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OS BIOMAS BRASILEIROS E A DEFESA DA VIDA DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO SARAH AMADO RIBEIRO Goiânia-GO Kelps, 2017 Copyright © 2017 by Diego Tarley Ferreira Nascimento, Sarah Amado Ribeiro Editora Kelps Rua 19 nº 100 — St. Marechal Rondon - CEP 74.560-460 — Goiânia — GO Fone: (62) 3211-1616 / Fax: (62) 3211-1075 E-mail: kelps@kelps.com.br / homepage: www.kelps.com.br Diagramação: Marcos Digues www.diguesdiagramacao.com.br Direitos autorais da imagem da capa: CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL (CNBB), com autorização para utilização mediante divulgação da Campanha da Fraternidade de 2017 DIREITOS RESERVADOS É proibida a reprodução total ou parcial da obra, de qualquer forma ou por qualquer meio, sem a autorização prévia e por escrito do autor. A violação dos Direitos Autorais (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal. Impresso no Brasil Printed in Brazil 2017 NAS Nascimento, Diego Tarley Ferreira. bio Os biomas brasileiros e a defesa da vida. - Diego Tarley Ferreira Nascimento, Sarah Amado Ribeiro. - Goiânia: Kelps, 2017 46 p.il. ISBN:978-85-400-2256-0 1. Biomas. 2. Ambiente. 3. Brasileiro. 4. Biologia. I. Ribeiro, Sarah Amado. II. Título. CDU:574/57(81) CIP - Brasil - Catalogação na Fonte BIBLIOTECA PÚBLICA ESTADUAL PIO VARGAS Índice para catálogo sistemático: CDU:574/57(81) 5 SUMÁRIO SOBRE OS AUTORES .....................................................................6 APRESENTAÇÃO .............................................................................7 A EXTENSÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ...................................9 INTRODUÇÃO .................................................................................. 11 AMAZÔNIA ....................................................................................... 13 CAATINGA ........................................................................................ 19 CERRADO ........................................................................................ 24 MATA ATLÂNTICA ........................................................................ 29 PANTANAL ...................................................................................... 33 PAMPAS ............................................................................................ 37 OS BIOMAS E A DEFESA DA VIDA .......................................42 REFERÊNCIAS ................................................................................44 6 SOBRE OS AUTORES DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO Possui Graduação (2009), Mestrado (2011) e Doutorado (2016) em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atualmente é professor da Pontifícia Uni- versidade Católica de Goiás (PUC-GO) e da Universidade Estadual de Goiás (UEG – Campus Iporá), atuando na graduação e pós-graduação na área de Geociências, com ênfase em Climatologia, Cartografia, Geo- processamento e Sensoriamento Remoto. SARAH AMADO RIBEIRO Possui Graduação em Ciências Biológicas (2013) e Mestrado em Ciências Ambientais e Saúde (2015) pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Atualmente é professora mesma instituição e é membro integrante do Programa Socioambiental e de Economia Solidária (PROSA). 7 APRESENTAÇÃO Em 2016 o Papa Francisco chamou a atenção do mundo por meio da encíclica “Laudato si” – sobre os cuidados com a Casa Comum, alertando sobre o tratamento que o homem tem dado ao planeta terra. Reportou-se ao livro do Gênesis para lembrar a todos que a concepção de mundo criada por Deus é a de que todos os seres viventes devem compartilhar o espaço em perfeita harmonia, para servir e ser servido. A ressonância da mensagem do Papa foi tratada no ano de 2017 de forma pontual durante a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com o lançamento da Campanha da Fraterni- dade (CF) que tem como tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação”, descrito no livro de Gênesis (2,15). Pela sua posição geográfica e constituição dos seus recursos naturais, os biomas brasileiros nos remetem a concepção do Jar- dim do Éden, cercado por rios caudalosos, solos férteis e um cli- ma onde tudo que se planta, cresce e frutifica na sua plenitude. Os seus recursos naturais interagem em um sistema compartilhado de