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ESTUDO DE CASO - GUILHERME RAMOS - 18-08

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ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA CURSO TÉCNICO DE ENFERMAGEM
GUILHERME RAMOS
ESTUDO DE CASO DOENÇA RENAL CRÔNICA AGUDIZADA
CAXIAS DO SUL 2020
GUILHERME RAMOS
ESTUDO DE CASO: DOENÇA RENAL CRÔNICA AGUDIZADA
Trabalho de Conclusão do Curso apresentado ao curso Técnico de Enfermagem da Escola de Educação Profissional Nossa Senhora de Fátima para obtenção do título de Técnico em Enfermagem.
Profº Enfª Joselane da Silva
CAXIAS DO SUL 2020
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a minha família, meus filhos e esposa.
Minha orientadora Joselane da Silva
A Escola de Educação Profissional Nossa Senhora de Fátima.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, a minha família que sempre esteve ao meu lado me apoiando, aos professores e colegas.
EPÍGRAFE
“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis." 
(José de Alencar)
RESUMO
Neste estudo de caso discutimos a complexidade da Doença Renal Crônica, a multiplicidade de intervenções atualmente recomendadas na sua prevenção secundária e diferentes modelos de prestação de cuidados à saúde, além de examinarmos o racional do atendimento interdisciplinar e a evolução do paciente. Atualmente, é amplamente aceita a definição da doença renal crônica que se baseia em alterações na taxa de filtração glomerular e/ou presença de lesão parenquimatosa mantidas por pelo menos três meses. Embora os critérios para diagnóstico de doença renal crônica estejam agora bem mais claros, a proporção de pacientes com Doença Renal Crônica em estágio avançado vista pela primeira vez por nefrologista imediatamente antes do início de tratamento dialítico ainda é inaceitável. Para este estudo foram consultados os seguintes autores: SMELTZER E BARE (2006), STEPHEN; GANONG(2011) com a finalidade de embasar o conhecimento da patologia e os cuidados de enfermagem.
PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem, cuidados, doença renal.
6
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Anatomia dos rins	11
Figura 2: Rins normais x Insuficiência Renal.	13
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	11
2. REVISÃO DE LITERATURA	12
2.1 REVISÃO DE ANATOMIA	12
2.2 DEFINIÇÃO DA DOENÇA	12
2.2.1 Fisiopatologia	13
2.2.2 Manifestações clínicas	15
2.2.3 Etiologia	15
2.2.4 Complicações	15
2.2.5 Métodos Diagnóstico	16
2.2.6 Tratamento e Prognóstico	16
2.2.7 Prevenção	18
3. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM	19
3.1 ANAMNESE	20
3.1.1. Dados de identificação	20
3.1.2. História pregressa	19
3.1.3. História atual	19
3.2 EXAME FÍSICO	20
4. TERAPÊUTICA INSTITUÍDA NO CASO	22
4.1 PRESCRIÇÃO MÉDICA	22
4.2 FUNDAMENTAÇÃO FARMACOLÓGICA	23
4.2.1. Soro Fisiológico 0,9%	23
4.2.1.1. Indicação	23
4.2.1.2. Contraindicação	23
4.2.1.3. Reações adversas	23
4.2.1.4. Interações medicamentosas	24
4.2.2. Atenolol	24
4.2.2.1. Indicação	24
4.2.2.2. Contraindicação	24
4.2.2.3. Reações adversas	24
Interações medicamentosas	24
Cervedilol	24
Indicação	24
Contraindicação	25
Reações adversas	25
Interações medicamentosas	25
Furosemida	25
Indicação	25
Contraindicação	25
Reações adversas	25
Interações medicamentosas	26
4.2 .5. Metroclopramida.	26
1. Indicação	26
Contraindicação	26
Reações adversas	27
Interações medicamentosas	27
4.2 .6. Sinvastatina	27
1. Indicação	27
Contraindicação	27
Reações adversas	28
Interações medicamentosas	28
CUIDADOS DE ENFERMAGEM	33
EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM	36
CONSIDERAÇÕES FINAIS	38
REFERÊNCIAS	39
ANEXO A	40
INTRODUÇÃO11
Refere-se à situação de um dano agudo à Insuficiência Renal Crônica pré-existente, tornando-a descompensada. As principais causas de Insuficiência Renal Crônica são Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial (SMELTZER; BARE, 2009).
Atualmente, estima-se que 10% da população tenha algum grau de doença renal. O número chega a dobrar em pessoas entre 65 e 75 anos (SMELTZER; BARE, 2009).
A Doença Renal Crônica é um conjunto de alterações clínicas e laboratoriais causadas por agressão persistente e irreversível ao rim. Ela decorre de diversas condições clínicas, sendo hipertensão e diabetes as principais causas de doença renal terminal. É uma doença com repercussões globais, que pode ser identificada em sua fase inicial com exames de baixo custo e, assim, possibilitar a prevenção de sua evolução (SMELTZER; BARE, 2009).
A partir da década passada, ficou evidente que a progressão da Doença Renal Crônica em pacientes com diferentes patologias renais (e sob cuidado dos nefrologistas) poderia ser retardada ou até interrompida com medidas tais como controle rigoroso da pressão arterial, emprego de medicamentos que bloqueiam o eixo renina-angiotensina-aldosterona, só para mencionar algumas. Paralelamente a estas observações, foram publicados estudos populacionais e em grupos de risco para doença renal crônica, quando se demonstrou que a prevalência da doença era muito maior do que conhecido anteriormente. Estas observações despertaram a atenção das comunidades nefrológicas internacionais e brasileira que, de diferentes maneiras, iniciaram ações para lidar com o problema da doença renal crônica, considerada a grande epidemia deste milênio (SMELTZER; BARE, 2009).
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1 REVISÃO DE ANATOMIA
Os rins são dois órgãos localizados em ambos os lados da coluna vertebral, atrás das últimas costelas, e medem aproximadamente 12 centímetros. Pesam cerca de 150 gramas cada (GANONG, 2011).
As três principais funções dos rins sãoeliminar as toxinas ou dejetos resultantes do metabolismo corporal: uréia, creatinina, ácido úrico, manter um constante equilíbrio hídrico do organismo, eliminando o excesso de água, sais e eletrólitos, evitando, assim, o aparecimento de edemas (inchaços) e aumento da pressão arterial, atuar como órgãos produtores de hormônios: eritropoetina, que participa na formação de glóbulos vermelhos, a vitamina D, que ajuda a absorver o cálcio para fortalecer os ossos; e a renina, que intervém na regulação de pressão arterial (GANONG, 2011)
Figura 1: Anatomia dos Rins
Fonte: https://www.google.com.br/search
2.2 DEFINIÇÃO DA DOENÇA
A doença renal pode ser silenciosa, mas há casos em que o indivíduo sente alguns sintomas. Os sinais e sintomas mais conhecidos são: hipertensão arterial, urina com sangue, urina com espuma (presença de proteínas na urina), edemas, eliminação de urina muito clara (como água), anemia (palidez, cansaço, dor no peito e sonolência) (SMELTZER; BARE, 2009).
Quando a enfermidade está muito avançada, pode haver perda do apetite, náuseas, vômitos, cãibras, prurido (coceira), perda de memória, falta de concentração, tremores, insônia ou sonolência (SMELTZER; BARE, 2009).
No Brasil, a inflamação crônica dos rins - ou nefrite - ainda é a principal causa de insuficiência renal, seguida do diabetes e da hipertensão arterial (pressão alta). Cálculos renais (pedras nos rins), infecções urinárias de repetição e doenças menos frequentes, como a doença policística dos rins, também podem gerar a insuficiência. Ao contrário do que se pensa, muitas dessas doenças podem se manifestar já na infância (SMELTZER; BARE, 2009).
Quando os rins já não funcionam adequadamente é preciso fazer a diálise. Se o paciente não conseguir um transplante renal, possivelmente ele terá que fazer tratamento para o resto da vida. Hemodiálise ou diálise peritoneal são tratamentos que, a cada ano, mais de 20 mil brasileiros precisam realizar (SMELTZER; BARE, 2009).
Figura 2: Rins normais x Insuficiência Renal
Fonte: https://www.google.com.br/search
32
39
2.2.1 Fisiopatologia
A doença renal crônica é descrita inicialmente como a diminuição da reserva renal ou o comprometimento renal, que pode progredir para insuficiência renal (doença renal terminal). Inicialmente, à medida que o tecido renal perde a função, há poucas anormalidades porque o tecido remanescente aumenta seu desempenho (adaptação da função renal) (GANONG,2011)
