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Caderno Técnico Licenciamento Ambiental CREA-PR

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SÉRIE DE caDERnoS tÉcnIcoS Da agEnDa paRlamEntaR — lIcEncIamEntoS ambIEntaIS
SÉRIE DE caDERnoS tÉcnIcoS Da agEnDa paRlamEntaR — lIcEncIamEntoS ambIEntaIS
Série de Cadernos Técnicos
lIcEncIamEntoS ambIEntaIS
Eng. Quim. luiz alberto matte
SÉRIE DE caDERnoS tÉcnIcoS Da agEnDa paRlamEntaR — lIcEncIamEntoS ambIEntaIS
eXPeDIeNTe
Publicações temáticas da Agenda Parlamentar do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura 
e Agronomia do Paraná – CREA-PR 
Jornalista Responsável: Anna Preussler; Projeto gráfico e diagramação: Mamute Design; Revisão or-
tográfica: Lia Terbeck; Organização: Patrícia Blümel; Edição: Assessoria de Comunicação do CREA-PR. 
Agenda Parlamentar CREA-PR – Assessoria de Apoio às Entidades de Classe: Gestor Claudemir Marcos 
Prattes, Eng. Mario Guelbert Filho, Eng. Jefferson Oliveira da Cruz, Eng. Vander Della Coletta Moreno, 
Eng. Helio Xavier da Silva Filho, Eng. Israel Ferreira de Mello, Eng. Gilmar Pernoncini Ritter, Eng. Edgar 
Matsuo Tsuzuki.
Tiragem: 1.000 exemplares
* O conteúdo deste caderno técnico é de inteira responsabilidade do autor.
Acessibilidade
Agenda 21
Arborização Urbana
Cercas Eletrificadas
Conservação de solos e água
Construção é Coisa Séria
Ideias e Soluções para os Municípios
Iluminação Pública
Inspeção e Manutenção Predial
Instalações Provisórias
Licenciamentos Ambientais
Licenciamentos Ambientais 2
Licitações e Obras Públicas
Lodos e Biossólidos
Nossos Municípios mais Seguros
Obtenção de Recursos
Planos Diretores
Prevenção de Catástrofes
Produtos Orgânicos
Programas e Serviços do CREA-PR
Resíduos Sólidos
Responsabilidade Técnica
Saneamento Ambiental
Trânsito
Uso e Reúso de Água
publIcação:
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apRESEntação
Resultado das discussões da Agenda Parlamentar, programa de contribuição técnica às gestões 
municipais realizado pelo CREA-PR – Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura, Agronomia em 
parceria com entidades de classe nos municípios, a presente publicação têm o objetivo de orientar e 
auxiliar os gestores na implementação das propostas apresentadas como prioritárias para a melhoria 
da qualidade de vida dos paranaenses. Foram mais de 250 propostas compiladas em três grandes áre-
as: Cidade, Cidadania e Sustentabilidade. 
Os temas foram detalhados por especialistas e são apresentados de forma a subsidiar projetos 
e propostas de políticas públicas para os municípios. Os conteúdos são apresentados em formato de 
cartilha, totalizando 25 publicações, com os seguintes temas: Acessibilidade; Agenda 21; Arborização 
Urbana; Cercas Eletrificadas; Conservação de solos e água; Construção é Coisa Séria; Iluminação Públi-
ca; Inspeção e Manutenção Predial; Instalações Provisórias; Licenciamentos Ambientais; Licenciamen-
tos Ambientais 2; Licitações e Obras Públicas; Lodos e Biossólidos; Nossos Municípios mais Seguros; 
Obtenção de Recursos; Planos Diretores; Prevenção de Catástrofes; Produtos Orgânicos; Programas e 
Serviços do CREA-PR; Propostas da Agenda Parlamentar; Resíduos Sólidos; Responsabilidade Técnica; 
Saneamento Ambiental; Trânsito; Uso e Reúso de Água.
Na presente publicação o tema abordado é o licenciamento ambiental. O objetivo é aumentar 
o conhecimento dos gestores sobre tipos de licenciamentos e como proceder à frente dos empreendi-
mentos implantados nos municípios. 
Além dos conteúdos apresentados nas publicações o CREA-PR, as Entidades de Classe das áreas 
da Engenharia, Arquitetura e Agronomia e os profissionais ligados a estas áreas estão à disposição dos 
gestores no auxílio e assessoramento técnico que se fizerem necessários para a busca da aplicação 
deste trabalho técnico na prática, a exemplo do que já vem acontecendo com muitas das propostas 
apresentadas e que já saíram do papel. Da mesma forma, o programa Agenda Parlamentar não se en-
cerra com estas publicações, mas ganha nova força e expansão do trabalho com a apresentação técnica 
e fundamentada dos assuntos. 
