Tendências Contemporâneas do Ensino das Artes 2020 2

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NOME: Rosemara da Silva Resende Rodriguez
MATRÍCULA: 15116080277
POLO: Barra do Piraí
Questões 1 e 2:
Primeiro filósofo escolhido: Imannuel Kant (iluminista)
 Representante máximo do iluminismo, Imannuel Kant nasceu na Prússia no ano de 1724, atuou como professor universitário, mas ao ler e discordar das conclusões propostas em uma obra de David Hume, um filósofo empirista influenciado por Aristóteles, decidiu criticá-lo. Para isso, em 1781 publicou um livro chamado "Crítica da Razão Pura", que foi considerado um dos mais importantes e influentes da filosofia moderna, justamente por quebrar essa tradição filosófica do empirismo, que encarava a importância cognitiva da sensibilidade como uma forma de conhecimento elementar.
 Kant através da criação do termo "imaginação", demonstrou que se opunha a divisão entre a razão e a sensibilidade que foi proposta na antiguidade clássica por Platão e Aristóteles e desenvolvida posteriormente por filósofos racionalistas e empiristas. A imaginação seria a ponte que ligaria a razão e sensibilidade, e esta ligação poderia ser feita de duas maneiras: a sensibilidade (intuições) se subordinando a razão (conceitos), no caso do conhecimento objetivo, ou apenas relacionando-se de forma funcional entre si, no caso do conhecimento estético. 
 Há uma citação de Kant que resume perfeitamente sua crítica a esse dualismo que existia na filosofia tradicional: "A razão sem a experiência é vazia, a experiência sem a razão é cega". Com isso, ele critica ao mesmo tempo o racionalismo, que acredita que a experiência é uma ilusão e a razão é a chave para o conhecimento, e também o empirismo que supervaloriza a experiência em relação a razão. Kant valoriza o intelecto, essa imaginação que liga a experiência a razão, que não podem ignorar uma a outra, porque quando se organiza a experiência consegue-se elaborar o conhecimento. 
 A obra de arte escolhida para representar sua trajetória de pensamentos foi justamente a que o motivou a se tornar filósofo e que fundamentou seu posicionamento contra o racionalismo/empirismo e a uma nova forma de explicar as experiências sensoriais e racionais: o livro "Crítica da razão pura". 
 Além dessa obra, ele publicou em 1790 um livro chamado "Crítica da faculdade do juízo", onde acreditava que nossa percepção de beleza não era relativa só ao sujeito, e nem só ao objeto também. Nesse viés, declara que "Embora o juízo estético seja uma capacidade subjetiva, há aspectos universais na percepção estética individual". Com isso, a percepção estética seria a união da estrutura sensível (sentidos) com a imaginação, e essas estruturas estariam presentes em todos os seres humanos, portanto, sendo universais.  
 Nesse contexto, ele faz uma referência ao indivíduo "Todos os juízos de gosto são singulares" ou seja, os juízos estéticos são relativos aos sujeitos que emitem esses juízos, afirmando portanto que ele tem um caráter subjetivo. Em contrapartida, diz que "O belo é o que apraz universalmente sem conceito", ou seja, faz uma referência ao objeto em si, dizendo que o belo também é uma característica própria dele, portanto que a beleza também é objetiva. Por exemplo, quando digo que uma arte é bela, não estou querendo afirmar para mim que é belo e sim tentando convencer as outras pessoas de que aquele objeto realmente é belo. Assim, quando emito um juízo estético crio uma expectativa de que universalmente o meu juízo estético seja aceito, porque nele também coloco as propriedades objetivas que observo na arte. Assim, utilizo a mesma estrutura que os seres humanos utilizam para perceber a obra (sentidos e imaginação) e assim como os outros também, crio uma expectativa de que aceitem meu juízo estético, e são justamente essas características que tornam o senso estético além de subjetivo, também objetivo.
Segundo filósofo escolhido: Friedrich Schiller (romântico)
 Em 1759 em Marbach, cidade Alemã, nasceu Johann Christoph Friedrich von Schiller, que exerceu dentre diversas profissões, a de filósofo. Sua filosofia era chamada de “romântica”, a qual era conhecida por seus filósofos serem os primeiros autores ligados às concepções humanistas de educação.
 Nesse contexto, cabe citar que o grande influenciador do surgimento da filosofia romântica, o qual Schiller se inspirou em suas falas, foi o filósofo Rousseau. Tal pensador propôs como tese fundamental que o homem nasce bom e a sociedade é que o corrompe. Assim, a sociedade é moldada na desigualdade, onde a maioria vive em favor dos privilégios de uma minoria. Suas ideias, assim como sua conduta livre e rebelde, que influenciaram o movimento romântico na arte.
 Assim, vivenciando um contexto absolutista, Schiller enfrentou atitudes ditatoriais de militares e tinha como inspiração o filósofo Rousseau, o que despertou em sua consciência uma indignação em relação ao Estado opressor. A partir desse despertar, começou a canalizar seus sentimentos revoltosos e escreveu em 1777 uma peça crítica chamada “Os assaltantes”, sua primeira obra impressionante por ter alcançado sucesso sendo que ele era apenas um estudante nessa época.
 A obra escolhida para apresentar um compilado de ideias de Schiller, foi o livro “Cartas sobre a educação estética do homem” publicado em 1794. Nesta obra, expressa que por meio da educação estética, a liberdade que a arte proporciona poderia se expandir para os domínios das relações sociais e morais, promovendo o surgimento de um “Estado ideal”, onde o estético e o moral se confundem. Contudo, em uma das cartas ele já acusa a suspeita, muito frequente na atualidade, de que o otimismo utópico desta estetização da política, que busca fundir a arte à vida, encontra as adversidades da educação do homem moderno, baseada na fragmentação e utilitarismo das ciências. Ou seja, o sistema educacional do homem moderno estaria longe de conseguir utilizar da arte para promover essa liberdade, justamente porque o sistema em geral é extremamente desigual.