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Educação Ambiental A educação ambiental pode ser entendida com toda ação educativa que contribui para a formação de cidadãos conscientes da preservação do meio ambiente e aptos a tomar decisões coletivas sobre questões ambientais necessárias para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável. Este curso é direcionado a todas as pessoas interessadas no tema do meio ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Introdução • A educação ambiental (EA) vem sendo incorporada como uma prática inovadora em diferentes âmbitos. Neste sentido, destaca-se tanto a sua internalização como objeto de políticas públicas de educação e de meio ambiente em âmbito nacional, quanto sua incorporação num âmbito mais capilarizado, como mediação educativa, por um amplo conjunto de práticas de desenvolvimento social. • Esse é o caso, por exemplo, do diversificado rol de atividades e projetos de desenvolvimento impulsionados pelas atividades de extensão em resposta às novas demandas geradas pela transição ambiental do meio rural. • Este processo de mudanças no mundo rural, que tende a gerar novas práticas sociais e culturais em que se verifica a assimilação de um ideário de valores ambientais, pode ser observado, por exemplo, no crescente interesse pela produção agroecológica, na busca por medicinas alternativas e fitoterápicas, no ecoturismo e no turismo rural. Práticas estas que estão muitas vezes associadas a ações de EA, tanto na sua difusão como na valorização da paisagem socioambiental no campo. • Uma vez identificada a entrada da EA como parte dos processos de transição ambiental e suas inúmeras interfaces com diferentes campos de ação da extensão rural, cabe abrir um debate sobre as modalidades desta prática educativa, suas orientações pedagógicas e suas consequências como mediação apropriada para o projeto de mudança social e ambiental no qual esta vem sendo acionada. Os Princípios Básicos das Educação Ambiental • A Educação ambiental tem como princípios básicos considerar o meio ambiente em sua totalidade, ou seja, em seus aspectos naturais e criados pelo homem, tecnológicos, sociais, econômico, político, técnico, histórico-cultural, moral e estético. • Construir um processo contínuo e permanente, começando pelo pré-escolar, e continuando através de todas as fases do ensino formal e não-formal; aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o conteúdo específico de cada disciplina, de modo que se adquira uma perspectiva global e equilibrada. • Examinar as principais questões ambientais, do ponto de vista do local, regional, nacional e internacional, de modo que os educandos se identifiquem com as condições ambientais de outras regiões geográficas; concentrar-se nas situações ambientais atuais, tendo em conta também a perspectiva histórica. • Insistir no valor e na necessidade da cooperação local, nacional e internacional para prevenir e resolver problemas ambientais; considerar de maneira explícita, os aspectos ambientais nos planos de desenvolvimento e de crescimento. • Ajudar a descobrir os sintomas e as causas reais dos problemas ambientais; destacar a complexidade dos problemas ambientais (sócio ambientais) e, em consequência, a necessidade de desenvolver o senso crítico e as habilidades necessárias para resolver problemas; utilizar diversos ambientes educativos e uma ampla gama de métodos para comunicar e adquirir conhecimento sobre o meio ambiente, acentuando devidamente as atividades práticas e as experiências. Correntes pedagógicas e a educação ambiental • Várias correntes pedagógicas antes das EAs se preocuparam em contextualizar os sujeitos no seu entorno histórico, social e natural. Trabalhos de campo, estudos do meio, temas geradores, aulas ao ar livre, não são atividades inéditas na educação. Estes recursos educativos, tomados cada um por si, não são estranhos às metodologias consagradas na educação como aquelas inspiradas em Paulo Freire e Piaget, entre outras. • Assim, qual seria o diferencial da educação ambiental? O que ela traz de novo que justifique identificá-la como uma nova prática educativa? • Pode-se dizer, numa primeira consideração, que o novo de uma EA realmente transformadora, ou seja, daquela EA que vá além da reedição pura