Aula de Construção Civil- Trincas em Edifícios

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CONSTRUÇÃO CIVIL I
PUC GOIÁS
Prof. Epaminondas L. Ferreira Jr, MSc.
PATOLOGIAS EM EDIFICAÇÕES
• As patologias são manifestações dos
elementos de uma edificação que
demonstram alguma deficiência do
sistema construtivo. Elas podem ser
oriundas de imperícias na fase de
projeto, de execução, da qualidade
dos materiais empregados, do uso
do sistema, ou da ausência ou
insuficiência de manutenção.
• Elas podem ocorrer no sistema de
fundação, estrutural, nas alvenaria,
coberturas e/ ou nas instalações.
Pirâmide de Quéops – 3000 A.C
IDENTIFICAÇÃO
INCIDÊNCIA AS ORIGENS PATOLÓGICAS
• Manchamentos;
• Deformações;
• Eflorescências;
• Perda de massa;
• Trincas, fissuras e rachaduras.
PATOLOGIAS EM EDIFICAÇÕES
• Diversas são os “ sinais” que os elementos de uma edificação podem
apresentar, quando afetados por alguma condição deletéria:
• Essas condições podem provocar apenas interferências no aspecto
visual, até a perda de estanqueidade e/ ou estabilidade.
TRINCAS EM EDIFICAÇÕES
• As trincas são uma das patologias mais comuns nos elementos
construtivos. São uma espécie de ALERTA da edificação, em que se
detecta alguma inconformidade com o elemento construtivo.
As fissuras surgem quando a força no material é maior que a sua
capacidade de resistência, e as aberturas são formas de aliviar as
tensões. Assim, quanto maior é a restrição em relação aos
movimentos, maior será a fissuração.
TRINCAS EM EDIFICAÇÕES
• MOVIMENTAÇÃO TÉRMICA;
• MOVIMENTAÇÃO HIGROSCÓPICAS;
• SOBRERCARGAS;
• DEFORMAÇÃO EXCESSIVA;
• RECALQUES DE FUNDAÇÃO;
• RETRAÇÃO DE MATERIAIS CIMENTÍCIOS;
• ALTERAÇÃO QUÍMICA DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO.
• As trincas podem surgir por:
• Mais importante que fazer o reparo do elemento quando do
aparecimento das trincas, é identificar qual é a causa do seu
surgimento, para que possa ser corretamente reparado.
A diferença entre elas está no tamanho da sua abertura:
• As microfissuras têm abertura inferior a 0,05 mm.
• Já as fissuras apresentam aberturas com até 0,5 mm;
• As aberturas maiores que 0,5 mm e menores de 1,0 mm
são chamadas de trincas.
• O termo rachadura é uma expressão mais coloquial, e
utilizado popularmente para se referir a trincas maiores.
TRINCAS EM EDIFICAÇÕES
Fissura, trinca ou rachadura?
Outra diferença na classificação das fissuras é se elas são ativas ou
passivas:
• As aberturas ativas progridem conforme as mudanças de tensões
(por exemplo, as causadas pela dilatação e contração térmica);
• Quando a fissura não varia ao longo do tempo ela é chamada de
fissura passiva.
TRINCAS EM EDIFICAÇÕES
Apesar de não poder descartar as observações quanto as aberturas das
trincas, bem como sua atividade, o critério para caracterização de
fissuras como patologias é que ocorram em número superior a dois ou
três por metro quadrado, ou que sejam visíveis a olho nu, a uma
distância de aproximadamente 1,0 m da parede, o que deve ocorrer para
aberturas de aproximadamente 1,0 mm de largura. Se as fissuras não
são visíveis a essa distância, mas estão provocando outros problemas
(como penetração de umidade através da parede, por exemplo), também
devem ser consideradas como patologias.
