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livro pratica de manutenção

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Indaial – 2019
Práticas de Manutenção 
Mecânica
Prof. Marcelo Henrique Soar
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof. Marcelo Henrique Soar
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
SO676p
 Soar, Marcelo Henrique
Práticas de manutenção mecânica. / Marcelo Henrique Soar. – Indaial: 
UNIASSELVI, 2019.
 202 p.; il.
 ISBN 978-85-515-0367-6
1. Manutenção mecânica. – Brasil. II. Centro Universitário 
Leonardo Da Vinci.
CDD 620
III
aPresentação
Caro acadêmico, você está iniciando o curso de Práticas de Manutenção 
Mecânica, no qual aprenderá as principais coisas que deve saber quanto 
ao assunto de manutenção, com um foco especial na realização da prática 
com ferramentas e equipamentos que você pode encontrar em situações de 
fábrica. 
Este livro irá tratar desde os conceitos básicos que você deve entender 
para ter noções de manutenção, assim como as ferramentas e cuidados 
preliminares que você deve tomar na realização da prática, estudando, 
finalmente, os casos da manutenção para uma variedade de equipamentos 
industriais, explorando como são tratados de forma a obter a maior vida útil 
deles.
Na primeira unidade, você irá estudar a importância que a 
manutenção possui na indústria moderna, as formas com que ela é aplicada, 
as principais etapas do seu planejamento, como é determinado o custo de 
realizar a manutenção, os cuidados básicos de segurança que devem ser 
tomados, as orientações para montagem e desmontagem de equipamentos e 
as principais ferramentas que são utilizadas nestes trabalhos.
Na segunda unidade, você verá como é realizada a análise de falhas 
nas peças industriais que sofreram quebra, como é realizado o processo de 
soldagem de manutenção, assim como etapas de manutenção para peças 
específicas, como mancais, eixos, polias, engrenagens, entre outros.
A terceira unidade é a última deste livro, na qual você estudará 
os processos de manutenção e como são utilizados para uma variedade 
de sistemas específicos, como sistemas de vedação, sistemas hidráulicos, 
sistemas pneumáticos, sistemas lubrificados, sistemas eletrônicos, assim 
como o tópico de análise de vibrações em máquinas e o caso da manutenção 
em equipamentos que possuem elementos químicos operando.
Este livro foi desenvolvido para você que usa o método de estudo 
EAD (Ensino a Distância), encorajando não apenas o estudo, mas a prática, 
os exercícios, e a busca por materiais complementares. Faça proveito de todas 
estas oportunidades e enriqueça a sua experiência.
Bons estudos!
Prof. Marcelo Henrique Soar
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 – CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO .......................... 1
TÓPICO 1 – MANUTENÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA .................................................................. 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 OBJETIVOS DA MANUTENÇÃO .................................................................................................... 3
3 APLICAÇÕES ........................................................................................................................................ 5
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 9
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 10
TÓPICO 2 – FORMAS DE MANUTENÇÃO ..................................................................................... 11
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 11
2 CLASSIFICAÇÃO DA MANUTENÇÃO ........................................................................................ 11
2.1 MANUTENÇÃO CORRETIVA .................................................................................................. 12
2.2 MANUTENÇÃO PREVENTIVA ................................................................................................ 14
2.3 MANUTENÇÃO PREDITIVA .................................................................................................... 16
3 MANUTENÇÃO DETECTIVA ......................................................................................................... 20
4 MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL ......................................................................................... 21
5 DISCUSSÕES QUANTO ÀS FORMAS DE MANUTENÇÃO .................................................... 23
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 25
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 26
TÓPICO 3 – PLANEJAMENTO E CUSTOS DE MANUTENÇÃO ................................................ 29
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 29
2 PROCESSOS DE MANUTENÇÃO ................................................................................................... 29
3 PLANO DE OPERAÇÕES ................................................................................................................... 30
4 MÉTODO CPM ..................................................................................................................................... 33
5 ANÁLISE DE CUSTOS ....................................................................................................................... 35
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 38
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 39
TÓPICO 4 – SEGURANÇA E CUIDADOS PRÉVIOS ..................................................................... 41
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 41
2 CUIDADOS DE SEGURANÇA .........................................................................................................41
3 TÉCNICAS DE DESMONTAGEM ................................................................................................... 44
4 MONTAGEM DE EQUIPAMENTOS MECÂNICOS .................................................................... 47
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 50
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 51
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 52
TÓPICO 5 – FERRAMENTAS DE MANUTENÇÃO ........................................................................ 55
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 55
2 CHAVES DE APERTO E DESAPERTO ............................................................................................ 55
3 ALICATES .............................................................................................................................................. 63
4 TORQUÍMETRO .................................................................................................................................. 64
suMário
VIII
RESUMO DO TÓPICO 5........................................................................................................................ 66
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 67
UNIDADE 2 – MANUTENÇÃO DE PEÇAS MECÂNICAS ........................................................... 69
TÓPICO 1 – ANÁLISE DE FALHAS .................................................................................................... 71
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 71
2 FONTES DE FALHAS .......................................................................................................................... 71
3 ANÁLISE DE FALHAS ........................................................................................................................ 72
4 FALHAS POR CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES......................................................................... 73
5 ANÁLISE DE FALHAS EM DIVERSOS COMPONENTES MECÂNICOS .............................. 75
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 79
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 80
TÓPICO 2 – SOLDAGEM DE MANUTENÇÃO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 83
2 CARACTERÍSTICAS ........................................................................................................................... 83
3 TIPOS DE FALHAS ............................................................................................................................. 85
4 ELEMENTOS DE LIGA ...................................................................................................................... 87
5 TÉCNICAS DE SOLDAGEM ............................................................................................................ 88
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 91
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 92
TÓPICO 3 – MANCAIS .......................................................................................................................... 93
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 93
2 MANCAIS DE ROLAMENTO .......................................................................................................... 93
2.1 FALHAS EM ROLAMENTOS ....................................................................................................... 97
3 MANCAIS DE DESLIZAMENTO .................................................................................................... 100
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 102
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 103
TÓPICO 4 – EIXOS E CORRENTES .................................................................................................... 105
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 105
2 EIXOS ...................................................................................................................................................... 105
3 CORRENTES ......................................................................................................................................... 108
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 111
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 112
TÓPICO 5 – POLIAS E CORREIAS ..................................................................................................... 113
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 113
2 POLIAS ................................................................................................................................................... 113
4 FORMAS DE DANOS NAS CORREIAS ......................................................................................... 117
RESUMO DO TÓPICO 5........................................................................................................................ 118
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 119
TÓPICO 6 – ENGRENAGENS E VARIADORES DE VELOCIDADE .......................................... 121
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 121
2 TIPOS DE VARIADORES DE VELOCIDADE ............................................................................... 121
3 MANUTENÇÃO DE VARIADORES DE VELOCIDADE ............................................................ 124
4 FALHAS EM ENGRENAGENS ......................................................................................................... 125
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 128
RESUMO DO TÓPICO 6........................................................................................................................ 132
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 133
IX
UNIDADE 3 – MANUTENÇÃO DE SISTEMAS ESPECÍFICOS ................................................... 135
TÓPICO 1 – SISTEMAS DE VEDAÇÃO ............................................................................................ 137
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................137
2 CONCEITO DE VEDAÇÃO ............................................................................................................... 137
3 TIPOS DE ELEMENTOS DE VEDAÇÃO ........................................................................................ 138
4 MANUTENÇÃO DE ELEMENTOS DE VEDAÇÃO ..................................................................... 144
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 147
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 148
TÓPICO 2 – SISTEMAS HIDRÁULICOS .......................................................................................... 149
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 149
2 PRINCÍPIOS .......................................................................................................................................... 149
3 CIRCUITO DE TRABALHO HIDRÁULICO .................................................................................. 151
4 BOMBAS ................................................................................................................................................ 153
5 ÓLEO HIDRÁULICO........................................................................................................................... 156
6 ATUADORES HIDRÁULICOS .......................................................................................................... 157
7 VÁLVULAS HIDRÁULICAS ............................................................................................................. 158
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 161
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 162
TÓPICO 3 – SISTEMAS PNEUMÁTICOS ......................................................................................... 163
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 163
2 COMPRESSORES ................................................................................................................................. 164
3 REDES DE AR COMPRIMIDO ........................................................................................................ 168
4 ATUADORES PNEUMÁTICOS ........................................................................................................ 170
5 VÁLVULAS PNEUMÁTICAS ............................................................................................................ 171
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 173
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 174
TÓPICO 4 – LUBRIFICAÇÃO DE SISTEMAS .................................................................................. 175
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 175
2 TIPOS DE LUBRIFICANTES ............................................................................................................. 175
3 APLICAÇÃO DE LUBRIFICANTES ................................................................................................ 178
4 CONTROLE DA APLICAÇÃO DE LUBRIFICANTES ................................................................ 181
5 MANUSEIO E ARMAZENAMENTO DE LUBRIFICANTES ...................................................... 183
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 185
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 186
TÓPICO 5 – ANÁLISE DE VIBRAÇÕES ............................................................................................ 187
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 187
2 VIBRAÇÕES MECÂNICAS ............................................................................................................... 187
3 APLICAÇÕES ........................................................................................................................................ 189
4 ANÁLISE ESPECTRAL ........................................................................................................................ 189
5 EQUIPAMENTOS ................................................................................................................................. 194
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................... 197
RESUMO DO TÓPICO 5........................................................................................................................ 198
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 199
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 200
X
1
UNIDADE 1
CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS 
DE MANUTENÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
• familiarizar-se com os conceitos básicos de manutenção industrial;
• detalhar as formas de manutenção com seus respectivos benefícios;
• realizar o plano de manutenção, analisando os custos envolvidos;
• descrever os procedimentos de segurança na manutenção e os cuidados 
que devem ser tomados;
• determinar as ferramentas de manutenção mecânica apropriadas para 
cada situação.
