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CIENTEC – CENTRO INTEGRADO DE ENSINO TÉCNICO Dependência química Professora: Alessandra Tais dos Santos Dependência Química ❑ A OMS define a dependência química como o “estado psíquico e algumas vezes físico resultante da interação entre um organismo vivo e uma substância, caracterizado por modificações de comportamento e outras reações que sempre incluem o impulso a utilizar a substância de modo contínuo ou periódico com a finalidade de experimentar seus efeitos psíquicos e, algumas vezes, de evitar o desconforto da privação”. Dependência Química A dependência química representa um grave problema de saúde pública, haja vista as implicações que o uso, o abuso e a dependência de drogas acarretam para a pessoa e para a sociedade. Dependência Química ✓ Comorbidades, ✓ Aumento da mortalidade precoce, ✓ Incremento da violência e ✓ Criminalidade, ✓ Acidentes de trânsito e de ✓ Trabalho, absenteísmo, ✓ Distúrbios emocionais, ✓ Conflitos familiares e sociais Dependência química Características ❑ Tolerância (necessidade de quantidades maiores para obtenção do mesmo efeito ou menor ❑ Abstinência (síndrome com sinais e sintomas típicos de cada substância, que são aliviados pelo consumo); ❑Consumo por período de tempo mais prolongado e em quantidades maiores que o planejado; Dependência química Características ❑Desejo persistente de uso e incapacidade para controlá-lo; ❑Muito tempo gasto em atividades para obtenção da substância; ❑Redução do círculo social em função do uso da substância; ❑Persistência do uso da substância, apesar de prejuízos clínicos. Drogas mais utilizadas • Cocaína • Ecstasy • LSD • Anfetaminas • Esteróides anabolizantes • Maconha • Tabaco • Álcool • Opiáceos Dependência Química Consequências ❑ Evidências científicas apontam que o consumo exacerbado de drogas e os danos provocados - direta ou indiretamente - pela dependência química fomentam o desenvolvimento de inúmeros problemas físicos e mentais. ❑Cocaína e opioides - pode provocar doenças infecciosas e inflamatórias, locais ou disseminadas, e está muito associado ao contágio pelos vírus da imunodeficiência humana (HIV) e das hepatites através do compartilhamento de seringas. Dependência Química ❑ No Brasil, o álcool esteve associado ❑ A 69,5% e 42,6% dos índices de cirrose hepática, ❑ A 36,7% e 23% dos acidentes de trânsito e ❑ A 8,7% e 2,2% dos índices de câncer – respectivamente, entre homens e mulheres em 2016. Dependência Química Dependência Química • A intoxicação aguda por cocaína pode provocar: • Hipertensão, • Arritmia, • Taquicardia • Acidentes vasculares cerebrais • Infarto agudo do miocárdio • E a maconha, após uso prolongado, pode levar à “síndrome amotivacional”. Dependência Química ❑ Em relação à saúde mental, estima-se que 50% das pessoas com transtornos relacionados ao uso de droga também tenham outro diagnóstico de transtorno mental, incluindo esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo e transtorno afetivo bipolar. ❑ Tratamento com pouco êxito ETIOLOGIA • A dependência é um fenômeno complexo, com diversas variáveis envolvidas. Dessa forma, não existe uma explicação etiológica simples e que consiga contemplar todas as facetas do problema. • Podemos pensar na dependência como um tripé: • Meio ambiente • Substância • Indivíduo ETIOLOGIA Substância: • Estimulantes do sistema nervoso central: a cocaína, o crack, as anfetaminas, o ecstasy, a nicotina e a cafeína. • Depressores do sistema nervoso central: o álcool, os opioides, os benzodiazepínicos e os solventes • perturbadoras do sistema nervoso central: O LSD, a maconha e os cogumelos, além do ecstasy (droga com duplo efeito), ETIOLOGIA Indivíduo: • Fatores genéticos: O gene responsável pela codificação do receptor