A diminuição da função renal interfere na capacidade renal de manter a homeostase de líquidos e eletrólitos. A capacidade de concentrar urina diminui precocemente, sendo seguida da diminuição da capacidade de excretar fosfato, ácido e potássio em excesso. Com o avanço da insuficiência renal (RFG ≤ 15 mL/min/1,73 m2), perde-se a capacidade de diluir ou concentrar de maneira eficaz a urina; assim, a osmolalidade urinária costuma ser fixada em 300 a 320 mOsm/kg, próxima à do plasma (275 a 295 mOsm/kg) e o volume urinário não responde prontamente a variações na ingestão de água (GANONG, 2011)
Creatinina e ureia
As concentrações plasmáticas de creatinina e ureia (que são muito dependentes da filtração glomerular) apresentam uma elevação hiperbólica à medida que o RFG diminui. Essas alterações são mínimas no início. Quando a RFG cai abaixo de 15 mL/min/1,73 m2 (normal = 90 mL/min/1,73 m2), os níveis de creatinina e ureia estão altos e, em geral, estão associados a manifestações sistêmicas (uremia). A ureia e a creatinina não são os principais contribuintes para os sintomas urêmicos; são marcadores para várias outras substâncias, algumas ainda não bem definidas, que causam os sintomas (GANONG, 2011)
Sódio e água
Apesar da diminuição do RFG, o equilíbrio de sódio e água é bem conservado em razão de um aumento da fração de excreção de sódio na urina e uma resposta normal à sede. Assim, a concentração de sódio plasmático é tipicamente normal e a hipervolemia é infrequente, mas pode ocorrer se a ingestão de sódio e água for muito restrita ou excessiva. A insuficiência cardíaca pode decorrer da sobrecarga de sódio e água, em particular nos pacientes com doenças cardíacas subjacentes (GANONG, 2011)
Potássio
Para substâncias cuja secreção é controlada principalmente pelo néfron distal (p. ex., potássio), a adaptação em geral mantém concentrações plasmáticas normais até que a insuficiência renal esteja avançada ou a ingestão alimentar de potássio seja excessiva. Diuréticos poupadores de potássio, inibidores da ECA),betabloqueadores, AINEs, ciclosporina, tacrolimo, sulfametoxazol-trimetoprima (SMX-TMP) ou bloqueadores do receptor de angiotensina II podem aumentar os níveis séricos de potássio nos pacientes com insuficiência renal menos avançada (GANONG, 2011)
Cálcio e fosfato
Podem ocorrer alterações de cálcio, fosfato, hormônio da paratireoide (PTH) e metabolismo da vitamina D e também osteodistrofia renal. A diminuição da produção renal de calcitriol (1,25(OH)2D, o hormônio ativo da vitamina D) contribui para a hipocalcemia. Excreção renal diminuída de fosfato resulta em hiperfosfatemia. Hiperparatireoidismo secundário é comum e pode se desenvolver em insuficiência renal antes que ocorram anormalidades nas concentrações de Ca e ou fosfato. Por esse motivo, tem sido recomendada a monitorização do PTH em pacientes com IRC moderada, mesmo antes de a hipofosfatemia ocorrer (GANONG, 2011)
Osteodistrofia renal (mineralização óssea anormal decorrente de hiperparatireoidismo, deficiência de calcitriol, fosfato sérico elevado, ou cálcio sérico baixo ou normal) geralmente assume a forma de renovação óssea aumentada decorrente de doença óssea por hiperparatireoidismo (osteíte fibrosa), mas também pode envolver renovação óssea diminuída decorrente de doença óssea adinâmica (com supressão aumentada da paratireoide) ou osteomalacia. Deficiência de calcitriol pode causar osteopenia e osteomalacia (GANONG, 2011)
pH e bicarbonato
Acidose metabólica moderada (bicarbonato plasmático de 15 a 20 mmol/L) é característica. Acidose provoca perda de massa muscular por causa do catabolismo das proteínas, perda óssea pelo tamponamento ósseo do ácido e progressão acelerada da doença renal (GANONG, 2011)
Anemia
Anemia é característica de DRC moderada a avançada (≥ estágio 3). A anemia da DRC é normocítica e normocrômica, com Hct de 20 a 30% (35 a 40% em pacientes com doença renal policística). Em geral, é causada por deficiência na produção de eritropoetina em decorrência da redução da massa renal funcional ( Visão geral da diminuição da eritropoiese). Outras causas incluem deficiências de ferro, folato e vitamina B12 (GANONG, 2011)
2.2.2 Manifestações clínicas
Pacientes com discreta diminuição da reserva renal são assintomáticos e a disfunção renal só pode ser detectada por exames de laboratório. Mesmo pacientes com insuficiência renal leve a moderada podem não apresentar sintomas, apesar das elevações de ureia e creatinina. Noctúria costuma ser observada, principalmente em decorrência da incapacidade de concentrar urina. Lentidão, fadiga, anorexia e diminuição da acuidade mental são em geral as manifestações iniciais da uremia (SMELTZER; BARE, 2009).
Na doença renal mais grave sintomas neuromusculares podem estar presentes, incluindo contrações musculares grosseiras, neuropatia periférica com fenômenos sensoriais e motores, cãibras musculares, hiperreflexia, síndrome das pernas inquietas e convulsões (em geral resultantes de encefalopatia hipertensiva ou metabólica) (SMELTZER; BARE, 2009).
Anorexia, náuseas, vômitos, estomatite e gosto ruim na boca estão quase que uniformemente presentes. A pele pode tornar-se amarelo-amarronzada. Ocasionalmente, a ureia do suor se cristaliza na pele formando um sedimento urêmico. O prurido pode ser especialmente desconfortável. Desnutrição causando perda tecidual generalizada é uma característica proeminente da uremia crônica (SMELTZER; BARE, 2009).
Na Doença Renal Crônica avançada, podem ocorrer pericardite ulceração e sangramento GI. Hipertensão está presente em > 80% dos pacientes com doença renal crônica avançada, e costuma estar relacionada à hipervolemia. Insuficiência cardíaca por hipertensão ou doença coronariana e retenção renal de sódio e água podem provocar edema postural e/ou dispneia (SMELTZER; BARE, 2009).
2.2.3 Etiologia
A doença renal crônica pode resultar de qualquer causa de disfunção renal de magnitude suficiente (GUYTON, 2006).
As causas mais comuns  em ordem de prevalência são: Nefropatia diabética, Nefroesclerose hipertensiva, várias glomerulopatias primárias e secundárias, Síndrome metabólica, em que estão presentes hipertensão e diabetes tipo 2, é uma causa significativa e crescente de lesão renal (GUYTON, 2006).
2.2.4 Complicações
Insuficiência renal crônica pode levar a complicações de saúde graves, como Anemia, Hemorragia gástrica ou intestinal, Dor nos ossos, nas articulações e nos músculos, Alterações da glicemia, Danos aos nervos de pernas e braços (neuropatia periférica), demência, acúmulo de líquido ao redor dos pulmões (derrames pleurais), insuficiência cardíaca congestiva, doença arterial coronariana, hipertensão, pericardite, derrame, níveis altos de fósforo, níveis altos de potássio, hipertireoidismo, maior risco de infecções, lesões ou insuficiência hepática, desnutrição, abortos espontâneos e infertilidade, convulsões, debilidade dos ossos e maior risco de fraturas (GUYTON, 2006).
2.2.5 Métodos Diagnósticos
Suspeita-se de Doença Renal Crônica pela elevação da creatinina sérica. O passo inicial é determinar se a insuficiência renal é aguda, crônica ou aguda sobreposta à crônica (na doença aguda que compromete ainda mais a função renal em um paciente com doença renal crônica, ver tabela Diferenciação entre lesão renal aguda e doença renal crônica). A causa da insuficiência renal também é determinada. Às vezes, determinar a duração da insuficiência renal ajuda a determinar a causa; algumas vezes, é mais fácil determinar a causa do que a duração e determinar a causa ajuda a determinar a duração (GUYTON, 2006).
Em geral, o diagnóstico pode ser feito com base em história, exame físico e exames simples de laboratório, como exame de urina com avaliação microscópica, eletrólitos, ureia, creatinina, fosfato, cálcio e hemograma. Algumas vezes, são necessários exames sorológicos específicos. A diferenciação entre lesão renal aguda e doença renal crônica é principalmente auxiliada pela história de creatinina elevada ou exame de urina anormal. Os achados do examede urina dependem da natureza da doença subjacente, mas cilindros grandes (diâmetro > 3 leucócitos) ou particularmente cerosos (altamente refringentes) em geral são proeminentes na insuficiência renal avançada de qualquer causa (GUYTON, 2006).