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade 
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo 
apresentado.
TÓPICO 1 – MANUTENÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA
TÓPICO 2 – FORMAS DE MANUTENÇÃO
TÓPICO 3 – PLANEJAMENTO E CUSTOS DE MANUTENÇÃO
TÓPICO 4 – SEGURANÇA E CUIDA DOS PRÉVIOS
TÓPICO 5 – FERRAMENTAS DE MANUTENÇÃO
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
MANUTENÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA
1 INTRODUÇÃO
 Caro acadêmico, você está prestes a começar um novo passo em seus 
estudos e provavelmente está se perguntando: qual é a importância de aprender 
práticas da manutenção? 
 O processo de manutenção foi necessário na área industrial desde o 
próprio surgimento da indústria, pois desde que a humanidade começou a 
produzir produtos existiram falhas na produção.
 A grande competitividade existente na indústria moderna fez que a 
qualidade dos produtos e serviços prestados seja de fortíssima importância, de 
forma a garantir a competitividade da empresa e a satisfação do cliente.
 O processo de manutenção é essencial na garantia da qualidade de um 
produto, já que todas as partes envolvidas em um processo industrial tendem 
a sofrer alguma forma de desgaste ao longo do tempo. A função do processo de 
manutenção é criar um planejamento que permita que você se prepare de forma 
a evitar que este desgaste cause danos no seu processo de produção.
 Neste tópico, você aprenderá, em detalhes, os principais objetivos da 
manutenção industrial e da sua influência na indústria moderna, assim como as 
consequências da ausência de uma manutenção apropriada.
2 OBJETIVOS DA MANUTENÇÃO
 Na criação de qualquer produto na indústria, existem alvos que devem 
ser alcançados de forma a garantir a satisfação do cliente e permitir o sucesso daempresa. Estes alvos podem ser da forma de quantidade de produto, especificações 
de qualidade, ou mesmo a vida útil esperada do mesmo.
 O processo de manutenção industrial tem, como principal objetivo a 
redução dos custos da empresa através de um número de fatores, entre os quais 
(TELECURSO 2000, 2014):
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
4
• Reduzir interrupções no processo.
• Evitar atrasos nas entregas.
• Redução de perdas financeiras.
• Diminuição dos custos de produção.
• Impedir o surgimento de erros de fabricação.
• Minimizar as queixas por parte dos clientes.
• Prevenir a perda de mercado devido à insatisfação dos consumidores.
 Estes objetivos são atingidos através de uma variedade de processos, que 
visam manter o sistema de produção em funcionamento conservando, alterando, 
restaurando e substituindo os equipamentos e prevenindo erros.
 Os objetivos da manutenção industrial, de uma forma mais específica, 
podem ser descritos como manter os equipamentos e as máquinas em condições 
de bom funcionamento e a prevenção de possíveis falhas.
 Idealmente, a manutenção perfeita seria aquela que permite que o 
equipamento opere com sua máxima produção o maior tempo possível, enquanto 
que ao mesmo tempo possui o menor custo possível.
 Os termos relacionados a manutenção são definidos de forma precisa 
pela ABNT na norma NBR 5462, com a definição oficial de manutenção sendo 
conforme a citação encontrada a seguir:
 “Combinação de todas as ações técnicas e administrativas, incluindo as 
de supervisão, destinadas a manter ou recolocar um item em um estado no qual 
possa desempenhar uma função requerida” (ABNT, 1994, p. 6).
 A redução de custos que um sistema de manutenção eficiente pode 
proporcionar é enorme. Um sistema de manutenção preditiva pode reduzir custos 
para empresas de 10% a 40%. Estima-se que este número pode chegar a uma 
economia de até 630 bilhões de dólares no ano de 2025 (MANYIKA, J. et al., 2015).
ESTUDOS FU
TUROS
Você irá estudar mais sobre o conceito de manutenção preditiva, assim como 
outras formas de manutenção, no Tópico 2, a seguir. Por enquanto, basta saber que é uma 
forma de manutenção mais sofisticada.
TÓPICO 1 | MANUTENÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA
5
 Outro fator importante, que justifica a manutenção, são os acidentes de 
trabalho que podem vir a ocorrer quando um equipamento falha devido à manutenção 
inadequada, podendo resultar em ferimentos graves para os indivíduos envolvidos.
3 APLICAÇÕES
 Praticamente qualquer setor da indústria realiza manutenções em seus 
equipamentos de forma com que estes produzam maior confiabilidade ao longo 
de sua vida útil. O ato e manutenção de qualidade diminuem o número de falhas 
de um sistema; observe, por exemplo, a Tabela 1, em que é mostrado o número 
de falhas de sistemas elétricos com relação à qualidade de manutenção aplicada 
a eles. Estes dados foram obtidos por uma pesquisa realizada pela IEEE (Instituto 
de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos) (ONTARIO HYDRO, 1997).
 Como você pode ver na Tabela 1, os sistemas que receberam manutenção 
de excelente qualidade sofreram um número percentual muito menor de falhas 
que poderiam ser evitadas (aproximadamente 11,6%), enquanto que sistemas 
com baixa qualidade de manutenção sofreram muitas falhas que eram evitáveis 
(aproximadamente 32,8%).
TABELA 1 – FALHAS EM EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS PARA DIFERENTES GRAUS DE 
MANUTENÇÃO REALIZADA
Número de falhas versus qualidade da manutenção
para todas as classes de equipamentos combinadas
Número de falhas
Qualidade de 
manutenção
Todas as 
causas
Manutenção 
inadequada
Porcentagem de falhas devido 
a manutenção inadequada
Excelente 311 36 11,6 %
Boa 853 154 18,1 %
Fraca 67 22 32,8 %
Total 1231 212 17,2 %
FONTE: Ontario Hydro (1997, p. 4)
 Estes resultados servem para evidenciar a importância associada a um 
processo de manutenção de qualidade. Os processos com manutenção fraca 
tendem a apresentar maior número de falhas, gerando, consequentemente, 
quebras, atraso nas entregas, insatisfação dos clientes e perda de mercado.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
6
FIGURA 1 – TORNO VERTICAL EM UMA BASE DA FORÇA AÉREA AMERICANA
FONTE: <http://bit.ly/2Z9qVAd>. Acesso em: 7 maio 2019.
 A manutenção de casas e estruturas também possui grande relevância no 
nosso dia a dia. O custo médio de manutenção por ano é de aproximadamente 
2% do custo de uma casa similar nova. Este exemplo é interessante, pois 
pode ser observado como o custo de manutenção pode aumentar ao longo do 
tempo, conforme o objeto envelhece. Para casas com mais de 40 anos, o custo 
de manutenção tende a aumentar, podendo ultrapassar 3%, enquanto que para 
casas com menos de 15 anos é comum possuir um custo abaixo de 1% ao ano 
(MARTEINSSON; JÓNSSON, 1999).
 Você pode observar, na Figura 2, um exemplo importantíssimo de 
manutenção, que é a manutenção de aeronaves, onde defeitos e manutenção 
inadequada podem, muitas vezes, serem fatais aos usuários, pois os acidentes de 
aeronaves contêm um alto risco de morte, sendo necessário a realização de uma 
manutenção frequente e cuidadosa.
 Observe na Figura 1 um exemplo de caso em que a manutenção gerou 
grandes resultados positivos, onde você pode ver um torno vertical em uma base 
da força aérea americana que foi mantido em operação por um tempo de mais 
de 50 anos. Esta grande longevidade do torno é em parte devido à manutenção 
preventiva periódica, realizada a cada 180 dias.