e simples daquelas práticas já utilizadas tradicionalmente na educação, tem a ver com o modo como esta EA revisita esse conjunto de atividades pedagógicas, reatualizando-as dentro de um novo horizonte epistemológico. • O ambiental é pensado como sistema complexo de relações e interações da base natural e social e, sobretudo, definido pelos modos de sua apropriação pelos diversos grupos, populações e interesses sociais, políticos e culturais que aí se estabelecem. • O foco de uma educação dentro do novo paradigma ambiental, portanto, tenderia a compreender, para além de um ecossistema natural, um espaço de relações socioambientais historicamente configurado e dinamicamente movido pelas tensões e conflitos sociais. • De todo modo, a construção de um nexo entre educação e meio ambiente, capaz de gerar um campo conceitual teórico-metodológico que abrigue diferentes propostas de EAs, só pode ser entendida à luz do contexto histórico que o torna possível. • Afinal, não se podem compreender as práticas educativas como realidades autônomas, pois elas só fazem sentido a partir dos modos como se associam aos cenários sociais e históricos mais amplos constituindo-se em projetos pedagógicos políticos datados e intencionados. O papel da escola na educação ambiental • Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, sobressaem-se as escolas, como espaços privilegiados na implementação de atividades que propiciem essa reflexão, pois isso necessita de atividades de sala de aula e atividades de campo, com ações orientadas em projetos e em processos de participação que levem à autoconfiança, a atitudes positivas. • Ressaltado que as gerações que forem assim formadas crescerão dentro de um novo modelo de educação criando novas visões do que é o planeta Terra. Entretanto, não raramente a escola atua como mantenedora e reprodutora de uma cultura que é predatória ao ambiente, ou se limita a ser somente uma repassadora de informações. • Nesse caso, as reflexões que dão início a implementação da Educação Ambiental devem contemplar aspectos que não apenas possam gerar alternativas para a superação desse quadro, mas que o invertam, de modo a produzir conseqüências benéficas, favorecendo a paulatina compreensão global da fundamental importância de todas as formas de vida coexistentes em nosso planeta. • Dentro da escola devem ser encontrados meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. • É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável. • A escola dentro da Educação Ambiental deve sensibilizar o aluno a buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando-o a analisar criticamente os princípios que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies. • Tendo a clareza de que a natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital. Que as demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além disso, amanutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa sobrevivência. • E, principalmente, que é necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos recursos naturais. • Esse processo de sensibilização da comunidade escolar pode fomentar iniciativas que transcendam o ambiente escolar, atingindo tanto o bairro no qual a escola está inserida como comunidades mais afastadas nas quais residam alunos, professores e funcionários. Educação ambiental formal • Compreendemos a chamada Educação Ambiental Formal, como aquela educação sobre conceitos ambientais aplicados em sala de aula, através do currículo. Deve ser multi- disciplinar, evitando concentrar o ensino sobre meio ambiente na cadeira de Ciências, a fim de não reforçar os aspectos físicos da questão, em detrimento dos demais aspectos sócio- econômicos, políticos, éticos, etc., pois a Educação Ambiental é ensino para a cidadania. • 1. Princípios Básicos • O educador ambiental deve procurar colocar os alunos em situações que sejam formadoras, como por exemplo, diante de uma agressão ambiental ou de um bom exemplo de preservação ou conservação ambiental, apresentando os meios de compreensão do meio ambiente. Em termos ambientais isso não constitui dificul- dades, uma vez que o meio ambiente está em toda a nossa volta. Dissociada dessa realidade, a educação ambiental não teria razão de ser. Entretanto, mais importante que dominar informações