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Broncopneumonia viral
Mulher com dificuldade respiratória, cianose perioral e extremidades.
Publicado em 9 de Fevereiro de 2017
Autores Eliana Buss
Editores Anaclaudia Fassa e Luiz Augusto Facchini
Editores Associados Deisi Cardoso Soares, Everton José Fantinel, Maria Laura Vidal Carrett, Marciane Kessler, Rogério da Silva Linhares, Samanta Bastos Maagh
Você já respondeu todas as 5 questões deste caso.
Sua média de acertos final foi de 100,00%.
RECOMEÇAR
Paciente
Caucasiana
 
L.P.
 
39 anos
Auxiliar de higienização hospitalar
Anamnese
Queixa principal
Cansaço e dificuldade respiratória há aproximadamente 8 dias.
Histórico do problema atual
L.P. buscou atendimento na Estratégia de Saúde da Família (ESF), a qual é pertencente. No momento da consulta apresenta cianose nos lábios e extremidades. Foi recebida pela enfermeira que realizou a entrevista e solicitou consulta médica imediata. Acomodou a senhora L.P. na maca em decúbito semi-Fowler e administrou oxigênio a 2 litros por minuto por catéter nasal, conforme orientação do médico da equipe.
L.P. relata que há aproximadamente oito dias sente-se cansada, além do habitual, tem dificuldade de respirar em repouso, além de tosse com catarro amarelado, dores no corpo e o coração acelerado. Trabalha como auxiliar de higienização no hospital de sua cidade e é responsável pela limpeza dos quartos de um setor onde estão hospitalizados os adultos com diferentes diagnósticos. Há 5 dias houve um surto de gripe e alguns pacientes foram transferidos para o isolamento devido à suspeita de que o quadro fosse pelo vírus H1N1. Relatou realizar higienização no setor e sem fazer uso de máscara para proteção individual. Há 3 dias sentiu-se febril e iniciou automedicação com paracetamol 500 mg 1 comprimido duas vezes ao dia. Não estava vacinada contra a gripe H1N1. Apresenta diabetes mellitus tipo 1 e faz uso de insulina. No dia anterior à consulta teve uma crise de asma e utilizou salbutamol spray.
Histórico
História social
L.P. reside com o filho de 14 anos. Sua casa é mista, madeira e banheiro de alvenaria. Sua mãe, N.S.P. 63 anos, mora sozinha em uma casa na mesma rua, ela é aposentada, mas ainda realiza trabalho de costureira como autônoma. A rede de apoio de L.P. restringe-se a Unidade Básica de Saúde e eventualmente o hospital onde trabalha, a mãe auxilia L.P. no cuidado com seu filho no período em que ele não está na escola. L.P. possui internet em casa e está fazendo um curso de licenciatura em Pedagogia à distância.
Medicações em uso
Paracetamol 500 mg: 01 comprimido, de 06 em 06 horas;
Insulina NPH 100U/mL: 20 unidades, no café da manhã e no jantar, via subcutânea;
Salbutamol spray 100 mcg: 02 jatos, de 06 em 06 horas, se necessário.
Antecedentes pessoais
L.P. tem história de diabetes mellitus na família, a mãe também foi acometida por esta doença, o pai era tabagista desde os 12 anos e faleceu de câncer de pulmão, há 4 anos.
Exame Físico
Sintomas gerais:
	Estado geral: Comunicativa, com cianose perioral e extremidades.
	Pele: úmida, cianose de extremidades, leves hematomas nos locais do abdômen onde são realizadas as aplicações de insulina.
	Face: olheiras, pupilas isocóricas.
	Tórax: simétrico, ausculta cardíaca com ritmo acelerado. Ausculta pulmonar com estertores em todos os lobos pulmonares. Tosse produtiva com secreção purulenta.
	Abdômen: distendido, ruídos peristálticos presentes, palpação sem anormalidades perceptíveis.
Sinais Vitais e Medidas Antropométricas:
	Frequência cardíaca: 110 bpm
	Frequência respiratória: 30 mrpm
	Pressão arterial: 90/70 mm/Hg
	Temperatura: 39º C
	Peso: 65 kg
	Estatura: 155 cm
	IMC: 27,1 kg/m²
	Glicemia capilar pós-prandial: 580 mg/dl
Exames Complementares
Radiografia de tórax: consolidação em lobo inferior direito.
Questão 1
Escolha múltipla
Quais situações podem ter favorecido a broncopneumonia de L.P?
 A ausência de imunização contra a gripe H1N1.
 Apresentar diabetes mellitus descompensada.
 Não ter utilizado o equipamento de proteção individual no ambiente de trabalho.
 IMC de 27,1 kg/m²
 
