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7 PECADOS dos pesquisadores na submissão de trabalhos ao Comitê de Ética

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OS 7 PECADOS DOS 
PESQUISADORES NA 
SUBMISSÃO DOS TRABALHOS 
AO COMITÊ DE ÉTICA
Mônica Florice
Vice-Coordenadora de Comitê de Ética em 
Pesquisa em Seres HUmanos
Mônica Florice Albuquerque Alencar
Vice-coordenadora de Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos
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1º PECADO: ENXERGAR O COMITÊ DE 
ÉTICA COMO MERA BUROCRACIA
Sim, mana! Eu só 
enviei meu trabalho 
pro Comitê porque o 
meu orientador 
mandou! 
Desconhecimento do porquê de se 
submeter uma proposta de pesquisa 
ao CEP
“VII.1 - Pesquisas envolvendo seres 
humanos devem ser submetidas à 
apreciação do Sistema CEP/CONEP, 
que, ao analisar e decidir, se torna 
corresponsável por garantir a 
proteção dos participantes.”
Res. CNS 466/12
2º PECADO: NÃO CONFERIR TODA A 
DOCUMENTAÇÃO DO PROTOCOLO DE 
PESQUISA ANTES DE DAR ENTRADA NO COMITÊ 
DE ÉTICA
A legislação é clara: documentação 
incompleta é impeditivo para 
apreciação ética
“VI - O protocolo a ser submetido à 
revisão ética somente será apreciado se 
for apresentada toda documentação 
solicitada pelo Sistema CEP/CONEP, 
considerada a natureza e as 
especificidades de cada pesquisa” 
(ênfase minha)
Res. CNS 466/12
É preciso ter clareza sobre quais são os 
elementos componentes do Protocolo de 
Pesquisa
“II.17 - protocolo de pesquisa - conjunto 
de documentos contemplando a 
descrição da pesquisa em seus aspectos 
fundamentais e as informações relativas 
ao participante da pesquisa, à 
qualificação dos pesquisadores e a 
todas as instâncias responsáveis” (ênfase 
minha)
Res. CNS 466/12
3º PECADO: REVELAR FRACO OU NENHUM 
DOMÍNIO DO QUE DETERMINA A RES. 466/12
O conhecimento das normativas 
éticas relacionadas às pesquisas em 
seres humanos é imprescindível para 
a salvaguarda do “[...] respeito pela 
dignidade humana e pela especial 
proteção devida aos participantes 
das pesquisas científicas envolvendo 
seres humanos”
Res. CNS 466/12
4º PECADO: MOSTRAR-SE DESATUALIZADO 
QUANTO À LEGISLAÇÃO QUE REGULA A 
ÉTICA NAS PESQUISAS EM SERES HUMANOS
Atualmente, o dispositivo legal que 
regulamenta a ética nas pesquisas em 
seres humanos é a Res. CNS 466, de 
12/12/2012
“Considerando o desenvolvimento e o 
engajamento ético, que é inerente ao 
desenvolvimento científico e 
tecnológico; [...] todo o progresso e seu 
avanço devem, sempre, respeitar a 
dignidade, a liberdade e a autonomia 
do ser humano”
Res. CNS 466/12
Minha Virgem Santa! Manda 
esse povo começar tudo de 
novo. E pagar 3 anos de 
promessa no Círio. 
5º PECADO: NÃO DAR A DEVIDA 
IMPORTÂNCIA AOS ASPECTOS 
METODOLÓGICOS DO PROJETO E SUA 
INFLUÊNCIA NA ANÁLISE ÉTICA
A importância das opções 
metodológicas para a apreciação 
ética das pesquisas pode ser 
evidenciada em alguns trechos da 
Res. CNS 466, de 12/12/2012:
IV.3 a) [Deve conter, 
obrigatoriamente] justificativa, os 
objetivos e os procedimentos que 
serão utilizados na pesquisa, com o 
detalhamento dos métodos a serem 
utilizados, informando a possibilidade 
de inclusão em grupo controle ou 
experimental, quando aplicável” 
(ênfase minha)
Res. CNS 466/12
“III.1 e) [Deve-se] utilizar os métodos 
adequados para responder às 
questões estudadas, especificando-
os, seja a pesquisa qualitativa, 
quantitativa ou quali-quantitativa” 
(ênfase minha)
Res. CNS 466/12
6º PECADO: AFIRMAR QUE A SUA 
PROPOSTA DE PESQUISA ESTÁ ISENTA DE 
RISCOS/POSSIBILIDADES DE CAUSAR 
DANOS
“(...) Quanto maiores e mais evidentes os 
riscos, maiores devem ser os cuidados 
para minimizá-los e a proteção 
oferecida pelo Sistema CEP/CONEP aos 
participantes. Devem ser analisadas 
possibilidades de danos imediatos ou 
posteriores, no plano individual ou 
coletivo. A análise de risco é 
componente imprescindível à análise 
ética, dela decorrendo o plano de 
monitoramento que deve ser oferecido 
pelo Sistema CEP/CONEP em cada caso 
específico” (ênfase minha)
Res. CNS 466/12
NENHUMA pesquisa envolvendo seres 
humanos está livre de riscos! 
“II.22 - risco da pesquisa -
possibilidade de danos à dimensão 
física, psíquica, moral, intelectual, 
social, cultural ou espiritual do ser 
humano, em qualquer pesquisa e 
dela decorrente;”
Res. CNS 466/12
Qual a saída, então?
Garantir que os danos previsíveis serão 
evitados, explicando de que maneira isto 
se dará.
[cont.]
O que o pesquisador precisa 
compreender, admitir (e prever!) pode 
conter tanto riscos conhecidos, como 
potenciais; imediatos ou tardios; 
podendo provocar danos previsíveis 
e/ou não previsíveis; ao individual e/ou 
ao coletivo.
6º PECADO: AFIRMAR QUE A SUA 
PROPOSTA DE PESQUISA ESTÁ ISENTA DE 
RISCOS/POSSIBILIDADES DE CAUSAR 
DANOS
7º PECADO: NÃO DEIXAR CLARO OS 
BENEFÍCIOS DECORRENTES DA REALIZAÇÃO 
DA PESQUISA
Deixar claro os Benefícios da Pesquisa 
implica em deixar evidente a eticidade
da mesma, ou seja, justificar a 
necessidade de sua realização.
“II.4 - benefícios da pesquisa - proveito 
direto ou indireto, imediato ou posterior, 
auferido pelo participante e/ou sua 
comunidade em decorrência de sua 
participação na pesquisa;”
Res. CNS 466/12
“III.2 n) assegurar aos participantes da 
pesquisa os benefícios resultantes do 
projeto, seja em termos de retorno social, 
acesso aos procedimentos, produtos ou 
agentes da pesquisa” (ênfase minha)
Res. CNS 466/12
[cont.]
Os benefícios podem ser diretos ou 
indiretos, individuais ou coletivos. Importa 
que eles (os benefícios) devem sempre 
prevalecer sobre os riscos e/ou 
desconfortos previsíveis decorrentes da 
realização da pesquisa.
7º PECADO: NÃO DEIXAR CLARO OS 
BENEFÍCIOS DECORRENTES DA REALIZAÇÃO 
DA PESQUISA
POR HOJE, É SÓ! ; )
Ficou com alguma dúvida? Envie e-mail para monicaflorice@gmail.com
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