livre escolha, as Secretarias de Educação estaduais e municipais deverão providenciá-la em estabelecimento de ensino na rede pública, em curso e ano correspondentes aos cursados na escola de origem, de forma a garantir a continuidade de seus estudos no mesmo período letivo e a respeitar o disposto no inciso V do art. 53 do ECA. DIVERSIDADE CULTURAL BRASILEIRA Devido a sua grande dimensão territorial, o Brasil apresenta uma vasta diversidade cultural, em decorrência das peculiaridades de cada região. Essa diversidade é consequência, também, da influência de colonizadores europeus, dos indígenas e dos escravos africanos e, posteriormente, dos imigrantes italianos, japoneses, alemães e árabes, entre outros. No Brasil, provavelmente mais que em qualquer nação, cada cidadão convive, cotidianamente, com a diversidade, seja na linguagem, na religião, na música, na arte, na dança, na vestimenta, nas tradições e heranças físicas e biológicas e até na forma em que as sociedades se organizam e interagem com a natureza. O processo social de transmissão da cultura é a educação. E ela o faz, por meio de seus currículos dos Ensinos Fundamental ou Médio, em Arte e Literatura e História Brasileiras. A LDB prevê o estudo “das contribuições das diferentes culturas e etnias para formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e europeia”, no ensino da História do Brasil (art. 26, §4o). Valorizando a contribuição do negro para a cultura brasileira, o governo publicou a Lei no 10.639, de 20 janeiro de 2003, que altera o texto da LDB de forma a incluir, no Currículo Oficial da Rede de Ensino, a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira. Posteriormente, mediante o teor da Lei no 11.645, de 10 de março de 2008, a LDB foi mais uma vez modificada para acrescentar à temática História e Cultura Afro- Brasileira, a Indígena (art. 26 – A). Considerando a necessidade de ampliar o ensino da Música, apesar de estar inserida em Arte, a Lei no 11.769, de 18 de agosto de 2008, dispôs sobre a obrigatoriedade de seu ensino na educação básica (LDB, art. 26 § 6o), obrigatório, mas não exclusivo. O art. 26 ainda cita os seguintes parágrafos. § 7o A integralização curricular poderá incluir, a critério dos sistemas de ensino, projetos e pesquisas envolvendo os temas transversais de que trata o caput. § 8o A exibição de filmes de produção nacional constituirá componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a sua exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas mensais. (Incluído pela Lei nº 13.006, de 2014) § 9o Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as formas de violência contra a criança e o adolescente serão incluídos, como temas transversais, nos currículos escolares de que trata o caput deste artigo, tendo como diretriz a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), observada a produção e distribuição de material didático adequado. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) § 9o-A. A educação alimentar e nutricional será incluída entre os temas transversais de que trata o caput. (Incluído pela Lei no 13.666, de 2018) 12 Unidade 1 INCLUSÃO SOCIAL A inclusão está vinculada a pessoas que não têm as mesmas oportunidades na sociedade; e os excluídos socialmente são também os que não possuem condições financeiras dentro dos padrões impostos pela sociedade, os idosos, os negros, os portadores de deficiência física, os cadeirantes, os deficientes visuais, auditivos e mentais. O governo não pode ignorar a existência dos excluídos e, portanto, deve estabelecer políticas públicas de inclusão pró-ativas e, principalmente, preventivas, sem o que jamais serão solucionados os problemas decorrentes da exclusão social. É bem verdade que muitas políticas públicas vêm sendo implementadas. • Centros de Inclusão Digital (CIDs) – laboratórios de informática para comunidades carentes, promovendo seu acesso ao mundo virtual, estimulando sua responsabilidade social e o empreendedorismo e despertando, fixando ou ampliando noções de cidadania. Na área de educação, em muitas Unidades Federadas, já se implantou um programa de laboratórios de aprendizagem, que permite às escolas o acesso à informação, de forma mais ágil e imediata. • Bolsa Família – esse programa unificou os benefícios da Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Cartão Alimentação e Auxílio Gás. Seus objetivos são combater a fome e promover a segurança alimentar e nutricional;combater a pobreza e outras formas de privação das famílias; promover o acesso à rede de serviços púbicos, em especial, saúde, educação, segurança alimentar e assistência social; e criar possibilidades de emancipação sustentada dos grupos familiares e desenvolvimento local dos territórios. • Minha Casa Minha Vida – tem como objetivo atender as necessidades de habitação da população de baixa renda nas áreas urbanas, garantindo o acesso a moradia digna, com padrões