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Controle de Perdas de Estoque em Supermercados

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Revista Conbrad Página 71 
CONTROLE DE PERDAS DE ESTOQUE EM UMA REDE DE SUPERMERCADOS 
 
 
Douglas Fracari de Souza 
d_fracari@hotmail.com 
Centro Universitário de Jales 
João Angelo Segantin 
joao-angelo@hotmail.com 
Faculdade Auriflama 
Alexsandra Jardim Silva Alves 
alexsandraj@hotmail.com 
Faculdade Auriflama 
Rubens Takashi Ramos Ando 
rubis_umai@hotmail.com 
Centro Universitário de Jales 
Leandro Barboza Indalécio da Silva 
leandrosilva765@hotmail.com 
Centro Universitário de Jales 
 
 
RESUMO 
 
Com a finalidade de analisar e mencionar as possíveis falhas em relação ao controle de 
estoque, com as pesquisas realizadas em campo e levantamento de dados fornecidos pela 
empresa o mesmo apresenta certas dificuldades no gerenciado de estoque e com resultados 
alarmantes. Após todo processo de análise, estudo, discussão e tabulação de dados, ficou claro 
a existência de falhas que geram perdas no estoque, por a empresa não adotar uma 
classificação especifica em tipos de perdas, por ter seus dados fornecidos sem classificação de 
tipo de perdas (dados brutos), não identificando aonde esta o problemas de suas perdas, para 
que não aconteça uma gestão “cega” existe a necessidade de um sistema mais alimentado e 
uma gestão de perdas mais eficaz. Tendo como um dos objetivos os diagnósticos, algumas 
soluções, umas adaptações para que os varejistas obtenha redução de perdas, aumento na 
lucratividade, ganhando assim mais competitividade de mercado. 
 
Palavras-chave: Gestão de estoque; Classificação de perdas; Redução de custos. 
 
ABSTRACT 
 
In order to analyze and mention the possible flaws in the control of stock, with the research 
conducted in the field and survey data provided by the company it presents certain difficulties 
on the managed inventory and with alarming results . After whole process of analysis , study, 
discussion and tabulation of data, it became clear the existence of faults that generate losses in 
the stock , for the company does not adopt a classification specifies types of losses , having 
your data provided without loss type classification ( raw data ) , not identifying where is the 
problems of its losses , lest a "blind " management there is need for a more powered system 
and more effective loss management. Having as one objective diagnoses, some solutions , 
some adaptations for retailers to get reduce losses , increase profitability , thereby gaining 
more market competitiveness 
 
Keywords: Inventory management; Loss of classification; Cost reduction. 
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1. INTRODUÇÃO 
 
De acordo com o atual cenário econômico brasileiro, a inflação já vem atingindo o teto 
máximo estipulado pelo Banco Central, com essa alta as empresas passam a ter custos 
elevados, repassando assim o custo para o consumidor final. Com esse acontecimento as 
empresas em geral têm que se atentar com o seu estoque, pois este é responsável pela maior 
parte de um capital social da empresa. 
O trabalho busca estudar e trazer melhorias para área de estoque, demonstrando assim 
a importância de uma administração efetiva nesse departamento, que busca combater os 
principais tipos de perdas da área: por fatores biológicos, reações químicas, contaminação, 
mau armazenamento, danos físicos, armazenamento prolongado, furtos internos e externos, 
perdas por transferências de estoque entre lojas. 
Segundo ROLLI, 2013, “o valor representa 2,52% do faturamento liquido anual do 
setor, R$ 272,2 bilhões”, com esse argumento de que as perdas representam 2,52%, os 
empresários devem se atentar mais sobre as ocorrências das mesma em seu estoque, tendo 
isso em mente esse trabalho ira elencar os erros, e dar possíveis diagnósticos e opiniões para 
melhorar o desempenho da área de estoque, tudo isso irá gerar um elevado padrão 
operacional. 
Como as empresas em geral focam em economizar, gastar menos e produzir mais, as 
mesmas tem a dificuldade de identificar onde está ocorrendo o prejuízo. Por tanto qual seria a 
visão da empresa em relação a suas perdas? Os resultados estão enquadrados em sua missão? 
Com esse problema proposto o trabalho vem com o foque em analisar o controle que 
esta sendo feito em perdas, de acordo com o tema Controle de perdas em Estoque em uma 
rede de Supermercados. 
“A justificativa destaca a importância do tema abordado, levando-se em consideração 
o estágio atual da ciência, as suas divergências ou a contribuição que se pretende proporcionar 
ao pesquisar o problema abordado”. (FACHIN: 2006) 
Diante da instabilidade econômica nos últimos tempos e em meio as grandes pressões 
competitivas, as empresas precisam de um autogerenciamento e medidas estratégicas para 
conseguir se manter no mercado, o sistema de prevenção de perdas vem com o objetivo de 
reduzir perdas e quebras contribuindo assim para um aumento na margem de lucro da 
empresa, sendo assim a mesma passa a ter um ganho maior de competitividade. 
O estoque, sendo a área vital de uma empresa varejista é de extrema importância o 
controle de perdas da mesma. Devido essa grande importância, deve ser feito uma avaliação e 
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o investimento necessário para que exista uma gestão de controle eficaz, pois a falta desse 
controle poderá influenciar muito a vida financeira da empresa. 
“O objetivo é um fim ao qual o trabalho se propõe a atingir. A pesquisa científica 
atingirá seu objetivo se todas as suas fases, por mais difíceis e demoradas que sejam, forem 
vencidas e o pesquisador puder dar uma resposta ao problema formulado”. (FACHIN: 2006) 
 O presente trabalho vem com o objetivo identificar os tipos de perdas que existem 
numa rede de supermercados. 
Para atingir o objetivo geral, foi estabelecido os seguintes objetivos específicos: 
 Verificar qual o percentual que as perdas representam em seu faturamento. 
 Verificar as medidas atuais que a empresa esta adotando para a prevenção de 
perdas. 
 Identificar Analisar possíveis erros na administração de perdas. 
 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
Estoque 
 
Segundo ARNOLD (1999), “Os estoques são materiais e suprimentos que uma 
empresa ou instituição mantém, seja para vender ou para fornecer insumos ou suprimentos 
para o processo de produção. Todas as empresas e instituições precisam manter estoques. 
Freqüentemente, os estoques constituem uma parte substancial dos ativos totais.” 
O estoque tem por finalidade atender a demanda do mercado e garantir a 
disponibilidades de produto, com o propósito de se evitar perdas financeiras, é de primordial 
importância que exista uma sincronização perfeita entre a procura de mercadoria e oferta da 
mesma. 
Tendo em vista que tal situação seja improvável, deve se montar um estoque mínimo 
para atender a demanda. 
 