Ultrassonografia renal costuma ser útil para ajudar a avaliar a uropatia obstrutiva e a diferenciar lesão renal aguda da crônica de doença renal crônica com base no tamanho do rim. Exceto em certas doenças (ver tabela Principais causas da doença renal crônica), os pacientes com doença renal crônica têm diminuição do tamnho do rim por atrofia (em geral < 10 cm de comprimento), com córtex fino e hiperecoico. A obtenção de um diagnóstico preciso torna-se cada vez mais difícil na medida em que o paciente atinge a condição de doença renal em estado terminal. A ferramenta para o diagnósticos definitivo é biópsia renal, mas não é recomendada quando a ultrassonografia mostra rins fibróticos e pequenos; o alto risco do procedimento supera a baixa resposta diagnóstica (GUYTON, 2006).
2.2.6 Tratamento e prognóstico
Controlar a pressão arterial é a chave para atrasar a maior parte dos danos causados pela insuficiência renal crônica. O objetivo desta fase do tratamento é manter a pressão arterial abaixo de 130/80 mmHg (GUYTON, 2006).
Outros tratamentos podem incluir: Medicamentos especiais usados para ajudar a impedir que os níveis de fósforo no sangue fiquem muito altos, tratamento para anemia, com adição de ferro à dieta, uso de suplementos orais de ferro, injeções intravenosas para suprir a necessidade dessa substância na corrente sanguínea e transfusões de sangue, suplementos de cálcio e de vitamina D,
Alterações na rotina e nos hábitos diários e alimentares também devem ocorrer. Aliados ao tratamento médico, essas adaptações à atual condição são essenciais para garantir a qualidade de vida do paciente (GUYTON, 2006).
Hemodiálise
O momento para começar a diálise depende de diferentes fatores, como os resultados dos exames de laboratório, a gravidade dos sintomas e a disposição do paciente para as sessões (GUYTON, 2006).
O paciente deve começar a se preparar para a diálise antes que ela seja efetivamente necessária. A preparação envolve aprender sobre a diálise e os tipos existentes, além dos procedimentos que devem ser realizados antes das sessões (GUYTON, 2006).
O transplante de rim surge como uma das últimas opções para um paciente de insuficiência renal crônica (GUYTON, 2006).
Medicamentos para Insuficiência renal crônica
Os medicamentos mais usados para o tratamento de insuficiência renal crônica são: Aradois, bicarbonato de sódio, captopril, cloridrato de dopamina, diurix, hidroclorotiazida, hemax eritron, noripurum endovenosa (GUYTON, 2006).
Os medicamentos contraindicados para insuficiência renal crônica são: toragesic (GUYTON, 2006).
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula (GUYTON, 2006).
2.2.7 Prevenção
Para reduzir o risco de insuficiência renal crônica, siga algumas medidas, como essas: Beber álcool com moderação, fazer uso moderado de medicamentos vendidos sem necessidade de prescrição médica em farmácias. O ideal é sempre consultar um médico antes de tomar qualquer tipo de medicação. Manter um peso saudável e praticar exercícios físicos regularmente, não fumar, gerenciar suas condições médicas com a ajuda do médico (GUYTON, 2006)
3. HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
3.1 ANAMNESE
3.1.1. Dados de identificação
Paciente R.D., 77 anos do sexo masculino, nasceu em 01 de agosto de 1942, natural de Caxias do Sul, casadoa, alfabetizado até a terceira série do ensino fundamental, católico, agricultor.
3.1.2. História pregressa
Paciente relata ter gota e ácido úrico. Não possui filhos. Pais falecidos, sem histórico de doença crônica. 
3.1.3	História atual
Paciente não tem alergia a medicamentos. Paciente interna por doença renal crônica agudizada para tratamento em um hospital de médio porte da serra gaúcha.
3.2 EXAME FÍSICO
Paciente lúcido, orientado, consciente, dispneico; peso 76 kg, altura 1,57m, de pele hidratada com hematomas de punções anteriores, temperatura mantida, pouca elasticidade e turgor diminuído; mucosas úmidas, coradas e sem lesões; cabelos curtos; pêlos preservados; unhas sem brilho, curtas; crânio simétrico, arredondado e sem alterações; face simétrica, expressão facial tranquila, sem alterações; olhos escuros, pupilas isocóricas e fotoreagentes; ouvidos íntegros, com boa higiene sem sujidade; nariz sem deformidades, com hiperemia, sem pólipos e sem desvio de septo; boca com mucosas coradas, uso de dentadura; pescoço simétrico, sem
nódulos e pulso carotídeo palpável; tórax simétrico íntegro, mamas simétricas e sem alterações; abdômen flácido, plano, indolor à palpação, ruídos hidroaéreos audíveis sem anormalidades; região pubiana com lesões esbranquiçadas, escamativas e com prurido sem tratamento; membros simétricos, com restrições de movimentos devido a algia. 
4. TERAPÊUTICA INSTITUÍDA NO CASO
4.1 PRESCRIÇÃO MÉDICA
Prescrição do dia 09/09/2019.	Válida até segunda ordem médica.
1. Dieta oral com consistência normal diabete mellitus + hipossódica;
2. Controle de sinais vitais 6/6hs
3. Controlar glicemia com frequência de 6 em 6 horas, se hipoglicemia (abaixo de 70): glicose 50%-100 ml injetável
Se hiperglicemia: insulina regular humana 100 UI/ML, conforme glicemia capilar (160-220 = 2UI; 221-280 = 4UI; 281-340 = 6UI; 341-400 = 8UI; 401-500 = 10UI)
4. Nebulização soro fisiológico 0,9% 3ml + Ipratropio 20 gotas - em ar comprimido via inalatória;
5. Atenolol 50mg 1 comprimido via oral por dia;
6. Carvedilol 6,25mg 1 comprimido via oral 12 em 12 horas;
7. Furosemida 40mg injetável 12 em 12 horas;
8. Metroclopramida 10mg injetável 6m 6 horas;
9. Sinvastatina 20mg 1 comprimido via oral por dia;
4.2 FUNDAMENTAÇÃO FARMACOLÓGICA
Todas as medicações utilizadas neste referido estudo de caso serão fundamentadas segundo Administração de Medicamentos na Enfermagem - AME (2013).
4.2.1. Atenolol
4.2.1.1. Indicação
O atenolol é indicado para o controle da hipertensão arterial (pressão alta), controle da angina pectoris (dor no peito ao esforço), controle de arritmias cardíacas, infarto do miocárdio e tratamento precoce e tardio após infarto do miocárdio.
4.2.1.2. Contraindicação
Você não deve utilizar este medicamento nas seguintes situações: Conhecida hipersensibilidade (alergia) ao atenolol ou a qualquer um dos componentes da fórmula, bradicardia (batimentos lentos do coração), choque cardiogênico (comprometimento importante da função do coração em bombear sangue aos tecidos), hipotensão (pressão arterial baixa ou muito baixa), acidose metabólica (alteração metabólica na qual o pH do sangue é baixo), problemas graves de circulação arterial periférica (nas extremidades), bloqueio cardíaco de segundo ou terceiro grau (tipo de arritmia que causa bloqueio de impulsos elétricos para o coração), síndrome do nodo sinusal (doença no local de origem dos impulsos elétricos do coração), portadores de feocromocitoma (tumor benigno da glândula adrenal ou suprarrenal) não tratado, insuficiência cardíaca descompensada.
4.2.2.3. Reações adversas
Bradicardia, mãos e pés frios, alterações gastrointestinais e fadiga.
4.2.2.4 Interações medicamentosas
O atenolol deve ser utilizado com cuidado em pacientes que estão tomando os seguintes medicamentos: verapamil, diltiazem, nifedipino, glicosídeos digitálicos, clonidina, disopiramida, amiodarona, adrenalina (agentes simpatomiméticos), indometacina ou ibuprofeno (para alívio da dor) e anestésicos. O resultado do tratamento poderá ser alterado se o atenolol for tomado ao mesmo tempo que estes medicamentos.
4.2.2. Carvedilol
4.2.2.1. IndicaçãoO carvedilol é um medicamento usado para tratar insuficiência cardíaca congestiva (insuficiência do coração), angina do peito (dor no peito de origem cardíaca) e hipertensão arterial (pressão alta).
4.2.2.2. Contraindicação
Você não pode usar este medicamento se apresentar alergia ao carvedilol ou a qualquer componente da formulação, ou se possuir uma das doenças a seguir: insuficiência cardíaca descompensada/instável necessitando medicamento intravenoso para aumentar a força do coração, insuficiência do fígado; arritmias cardíacas (irregularidades do ritmo cardíaco); asma brônquica ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) associada à broncoespasmo (contração dos brônquios); bloqueio atrioventricular (bloqueio dos impulsos nervosos no coração) de 2º ou 3º grau (a menos que tenha um marca-passo permanente); ritmo cardíaco abaixo de 50 batimentos por minuto; síndrome do nó sinusal (incluindo bloqueio sinoatrial); choque cardiogênico (queda acentuada da pressão por problema cardíaco); pressão arterial muito baixa (pressão arterial sistólica < 85 mmHg).
