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Educação Ambiental
A educação ambiental pode ser entendida com 
toda ação educativa que contribui para a formação 
de cidadãos conscientes da preservação do meio 
ambiente e aptos a tomar decisões coletivas sobre 
questões ambientais necessárias para o 
desenvolvimento de uma sociedade sustentável.
Este curso é direcionado a todas as pessoas 
interessadas no tema do meio ambiente e 
Desenvolvimento Sustentável.
Introdução
• A educação ambiental (EA) vem sendo 
incorporada como uma prática inovadora em 
diferentes âmbitos. Neste sentido, destaca-se 
tanto a sua internalização como objeto de 
políticas públicas de educação e de meio 
ambiente em âmbito nacional, quanto sua 
incorporação num âmbito mais capilarizado, 
como mediação educativa, por um amplo 
conjunto de práticas de desenvolvimento social.
• Esse é o caso, por exemplo, do diversificado rol 
de atividades e projetos de desenvolvimento 
impulsionados pelas atividades de extensão em 
resposta às novas demandas geradas pela 
transição ambiental do meio rural.
• Este processo de mudanças no mundo rural, 
que tende a gerar novas práticas sociais e 
culturais em que se verifica a assimilação de um 
ideário de valores ambientais, pode ser 
observado, por exemplo, no crescente interesse 
pela produção agroecológica, na busca por 
medicinas alternativas e fitoterápicas, no 
ecoturismo e no turismo rural. Práticas estas 
que estão muitas vezes associadas a ações de 
EA, tanto na sua difusão como na valorização 
da paisagem socioambiental no campo.
• Uma vez identificada a entrada da EA como 
parte dos processos de transição ambiental e 
suas inúmeras interfaces com diferentes 
campos de ação da extensão rural, cabe abrir 
um debate sobre as modalidades desta prática 
educativa, suas orientações pedagógicas e suas 
consequências como mediação apropriada para 
o projeto de mudança social e ambiental no qual 
esta vem sendo acionada.
Os Princípios Básicos das Educação 
Ambiental
• A Educação ambiental tem como princípios 
básicos considerar o meio ambiente em sua 
totalidade, ou seja, em seus aspectos naturais e 
criados pelo homem, tecnológicos, sociais, 
econômico, político, técnico, histórico-cultural, 
moral e estético.
• Construir um processo contínuo e permanente, 
começando pelo pré-escolar, e continuando 
através de todas as fases do ensino formal e 
não-formal; aplicar um enfoque interdisciplinar, 
aproveitando o conteúdo específico de cada 
disciplina, de modo que se adquira uma 
perspectiva global e equilibrada.
• Examinar as principais questões ambientais, do 
ponto de vista do local, regional, nacional e 
internacional, de modo que os educandos se 
identifiquem com as condições ambientais de 
outras regiões geográficas; concentrar-se nas 
situações ambientais atuais, tendo em conta 
também a perspectiva histórica.
• Insistir no valor e na necessidade da 
cooperação local, nacional e internacional para 
prevenir e resolver problemas ambientais; 
considerar de maneira explícita, os aspectos 
ambientais nos planos de desenvolvimento e de 
crescimento.
• Ajudar a descobrir os sintomas e as causas 
reais dos problemas ambientais; destacar a 
complexidade dos problemas ambientais (sócio 
ambientais) e, em consequência, a necessidade 
de desenvolver o senso crítico e as habilidades 
necessárias para resolver problemas; utilizar 
diversos ambientes educativos e uma ampla 
gama de métodos para comunicar e adquirir 
conhecimento sobre o meio ambiente, 
acentuando devidamente as atividades práticas 
e as experiências.
Correntes pedagógicas e a educação 
ambiental
• Várias correntes pedagógicas antes das EAs se 
preocuparam em contextualizar os sujeitos no 
seu entorno histórico, social e natural. Trabalhos 
de campo, estudos do meio, temas geradores, 
aulas ao ar livre, não são atividades inéditas na 
educação. Estes recursos educativos, tomados 
cada um por si, não são estranhos às 
metodologias consagradas na educação como 
aquelas inspiradas em Paulo Freire e Piaget, 
entre outras.