Eng. Agr. Álvaro Cabrini Jr
Presidente do CREA-PR
Gestão 2009/2011
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SÉRIE DE caDERnoS tÉcnIcoS Da agEnDa paRlamEntaR — lIcEncIamEntoS ambIEntaIS
SumárIo 
1. OBJETIVO ........................................................................................................................................... 09
2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................................................... 09
3. CONCEITUAÇÃO TÉCNICA .................................................................................................................. 10
4. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL ................................................................................................................. 21
5. ESTRATÉGIA DE IMPLEMENTAÇÃO PARA OS MUNICÍPIOS .................................................................22
6. CONCLUSÃO ...................................................................................................................................... 24
7. REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 25
8. AUTOR ............................................................................................................................................... 26
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1. obJEtIVo
No ano de 2009 o CREA realizou a Agenda Parlamentar em alguns municípios do Paraná. Visando 
ampliar a ação da Agenda Parlamentar no ano de 2010 foram levantados os temas mais debatidos pela 
Agenda Parlamentar 2009. Um dos temas apontado em diversos municípios foi o do Licenciamento 
Ambiental. Este trabalho visa portanto aumentar ainda mais o conhecimento já existente dos Srs. Pre-
feitos do Estado do Paraná nesta área. São apresentados os tipos de Licenciamentos Ambientais atuais 
na área da esfera estadual visando propiciar aos Srs. Prefeitos Municipais do Paraná um instrumento 
de consulta rápida das principais características envolvendo Licenciamento Ambiental instruindo-o de 
como proceder à frente dos empreendimentos implantados no seu Município e aos com implantação 
proposta.
2. JuStIFIcatIVa
A existência de legislação federal, discorrendo sobre o meio ambiente, gerou legislação estadual. 
Órgãos federais e estaduais foram implantados, cada um dentro de suas áreas de competência para 
consolidar as leis, implantá-las e fiscalizar o seu cumprimento. E na verdade, onde realmente tudo 
acontece e que é no Município, como estamos? Cada Município, respeitando as hierarquias federais 
e estaduais, deve gerar suas próprias leis ou então providenciar mecanismos que permitam controles 
ambientais sobre os empreendimentos implantados. A cada solicitação de novo empreendimento, a 
cada pedido de renovação do Alvará de Funcionamento, como está este empreendimento sob o pon-
to de vista da legislação ambiental? No Paraná muitos dos Municípios não possuem uma Secretaria 
Municipal de Meio Ambiente ou um órgão responsável para elaborar e executar a Gestão Ambiental 
Municipal. Saliente-se que as Prefeituras Municipais possuem atividades que necessitam de licencia-
mento ambiental, não sendo necessidade exclusiva para os empreendimentos privados estabelecidos 
no Município.
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3. concEItuação tÉcnIca
Tipos de licenciamentos existentes no Estado do Paraná.
Dispensa de Licenciamento Ambiental estadual – DLAe
Pode ser requerido quando o licenciamento não compete ao órgão ambiental estadual confor-
me disposições estabelecidas em resoluções específicas.
Chamamosa atenção para o fato de que nenhum empreendimento está obrigado a requerer 
a DLAE, no entanto, poderão existir situações em que seja necessária a comprovação de dispensa de 
licenciamento ambiental. Nestes casos o IAP emitirá a DLAE atendido as informes necessárias. A DLAE é 
renovável, mas não dispensa o empreendimento das exigências legais ambientais, como os de correta 
destinação de efluentes e resíduos.
Para verificação de quais empreendimentos estão dispensados recomendamos consultar a Reso-
lução SEMA 51/2009. A DLAE poderá ter prazo de validade de até 06 anos.
Os documentos necessários para requerer a DLAE são:
• Cadastro de Usuário Ambiental ou fotocópia da Carteira de Identidade (RG), e do Cadastro de 
Pessoa Física (CPF) ou se pessoa jurídica Contrato Social ou Ato Constitutivo.
• Requerimento de Licenciamento Ambiental – RLA.
• Preenchimento do Cadastro do Empreendimento de acordo com as suas características.
• Recolhimento de taxa ambiental no valor de 0,2 UPF/PR.
• No caso de empreendimento em zona rural apresentar matrícula atualizada do Registro de 
Imóveis (90 dias) ou documento de justa posse rural.
Autorização Ambiental – AA
A autorização ambiental aprova a localização e autoriza a instalação, operação e/ou implementação 
de atividade que possa acarretar alterações ao meio ambiente, por curto e certo espaço de tempo, de ca-
ráter temporário ou a execução de obras que não caracterizem instalações permanentes, de acordo com 
as especificações constantes dos requerimentos, cadastros, planos, programas e/ou projetos aprovados, 
incluindo as medidas de controle ambientais e demais condicionantes determinadas pelo IAP.