alta mantença, que contribui para manutenção da megadiver- sidade biológica guardada no território brasileiro. A biodiversidade dos biomas brasileiros contribuiu para diversidade cultural brasileira, onde os mitos e ritos têm suas es- sências na natureza. Portanto, o chamamento para a preservação requer a valorização e o respeito pelos povos originários e as cul- turas tradicionais, como âncora de sustentação para o processo educativa, onde devemos conhecer para preservar. O lema “cultivar e guardar a criação” não vem como uma 8 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO negação ao desenvolvimento, mas sim como uma alerta sobre o modelo econômico e os métodos que ora estão sendo empregados em diversas regiões do Brasil. Cultivar a terra de forma harmo- niosa e sustentável permite aos seres vivos uma oportunidade de interação e sobrevivência, assim como para os povos um ambiente sadio e de partilha igualitária. A preocupação em conhecer, educar e preservar os biomas brasileiros requer o envolvimento de todos. A oportunidade do tema e a proposta da obra, principalmente com o viés para educa- ção ambiental, são relevantes para despertar o interesse pela leitu- ra. Os autores tiveram a sensibilidade e o capricho em desenvolver um conteúdo consistente e didático, que, com certeza, irá atingir um público bem abrangente, que estará munido de um material que estimulará o debate e fomentará a tomada de medidas urgen- tes para amenizar, corrigir e frear o processo de degradação dos biomas brasileiros. PROF. ME. ROBERTO MALHEIROS Prof. Adjunto I da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) 9 A EXTENSÃO NA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS A Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) tem como objetivo e finalidade ser uma comunidade acadêmi- ca que, de um modo rigoroso e crítico, contribui para a defesa e desenvolvimento da dignidade humana e para a herança cultural mediante as atividades de pesquisa, ensino, extensão e os diversos serviços prestados às comunidades locais, regionais, nacionais e internacionais, envidando todo esforço acadêmico-científico-tec- nológico (PUC-GOIÁS, 2015). As atividades de extensão na PUC-GO são coordenadas pela Pró-Reitoria de Extensão e Apoio Estudantil (PROEX), res- ponsável pela coordenação, supervisão e execução das políticas institucionais de extensão cultural e pelas atividades relacionadas com a comunidade estudantil. Uma das unidades acadêmico-administrativas da PROEX é a Coordenação de Extensão (CDEX), pela qual estão vincula- dos os Programas Institucionais de Extensão e seus Projetos Per- manentes, os quais caracterizam-se pelo enraizamento na área acadêmica, pela interdisciplinaridade, pela relação com o ensino, pesquisa e estágio curricular e por suas áreas temáticas: direitos humanos; educação; meio ambiente e economia solidária, geron- tologia, gênero, etnia, saúde coletiva e trabalho. No que diz respeito às questões ambientais, enfatiza-se o Programa Socioambiental e de Economia Solidaria (PROSA), que possui o objetivo de promover o diálogo e proporcionar práticas nas áreas socioambiental, de planejamento urbano-ambiental e de economia solidária, que perpassem as dez Escolas da PUC-GO e 10 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO que atendam as demandas da comunidade externa, especialmente no que diz respeito à produção e divulgação de conhecimento e de políticas públicas, ao desenvolvimento da cidadania plena e à conscientização ambiental (PUC-GOIÁS, 2017). Para atender a demanda da sociedade, o PROSA atua em três eixosde trabalho: 1) Questões socioambientais, o qual desen- volve atividades que promovam a conscientização da preservação e conservação ambiental, do uso eficiente dos recursos naturais e da melhoria da qualidade de vida da população, por intermédio de práticas formais e não-formais da educação ambiental; 2) Pla- nejamento urbano e ambiental, que realiza o estudo do uso e ocu- pação do meio ambiente pela sociedade; e 3) Economia Solidária, que trabalha no sentido de incentivar e orientar as estratégias para o desenvolvimento integral do indivíduo, a partir de sua coletivi- dade, nas dimensões econômicas, culturais e políticas. Esse material é fruto da preocupação que o PROSA possui com relação à produção e divulgação de conhecimento e cons- cientização ambiental