Controle de estoque 
 
Segundo POZO (2010) os principais objetivos de planejar e controlar estoque são: 
 Manter o estoque o mais baixo possível para atendimento compatível as 
necessidades vendidas; 
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 Identificar os itens obsoleto e defeituosos em estoque, para eliminá-los; 
 Não permitir condições de falta ou excesso em relação a demanda de vendas; 
 Prevenir-se contra perdas, danos, extravio ou mau uso; 
 Manter as quantidades em relação às necessidades e aos registros; 
 Fornecer bases concretas para elaboração de dados ao planejamento ao curto, 
médio e longo prazo, das necessidades de estoque; 
 Manter os custos nos níveis mais baixo possíveis, levando em conta os volumes de 
vendas, prazos, recursos e seu efeito sobre o custo de venda do produto. 
O controle de estoque deve minimizar o capital investido no mesmo, devido seu alto 
custo aumento contínuo, uma vez que, seu custo também se eleva. Tal controle é de total 
importância para a empresa,uma vez que controla seus desperdícios, desvios e também 
levantamento de valores para análise demasiado investimento, o qual prejudica o capital 
investido. 
 
Montante parado 
 
“A necessidade de capital de giro é função do ciclo de caixa da empresa. Quando o 
ciclo de caixa é longo, a necessidade de capital de giro é maior e vice-versa. Assim, a redução 
do ciclo de caixa - em resumo, significa receber mais cedo e pagar mais tarde - deve ser uma 
meta da administração financeira” LUNELLI 
No caso das empresas varejistas o giro de caixa deve ser maior, para que o estoque não 
fique parado, fazendo assim com que a empresa perca montante. Tendo como ponto de vista a 
citação de LUNELLI, de forma alguma o caixa deve pagar mais cedo e receber mais tarde, 
tendo assim como objetivo trabalha com capital de terceiros que na qual são seus 
fornecedores. 
 
O que é perda varejista? 
 
Segundo SAMBUGARO, “São consideradas perdas no varejo, toda e qualquer 
interferência negativa no resultado da empresa, gerando como consequência final a redução 
de lucro”. 
Quando fala-se em perdas em supermercados os fatores mais relevantes são: os 
desperdícios, excessos, vencimento, quebras,armazenagem imprópria, furtos. Essas são as 
causas que são identificadas mais rapidamente. 
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Segundo SANTOS, 2014, “Um treinamento deve conter não somente os processos. 
Deve mexer com as pessoas, tocá-las, colocar um sentido maior nas atividades. Quando 
pessoas trabalham com um sentido organizacional, o trabalho deixa de ser uma obrigação e 
torna-se uma arte”. Por tanto não pode ser esquecido que o que ocasiona e define as perdas é a 
falta de comunicação entre os setores, a falta de alimentação do sistema e a fidelidade dos 
funcionários para com a empresa. 
 
A tolerância de perdas. 
 
Segundo LAPA (2010), uma rede de supermercados não poderá ultrapassar uma 
margem de perda de 2,01%. 
 
Tabela 1 – Objetivo de perdas por Setores 
Setor Perda Setor Perda 
Mercearia seca 0,8% P.A.S.- 
Refrigerados 
1,2% 
Mercearia Líquida 1,0% Salsicharia 2,0% 
Higiene e Limpeza 0,8% Açougue 2,5% 
Perfumaria 1,2% Peixaria completa 4,5% 
Bazar e utilidades 1,0% F.L.V 4,0% 
Têxteis 1,0% Padaria e confeitaria 1,2% 
tro Info 0,5% Total da Loja 2,01% 
Fonte: Adaptado de Pratika, 2010. 
 
 
Tendo esse ponto de vista o empresário deve estar sempre atento com esse valor, pois 
ele poderá causar um grande impacto financeiro, e se o mesmo não for um valor real poderão 
ocasionar um grande desfalque nos resultados. Segundo estudos da ABRAS, GPP, Provar-
FIA e Nielsen as perdas no varejo brasileiro estão distribuídas conforme figura abaixo: 
 
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Esses dados levantados pelo SEBRAE SP, os mesmos são como uma media da 
pesquisa já realizada pelo mesmo. 
Segundo LAPA, 2010, “Devemos desconfiar dos resultados muito negativos quanto 
dos muitos positivos: os positivos demais também podem ter sido manipulados ou estar 
distorcidos e passar uma falsa sensação de segurança”. 
Nem todos os dados levantados pelos supervisores dos setores são legítimos, por tanto 
resultados extremos devem ser muito bem analisados, pois os mesmos podem estar 
maquiados trazendo assim a falsa sensação de segurança para empresa, que segundo o autor 
pode ocasionar problemas nos relatórios finais, tendo prejuízo no lucro liquido da empresa. 
Segundos estudos realizados pela SEBRAE SP a mesma define as seguintes perdas 
principais: 
 
Quadro 1 - Principais tipos de perdas no varejo 
Perdas 
comerciais 
Ocorrem quando o produto não está disponível para venda (ruptura) e 
suas principais causas são: embalagens inadequadas, falha na reposição 
do produto na loja ou na entrega do fornecedor. 
Perdas 
administrativas 
Ocorrem por falhas no gerenciamento da operação da loja e suas 
principais causas são: erro de precificação, erro de cadastro de produto, 
desperdícios gerais (água, energia, telefone, manutenções por mau 
uso), deficiências na gestão de compras e estoques, dimensionamento 
incorreto dos recursos humanos para a operação da loja. 
Perdas de 
produtividade 
Ocorrem quando há falta de padrões, controles e processos 
operacionais estabelecidos e disseminados: demora no atendimento, 
desperdício de tempo e recursos em tarefas redundantes, retrabalho. 
Figura 1 - Distribuição das perdas no varejo brasileiro 
 