mínimos de sustentabilidade, segurança e habitabilidade. • Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD) – objetiva transmitir uma mensagem de valorização da vida e da importância de manter-se longe das drogas. Desenvolve-se nas escolas públicas e particulares, junto a alunos do 5o e 7o anos do Ensino Fundamental. Executado pela Polícia Militar, encontra-se implantado em todas as Unidades Federadas. • Programa Adolescente Trabalhador – criado em maio de 2001, esse progama está sob a responsabilidade do Banco do Brasil. Objetiva criar oportunidade de emprego e renda familiar para adolescentes de baixa renda e visa contribuir para sua formação pessoal, profissional e cidadã, a fim de prepará-los para o mercado de trabalho. • Programa Aceleração da Aprendizagem – visa corrigir a distorção do fluxo escolar, ou seja, a defasagem entre a idade e o ano que os alunos deveriam estar cursando. Essa distorção geralmente decorre da repetência e da evasão escolar. • Educação Inclusiva – é o processo de inclusão dos portadores de necessidades especiais ou de distúrbios de aprendizagem na rede comum de ensino, em seus diferentes níveis. Fundamentada no princípio da universalização do acesso à educação e na atenção à diversidade, requer uma filosofia de educação de qualidade para todos. É importante desenvolver uma pedagogia centrada na criança, ampliar a participação da família e da comunidade nos espaços educacionais, organizar as escolas para a participação e para a aprendizagem de todos os educandos e formar redes de apoio à inclusão. Além de programas, há ações de inclusão social, tais como a quota para afrodescendentes na universidade, oportunidades de educação profissional, visando à inserção no mercado de trabalho, escola integral, incentivo aos talentos na literatura, na música, na arte e no esporte, erradicação do analfabetismo. Independentemente das ações/programas de cunho nacional, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios desenvolvem outros específicos, cuja necessidade é indicada pela realidade de cada local. 13Unidade 1 Exercícios 1. Explique, com suas palavras, a vinculação entre Direito e Cidadania. 2. Qual o objetivo do Estatuto da Criança e do Adolescente? 3. Cite situações da vida real, em que é desrespeitado o Estatuto do Idoso. 4. Qual a ligação entre estudantes e o Código de Defesa do Consumidor? 5. Quais as causas da diversidade cultural brasileira? 6. Qual a sua opinião quanto à postura do governo brasileiro com relação aos excluídos socialmente? Justifique. Chave de correção 1. Resposta pessoal. 2. Proteção integral e prioridade absoluta à criança e ao adolescente. 3. Resposta pessoal. 4. Os estudantes são beneficiários dos serviços educacionais, portanto consumidores, mas seus pais ou responsáveis, que os matriculam em escolas privadas, são os responsáveis por esses serviços oferecidos a seus filhos, inclusive, como é o caso, por seu pagamento. 5. A dimensão territorial do Brasil, a influência de europeus, indígenas, negros, italianos, japoneses, alemães e outros. 6. Resposta pessoal. Técnico em Secretaria Escolar Objetivos: • Conhecer a legislação que normatiza a organização e o funcionamento da Educação brasileira. • Identificar as formas de organização e funcionamento da Educação brasileira, de acordo com seus sistemas de ensino. • Conhecer as competências da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na organização e funcionamento dos sistemas de ensino. • Reconhecer a importância da organização e funcionamento para a qualidade dos serviços prestados pelos sistemas de ensino. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO A legislação básica que rege a educação compõe- se da Constituição da República Federativa do Brasil (1988) e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (9.394/96), a primeira mais abrangente e a segunda mais detalhada, sem conter minúcias, nem normas de regulamentação casuística e respeitando a filosofia, a doutrina e os princípios da primeira. Dessa forma, ambas estabelecem que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizem seus sistemas de ensino, em regime de colaboração, definindo as competências de cada um desses níveis: • A União é responsável pela política nacional de educação; pela articulação dos diferentes níveis e sistemas de ensino; pela assistência técnica e financeira aos Estados, Distrito Federal e Municípios; e, em matéria educacional, exerce função normativa, redistributiva e supletiva. E, ainda, organiza o Sistema Federal de Ensino. • Os Estados se responsabilizam pelos seus Sistemas de Ensino, elaborando e executando políticas e planos educacionais, atuando no Ensino Fundamental e, com prioridade, no Ensino Médio, e baixando normas complementares quando necessário. • Os Municípios organizam, mantêm e desenvolvem seus Sistemas de Ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados; oferecem a educação