para a comunidade interna e externa à PU- C-GO. Profa. Me. Helaine da Mota Resplandes Coordenadora do Programa Socioambiental e de Economia Solidaria (PROSA) 11 INTRODUÇÃO Na presente publicação apresentaremos um breve panora- ma a respeito dos biomas brasileiros, sua localização, extensão, formação, características físicas, dados sobre a biodiversidade (fauna e flora) e o estado de conservação, com o propósito de des- tacar a importância dos mesmos para a vida do planeta e para o povo brasileiro. Desta forma, temos como objetivo, proporcionar um material que contenha uma visão geral sobre os biomas bra- sileiros por meio de uma linguagem simples e acessível a to- dos os segmentos da sociedade – com especial foco para ser trabalhado por alunos e professores do ensino básico e/ou superior, de modo a atuarem como multiplicadores desse co- nhecimento. A palavra bioma significa grupo de vida (bios = vida e oma = grupo), sendo utilizada pela primeira vez pelo ecólogo Frederic Clements ao se referir a uma comunidade de plantas e animais. Com base em uma ótica mais abrangente e atual, bioma re- presenta uma área homogênea em relação às suas características vegetacionais, climáticas, pedológicas e altimétricas, disposta em escala regional e influenciada pelos mesmos processos de forma- ção (COUTINHO, 2006). Devido a suas dimensões continentais (8.516.000 km²), o Brasil é constituído por uma diversidade de características físi- cas, sociais, culturais e populacionais, o que confere seis diferen- tes biomas, denominados de: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa – Figura 1. 12 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO Figura 1 – Mapa dos biomas brasileiros. Fonte dos dados: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Organização e elaboração cartográfica: Diego Tarley Ferreira Nascimento. Assim, em cada capítulo são apresentadas informações gerais dos biomas brasileiros, complementadas por dados, mapas e figuras. Esperamos que esse material seja interessante e útil para a cons- cientização e valorização da necessidade da preservação dos biomas brasileiros como forma de garantia da vida, em todas suas formas. Goiânia, outubro de 2017. Os autores 13 AMAZÔNIA A Amazônia se localiza na Região Norte e parte do Centro -oeste do Brasil, se estendendo pelos estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Pará, Amapá, Maranhão, Mato Grosso e To- cantins (Figura 2). Figura 2 – Localização do bioma Amazônia. Fonte dos dados: Instituto Brasi- leiro de Geografia e Estatística (IBGE). Organização e elaboração cartográfica: Diego Tarley Ferreira Nascimento. Esse bioma é o maior do Brasil, compreendendo uma área de 4.196.943 km², que corresponde a 49% do país. Contudo, 67% se encontra no território brasileiro, com o restante se estenden- 14 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO do pela Venezuela, Suriname, Guianas, Bolívia, Colômbia, Peru e Equador. A Amazônia abriga cerca de 24 milhões de habitantes (IBGE, 2010), o que corresponde a 12% da população brasileira, com grande representatividade de populações tradicionais, tais como indígenas, quilombolas, seringueiros, ribeirinhos, jangadei- ros etc. Comunidade indígena http://g1.globo.com/Amazonia/foto/0,,31171384-FMM,00.jpg Comunidade ribeirinha http://pportalparamazonia.blogspot.com.br/2016/11/povos-ribeirinhos-da -amazonia.html 15OS BIOMAS BRASILEIROS E A DEFESA DA VIDA O processo de formação do bioma se deu há cerca de 30 milhões de anos. Devido ao soerguimento da Cordilheira dos Andes, o sistema fluvial que anteriormente corria para o Pacífico passou a formar gran- des lagos e mares interiores. Em seguida, o soerguimento da Amazônia Ocidental permitiu com que o sentido de fluxo dos canais de drena- gens fossem direcionados ao oceano Atlântico (MENIN, 2010). Considerada o “Pulmão do Mundo”, a Floresta Amazônica desempenha importante papel no sequestro e estoque de gás car- bônico e liberação de oxigênio para a atmosfera. Além disso, con- tem a maior bacia hidrográfica de água doce do mundo, de onde migram os “rios voadores” responsáveis por transferir umidade para o restante do país. Com relação ao clima da Amazônia, caracteriza-se por ser quente e úmido, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano, podendo alcançar até 3.450mm/ano. Floresta de terra firme