• Assim, qual seria o diferencial da educação 
ambiental? O que ela traz de novo que justifique 
identificá-la como uma nova prática educativa?
• Pode-se dizer, numa primeira consideração, que 
o novo de uma EA realmente transformadora, 
ou seja, daquela EA que vá além da reedição 
pura e simples daquelas práticas já utilizadas 
tradicionalmente na educação, tem a ver com o 
modo como esta EA revisita esse conjunto de 
atividades pedagógicas, reatualizando-as dentro 
de um novo horizonte epistemológico.
• O ambiental é pensado como sistema complexo 
de relações e interações da base natural e 
social e, sobretudo, definido pelos modos de 
sua apropriação pelos diversos grupos, 
populações e interesses sociais, políticos e 
culturais que aí se estabelecem.
• O foco de uma educação dentro do novo 
paradigma ambiental, portanto, tenderia a 
compreender, para além de um ecossistema 
natural, um espaço de relações socioambientais 
historicamente configurado e dinamicamente 
movido pelas tensões e conflitos sociais.
• De todo modo, a construção de um nexo entre 
educação e meio ambiente, capaz de gerar um 
campo conceitual teórico-metodológico que 
abrigue diferentes propostas de EAs, só pode 
ser entendida à luz do contexto histórico que o 
torna possível.
• Afinal, não se podem compreender as práticas 
educativas como realidades autônomas, pois 
elas só fazem sentido a partir dos modos como 
se associam aos cenários sociais e históricos 
mais amplos constituindo-se em projetos 
pedagógicos políticos datados e intencionados.
O papel da escola na educação ambiental
• Considerando a importância da temática 
ambiental e a visão integrada do mundo, no 
tempo e no espaço, sobressaem-se as escolas, 
como espaços privilegiados na implementação 
de atividades que propiciem essa reflexão, pois 
isso necessita de atividades de sala de aula e 
atividades de campo, com ações orientadas em 
projetos e em processos de participação que 
levem à autoconfiança, a atitudes positivas.
• Ressaltado que as gerações que forem assim 
formadas crescerão dentro de um novo modelo 
de educação criando novas visões do que é o 
planeta Terra. Entretanto, não raramente a 
escola atua como mantenedora e reprodutora 
de uma cultura que é predatória ao ambiente, 
ou se limita a ser somente uma repassadora de 
informações.
• Nesse caso, as reflexões que dão início a 
implementação da Educação Ambiental devem 
contemplar aspectos que não apenas possam 
gerar alternativas para a superação desse 
quadro, mas que o invertam, de modo a 
produzir conseqüências benéficas, favorecendo 
a paulatina compreensão global da fundamental 
importância de todas as formas de vida 
coexistentes em nosso planeta.
• Dentro da escola devem ser encontrados meios 
efetivos para que cada aluno compreenda os 
fenômenos naturais, as ações humanas e sua 
conseqüência para consigo, para sua própria 
espécie, para os outros seres vivos e o 
ambiente.
• É fundamental que cada aluno desenvolva as 
suas potencialidades e adote posturas pessoais 
e comportamentos sociais construtivos, 
colaborando para a construção de uma 
sociedade socialmente justa, em um ambiente 
saudável.
• A escola dentro da Educação Ambiental deve 
sensibilizar o aluno a buscar valores que 
conduzam a uma convivência harmoniosa com 
o ambiente e as demais espécies que habitam o 
planeta, auxiliando-o a analisar criticamente os 
princípios que tem levado à destruição 
inconseqüente dos recursos naturais e de várias 
espécies.
• Tendo a clareza de que a natureza não é fonte 
inesgotável de recursos, suas reservas são 
finitas e devem ser utilizadas de maneira 
racional, evitando o desperdício e considerando 
a reciclagem como processo vital. Que as 
demais espécies que existem no planeta 
merecem nosso respeito. Além disso, amanutenção da biodiversidade é fundamental 
para a nossa sobrevivência.