dopaminérgico D2 tem sua expressão está reduzida nos pacientes dependentes químicos • Fatores biológicos: a ativação da via de recompensa cerebral é o elemento comum a todas as substâncias • Fatores psicodinâmicos: indivíduo que não completou adequadamente seu processo de individuação Tratamento Avaliação psiquiátrica completa ❑ Anamnese detalhada sobre o padrão de consumo atual e passado, bem como seus efeitos no funcionamento “biopsicossocial”. ❑ Avaliação médica e psiquiátrica global (anamnese e exame físico/psíquico). ❑ História de tratamentos psiquiátricos prévios e seus resultados. Tratamento ❑ Avaliação das condições familiares e sócias. ❑ Testes laboratoriais para avaliar condições concomitantes comuns com dependências (por exemplo, avaliação da função hepática em etilistas). ❑ Com a permissão do paciente, contato com terceiros para informações adicionais. Tratamento ❑ Motivação para abstinência. ❑ Promover psicoeducação e facilitar a aderência ao tratamento. ❑ Diagnosticar e tratar comorbidades. ❑ Avaliar necessidade e disponibilidade de tratamentos específicos. TRATAMENTO ❑ Considerar hospitalização se: ❑ Overdose ou durante intoxicação grave; ❑ Risco grave para desenvolvimento de síndromes de abstinência com delirium (por exemplo, Delirium Tremens); ❑ Comorbidades com transtornos psiquiátricos graves (por exemplo, depressão com planejamento suicida, psicose aguda); ❑ O uso traduz grave risco ao paciente ou a terceiros; TRATAMENTO • Casas de apoio, comunidades terapêuticas: pacientes que não têm indicação para hospitalização, porém apresentam rede de suporte social falha ou completamente envolvida no contexto das drogas. TRATAMENTO • Hospitais-dias, internações “parciais”: usados na transição entre internação e tratamento ambulatorial; falha no tratamento ambulatorial; comorbidades psiquiátricas graves. TRATAMENTO Tratamento ambulatorial: quando não há indicações clínicas ou sociais para níveis mais intensivos de tratamento. Envolve uma abordagem abrangente, com intervenções psicoterapêuticas e farmacológicas. Tratamento – Intervenções farmacológicas Álcool • Dissulfiram 125-500 mg/dia • Nalltrexone 25-100 mg/dia • Acamprosato 666 mg/ 3 vezes ao dia • Topiramato 25-150 mg/2 vezes ao dia Tratamento – Intervenções farmacológicas Opioides Metadona 30-140 mg/dia : um opioide sintético que bloqueia os efeitos da heroína durante 24 horas e elimina os sintomas de abstinência. Buprenorfina 4-32 mg sublingual Tratamento – Intervenções farmacológicas • Cocaína: Dissulfiram, Naltrexone, Baclofeno, Topiramato, Modafinil, • Cannabis: Antidepressivos (principalmente no caso de síndrome amotivacional) Redução de danos • Trata-se de um modelo de intervenção comprometido com a redução dos prejuízos de natureza biológica, social e econômica do uso de drogas, e pautado no respeito ao indivíduo. Prevenção primária • Conjunto de ações destinadas a evitar ou retardar o contato de pessoas com substâncias que podem causar dependência química. • Esse tipo de medida costuma ser voltada para crianças e adolescentes, pois se trata de uma intervenção educativa e precoce. • Seu objetivo principal é a conscientização e a sensibilização de jovens, pais e professores sobre os problemas relacionados ao consumo de drogas e a importância da educação para a promoção da saúde. Referências • https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516- 44462000000600008&script=sci_arttext • http://revista.fmrp.usp.br/2017/vol50-Supl- 1/Simp9-Transtornos-da-Personalidade.pdf https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-44462000000600008&script=sci_arttext http://revista.fmrp.usp.br/2017/vol50-Supl-1/Simp9-Transtornos-da-Personalidade.pdf OBRIGADA! Alessandratais_santos@Hotmail.com
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