http://www.fucapi.br/blogfucapi/files/2017/05/ecologia-471x314.jpg 16 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO A vegetação predominante no bioma é florestal de terra fir- me. Nas planícies dos rios encontram-se as matas de várzeas (pe- riodicamente inundadas) e as matas de igapó (permanentemente inundadas). Mas também ocorrem fisionomias de manguezais, campos de várzea, campos de terra firme, campinas, vegetação serrana e vegetação de restinga. Mata de várzea http://www.enricomarone.com/wp-content/uploads/2013/01/Amazonia_02.jpg Mata de Igapó http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2012/12/igapo.jpg 17OS BIOMAS BRASILEIROS E A DEFESA DA VIDA Os solos da Amazônia são pobres em nutrientes e a fina camada de matéria-orgânica que existe na superfície do solo é oriunda da própria floresta – devido à decomposição das folhas e reciclagem de nutrientes pelos organismos. No que se refere a sua biodiversidade, estima-se que esse bioma abrigue mais da metade de todas as espécies vivas do Brasil. Embora haja divergência entre os dados, calcula-se que existam na região cerca de 60.000 espécies de plantas, 2,5 milhões de es- pécies de artrópodes, 2.000 espécies de peixes e 300 de mamíferos (ALBAGLI, 2001). Peixe-boi http://s2.glbimg.com/zFz7_qzKvFTQCc4GvaEoRV2ZsdE=/620x465/s.gl- bimg.com/jo/g1/f/original/2014/08/23/img271_2.jpg 18 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO Vitória-Régia http://essaseoutras.xpg.uol.com.br/wp-content/uploads/2011/04/vitoria-regia -amazonia.jp Segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmata- mento nos Biomas Brasileiros por Satélite (PMDBBS), coordena- do pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Na- turais Renováveis (IBAMA, 2017), cerca 88% do bioma ainda se encontra preservado, com base no ano de 2009. Dos 12% restante, 9% representa o uso antrópico (agricultura, pecuária, hidrelétri- cas e mineração) e 3% se encontra em recuperação. A baixa proporção da conversão da Amazônia pode ser jus- tificada pela pouca adequabilidade do solo às atividades agrícolas. Apesar disso, a expansão da fronteira agrícola, as queimadas, a ex- tração de madeira e as atividades mineradoras e de garimpos tem resultado em um constante processo de conversão da vegetação natural para atividades antrópicas. 19 CAATINGA A Caatinga está localizada na Região Nordeste e compreen- de os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Per- nambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e uma pequena área de Minas Gerais – Figura 3. Figura 3 – Localização do bioma Amazônia. Fonte dos dados: Instituto Brasi- leiro de Geografia e Estatística (IBGE). Organização e elaboração cartográfica: Diego Tarley Ferreira Nascimento. O bioma ocupa 844.453 Km², que representa 11% do país, sendo o único bioma totalmente inserido no território brasileiro.20 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO Em termos populacionais, abriga aproximadamente 27 mi- lhões de habitantes (IBGE, 2010), correspondendo a 13% da po- pulação brasileira. As populações tradicionais são representadas por sertanejos, vaqueiros, indígenas e quilombolas, com conhe- cimentos milenares sobre o manejo de plantas, a busca de águas subterrâneas com varinhas (radiestesia) e os sinais de fenômenos climáticos extremos (secas e chuvas). Povos sertanejos http://conexaoplaneta.com.br/wp-content/uploads/2016/04/caatinga-gamba- rini-abre.jpg Povos vaqueiros http://sosriosdobrasil.blogspot.com.br/2012/04/dia-da-caatinga-28-de-abril. html 21OS BIOMAS BRASILEIROS E A DEFESA DA VIDA Há 260 milhões de anos, toda região que hoje corresponde ao bioma foi fundo de mar, que posteriormente se tornou uma floresta tropical. Após a última era glacial, há dez mil anos atrás, restou o que hoje representa a Caatinga. Sinais do antigo ecossis- tema e da fauna que ali existia (como preguiças enormes, aves gi- gantescas e tigres-dente-de-sabre) podem ser vistos por meio das pinturas rupestres resguardadas pelo Sítio Arqueológico da Serra da Capivara, no estado do Piauí. O clima da Caatinga é caracterizado como semiárido, com estação seca prolongada e estação chuvosa curta e irregularmente distribuída no tempo e no espaço. O total de chuvas geralmente não ultrapassa 800 mm anuais – podendo oscilar espacialmente entre 450 a 800mm. Paisagem típica da Caatinga https://blogdaprofmary.blogspot.com.br/2015/05/mais-sobre-caatinga.html 