A AA deve ser usada para terraplanagem e aterro com volumes de movimentação superior a 
100 m³, já que para volumes abaixo de 100 m³ o instrumento é a DLAE. Transporte e disposição final 
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de Resíduos gerados durante operações de importação e exportação, testes de queima, testes de co-
processamento, teste de unidade piloto e picador móvel e modificação de sistema de tratamento (sem 
ampliação do processo produtivo).
As AAs têm validade por um ano e não são renováveis. Os documentos necessários para reque-
rer a AA são:
• Cadastro de Usuário Ambiental ou fotocópia da Carteira de Identidade (RG), e do Cadastro de 
Pessoa Física (CPF) ou se pessoa jurídica Contrato Social ou Ato Constitutivo.
• Requerimento de Licenciamento Ambiental – RLA.
• Preenchimento do Cadastro do Empreendimento Industrial – CEI.
• Certidão do Município quanto ao uso e ocupação do solo declarando expressamente que o 
local e o tipo de empreendimento ou atividades está em conformidade com a legislação mu-
nicipal aplicável ao uso e ocupação do solo. 
Transcrição ou matrícula do cartório de registro de imóveis atualizada, no máximo 90 dias; ou 
prova de justa posse, com anuência dos confrontantes, no caso do requerente não possuir documen-
tação legal do imóvel.
No caso de empreendimento em zona rural apresentar matrícula atualizada do Registro de Imó-
veis (90 dias) ou documento de justa posse rural.
No caso de imóvel rural. Mapa de uso atual do solo georeferenciado, assinalando os remanes-
centes florestais, áreas de preservação permanente, reserva legal, reflorestamentos, hidrografia, estra-
das, e o local objeto da solicitação (também georeferenciado) devidamente identificado no mapa para 
a composição do Sistema de Manutenção, Recuperação e Proteção de Reserva Legal – SISLEG. Pequeno 
Produtor Rural apresentar o croqui.
Anotação de Responsabilidade Técnica – ART de profissional habilitado, pela elaboração do 
mapa de uso atual do solo georeferenciado, quando for o caso e /ou da elaboração e execução do 
projeto técnico;
Recolhimento de taxa ambiental de acordo com as tabelas e normas estabelecidas. 
Poderá o órgão ambiental competente solicitar complementação de documentos, após análise 
do conjunto do processo apresentado, conforme estabelecido em normativas específicas.
licenciamento ambiental Simplificado – laS
Usado quando o empreendimento, atividade ou obra for de pequeno porte e/ou possua baixo poten-
cial poluidor/degradador. O LAS tem por finalidade atestar a viabilidade ambiental e estabelecer os requi-
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sitos básicos e condicionantes a serem atendidos bem como autorizar sua instalação e operação de acordo 
com as especificações constantes dos requerimentos, plano, programas e/ou projetos aprovados, incluindo 
as medidas de controle ambiental e demais condicionantes determinadas pelo IAP.
Para verificação de quais empreendimentos estão dispensados recomendamos consultar a reso-
lução CEMA 72/2009.
O prazo de validade do LAS será de 06 (seis) anos e a mesma poderá ser renovada.
Os documentos para solicitar o LAS são:
• RLA.
• CEI detalhando ou anexando, croqui de localização do empreendimento, contendo nascentes 
e/ou corpos hídricos em um raio de 100 m, vias de acesso principais e pontos de referência 
para chegar ao local.
• Cadastro de Usuário Ambiental ou fotocópia da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de 
Pessoa Física (CPF) ou se pessoa jurídica Contrato Social ou Ato Constitutivo.
• Certidão do Município quanto ao uso e ocupação do solo declarando expressamente que o 
local e o tipo de empreendimento ou atividades está em conformidade com a legislação mu-
nicipal aplicável ao uso e ocupação do solo.
• Matrícula ou Transcrição do Cartório de Registro de Imóveis em nome do requerente, e em 
caso de imóvel locado no nome do locador junto com o contrato de locação, no máximo de 
90 (noventa) dias, para imóveis rurais exige-se a averbação da Reserva Legal junto à matrícula 
do imóvel, ou Documento de propriedade ou justa posse rural ou conforme exigências cons-
tantes da Seção VI, arts. 46 a 57 da Resolução CEMA 065, de 1º de julho de 2008; (alterado 
pela Resolução CEMA 72/2009).
• Nos casos devidamente justificados em que não seja possível a apresentação dos documen-
tos especificados no item d, os mesmos deverão ser apresentados antes do início da opera-
ção da atividade ou empreendimento sob pena de cancelamento da licença Ambiental (alte-
rado pela Resolução CEMA 72/2009).
• Dispensa de Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos da Superintêndencia de Desen-
volvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental – SUDERHSA para utilização de 
recursos hídricos, inclusive para o lançamento de efluentes líquidos em corpos hídricos, se 
for o caso. 
• Cópia do Ato Constitutivo ou do Contrato Social (com última alteração).
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• Projeto Simplificado do Sistema de Controle de Poluição Ambiental.