TÓPICO 1 | MANUTENÇÃO E SUA IMPORTÂNCIA
7
FIGURA 2 - MANUTENÇÃO DO HELICÓPTERO MH-60R SEAHAWK
FONTE: <http://bit.ly/2HhwEK6>. Acesso em: 8 maio 2019.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
8
ESTUDOS FU
TUROS
Para ampliar o seu entendimento da importância da manutenção no âmbito 
industrial, sugere-se a leitura do texto elaborado por Francisco de Castro Mello Neto, Mayara 
Lima Peres e Idelcio Alexandre Palheta Cardoso, A Importância da manutenção para o 
negócio, que discute o valor da manutenção no cenário industrial e suas aplicações no Brasil.
A importância da manutenção para o negócio
 Com o passar do tempo, o desenvolvimento de produtos e serviços de uma forma 
em geral tornou-se um fator diferencial e trouxe consigo a produção em massa, que por sua 
vez passou a exigir mais de máquinas e equipamentos, mudando a figura da manutenção 
que outrora fora vista como desperdício.
 A prova mais fiel deste fato, é que algum tempo depois, o papel de destaque dentro 
das empresas que era ocupado exclusivamente pela manufatura, passou a ser dividido entre 
a operação e manutenção, influenciando nas estratégias e prioridades da organização.
 A transposição desta barreira fez com que oportunidades surgissem desde então, 
pois a busca incessante pelo aumento da produtividade e consequentemente lucro, 
direcionou ao desenvolvimento e aplicação de métodos e práticas de manutenção mais 
modernas, ou simplesmente fez com que algumas ações nesse sentido fossem iniciadas. 
Uma série de problemas andam lado a lado com as organizações que não possuem essa área 
ou ainda ela não está bem definida, segue abaixo, uma lista resumida de problemas oriundos 
do cotidiano das equipes de manutenção em algumas organizações:
• Falta de visão estratégica do negócio.
• Falta de política de manutenção para organização como um todo.
• Falta de manutenção preventiva.
• Falta de plano de manutenção.
• Falta de cronograma para execução de manutenção.
• Manutenção proativa inexistente ou insuficiente.
• Problemas repetidos frequentemente.
• Atividades de manutenção mal planejadas ou errôneas.
• Falta de otimização das paradas do processo produtivo.
• Desperdício de verba com manutenções desnecessárias.
• Falta de histórico de equipamentos.
• Falta de acompanhamento no projeto e na introdução de novos equipamentos no 
processo;
• Uso ineficiente ou inexistente das técnicas de manutenção preditiva.
• Falta de comprometimento a médio e longo prazos.
 Para que o objetivo das empresas,que é produzir sempre que solicitado, seja 
alcançado,
precisa-se estabelecer um nível de manutenção de seus ativos, podendo ser um dos 
objetivos estabelecer o que é chamado de WCM (World Class Maintenance) – Manutenção 
de Classe Mundial –, mas, para tanto, torna-se necessária a implementação de políticas de 
manutenção ou a melhoria dos processos de manutenção adotados pela empresa, não de 
forma parcial e sim integral, garantindo com que as decisões sobre os rumos da manutenção 
sejam repassados a todo o corpo técnico, devendo-se disseminar estas informações. Uma 
das características da implementação de políticas de manutenção é que o foco dos serviços 
tende a tornar-se exclusivamente preventivo, fazendo com que a equipe técnica possa ser 
direcionada para prevenção, melhoria dos processos e para a redução de custos.
FONTE: NETO, F.C.; PERES, M.L.; CARDOSO, I.A. A importância da manutenção para o negócio, 
ENEGEP, 2011. Disponível em: <http://bit.ly/2HhwJgS>. Acesso em: 20 maio 2019.
9
Neste tópico, você aprendeu que:
• A manutenção é definida como o conjunto de ações de forma a manter um 
equipamento em boas condições de operabilidade.
• A manutenção reduz custos para a empresa, incluindo custos de interrupção, 
atrasos, custos de produção, erros de fabricação e perdas de mercado devido à 
insatisfação dos clientes com a empresa.
• Uma manutenção de alta qualidade costuma gerar um número percentual de 
falhas menor, assim gerando economia de dinheiro.
• O custo de manutenção de um dado equipamento pode aumentar com o passar 
da vida do mesmo.
• A ausência da manutenção pode ser perigosa devido à possibilidade de 
acidentes de trabalho ou da quebra de veículos em movimento.
RESUMO DO TÓPICO 1
10
1 A manutenção é um processo que busca manter o equipamento de uma 
empresa em bom estado de funcionamento, o que irá aumentar o nível de 
sucesso da empresa através da diminuição dos custos, e proporcionar um 
subsequente aumento do rendimento desta empresa. Dentro deste contexto, 
cite três formas em que a manutenção industrial permite a diminuição de 
custos para a empresa.
2 Os processos de manutenção possuem aplicação ampla em todos os 
segmentos da indústria, sendo de grande interesse para empresas devido 
à redução de custos que esses podem proporcionar. Sobre este assunto, 
classifique as sentenças em V para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) O processo de manutenção é um processo exclusivamente moderno.
( ) Os custos de manutenção podem aumentar com o envelhecimento do 
equipamento.
( ) Uma boa manutenção pode diminuir o número de falhas do equipamento.
( ) A manutenção é realizada pouco na indústria elétrica.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) V – F – F – V. 
b) ( ) F – F – V – V.
c) ( ) V – F – V – F.
d) ( ) F – V – V – F.
3 Um exemplo de manutenção encontrado no dia a dia é a dos automóveis, 
cujo bom funcionamento é essencial para garantir o transporte do indivíduo 
assim como a segurança na viagem. Estes automóveis são compostos por 
muitas peças que podem ser verificadas e alteradas pelo proprietário ou 
em várias oficinas por todo o país. Com base nestas informações, analise as 
sentenças a seguir, determinando se constituem exemplo de manutenção ou 
não:
I- Troca regular do óleo do carro.
II- Instalação de um aerofólio. 
III- Verificação na oficina ao perceber um ruído.
IV- Rebaixamento da suspensão.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) As sentenças I e II estão corretas.
b) ( ) As sentenças I e III estão corretas.
c) ( ) As sentenças III e IV estão corretas.
d) ( ) Apenas a sentença III está correta.
AUTOATIVIDADE
11
TÓPICO 2
FORMAS DE MANUTENÇÃO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
 Já havendo estudado a definição de manutenção e sua importância e 
aplicações na indústria, você provavelmente está se perguntando: quando e como 
que é realizada esta manutenção?
 A manutenção pode ser realizada de diversas formas, as quais podem 
depender do equipamento em questão, da disponibilidade de fundos, do tipo de 
falha e da capacidade de detectar problemas antes de que estes aconteçam.
 Neste tópico, você irá aprender sobre as principais formas de manutenção 
utilizadas na indústria, incluindo os conceitos de manutenção corretiva, 
preventiva e preditiva, e as situações em que estas podem ser aplicadas, assim 
como as vantagens e desvantagens de cada uma delas.
2 CLASSIFICAÇÃO DA MANUTENÇÃO 
 A distinção mais simples entre diferentes formas de manutenção é se esta 
foi planejada ou não planejada. A planejada visa prever problemas antes que 
aconteçam, enquanto que a não planejada ocorre em reação a um problema que 
surge no equipamento.
 De uma forma mais específica, os processos de manutenção são geralmente 
classificados em três formas principais, a saber: 
• Manutenção corretiva.
• Manutenção preventiva.
• Manutenção preditiva.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
12
2.1 MANUTENÇÃO CORRETIVA 
 A manutenção corretiva é uma forma de manutenção não planejada, que 
surge como uma reação para um problema que surgiu no equipamento quando 
estava em operação, e deve-se consertar os defeitos no equipamento durante um 
tempo em que a máquina estaria normalmente em operação.
 Existe também uma forma similar de manutenção não planejada, chamada 
de manutenção de ocasião, em que reparos são realizados sobre equipamentos 
que apresentaram defeitos, mas apenas em tempos em que é normal a máquina 
estar parada.
 Esta manutenção reacionária é a forma mais comum utilizada na 
indústria, com o equipamento não sendo reparado, nem verificado regularmente, 
apenas consertado ou trocado conforme a ocasião (ONTARIO HYDRO, 1997). 
Esta técnica tem a vantagem de menor planejamento requerido, não necessitando 
custo inicial de planejar uma manutenção antes de surgir um problema, por outro 
lado não é o método mais eficiente ao longo prazo devido ao elevado custo de 
reparo das máquinas e do tempo de perda de produção.