4.2.2.3. Reações adversas
As reações adversas mais comuns são: tontura, dores de cabeça, cansaço, náuseas e redução dos batimentos cardíacos. Estas reações são passageiras e ocorrem no início do tratamento.
4.2.2.4. Interações Medicamentosas
Como ocorre com outros betabloqueadores, o carvedilol pode potencializar o efeito de outro medicamento com ação hipotensora administrado concomitantemente ou que tenham a hipotensão como possível efeito adverso. Casos isolados de distúrbios da condução tem sido observados quando carvedilol e diltiazem são administrados concomitantemente. Após administração concomitante de digoxina e carvedilol, a concentração plasmática de digoxina aumentou aproximadamente 15%. Recomenda-se monitoração dos níveis de digoxina ao iniciar, ajustar ou descontinuar o carvedilol. A administração concomitante de clonidina e betabloqueadores pode potencializar os efeitos de hipotensão e redução da frequência cardíaca. Os efeitos da insulina e de antidiabéticos orais podem ser aumentados. Os sinais e sintomas de hipoglicemia podem ser mascarados ou atenuados (especialmente taquicardia). Monitoração regular da glicemia é, portanto, recomendada. É necessário cautela em pacientes em uso de indutores de oxidases de função mista, como a rifampicina, pois o nível sérico do carvedilol pode ser reduzido, ou inibidores de oxidases de função mista, como a cimetidina, pois o nível sérico pode ser aumentado. Entretanto, com base no pequeno efeito da cimetidina sobre os níveis de carvedilol, a probabilidade de interações clinicamente significativas é mínima. Atenção especial aos efeitos sinérgicos inotrópico negativo e hipotensor do carvedilol e drogas anestésicas. Administração concomitante do carvedilol e glicosídeos cardíacos pode prolongar o tempo de condução AV. Pacientes em uso de betabloqueadores e agentes depletores de catecolaminas (p.e., inibidores da MAO) devem ser observados quanto a sinais de hipotensão e/ou bradicardia severa. Observou-se aumento discreto nas concentrações de ciclosporina após uso de carvedilol em pacientes transplantados renais que sofriam de rejeição vascular crônica.
4.2.3. Furosemida
4.2.3.1. Indicação
A furosemida é indicada nos casos de hipertensão arterial leve a moderada, edema (inchaço) devido a distúrbios do coração, do fígado e dos rins, edema (inchaço) devido a queimaduras.
4.2.3.2. Contraindicação
A furosemida comprimido não deve ser usado em pacientes com insuficiência dos rins com anúria (parada total da eliminação de urina), pré-coma e coma devido à problemas associado com encefalopatia do fígado (disfunção do sistema nervoso central em associação com falência do fígado), hipopotassemia severa (redução nos níveis de potássio no sangue) hiponatremia severa (redução nos níveis de sódio no sangue), desidratação ou hipovolemia (diminuição do volume líquido circulante nos vasos sanguíneos), com ou sem queda da pressão sanguínea, alergia à furosemida, às sulfonamidas ou a qualquer componente da fórmula. 
4.2.3.3. Reações adversas
A furosemida pode levar a um aumento da excreção de eletrólitos como sódio e cloreto e, consequentemente, de água. reações adversas: a furosemida pode levar a um aumento da excreção de eletrólitos como sódio e cloreto e, consequentemente, de água. adicionalmente, fica aumentada a excreção de outros eletrólitos, em particular potássio, cálcio e magnésio. distúrbios eletrolíticos sintomáticos e alcalose metabólica podem se desenvolver na forma de aumento gradual de déficit eletrolítico ou onde por exemplo doses maiores de furosemida são administradas a pacientes com função normal dos rins. os sinais destes distúrbios eletrolíticos incluem polidipsia (aumento da sede), dor de cabeça, confusão mental, dores musculares, tetania (espasmo muscular), fraqueza muscular, distúrbios do ritmo cardíaco e sintomas gastrintestinais. o desenvolvimento de distúrbios eletrolíticos é influenciado por fatores cmo: doenças de base (por exemplo: cirrose hepática, insuficiência cardíaca); medicação concomitante e nutrição. em particular, como resultado dos vômitos e diarreia, a deficiência de potássio pode ocorrer.
4.2.3.4. Interações Medicamentosas
Hidrato de cloral: Sensação de calor, perspiração, agitação, náusea, aumento da pressão arterial e taquicardia podem ser encontradas em casos isolados após a administração intravenosa da furosemida dentro das 24 horas da ingestão de hidrato de cloral. Portanto, não é recomendado o uso concomitante de furosemida e hidrato de cloral.
Antibióticos aminoglicosídicos e de outros medicamentos que podem ser tóxicos ao ouvido: A furosemida pode potencializar a ototoxicidade, ou seja, toxicidade ao ouvido de antibióticos aminoglicosídicos e de outros fármacos ototóxicos. Visto que os efeitos resultantes sobre a audição podem ser irreversíveis, esta combinação de fármacos deve ser restrita a indicações vitais.
Precauções de uso:
Cisplatina: Existe risco de toxicidade ao ouvido quando da administração concomitante de cisplatina e furosemida. Além disto, a toxicidade aos rins da cisplatina pode ser aumentada caso a furosemida não seja administrada em baixas doses (por exemplo, 40mg em pacientes com função renal normal) e com balanço de fluidos positivo quando utilizada para obter-se diurese forçada durante o tratamento com cisplatina.
Sais de lítio: A furosemida diminui a excreção de sais de lítio e pode causar aumento dos níveis sanguíneos de lítio, resultando em aumento do risco de toxicidade do lítio, incluindo aumento do risco de efeitos tóxicos do lítio ao coração e ao sistema nervoso. Desta forma, recomenda-se que os níveis sanguíneos de lítio sejam cuidadosamente monitorizados em pacientes que recebem esta combinação.
Medicamentos que inibem a enzima conversora da angiotensina (ECA): Pacientes que estão recebendo diuréticos podem sofrer queda acentuada da pressão arterial e prejuízo da função dos rins, incluindo casos de insuficiência dos rins, especialmente quando um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA) ou antagonista do receptor de angiotensina II, é administrado pela primeira vez ou tem sua dose aumentada pela primeira vez. Deve-se considerar a interrupção da administração da furosemida temporariamente ou, ao menos, reduzir a dose de furosemida por 3 dias antes de iniciar o tratamento com ou antes de aumentar a dose de um inibidor da ECA ou antagonista do receptor de angiotensina II.
Associações a considerar:
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): Agentes anti-inflamatórios não esteroides, (incluindo ácido acetilsalicílico) podem atenuar a ação da furosemida. Em pacientes com diminuição do líquido circulante nos vasos (hipovolemia) ou desidratação, a administração de AINEs pode causar uma diminuição aguda da função dos rins. A toxicidade do salicilato pode ser aumentada pela furosemida.
Fenitoína: Pode ocorrer diminuição do efeito da furosemida após administração concomitante de fenitoína.
Antibióticos: A furosemida podepotencializar os efeitos nocivos de fármacos nefrotóxicos nos rins.
Corticosteroides, carbenoxolona, alcaçuz e laxante: O uso concomitante com corticosteroides, carbenoxolona, alcaçuz em grandes quantidades e uso prolongado de laxantes, pode aumentar o risco de desenvolvimento de hipopotassemia (queda dos níveis de potássio no sangue).
Outros medicamentos, por exemplo, preparações de digitálicos e medicamentos que induzem a síndrome de prolongamento do intervalo QT: Algumas alterações eletrolíticas (por exemplo, hipopotassemia, hipomagnesemia, ou seja, queda do nível de potássio ou de magnésio no sangue) podem aumentar a toxicidade de outros fármacos (por exemplo, preparações de digitálicos e fármacos que induzem a síndrome de prolongamento do intervalo QT).
Medicamentos anti-hipertensivos diuréticos ou outros que potencialmente diminuem a pressão sanguínea: Quando administrados concomitantemente com a furosemida podem provocar uma queda mais pronunciada da pressão sanguínea.