FONTE: SEBRAE-SP, 2015. 
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Perdas 
financeiras 
Ocorrem principalmente devido a assaltos e furtos (internos e 
externos), deficiências nos meios de pagamento e oferta de crédito, 
inadimplência e fraudes (cartões e cheques). 
Perdas nas 
operações 
Ocorrem durante a operação da loja e as principais causas são: 
armazenamento, exposição, ou movimentação inadequada de produtos, 
falhas no recebimento de mercadorias e falhas na operação do check-
out. 
Fonte: SEBRAE-SP, 2015 
 
 
Já LAPA (2010) define como perdas principais os seguintes pontos: a) Erros nos 
códigos de produtos processados na loja; b) Produtos recebidos em quantidades inferiores as 
adquiridas (fraude); c) Troca de etiquetas pelos clientes; d) Registros incorretos nos caixas; e) 
Erros no calculo de preços de vendas; 
 As perdas ocorridas no varejo estão relacionadas com a falta de controle, treinamento 
e avaliações periódicas que auxiliam na criação da gestão de dados e controle operacional 
efetivo do estoque. O autor LAPA elenca tópicos como principais tipos de perdas 
relacionados a erros humanos, que são gerados por falta de mão de obra qualificada ou até 
mesmo por fraudes. 
 
Perdas Totais 
 
“Definimos o termo ‘Perdas Totais’ como o valor total da soma das PERDAS e das 
QUEBRAS”, LAPA 2010. 
 A soma de tudo o que se perde no estoque, um procedimento que no qual a maioria 
das empresas soma tudo sem especificar as perdas. Esse método é um tanto quanto antigo e 
sem valor administrativo para diagnostico, pois não tem especificações que discriminam o que 
acontece, aonde se perde mais ou menos. Uma empresa como o supermercado ao usar um 
sistema de perda sem discrição nenhuma, não terá como diagnosticar os seus erros, observar 
se esta havendo alguma falha ou se as perdas estão dentro dos padrões estabelecidos pela 
empresa. Sendo assim não poderá tomar as medidas cabíveis para tal controle. 
 
Perdas em quebras 
 
As perdas de quebra são muitas das vezes resolvidas dentro do mercado usando os 
seus setores de produção como o setor da lanchonete, frios e açougue, que fazem produção 
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própria. Para que não haja tantas perdas ou trocas (em ultimo caso), em geral os 
supermercados seguem uma determinada figura em relação às perdas: 
 
 
 
 
A figura acima relata bem o que acontece dentro de um supermercado, desde quando o 
fornecedor entrega o produto ate o determinado fim do produto. Em questões com respostas 
de sim e não, através dessas respostas é que são destinados os produtos, como um dos 
exemplos que a figura coloca “A mercadoria tem condições de consumo?”, dependendo da 
resposta no caso se for sim, acarreta a outra pergunta, “A mercadoria pode ser transferida 
Internamente?” se for sim então essa mercadoria que esta própria para consumo é destinada 
para outro setor que muito das vezes é um setor de produção que na qual pode manufaturar o 
produto “quebrado” impróprio para venda direta. Conforme o produto vai descendo na figura 
maior esta sendo o custo do mesmo, por estar passando por vários processos para conseguir 
vender. Esse processo se torna inevitável, mas muito relevante a falar de montante parado, 
pois quanto mais tempo demora para o produto sair do seu estoque (vender) mais custo ele 
gera. O estoque éo investimento que a empresa faz para poder atender a demanda fazendo um 
giro de capital. 
Segundo MORITA (2011) “O problema é que o custo de manter estoque parado pode 
ser alto tanto financeiramente quanto operacionalmente. Afinal, à medida que aumenta a 
quantidade de produtos armazenados em depósitos, cresce o risco de perdas com embalagens 
estragadas e prazo de validade vencido. O comportamento do varejista é interessante, porque 
ele não tem tanto receio da quebra quanto tem da falta de produtos". 
Figura 2 - Fluxo de quebra 
 
FONTE: JARNYK, 2008 
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Com medo de não ter produtos suficientes para atender a demanda, os proprietários 
trabalham com estoques altos, gerando assim alto risco de perdas. Tais perdas geram um 
capital parado, fazendo com que a empresa não tenha um giro de estoque lucrativo. 
 “São mercadorias identificadas como impróprias para o consumo e venda que, apesar 
de ainda estar presente no estoque, não mais possuem condições de comercialização por 
estarem avariadas, deterioradas ou vencidas” (LAPA, 2010). 
Segundo LAPA, 2010, as perdas com quebras são aquelas que são definidas e 
descriminadas, tais como: a) Mercadorias vencidas; b) Frutas e legumes deteriorados; c) 
Balcões com problemas de refrigeração; d) Produtos não separados por categoria; e) Produtos 
empilhados acima da recomendação do fabricante; f) Descarga de produtos inadequada 
(produtos jogados no piso); g) Produtos mais pesados estocados sobre outros mais frágeis; h) 
Pedidos acima da quantidade ideal (compras); i) Produção de fatiados acima do giro; j) 
Produtos furtados com vestígios como embalagens violadas (furto externo e interno). 
 As perdas em quebras são perdas que de certa sofreu uma mudança da origem, 
tornando-se imprópria para comercialização. Essa perda como mostrada pelo autor são 
ocasionadas por falta de mão de obra capacitada, um exemplo básico seria o empilhamento de 
caixas acima do recomendado pelo fabricante, algo fácil de ser diagnosticado como avaria. 
 