 Uma das principais características da manutenção corretiva é que esta 
deve ser imediata quando há surgimento de problemas. Se ocorreu uma falha no 
equipamento, deve-se consertá-lo assim que possível (TELECURSO 2000, 2014).
 Esta forma possui uma grande desvantagem quanto ao fato de que sua 
frequência e tamanho são imprevisíveis, sendo difícil para a empresa organizar 
as equipes de manutenção que devem existir para tratar destes problemas. Se 
a empresa tiver períodos com muitas falhas e períodos com poucas falhas, as 
equipes de manutenção podem ficar alternadamente com muito trabalho ou sem 
trabalho nenhum.
 É comum que estas equipes trabalhem em outras áreas no tempo livre, 
mas muitas vezes acabam gerando prejuízos e atrasos em outras áreas, pois a 
equipe tem que parar o que está fazendo para tratar de uma emergência quando 
uma máquina falha.
 Então, sempre é bom minimizar a necessidade de manutenção corretiva, 
já que as falhas que levam à parada do equipamento geram perda na produção, 
atrasos nas entregas e podem causar acidentes que geram riscos aos operadores e 
ao meio ambiente, além de possuírem um custo de reparo considerável.
TÓPICO 2 | FORMAS DE MANUTENÇÃO
13
Você deve perceber que, mesmo que os maiores cuidados sejam tomados, 
falhas ocorrerão eventualmente, então a manutenção corretiva é inevitável, sendo importante 
que haja sempre uma equipe de manutenção qualificada para realizá-la.
ATENCAO
 Na Figura 3 você pode observar um especialista realizando manutenção 
em um separador sólido-líquido de um veículo espacial. Um dos dois separadores 
existentes na aeronave sofreu uma falha devido a uma acumulação de água 
no mesmo, que provavelmente ocorreu durante um dos testes realizados, 
necessitando reparo. Em um veículo isolado como um destes, a manutenção dos 
componentes é extremamente importante, pois não é possível, muitas vezes, 
obter ajuda externa.
FIGURA 3 – ESPECIALISTA REALIZANDO MANUTENÇÃO CORRETIVA EM UM SEPARADOR 
SÓLIDO-LÍQUIDO
FONTE: <https://go.nasa.gov/2HsILEj>. Acessoem: 11 maio 2019.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
14
2.2 MANUTENÇÃO PREVENTIVA 
 Em algumas situações, o sistema com o qual você está trabalhando já é 
bem conhecido, e os engenheiros sabem, por experiência, que certos componentes 
tendem a dar problema com frequência. Nestas situações vale a pena realizar 
trocas de componentes problemáticas de acordo com uma agenda, evitando 
que o equipamento falhe e necessite de uma manutenção corretiva. Esta forma 
de manutenção baseada em reparos realizados periodicamente é chamada de 
manutenção preventiva. Estas operações buscam manter a máquina em estado 
de funcionamento constante, evitando interrupções e consequentemente a perda 
na produção.
 Um exemplo comum de manutenção preventiva é a troca de óleo em 
carros (Figura 4), que deve ser realizada com uma certa frequência, baseada no 
uso do carro. Neste caso é comum utilizar a quilometragem do automóvel para 
prever quando é necessário realizar esta forma de manutenção.
FIGURA 4 – EXEMPLO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA – TROCA DE ÓLEO EM AUTOMÓVEIS
FONTE:<http://bit.ly/30hzHt1>. Acesso em: 11 maio 2019.
 A manutenção preventiva tem seu plano centrado no cronograma de 
manutenção. Todos os equipamentos, peças e processos de uma empresa devem 
possuir um plano que indique quando devem ser repostas por novas. No caso do 
automóvel este plano era baseado na quilometragem.
TÓPICO 2 | FORMAS DE MANUTENÇÃO
15
 Outros quesitos que costumam ser utilizados para o agendamento de 
uma manutenção preventiva podem ser as horas de funcionamento que um 
equipamento prestou, ou mesmo o tempo em função do calendário.
 O valor de tempo do intervalo entre manutenções pode ser obtido de 
várias formas, sendo, algumas vezes, informado pelo fabricante, realizando 
experimento ou comparando com equipamentos similares.
 Em casos em que o intervalo a ser usado não é conhecido, muitas vezes 
convém utilizar um valor bastante conservador, já que mesmo uma troca de 
peças frequente e cara acaba saindo mais barato do que a perda de capital direto 
e indireto que resulta da quebra do equipamento.
 Se o intervalo escolhido for muito grande é possível que ocorra falha antes 
da manutenção que havia sido planejada. Neste caso, se diz que o intervalo está 
inadequado, e a manutenção preventiva acaba não ocorrendo, pois está realizando 
manutenção corretiva antes da data planejada para a outra.
 As principais vantagens do uso da manutenção preventiva são a sua 
simplicidade no processo de manutenção, um bom custo comparado à manutenção 
corretiva e baixos riscos de acidentes. Este método permite que o planejamento 
das funções exercidas pelas equipes responsáveis pela manutenção seja mais 
consistente, permitindo que o seu trabalho seja eficiente por consequência.
 As desvantagens da manutenção preventiva são, em maioria, devido 
à atuação sobre um equipamento que está funcionando perfeitamente bem, 
podendo adicionar erros devido a falhas humanas, contaminações e danificação 
durante o desligamento e reativação da máquina, entre outros.
 A Figura 5 contém um exemplo de manutenção preventiva no cenário 
industrial. Você pode observar na figura um aprendiz de técnico apertando os 
parafusos das rodas de uma empilhadeira, um processo que deve ser realizado 
com certa frequência, pois estes parafusos tendem a relaxar com o passar do 
tempo, gerando o risco de a roda sofrer vibrações ou até se soltar.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
16
FIGURA 5 – MANUTENÇÃO PREVENTIVA EM UMA EMPILHADEIRA
FONTE: <http://bit.ly/2Ph8XYu>. Acesso em: 12 maio 2019.
É importante planejar a manutenção preventiva de forma a minimizar as paradas 
no fluxo de produção. Sempre que possível, evita-se parar uma máquina em momentos em 
que irá gerar paradas em outros processos.
ATENCAO
2.3 MANUTENÇÃO PREDITIVA 
 Como você já aprendeu, as principais desvantagens da manutenção 
preventiva é que esta interfere em uma peça ou máquina que está em bom 
funcionamento. De forma a tratar este problema, surgiu a ideia da manutenção 
preditiva.
 Na manutenção preditiva, o planejamento que ocorre não é baseado na 
reposição de peças e equipamentos, mas na inspeção deles, verificando a presença 
ou ausência de falhas e se é necessário trocar alguma peça ou realizar algum 
reparo no equipamento.
TÓPICO 2 | FORMAS DE MANUTENÇÃO
17
 Pode-se dizer que a manutenção preditiva é aquela que busca evitar a 
manutenção preventiva e, ao mesmo tempo, escapar da manutenção corretiva.
 
 Este método evita a parada da produção antes que seja necessário, obtendo 
o máximo de rendimento do processo de produção que é mantido em operação 
normal pelo maior tempo possível.
 Utilizando a manutenção preditiva, os intervalos entre as paradas de 
máquina são maiores, e adicionalmente existem menores custos de reposição ao 
longo do tempo, já que é necessário um menor número de reposições.
 Estas medições podem ser realizadas sobre um número de variáveis, 
como pressão, temperatura, análises de vibrações, análises químicas, análises de 
superfícies, análises estruturais ou mesmo o nível de desempenho exibido pela 
máquina. Cabendo ao engenheiro determinar qual o ponto crítico que deve ser 
observado para detectar defeitos com antecedência.
 Uma das maiores dificuldades que limitam a manutenção preditiva é a 
determinação de quando devem ser realizados os reparos. Através de medições 
realizadas sobre o equipamento, você deve determinar se estes estão ou não 
dentro dos limites aceitáveis.
 Um exemplo disto é a temperatura em transformadores de calor, como 
visto na Figura 6. Estes transformadores aquecem bastante durante a operação 
e suas partes sofrem degradação devido a isto, especialmente o material isolante 
que protege o fio internamente, portanto, é importante monitorar a temperatura 
interna do transformador.
 Este problema apresenta mais dificuldade do que é incialmente aparente, 
pois a temperatura interna pode variar bastante com a estação, sendo muito mais 
elevado durante o verão e mais baixa durante o inverno, assim como a demanda 
elétrica exigida do transformador que pode variar durante o dia. Por causa disto, 
simplesmente monitorar a temperatura não dá informações suficientes sobre o 
estado do transformador.