• No caso de fornos de carvão, o croqui de localização dos fornos, com indicação da situação do 
terreno em relação ao corpo hídrico superficial, existência de cobertura florestal, ocupações 
do entorno com distâncias aproximadas de residências, indústrias, escolas, outras atividades 
e sistema viário (estradas e rodovias). Não serão permitidas instalações de fornos para pro-
dução de carvão em área urbana.
• Publicação de súmula do pedido de Licença Ambiental Simplificada em jornal de circulação 
regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução do Conse-
lho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas 
através da apresentação dos respectivos jornais – originais).
• Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) no valor 
de 2 UPF/PR.
Renovação do licenciamento ambiental Simplificado – laS
Relação de documentos necessários:
• RLA.
• CEI atualizado.
• Relatório de automonitoramento de emissões atmosféricas, se for o caso, de acordo com o exigi-do pela Resolução da Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMA 054/2006 e diretrizes apre-
sentadas no Anexo 9 (nove), sendo que nos casos de relatório(s) periódico(s) já apresentado(s) de-
verá ser informado o(s) número(s) do(s) protocolo(s) junto ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP.
• Publicação de súmula de concessão de Licença Ambiental Simplificada em jornal de circula-
ção regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CO-
NAMA 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos jornais 
respectivos – originais).
• Súmula do pedido de Renovação de Licença Ambiental Simplificada, publicada por ocasião da 
sua expedição conforme Resolução CONAMA 006/86.
• Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) no valor 
de 2 UPF/PR. 
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Caso o empreendimento não se enquadre em nenhum dos itens anteriores 
o licenciamento se dará pelas modalidades de Licença Prévia – LP, Licença de 
Instalação – LI e Licença de operação – Lo.
Licença Prévia – LP
A LP é concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovan-
do sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo requisitos básicos e 
condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação.
O prazo de validade da LP será de 2 (dois) anos e não é renovável. Vencido o prazo o empreende-
dor é obrigado a reiniciar novo processo. A concessão da LI não autoriza construir o empreendimento.
os documentos necessários para requerer a lp são:
• RLA.
• CEI.
• Cadastro de Usuário Ambiental.
• Requerimento de Licenciamento Ambiental - RLA.
• Cadastro de Empreendimentos Industriais - CEI, detalhando ou anexando, croqui de locali-
zação do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acessos principais e pontos de 
referências para chegar ao local.
• Cadastro de Usuário Ambiental – caso o requerente ainda não seja cadastrado no IAP apre-
sentar fotocópia da Carteira de Identidade (RG) e do Cadastro de Pessoa Física (CPF), se pes-
soa física; ou Contrato Social ou Ato Constitutivo, se pessoa jurídica e demais documentos 
exigidos para o cadastro.
• Certidão do Município, quanto ao uso e ocupação do solo, conforme modelo apresentado no 
ANEXO 8.
• Matrícula ou Transcrição do Cartório de Registro de Imóveis em nome do requerente, e em 
caso de imóvel locado no nome do locador junto com o contrato de locação, no máximo de 90 
(noventa) dias, para imóveis rurais exige-se a averbação da Reserva Legal junto à matrícula do 
imóvel, ou Documento de propriedade ou justa posse rural ou conforme exigências constan-
tes da Seção VI, arts. 46 a 57 da Resolução do Conselho Estadual do Meio Ambiente – CEMA 
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065, de 1º de julho de 2008 (alterado pela Resolução CEMA 72/2009).
• Nos casos devidamente justificados em que não seja possível a apresentação dos documen-
tos especificados no item d, os mesmos deverão ser apresentados antes do início da opera-
ção da atividade ou empreendimento sob pena de cancelamento do Licenciamento ambien-
tal já realizado (alterado pela Resolução CEMA nº 72/2009).
• Cópia da Outorga Prévia da SUDERHSA para utilização de recursos hídricos, inclusive para o 
lançamento de efluentes líquidos em corpos hídricos, se for o caso.
• Em caso de lançamento de efluente industrial na rede pública coletora de esgoto sanitário, 
apresentar carta de viabilidade da concessionária dos serviços de água e esgotos, informando 
à respectiva Estação de Tratamento de Esgotos – ETE.
• Estudo prévio de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto do Meio Ambiente 
(EPIA/RIMA), no caso de empreendimentos, obras e atividades consideradas efetivas ou po-
tencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente.
• Publicação de súmula do pedido de Licença Prévia em jornal de circulação regional e no Diário 
Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA 006/86 (as publicações 
deverão ser comprovadas através da apresentação dos respectivos jornais – originais).
• Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) de acor-
do com Lei Estadual 10.233/92.
Licença de Instalação – LI
A LI autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações 
constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambientais 
e demais condicionantes, da qual constituem motivos determinantes.
O prazo de validade da LI será de dois anos e a LI poderá ser renovada, a critério do IAP. Ca-
racteriza-se por ser o período em que o empreendedor está efetivamente autorizado a construir seu 
empreendimento.
os documentos necessários para requerer a lI são:
• Requerimento de Licenciamento Ambiental – RLA.