 
 
 
Segundo a figura 3, de JARNYK (2008), os maiores índices de perdas em um varejo, 
que tem em primeiro lugar a portaria de recebimento, onde a conferencia das notas fiscais é 
efetuada, nessas conferencias podem ocorrer muitas variações que podem induzir o conferente 
ao erro, por exemplo, há muitas notas fiscais que vem em uma entrega na qual o produto não 
Figura 3 – Principais fontes de perdas 
 
FONTE: JARNYK, 2008 
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se encontra, por exemplo, na nota veio o produto X mais a distribuidora por algum motivo fez 
o carregamento errado, por tanto a mesma quer entregar um produto Y no lugar assim poderá 
esta ocorrendo um erro, se acaso o conferente esqueça desta ocorrência (esquecer de fazer o 
ajuste devido) o estoque do varejista estará errado, e esse erro poderá custar caro na 
divergência de um inventario geral (que será explicado com mais detalhes no decorrer do 
trabalho). 
Já no estoque as maiores dificuldades se encontram no espaço físico, havendo assim 
um alto índice de compras de produtos com baixa rotatividade, elevando o custo de 
armazenamento, outro problema é a armazenagem incorreta, um exemplo clássico é que na 
caixa da embalagem vem descrito “empilhamento máximo 8 caixas”, mas como o estoque é 
pequeno ou comprou um lote de alto volume, os colaboradores acabam ultrapassando a 
quantidade de 8 caixas, que na qual pode afetar as embalagem de baixo ou ate mesmo a pilha 
poderá cair, ocasionando uma perda ainda maior. 
Área de venda, um ambiente que ocupa a posição de terceiro lugar, dentro de perda, 
pois é um ambiente que deve estar sempre atento em relação a furto de clientes e a uma 
exposição errada, ou até mesmo um layout errado pode ocasionar uma perda de estoque, um 
exemplo que acontece muito é de colocar mercadorias de que liberam odor perto de outras 
mercadorias que pegam o odor (cheiro) da outra, um erro fatal. 
Ponto de venda (PDV), aqui é a onde os índices são bem baixos, mas podem ser 
elevados facilmente se os profissionais não forem capacitados, pois se não tiver a devida 
atenção pode ocorrer roubos de mercadoria entre clientes ou ate mesmo o cliente pode “passar 
a perna” no/a operador/a de caixa. Como por exemplo, os clientes que de certa forma 
apavoram o funcionário passar rápido a compra, e dependendo do tamanho da fila o mesmo 
coloca operador em uma pressão psicológica de passar as compras com certa rapidez, aonde 
que o índice de erro poderá ser bem alto. 
 
Conhecimento do seu estoque 
 
Segunda PIMENTA, 2010. “O estoque é, sem sombra dúvida, o pulmão da empresa 
varejista. Pouco ar, a empresa não respira muito ar, a empresa se sufoca”. 
A empresa que vive de estoque como uma rede de supermercados, o estoque é algo 
muito sensível, pois ele é o seu capital investido se o estoque não gira o seu montante esta 
parado e dinheiro para é prejuízo alto. 
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Quanto mais controle em estoque melhor, esse trabalho trata de perda em estoque, 
bom, perda é só um dos muitos prejuízos que um estoque pode trazer para empresa. 
PIMENTA, 2010, trás os pontos fortes de cálculos que as empresas devem seguir para 
um controle de estoque eficiente: 
 Do período médio de estoque, que indica quantos dias, em média, um item permanece 
em estoque; 
 Da quantidade mínima de estoque, abaixo da qual a empresa pode sofrer perda de 
vendas por falta de mercadoria; 
 Do ponto de compra, que estabelece em que momento a compra precisa ser feita para 
não haver falta nem excesso de estoque. 
 Há também as pesquisas de mercado, que são muito úteis para quem quer dimensionar 
vendas e, por conseqüência, compras e estoque. 
Através desses 4 pontos apontados pelo autor PIMENTA, fica claro a necessidade do 
conhecimento que seus gestores devem ter sobre sua demanda e seus fornecedores, tendo 
assim dados e informações que colaborem para um diagnostico e gestão eficiente do estoque. 
 
Como prevenir as perdas 
 
“O controle de estoque é fundamental no processo de gestão de qualquer empresa, pois 
influencia diretamente no desempenho financeiro da organização. Alguns empresários, 
executivos e gestores acreditam que basta ter pessoas para uma gestão de estoque eficiente, 
porém, sem processos claros não é possível garantir que todos estão trabalhando da maneira 
mais adequada. Essa crença impossibilita identificar os verdadeiros problemas a serem 
combatidos” (SHIMUTA, 2013). 
O controle de perdas nada mais é do que ter controle do seu estoque, a empresa tem 
que saber sobre o mesmo, os gerentes devem sempre estar atento a sua demanda, e se o que 
tem constando no sistema é o que tem em estoque real. 
Para SHIMUTA 2013, os gerentes devem seguir a seguinte ação e a mais comum: 
 Realização de inventários (verificar se o estoque físico é igual ao estoque 
informado nos sistemas de controle), ferramenta essencial para medição e controle 
do estoque, possibilitando o diagnóstico de problemas e auxiliando a 
implementação de soluções com maior assertividade. 
Segundo SHIMUTA 2013, este procedimento é capaz de identificar problemas tais 
como: 
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 Rupturas (produtos armazenados no depósito, mas não expostos nas gôndolas); 
 Estoques negativos (que pode ter sido ocasionado por erro de contagem ou 
digitação na entrada do produto); 
 Perdas por avarias; perdas por fraudes; 
 Roubos ou extravios de materiais; 
 Falhas no processo de entrada e saída de Notas Fiscais (deixar de registrar uma 
movimentação de entrada ou saída, por exemplo); 
 Produtos vencidos, entre outros. 
Esses processos segundo o autor trazem informações muito importantes, pois através 
desseprocedimento o mesmo pode te mostrar aonde poderá esta o seu erro que decisões você 
poderá tomar através dos resultados. Por exemplo, sabe que produtos estão sem movimento 
em estoque ou até mesmo achar produtos “escondidos” produtos que não estão na área de 
venda. 
De acordo com JUNIOR 2008, que acompanha essa luta de muitos comerciantes 
contra as perdas de estoque fala que é possível converter esses 2% de prejuízos em resultados 
e lucros. Ele nos passa 11 dicas que podem ajudar os varejistas a vencer essa situação tão 
inoportuna. 
1. Equipe de gestão de perdas: essa equipe é necessária para documentar os processos, achar 
as possíveis melhorias a serem implementadas na gestão da empresa e repassá-las aos 
demais colaboradores. 
2. Inventário rotativo: estar de olhos bem abertos com os setores que possuem produtos de 
maiores perdas, baseado nos dados ABC de perdas e estoques. 
3. Controle das vendas: fazer uma avaliação bem elaborada junto aos operadores de caixas, 
para que não exista a hipótese de fraudes e erros por falta de atenção e até mesmo 
qualificação. 
4. Acompanha a validade dos produtos, especialmente os perecíveis: ter um sistema que 
controle a validade de cada lote de produto específico na entrada do seu estoque, isso lhe 
proporcionara maior controle das validades, além disso fazer compras regulares, de acordo 
com o tempo de estocagem de cada produto. 
5. Conferencia no recebimento da mercadoria: ter um processo de negócios e um sistema de 
gestão completo são de total importância para que esse controle seja totalmente eficaz. 
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6. Gerenciamento de estoques: Todos os processos envolvendo o estoque deve ser 
acompanhado de perto, como compras, vendas, armazenagem, reposição, pois qualquer 
que seja a falha em um desses processos irá gerar perdas. 
7. Controle de devoluções e trocas de clientes e devoluções e trocas para fornecedores: para 
que não se exista a perda de forma alguma, todos esses tipos de devoluções ou trocas 
devem ser documentadas para que não se perca o controle de nenhum produto que saiu ou 
entrou no estoque. 
8. Gestão da informação: ter controle total da eficiência daquilo que se lança nos controles 
do sistema da empresa, pois todos os dados e informações ali encontrados são de total 
importância para tomada de decisão. 
9. Correta definição do Mix de Mercadorias: ter total controle da analise da curva ABC do 
seu estoque, para que se possa evitar estoques excessivos de produtos com pouca saída, o 
que gera perda. 
10. Gestão de movimentações internas: ter total controle da movimentação dos produtos, 
mesmo que seja entre departamentos, pois cada departamento deve ter seu controle de 
perdas individualizado, controlado e auditado. 
11. Controle de rendimento de carnes e receitas de padaria, salsicharia e outros: controlar as 
perdas nos setores de produção, tendo todas elas processadas e documentadas para maior 
controle. 
 Através das dicas que Junior destaca, fica evidentemente claro que é necessário um 
controle rigoroso e eficaz em todos os processos que envolvem a gestão de estoque. 
Avaliações periódicas, mão de obra qualificada, levantamento de dados e informações, 
gerenciamento efetivo são de extrema importância para uma gestão operacional de qualidade 
total. 
“Claramente, com o aumento gigantesco do mix de produtos comercializados pelas 
empresas, fica absolutamente impossível encarar este desafio sem um bom sistema de gestão 
mercantil suportando os processos de controle.” (JUNIOR, 2008.) 
 Nessa citação o autor Junior deixa claro que nos dias atuais não é fácil ter um controle 
eficaz sem um sistema que opere com total qualidade e segurança, é necessário mão de obra 
qualificada e muito investimento em treinamento também, investimentos que serão 
recompensados no futuro, pois com um sistema de gestão mercantil eficaz, você conseguirá 
que seus prejuízos se tornem lucros e recursos para sua empresa. 
 