infantil; priorizam o atendimento ao Ensino Fundamental; baixam normas complementares sempre que necessário; assumem o transporte escolar dos alunos da rede municipal. De acordo com a LDB, ao Distrito Federal aplicam-se as competências dos Estados e dos Municípios. O Ministério da Educação (MEC) exerce a hegemonia sobre a Política Nacional de Educação, como um todo, que deixou de ser federal, a partir do momento em que a LDB permite que desenvolva ações, junto aos Sistemas de Ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. E, no desempenho de suas funções, o MEC conta com a colaboração do Conselho Nacional de Educação, órgão colegiado, integrante da estrutura desse Ministério, com atribuições normativas, deliberativas e de assessoramento superior ao Ministro, de forma a assegurar a participação da sociedade, no aperfeiçoamento da Educação Nacional. Às Secretarias Estaduais de Educação, à do Distrito Federal e às Municipais compete Organização e Funcionamento da Educação Nacional Unidade 2 16 Unidade 2 organizar seus Sistemas de Ensino e, por meio deles, implementar as políticas educacionais definidas nacionalmente. Contam com a colaboração dos Conselhos de Educação, órgão de assessoramento que estabelece normas e diretrizes para o Sistema Educacional, e no caso dos Municípios, de Conselhos instalados em 23% (vinte e três por cento) deles. Uma importante ferramenta de trabalho para os educadores é o Plano Nacional de Educação (PNE), instituído pela Lei no 13.005/2014, vigente até 2024. Confira suas metas. META 1 – Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE. META 2 – Universalizar o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE. META 3 – Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento). META 4 – Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete)anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. META 5 – Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3o (terceiro) ano do Ensino Fundamental. META 6 – Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as) alunos (as) da educação básica META 7 – Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb. META 8 – Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). META 9 – Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional. META 10 – Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos Ensinos Fundamental e Médio, na forma integrada à educação profissional. META 11 – Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público. META 12 – Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público. META – 13 Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores. 17Unidade 2 META 14 – Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores. META 15 – Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam. META 16 – Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos(as) os profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino. META 17 – Valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE. META 18 – Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos(as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal. META 19 – Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto. META 20 – Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do País no 5o (quinto) ano de vigência desta lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio. O processo educacional, devido a sua complexidade, decorrente da extensão territorial brasileira, que abrange regiões com características diferenciadas, necessita de atos normativos que definam a correta aplicação dasLeis e explicitem ou detalhem normas legais, facilitando seu entendimento e consequente execução. Além de leis, a normatização do ensino pode ocorrer, por meio de outros atos administrativos. • Medida Provisória – ato unipessoal do Presidente da República; possui força de Lei , sem a participação do Poder Legislativo. Seus pressupostos são urgência e relevância. • Decreto – ato administrativo da competência dos chefes dos poderes executivos; objetiva, usualmente, nomeações e regulamentação de leis, portanto, com efeito regulamentar ou de execução; expedido com base na Constituição Federal, art. 84, IV, para fiel execução da lei, ou seja, executa seu detalhamento mas não pode ir contra ou além dela. • Portaria – ato pelo qual autoridades expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados, como instruções para aplicações de leis ou regulamentos; designa servidores para substituições eventuais e execução de atividades e fazem nomeações, demissões e punições. • Parecer – manifestação de órgãos ou entidades sobre assuntos submetidos a sua consideração. • Autorização – ato administrativo ou particular que permite a alguém realizar atividades ou utilizar determinado bem fora das rotinas estabelecidas. • Regulamento – ato que explica a execução de uma lei ou provê situação ainda não disciplinada em lei. No primeiro caso, sua aprovação é por