• Cadastro de Empreendimentos Industriais – CEI, detalhando ou anexando, croqui de locali-
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zação do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acessos principais e pontos de 
referências para chegar ao local.
• Matrícula ou Transcrição do Cartório de Registro de Imóveis em nome do requerente, e em 
caso de imóvel locado no nome do locador junto com o contrato de locação, no máximo de 90 
(noventa) dias, para imóveis rurais exige-se a averbação da Reserva Legal junto à matrícula do 
imóvel, ou Documento de propriedade ou justa posse rural ou conforme exigências constan-
tes da Seção VI, arts. 46 a 57 da Resolução CEMA 065, de 1º de julho de 2008 (alterado pela 
Resolução CEMA 72/2009).
• Estudo ambiental exigido na concessão da Licença Prévia, em 2 vias e datado, sendo que uma 
delas, após análise e aprovação, deverá ser carimbada pelo técnico analista e devolvida ao 
interessado. O Estudo Ambiental para atividades industriais deverá contemplar no mínimo:
– Diagnóstico e medidas mitigadoras dos impactos ambientais decorrentes da implan-
tação do empreendimento, como por exemplo: obras de terraplenagem, corte de 
vegetação, proteção de nascentes obras de drenagem, entre outros, elaborado por 
profissionais habilitados e cadastrados no IAP, acompanhado de ART – Anotação de 
Responsabilidade Técnica ou documento similar do respectivo Conselho de classe; 
– Projeto de Controle de Poluição Ambiental, elaborado por profissionais habilitados 
e cadastrados no IAP habilitado e apresentado de acordo com as diretrizes específi-
cas deste IAP apresentadas no ANEXO 3 e ANEXO 4 (no caso de poluição sonora); 
• Em caso de lançamento de efluentes industriais na rede coletora de esgotos sanitários, apresentar 
autorização da concessionária dos serviços de água e esgotos, informando a respectiva ETE.
• Publicação de súmula da concessão de Licença Prévia em jornal de circulação regional e no 
Diário Oficial do Estado, conforme especificado no corpo da mesma e modelo aprovado pela 
Resolução CONAMA 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresenta-
ção dos respectivos jornais – originais).
• Publicação de súmula do pedido de Licença de Instalação em jornal de circulação regional e 
no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA no 006/86 
(as publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos respectivos jornais – 
originais).
• Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) de acor-
do com Lei Estadual 10.233/92. 
17SÉRIE DE caDERnoS tÉcnIcoS Da agEnDa paRlamEntaR — lIcEncIamEntoS ambIEntaIS
Licença de operação – Lo
A LO autoriza a operação do empreendimento ou atividade, após a verificação do efetivo cum-
primento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambientais e condicionan-
tesdeterminados para a operação.
O prazo de validade da LO poderá ser de 2 (dois), 4 (quatro) ou 6 (seis) anos dependendo do 
ramo de atividade em função dos critérios adotados pelo IAP.
para requerer a lo são necessários os seguintes documentos:
• Requerimento de Licenciamento Ambiental – RLA. 
• Cadastro de Empreendimentos Industriais – CEI atualizado, detalhando ou anexando, croqui 
de localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acesso principais e pon-
tos de referências para chegar ao local.
• Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos da SUDERHSA para utilização de recursos 
hídricos, inclusive para o lançamento de efluentes líquidos em corpos hídricos, ou Dispensa 
de Outorga, se for o caso.
• Publicação de súmula de concessão de Licença de Instalação em jornal de circulação regional e 
no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA 006/86 (as pu-
blicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos respectivos jornais – originais).
• Publicação de súmula do pedido de Licença de Operação em jornal de circulação regional e no 
Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA 006/86 (as pu-
blicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos respectivos jornais – originais). 
• Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) de acor-
do com Lei Estadual 10.233/92. 
renovação da Licença de operação – rLo
Documentos necessários para a renovação da Lo.
• Requerimento de Licenciamento Ambiental – RLA.
• Cadastro de Empreendimentos Industriais – CEI atualizado, detalhando ou anexando, croqui 
de localização do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acessos principais e pon-
18 SÉRIE DE caDERnoS tÉcnIcoS Da agEnDa paRlamEntaR — lIcEncIamEntoS ambIEntaIS
tos de referências para chegar ao local.
• De acordo com as características do empreendimento e com as legislações específicas, se 
necessário, apresentar os documentos abaixo anexados ao mesmo processo ou via on-line: 
– Relatório do automonitoramento de emissões atmosféricas, se necessário, de acordo 
de acordo com as diretrizes específicas deste IAP apresentadas no ANEXO 9, conforme 
estabelecido na Resolução SEMA 054/06. Nos casos em que o referido Relatório já te-
nha sido apresentado, informar o respectivo número do(s) protocolo(s) IAP.