• E, principalmente, que é necessário planejar o 
uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e 
rurais, considerando que é necessário ter 
condições dignas de moradia, trabalho, 
transporte e lazer, áreas destinadas à produção 
de alimentos e proteção dos recursos naturais.
• Esse processo de sensibilização da comunidade 
escolar pode fomentar iniciativas que 
transcendam o ambiente escolar, atingindo tanto 
o bairro no qual a escola está inserida como 
comunidades mais afastadas nas quais residam 
alunos, professores e funcionários. 
Educação ambiental formal
• Compreendemos a chamada Educação 
Ambiental Formal, como aquela educação 
sobre conceitos ambientais aplicados em sala 
de aula, através do currículo. Deve ser multi-
disciplinar, evitando concentrar o ensino sobre 
meio ambiente na cadeira de Ciências, a fim de 
não reforçar os aspectos físicos da questão, em 
detrimento dos demais aspectos sócio-
econômicos, políticos, éticos, etc., pois a 
Educação Ambiental é ensino para a cidadania.
• 1. Princípios Básicos
• O educador ambiental deve procurar colocar os 
alunos em situações que sejam formadoras, 
como por exemplo, diante de uma agressão 
ambiental ou de um bom exemplo de 
preservação ou conservação ambiental, 
apresentando os meios de compreensão do 
meio ambiente. 
Em termos ambientais isso não constitui dificul-
dades, uma vez que o meio ambiente está em 
toda a nossa volta. Dissociada dessa realidade, a 
educação ambiental não teria razão de ser. 
Entretanto, mais importante que dominar 
informações sobre um rio ou ecossistema da 
região é usar o meio ambiente local como mo-
tivador, para que o aluno seja levado a 
compreender conceitos como, por exemplo:
• Visão física: Nada vive isolado na natureza. 
Tudo está inter-relacionado. Assim como 
influenciamos no meio, somos influenciados por 
ele. Um ser depende do outro para sobreviver. 
Não existem seres mais ou menos importantes 
para o conjunto da vida no planeta. A única 
coisa importante é a rede de relações que todos 
os seres vivos mantém entre si e com o meio 
em que vivem. Rompida esta "teia", ou 
diminuída em sua capacidade, a vida corre 
perigo.
• Visão cultural: O meio ambiente não é 
constituído apenas pelo mundo natural, onde 
vivem as plantas e os animais, mas também 
pelo mundo construído pelo ser humano, suas 
cidades, as zonas rurais e urbanas. Estes dois 
mundos relacionam-se e influenciam-se re-
ciprocamente. Somos resultado dessas duas 
evoluções, a natural e a cultural.
• Visão político-econômica: O poder não está 
distribuído de maneira igual por toda a 
humanidade, sendo diferente, portanto, a 
distribuição das responsabilidades de cada um 
pela destruição do planeta e pela construção de 
um mundo melhor. Cada cidadão pode e deve 
fazer a sua parte, mas os empresários, políticos, 
administradores públicos, etc., têm uma 
responsabilidade muito maior. 
• Atrás de cada agressão à natureza estão 
interesses sócio-econômicos e culturais de 
nossa espécie, que usa o planeta como se fosse 
uma fonte inesgotável de recursos. As relações 
entre a espécie humana e a natureza estão em 
desequilíbrio por que refletem a injustiça e 
desarmonia das relações entre os indivíduos de 
nossa própria espécie.
• Visão ética: A mudança para uma relação mais 
harmônica e menos predatória e poluidora com 
o planeta e as outras espécies depende de 
todos, mas especialmente começa em cada um 
de nós, individualmente, através de dois 
movimentos distintos: 
• Um para dentro de nós mesmos e de nossa 
família, com adoção de novos hábitos, 
comportamentos, atitudes e valores; e outro 
para a sociedade em torno de nós, buscando a 
união com outros cidadãos para influir em 
políticas públicas e empresariais que levem em 
conta o planeta, a qualidade de vida, a justiça 
social.