 
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3. METODOLOGIA 
 
Para atingir os objetivos propostos, adotou-se a metodologia de coleta de dados e 
análise de dados qualitativos fornecido pela empresa, que foi usado para a elaboração e o 
desenvolvimento deste trabalho, são dados brutos que na qual serão lapidados para análise 
que foi proposta pelos autores que rege este trabalho. 
Foi realizada pesquisas sobre o assunto em controle e gerenciamento de estoque e 
perdas em estoque, para a realização do mesmo foi utilizados livros, noticias, internet e 
artigos. 
Houve a elaboração e aplicação de dez (10) questionários direcionados aos 
gerenciadores operacionais dos setores envolvendo entre eles mercearia, açougue, frios, 
padaria, aonde foi aplicado um de cada setor envolvendo duas unidades da rede, buscando 
resultados para afirmações disponíveis no trabalho. 
Adotou-se a utilização de um questionário criado e fundamentado por LAPA 2010, 
que na qual o mesmo busca identificar o grau de risco de perdas da unidade com o foco em 
resultados gerencias das duas unidades envolvidas no qual aplicaremos à dois (02) gerentes 
gerais. 
Esses estudos serão analisados e debatidos de acordo com as indicações e citações dos 
autores indicados neste trabalho, os resultados serão debatidos com os integrantes do trabalho, 
com o foco de atingir os objetivos deste trabalho. 
 