– Declaração de Carga Poluidora para os efluentes líquidos, de acordo com as dire-
trizes específicas deste IAP apresentadas no ANEXO 11. No caso em que a referida 
Declaração já tenha sido apresentada, informar o número do protocolo IAP.
– Relatório de Auditoria Ambiental Compulsória, de acordo com o estabelecido no 
art. 4º da Lei Estadual 13.448/2002 e no Decreto Estadual 2.076/2003. No caso em 
que o referido Relatório já tenha sido apresentado, informar o respectivo número 
do protocolo IAP.
– Plano de gerenciamento de resíduos sólidos, de acordo com o estabelecido na Lei 
Estadual 12.493/1999 e no Decreto Estadual 6.674/2002, elaborado por técnico ha-
bilitado e apresentado de acordo com as diretrizes específicas deste IAP apresenta-
das no ANEXO 5.
– Formulário do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos (ANEXO 6), de acordo com a 
Resolução CONAMA 313/2002.
• Cópia da Licença de Operação.
• Súmula de concessão de Licença de Operação, publicada por ocasião da sua expedição em 
jornal de circulação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela 
Resolução CONAMA no 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresen-
tação dos jornais respectivos – originais).
• Publicação de súmula do pedido de Renovação de Licença de Operação em jornal de circu-
lação regional e no Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CO-
NAMA 006/86 (as publicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos jornais 
respectivos – originais).
• Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) de acor-
do com Lei Estadual 10.233/92. 
19SÉRIE DE caDERnoS tÉcnIcoS Da agEnDa paRlamEntaR — lIcEncIamEntoS ambIEntaIS
6. Quando a atividade ou obra já estiver em funcionamento comprovada-
mente antes de 1988 deverão requerer diretamente, conforme porte do em-
preendimento, a licença ambiental Simplificada de Regularização – laSR
A Licença Ambiental Simplificada de Regularização (LASR): aprova a localização e a concepção do 
empreendimento, atividade ou obra de pequeno porte e/ou que possua baixo potencial poluidor/de-
gradador, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a 
serem atendidos bem como autoriza sua instalação e operação de acordo com as especificações cons-
tantes dos requerimentos, planos, programas e/ou projetos aprovados, incluindo as medidas de con-
trole ambiental e demais condicionantes determinadas pelo IAP. Esta modalidade de REGULARIZAÇÃO 
serve para empresas com as características acima e que tenham sido instaladas COMPROVADAMENTE 
ANTES DO ANO DE 1988.
O prazo de validade da Licença Ambiental Simplificada (LAS) será de 06 (seis) anos e a LAS poderá 
ser renovada.
os documentos necessários para a laS são:
• Requerimento de Licenciamento Ambiental – RLA.
• Cadastro de Empreendimentos Industriais – CEI, detalhando ou anexando, croqui de locali-
zação do empreendimento, contendo rios próximos, vias de acessos principais e pontos de 
referências para chegar ao local. 
• Alvará de Funcionamento.
• Dispensa de Outorga de Uso de Recursos Hídricos da SUDERHSA para utilização de recursos 
hídricos, inclusive para o lançamento de efluentes líquidos em corpos hídricos, se for o caso.
• Matrícula ou Transcrição do Cartório de Registro de Imóveis em nome do requerente, e em 
caso de imóvel locado no nome do locador junto com o contrato de locação, no máximo de 
90 (noventa) dias, para imóveis rurais exige-se a averbação da Reserva Legal junto à matrí-
cula do imóvel, ou Documento de propriedade ou justa posse rural ou conforme exigências 
constante da Seção VI, arts. 46 a 57 da Resolução CEMA 065, de 1º de julho de 2008 (alterado 
pela Resolução CEMA 72/2009). 
• Projeto Simplificado do Sistema de Controle de Poluição Ambiental, conforme diretrizes apre-
sentadas no ANEXO 2 e ANEXO 4 (no caso de poluição sonora).
• Relatório do automonitoramento de emissões atmosféricas, se necessário, de acordo de acor-
20 SÉRIE DE caDERnoS tÉcnIcoS Da agEnDa paRlamEntaR — lIcEncIamEntoS ambIEntaIS
do com as diretrizes específicas do IAP apresentadas no ANEXO 9, conforme estabelecido na 
Resolução SEMA 054/2006, sendo que nos casos de relatório(s) periódico(s) já apresentado(s) 
deverá ser informado o(s) número(s) do(s) protocolo(s) junto ao IAP.
• No caso de fornos de carvão, croqui de localização dos fornos, com indicação da situação do 
terreno em relação ao corpo hídrico superficial, existência de cobertura florestal, ocupações 
do entorno com distâncias aproximadas de residências, indústrias, escolas, outras atividades 
e sistema viário (estradas e rodovias).
• Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) de acor-
do com o estabelecido na Lei Estadual 10.233/92, para pequeno porte. 