100 / 100 acerto
Ainda que a paciente não seja uma profissional da saúde, ela está sujeita a algumas situações de risco biológico durante o seu trabalho. L.P. não realizou as medidas de precaução para evitar as doenças respiratórias (uso do equipamento de proteção individual e imunização). A paciente tem diabetes mellitus e a falta de um adequado controle glicêmico a deixa vulnerável as infecções respiratórias (BRASIL, 2013).
Saiba mais
Além da broncopneumonia, L.P. poderá apresentar cetoacidose diabética que se constitui em uma emergência endocrinológica decorrente da deficiência absoluta ou relativa de insulina, potencialmente letal, com mortalidade em torno de 5%. Os principais sintomas são: polidipsia, poliúria, enurese, hálito cetônico, fadiga, visão turva, náuseas e dor abdominal, além de vômitos, desidratação, hiperventilação e alterações do estado mental. O diagnóstico é realizado por hiperglicemia (glicemia maior de 250 mg/dl), cetonemia, acidose metabólica (pH < 7,3 e bicarbonato < 15 mEq/l) e complicações como choque, distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia, síndrome da angústia respiratória do adulto e em crianças, edema cerebral. A cetoacidose ocorre principalmente em pacientes com DM tipo 1, sendo, diversas vezes, a primeira manifestação da doença. Dentre os principais fatores precipitantes estão as infecções respiratórias que são as formas de infecção mais comuns e, dentre essas, predominam as de causa viral. Sabe-se hoje da existência de 1.200 vírus que infectam o trato respiratório, embora muitos deles, provavelmente, não causam a doença, além ainda da má aderência ao tratamento do diabetes mellitus (omissão da aplicação de insulina, abuso alimentar), uso de medicações hipoglicemiantes e outras, resultando em mau controle glicêmico aumentando a vulnerabilidade as complicações (BRASIL, 2013).
Questão 2
Escolha múltipla
L.P. relata cansaço mesmo em repouso e apresenta cianose de extremidades e nos lábios, além de taquipneia. Estes sintomas e sinais clínicos de alerta podem indicar:
 dificuldade de ventilação com consequente ineficácia das trocas gasosas
 monitoramento de todos os sinais vitais, observação dos sinais clínicos e repouso no leito em Fowler ou semi-Fowler
 dificuldade de respiração e ineficácia do metabolismo celular periférico
 necessidade de administração de oxigenioterapia e monitoramento de SPO2
 necessidade de administração de oxigenioterapia e monitoramento de SPO2 e restrição ao leito em decúbito dorsal
 