4. ANÁLISE DOS RESULTADOS 
 
Dados da Empresa 
 
 Por meio dos dados tabulados levantados através de balanços gerais realizados 
trimestralmente e os balanços mensais em setores específicos, ambos realizados nas duas 
unidades da franquia da rede de supermercados instaladas em Jales, balanços estes já 
realizados pela empresa e fornecidos pela mesma. Esses dados obtidos são classificados em 
perdas e furtos, ou seja, a única perda classificada de forma especifica são os furtos existentes, 
outros tipos de perdas já citados no trabalho não aparecem em nenhuma tabela ou 
classificação feita e fornecida pela empresa. Tal classificação pode não estar acontecendo 
devido a várias avarias existentes no setor de estoque, como falta de um planejamento, mão-
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de-obra qualificada, falta de um gerenciamento eficaz ou até de alimentação do sistema de 
controle de perdas. 
 Todos os dados que a empresa forneceu foram analisados, estudados, lapidados e 
foram transformados em gráficos, para melhor interpretação, conseguiu-se levantar a 
quantidade de perdas específica de cada setor específico, mercearia, padaria, frios e açougue. 
O setor de mercearia é composto pelas vendas de cereais, perfumaria, produtos de 
limpeza ehigiene pessoal, bazar, bebidas em geral entre outros departamentos do setor. No 
setor são feitos balanços gerais em média a cada três meses, como fica exposto no gráfico 
acima. Esse setor tem a exceção de não ser realizado balanços mensais no mesmo, por ser um 
setor que abrange uma enorme quantidade de itens. 
O balanço geral realizado no mês de janeiro como mostra o gráfico, teve uma 
divergência de aproximadamente R$ 50 mil reais, correspondente a somatória do balanço das 
duas lojas. Um resultado tanto quanto bom, mas se analisarmos os dois balanços seguintes há 
um acréscimo de aproximadamente 280% em relação ao balanço anterior, esse dado 
assustador junto ao balanço realizado em outubro, tornando os dados do começo do ano um 
tanto redundantes. 
Quanto aos furtos e perdas o setor está se saindo bem segundo os dados fornecidos, 
mas se analisarmos as divergências existentes nos balanços gerais, fica evidente que 
provavelmente a gestão no controle de perdas não está sendo eficaz. 
O setor de padaria também possui seus dados das duas unidades unificados em um 
único gráfico, para melhor entendimento. O fator mais preocupante como senota no gráfico 
são as perdas, tais números podem ser altos devido ao grande grau de produtos perecíveis, 
sendo assim necessário um estoque mínimo e grande fluxo de venda, as perdas tem seus 
valores com alto nível de oscilação, por tanto, entre os meses de janeiro, fevereiro e março, 
houve uma variável de aproximadamente R$ 6 mil reais. No decorrer do ano o caso das 
perdas se agrava, sofrendo um acréscimo de mais de 50%, algo muito grave para a 
lucratividade da empresa. Os outros itens, balanço geral, mensais e furtos, contendo dados 
confortantes, porem ao final do ano houve um acréscimo de mais de 100% avaliado no 
balanço mensal. 
O setor de frios apresenta um gráfico um tanto quanto curioso, pois apresenta um 
grande índice de perdas durante os meses de junho e julho, tendo um aumento de 
aproximadamente 384% como mostra o gráfico acima. Tal setor também conta com balanços 
mensais que apresentam valores com grandes oscilações mesmo com o estouro de julho. Um 
grande causador dessas perdas diagnosticadas pode ser o curto prazo de validade dos produtos 
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comercializados, ou também pelo alto índice de importância de um armazenamento correto. 
Porem esses agravantes não justifica tal aumento de perdas, pois a quantidade de mercadoria 
comprada e o armazenamento da mesma fazem parte de uma política de prevenção de perdas 
eficaz, a qual não tolera perdas por falhas de gestão. 
Quanto aos balances gerais e furtos, não houve grande oscilações, mas sim um valor 
padrão, que se torna preocupante pela sua frequência, pois cada mês deve apresenta situações 
diferentes. 
Um fator que pode ser relevante no setor de açougue seria a ausência de perdas por 
furtos, um dado bastante interessante, pois o mesmo poderia estar sendo um dado omitido 
devido a falta de uma classificação específica de furtos internos e externos, podendo assim 
furtos internos e externos estar sendo classificados como perdas gerais. Tendo isso em 
consideração é espantoso o grande índice de perdas e variações existentes entre os meses. As 
variações obtidas no balanço mensal e nas perdas chegam a ser de em média 340% nos seus 
maiores índices de crescimento. Já os balanços gerais, possuem números estáveis, se tornando 
algo curioso, parecendo ser meta de perda pré-estabelecida pela empresa, sendo que nenhum 
tipo de perda é benéfico. 
 
Questionário Modelo Desenvolvido por LAPA (2010). 
 
Buscando identificar possíveis falhas na gestão do controle de perdas existente nas 
duas (02) unidades da rede de supermercados, utilizamos um questionário elaborado e 
fundamentado por LAPA, 2010. Tal questionário busca apontar o grau de risco que a empresa 
se encontra devido as possíveis avarias existente na gestão das perdas. Classificando assim 
suas respostas positivas (sim) em 5 pontos e 10 pontos para cada resposta negativa (não). 
O questionário foi aplicado aos gerentes gerais das unidades, o qual por seu cargo 
hierárquico teria maior conhecimento e controle sobre todos os acontecimentos ocorrentes nas 
lojas. 
O questionário aplicado em uma de suas unidades levantou o seguinte resultado, 115 
pontos, sendo composto por 17 “sim” e 03 “não”. 
Obtendo assim tal classificação fundamentada por LAPA, 2010: 
“Existem pontos vulneráveis e é necessário instituir controles e monitorar a operação, 
pois se pode estar tendo perdas excessivas.” 
Correlacionando tal resultado com os dados fornecido pela empresa e anteriormente 
abordado no documento fica evidente que a fundamentação de LAPA, 2010 faz total jus a sua 
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ideologia. Pois em todos os setores ficou clara a necessidade de uma gestão específica e 
qualificada de acordo com suas fraquezas. 
Já o questionário aplicado na outra unidade da mesma rede, nos trouxea seguinte 
pontuação, 130 pontos, sendo 14 “sim” e 06 “não”. Tendo assim uma classificação ainda mais 
baixa, do ponto de vista de LAPA, 2010. 
“O risco de perda é bastante preocupante, sendo necessário reavaliar diversos 
processos e procedimentos. Chame alguém com experiência para ajudar.” 
Através da obtenção desse segundo resultado, fica claro que ambas as lojas precisam 
de uma política de gestão de perdas eficaz, sendo necessário assim investimento em melhorias 
que busquem melhorar os pontos negativos que foram abordados no questionário e também 
nos dados de resultados da empresa. Buscando atender a dicas propostas por LAPA, 2010 a 
empresa deve contratar pessoas mais qualificadas na área gestora de estoque ou capacitar as já 
empregadas, criação de um departamento de controle de perdas, alimentação do sistema 
quanto à classificação do tipo de perda existente, melhor controle de compra e armazenagem 
de seus produtos, entre outros. 
 
Questionário 2: Gerenciadores Operacionais Dos Setores 
 
Este questionário foi elaborado com a finalidade de junto com os dados fornecidos, e 
também o questionário criado e fundamentado por LAPA (2010) buscar respostas e possíveis 
soluções para o problema e objetivos específicos abordados no trabalho. 
O questionário foi aplicado aos gerenciadores operacionais dos setores das duas lojas 
da rede localizadas na cidade de Jales. O questionário teve como foco principal identificar o 
perfil dos gerenciadores quanto a idade, sexo, escolaridade, entre outros e também possíveis 
falhas contidas no processo de gestão de estoque, pois somente quem atua constantemente em 
tal área poderia nos passar informações mais precisas. 
Tal questionário foi aplicado nos setores de depósito, mercearia, frios, padaria e 
açougue, já com a finalidade de classificar e identificar as principais causas de perdas por 
setor específico e dando assim a oportunidade de seus gestores justificarem suas perdas em 
relação aos dados fornecidos tabulados em gráficos já comentados anteriormente. 
 
 
 
 
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Perfil dos Entrevistados 
 
Com o universo de pesquisa tendo dez gerenciadores de setor, sendo eles com idade 
superior a de 23 anos, do grupo entrevistado sendo apenas 30% são mulheres, que possui um 
cargo de gerenciamento de setor, tendo assim a maioria dos gerenciados do sexo masculino. 
 