7. Licença de operação de regularização – Lor
 A LOR autoriza a operação da atividade ou empreendimento, com as medidas de controle am-
bientais e condicionantes determinados para a operação. Esta modalidade de regularização serve para 
os empreendimentos com as características acima e que tenham sido instaladas comprovadamente 
antes do ano de 1988. No caso de postos de combustíveis esta data passa a contar a partir de 2001 
conforme Resolução SEMA 38/2009. Os prazos de validade seguem os mesmos critérios da LO.
para requerer a loR são necessários os seguintes documentos:
• Requerimento de Licenciamento Ambiental – RLA. 
• Cadastro de Empreendimentos Industriais– CEI, detalhando ou anexando, croqui de loca-
lização do empreendimento, contendo rios próximos, via de acesso principal e pontos de 
referências para chegar ao local.
• Projeto de Controle de Poluição Ambiental, elaborado por técnico habilitado e apresentado 
de acordo com as diretrizes específicas deste IAP apresentadas no ANEXO 3 e ANEXO 4 (no 
caso de poluição sonora).
• Relatório do automonitoramento de emissões atmosféricas, se necessário, de acordo com 
as diretrizes específicas deste IAP apresentadas no ANEXO 9, conforme estabelecido na Re-
solução SEMA 054/2006, sendo que nos casos de relatório(s) periódico(s) já apresentado(s) 
deverá ser informado o(s) número(s) do(s) protocolo(s) junto ao IAP.
• Matrícula ou Transcrição do Cartório de Registro de Imóveis em nome do requerente, e em 
caso de imóvel locado no nome do locador junto com o contrato de locação, no máximo de 90 
21SÉRIE DE caDERnoS tÉcnIcoS Da agEnDa paRlamEntaR — lIcEncIamEntoS ambIEntaIS
(noventa) dias, para imóveis rurais exige-se a averbação da Reserva Legal junto à matrícula do 
imóvel, ou Documento de propriedade ou justa posse rural ou conforme exigências constan-
tes da Seção VI, arts. 46 a 57 da Resolução CEMA 065, de 1º de julho de 2008 (alterado pela 
Resolução CEMA 72/2009).
• Em caso de lançamento de efluentes industriais na rede coletora de esgotos sanitários, apresentar 
Autorização da concessionária dos serviços de água e esgotos, informando a respectiva ETE. 
• Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos da SUDERHSA para utilização de recursos 
hídricos, inclusive para o lançamento de efluentes líquidos em corpos hídricos, ou Dispensa 
de Outorga, se for o caso.
• Alvará de licença expedido pelo município, original ou autenticado.
• Publicação de súmula do pedido de Licença de Operação em jornal de circulação regional e no 
Diário Oficial do Estado, conforme modelo aprovado pela Resolução CONAMA 006/86 (as pu-
blicações deverão ser comprovadas através da apresentação dos jornais respectivos – originais).
• Comprovante de recolhimento da Taxa Ambiental (Ficha de Compensação Bancária) de acor-
do com Lei Estadual 10.233/92. 
4. FunDamEntação lEgal
Resoluções SEMA 031/1998, 56/2008, 38/2009 e 51/2009,
Portarias IAP 166/2008, 59/2009 e 243/2009.
Resoluções CEMA 65/2008 e 70/2009 alteradas pela 72/2009.
Resoluções conjuntas IBAMA/SEMA/IAP 46/2007 e 005/2008.
Resoluções CONAMA 006/1986, 237/1997, 273/2000 e 362/2005.
Leis Federais 6.938/1981, 8.485/1987, 10.066/1992.
Decretos 4.514/2001 e 6.358/2006.
Leis Estaduais 10.233/1992, 11.352/1996, 12.493/1999 e 14.984/2005.
22 SÉRIE DE caDERnoS tÉcnIcoS Da agEnDa paRlamEntaR — lIcEncIamEntoS ambIEntaIS
5. EStRatÉgIa DE ImplEmEntação paRa oS 
muNICÍPIoS
	 “Exercer	a	gestão	ambiental	significa,	antes	de	mais	nada,	agregar	valor	aos	trabalhos	que	de	um	
jeito	ou	de	outro	já	estão	no	dia	a	dia	da	Prefeitura.	O	gestor	ou	gestora	ambiental	não	é	apenas	
aquele(a)	que	trabalha	na	Secretaria	do	Meio	Ambiente.	É	também	toda	pessoa	que	toma	decisões	
nas	áreas	de	Saúde,	Planejamento	Urbano,	recolhimento	e	disposição	de	resíduos,	Educação,	Trans-
portes,	Saneamento,	normas	internas	na	aprovação	ou	implantação	de	projetos”	(MÜZELL).