22 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO Como resultado das características climáticas, os solos são, em sua maioria, rasos e de baixa fertilidade (MAGALHÃES, 2012) e a vegetação apresenta fisionomia de savana estépica – também ocorrendo encraves de cerrado e mata atlântica, além de áreas de tensão ecológica. Uma característica marcante da vegetação é seu caráter xerófilo (adaptação a pouca quantidade de água), com folhas re- duzidas ou modificadas em espinhos para reduzir a perda de umi- dade por transpiração, raízes profundas para absorver água do solo e sistema de armazenamento de água no caule e raízes (que garante a suculência). Além disso, por apresentar predomínio de rochas cristali- nas, o bioma Caatinga tem poucas nascentes e predominam rios intermitentes – os quais secam na estiagem. A respeito de sua biodiversidade, já foram identificadas 932 espécies vegetais, sendo 318 endêmicas. Em se tratando da fauna, são elencadas 1.487 espécies nativas, sendo 591 de aves, 241 de peixes, 221 de abelhas, 178 de mamíferos, 177 de répteis e 79 de anfíbios (MAGALHÃES, 2012). Arara-Azul-de-lear http://conexaoplaneta.com.br/blog/caatinga-em-imagens-o-bioma-mais-vul- neravel-e-desconhecido-do-brasil/ 23OS BIOMAS BRASILEIROS E A DEFESA DA VIDA Mandacarú https://reporterleonardoferreira.blogspot.com.br/2016/05/quixada-tem-o -maior-mandacaru-do-brasil.html Dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite (PMDBBS) apontam para uma proporção de 53% do bioma ainda preservado. Contudo, a criação de bovinos, caprinos e ovinos e a extração de madeira para fogões domésticos, carvoarias e indústrias, tem intensificado o processo de desmatamento da Caatinga. 24 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO CERRADO O Cerrado é um bioma interiorano que ocupa grande parte do Centro-Oeste brasileiro, mas que também se estende por todas as demais regiões do país, incluindo: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bah- ia, Minas Gerais, São Paulo e Paraná (Figura 4) – havendo ainda manchas desse bioma em Pará, Rondônia, Roraima e Amapá. Figura 4 – Localização do bioma Amazônia.Fonte dos dados: Instituto Brasi- leiro de Geografia e Estatística (IBGE). Organização e elaboração cartográfica: Diego Tarley Ferreira Nascimento. 25OS BIOMAS BRASILEIROS E A DEFESA DA VIDA O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, ocupando uma área de 2.036.448 km², que representa 24% do ter- ritório nacional. São aproximadamente 22 milhões de pessoas que habitam o bioma, representando 11% da população brasileira (IBGE, 2010). Dentre as populações tradicionais, destacam-se os sertanejos, os camponeses, os quilombolas e os indígenas, que tem sofrido de forma considerável com a pressão do agronegócio. Comunidade Quilombola http://s2.glbimg.com/uhG2iKwszEedZ8sopnApaq3YV5w=/s.glbimg.com/et/ pr/f/original/2014/09/11/dainda.jpg Comunidade indígena http://www.desfrutecultural.com.br/wp-content/uploads/2014/07/Aldeia_ Multi_ica_Fredox_201.jpg 26 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO Diferente dos demais biomas brasileiros, o Cerrado é mui- to antigo, tendo já atingido o seu clímax há diversos milhares de anos. Mudanças climáticas pretéritas permitiram que apenas as plantas adaptadas à escassez sazonal de água e mais resistentes ao fogo pudessem sobreviver na região. Além disso, o contato com os demais biomas brasileiros influenciou a grande diversidade de fauna e flora existente no Cerrado. O clima do Cerrado é marcado por um período chuvoso, representado pelas estações de primavera e verão (outubro a mar- ço), intercalado com um período de estiagem, referente ao outo- no e inverno (abril a setembro). A precipitação anual varia en- tre 800mm (no limite com a caatinga) aos 2.200mm (próximo à Amazônia), e a temperatura média anual varia de 27ºC (no limite norte) aos 22ºC (ao sul do bioma). O Cerrado é considerado a grande caixa d’água brasileira. Isso devido ao soerguimento do Escudo Brasileiro ocorrido no Período Pós-Cretáceo, que proporciona a essa região ser divisora de águas das três maiores regiões hidrográficas brasileiras: a Ama- zônica, a Platina e a do São Francisco (NASCIMENTO, 2002). O bioma possui também uma grande contribuição para a recarga de águas subterrâneas, uma vez que a infiltração da água é facilitada pela existência