sobre um rio ou ecossistema da região é usar o meio ambiente local como mo- tivador, para que o aluno seja levado a compreender conceitos como, por exemplo: • Visão física: Nada vive isolado na natureza. Tudo está inter-relacionado. Assim como influenciamos no meio, somos influenciados por ele. Um ser depende do outro para sobreviver. Não existem seres mais ou menos importantes para o conjunto da vida no planeta. A única coisa importante é a rede de relações que todos os seres vivos mantém entre si e com o meio em que vivem. Rompida esta "teia", ou diminuída em sua capacidade, a vida corre perigo. • Visão cultural: O meio ambiente não é constituído apenas pelo mundo natural, onde vivem as plantas e os animais, mas também pelo mundo construído pelo ser humano, suas cidades, as zonas rurais e urbanas. Estes dois mundos relacionam-se e influenciam-se re- ciprocamente. Somos resultado dessas duas evoluções, a natural e a cultural. • Visão político-econômica: O poder não está distribuído de maneira igual por toda a humanidade, sendo diferente, portanto, a distribuição das responsabilidades de cada um pela destruição do planeta e pela construção de um mundo melhor. Cada cidadão pode e deve fazer a sua parte, mas os empresários, políticos, administradores públicos, etc., têm uma responsabilidade muito maior. • Atrás de cada agressão à natureza estão interesses sócio-econômicos e culturais de nossa espécie, que usa o planeta como se fosse uma fonte inesgotável de recursos. As relações entre a espécie humana e a natureza estão em desequilíbrio por que refletem a injustiça e desarmonia das relações entre os indivíduos de nossa própria espécie. • Visão ética: A mudança para uma relação mais harmônica e menos predatória e poluidora com o planeta e as outras espécies depende de todos, mas especialmente começa em cada um de nós, individualmente, através de dois movimentos distintos: • Um para dentro de nós mesmos e de nossa família, com adoção de novos hábitos, comportamentos, atitudes e valores; e outro para a sociedade em torno de nós, buscando a união com outros cidadãos para influir em políticas públicas e empresariais que levem em conta o planeta, a qualidade de vida, a justiça social. • Logo, por mais que o ensino para o meio ambiente mude de lugar para lugar, em função das diferentes realidades, alguns princípios estão presentes praticamente em todas as situações, tais como: • Defina palavras e conceitos • Defender a natureza, a flora e a floresta, o meio ambiente, a ecologia. Preservar os ecossistemas e os habitats, combater a depre- dação dos recursos naturais, a poluição de ma- nanciais e do lençol freático. São palavras e conceitos que se tornaram comuns hoje em dia, mas afinal, do que se trata? É preciso definir o que se está falando, tomando o cuidado de não cair num tecnicismo que distancie o aluno da ação transformadora que ele precisa empreender como cidadão de seu tempo. • Mostre a importância • Por mais sério que seja, ninguém consegue ter a sensação de importância por uma coisa abstrata, fora de sua realidade. Antes de se importar com a sobrevivência das outras espé- cies, o aluno precisa estar consciente de sua própria importância, sua capacidade de interferir no meio ambiente e de agir como cidadão. Afinal, como respeitar espécies consideradas inferiores se o aluno percebe que não há respeito entre os indivíduos de sua própria espécie? • Estimule a reflexão • A cada ação deve corresponder uma reflexão, pois não é possível pretender transformar o mundo ou criar uma relação mais harmônica com a natureza ou os outros indivíduos de nossa própria espécie baseando-se apenas no academicismo, onde se acumula um volume imenso de conhecimentos e informações sem que isso reverta em melhoria das condições de vida • Estimule a participação • Uma vez que o aluno já domina um mínimo de conhecimentos sobre palavras e conceitos e está consciente sobre a importância de seu pa- pel como agente transformador o próximo passo é a participação. • É no enfrentamento dos problemas de seu cotidiano que o aluno se formará como cidadão. Além disso, o jovem não precisa chegar à maioridade ou ter um diploma técnico para só então defender seus direitos a um meio ambiente preservado, pois cada omissão equivale à destruição de mais e