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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO – UNICEUMA CIÊNCIAS CONTÁBEIS FULANO DA SILVA DE TAL Resolução de situação-problema envolvendo a Capacidade Civil de Direito e de Fato. São Luís - MA 2020 Tema: Capacidade Civil de Direito e de Fato. Tipo: Situação-problema João é ébrio habitual e possui 19 anos. Herdou um apartamento do seu pai e pretende vendê-lo, para investir em um negócio. Com base nas disposições legais sobre a capacidade discorra sobre a capacidade civil de direito e de fato e explique e justifique se João poderá praticar o negócio jurídico. Segundo os civilistas Cristiano Chaves e Nelson Rosenvald (2015, p. 271), a capacidade civil confere às pessoas naturais a aptidão genérica para “adquirir direitos e assumir pessoalmente deveres”. A capacidade de direito é comum a toda pessoa humana, só se perde com a morte. A capacidade de fato, por sua vez, diz respeito à “aptidão para praticar pessoalmente, por si mesmo, os atos da vida civil” (FARIAS, ROSENVALD, 2015, p. 271-272). Uma pessoa física pode adquirir a capacidade de fato ao longo de sua vida, tanto como pode perdê-la. Mas como adquiri-la? A regra geral é que a pessoa humana adquire a capacidade de fato quando: – ao completar 18 (dezoito) anos; – pela concessão dos pais (emancipação); – pelo casamento; – pelo exercício de emprego público efetivo; – pela colação em curso de ensino superior; – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. A mesma pode ser “perdida” por intervenção judicial, desde que comprovado que determinada pessoa humana se encaixe em pelo menos um dos itens da listagem abaixo, de acordo com o Código Civil são considerados relativamente incapazes: – que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática dos atos da vida civil; – os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade; – os ébrios habituais, os viciados em tóxicos e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; – os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; – e os pródigos. Conclusão: João sofrendo intervenção judicial por ser ébrio habitual, se enquadrará em incapacidade relativa, que permite que o incapaz pratique atos da vida civil, desde que assistido, sob pena de anulabilidade. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei n. 10.406, 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jan. 2002. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/2002/L10406compilada.htm>, Acessado em: 10 Fev. 2020. FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: parte geral e LINDB. 13. ed. rev., atual e ampl. São Paulo: Atlas, 2015. FROIO, Thabata. Capacidade de Direito e capacidade de Exercício.<https://thabatafroio.jusbrasil.com.br/artigos/336834738/capacidade-de-direito-e-capacidade-de-exercicio>, Acessado em: 10 Fev. 2020.
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