de vegetais com raízes altamente desen- volvidas e por fissuras existentes nas rochas que predominam na região. A vegetação do Cerrado representa um verdadeiro mosaico que varia desde fisionomias campestres, com predomínio de espé- cies herbáceas e arbustivo-herbáceas; perpassando por formações savânicas, com ocorrência de estratos arbóreos, arbustivo-her- báceo e árvores de pequeno porte espalhadas por um substrato 27OS BIOMAS BRASILEIROS E A DEFESA DA VIDA gramíneo; até as formações florestais, nas quais espécies arbóreas definem um dossel contínuo (RIBEIRO; WALTER, 2008) Vegetação savânica https://img.socioambiental.org/d/331705-1/Jessica+078.jpg O Cerrado é considerado a savana mais rica em biodiversi- dade, e os dados apontam para mais de 14 mil espécies de plantas, 90 mil de insetos, 1.200 de peixes, 837 espécies de aves, 199 tipos de mamíferos, 150 de anfíbios e 120 de répteis (WWF, 2015). Mesmo sendo reconhecido como a savana mais rica do mundo em biodiversidade, o Cerrado foi cenário de um rápido processo de perda de sua cobertura vegetal em uso antrópico, inclusive com taxas de desmatamento históricas superiores às da floresta Amazônica e da Mata Atlântica. A proporção de cobertura vegetal natural ainda existente no 28 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO Cerrado é de 51% da área total, segundo dados referentes ao ano de 2009 pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite (PMDBBS). Dentre as atividades antrópicas que ameaçam esse bioma, o destaque é para a pecuária e agricultura. Rebanho de gado http://internacional.estadao.com.br/blogs/olhar-sobre-o-mundo/wp-content/ uploads/sites/469/2011/10/AZ017.jpg Agricultura em grande escala http://iepec.com/wp-content/uploads/2015/05/agronegocio4.jpg 29 MATA ATLÂNTICA A mata atlântica ocupa grande parte do litoral brasileiro estendendo-se completamente nos estados do Rio de Janeiro, Es- pírito Santo e SantaCatarina, e parcialmente nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul (Figura 5). Figura 5 – Localização do bioma Mata Atlântica. Fonte dos dados: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Organização e elaboração carto- gráfica: Diego Tarley Ferreira Nascimento. 30 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO O bioma ocupa uma área de 1.110.182 km², o que repre- senta 13% do território brasileiro. Entretanto, apresenta elevado adensamento populacional ao abrigar cerca de 120 milhões de ha- bitantes, o que corresponde a mais de 60% da população brasileira (IBGE, 2010). A Mata Atlântica representa uma exuberante floresta origi- nada a partir do clima quente e úmido da faixa litorânea do Brasil. Relatos do período da chegada do colonizador português descre- vem uma floresta aparentemente intocada e habitada por vários povos indígenas, que foram dizimados e/ou escravizados no pro- cesso de ocupação e exploração pela colônia portuguesa. Ilustração da chegada dos colonizadores portugueses no litoral do Brasil https://estudokids.com.br/wp-content/uploads/2014/03/descobrimento-do -brasil.gif Com relação ao solo, geralmente são bastante rasos e úmi- dos, além de serem extremamente pobres em nutrientes e mine- rais (SANTOS, 2010). 31OS BIOMAS BRASILEIROS E A DEFESA DA VIDA A vegetação da Mata Atlântica é constituída por formações florestais e ecossistemas associados de restingas, manguezais e campos de altitude. Vegetação florestal da Mata Atlântica http://www.ciflorestas.com.br/arquivos/n_restam_es_26448.jpg Restinga https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b5/Dunas-natal. jpg/1280px-Dunas-natal.jpg 32 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO Manguezais https://i.pinimg.com/originals/e2/c5/b1/e2c5b1a73da0988fc5dec7ea1ba1b6ce. jpg A respeito da biodiversidade da Mata Atlântica, os dados apontam para mais de 1.810 espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios, sendo 389 endêmicas. Possui ainda cerca de 20 mil es- pécies vegetais, das quais 8 mil são endêmicas (VARJABEDIAN, 2010). O processo histórico de ocupação brasileira iniciado na faixa litorânea fez da Mata Atlântica o bioma brasileiro mais ameaçado, restando apenas 22% de sua cobertura vegetal natural – segundo levantamento realizado em 2009 pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite (PMDBBS). 