• Logo, por mais que o ensino para o meio 
ambiente mude de lugar para lugar, em função 
das diferentes realidades, alguns princípios 
estão presentes praticamente em todas as 
situações, tais como:
• Defina palavras e conceitos
• Defender a natureza, a flora e a floresta, o meio 
ambiente, a ecologia. Preservar os 
ecossistemas e os habitats, combater a depre-
dação dos recursos naturais, a poluição de ma-
nanciais e do lençol freático. São palavras e 
conceitos que se tornaram comuns hoje em dia, 
mas afinal, do que se trata? 
É preciso definir o que se está falando, tomando o 
cuidado de não cair num tecnicismo que distancie 
o aluno da ação transformadora que ele precisa 
empreender como cidadão de seu tempo.
• Mostre a importância
• Por mais sério que seja, ninguém consegue ter 
a sensação de importância por uma coisa 
abstrata, fora de sua realidade. Antes de se 
importar com a sobrevivência das outras espé-
cies, o aluno precisa estar consciente de sua 
própria importância, sua capacidade de interferir 
no meio ambiente e de agir como cidadão. 
Afinal, como respeitar espécies consideradas 
inferiores se o aluno percebe que não há respeito 
entre os indivíduos de sua própria espécie?
• Estimule a reflexão
• A cada ação deve corresponder uma reflexão, 
pois não é possível pretender transformar o 
mundo ou criar uma relação mais harmônica 
com a natureza ou os outros indivíduos de 
nossa própria espécie baseando-se apenas no 
academicismo, onde se acumula um volume 
imenso de conhecimentos e informações sem 
que isso reverta em melhoria das condições de 
vida
• Estimule a participação
• Uma vez que o aluno já domina um mínimo de 
conhecimentos sobre palavras e conceitos e 
está consciente sobre a importância de seu pa-
pel como agente transformador o próximo passo 
é a participação. 
• É no enfrentamento dos problemas de seu 
cotidiano que o aluno se formará como cidadão. 
Além disso, o jovem não precisa chegar à 
maioridade ou ter um diploma técnico para só 
então defender seus direitos a um meio 
ambiente preservado, pois cada omissão 
equivale à destruição de mais e mais recursos 
naturais, de mais e mais poluição. 
A mudança deve começar já, inicialmente através 
de novas atitudes e comportamentos, mas logo a 
seguir procurando engajar-se nas ações da 
sociedade em defesa do meio ambiente e da 
qualidade de vida. Para estimular os alunos, uma 
boa técnica é estabelecer parceiras com os 
grupos ecológicos comunitários do lugar, 
convidando-os para se integrarem ao trabalho na 
escola.
• Interesse-se a descobrir coisas novas
• Um diploma de conclusão de curso não significa 
o domínio total de um conhecimento. A gente 
continua aprendendo sempre. Interesse seus 
alunos pelos estudos da natureza, lendo com 
eles notícias recentes de jornais e revistas, 
comentando a última programação sobre 
ecologia na televisão. Estimule cantinhos da 
natureza na sala de aula, museus naturais, 
álbum de recortes, leituras coletivas de 
materiais etc.
• Faça junto com eles
• O exemplo vale mais do que mil palavras. Os 
alunos são bastante impressionáveis diante da 
figura do professor. Ver o professor falar, falar, 
mas não agir conforme o que fala é desestimu-
lante para os alunos e, ao mesmo tempo, um 
apelo ao não-agir, considerar o ensino para o 
meio ambiente como mais uma disciplina 
aborrecida que deve ser estudada apenas para 
tirar uma boa nota. 
Aproveite a oportunidade e engaje-se com seus 
alunos na tarefa de se construir as novas relações 
com o planeta, afinal, essa é uma tarefa de 
cidadania, muito mais que um compromisso de 
trabalho.
• Saia da sala de aula
• O meio ambiente da sala de aula não é o mais 
adequado para ensinar sobre o mundo que está 
lá fora. Sair da sala de aula, entretanto, traz 
inúmeros problemas quando se dispõe de 
apenas 45 minutos para uma aula. Uma das 
soluções pode ser mutirão pedagógico com co-
legas de outras disciplinas, o que reforçao 
caráter interdiciplinar do ensino para o meio 
ambiente.