Medicamentos como probenecida e metotrexato: Assim como a furosemida, são secretados significativamente por via tubular renal, podem reduzir o efeito da furosemida. Por outro lado, a furosemida pode diminuir a eliminação renal destes fármacos. Em caso de tratamento concomitante com altas doses de furosemida e outros medicamentos, pode haver aumento dos níveis no sangue e também dos riscos de efeitos adversos resultantes de ambas as substâncias.
Antidiabéticos e medicamentos que aumentam a pressão arterial atuando no sistema nervoso simpático: Os efeitos dos antidiabéticos e medicamentos hipertensores simpatomiméticos (ex: epinefrina, norepinefrina) podem ser reduzidos.
Teofilina ou relaxantes musculares do tipo curare: Seus efeitos podem aumentar.
Cefalosporinas: Insuficiência dos rins pode se desenvolver em pacientes recebendo simultaneamente tratamento com furosemida e altas doses de certas cefalosporinas.
Ciclosporina A: O uso concomitante de ciclosporina A e furosemida está associado com aumento do risco de artrite gotosa subsequente à hiperuricemia induzida por furosemida e à insuficiência da ciclosporina na excreção de urato pelos rins.
Radiocontraste: Pacientes de alto risco para doença dos rins por radiocontraste tratados com furosemida demonstraram maior incidência de deteriorização na função dos rins após receberem radiocontraste quando comparados à pacientes de alto risco que receberam somente hidratação intravenosa antes de receberem radiocontraste.
4.2.4. Metroclopramida
4.2.4.1. Indicação
Este medicamento é destinado ao tratamento de alterações da movimentação do sistema digestivo como em enjoos e vômitos de origem cirúrgica, doenças metabólicas e infecciosas, secundárias a medicamentos. 
O cloridrato de metoclopramida é utilizado também para facilitar os procedimentos radiológicos (que utilizam o raio-x no trato gastrintestinal).
4.2.4.2. Contraindicações
O cloridrato de metoclopramida não deve ser utilizado se você já teve alergia à metoclopramida ou a qualquer componente da fórmula, em que a estimulação da motilidade gastrintestinal (esvaziamento gástrico) seja perigosa, como por exemplo, na presença de hemorragia (sangramento), obstrução mecânica ou perfuração gastrintestinal, se você é epilético ou esteja recebendo outros fármacos que possam causar reações extrapiramidais (tremor de extremidade, aumento do músculo, rigidez muscular), uma vez que a frequência e intensidade destas reações podem ser aumentadas, em pacientes com feocromocitoma o suspeito ou confirmado (tumor geralmente benigno na glândula suprarenal), pois pode desencadear crise hipertensiva (aumento da pressão arterial) suspeita ou confirmada, devido à provável liberação de catecolaminas (substância liberada após situação de estresse) do tumor, em pacientes com histórico de discinesia tardia (movimentos repetitivos, involuntários e nãointencionais que às vezes continua ou aparece mesmo após o fármaco não ser mais utilizado por um longo tempo) induzida por neurolépticos (medicamentos usados no tratamento de psicoses, como anestésicos e em outros distúrbios psíquicos) ou metoclopramida (princípio ativo desse medicamento), em combinação com levodopa ou agonistas dopaminérgicos (medicamento usado no tratamento das síndromes parkinsonianas), devido as ações serem contrárias, doença de Parkinson, histórico conhecido de metemoglobinemia (desordem caracterizada pela presença de um nível mais alto do que o normal de metemoglobina no sangue. A metemoglobina é uma forma de hemoglobina que não se liga ao oxigênio podendo ocasionar anemia e falta de oxigênio nos tecidos) com metoclopramida ou deficiência de NADH citocromo b5 redutase. 
4.2.4.3. Interações medicamentosas
Levodopa ou agonistas dopaminérgicos e metoclopramida possuem ações contrárias, álcool aumenta o efeito calmante da metoclopramida. Anticolinérgicos e derivados da morfina possuem ações contrárias no esvaziamento do estômago, depressores do SNC (derivados da morfina, hipnóticos, ansiolíticos, anti-histamínicos H1 sedativos, antidepressivos sedativos, barbituratos, clonidina e substâncias relacionadas): aumentam o efeito calmante da metoclopramida, neurolépticos: a metoclopramida pode aumentar os efeitos neurolépticos em relação à ocorrência de desordens extrapiramidais, devido ao efeito da metoclopramida de acelerar a digestão, a absorção de certos fármacos pode estar modificada, digoxina: a metoclopramida diminui a quantidade de digoxina circulante, sendo necessária monitorização da concentração de digoxina no sangue, ciclosporina: a metoclopramida aumenta a quantidade de ciclosporina circulante, sendo necessária monitorização da concentração de ciclosporina no sangue, inibidores potentes da CYP2D6 tal como fluoxetina. Os níveis de exposição de metoclopramida são aumentados quando coadministrado com inibidores potentes da CYP2D6 como, por exemplo, a fluoxetina. 
4.2.4.4. Reações adversas
Fadiga, sonolência, confusão mental e reações distônicas (paralisias). Efeitos incomuns incluem dor de cabeça, reações extrapiramidais (tremores), hipertensão, hipotensão, diarreia, constipação e/ou depressão
4.2.5. Sinvastatina
4.2.5.1. Indicações
A sinvastatina é indicada para reduzir os riscos à sua saúde decorrentes das doenças cardiovasculares. Se você tem doença arterial coronariana (DAC), diabetes, já teve derrame ou outra doença vascular (independentemente dos níveis sanguíneos do seu colesterol), a sinvastatina, pode prolongar a sua vida ao reduzir o risco de infarto do miocárdio (ataque cardíaco) ou de derrame, reduz a necessidade de cirurgia para melhorar o fluxo sanguíneo nas pernas e nos órgãos essenciais, tal como o coração, reduz a necessidade de hospitalização por dor no peito (conhecida como angina). A sinvastatina reduz os níveis de colesterol no sangue. O colesterol pode causar doença arterial coronariana (DAC) ao estreitar os vasos sanguíneos que transportam oxigênio e nutrientes para o coração. Esse entupimento, ou endurecimento das artérias, é denominado aterosclerose. A aterosclerose pode causar dor no peito (conhecida como angina) e infarto do miocárdio (ataque cardíaco). A sinvastatina também retarda a progressão da aterosclerose e reduz o desenvolvimento de mais aterosclerose.
4.2.5.2. Contraindicações
Você não deve tomar sinvastatina se for alérgico(a) a qualquer um de seus componentes, tiver doença ativa do fígado, estiver grávida ou amamentando, estiver tomando qualquer um dos seguintes medicamentos alguns medicamentos antifúngicos (como itraconazol, cetoconazol, posaconazol ou voriconazol), inibidores da protease do HIV (como indinavir, nelfinavir, ritonavir e saquinavir), certos inibidores da protease do vírus da hepatite C (tais como boceprevir ou telaprevir), certos antibióticos (como eritromicina, claritromicina ou telitromicina), o antidepressivo nefazodona, medicamentos contendo cobicistate, genfibrozila (um derivado do ácido fíbrico para redução do colesterol), ciclosporina, danazol.
4.2.5.3. Reações Adversas
Cansaço ou fraqueza, perda de apetite,dor no abdome superior, urina escura, amarelamento da pele ou da parte branca dos olhos. 
4.2.5.4. Interações Medicamentosas
Você deve informar a qualquer médico que lhe prescrever um novo medicamento que você está tomando sinvastatina. É muito importante informar ao seu médico se você for tomar sinvastatina associada a qualquer um dos medicamentos listados a seguir, pois o risco de problemas musculares nessa situação é maior agentes antifúngicos (como o itraconazol, cetoconazol, posaconazol ou voriconazol); inibidores da protease do HIV (tais como indinavir, nelfinavir, ritonavir e saquinavir); agentes antivirais para hepatite C (tais como boceprevir, telaprevir, elbasvir ou grazoprevir); os antibióticos eritromicina, claritromicina, telitromicina e ácido fusídico; o antidepressivo nefazodona; medicamentos contendo cobicistate; ciclosporina; danazol; derivados do ácido fíbrico (como a genfibrozila e o benzafibrato); amiodarona (medicamento utilizado para o tratamento de arritmias cardíacas); verapamil, diltiazem ou anlodipino (medicamentos utilizados para o tratamento de hipertensão arterial, angina ou outras doenças cardíacas); lomitapida (um medicamento utilizado para tratar uma condição genética grave e rara de colesterol). Também é importante informar ao seu médico se estiver tomando anticoagulantes (medicamentos que evitam a formação de coágulos sanguíneos), tais como varfarina e femprocumona ou acenocumarol, colchicina (um medicamento utilizado para gota), ácido nicotínico ou fenofibrato, outro derivado do ácido fíbrico.
5. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Os cuidados de enfermagem foram realizados durante o período de três dias de acompanhamento no estágio com paciente R.D..
5.1. AFERIR SINAIS VITAIS
Segundo Smeltzer e Bare (2009) o corpo humano apresenta alterações quando algo não está indo bem com ele, para poder identificar sintomas anormais, implantaram-se os sinais vitais (SSVV), que são verificados dentro da área hospitalar em torno de cada 4 a 6 horas ou sempre que necessário. Estes sinais servem como base para saber se há alguma mudança na função fisiológica, função circulatória e função respiratória do paciente. Qualquer alteração destes sinais vitais sinaliza uma intervenção médica ou da equipe de enfermagem, para tentar normalizar o quadro, por isto que cada anotação destes parâmetros deve ser exata, para assegurar ao paciente conforto e bem-estar, estes sinais incluem:
Frequência cardíaca: verificada através do movimento de contração e expansão das artérias, que podem ser aferidas através das: Artéria radial (pulsos), Artéria carótida (pescoço), Artéria temporal (cabeça), Artéria braquial (região do meio do braço), Ápice cardíaco (entre os mamilos), Artéria femural, Artéria poplítea (atrás dos joelhos), Artéria pediosa (dorso do pé). Estes batimentos são contados durante 1 minuto e pode-se verificar frequência, ritmo e tensão das artérias. Em faixa normal, estes batimentos em adultos são em torno de 60 a 80 batimentos por minuto, porém há literaturas que consideram até 100bpm normais, quando esta pulsação se encontra acima dos valores de referência chama-se taquicardia; abaixo bradicardia; quando indica redução da força ou do volume recebe o nome de pulso filiforme; pulso irregular quando os batimentos estão irregulares e dicrótico quando se têm a impressão de dois batimentos ao mesmo tempo (SMELTZER; BARE, 2009).
Temperatura corporal: verificado através do termômetro analógico ou digital. A temperatura normal se enquadra entre 35º e 37º, abaixo de 35º chama-se hipotermia (redução da temperatura corporal), acima de 37,1º até 37,7º chama-se febrícula e acima de 37,8º hipertermia (aumento da temperatura corporal), para verificar esta temperatura o modo mais
comum é na região axilar, mas pode-se verificar também na região inguinal, bucal e retal. A temperatura demonstra o equilíbrio entre produção e perda de calor no organismo, que através do hipotálamo (região localizada no cérebro) as regulariza (SMELTZER; BARE, 2009).
Frequência respiratória: outra aferição de extrema importância, no qual se realiza a contagem dentro de 1 minuto da quantidade de movimentos completos respiratórios analisados visualmente na parede torácica do paciente. A frequência respiratória normal fica entre 16 a 20 bpm, quando está acima deste valor, chamamos de taquipnéia; abaixo bradpnéia; quando há uma parada na respiração, apneia e se houver dificuldade ou dor ao respirar, se diz que o paciente está com dispneia. É importante salientar que no momento da averiguação da FR, o paciente não perceba a averiguação, para não influenciar na avaliação, já que a respiração pode ser controlada, então sugere-se que enquanto se verifica o pulso, se demore um pouco mais e se observe os movimentos respiratórios discretamente, para que assim não haja interferência na análise do cliente (SMELTZER; BARE, 2009).
Pressão arterial: para realizar este procedimento, é necessário que o paciente não tenha realizado esforço físico, orienta-se que o mesmo esteja por no mínimo um período de 5 min de repouso, o ambiente deve ser calmo e bem arejado, o braço a ser verificada o Pressão Arterial (PA) deve estar apoiado em lugar confortável e ao nível do coração, a palma da mão deve estar virada para cima, o manguito deve estar posicionado em torno de 3cm acima da artéria braquial e deve ser utilizada no tamanho adequado em relação a circunferência do paciente, o manômetro precisa estar visível para a verificação e o profissional precisa treinar bem os ouvidos para não confundir os sons auscultados (SMELTZER; BARE, 2009).
Dor: para se avaliar a dor, usa-se do próprio relato do paciente, expressão facial, qualquer outra alteração de SSVV e através da escala numérica de 0 à 10, sendo número 0 para sem dor e quanto mais for intensificando a dor sentida pelo paciente, vai aumentando a escala numérica. Muitas vezes medidas terapêuticas de conforto já são suficientes para amenizar o estado do paciente, como por exemplo, a forma ao deitar-se no leito, acomodamento correto dos membros superiores e inferiores, uso de compressas frias ou mornas, entre várias outras maneiras, no entanto, o não funcionamento destas técnicas implica na utilização de interação medicamentosa, caso esteja prescrito ou então, o acionamento do médico para analisar o caso da melhor forma possível (SMELTZER; BARE, 2009).
5.2 ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
A administração de medicamentos é um procedimento comum, onde sempre que necessário, o paciente faz uso, estas apenas podem ser prescritas por profissional especializado e capacitado, mas para oferecer a medicação ao paciente é a equipe de enfermagem que realiza, e para isto, devem ser levados em conta cuidados primordiais para que não haja nenhum erro ao oferecer medicação ao paciente, visando tentar evitar ao máximo erros com a medicação, orienta-se a seguir o protocolo dos 5 certos com a medicação, sendo eles: Paciente certo; Medicação certa; Via certa; Dose certa e Hora certa. Portanto, mesmo já verificado uma vez, se orienta a verificar várias vezes estes dados, além de claro, sempre analisar a validade da medicação (SMELTZER; BARE, 2009).
As vias de administração mais comuns são: oral; via sublingual; via retal; via inalatória; via nasal; via ocular; via vaginal; via auricular; vias injetáveis: intradérmica, subcutânea, intramuscular e intravenosa. Cada uma das vias de administração requer cuidados específicos, porém a lavagem de mãos é obrigatória antes do preparo de qualquer medicação. É muito importante respeitar ao máximo o horário prescrito pelo médico para cada medicamento, pois estes têm ação diferente no organismo dependendo da via de acesso, e caso não seja respeitado os horários, a ação esperada pela medicação pode ser alterada (SMELTZER; BARE, 2009).
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5.3 MEDIDAS DE CONFORTO
Este é um cuidado exercido pelos profissionais de enfermagem, de modo que a finalidade, é ofertar ao paciente o máximo possível de conforto e bem-estar, como manter camasempre limpa e arrumada; local arejado, limpo e bem iluminado; se o paciente não puder realizar sozinho, realizar higiene corporal, higiene oral; disponibilizar material necessário para seu auxílio, como travesseiro, cobertores; realizar mudança de decúbito sempre que necessário ou conforme protocolo. Estes cuidados especiais podem auxiliar muito no tratamento físico e mental do paciente durante sua internação, pois ameniza o momento difícil de estar hospitalizado, além de prevenir futuras doenças (SMELTZER; BARE, 2009).
5.4 MANTER CABECEIRA ELLEVADA
A cabeceira elevada 30 ou 45°, atentar com a aspiração de secreções. A implementação dessas recomendações pode auxiliar a pratica assistencial, contribuindo para redução das taxas de melhora na ventilação e desenvolvimento de pneumonia (SMELTZER; BARE, 2009).
5.5 OXIGENOTERAPIA
Oxigenoterapia é a denominação dada ao tratamento com oxigênio fornecido ao paciente conforme a necessidade de sua patologia. Pode ser fornecido através de cânula nasal, cateter nasal, cateter transtraqueal, máscara simples, máscara de reinalação parcial ou não- reinalação, máscara de Venturi ou tenda. Tem como objetivo manter a saturação do paciente acima de 90% e, é necessário manter a cabeceira do paciente elevada (TAYLOR et al, 2007).
