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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 00º VARA CRIMINAL DA CORMARCA DO RIO DE JANEIRO – RJ. OFÍCIO Nº00000000 INQUÉRITO POLICIAL Nº000000000 A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, por intermédio de Yan Khalil Almeida de Morais e Victor Antonelli Medrado Cabral, delegados de polícia que ao final subscrevem, titulares desta delegacia, no uso de suas atribuições legais e constitucionais, com fundamento no artigo 1º da Lei 7.960/90, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência representar pela: PRISÃO TEMPORÁRIA em desfavor de RENATO DE OLIVEIRA, pelos fatos e fundamentos que doravante passa a expor: 1. DOS FATOS: No dia 5 de setembro de 2014, Anita estava com seu pai, Alfredo Medeiros, no carro da família dirigido por ele e, por volta das 22 horas. Ao pararem no sinal vermelho, na Avenida Bernardo Manuel, esquina com a Rua Cristo Redentor, foram abordados por Renato, que anunciou o assalto e mandou que ambos saíssem do carro. Assustado, Alfredo fez um movimento imediato para tirar o cinto de segurança, quando Renato disparou a arma de fogo que apontava todo o tempo para o mesmo. O tiro acertou sua cabeça, provocando óbito imediato. Renato, antes de fugir, ainda pegou o celular que estava no bolso da camisa de Alfredo. No dia 10 de Outubro de 2014, ao sair de uma feirinha de artesanato, Anita avistou Renato em meio a um grupo de pessoas que parecia usar drogas, reconheceu-o e começou a gritar para que alguém o detivesse, quando então algumas pessoas o seguraram até a polícia chegar. Renato de Oliveira, ao ser interrogado, negou ter cometido qualquer crime, bem como qualquer envolvimento com drogas. Não soube ou não quis informar seu endereço residencial, afirmando que dorme nos locais onde faz “bicos” como pintor, pois não tem emprego fixo. Maria de Oliveira, ao ser avisada sobre a detenção de seu filho, Renato, compareceu à Delegacia de Polícia e garantiu a inocência dele, complementou que ele não mora mais com ela, é viciado em drogas, porém não é ladrão. A pesquisa relativa aos antecedentes criminais apontou que Renato já cumpriu pena pelo crime de tráfico de entorpecentes e foi posto em liberdade em dezembro de 2013. 2. DA PRISÃO TEMPORÁRIA Douto julgador, no caso em tela, estão presentes os motivos que autorizam a prisão temporária pelo que está exposto a seguir. Primeiramente, conforme as provas colhidas até o seguinte momento, o crime investigado está entre o rol taxativo do art. 1º inciso III, alínea “a” da lei 7960/89 requisito sem o qual não poderia se dar a segregação. Uma vez que que o acusado realizou um disparo de arma de fogo contra a cabeça da vítima, um caso claro de homicídio doloso. Ademais, havendo as fundadas razões e substrato fático suficiente de materialidade e autoria do delito (fummus comissi delicti), a prisão temporária de RENATO DE OLIVEIRA mostra-se necessária pois é essencial à investigação criminal, vez que, além do acusado já haver cumprido pena por tráfico de drogas (reincidência criminal) o acusado não possui residência fixa o que configura o periculum libertatis. Destarte, a prisão temporária mostra-se tanto ADEQUADA quanto NECESSÁRIA para o melhor andamento das investigações do caso em questão. 3. DO PEDIDO/CONCLUSÃO Ante o exposto, requer, após a oitiva do MINISTÉRIO PÚBLICO a prisão temporária e a respectiva expedição de mandado de prisão em desfavor de RENARO DE OLIVEIRA pelo prazo de 05 DIAS. Nestes termos, pede deferimento. YAN KHALIL ALMEIDA DE MORAIS Delegado de Polícia do 8º DPRJ Matrícula: 162050760 VICTOR ANTONELLI MEDRADO CABRAL Delegado de Polícia do 8º DPRJ Matrícula: 161051550 Rio de Janeiro, RJ. 28 de Agosto de 2020.
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