• Outra possibilidade é sugerir aos pais dos 
alunos que façam incursões em finais de 
semanas ou feriados para realizar estudos do 
meio ou investigar e fotografar um problema 
ambiental, levando no carro dois, três ou mais 
coleguinhas dos filhos. E isso nem é uma 
proposta absurda, já que muitos pais ajudam os 
filhos nos trabalhos escolares, e não deixa de 
ser um passeio interessante, além de promover 
a integração entre pais e alunos, escolas e 
comunidade.
Técnicas de Educação Ambiental
• Estas três técnicas de educação ambiental, 
divulgados pela CETESB na cartilha "Educação 
e Participação", podem ser de grande utilidade 
tanto dentro quanto fora da sala de aula, pois 
possibilitam o encontro do aluno com o meio em 
que vive, desenvolvendo sua postura de 
análise, reflexão, crítica e ação. Possibilita ainda 
o contato direto e o reconhecimento dos 
espaços físicos, bem como o encontro entre os 
que agem na mudança da sociedade e do meio 
natural.
• a. Estudo do meio
• Leva o aluno a estudar os diversos componen-
tes da natureza e da sociedade, tornando-o 
mais consciente da realidade em que se insere. 
Consiste numa técnica de colocar o aluno em 
contato progressivo com todos os elementos do 
ambiente em que vive e atua (escola, 
comunidade, meio físico etc.), através de 
passeios ecológicos.
• Objetivos:
• O aluno deverá ser capaz de entrar em contato 
com a realidade, através de seus múltiplos 
aspectos, de modo objetivo e ordenado. 
Conhecer o meio a fim de senti-lo, usá-lo e 
aproveitá-lo; reconhecer os aspectos negativos 
da sociedade, sem desenvolver rancores, 
porém de forma coerente, visando a superação 
dos males de forma construtiva.
• Planejamento:
• Deve ser realizado pelo professor com a partici-
pação dos alunos. É aconselhável um 
reconhecimento prévio do local a ser estudado. 
Com as informações e observações obtidas, os 
professores devem analisar as situações e 
escolher algumas para discuti-las com os alunos 
em função de cada disciplina. 
Para a coleta de dados tanto vale o relatório, 
quanto fotografias, entrevistas, consultas de 
arquivos etc. Os alunos devem atuar agrupados 
em equipes, cientes e preparados para as tarefas 
a serem cumpridas.
• Execução:
• Fazer a coleta de dados, elaborar o trabalho e 
tirar conclusões. Cada grupo redigirá um 
relatório referente à tarefa e se informará dos 
relatórios dos outros grupos, a fim de se obter 
uma visão global do meio estudado.
• Apresentação:
• Reunião para grupos exporem e discutirem seus 
relatórios, podendo-se usar diversas técnicas de 
apresentação: maquetes, slides, fotos, 
dramatização, painéis, jogral etc.
• b. Estudo de caso
• Leva o aluno a averiguar com aprofundamento 
uma situação particular que constitua principal 
ameaça ao meio a que pertence a comunidade 
e refletir sobre ela, a fim de contribuir para a 
solução. Por exemplo: indústria poluidora, fonte 
fixa de poluição, depredação ou destruição 
ambiental etc.
• Objetivos
• Conhecer melhor o meio através de contato 
com a realidade; descobrir aspectos particulares 
de um caso relevante na comunidade através 
de pesquisa e reflexão; servir de veículo de inte-
gração entre várias disciplinas, séries, escola, 
comunidade e meio.
• Metodologia:
• Reconhecimento do meio a ser trabalhado para 
seleção de caso; averiguação do campo e 
anotações; contatos necessários (entidades, 
pessoas pertinentes ao assunto); planejamento
global da aplicação técnica; elaboração de 
instrumentos para coleta de dados; execução do 
planejamento; análise dos dados coletados; 
apresentação dos resultados finais.