 Neste caso, é comum o monitoramento da composição do óleo dentro 
do transformador. Quando a isolação sofre degradação, está solta componentes 
químicos que se misturam com o óleo, o que permite que uma equipe responsável 
pela manutenção verifique o estado do transformador e planeje a troca do 
isolamento de acordo com a necessidade.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
18
FIGURA 6 – TRANSFORMADOR ELÉTRICO DE DISTRIBUIÇÃO
FONTE: <http://bit.ly/2KSiH6i>. Acesso em: 12 maio 2019.
 Em muitos casos as fontes de falha das máquinas podem ser difíceis de 
monitorar, ou de estabelecer limites de aceitação, o que torna a manutenção 
preditiva inviável.
 Outra desvantagem da manutenção preditiva é o custo da realização das 
inspeções regulares, que requerem medições, muitas vezes, por equipamentos 
caros e mão de obra qualificada para utilizá-los, o que demanda treinamento. 
Tudo isto acarreta um maior custo inicial no projeto comparado com as outras 
formas de manutenção que você estudou até este ponto.
 A Figura 7 mostra um exemplo de manutenção preditiva, onde um 
maquinista está examinando um acionamento de ventilador, por uma câmera 
de fibra ótica, atrás de sinais de corrosão de forma a determinar se é necessário a 
realização de reparos ou a reposição do equipamento.
TÓPICO 2 | FORMAS DE MANUTENÇÃO
19
FIGURA 7 – INSPEÇÃO DE UM ACIONAMENTO DE VENTILADOR
FONTE: <http://bit.ly/30fXY2E>. Acesso em: 12 maio 2019.
 O monitoramento frequente de um fator crítico ao longo do tempo permite 
que você estabeleça uma tendência do desenvolvimento da falha do equipamento, 
como no Gráfico 1.
 Como você pode observar, realizam-se medições regulares sobre as 
variáveis críticas quepodem indicar falhas; isto é, a seção azul do Gráfico 1. 
Quando se detecta que está começando a ocorrer variação e tendendo a falha, 
aumenta-se a frequência de medições para melhor controlar a manutenção do 
equipamento; isto pode ser visto no final da seção azul da Gráfico 1.
 A partir do histórico de medições, é possível estimar o desenvolvimento 
futuro das falhas no equipamento, que é indicado pela região verde na Gráfico 1. 
Eventualmente esta curva irá ultrapassar o limite aceitável para o equipamento, 
linha tracejada vermelha, onde ocorrerá a falha.
 A manutenção do equipamento deverá ser realizada na região amarela, 
que indica o tempo do presente até o momento que a falha foi prevista. 
Preferencialmente, não se deve deixar os reparos sobre o equipamento para o 
último momento, pois é sempre possível que as falhas se propaguem mais rápido 
que o normal perto do limite de falha.
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
20
GRÁFICO 1 – MEDIÇÕES REALIZADAS E TENDÊNCIA DE FALHA NA MANUTENÇÃO PREDITIVA 
DE UM EQUIPAMENTO
FONTE: O autor
 A manutenção preditiva pode ser realizada não apenas com inspeções 
regulares, mas de forma contínua, através do uso de aparelhos que monitoram 
o equipamento de forma constante, um processo que se tornou mais viável 
com o avanço da tecnologia, permitindo que dezenas de equipamentos sejam 
monitorados em uma única tela de computador. 
3 MANUTENÇÃO DETECTIVA 
 Em certas situações é importante impedir falha catastrófica do sistema de 
forma a evitar danos maiores ou até perda de vidas. Nestes casos utiliza-se um 
sistema de manutenção chamada de manutenção detectiva.
 Na manutenção detectiva, o sistema é monitorado constantemente 
por um sensor que possui limites programados quanto a valores permissíveis 
de vibrações, temperaturas, corrente elétrica etc. Caso a medição do sistema 
ultrapasse o valor limite, o sistema é automaticamente parado.
 Como exemplo deste tipo de manutenção, podemos citar os disjuntores 
elétricos, que você pode observar na Figura 8, que interrompem a circulação de 
energia elétrica caso a corrente ultrapasse um certo limite, o que poderia causar 
TÓPICO 2 | FORMAS DE MANUTENÇÃO
21
queima de equipamentos. Outro exemplo que pode ser considerado são os airbags 
dos automóveis, que tem uma função importante em proteger a vida das pessoas 
dentro do carro em caso de colisão.
FIGURA 8 – DISJUNTOR ELÉTRICO
FONTE: <http://bit.ly/2MqI2Y1>. Acesso em: 13 maio 2019.
4 MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL 
 A manutenção produtiva total (Total Productive Maintenance – TPM) é 
um método desenvolvido no Japão na década de 1970, que é baseado na ideia de 
que cada funcionário seja responsável pelas máquinas com que trabalham.
 Na manutenção produtiva total, buscam-se realizar ambas manutenções 
preventivas e preditivas sobre as máquinas envolvidas no processo, que serão 
realizadas por cada funcionário da empresa.
 A manutenção produtiva total é um sistema baseado em cinco “pilares”:
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
22
• Eficiência: aumentar a eficiência dos equipamentos.
• Auto reparo: um sistema de manutenção pelos operadores que se 
auto sustenta.
• Planejamento: um plano de manutenção detalhado.
• Treinamento: operadores bem treinados.
• Ciclo de vida: uma gerencia do equipamento que aumenta à sua 
vida (TELECURSO 2000, 2014, s.p.).
 O sistema de manutenção produtiva total identifica as seis principais 
perdas que existem nas empresas, e através do seu sistema, busca minimiza-las. 
Estas perdas são:
• Perdas devido à quebra de máquinas e peças.
• Perdas no tempo gasto realizando reparos de manutenção.
• Perdas devido a máquinas paradas (perda de produção).
• Perdas por diminuição da velocidade de produção.
• Perdas devido a defeitos nas peças produzidas.
• Perdas por diminuições no rendimento das máquinas (TELECURSO 
2000, 2014).
DICAS
Para um melhor entendimento dos conceitos de manutenção produtiva total, 
sugere-se a leitura do texto da monografia de Wady Abrahão Cury Netto (2008), que realizou 
um estudo das aplicações da TPM nas empresas Natura e V & M, que se beneficiaram através 
da utilização deste método que é muito popular entre as empresas:
Desenvolvida no início da década de 60 e expandida pelo mundo na 
década de 70, a Manutenção Produtiva Total ou TPM é a aplicação da 
qualidade total (TQM) na manutenção. O uso da metodologia no Brasil 
foi iniciado na década de 80, e hoje as principais plantas industriais do 
país utilizam TPM.
A importância do tema para a Engenharia de Produção é observada de 
acordo com classificação da Associação Brasileira de Engenharia de 
Produção (ABEPRO) para as atribuições do engenheiro de produção 
que cita a gestão da manutenção e a confiabilidade de máquinas, 
equipamentos e produtos como funções deste profissional.
A escolha do tema proposto foi motivada pela experiência adquirida 
nas atividades desenvolvidas no estágio realizado em uma empresa do 
setor automobilístico, com aplicação da Manutenção Produtiva Total.
[...]
O objetivo do trabalho é demonstrar a importância da manutenção e, 
em especial, da metodologia Manutenção Produtiva Total na indústria. 
Para contextualizar o tema, apresenta se uma análise comparativa dos 
resultados de implantação em empresas que adotam a Manutenção 
Produtiva Total a partir da concepção teórica do tema.
TÓPICO 2 | FORMAS DE MANUTENÇÃO
23
[...]
A crescente competitividade das indústrias exige que se procure 
constantemente a maior eficiência do sistema produtivo. A 
Manutenção Produtiva Total surgiu dessa necessidade. Da busca da 
diminuição de desperdícios foi criada a TPM, a princípio um sistema 
de manutenção que visava eliminar as perdas dos equipamentos e 
aumentar sua eficiência global.
A ideia central da TPM está no pilar Manutenção Autônoma que, através 
dos passos contidos nesse pilar, desperta no operador a relação de 
cuidado que este deve ter com seu equipamento de trabalho. Sua 
importância é demonstrada no Quadro 1, numa analogia feita por 
MONCHY (1987) entre a manutenção da saúde dos equipamentos e 
a manutenção da saúde das pessoas (CURY NETTO, 2008, p. 11-12).
 Como resultado, Cury Netto constatou que as duas empresas utilizam a TPM 
de modo ligeiramente diferente, com a Natura enfocando em todo os níveis da empresa, 
enquanto que a V&M foca a TPM em uma parte dela e realiza maior análise de falhas dos 
equipamentos. Este trabalho mostra que, mesmo para a mesma classe de manutenção, 
existem diversos modos na qual esta pode ser realizada. Leia na íntegra acessando: http://
bit.ly/2P6hLk8
5 DISCUSSÕES QUANTO ÀS FORMAS DE MANUTENÇÃO
 Em resumo, as principais formas de manutenção podem ser organizadas 
conforme você pode ver na Figura 9, onde podem ser observados não apenas 
as formas de manutenção que você estudou até este ponto, mas também uma 
descrição básica das características de cada uma delas. 