mais recursos naturais, de mais e mais poluição. A mudança deve começar já, inicialmente através de novas atitudes e comportamentos, mas logo a seguir procurando engajar-se nas ações da sociedade em defesa do meio ambiente e da qualidade de vida. Para estimular os alunos, uma boa técnica é estabelecer parceiras com os grupos ecológicos comunitários do lugar, convidando-os para se integrarem ao trabalho na escola. • Interesse-se a descobrir coisas novas • Um diploma de conclusão de curso não significa o domínio total de um conhecimento. A gente continua aprendendo sempre. Interesse seus alunos pelos estudos da natureza, lendo com eles notícias recentes de jornais e revistas, comentando a última programação sobre ecologia na televisão. Estimule cantinhos da natureza na sala de aula, museus naturais, álbum de recortes, leituras coletivas de materiais etc. • Faça junto com eles • O exemplo vale mais do que mil palavras. Os alunos são bastante impressionáveis diante da figura do professor. Ver o professor falar, falar, mas não agir conforme o que fala é desestimu- lante para os alunos e, ao mesmo tempo, um apelo ao não-agir, considerar o ensino para o meio ambiente como mais uma disciplina aborrecida que deve ser estudada apenas para tirar uma boa nota. Aproveite a oportunidade e engaje-se com seus alunos na tarefa de se construir as novas relações com o planeta, afinal, essa é uma tarefa de cidadania, muito mais que um compromisso de trabalho. • Saia da sala de aula • O meio ambiente da sala de aula não é o mais adequado para ensinar sobre o mundo que está lá fora. Sair da sala de aula, entretanto, traz inúmeros problemas quando se dispõe de apenas 45 minutos para uma aula. Uma das soluções pode ser mutirão pedagógico com co- legas de outras disciplinas, o que reforçao caráter interdiciplinar do ensino para o meio ambiente. • Outra possibilidade é sugerir aos pais dos alunos que façam incursões em finais de semanas ou feriados para realizar estudos do meio ou investigar e fotografar um problema ambiental, levando no carro dois, três ou mais coleguinhas dos filhos. E isso nem é uma proposta absurda, já que muitos pais ajudam os filhos nos trabalhos escolares, e não deixa de ser um passeio interessante, além de promover a integração entre pais e alunos, escolas e comunidade. Técnicas de Educação Ambiental • Estas três técnicas de educação ambiental, divulgados pela CETESB na cartilha "Educação e Participação", podem ser de grande utilidade tanto dentro quanto fora da sala de aula, pois possibilitam o encontro do aluno com o meio em que vive, desenvolvendo sua postura de análise, reflexão, crítica e ação. Possibilita ainda o contato direto e o reconhecimento dos espaços físicos, bem como o encontro entre os que agem na mudança da sociedade e do meio natural. • a. Estudo do meio • Leva o aluno a estudar os diversos componen- tes da natureza e da sociedade, tornando-o mais consciente da realidade em que se insere. Consiste numa técnica de colocar o aluno em contato progressivo com todos os elementos do ambiente em que vive e atua (escola, comunidade, meio físico etc.), através de passeios ecológicos. • Objetivos: • O aluno deverá ser capaz de entrar em contato com a realidade, através de seus múltiplos aspectos, de modo objetivo e ordenado. Conhecer o meio a fim de senti-lo, usá-lo e aproveitá-lo; reconhecer os aspectos negativos da sociedade, sem desenvolver rancores, porém de forma coerente, visando a superação dos males de forma construtiva. • Planejamento: • Deve ser realizado pelo professor com a partici- pação dos alunos. É aconselhável um reconhecimento prévio do local a ser estudado. Com as informações e observações obtidas, os professores devem analisar as situações e escolher algumas para discuti-las com os alunos em função de cada disciplina. Para a coleta de dados tanto vale o relatório, quanto fotografias, entrevistas, consultas de arquivos etc. Os alunos devem atuar agrupados em equipes, cientes e preparados para as tarefas a serem cumpridas. • Execução: • Fazer a coleta de dados, elaborar o trabalho e tirar conclusões. Cada grupo redigirá um relatório referente à tarefa e se informará dos relatórios dos outros grupos, a fim de se obter uma visão global do meio estudado. • Apresentação: • Reunião para grupos