5.6 CUIDADOS CATETER ACESSO PERIFÉRICO
Sua finalidade permitir administração de medicamento por uma via periférica intravenosa, organizar materiais e lavagem das mãos, dar preferência quando possível para braço não dominante. A fixação do cateter tem que forma estável, as veias do braço são que suportam maior calibre 18 e 16. O cuidado do trajeto da veia, que pode causar flebite e infiltração, verificar a ruptura da veia causada pela infusão de solução contra vaso fechado se cateter está na veia ou contra a parede para prevenir formação de coagulo. Orientar o paciente sobre o procedimento, cuidar da manutenção do cateter, verificar a segurança o gotejo da infusão se precisa ser ajustado (TAYLOR et al, 2007).
6	EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
12/02/2020 às 20:00h. Paciente R. D. 77 anos, proveniente da Unidade de pronto atendimento Zona Norte. Paciente ventilando com auxilio de cateter tipo óculos nasal com 2 Litros por minuto, saturando 97%, mantem acesso venoso periférico em jugular direito sem sinais flogisticos com infusão de soroterapia. Comunicativo, relata dor na barriga, não consegue evacuar à 3 dias, dor na região uretral devido a uma passagem de sonda sem sucesso , membros inferiores aquecidos com edema, com perfusão deficiente. Plano de cuidados: cabeceira e grades elevadas com cama travada, sempre chamar a enfermagem quando deambular. Aferido sinais vitais: temperatura axilar 35,6ºC, frequência respiratória de 18 movimentos respiratórios por minuto, frequência cardíaca 57 batimentos por minuto, saturação arterial de oxigênio 97%, pressão arterial 120x80 mmHg, hemoglicoteste 101 de glicemia. Medicado conforme prescrição medica, paciente e familiar orientados a manter membros inferiores elevados seguem cuidados de enfermagem, estagiário técnico em enfermagem, Guilherme Ramos.
13/02/2020 às 20:15h. Paciente R. D. 77 anos, acompanhado da filha M., comunicativo, ventilando espontâneo com auxilio de Oxigênio em óculos nasal 2Litros por minuto, boa aceitação de dieta via oral , acesso venoso periférico jugular direito salinizado, abdome flácido , diurese presente, evacuação ausente, membros superiores edemaciados e membros inferiores com perfusão deficiente com rubor. Paciente e familiar orientados, não aceitaram passar a sonda vesical de demora conforme prescrição medica. Aferido sinais vitais, pressão arterial 130x90 mmHg, temperatura axilar de 35,3ºC, saturação arterial de oxigênio 98%, frequência cardíaca de 122 batimentos por minuto, frequência respiratória de 22 movimentos respiratórios por minuto, hemoglicoteste 97 de glicemia. Administrado medicamentos conforme prescrição medica, segue orientação para ficar com membros inferiores elevado, se deitado, manter uma boa dieta, higienização do leito, e não comer sobras de alimentos fora de hora, pois devido ao calor, a proliferação de bactérias que pode fazer mal a sua saúde é grande, segue cuidados de enfermagem. Estagiário técnico em enfermagem Guilherme Ramos.
14/02/2020 às 20:10h. Paciente R. D. 77 anos, comunicativo, pouco sonolento, bem corado, aceitando bem dieta via oral, ventilando em ar ambiente apresenta ecmose em membros superiores, necessidades fisiológicas presentes, acesso venoso periférico em membro superior esquerdo salinizado, abdome flácido, rubor em membros inferiores com perfusão deficiente. Aferido sinais vitais, pressão arterial 140x80 mmHg, frequência cardíaca 48 batimentos por minuto, frenquencia respiratória 16 movimentos respiratórios por minuto, temperatura axilar 34,8ºC, saturação artéria de 93%, hemoglicoteste 158 de glicemia. Paciente medicado conforme prescrição medica, orientações para não ficar muito tempo deitado, e sempre que possível manter membros inferiores elevados, manter uma boa alimentação, , e não comer sobras de alimentos fora de hora, pois devido ao calor, a proliferação de bactérias que pode fazer mal a sua saúde é grande, segue cuidados de enfermagem. Estagiário técnico em enfermagem Guilherme Ramos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Doença Renal Crônica é um problema de grande relevância e é reconhecida como uma doença complexa que exige múltiplas abordagens no seu tratamento. Embora a implementação da medicina baseada em evidência para a prática clínica tenha resultado em avanços significantes no tratamento da Doença Renal Crônica, faz-se necessária uma melhor preparação do paciente que inicia a TRS, assim como a redução das taxas de mortalidade e hospitalização (SMELTZER; BARE, 2009).
O diagnóstico precoce, encaminhamento imediato e instituição de medidas para diminuir/interromper a progressão da Doença Renal Crônica estão entre as estratégias-chave para melhorar os desfechos (SMELTZER; BARE, 2009).
A triste observação é, entretanto, que a chance de morte supera a de iniciar a Terapia Renal Substitutiva à medida que a Doença Renal Crônica progride, mesmo quando os pacientes recebem cuidados médicos padrão. O modelo de atendimento interdisciplinar, ao oferecer os cuidados necessários, de forma abrangente e organizada, parece ser a melhor forma de tratar a Doença Renal Crônica, embora mais estudos nessa área ainda sejam necessários (SMELTZER; BARE, 2009).
REFERÊNCIAS
AME: dicionário de administração de medicamentos na enfermagem 2012/2013. 9. Ed. Rio de Janeiro: EPUB, 2012.
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de fisiologia medica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
POSADA, W. A. Cuidados em enfermagem clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
RIELLA MC. Princípios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos. 4a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2003.
SMELTZER, S. C.; BARE, B. C. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico- cirúrgica. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. V. 2.
SMELTZER, S. C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem Médico- Cirúrgico. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2009. V.1.
STEPHEN J. MCPHEEF; WILLIAM F. GANONG. Fisiopatologia da Doença Uma Introdução à Medicina Clínica. 5° edição. San Francisco: AMGH Editora LTDA 2011.
TORTORA. G.J. Corpo humano: fundamento de anatomia e fisiologia. 6ª. Ed. São Paulo: Artmed, 2006.
ANEXO A
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
Dados de Identificação:
Nome: 					Idade: Sexo: 	Data de Nascimento: 	/ 		/	 Estado Civil: 	Religião:					 Escolaridade: 		Naturalidade:					 Profissão: 			Ocupação:				 Endereço Atual: 								 
Entrevista:
· Como tem sido a sua saúde nos últimos tempos?
· É fumante? 	Quantos cigarros / dia? 	
· Ingere bebida alcoólica? 	Quantos ml / dia? 	
· Utiliza outras drogas? 	Qual (is)? 	
· Tem alergia (s)? 	A que? 	
· Utiliza algum medicamento? 	Qual (is)? 	
· Para que?· Toma-os sobre prescrição ou por conta própria? 	
· Quem os indicou? 	
· Usa chás caseiros? 	Qual (is)? 	
· Para que servem estes chás? 	
· Consegue tomar os remédios? 	Toma conforme indicado? 	
· Tem dificuldade para enxergar? 	Qual? 	
· Utiliza alguma órtese? Qual? 	
· Tem dificuldade para ouvir? 	
· Utiliza alguma órtese? 	
· Sente dificuldade para aprender coisas novas? 	
· Sente algum desconforto físico? 	Qual (is)? 	
· O que faz para aliviar? 	
· Nasceu de parto normal? 	Em casa ou no hospital? 	
· Teve algum problema ao nascer? 	Quais? 	
· Quantos quilos pesou ao nascer? 	
· Tomou as vacinas da infância? 	Quais? 	
· Quais outras doenças que já teve? 	
· Já internou alguma vez? 	Quando? 	
· Por quê? 	
· Como é o desempenho escolar? 	
· Idade da menarca? 	Ciclo menstrual (dias): 	
· Fluxo? 	Controle ginecológico? 	Periodicidade? 	
· Início da atividade sexual (idade)? 	Usa preservativo? 	
· Usa qual contraceptivo? 	Já engravidou? 	
· Número de gestações? 	Número de partos? 	
· Número de abortos? 	Idade do climatério? 	
· Manifestações: estresse 	calor 	vermelhidão 	irritação 	
· Idade da menopausa? 	
· Já teve alguma doença sexualmente transmissível? 	Qual? 	
· Pais vivos? 	Morreram com que idade? 	Qual o motivo? 	
· Possui irmãos? 	Quantos? 	Alguma com doença crônica? 	
Necessidade de Nutrição / Hidratação:
	Horário
	