100 / 100 acerto
A cianose é um sinal de alerta vital para a necessidade de reestabelecimento das trocas gasosas, é necessário que o profissional atente para todos os sinais e inclusive para a verificação da saturação de oxigênio, tendo mais exatidão nos dados clínicos para planejar adequadamente as intervenções a serem prestadas. Manter a paciente em repouso no leito em Fowler ou semi-Fowler irá auxiliar na ventilação, pois predispõem uma melhor expansão da caixa torácica, além de diminuir a sobrecarga cardíaca.
Saiba mais
Vários são os sinais e sintomas perceptíveis no indivíduo com comprometimento respiratório. A cianose é a coloração azulada da pele, da região perioral, do leito ungueal e de mucosas, associada ao aumento da hemoglobina não saturada de oxigênio e indica hipoxemia acentuada. A saturação de hemoglobina pode ser facilmente medida com um oxímetro de pulso, enquanto a pressão arterial de oxigênio requer uma gasometria. A taquipneia é definida pelo aumento da frequência respiratória e a dispneia é caracterizada por falta de ar ou respiração difícil, devendo ser classificada de acordo com a sua relação com as atividades da vida diária (subir ladeira, subir escada, tomar banho, trocar de roupa, colocar sapato, relações sexuais, entre outras). Deve-se verificar a intensidade da dispneia ao longo do tempo no mesmo paciente, avaliando-se a resposta ao tratamento estabelecido. A dispneia aguda ou de instalação em curto espaço de tempo pode indicar pneumonia,broncopneumonia, crise de asma, embolia pulmonar ou pneumotórax. A dispneia crônica ou com piora progressiva é característica da DPOC, tumores centrais do trato respiratório, estenose traqueal, doenças do interstício pulmonar e fibrose pleural, além da insuficiência cardíaca. Tem-se ainda como sintoma o termo respirador bucal que é utilizado quando o indivíduo substitui o padrão fisiológico de respiração nasal pela respiração predominantemente oral ou mista (nasal e oral). Caracteriza-se por graus variados de obstrução nasal e roncos durante o sono, hipertrofia de amígdalas e apneia obstrutiva do sono. A boca tende a manter-se aberta ou entreaberta, lábios predominantemente ressecados, língua rebaixada e hipotônica, nariz achatado e narinas pequenas, protrusão da arcada dentária superior e mordida cruzada (BRASIL, 2010).
Questão 3
Escolha múltipla
Caso L.P. fosse diagnosticada com uma pneumonia viral, causada pelo vírus influenza, qual o tratamento indicado?
 É indicado o uso de antivirais
 Penicilina cristalina EV 6/6h
 Antibióticos são ineficazes nas infecções do trato respiratório superior e na broncopneumonia por vírus
 Antinflamatório, corticoide e anti-histamínico
 
100 / 100 acerto
Os antibióticos são indicados para a infecção respiratória viral apenas quando uma pneumonia bacteriana secundária, bronquite ou sinusite está presente. O tratamento com antivirais depende da gravidade do quadro e do agente infectante.
Saiba mais
A broncopneumonia viral pode advir do vírus influenzae, porém é incomum e muito grave. O tratamento das pneumonias por vírus depende da gravidade do quadro e do agente infectante. A duração do tratamento medicamentoso com os antivirais é de 5 dias, podendo este ser estendido no caso de pacientes hospitalizados em estado grave ou imunossuprimidos. O tratamento com antiviral inibidor de neuraminidase é recomendado o mais precocemente possível para casos prováveis ou confirmados de influenza sazonal que tenham fator de risco para complicações, independentemente da situação vacinal, mesmo que transcorrido 48 horas do surgimento dos sintomas (BRASIL, [s.d.]).
Questão 4
Escolha múltipla
Uma das formas de prevenção de pneumonia viral causada pelo vírus influenza é a imunização. Quais os indivíduos fazem parte do grupo de risco que devem receber a vacina prioritariamente?
 trabalhadores de saúde e dos sistema público;
 gestantes e puérperas,
 indivíduos portadores de doenças crônicas não transmissíveis.
 adolescentes e jovens sob medidas socioeducativa,
 população carcerária e funcionários do sistema prisional
 indivíduos com 60 anos ou mais,
 crianças de dois meses a menores de cinco anos.
 povos indígenas e imigrantes;
 