exporem e discutirem seus relatórios, podendo-se usar diversas técnicas de apresentação: maquetes, slides, fotos, dramatização, painéis, jogral etc. • b. Estudo de caso • Leva o aluno a averiguar com aprofundamento uma situação particular que constitua principal ameaça ao meio a que pertence a comunidade e refletir sobre ela, a fim de contribuir para a solução. Por exemplo: indústria poluidora, fonte fixa de poluição, depredação ou destruição ambiental etc. • Objetivos • Conhecer melhor o meio através de contato com a realidade; descobrir aspectos particulares de um caso relevante na comunidade através de pesquisa e reflexão; servir de veículo de inte- gração entre várias disciplinas, séries, escola, comunidade e meio. • Metodologia: • Reconhecimento do meio a ser trabalhado para seleção de caso; averiguação do campo e anotações; contatos necessários (entidades, pessoas pertinentes ao assunto); planejamento global da aplicação técnica; elaboração de instrumentos para coleta de dados; execução do planejamento; análise dos dados coletados; apresentação dos resultados finais. • Planejamento: • Direcionamento de conteúdo; qual a questão fundamental do caso? O que será mais enfocado no estudo? Quais os problemas relacionados e ocasionados por ele? Como isto está afetando o meio? Quem são os principais prejudicados e beneficiados? Como se processa e se processou o problema e por quê? Quais as alterações ocorridas e que poderão ocorrer? • c. Memória viva • Resgate de imagens conservadas na memória, através do relato de pessoa idosa ou experiente, da comunidade, aos alunos. Possibilita voltar a sentir sensações de alegria e tristeza de fatos vividos. É conhecer, recriar, reconstruir e retratar fatos ocorridos no passado e, com visão crítica e de análise, associar as mudanças do meio no decorrer do tempo. • Objetivo: • Proporcionar ao aluno a possibilidade de, em contato com o antigo meio, utilizar o raciocínio abstrato e associar as mudanças do meio no decorrer do tempo. • Procedimentos: • As pessoas escolhidas para a entrevista com os alunos devem ter raízes antigas no bairro e apresentar tendência a conversar, ouvir, dialogar. • Ao entrevistado solicita-se; falar onde nasceu e como foi a infância; descrever a casa, escola, quintal, o trajeto da casa a escola, os professores e colegas, o sistema de ensino; o bairro como foi criado, o que era o local antes (sítio, fazenda, chácara etc.), como era a disposição das casas na rua, no bairro, os recursos que o bairro apresentava quanto às áreas de uso coletivo como jardins. - e hoje, como está?; os hábitos alimentares; as festas religiosas e atividades culturais; as políticas e os políticos como eram e se haviam alguém que se interessava ou atuava em benefício do meio ambiente; qual a atividade econômica principal, quais os produtos agrícolas que existiam e quais perduram até hoje; a atividade industrial instalada no bairro e quais os benefícios e prejuízos que acarretaram no bairro, como barulho, fumaça, poluição etc. • Apresentação: • É interessante que a realização da Memória Viva seja feita em conjunto com os estudos de caso e de meio. Educação ambiental não-formal • Não-formal é aquela educação ambiental que não se limita à escola. Pode ser desenvolvida por autodidatas e através de projetos, como, por exemplo, a campanha Adote Uma Árvore ou a Gincana de Lixo. Deve buscar a integração escola-comunidade-governo-empresa, en- volvendo a todos em seu processo educativo. • O Congresso de Belgrado, promovido pela UNESCO, definiu que a educação ambiental não-formal visa formar "uma população que tenha os conhecimentos, as competências, o estado de espírito, as motivações e o sentido de participação e engajamento que lhe permitam trabalhar individual e coletivamente para resolver os problemas atuais e impedir que se repitam". Como Fazer um Projeto de Educação Ambiental • Há inúmeras formas diferentes para se elaborar um projeto, mas certos elementos são comuns como, por exemplo título, objetivos, meto- dologia, recursos disponíveis e a conseguir, cronograma custos, referências. Este modelo para projetos foi baseado no formulário do Fundo Mundial Para a Natureza (WWF). • Entretanto não há um modelo universal para todos os casos. É preciso adaptar aos diferentes modelos de formulários