	Descrição
	
	Café da manhã
	
	
	Almoço
	
	
	Jantar
	
	
	Lanches
	
Sente algum problema para alimenta-se? 	Qual? 	
Tabus / Intolerâncias? 	Padrão do Apetite? 	
Necessidade de Eliminação:
1. Descreva o funcionamento do intestino quanto a:
· Freqüência das eliminações: 	
· Características das fezes: 	
· Problemas para evacuar: 	
2. Descreva o funcionamento da bexiga quanto a:
· Freqüência das micções: 	
· Levanta-se a noite para urinar: 	
· Problemas para urinar: 	
Necessidade de exercício / atividade física / recreação:
Sente que sua energia é suficiente para as atividades que realiza? 	Por quê? 	
Pratica algum exercício físico? 	Qual? 	
O que costuma fazer no tempo livre? 	
Das atividades seguintes qual (is) tem dificuldade para fazer sozinho:
	Atividades
	Sim
	Não
	Especificar
	Alimenta-se
	
	
	
	Ir ao banheiro
	
	
	
	Tomar banho
	
	
	
	Vestir-se
	
	
	
	Trabalhos domésticos
	
	
	
	Outras
	
	
	
Necessidade de sono e repouso:
Dorme, em média, quantas/ dia/ noite? 	
Após o sono sente-se repousado e pronto para as atividades diárias? 	Por quê? 	
Necessidade de auto conceito/ auto imagem:
Como descreveria sua maneira de ser? 	
Há alguma coisa em si que gostaria que fosse diferente? 	
Necessidade de segurança emocional:
Quando você está nervoso o que faz para aliviar? 	
Necessidade gregária:
Com quem vive? 	
Número de dependentes: 	Como é o relacionamento? 	
Tem algum problema na sua família? 	
Necessidade de comunicação:
Características observadas: objetivo? 	expressivo? 	monossilábico? 	
Perde se nas perguntas / respostas? 	nervoso? 	relaxado? 	passivo? 	
Exame Físico:
Estado Geral:
Decúbito preferido no leito:
Atitude (ativa / passiva):
Postura (boa / ruim / sofrível): Movimentos involuntários: Apresentação pessoal:
Nível de consciência:
Grau de cooperação (cooperativo / não cooperativo): Dados Antropométricos: Peso / Altura
	Pele
	Coloração, umidade, textura, espessura, temperatura, elasticidade, turgor, sensibilidade, integridade, lesões, seqüelas.
	Mucosas
	Coloração, umidade e presença de lesões.
	Cabelos
	Quantidade, coloração, brilho, quebradiço, umidade, distribuição, tipo de
implantação, alterações, presença de parasitas.
	Pelos
	Homem: barba, axilares, tronco, pernas.
Mulher: ausência, presença em que locais.
	Unhas
	Coloração,	brilho,	superfície,	comprimento,	forma,	implantação,
alterações.
	Crânio
	Tamanho,	forma,	movimentos,	suturas,	fontanelas,	parte	óssea,
alterações.
	Face
	Forma, expressão fisionômica, simetria, movimentos, alterações.
	Olhos
	Sobrancelhas, pálpebras, reflexo palpebral, conjuntiva, escleróticas, cílios
/ implantação, contração pupilar, íris/cor, movimentos, alterações.
	Ouvidos
	Integridade, condições higiênicas, forma, simetria, cor, presença de dor,
cerúmen, alterações, tímpano.
	Nariz
	Superfície externa (deformidade, edema, hiperemia), cavidade nasal (lisa,
úmida, pólipos, sangramento), septo nasal (desvios), olfato.
	Boca
	Mucosa labial, gengivas, dentes, palato, língua, sensibilidade gustativa,
higiene, alterações.
	Pescoço
	Simetria, rigidez de nuca, movimentação, nódulos, cicatriz, pulso
carotídeo,
	Tórax
	Forma, integridade, alterações, mamas (simetria, tamanho, forma, alterações), ritmo respiratório, amplitude respiratória, expansibilidade nos
ápices e bases pulmonares, ausculta pulmonar, freqüência dos pulsos, alterações cardíacas.
	Abdômen / Pelve
	Forma,	cicatriz	umbilical,	retrações,	abaulamento,	movimentos
peristálticos, ausculta, alterações, palpação superficial (sensibilidade, resistência), continuidade da parede abdominal.
	Órgãos Genitais /
Externos
	Presença de lesões, características, presença de pelos coloração, inspeção,
hiperemia, alterações.
	Membros
	Queixas de dores articulares (tipo, rigidez) restrição de movimentos, modo de acometimento, condições de locomoção (marcha, forma de
locomoção), postura, alterações, simetria.

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