decreto; no segundo, é considerado autônomo. • Regimento – ato que indica a categoria e a finalidade de órgãos e entidades, detalha sua estrutura em unidades organizacionais, especifica as respectivas competências, define 18 Unidade 2 as atribuições de seus dirigentes e indica seus relacionamentos internos e externos. • Estatuto – conjunto de normas jurídicas, que regulamenta o funcionamento de uma sociedade, uma associação ou uma fundação. Normalmente é comum a órgãos colegiados. • Resolução – emanada de órgãos colegiados, estabelece normas, diretrizes e orientações para consecução dos objetivos. • Instrução – forma de execução de leis, decretos e regulamentos, válida para assuntos normativos, administrativos e de pessoal. DOCUMENTOS ORGANIZACIONAIS Há documentos imprescindíveis ao funcionamento das instituições de ensino e que constituem elo entre escola e família, ambas, visando ao sucesso do aluno. Os pais ou responsáveis devem ser partícipes de sua elaboração e os alunos, também, devem ser ouvidos, pois são o foco maior da escola e precisam conhecer, entre outros, seus direitos e deveres, de ordem social e pedagógica. Esses documentos integram o cotidiano da instituição de ensino: Regimento Escolar, Projeto Político-Pedagógico, Calendário Escolar, Plano de Curso, Proposta Pedagógica, em que se inserem as Matrizes Curriculares, Regulamento ou similar dos Conselhos Escolarese dos Conselhos de Classe e de qualquer outro em funcionamento. Esses documentos assim se caracterizam. • Regimento Escolar: “é o documento normativo-administrativo da instituição educacional, que disciplina a prática educativa, em consonância com a Proposta Pedagógica e com o Plano de Curso, quando se trata de Educação Profissional Técnica de Nível Médio”, conforme define a Resolução no 1/2018 – CEDF, no seu art. 163. (Distrito Federal) • Projeto Político-Pedagógico: extrapola o âmbito pedagógico; define a política educacional da escola; elaborado a partir de consulta à comunidade, com a participação dos professores e de representantes dos alunos; contempla todos os projetos e ações da escola, incluindo capacitação de professores e as atividades envolvendo a comunidade; elaboração prevista pela Lei no 9.394/1996 e normatizada pelos pareceres dos Conselhos de Educação locais. • Calendário Escolar: contempla o início das atividades escolares para os professores, início e término das aulas, formação continuada, planejamento, período de férias e recessos para alunos e professores, entre outras informações. • Plano de Curso: objetiva garantir a organicidade dos Cursos Técnicos de Nível Médio/Educação Profissional oferecidos pela Escola e deve conter: – metodologias de ensino adotadas; – requesitos para ingresso no curso; – perfil profissional de conclusão de curso e das saídas intermediárias, caso houver; – organização curricular e respectiva matriz; – avaliação das aprendizagens; – plano de permanência e êxito escolar dos estudantes; – avaliação do curso. Quando uma escola implanta um curso, deverá elaborar o Plano de Curso correspondente e encaminhá-lo à autoridade supervisora competente para que o mesmo seja analisado e liberado; somente após aprovação é que poderão ser implantados os cursos. As orientações acima são de caráter genérico, conforme disposto na LDB no 9.394/1996. Dependendo da região do país, Estado ou Município, poderão ser feitas exigências suplementares. • Proposta Pedagógica: instrumento teórico- -metodológico responsável pela concepção, organização e integração do trabalho escolar, visando à transformação da realidade, considerando que cada escola se constrói a partir de condições específicas. • Matrizes Curriculares: síntese curricular da Proposta Pedagógica, indicando as disciplinas a serem ministradas em cada ano letivo. 19Unidade 2 Exercícios 1. Identifique a responsabilidade do Estado e do Distrito Federal na organização e funcionamento de seus Sistemas de Ensino. 2. Identifique o papel do Conselho Nacional de Educação junto ao Ministério da Educação. 3. Cite atos administrativos que estabelecem normas e diretrizes para a educação e para o ensino. 4. Por que deve existir um Plano Nacional de Educação, além do cumprimento de disposição contida na LDB? 5. Cite dois documentos organizacionais de alta relevância para o processo educativo. Justifique. Chave de correção 1. Organização de seus sistema de ensino, em regime de colaboração com os do Distrito Federal e dos Municípios; elaboração e execução de políticas e planos educacionais, ministrando, prioritariamente, os Ensinos Fundamental e Médio; e traçando normas complementares, quando necessário, respeitada a legislação de cunho nacional. 2. Normatizações, deliberações, garantindo a participação da sociedade, no aperfeiçoamento da educação brasileira, e assessoramento superior ao ministro da educação. 3. Medida Provisória, Decreto, Portaria, Parecer, Autorização, Regulamento, Regimento, Estatuto, Resolução e Instrução. 