a fim de obter patrocínio. Cada patrocinador costuma ter seu próprio modelo. Ligue antes e peça. • a. CAPA • Título: Dê um título ao projeto que já deixe claro o principal objetivo. Pode ser um título pequeno, uma ou duas palavras, com um subtítulo que identifique o objetivo a ser alcançado. • Candidato(s): Estipule os nomes e endereços dos responsáveis pelo projeto. Forneça também o nome e endereço das instituições e se possível, o endereço e telefone para contato no campo. • Endossamento institucional: Faça uma lista de organizações privadas e/ou governamentais que apóiam o projeto que está sendo enviado e acrescente cartas de apresentação. • Período do projeto: Estipule as datas nas quais o financiamento será solicitado. • Orçamento total: Dê o custo total do projeto. Caso o projeto seja de múltiplos anos, determine o custo global e o custo paracada ano. • Resumo: o resumo deverá conter informações concisas sobre o requisitado na descrição do projeto. • b. DESCRIÇÃO DO PROJETO • Definição do problema ou assunto em questão: • Faça uma definição concisa do problema ou assunto do projeto. • Importância do projeto quanto ao tratamento do problema ou assunto em questão: • O leitor deve sentir que o problema pode ser tratado com sucesso, num razoável período de tempo, com os recursos disponíveis e que o projeto fará uma diferença mensurável no sentido de resolver ou melhorar o problema. • Objetivos • Situe os objetivos do projeto. • Método/Plano de Ação: • Defina os métodos que serão usados durante o projeto. Faça também um cronograma indicando, antecipadamente, as datas para as ações do projeto. A metodologia deve descrever como os objetivos serão alcançados. Verifique se ficou clara a conexão entre os objetivos do seu projeto e os métodos propostos, evite redundâncias. • c. CONTINUIDADE DO PROJETO • Como os fundos são limitados, muitos doadores não estão interessados em financiar projetos que representem esforços isolados de conservação. Ao contrário, eles buscam projetos bem vinculados, com estratégias a longo prazo. E importante, portanto, demonstrar que haverá uma continuidade do projeto e que existe um compromisso verdadeiro entre a sua instituição a outros envolvidos na implementação de recomendações, planos, estratégias, materiais, etc., resultantes do projeto. Indique se você pretende participar da continuidade do projeto, ou quem será o novo encarregado (indivíduo ou insti- tuição). • d. RECURSOS HUMANOS • Defina, de maneira breve, os antecedentes de cada indivíduo e que papel cada um deles desempenha nas diferentes fases do projeto. O curriculum vitae de cada indivíduo deve ser anexado ao projeto. • e. ORÇAMENTO • Certifique-se de que tenha feito uma lista com a quantia total necessária para o projeto. Forneça uma lista detalhada das despesas por categorias (ex.: recursos humanos, viagens, materiais de consumo, equipamentos, etc.). • Pessoas ou instituição para quem o pagamento deve ser feito: • Se o pagamento for enviado em forma de cheque, indique como o cheque pode ser enviado. Inclua também o endereço o telefone da pessoa a qual o pagamento será enviado. • Caso o pagamento tenha que ser depositado numa conta, por telex, dê o nome, endereço e telefone do banco, pessoa de contato no Banco, nome e número da conta e nome da pessoa ou instituição que tem a conta. • Plano de pagamento requisitado: • Indique a melhor forma de pagamento, de acordo com a necessidade do projeto. • f. REFERÊNCIAS • Forneça nomes, endereços e telefones de 3 pessoas competentes para rever sua proposta e suas qualificações para ser o responsável pelo projeto. • g. APÊNDICES - Curriculum vitae e lista de publicações do pessoal que participará do projeto. - Relatório anual ou relatório de atividades e declaração de renda da instituição. - Mapa da área do projeto. - Carta de endosso de instituições locais, agências governamentais, apoio de autoridades internacionais bem conhecidas, etc. - Descrição mais detalhada dos métodos. Educação Ambiental na Empresa • A educação ambiental feita por uma empresa deve se inserir numa política ambiental empresarial, que inclua não apenas projetos educacionais propriamente ditos, mas um compromisso com a gestão ambiental, controle de efluentes, etc. Depois, é preciso adotar a educação ambiental