• Planejamento:
• Direcionamento de conteúdo; qual a questão 
fundamental do caso? O que será mais 
enfocado no estudo? Quais os problemas 
relacionados e ocasionados por ele? Como isto 
está afetando o meio? Quem são os principais 
prejudicados e beneficiados? Como se processa 
e se processou o problema e por quê? Quais as 
alterações ocorridas e que poderão ocorrer?
• c. Memória viva
• Resgate de imagens conservadas na memória, 
através do relato de pessoa idosa ou 
experiente, da comunidade, aos alunos. 
Possibilita voltar a sentir sensações de alegria e 
tristeza de fatos vividos. É conhecer, recriar, 
reconstruir e retratar fatos ocorridos no passado 
e, com visão crítica e de análise, associar as 
mudanças do meio no decorrer do tempo.
• Objetivo:
• Proporcionar ao aluno a possibilidade de, em 
contato com o antigo meio, utilizar o raciocínio 
abstrato e associar as mudanças do meio no 
decorrer do tempo.
• Procedimentos:
• As pessoas escolhidas para a entrevista com os 
alunos devem ter raízes antigas no bairro e 
apresentar tendência a conversar, ouvir, 
dialogar. 
• Ao entrevistado solicita-se; falar onde nasceu e 
como foi a infância; descrever a casa, escola, 
quintal, o trajeto da casa a escola, os 
professores e colegas, o sistema de ensino; o 
bairro como foi criado, o que era o local antes 
(sítio, fazenda, chácara etc.), como era a 
disposição das casas na rua, no bairro, os 
recursos que o bairro apresentava quanto às 
áreas de uso coletivo como jardins.
- e hoje, como está?; os hábitos alimentares; as 
festas religiosas e atividades culturais; as políticas 
e os políticos como eram e se haviam alguém que 
se interessava ou atuava em benefício do meio 
ambiente; qual a atividade econômica principal, 
quais os produtos agrícolas que existiam e quais 
perduram até hoje; a atividade industrial instalada 
no bairro e quais os benefícios e prejuízos que 
acarretaram no bairro, como barulho, fumaça, 
poluição etc.
• Apresentação:
• É interessante que a realização da Memória 
Viva seja feita em conjunto com os estudos de 
caso e de meio.
Educação ambiental não-formal
• Não-formal é aquela educação ambiental que 
não se limita à escola. Pode ser desenvolvida 
por autodidatas e através de projetos, como, por 
exemplo, a campanha Adote Uma Árvore ou a 
Gincana de Lixo. Deve buscar a integração 
escola-comunidade-governo-empresa, en-
volvendo a todos em seu processo educativo.
• O Congresso de Belgrado, promovido pela 
UNESCO, definiu que a educação ambiental 
não-formal visa formar "uma população que 
tenha os conhecimentos, as competências, o 
estado de espírito, as motivações e o sentido de 
participação e engajamento que lhe permitam 
trabalhar individual e coletivamente para 
resolver os problemas atuais e impedir que se 
repitam".
Como Fazer um Projeto de Educação 
Ambiental
• Há inúmeras formas diferentes para se elaborar 
um projeto, mas certos elementos são comuns 
como, por exemplo título, objetivos, meto-
dologia, recursos disponíveis e a conseguir, 
cronograma custos, referências. Este modelo 
para projetos foi baseado no formulário do 
Fundo Mundial Para a Natureza (WWF). 
• Entretanto não há um modelo universal para 
todos os casos. É preciso adaptar aos diferentes 
modelos de formulários a fim de obter 
patrocínio. Cada patrocinador costuma ter seu 
próprio modelo. Ligue antes e peça.
• a. CAPA
• Título: Dê um título ao projeto que já deixe claro 
o principal objetivo. Pode ser um título pequeno, 
uma ou duas palavras, com um subtítulo que 
identifique o objetivo a ser alcançado.
• Candidato(s): Estipule os nomes e endereços 
dos responsáveis pelo projeto. Forneça também 
o nome e endereço das instituições e se 
possível, o endereço e telefone para contato no 
campo.