 
 
 
Com o publico entrevistado, 70% tendo laços matrimonias (casados), possuindo uma 
grande parte do grupo entrevistado certa experiência em seu setor superando 4 anos. Dos 
gerenciadores 40% possuem pelo menos Ensino Médio completo, observa-se assim que esse 
baixo nível de escolaridade pode estar ligado á possíveis falhas gerenciais dentro da gestão. 
Pois 60% dos colaboradores não possuem cursos ou nem estão cursando Ensino Técnico ou 
Superior voltado á área, por tanto os mesmos estão buscando as suas qualificações em 
palestras e cursos rápidos, podendo este ser fornecidos pela própria empresa ou sindicatos. Foi 
elaborada uma pergunta específica, buscando identificar se havia algum interesse em se 
qualificar na área, obteve-se a partir daí um resultado unânime. Deixando claro um interesse 
total de uma especialização na área de gestão por parte dos colaboradores. 
 Buscando identificar o vinculo do funcionário para com a empresa, identificando se 
existe um investimento ou incentivo para se buscar qualificação, ficou definido que 40% dos 
colaboradores afirmam que a empresa investe na qualificação dos mesmos. Já 60% apontou 
que a empresa não investe, porem desse total, metade afirma que a empresa não investe, mas 
incentiva, e a outra metade diz que não há investimento e também nenhum incentivo. 
Gráfico 01 – Incentivo e/ou Investimento em Qualificação 
 
Fonte: Controle de Perdas em Estoque em uma Rede de 
Supermercados, 2015. 
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Essa situação levanta certa preocupação,pois é de extrema importância que exista um 
apoio da empresa na qualificação de seus funcionários, obtendo através desse incentivo ou 
investimento melhorias na gestão de perdas do estoque, ou seja, minimizando suas perdas e 
assim maximizando seus lucros. 
 
Grau de perda por setores 
 
O levantamento de dados a seguir foram criados e fundamentados por meio das 
perguntas 8 e 9 do questionário aplicado aos gestores de cada setor. A questão 8 está 
questionando ao colaborador a que setor ele executava sua função, já a 9ª questão do 
questionário buscava obter o grau de perdas existentes em cada setor, classificando as em 
Perdas Comerciais, Perdas Administrativas, Perdas de Produtividade, Perdas Financeiras e/ou 
Perdas Operacionais. 
Foi criado uma escala de 1 à 5, onde 5 representa MAIOR índice de perdas e 1 o 
MENOR índice de perdas existentes no setor. 
 
 
Gráfico 02 – Grau de Perdas da Mercearia 
 
Fonte: Controle de Perdas em Estoque em uma Rede de Supermercados, 2015. 
 
 
Como é observado no gráfico acima, a unidade 1 da rede de supermercados analisada 
fica em destaque a classificação elevada em todos tipos de perdas, atingindo pontos de 3 à 4 
pontos, tendo que haver assim uma certa preocupação especial com o setor. Na unidade 2 a 
situação já é um pouco menos preocupante, porem nada normal, existe perdas nos 5 tipos de 
classificação, mas com pontuações variando entre 1 e 3 pontos. 
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O gráfico 03, referente ao setor de açougue tem-se destaque novamente a unidade 1, 
tendo graus de perdas atingindo 3 pontos em Perdas Operacionais, sendo necessário uma 
avaliação mais rigorosa na mão-de-obra contratada. Como pode se observar a unidade dois 
atinge grau de perda 1 em todos tipos de perdas questionados, sendo preciso também uma 
avaliação para que se possa saber o porque de tais perdas e combatê-las. 
 
 
Gráfico 03 – Grau de Perdas do Açougue 
 
Fonte: Controle de Perdas em Estoque em uma Rede de Supermercados, 2015. 
 
 
No setor de depósito, apresentado no gráfico 04, avaliado o grau de perdas nas 
operações merece atenção especial, o tipo de perda tem diferença de dois pontos da perda 
subseqüente. Nesse caso fica evidente a necessidade de melhoria nas operações de 
armazenamento, manuseio, e recebimento das mercadorias, também ser questionado se a mão 
de obra está qualificada para atender tal função e demanda. A unidade 2 novamente aponta 
índices de perdas menores, porem pela segunda vez possui todos tipos de perdas e graus de 
perdas equivalentes a 1 ponto. Precisando assim existir uma melhor avaliação para se 
questionar e se prevenir de tais perdas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Gráfico 04 – Grau de Perdas do Depósito 
 
Fonte: Controle de Perdas em Estoque em uma Rede de Supermercados, 2015. 
 
 
O setor de padaria instalado na unidade 1 tem destaque em perdas financeiras, 
caracterizadas por furtos internos ou externos, e também por deficiências de pagamento. Para 
tal situação pode ser analisado a hipótese de se estar havendo consumação de produtos 
oriundos do setor avaliado dentro do supermercado não tendo sido passado ao caixa pelo 
cliente. Para combater tal situação seria necessário um melhor sistema de segurança, que 
observasse tal atitude. Os outros tipos de perdas também devem ser analisados mesmo tendo 
pontuações menores. 
 
 
Gráfico 05 – Grau de Perdas da Padaria 
 
Fonte: Controle de Perdas em Estoque em uma Rede de Supermercados, 2015. 
 
 
A situação do setor na unidade 2 merece destaque entre as outras já avaliadas, tendo 
índices altos e equivalentes em perdas administrativas e de produtividade. As perdas de 
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produtividade podem estar sendo acarretadas devido ao alto índice em perdas administrativas, 
devido as duas estarem fortemente vinculadas dentro do ciclo operacional. Perdas 
administrativas são resultado de falhas gerenciais, direcionamento incorreto de mão de obra, 
entre outros. As perdas de produtividade são resultado de possíveis falhas administrativas, 
sendo necessário o retrabalho, existência de demora no atendimento ou na operação 
empregada, ou a imposição de tarefas redundantes. 
 
 
Gráfico 06 – Grau de Perdas de Frios 
 
Fonte: Controle de Perdas em Estoque em uma Rede de Supermercados, 2015. 
 