TRINCAS EM EDIFICAÇÕES
TRINCAS EM ALVENARIA
• Podem ser um aviso sobre a
possível ocorrência de problemas
estruturais;
• Podem acarretar problemas em
várias funções do edifícios
(ingresso de umidade, prejudicar a
durabilidade das vedações, o
isolamento termo-acústico, etc.) e,
• Podem também causar grande
desconforto psicológico para os
usuários.
RECALQUE DE FUNDAÇÕES
O recalque acontece quando há diferença de adensamento do solo, e
assim diferentes partes da edificação “rebaixam”. Quando maior é a
diferença dos pontos de recalque, maior será o problema para a
construção.
Os recalques diferenciais de fundação são algumas das causas mais
recorrentes de fissuras e trincas nas edificações. A principal
manifestação desta patologia são as fissuras em ângulo aproximado de
45º nos cantos de janelas e portas, ou verticalmente percorrendo o painel
de alvenaria.
.
SOBRECARGAS / DIMENSIONAMENTO
• Nesse caso as trincas são causadas por cargas além do que o
elemento foi projetado ou pode suportar (estrutura ou alvenaria, por
exemplo). Uma fissura muito comum desse tipo é a que ocorre em
paredes com aberturas (portas e janelas), devido à concentração
de esforços nos cantos dos vãos, e a ausência ou insuficiência de
vergas e contra-vergas. Nesse caso as trincas aparecem nos cantos,
fazendo uma inclinação de 45º com a horizontal, aproximadamente.
MOVIMENTAÇÃO TÉRMICA
• A variação térmica é a causa mais comum das fissuras ativas. As
diferenças de temperatura causam dilatação e contração dos
materiais e, quando não são feitas as juntas de dilatação, surgem as
fissuras. Lajes de cobertura apoiadas em paredes de alvenaria, no
caso de construções térreas, por exemplo, ao se deformarem por
movimento de dilatação e contração, podem ocasionar trincas nas
paredes onde estão apoiadas.
https://fibersals.com.br/blog/juntas-de-dilatacao-e-os-efeitos-das-variacoes-climaticas-nas-estruturas/
• A movimentação da estrutura em relação à alvenaria e a ausência
ou insuficiência de elementos construtivos que possam suportá-
las é causadora de trincas. Nesse caso encontram-se
também trincas que podem ser sintomas de deformação excessiva
da estrutura, indicando uma patologia estrutural.
MOVIMENTAÇÃO DA ESTRUTURA
VARIAÇÃO DE UMIDADE DOS MATERIAIS
• São variações, chamadas higroscópicas, que ocorrem quando há
maior exposição à umidade de alguns materiais em relação a outros.
Isso acarreta variações de volume diferenciadas entre eles,
causando trincas. Muitas vezes essas trincas são sintomas de
outras patologias relacionadas a vazamentos e infiltrações.
• Os materiais cimentícios (concreto e argamassas) adquirem
resistência e estabilidade por meio da hidratação de seus compostos.
Durante esses processo, há uma liberação de calor e a tendência de
de perda de água por evaporação. Pela perda de água ocorre a
retração (diminuição do volume), o que implica em formação de
fissuras.
• As fissuras de reboco e emboço devido a retração não apresentam
um risco estrutural, mas podem comprometer a estanqueidade e o
acabamento do revestimento final. Mas em elementos estruturais, as
fissuras podem representar pontos críticos e expor as armaduras.
RETRAÇÃO DO CONCRETO
• O tratamento da fissura engloba várias fases e difere uma das outras de
acordo com a causa e classificação da fissura.
• Um tratamento comum para fissuras é a aplicação de tintas e selantes
flexíveis, capazes de absorver a abertura causada pelas tensões na
parede.
• Em casos onde a fissura é motivada por movimentos estruturais, faz-se
aumento proposital da trinca com um disco de corte, limpeza,
preenchimento com selante e aplicação de impermeabilizante em uma
faixa de 20 a 30cm, tendo a fissura como o centro e por fim é estudado
acrescentar uma tela de poliéster também de 20 a 30cm sobre o
impermeabilizante.
TRATAMENTO – CORREÇÕES DE TRINCAS