• Endossamento institucional: Faça uma lista 
de organizações privadas e/ou governamentais 
que apóiam o projeto que está sendo enviado e 
acrescente cartas de apresentação.
• Período do projeto: Estipule as datas nas 
quais o financiamento será solicitado.
• Orçamento total: Dê o custo total do projeto. 
Caso o projeto seja de múltiplos anos, 
determine o custo global e o custo paracada 
ano.
• Resumo: o resumo deverá conter informações 
concisas sobre o requisitado na descrição do 
projeto.
• b. DESCRIÇÃO DO PROJETO
• Definição do problema ou assunto em 
questão:
• Faça uma definição concisa do problema ou 
assunto do projeto.
• Importância do projeto quanto ao tratamento do 
problema ou assunto em questão:
• O leitor deve sentir que o problema pode ser 
tratado com sucesso, num razoável período de 
tempo, com os recursos disponíveis e que o 
projeto fará uma diferença mensurável no 
sentido de resolver ou melhorar o problema.
• Objetivos
• Situe os objetivos do projeto.
• Método/Plano de Ação:
• Defina os métodos que serão usados durante o 
projeto. Faça também um cronograma 
indicando, antecipadamente, as datas para as 
ações do projeto. A metodologia deve descrever 
como os objetivos serão alcançados. Verifique 
se ficou clara a conexão entre os objetivos do 
seu projeto e os métodos propostos, evite 
redundâncias.
• c. CONTINUIDADE DO PROJETO
• Como os fundos são limitados, muitos doadores 
não estão interessados em financiar projetos 
que representem esforços isolados de 
conservação. Ao contrário, eles buscam projetos 
bem vinculados, com estratégias a longo prazo. 
E importante, portanto, demonstrar que haverá 
uma continuidade do projeto e que existe um 
compromisso verdadeiro entre a sua instituição a 
outros envolvidos na implementação de 
recomendações, planos, estratégias, materiais, 
etc., resultantes do projeto. Indique se você 
pretende participar da continuidade do projeto, ou 
quem será o novo encarregado (indivíduo ou insti-
tuição).
• d. RECURSOS HUMANOS
• Defina, de maneira breve, os antecedentes de 
cada indivíduo e que papel cada um deles 
desempenha nas diferentes fases do projeto. O 
curriculum vitae de cada indivíduo deve ser 
anexado ao projeto.
• e. ORÇAMENTO
• Certifique-se de que tenha feito uma lista com a 
quantia total necessária para o projeto. Forneça 
uma lista detalhada das despesas por 
categorias (ex.: recursos humanos, viagens, 
materiais de consumo, equipamentos, etc.).
• Pessoas ou instituição para quem o 
pagamento deve ser feito:
• Se o pagamento for enviado em forma de 
cheque, indique como o cheque pode ser 
enviado. Inclua também o endereço o telefone 
da pessoa a qual o pagamento será enviado.
• Caso o pagamento tenha que ser depositado 
numa conta, por telex, dê o nome, endereço e 
telefone do banco, pessoa de contato no Banco, 
nome e número da conta e nome da pessoa ou 
instituição que tem a conta.
• Plano de pagamento requisitado:
• Indique a melhor forma de pagamento, de 
acordo com a necessidade do projeto.
• f. REFERÊNCIAS
• Forneça nomes, endereços e telefones de 3 
pessoas competentes para rever sua proposta e 
suas qualificações para ser o responsável pelo 
projeto.
• g. APÊNDICES
- Curriculum vitae e lista de publicações do 
pessoal que participará do projeto.
- Relatório anual ou relatório de atividades e 
declaração de renda da instituição.
- Mapa da área do projeto.
- Carta de endosso de instituições locais, agências 
governamentais, apoio de autoridades 
internacionais bem conhecidas, etc.
- Descrição mais detalhada dos métodos.
Educação Ambiental na Empresa
• A educação ambiental feita por uma empresa 
deve se inserir numa política ambiental 
empresarial, que inclua não apenas projetos 
educacionais propriamente ditos, mas um 
compromisso com a gestão ambiental, controle 
de efluentes, etc. Depois, é preciso adotar a 
educação ambiental de forma sistêmica, ou 
seja, envolvendo toda a empresa e não apenas 
um de seus setores.