 
O setor de frio tem consideráveis níveis de perdas nas duas unidades, porem a unidade 
2 destaca-se pontuações de até 3 pontos em perdas comerciais e perdas financeiras. As perdas 
comerciais são decorrentes por falta de reposição do produto, embalagens inadequadas, falhas 
possivelmente causadas por uma gestão operacional de compras ineficaz e/ou talvez por um 
sistema de logística falho. Os outros tipos de perdas tiveram seus resultados equivalentes em 
ambas as unidades, precisando ser avaliado a gestão de controle de perdas de uma forma 
ampla e que busque solucionar todas as falhas existentes. 
Tendo feito essa classificação e escala do índice de perdas existentes por setor e 
também por unidade, fica mais fácil que exista um controle eficaz para que as perdas 
existentes sejam extintas. Como citado por Augusto Junior no tópico “Como prevenir as 
perdas” presente no Referencial Teórico acima, é necessário que exista uma reformulação no 
modo de pensar e planejar o controle de perdas. Fazendo assim um investimento no setor de 
gestão de perdas, elaborando um planejamento de controle das perdas existentes criando 
conferencias no recebimento de mercadorias, melhor gerenciamento de seus estoques, 
controle de trocas e devoluções, melhor abastecimento de seu sistema, gestão de 
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movimentações internas, controle das vendas, inventários rotativos, acompanhamento e 
controle da validade dos produtos, acompanhamento e qualificação de processos operacionais 
e produtivos. 
 
Gráfico 07 – Importância de controle de perdas 
 
Fonte: Controle de Perdas em Estoque em uma Rede de Supermercados, 2015. 
 
 
Conforme os dados levantados na aplicação do questionário, buscando informações 
que identifique o grau de importância que a empresa da perante as perdas, o levantamento 
informou que 80% dos entrevistados alegam que a empresa tem uma política de perda, porém 
essa política deve ser contestada, pois foi notória a existência de índices significativos nos 
diversos tipos de perdas que foram apontados nos gráficos de “Analise de Dados” dos setores 
já mencionado anteriormente. Os colaboradores ficam indecisos na questão da existência de 
classificação de perdas por tanto deixa claro que 40% dos funcionários não fazem esse 
controle, ou melhor, a empresa não possui esse controle, pois através dos dados fornecidos 
pela mesma, foi possível identificar que as perdas não têm classificação, pois os gráficos de 
analise de resultados identificam em “perdas” e “perdas por furtos”. 
 
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Os colaboradores entendem por si só que é de suma importância um investimento no 
setor de perdas porem o mesmo poderá trazer um controle mais efetivo e diminuirá a perda de 
lucratividade da empresa, tornando mais eficiente em descobrir os seus pontos fracos na 
gestão de estoque. Um fator muito importante que deve ser ressaltado é o fornecimento de 
relatórios de perdas a comunicação e repasse de dados e informações sobre as perdas 
existentes em todos os setores, o resultado foi unânime e positivo. Essa informação é de total 
importância, pois é necessário que essa comunicação continue existente e eficaz, para que o 
gerente possa ter ciência das perdas ocorrentes nos setores, e assim tome as medidas cabíveis. 
 Ao classificarema gestão de estoque da empresa, 20% dos gerenciadores à 
consideraram regular, e 80% ficaram divididos entre bom e ótimo. Dados também 
contraditórios sendo que quando questionados sobre precisão de investimento na gestão, a 
maioria quase que absoluta afirmou ser necessário investimento, e convenhamos que com tais 
índices de perdas e tal necessidade de melhoria tal gestão não deve se encontrar nas melhores 
condições. 
 
CONCLUSÃO 
 
 Após a análise feita e fundamentada através de todo conhecimento obtido sobre o 
assunto em aulas e também através do desenvolvimento do trabalho, ficou evidente que as 
duas unidades da rede de supermercados que fazem parte da pesquisa possui falhas 
Gráfico 08 - Classificação da Gestão de Estoque da Empresa 
 
Fonte: Controle de Perdas em Estoque em uma Rede de 
Supermercados, 2015. 
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inadmissíveis quando o assunto é controle de perdas em estoque. Segundo dados fornecidos 
pela própria rede e também dados e informações obtidos através de questionários aplicados 
aos gerentes e gestores de setores específicos, fica claro a necessidade de uma gestão eficaz, 
que busque estar sempre inovando e adquirindo aprendizado, porem é importante que a 
empresa proporcione esta qualificação, investindo e/ou incentivando a obtenção de tal 
aprendizado. 
 Entretanto isso não seria o suficiente, através dos dados fornecidos pela rede de 
supermercados e como pode ser notado no tópico “Análise de Resultados” a empresa faz uma 
classificação deficiente quanto às perdas existentes, classificando-as apenas em furtos e 
perdas em geral. A classificação deve ser feita de forma específica de acordo com sua origem, 
que são perdas comerciais, administrativas, de produtividade, financeiras e operacionais, para 
que assim se consiga combater a perda em sua origem e assim montar uma estratégia mais 
eficiente. 
 Possíveis medidas a serem tomadas para maior eficácia e que solucionariam os 
problemas seria a elaboração de um planejamento de controle das perdas existentes criando, 
melhor gerenciamento de seus estoques, controle de trocas e devoluções que na qual a mesma 
pode reter um auto índice de capital parado trazendo assim prejuízos relevantes, melhor 
abastecimento de seu sistema classificando as suas perdas de acordo com a sua origem, gestão 
de movimentações internas controlando suas transferências sem que aumente muito o custo de 
seu próprio produto, controle das vendas com foco em sua demanda, inventários rotativos 
com acompanhamento adequado e sem pressa, acompanhamento e controle da validade dos 
produtos, acompanhamento e qualificação de processos operacionais e produtivos. 
 Buscando identificar o percentual que as perdas representam em seu faturamento, os 
dados obtidos em 2014 foram de 1,38% de perda em relação ao faturamento bruto da 
empresa, um dado muito importante que por si só mostra um índice que é considerado auto, 
pois nenhuma empresa trabalha com o intuito de perder parte seu lucro liquido, sendo que 
uma rede varejista pode ter seu faturamento bruto muito alto tornando esses 1,38% em 
milhões de reais de perda, algo que se torna aterrorizante, pois as perdas são tiradas de seu 
lucro liquido. O controle de perdas deve existir para que esse número se torne mais favorável 
para empresa, pois a mesma poderá obter uma maior competitividade de mercado, alem de 
obter maiores lucros e possíveis investimentos em sua rede varejista. 
 
 
 
 
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