100 / 100 acerto
Os grupos prioritários para vacinação são gestantes, puérperas, trabalhadores de saúde, povos indígenas, indivíduos com 60 anos ou mais, adolescentes e jovens sob medidas socioeducativa, população carcerária e funcionários do sistema prisional, indivíduos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e crianças de seis meses a menores de cinco anos (BRASIL, 2016).
Saiba mais
Em populações não vacinadas, a maioria das mortes por influenza sazonal é registrada em idosos. Em adultos, a maioria das complicações e mortes ocorre em pessoas portadoras de doenças de base, enquanto em crianças menores de cinco anos de idade, a maioria das hospitalizações e quase metade das mortes ocorre em crianças previamente saudáveis, particularmente, no grupo menor de dois anos de idade (BRASIL, 2016 pág. 04). A vacinação de gestantes é considerada prioritária, pois o risco de complicações é muito alto, principalmente no terceiro trimestre de gestação, mantendo-se elevado no primeiro mês após o parto. As puérperas apresentam risco semelhante ou maior que as gestantes de ter complicações em decorrência da influenza (BRASIL, 2016 pág. 05).
Os profissionais de saúde são mais expostos à influenza e estão incluídos nos grupos prioritários para vacinação não apenas para sua proteção individual, mas também para evitar a transmissão dos vírus aos pacientes de alto risco. Os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e as populações privadas de liberdade e pessoas que vivem em ambientes aglomerados também estão expostas a maior risco de contrair a infecção. Frequentemente, a influenza causa exacerbação de doenças crônicas cardiovasculares, pulmonares (DPOC, asma), metabólicas, particularmente diabetes ( BRASIL, 2016, pág. 05).
Questão 5
Escolha múltipla
Quais os cuidados de enfermagem devem ser orientados para L.P?
 diminuição da ingesta hídrica adequada para auxiliar nas trocas gasosas e monitorar o índice glicêmico
 atividade física, como caminhadas para melhorar a ventilação.
 uso de EPIs no ambiente hospitalar como precaução de infecções cruzadas
 alimentação rica em fibras e com baixo teor glicêmico para estabilizar níveis de glicose e melhorar a imunidade
 lavagem das mãos e uso de álcool gel 70% para prevenir novas infecções
 
100 / 100 acerto
A lavagem das mãos é um dos principais meios para se prevenir infecção cruzada, pois as mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos uma vez que a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies contaminados. Os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) que L.P. deve utilizar no hospital são óculos, máscara, luvas além da vestimenta adequada que não deve ser utilizada fora do ambiente hospitalar. A alimentação rica em fibras possui baixo teor de glicose o que irá auxiliar L.P. na manutenção da diabetes mellitus. A hidratação é uma parte necessária da terapia porque a febre e a taquipnéia podem resultar em perdas de líquidos insensíveis. E a atividade física contribui para o equilíbrio das funções do organismo.
Saiba mais
A atenção básica é o contato preferencial de acesso da população aos serviços de saúde, com ações que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação. É fundamental que os profissionais realizem de modo oportuno a captação, avaliação, cuidado, tratamento e acompanhamento dos indivíduos. Um dos cuidados nos casos de infecções respiratórias como a broncopneumonia é o exame físico, no entanto este deve se dar não apenas no aparelho respiratório e sim de forma integral uma vez que esta doença geralmente é oportunista. Assim, o exame físico, complementará a busca dos critérios e sinais de alerta que indiquem a necessidade de encaminhamento para hospital de referência ou conforme fluxo definido na localidade, bem como a especial atenção aos indivíduos com idade acima de 60 anos, gestantes, crianças e pessoas com diagnóstico de doenças crônicas, como diabetes mellitus. Para tanto, além da inspeção, ausculta, palpação e percussão do aparelho respiratório, verificar a altura, o peso, a circunferência abdominal estabelecer o IMC aferir a pressão arterial, identificar alterações de visão, examinar a cavidade oral, com atenção para a presença de gengivite, problemas odontológicos monitorar a frequência cardíaca e ausculta cardiopulmonar, avaliar a pele quanto a sua integridade, turgor, coloração e manchas identificar alterações nos membros inferiores, bem como, temperatura axilar, avaliação do estado mental, hálito cetônico, boca, garganta e ouvidos, exame abdominal, gânglios linfáticos, pele, exame neurológico, avaliação vascular e avaliação neurológica irão complementar os achados e aprimorar a prescrição de cuidados de enfermagem e do tratamento médico (BRASIL, 2013).
Objetivos do Caso
Orientar a realização da anamnese e exame físico; fatores de risco; sinais e sintomas, sinais de alerta, tratamento para pneumonia por influenza e cuidados de enfermagem.

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