 Observe que costuma existir uma relação inversa entre o custo inicial e 
o custo de falha para as formas de manutenção: aquelas que possuírem maior 
investimento inicial sobre seu planejamento terão um menor número de acidentes 
e menos gastos em reparos. Por outro lado, aquelas com menor investimento 
inicial terão um maior número de acidentes e peças defeituosas que irão gerar 
prejuízo posterior para a empresa.
 Note que como existe algum tipo de custo surgindo para ambas as 
direções, não existe uma única opção correta para a realização da manutenção. A 
escolha da forma de manutenção apropriada cabe ao engenheiro que irá planejar 
os processos industriais para a empresa. Esta deve ser escolhida de forma que se 
obtenha um balanço, não permitindo que nenhum custo fique demasiadamente 
grande.
 Por exemplo, não vale a pena realizar inspeções utilizando máquinas de 
monitoramento constante, que são custosas, ou microscópios de alta precisão, 
quando se trata de equipamentos e peças que são muito baratos e facilmente 
trocados, e que não causam muito prejuízo quando quebram.Um exemplo 
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
24
comum desta situação são itens simples que a maioria das pessoas possui em 
casa: canetas que quebram facilmente ou pilhas que não possuem uma bateria 
limitada, que são mais baratos de trocar quando quebram do que realizar uma 
manutenção mais complicada.
 Por outro lado, para equipamentos caros e que podem ter resultados 
catastróficos quando sofrem falhas, o monitoramento da condição vale o custo 
a ser aplicado. Um exemplo comum é o de automóveis, os quais devem ser 
realizados verificações regulares com base na sua quilometragem. Um exemplo 
mais aplicado a indústria é o de aeronaves, que recebem inspeções bastante 
frequentes para garantir seu bom estado de funcionamento.
FIGURA 9 – FORMAS DE MANUTENÇÃO
FONTE: O autor
25
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• A manutenção pode ser categorizada em várias formas, podendo ser planejada 
e não planejada.
• A manutenção corretiva é uma forma de manutenção não planejada onde 
apenas se age quando ocorre a falha do equipamento.
• A manutenção de ocasião é similar a manutenção corretiva, mas ocorre em 
situações onde o equipamento normalmente estaria parado.
• A manutenção preventiva é uma forma de manutenção planejada que consiste 
em serviços regulares programados de reparo ou reposição de peças, o que 
mantém o equipamento em bom estado.
• A manutenção preditiva é uma forma de manutenção planejada que consiste 
em inspeções regulares programadas que buscam detectar quando ocorre 
surgimento de falha no equipamento e as medidas que devem ser tomadas 
para repará-lo.
• A manutenção detectiva é um sistema automático que interrompe o 
funcionamento do equipamento quando detecta falha iminente de forma a 
evitar quebras ou acidentes.
• A manutenção produtiva total é uma forma de manutenção planejada que 
combina as manutenções preventiva e preditiva sob a responsabilidade do 
operador de cada equipamento da empresa.
• As várias formas de manutenção tendem a apresentar uma relação inversa de 
custo de investimento inicial e custo de quebra.
26
1 Três das formas de manutenção mais comuns realizadas pelas empresas 
sobre os seus equipamentos e peças são os de manutenção corretiva, 
manutenção preventiva e manutenção preditiva. 
 Sobre este assunto, classifique as sentenças em V para as verdadeiras e F 
para as falsas.
( ) A manutenção preditiva utiliza inspeções programadas.
( ) A manutenção corretiva é uma forma de manutenção planejada.
( ) A manutenção preventiva pode ser baseada no tempo de operação da 
máquina.
( ) Na manutenção preventiva é essencial a realização de medições.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) F – F – V – V. 
b) ( ) V – F – V – F.
c) ( ) V – V – F – F.
d) ( ) F – V – F – V.
2 Os processos de manutenção buscam melhorar a eficiência do processo 
produtivo de uma empresa atacando os defeitos e falhas na produção e 
nos equipamentos, podendo ser realizados de várias formas. Um exemplo 
de manutenção é a broca utilizada para perfuração de usinagem. Explique 
como cada forma de manutenção estudada neste capítulo poderia ser 
aplicada nesta broca.
3 Existem várias formas que a manutenção de equipamentos pode exibir. 
Estas formas de manutenção possuem diferentes características, assim 
como suas próprias vantagens e desvantagens, sendo importante que você 
seja capaz de identificá-las. Relacione as colunas com o tipo de manutenção 
de acordo com o código a seguir.
(1) Manutenção corretiva.
(2) Manutenção preventiva.
(3) Manutenção preditiva.
(4) Manutenção detectiva.
(5) Manutenção de ocasião.
( ) Um torno que opera no período da tarde, quebrou e recebe reparos de 
noite.
( ) A verificação regular de uma engrenagem, que vem a mostrar trincas e é 
trocada.
AUTOATIVIDADE
27
( ) Um mancal de rolamento quebra durante a operação e é imediatamente 
trocado.
( ) Um filtro de ar condicionado é trocado a cada três meses.
( ) Um computador é automaticamente desligado ao serem detectadas 
temperaturas internas excedendo o limite.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) ( ) 5 – 3 – 1 – 2 – 4. 
b) ( ) 5 – 4 – 1 – 2 – 3. 
c) ( ) 3 – 4 – 2 – 1 – 5. 
d) ( ) 2 – 3 – 5 – 1 – 4.
28
29
TÓPICO 3
PLANEJAMENTO E CUSTOS DE MANUTENÇÃO
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
 Você já estudou a importância de realizar manutenção, assim como as 
formas que pode tomar, resta determinar como será realizada a manutenção, 
iniciando pelo primeiro passo: o planejamento.
 Um bom planejamento do processo de manutenção facilita o trabalho 
dos operários da empresa, assim como economiza tempo e dinheiro e diminui a 
probabilidade de possíveis acidentes e falhas de equipamento, assim é importante 
determinar o plano de manutenção desde o início.
 A existência de custos associados ao processo é inevitável, mas é possível 
planejar de uma forma balanceada que mantém os custos de manutenção em 
uma média aceitável sendo ao mesmo tempo eficiente.
 Neste tópico, você estudará os principais procedimentos de manutenção e 
como podem ser organizados de forma a otimizar o tempo e eficiência de manutenção, 
assim como os conceitos do custo de manutenção e os principais pontos que o afetam.
2 PROCESSOS DE MANUTENÇÃO
 As atividades realizadas pelo processo de manutenção podem ser 
divididas em três formas principais (U.S. DEPARTMENT OF THE INTERIOR 
BUREAU OF RECLAMATION, 2009):
• Manutenções de rotina: são as atividades realizadas com o equipamento em 
funcionamento, geralmente fazendo parte dos processos de manutenção 
preventiva ou preditiva. São planejadas em cronograma de acordo com o 
tempo ou quantidade de utilização de um equipamento.
30
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
• Testes de manutenção: são as atividades que consistem na realização de 
testes utilizando equipamentos específicos, de forma a detectar possíveis 
problemas. Estas atividades são planejadas em cronogramas de acordo com o 
tempo ou quantidade de utilização de um equipamento, geralmente quando o 
equipamento está desligado.
• Testes de diagnóstico: são as atividades que consistem na realização de 
testes utilizando equipamentos específicos, realizadas em resposta a alguma 
irregularidade que tenha ocorrido na máquina. Estas atividades não são 
planejadas em cronograma, ocorrendo imprevisivelmente.
Entre estas três categorias de atividades, as duas primeiras aparecem 
com frequência durante a criação do plano de manutenção, mas a equipe de 
manutenção deve estar preparada para a realização da terceira em situações em 
que pode ocorrer.
3 PLANO DE OPERAÇÕES
 Os processos de manutenção a serem realizados são muitos, sendo 
necessário criar uma sequência planejada para sua realização. Esta sequência deve 
listar todos os serviços que precisam ser executados, o pessoal que deve prestar 
este serviço, o tempo de trabalho requerido e a dependência entre serviços, que 
muitas vezes devem ser realizados em uma sequência específica.
 Existem várias maneiras de organizar esta sequência de operações. Uma 
delas é o uso de diagramas de espinha de peixe, como você pode observar na 
Figura 10. Este diagrama é simplesmente um modo compacto de escrever a 
sequência de ações de manutenção que devem ser realizadas. 