de forma sistêmica, ou seja, envolvendo toda a empresa e não apenas um de seus setores. • Pois não adianta um setor para preservar e criar uma imagem de compromisso da empresa com o meio ambiente, se outros setores continuam contribuindo para a imagem de empresa poluidora. E finalmente, qualquer programa de educação ambiental deve estar baseado no desejo da empresa em se comunicar francamente com seus diversos públicos. • Durante o período autoritário que vivemos no Brasil, muitas empresas adotaram o silêncio como estratégia para se protegerem de problemas. Hoje, com a abertura democrática, a omissão e a sonegação de informações é maneira mais rápida de estimular o boato e as notícias erradas, fonte de infortúnios para muitos empresários, obrigados a investir fortunas para recuperar depois a imagem da empresa, às vezes sem conseguir. • Dito isso, um programa básico de educação ambiental na empresa deve levar em conta quatro públicos distintos, mas interligados, para os quais podem ser desenvolvidos projetos específicos, a serem executados um a um, na medida dos recursos disponíveis e do planejamento estratégico da empresa. • O primeiro público-alvo são os próprios funcionários, compreendendo a Diretoria, o corpo técnico e os operários, com extensão aos prestadores de serviços. Esse público é o melhor multiplicador de opinião da empresa. É bom realizar seminários internos e campanhas de conscientização adequados a cada nível na empresa, engajando todos na nova responsabilidade com o meio ambiente. • A implantação da coleta seletiva interna de lixo pode constituir numa boa ferramenta dessa nova mentalidade. Os resíduos podem ser trocados por cadernos para os filhos dos funcionários. • A implantação da coleta seletiva interna de lixo pode constituir numa boa ferramenta dessa nova mentalidade. Os resíduos podem ser trocados por cadernos para os filhos dos funcionários. • O segundo público-alvo da empresa é a comunidade vizinha. Ela é a primeira a ser ouvida pela imprensa e políticos quando acontece algum problema na empresa ou imediações. Não adianta adotar a política de "comprar" as lideranças da comunidade, pois em momento de crise, quando a imagem da empresa corre risco, estas lideranças tendem a ficar ao lado da comunidade, pois poderão ser substituídas por outras. • O terceiro público-alvo é a chamada opinião pública, ou grande público, junto à qual a empresa deve manter uma imagem positiva, de credibilidade e prestígio. Aqui o melhor caminho, além de campanhas de publicidade na grande mídia, é a produção de notícias que interessem à imprensa como pauta jornalística. • Isso requer uma política de relações públicas e comunicação que saiba identificar o que é notícia jornalística do que é release institucional no âmbito da empresa. • E, por quarto e último, o público específico, compreendido pelos jornalistas e ecologistas, devido seu alto poder de influência junto a opinião pública e de multiplicação de infor- mação. É um público crítico, desconfiado e exigente. O melhor antídoto para esta descon- fiança é a verdade e a transparência. • Um alerta. O fato de uma empresa decidir investir em sua imagem para adquirir credibilidade e querer cuidar do meio ambiente, não quer dizer que ela deixe de ser poluidora, muito menos que ela se livrará de seu passivo ambiental. Logo, não se pode esperar grandes progressos de um programa de educação ambiental da noite para o dia. • Os resultados irão vindo aos poucos e poderão ser mais rápidos, se houver o engajamento dos setores da empresa como comunicação social, marketing, publicidade e propaganda, relações públicas. Vídeos Recomendados • Clique AQUI: Educação Ambiental Uma viagem pela história • Clique AQUI: 5 ações que você pode fazer - Educação Ambiental https://www.youtube.com/watch?v=GUv_q66aONA https://www.youtube.com/watch?v=Lfqv62K-Bxs • Clique AQUI: Caminhos da escola - educação ambiental • Clique AQUI: Educação ambiental no âmbito escolar https://www.youtube.com/watch?v=RDaxOSKzULk https://www.youtube.com/watch?v=Aay9MoIzfuM Leituras Recomendadas • O que É Educação Ambiental - Col.prim.passos - Reigota, Marcos- Brasiliense • Meio Ambiente - Lixo e Educação Ambiental- Jerônimo, Tânia Andrade Valdith- EditoraGrafset
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