4. Resposta pessoal. 5. Resposta pessoal. Técnico em Secretaria Escolar Objetivos: • Identificar os registros escolares a serem efetuados pelas secretarias. • Conhecer a fundamentação legal básica dos sistemas de ensino. REGISTROS ESCOLARES Relacionam-se à vida escolar do aluno e da instituição educacional, com o objetivo de assegurar, em qualquer época, a verificação de: • identidade do aluno; • regularidade de seus estudos; • autenticidade da vida escolar; • funcionamento da escola. Os fatos relativos à vida escolar do aluno e da instituição educacional devem ser registrados em instrumentos próprios elaborados para esse fim. • Matrícula – ato formal que vincula o educando a uma instituição de ensino, na condição de aluno. Matrícula nova – ingresso de um novo aluno. • Transferência – passagem do educando de uma para outra escola, inclusive de país estrangeiro, com base na equivalência ou aproveitamento de estudos. • Histórico escolar – documento que espelha a vida escolar do aluno. • Classificação dos alunos – em qualquer ano ou etapa, exceto no primeiro do Ensino Registros de Fatos Escolares Unidade 3 Fundamental, por meio de promoção, transferência ou avaliação feita pela escola, de acordo com seu Regimento Escolar. • Reclassificação – feita pela escola, com base nas diretrizes curriculares gerais, mesmo no caso de transferências entre estabelecimentos de ensino situados no País e no exterior. • Avaliação dos discentes – análise qualitativa dos dados relevantes do processo de ensino e de aprendizagem, sob a responsabilidade dos docentes, que os registra no Diário de Classe, além da frequência e das atividades desenvolvidas, cabendo à Secretaria Escolar transcrevê-la para a Ficha Individual. Avaliação de desempenho do professor e da instituição de ensino – responsabilidade da equipe gestora, ouvidos os alunos e a comunidade. • Promoção – indicada quando o educando, ao final do ano letivo, obtém índice de aprovação de acordo com o Regimento Escolar e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento). Além da LDB (art. 24, VI), vasta legislação de ensino corrobora a exigência dessa frequência mínima. Todavia, há casos de exceção a essa regra. – Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de l969, que prevê tratamento especial aos alunos de qualquer nível de ensino, por problemas de saúde, como incapacidade física relativa, desde que mantenham condições intelectuais e emocionais para prosseguir nas atividades escolares, seja um fato isolado seja esporádico e que a duração não ultrapasse o máximo admissível em cada caso. Condiciona a concessão 22 Unidade 3 do regime de exceção a laudo médico expedido por autoridade educacional. Também, determina que sejam atribuídos a esses estudantes exercícios domiciliares compensatórios da falta às aulas. – Lei no 6.202, de 17 de abril de 1975, que estende à aluna gestante o regime de exercícios domiciliares previstos no decreto- lei anteriormente citado. – Lei no 10.793, de 1o de dezembro de 2003, que “Altera a redação do art. 26, § 3o e do art. 92, da LDB, que nesse § 3o estabelece: § 3o A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno: I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a 6 (seis) horas; II – maior de 30 (trinta) anos de idade; III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática de educação física; IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044/1969; V – (vetado); VI – que tenha prole. • Estudos de recuperação – sua oferta, pela escola, é obrigatória para os estudantes que apresentam baixo rendimento escolar e devem ser, preferencialmente, paralelos ao ano letivo. Cada instituição educacional deve proporcioná- los, de acordo com o Regimento Escolar. • Progressão parcial (com dependência) – para alunos que obtiverem rendimento escolar insatisfatório em componentes curriculares e, ainda assim, podem prosseguir os estudos no ano subsequente de acordo com o especificado no Regimento Escolar. • Retenção – continuação, no ano subsequente à avaliação, no mesmo ano, do aluno que, após a recuperação final, não evidencie rendimento suficiente para promoção, de acordo com o RegimentoEscolar, ou não obtiver a frequência mínima exigida. • Avanço de estudos (ou promoção especial) – ocorrência nos Ensinos Fundamental e Médio, mediante verificação do rendimento escolar, que indique a continuidade de estudos no ano seguinte, disciplinado no Regimento Escolar. • Aproveitamento de estudos – sua ocorrência permite ao aluno aproveitar os estudos anteriores concluídos com êxito. • Aceleração da aprendizagem – Promoção ou avanço, em vários anos letivos, de alunos submetidos a alternativa pedagógica específica para esse fim. • Certificação de estudos – por meio de documentos escolares, que atestam os estudos realizados pelos alunos. – Diploma – para a conclusão de Educação Profissional Técnica de Nível Médio e cursos a distância. – Certificado – para conclusão dos Ensinos Fundamental e Médio, inclusive nas modalidades Educação de Jovens e Adultos e Educação Especial. Certificado parcial para conclusão de componentes curriculares, no caso dos exames supletivos e para os conhecimentos adquiridos na educação profissional e tecnológica. – Histórico Escolar – já mencionado, anteriormente, neste Caderno; – Ficha Individual – em que constam os resultados obtidos, pelos alunos, nas etapas da educação básica, em suas diferentes modalidades ou em parte delas. Exercícios 1. Quais os objetivos dos registros escolares? 