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Como a alergia alimentar infantil afeta a família

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Como a alergia alimentar infantil afeta a família
A alergia alimentar é uma doença crônica com uma incidência cada vez maior no mundo. É uma patologia que afeta não só a criança, mas também toda a família, em especial a mãe que está sempre em contato e cuidado mais direto. Todo o processo desde a descoberta da alergia até a tão sonhada cura é um caminho, por vezes, muito longo e durante esse período os familiares acabam ficando em risco de desenvolver problemas psicológicos como ansiedade e estresse, fatores que podem comprometer sua qualidade de vida.
Existem diversas preocupações que rondam o pensamento dos pais de uma criança alérgica, desde o fato de a grande maioria não saber nem ao menos do que se trata o problema, até o desejo aflito de saber como fazer as reações pararem; e quanto mais sintomas a criança apresenta, maior o sofrimento de todos bem como o desgaste físico e psicológico dos pais.
Diante da situação, a família se vê em um momento de desespero e tenta encontrar um profissional de saúde que possa lhe explicar sobre a doença, lhe dizer o que fazer e que essa pessoa realmente entenda o que a família está passando, porém, infelizmente, não é o geralmente acontece. Existem vários profissionais mal informados que ao invés de ajudar, tornam o problema ainda maior. Acabam impondo dietas altamente restritivas à mãe que acaba por acatar o que lhe é repassado na esperança de estar ajudando seu filho; não orientam corretamente sobre a introdução alimentar dos bebês aos seis meses e tudo isso pode gerar não só mais reações na criança, como também mais preocupações aos pais, sentimento de culpa e tantos outros pensamentos ruins. 
Algo importante a ser ressaltado é que quando essa mãe é mal orientada, acaba se vendo obrigada a parar de amamentar, ás vezes por não suportar a dieta ou por achar que é ela quem está provocando as reações no bebê via leite materno e isso é algo inadmissível já que a manutenção da amamentação deve ser sempre priorizada.
O impacto causado na família pode também interferir em seu meio social e muitas vezes, tanto os familiares quanto as crianças se privam de algumas atividades ou de frequentar lugares por medo ou insegurança de a criança se expor, acidentalmente ou não, ao alimento alergênico. Dependendo do grau de sensibilização da criança, pode ser necessário o uso de utensílios domésticos, talheres e esponja separados dos demais membros da família, bem como o transporte de comida de casa para outros lugares, já que não é seguro que a criança se alimente em locais onde os utensílios são compartilhados e podem estar “contaminados” com traços da proteína à qual a criança é alérgica. Toda essa situação pode se tornar um fardo tão grande que a família prefere não sair de casa, não viajar, e termina por se isolar socialmente.
É importante também a atenção redobrada em relação à leitura detalhada das informações contidas nos rótulos, pois alguns ingredientes podem conter partículas alergênicas. A identificação dessas substâncias torna-se um desafio para algumas pessoas, pois muitas vezes as nomenclaturas são de difícil interpretação e isso dificulta à família estar segura em adquirir determinados produtos. 
Mediante os problemas citados, percebemos o quanto a alergia pode interferir na família de várias formas. Constata-se também que o acompanhamento de um profissional habilitado e um atendimento humanizado são fatores importantes para o auxílio que essas famílias precisam. Elas precisam saber que é possível passar por tudo isso e chegar à cura de uma forma um pouco mais leve. Precisam estar bem psicologicamente e fisicamente para cuidar do seu filho e assim ter como garantir seu crescimento, saúde e qualidade de vida, superando os desafios diários os quais toda a família está envolvida.

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