33 PANTANAL O pantanal está localizado na Região Centro-Oeste do Bra- sil, sendo que cerca de 70% se encontra no país, entre os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e o restante se estendendo pela Bolívia e Paraguai – Figura 6. Figura 6 – Localização do bioma Pantanal. Fonte dos dados: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Organização e elaboração cartográfica: Die- go Tarley Ferreira Nascimento. O Pantanal é o menor bioma do país, ocupando 150.355 km² - o que representa menos de 1,7% do território brasileiro. As 34 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO populações tradicionais do Pantanal são representadas principal- mente pelos sertanejos, pescadores e indígenas, que aproveitam da inundação periódica para desenvolverem exploração dos re- cursos e desenvolvimento de atividades para sua sobrevivência. Comunidades sertanejas https://c1.staticflickr.com/4/3317/4596816288_b3fdbaa816_z.jpg Comunidades pescadoras http://riosvivos.org.br/wp-content/uploads/2015/11/pantaneiro-ecoa-pesca -ribeirinho.jpg 35OS BIOMAS BRASILEIROS E A DEFESA DA VIDA Paisagem típica no período de cheias do Pantanal http://www.portalmatogrosso.com.br/storage/webdisco/2017/03/01/original/ 80f1370629d5706fe6f29ba84c731249.jpg O Pantanal corresponde a uma planície de inundação for- mada em decorrência da sazonalidade das chuvas e dos solos pou- co permeáveis. Concomitantemente, é considerado o bioma mais Período das secas no Pantanal http://d3nehc6yl9qzo4.cloudfront.net/img/original/homoambiens53544_1.jpg 36 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO novo do Brasil, haja vista que a planície e o próprio leito do rio Paraguai ainda se encontram em processo de formação. A paisagem do Pantanal é marcada pelas sazonais cheias, durante as quais os rios, lagos e riachos ficam interligados por canais e lacunas que permitem o deslocamento de espécies e a constante renovação da vida. Na época da seca, restam apenas la- goas isoladas com grandes quantidades de peixes que servirão de alimento às aves aquáticas e migratórias. A vegetação do pantanal é bastante diversificada, havendo exemplares higrófilos (adaptados ao excesso de água), plantas tí- picas do Cerrado e da Amazônia e, nas áreas mais secas, ocorrem espécies xerófilas (adaptadas à falta de água). A respeito de sua biodiversidade, o Pantanal sofre influência dos biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica – com espécies de fauna e flora desses biomas. Os dados apontam para 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espé- cies de aves e 132 espécies de mamíferos (MMA, 2017). Quanto aos vegetais, contabiliza-se mais de 2 mil espécies, sendo 242 aquáticas, 620 herbáceas e 1200 lenhosas (NUNES et al., 2017). Após a Amazônia, o Pantanal é o segundo bioma mais pre- servado do país, contendo 83% de sua vegetação natural– confor- me apontado pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite (PMDBBS), tendo como refe- rência o ano de 2009. A forma como a criação de gado se adaptou ao ambiente do Pantanal fez com que se tornasse uma das responsáveis pelos pro- blemas ambientais que o bioma enfrenta. Além disso, as queimadas, a derrubada das árvores, o assoreamento dos rios e as atividades de caça e tráfico de animais ameaçam igualmente esse bioma. 37 PAMPAS O bioma dos Pampas se encontra na Região Sul do Brasil (exclusivamente no estado do Rio Grande do Sul), se estendendo em todo o Uruguai, centro-leste da Argentina e extremo sudeste do Paraguai – Figura 7. Figura 7 – Localização do bioma Pampas. Fonte dos dados: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Organização e elaboração cartográfica: Die- go Tarley Ferreira Nascimento. O Pampa é o segundo menor bioma do Brasil, com uma área de 176.496 km², o que representa menos de 2% do território brasileiro. 38 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO Esse bioma é influenciado pelo relevo plano, constituído principalmente por planícies, e pela existência de um clima tem- perado, com verão quente, temperaturas frias no inverno e chuvas bem distribuídas ao longo de todo o ano. Paisagem plana característica dos Pampas http://moises-de-oliveira.blogspot.com.br/2015/02/paisagem-do-bioma-pam- pas.html A paisagem do Pampa se relaciona com a ocupação da terra pela agricultura e pecuária familiar diversificada. Dentre as popu- lações tradicionais, se encontram pecuaristas, pescadores, indíge- nas, ciganos e de quilombolas. 