2. Destaque os registros vinculados ao processo de avaliação. Chave de correção 1. Conhecer a identidade do aluno, a regularidade de seus estudos, a autenticidade da vida escolar e o funcionamento da escola. 2. Classificação do Aluno, Reclassificação, Promoção, Estudos de Recuperação, Progressão Parcial, Retenção e Avanço de Estudos. 23Unidade 3 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL • Constituição Federal de 1988 e Emendas no 26/2000, 53/2006 e 59/2009. • Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. • Lei no 6.202, de 17 de abril de 1975, que “Atribui à estudante em estado de gestação o regime de exercícios domiciliares, instituído pelo Decreto-Lei no 1.044, de 1o de outubro de 1969”. • Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente. • Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990. “Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências”. • Lei no 9.870, de 23 de novembro de 1999. “Dispõe sobre o valor total das anuidades escolares e dá outras providências”. • Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a LDB para incluir, no currículo oficial da rede de ensino, a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e dá outras providências. • Lei no 10.741, de 1o de outubro de 2003. “Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências”. • Lei no 10.793, de 1o de dezembro de 2003. Altera a redação do art. 26, § 3o e do art. 92 da LDB e dá outras providências. • Lei no 11.114, de 16 de maio de 2005. Altera os art. 6o, 30, 32 e 87 da LDB com o objetivo de tornar obrigatório o início do ensino fundamental aos 6 (seis) anos de idade. • Decreto no 5.622, de 19 de dezembro de 2005, alterada pelo Decreto no 9.057/2017 “regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996.” (Educação a Distância). • Lei no 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, que altera as Leis nos 9.394/1996 e 11.494/2017, revoga a Lei no 11.161 que dispunha sobre o ensino da Língua Espanhola. • Lei no 11.274, de 06 de fevereiro de 2006. Altera a redação dos arts. 29, 30, 32 e 87 da LDB, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. • Lei no 11.525, de 25 de setembro de 2007. Acrescenta § 5o ao art. 32 da LDB, para incluir conteúdo, que trate dos direitos da criança e do adolescente, no currículo do ensino fundamental. • Lei no 11.645, de 10 de março de 2008. Altera a LDB, modificada pela Lei no 10.639, de 09 de janeiro de 2003, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. • Lei no 11.700, de 13 de junho de 2008. Acrescenta inciso X ao caput do art. 4o da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para assegurar vaga na escola pública de Educação Infantil ou de Ensino Fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir dos 4 (quatro) anos de idade. • Lei no 11.741, de 16 de julho de 2008. Altera dispositivos da LDB, para redimensionar, institucionalizar e integrar as ações da educação profissional técnica de nível médio, da educação de jovens e adultos e da educação profissional e tecnológica. • Lei no 11.769, de 18 de agosto de 2008. Altera a LDB, para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino da música na educação básica. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, Centro Gráfico do Senado Federal, 1988. ______. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 1996. ______. Lei no 11.274, de 6 de fevereiro de 2006. Altera a redação dos arts. 20, 30, 32 e 87 da LDB, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o Ensino Fundamental, com matrícula obrigatória a partir de 6 (seis) anos de idade. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 6 de fevereiro de 2006. ______. Secretaria de Estado de Educação. Normas para o Sistema de Ensino do Distrito Federal. Brasília: Conselho de Educação do Distrito Federal, 2018. JOAQUIM, Nelson. Direito Educacional Brasileiro: história, teoria e prática. Nelson Joaquim; apresentação Angelo Luis de Souza; prefácio Edivaldo M. Boaventura. 3. ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2015. SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. 33. ed. São Paulo: Cortez, 2000. SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. A Nova LDB. Como entender e aplicar. São Paulo: Pioneira, 1997.
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