 Note que este diagrama não informa nada sobre a dependência entre 
operações; por exemplo: a verificação das engrenagens deve logicamente vir após 
sua remoção, mas a troca de polias e aplicação de lubrificante não necessariamente 
precisam ser realizadas nesta ordem para que a manutenção funcione.
TÓPICO 3 | PLANEJAMENTO E CUSTOS DE MANUTENÇÃO
31
FIGURA 10 – DIAGRAMA ESPINHA DE PEIXE
FONTE: O autor
 Outro fator que não é incluso neste diagrama é o planejamento do tempo 
estimado para cada operação. Um método que pode ser utilizado para cobrir 
algumas destas fraquezas é utilizar o chamado diagrama de barras, também 
conhecido como diagrama de Gantt.
 O diagrama de Gantt é um método que buscaprogramar as operações de 
manutenção, de forma a tornar clara as dependências entre as tarefas e o tempo 
requerido de manutenção para cada uma delas. Primeiramente constrói-se uma 
tabela, conforme exemplo a seguir.
32
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
TABELA 2 – LISTAGEM DE TAREFAS DE MANUTENÇÃO
FONTE: O autor
FIGURA 11 – DIAGRAMA DE GANTT
FONTE: O autor
 A partir de uma tabela de operações, como a Tabela 2, pode-se criar o 
diagrama de Gantt, conforme o exemplo na Figura 11. Observe que sempre 
que se finaliza uma tarefa, iniciam-se todas as tarefas que dependiam desta 
simultaneamente, de forma a economizar tempo realizando operações simultâneas.
Tarefa Detalhamento Dependência Duração (horas)
A Desligar equipamento 1
B Remover parafusos A 1
C Remover engrenagens B 2
D Verificar engrenagens C 5
E Trocar polias B 3
F Reaplicar lubrificantes D e E 1
G Limpar filtros E 2
TÓPICO 3 | PLANEJAMENTO E CUSTOS DE MANUTENÇÃO
33
 Note que, no diagrama de Gantt, as dependências não são mais indicadas 
diretamente, estas estão apenas implícitas no cronograma. O diagrama também 
possui outros fatores que não são mostrados, por exemplo, quais são as tarefas 
mais importantes dentre as listadas, ou quais os custos de cada tarefa. O método 
CPM (do inglês Critical Path Method, ou método do caminho crítico) foi criado 
para solucionar este problema.
4 MÉTODO CPM
 O método CPM é um método criado com a intenção de minimizar o tempo 
das paradas e é composto por três formas de gráfico principais (TELECURSO 
2000, 2014):
• Diagramas de flechas.
• Atividades fantasma.
• Nós.
 O diagrama de flechas é um diagrama onde cada processo na sequência 
de operações é representada por uma flecha. Quando a ponta de uma flecha 
conecta com a cauda de outra flecha significa que existe uma dependência entre 
operações.
 Você pode observar um exemplo de diagrama de flechas na Figura 12. Na 
Figura 12 (a) você pode ver a dependência de processos como demonstrada no 
exemplo da Tabela 2, onde os processos C e apenas se iniciam após terminado o 
processo B.
 Na Figura 12 (b), você observa outro caso que é de um processo sendo 
dependente de múltiplos outros processos, com o processo F só podendo ser 
iniciado após terminados os processos D e F.
 Note que a Figura 12 (b) só é uma descrição válida do exemplo da Tabela 
2 se ignorarmos os outros processos, afinal o processo G também depende do 
processo E, mas se colocarmos ele na Figura 12 (b) saindo da ponta da seta E 
ficaria parecendo que G depende de ambos D e E, o que não é verdade, pois G 
depende apenas de E.
34
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
FIGURA 12 – DIAGRAMA DE FLECHAS.
FONTE: O autor
 Para resolver este problema você pode utilizar as chamadas atividades 
fantasmas, que podem ser vistas na Figura 12 (c), ilustradas por uma flecha 
pontilhada. Estas atividades fantasmas indicam uma dependência entre dois 
processos, mas não são atividades reais, portanto, não consumem tempo ou 
recursos, apenas existem para auxiliar a organização do planejamento. Nesta 
figura, a atividade F depende das atividades D e E, e a atividade G depende 
apenas da atividade E, o que está de acordo com o exemplo da Tabela 2 que você 
já foi estudado anteriormente.
Por último, existem os nós, também chamados de eventos. Estes são círculos 
desenhados no início e final das setas do processo que demarcam pontos da 
sequência de operações. Eles não indicam nenhuma operação que deve ser 
realizada, apenas servem de indicadores do progresso de manutenção.
 Na Figura 13, você pode observar um exemplo de nós ou eventos. Nesta 
figura, você pode ver como ficaria a sequência de operações da Tabela 2 se fosse 
construída em um diagrama de flechas com nós. 
TÓPICO 3 | PLANEJAMENTO E CUSTOS DE MANUTENÇÃO
35
FIGURA 13 – NÓS OU EVENTOS
FONTE: O autor
 É, muitas vezes, interessante para o engenheiro ao realizar o planejamento 
da manutenção incluir os tempos de duração estimados de cada etapa do processo 
de manutenção no diagrama de flechas, como foi feito na Figura 13. Através 
disto é possível observar todos os caminhos que levam do início da sequência de 
operações (nó 1) até o final (nó 7). Existem três caminhos possíveis:
• A – B – C – D – F. Duração total: 10 horas.
• A – B – E – G. Duração total: 7 horas.
• A – B – E – Fantasma – F. Duração total: 6 horas.
 Perceba que o primeiro destes caminhos tem duração maior do que os 
outros; este é chamado de caminho crítico, pois determina a duração total da 
sequência de operações. Se o engenheiro responsável pela manutenção deseja 
melhorar o processo, ele deve melhorar as operações que fazem parte do caminho 
crítico.
 Também pode-se determinar através disto quanto certos processos podem 
atrasar sem atrasar o tempo total da manutenção, basta olhar as tarefas que não 
fazem parte do caminho crítico. No caso anterior, as tarefas E e G no caminho 
dois podem atrasar um total de três horas sem atrasar o cronograma.
5 ANÁLISE DE CUSTOS 
 No mercado competitivo atual, é importante que o produto sendo 
produzido por uma empresa seja não apenas dentro das especificações, mas 
também possua um custo competitivo comparado com os preços das concorrentes. 
Os custos envolvidos no processo de manutenção acabam entrado no custo final 
do produto e tem parte em determinar o custo de venda no mercado.
 Os custos de manutenção podem ser divididos em dois grupos: custos 
diretos e custos indiretos.
36
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
 Os custos diretos de manutenção constituem o que a empresa paga 
diretamente, que é o custo da mão de obra, os custos das partes de reposição e 
dos materiais de reparo, assim como custos de serviços de terceiros.
 Já os custos indiretos representam custos de dinheiro perdido devido a 
problemas, como o tempo de parada da produção, seja por quebra ou reparos 
planejados, o que gera uma perda na produção da empresa.
 Como já mencionado no tópico anterior, existe uma relação inversa entre 
os custos de falha e o custo da realização do processo de manutenção, gerando 
uma curva de custo total em formato de U, como você pode ver no Gráfico 2. 
 Devido a este formato o ponto de custo mínimo para a empresa encontra-
se em algum lugar no meio da curva, e não em nenhum dos dois extremos. Cabe 
aos responsáveis pelo planejamento da manutenção determinar qual o custo 
para manutenção preventiva e preditiva que é permissível, não acarretando mais 
despesas do que gastaria com as falhas realizando manutenção corretiva.
 Os custos diretos e indiretos de manutenção têm uma relação semelhante, 
pois representam os custos de prevenir o problema e os custos de corrigir o 
problema após a falha, respectivamente.
GRÁFICO 2 – BALANÇO DOS CUSTOS RELACIONADOS AO PROCESSO DE MANUTENÇÃO 
INDUSTRIAL
FONTE: O autor
TÓPICO 3 | PLANEJAMENTO E CUSTOS DE MANUTENÇÃO
37
 Uma medida importante neste cálculo é a chamada disponibilidade do 
equipamento, que é dada pela Equação 1. A disponibilidade indica o percentual 
do tempo que o equipamento fica em operação. Uma disponibilidade menor 
indica tempo perdido, o que representa um custo indireto do processo.
Equação 1
 Como a disponibilidade é uma medida que diminui com o número de 
falhas, pode-se dizer que uma disponibilidade maior é comum na manutenção 
preventiva e preditiva, e que o custo de disponibilidade tem uma relação oposta 
com o custo destas manutenções.