• Pois não adianta um setor para preservar e criar 
uma imagem de compromisso da empresa com 
o meio ambiente, se outros setores continuam 
contribuindo para a imagem de empresa 
poluidora. E finalmente, qualquer programa de 
educação ambiental deve estar baseado no 
desejo da empresa em se comunicar 
francamente com seus diversos públicos.
• Durante o período autoritário que vivemos no 
Brasil, muitas empresas adotaram o silêncio 
como estratégia para se protegerem de 
problemas. Hoje, com a abertura democrática, a 
omissão e a sonegação de informações é 
maneira mais rápida de estimular o boato e as 
notícias erradas, fonte de infortúnios para 
muitos empresários, obrigados a investir 
fortunas para recuperar depois a imagem da 
empresa, às vezes sem conseguir.
• Dito isso, um programa básico de educação 
ambiental na empresa deve levar em conta 
quatro públicos distintos, mas interligados, para 
os quais podem ser desenvolvidos projetos 
específicos, a serem executados um a um, na 
medida dos recursos disponíveis e do 
planejamento estratégico da empresa.
• O primeiro público-alvo são os próprios 
funcionários, compreendendo a Diretoria, o 
corpo técnico e os operários, com extensão aos 
prestadores de serviços. Esse público é o 
melhor multiplicador de opinião da empresa. É 
bom realizar seminários internos e campanhas 
de conscientização adequados a cada nível na 
empresa, engajando todos na nova 
responsabilidade com o meio ambiente.
• A implantação da coleta seletiva interna de lixo 
pode constituir numa boa ferramenta dessa 
nova mentalidade. Os resíduos podem ser 
trocados por cadernos para os filhos dos 
funcionários.
• A implantação da coleta seletiva interna de lixo 
pode constituir numa boa ferramenta dessa 
nova mentalidade. Os resíduos podem ser 
trocados por cadernos para os filhos dos 
funcionários.
• O segundo público-alvo da empresa é a 
comunidade vizinha. Ela é a primeira a ser 
ouvida pela imprensa e políticos quando 
acontece algum problema na empresa ou 
imediações. Não adianta adotar a política de 
"comprar" as lideranças da comunidade, pois 
em momento de crise, quando a imagem da 
empresa corre risco, estas lideranças tendem a 
ficar ao lado da comunidade, pois poderão ser 
substituídas por outras.
• O terceiro público-alvo é a chamada opinião 
pública, ou grande público, junto à qual a 
empresa deve manter uma imagem positiva, de 
credibilidade e prestígio. Aqui o melhor caminho, 
além de campanhas de publicidade na grande 
mídia, é a produção de notícias que interessem 
à imprensa como pauta jornalística.
• Isso requer uma política de relações públicas e 
comunicação que saiba identificar o que é 
notícia jornalística do que é release institucional 
no âmbito da empresa.
• E, por quarto e último, o público específico, 
compreendido pelos jornalistas e ecologistas, 
devido seu alto poder de influência junto a 
opinião pública e de multiplicação de infor-
mação. É um público crítico, desconfiado e 
exigente. O melhor antídoto para esta descon-
fiança é a verdade e a transparência.
• Um alerta. O fato de uma empresa decidir 
investir em sua imagem para adquirir 
credibilidade e querer cuidar do meio ambiente, 
não quer dizer que ela deixe de ser poluidora, 
muito menos que ela se livrará de seu passivo 
ambiental. Logo, não se pode esperar grandes 
progressos de um programa de educação 
ambiental da noite para o dia.
• Os resultados irão vindo aos poucos e poderão 
ser mais rápidos, se houver o engajamento dos 
setores da empresa como comunicação social, 
marketing, publicidade e propaganda, relações 
públicas.
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ambiental
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escolar
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Ambiental -
Col.prim.passos - Reigota, 
Marcos- Brasiliense
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