39OS BIOMAS BRASILEIROS E A DEFESA DA VIDA Comunidade cigana https://blogmochilacultural.files.wordpress.com/2011/11/ciganos-em-fw-rs- 4-de-nov-2011-3.jpg Comunidades pecuaristas http://1.bp.blogspot.com/_y7ZR0IEFXHk/TRm5xjgK8QI/AAAAAAAAAbI/5g- tu6hQFHiw/s1600/10966_186491439496_837414496_2677125_4177877_n.jpg 40 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO Em virtude do clima e dos solos férteis, a vegetação se cons- titui principalmente por gramíneas e alguns arbustos espalhados e dispersos – com fisionomias de campos limpos (maior presença de gramíneas) e sujos (maior presença de arbustos e árvores). En- tretanto, próximo aos cursos d’água e nas encostas de planaltos há ocorrência de fisionomias florestais, com árvores de grande porte. Campo limpo nos Pampas http://static.panoramio.com/photos/large/51819046.jpg A biodiversidade do Pampa foi ignorada por quase tre- zentos anos e apenas em 2004 passoua ser reconhecido como um bioma. Embora sua paisagem pareça monótona e unifor- me, abriga em torno de 3000 espécies de plantas, com notável diversidade de gramíneas (mais de 450 espécies) e de compos- tas e leguminosas (150 espécies). A fauna é expressiva, com 41OS BIOMAS BRASILEIROS E A DEFESA DA VIDA quase 500 espécies de aves e 100 espécies de mamíferos terres- tres (MMA, 2017). Dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento nos Biomas Brasileiros por Satélite (PMDBBS) indicam a manutenção de apenas 36% da vegetação original dos Pampas, indicando que esse bioma é o segundo mais devastado no Brasil pela ocupação humana – perdendo apenas para a Mata Atlântica. Esse elevado índice de desmatamento é resultado do histórico de ocupação dos Pampas, tido como porta de entrada para criação de gado no país. Criação de gado http://www.jornalfolhadosul.com.br/admin/imagem_galeria/2013/07/ gg/1372861731.jpg Atualmente o bioma sofre com a ameaça da introdução de monoculturas, principalmente de pinus e eucaliptos. 42 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO OS BIOMAS E A DEFESA DA VIDA A descrição dos biomas brasileiros, da riqueza de popu- lações tradicionais, da biodiversidade e do alarmante estado de conservação nos remete a uma importante reflexão: como agir? Como garantir a conservação dos biomas brasileiros e a manuten- ção da vida, em suas diversas formas? Esse é um dos apelos feitos pela Campanha da Fraternidade de 2017, destacando a necessidade da conversão pessoal e social, dos cristãos e não cristãos, para guardar e cuidar da criação. Como forma de garantia da vida na Terra, sugere-se uma mudança de paradigma, especialmente ao considerar o planeta como sendo a casa comum de todos os seres vivos. Assim, um crime contra a natureza, deve também ser considerado um crime contra o próximo e contra nós mesmos. Por isso, recomenda-se a tomada das seguintes atitudes nos diferentes biomas brasileiros: Para a Amazônia, incentivar o enraizamento da sabedo- ria tradicional e da espiritualidade do povo da floresta e buscar o desenvolvimento econômico baseado no agroe- xtrativismo. Para o Cerrado, considerá-lo como “patrimônio nacio- nal” e incentivar a produção de base familiar. Para a Caatinga, explorar de forma sustentável e imple- mentar a geração de energia elétrica de fonte limpa, prin- cipalmente de origem solar e eólica. Para a Mata Atlântica, promover a recuperação das áreas degradadas e implementar melhorias do saneamento dos grandes centros urbanos. 43OS BIOMAS BRASILEIROS E A DEFESA DA VIDA Para o Pantanal, dar maior visibilidade e proporcionar políticas de fomento às populações pantaneiras e aos po- vos indígenas. Para os Pampas, defender a biodiversidade e propor uma produção agroecológica. 44 DIEGO TARLEY FERREIRA NASCIMENTO | SARAH AMADO RIBEIRO REFERÊNCIAS ALBAGLI, S. Amazônia: fronteira geopolítica da biodiversidade. Parcerias Estratégicas, v. 6, n. 12, p.5-19, 2001. COUTINHO, L. M. O conceito de bioma. Acta bot. Bras. v. 20, n. 1, p. 13-23, 2006. IBAMA. Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis. Projeto de monitoramento do desmatamento dos Biomas bra- sileiros por satélite – PMDBBS. Disponível em: < http://siscom. ibama.gov.br/monitora_biomas/index.htm>. Acesso em: 02 jun. 2017. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo De- mográfico. 2010. 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