Note que a disponibilidade, conforme escrito na Equação 1, será sempre um 
número menor ou igual a 1. Como a maioria das máquinas passa a maior parte do seu 
tempo em operação, mas praticamente nenhuma passa 100% do tempo operando, portanto, 
você pode esperar que a disponibilidade seja geralmente um número entre 0,9 e 1,0.
ATENCAO
 ( )
 ( ) ( )
Tempo de Operação TODisponibilidade
Tempo de Operação TO Tempo de Parada TP
=
+
38
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• Os processos de manutenção dividem-se emtrês principais: manutenções de 
rotina, testes de manutenção e testes de diagnóstico.
• O planejamento das operações manutenção pode ser realizando utilizando 
várias ferramentas, incluindo o diagrama de Gantt e o diagrama de flechas.
• O método do caminho crítico utiliza o diagrama de flechas para encontrar o 
tempo previsto total das operações de manutenção, dando informações sobre 
os atrasos permissíveis e potenciais de melhora do processo.
• Os custos de manutenção são divididos em dois grupos: custos diretos e 
indiretos, que estão relacionados aos pagamentos e às perdas de produção da 
empresa respectivamente.
• Os custos direto e indireto possuem uma relação inversa, com o balanço entre 
estes custos sendo encontrado em um ponto médio.
39
1 A análise dos processos de manutenção utilizando ferramentas como o 
diagrama de Gantt e o diagrama de flechas permite ao engenheiro balancear 
os recursos e tempo disponível de forma a otimizar o processo. Desenhe 
o diagrama de Gantt e o diagrama de flechas da sequência de operações 
mostrada na tabela a seguir.
AUTOATIVIDADE
TABELA – SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES DE UMA EMPRESA
FONTE: O autor
2 Um dos principais objetivos de um bom planejamento de manutenção é a 
diminuição dos custos do projeto, que podem tomar várias formas durante 
os vários processos de manutenção, podendo ser diretos ou indiretos. Sobre 
este assunto, classifique as sentenças em V para as verdadeiras e F para as 
falsas.
( ) O preço de um componente a ser reposto é um exemplo de custo direto.
( ) A contratação de serviços de terceiros é uma forma de custo indireto.
( ) Os custos diretos e indiretos costumam possuir uma relação inversa.
( ) O custos indiretos costumam ser maiores na manutenção preditiva.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) V – F – V – F. 
b) ( ) V – V – F – F.
c) ( ) F – V – F – V.
d) ( ) F – F – V – V.
3 Existem várias formas de se organizar o planejamento de operações de 
manutenção de uma empresa, como o diagrama de Gantt ou o diagrama 
de flechas, que podem ser utilizados como ferramentas para auxiliar a 
otimização do plano de manutenção.
 Sobre este assunto, classifique as sentenças em V para as verdadeiras e F 
para as falsas.
Tarefa Dependência Duração (horas)
A 2
B A 1
C B 4
D A 1
E C e D 3
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( ) No diagrama de Gantt é possível observar as dependências entre os 
processos.
( ) O diagrama de flechas pode ser utilizado para encontrar o caminho crítico.
( ) O diagrama de espinha de peixe não permite visualizar o tempo estimado 
de cada tarefa.
( ) O diagrama de flechas possui atividades fantasma quando duas atividades 
dependem de uma.
Assinale a alternativa CORRETA:
a) ( ) F – V – V – F. 
b) ( ) F – V – V – F.
c) ( ) F – V – V – F.
d) ( ) F – V – V – F.
41
TÓPICO 4
SEGURANÇA E CUIDADOS PRÉVIOS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
 Todo ano ocorrem acidentes de trabalho no Brasil que chegam a mais 
de 300.000, que podem ter consequências de pequenos ferimentos até acidentes 
fatais (BRASIL, 2017). O número de acidentes fatais no Brasil chegou a 17 mil 
desde o ano de 2012 (MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO, 2019). 
 Falta de cuidados no manuseio de equipamento é perigoso não apenas para 
os usuários, mas também pode danificar o equipamento manuseado, causando 
perda de tempo e custos para a empresa que necessitará realizar manutenção 
corretiva.
 Neste tópico, você aprenderá os cuidados de segurança que devem ser 
tomados ao realizar manutenção em equipamentos industriais, assim como 
técnicas de montagem e desmontagem utilizadas durante a manutenção de forma 
a evitar acidentes.
2 CUIDADOS DE SEGURANÇA
 O primeiro passo para garantir a segurança do operador é a verificação 
de que a desmontagem e realização de operações sobre a máquina é realmente 
necessária. Muitas máquinas industriais são projetadas para um funcionamento 
de longo tempo, e realizar operações que são desnecessárias é um risco para o 
operador e para a máquina que deve ser evitado sempre que possível.
Por segundo, é importante realizar a análise da máquina e determinar a causa 
da falha antes da desmontagem sempre que possível. Muitas vezes a causa do 
problema não é evidente olhando apenas para os componentes individuais. A 
desmontagem completa raramente é necessária, e muitas vezes é uma perda de 
tempo, valendo concentrar-se apenas nos componentes afetados.
A máquina necessita de manutenção e as partes devem ser trocadas ou reparadas 
Existem atividades que podem ser realizadas para garantir a segurança do 
usuário, entre as quais podem ser listadas:
42
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
• Desligamento completo da máquina da fonte de energia a qual está conectada 
e qualquer outros equipamentos elétricos que se encontram próximos, o que é 
feito de forma a evitar choques elétricos.
• A consulta do manual técnico do equipamento, que deve possuir o detalhamento 
do processo de montagem e desmontagem e às vezes pode conter observações 
e recomendações do fabricante.
• Remover acessórios da máquina e partes que exercem apenas a função de 
proteção externa. Estas partes obstruem o trabalho do mantenedor e por isso 
devem ser removidas.
• Limpeza de sujeira e contaminantes da máquina, que podem incluir barro, 
graxas, areias entre outros. Esta limpeza pode ser realizada com a utilização de 
pincéis, desengraxantes, entre outros.
• Drenagem de fluidos, como lubrificantes, de forma a evitar o risco de 
derramamento deste sobre o chão.
• Levar a fiação elétrica removida para o setor responsável pela sua manutenção 
para verificação.
• Remoção de equipamentos como mangueiras, alavancas, manípulos e similares.
• Colocação de calços sobre peças que podem se soltar de forma a evitar que esta 
se mova causando acidentes.
• No caso de que o operário realizando manutenção necessita deixar a 
máquina só, ele deve posicionar uma placa indicando que a máquina está em 
manutenção para evitar que outros funcionários tentem utilizar ou mexer com 
ela. Outra opção é utilizar uma trava que impede o equipamento de ser ligado 
(BECHTOLD, 2010).
NOTA
O mantenedor é o engenheiro ou técnico responsável por realizar a operação 
de manutenção. É o funcionário que realiza as tarefas de manutenção descritas acima.
 Dependendo da aplicação que for utilizada, pode ser necessário o uso de 
equipamentos especiais. Um exemplo são os óculos de segurança, que você pode 
observar na Figura 14. Estes óculos são importantes em situações em que você 
trabalhe com solda, que emite muitas fagulhas, ou equipamentos que lancem 
projeteis pequenos a altas velocidades que podem danificar os olhos se forem 
atingidos, como usinagem de materiais. 
TÓPICO 4 | SEGURANÇA E CUIDADOS PRÉVIOS
43
FIGURA 14 – ÓCULOS DE SEGURANÇA
FONTE: <http://bit.ly/31TORVX>. Acesso em: 17 maio 2019.
 Alguns outros exemplos de processos que requerem óculos de segurança 
são processos que liberam radiação ultravioleta ou que possuem um alto risco de 
respingo de substâncias químicas.
 Seguidas todas as recomendações, você pode seguir com o processo 
de manutenção, que possui dois pontos gerais comuns nas maiorias dos 
equipamentos que precisam receber cuidados: a desmontagem do equipamento 
e a remontagem após concluída a manutenção.
 Quando você necessita tratar de equipamentos elétricos, em especial, é 
sempre bom tomar alguns cuidados adicionais, entre eles (ONTARIO HYDRO, 
1997):
• A presença de isolação e aterramento bem definidos para o equipamento 
elétrico para evitar choques.
44
UNIDADE 1 | CONCEITOS BÁSICOS DE PRÁTICAS DE MANUTENÇÃO
• Todo pessoal não autorizado para estar presente deve sair da área durante o 
processo.
• Usar uma forma de exaustão ou um equipamento de proteção pessoal para 
evitar inalar vapores tóxicos.
• Todo o pessoal envolvido na manutenção deve receber treinamento de 
primeiros socorros.
• Deve-se possuir um extintor de incêndio próximo, caso algum equipamento 
entre em chamas.
• Evitar o uso de escadas metálicas, pois estas

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