O Planejamento inicia-se com a constituição da equipe técnica seguida de sua capacitação. Para 
Prefeituras de grande porte as dificuldades para constituição da equipe técnica não são as mesmas 
encontradas pelas de médio e pequeno porte. Considero que até o nível de médio porte (cidades polo 
de desenvolvimento regional) a Prefeitura tem condições de arcar com uma equipe técnica própria. 
Nas Prefeituras de pequeno porte, que são a grande maioria, normalmente encontramos apenas um 
técnico envolvido em questões ambientais e geralmente sem a devida exclusividade. Nossa proposta 
para estas Prefeituras é de manterem uma coordenação ambiental, seja através das Secretarias de 
Indústria e Comércio e/ou Agricultura e Pecuária. E para as tarefas a serem desenvolvidas e mantidas 
(aterros sanitários, cemitérios municipais, distritos industriais, distritos residenciais sociais, cascalhei-
ras, gerenciamento de recursos hídricos, coleta seletiva, compostagem, reúso de águas) recomenda-
mos a contratação de empresas privadas especializadas nas questões ambientais. Recomendamos a 
contratação por um período variável de 1 (um) a 3 (três) anos onde as empresas contratadas terão 
sob sua responsabilidade assessorarem ao Prefeito e seus Secretários Municipais em todos os aspec-
tos ambientais, inclusive nas elaborações de projetos para os respectivos licenciamentos ambientais. 
Tal sugestão justifica-se, pois muito provavelmente por um aporte mensal aproximado de um técnico 
especializado a Prefeitura contará com o suporte de toda a estrutura técnica da empresa contratada. É 
claro que a empresa privada precisa dispor de equipe técnica multidisciplinar e não estará tempo inte-
gral a disposição da Prefeitura, mas na negociação o cronograma de atividades pode e deve ser incluído 
especificando até quais projetos de porte maior estão contemplados dentro deste assessoramento. 
Acredito que tal ferramenta é uma grande opção para as Prefeituras de pequeno porte discutirem e 
implantarem de acordo com suas necessidades e capacidades de realizações as ações ambientalmente 
necessárias. No entanto, o poder de fiscalização ou de polícia não pode ser exercido pelas empresas 
terceirizadas, cabendo esta fiscalização a qualquer servidor municipal capacitado para tal na hipótese 
de o município não possua profissionais qualificados da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Em termos de legislação o Município pode implantar legislações mais restritivas que a legislação 
estadual, porém jamais implantar legislações mais brandas.
23SÉRIE DE caDERnoS tÉcnIcoS Da agEnDa paRlamEntaR — lIcEncIamEntoS ambIEntaIS
Para funcionamento da fiscalização municipal sobre o meio ambiente as leis estaduais existentes 
podem e devem ser aplicadas, não ficando estes serviços sujeitos somente as leis municipais. É fun-
damental esclarecer que o Município ao aplicar a lei por meio de medidas de caráter preventivo como 
emissão de certidão quanto ao uso e ocupação do solo, vistorias ambientais, fiscalização esta exercen-
do poder de polícia. Mas tem autoridade para tomar medidas repressivas, como a notificação para 
regularização, autuação de uma atividade e interdição da mesma. Para isto é bastante que as medidas 
estejam previstas em lei. 
Ações preventivas, reparadoras ou repressivas precisam estar firmemente vinculadas às leis exis-
tentes e sem qualquer outra falha administrativa para não possibilitarem ações judiciais.
Independentemente da aplicação de sanções administrativas, o poluidor ou degradador deve 
reparar os danos causados ao meio ambiente. Se não o fizer e o município não exigir, ambos poderão 
serem acionados judicialmente. O Município por omissão será obrigado a responder solidariamente, 
em caso de indenização. Por isso, convém que a Prefeitura exija, mediante requerimento formal, a 
reparação de danos causados em seu território. Os recursos que provêm de multas administrativas 
podem ser destinados a programas e projetos socioambientais. Todas as medidas até aqui levantadas 
referem-se às instâncias administrativas para prevenção e reparação do dano ambiental. Caso apresen-
tem-se situações que extrapolem as competências do órgão ambiental municipal, o Poder Judiciário 
pode ser acionado pela Prefeitura. Um dos caminhos é a ação civil pública em parceria com o Ministé-
rio Público e amparado pela Lei Federal 7.347/85. Mas ainda temos outras ações em defesa do meio 
ambiente, como as demolitórias, as de reintegração de posse, a anunciação de obra nova e a ratificação 
de embargo administrativo, desde que haja descumprimento da legislação municipal.
Assim sendo enaltecemos que licenciamento ambiental também é uma competênciamunicipal, 
sendo o licenciamento ambiental o dispositivo de controle prévio das atividades potencialmente cau-
sadoras de impacto sobre o meio ambiente. Compete ao órgão ambiental municipal, consultados os 
órgãos competentes da União e dos Estados, quando couber, o licenciamento ambiental de empreen-
dimentos e atividades de impacto ambiental local e daqueles que lhe forem delegados pelo Estado por 
instrumento legal. É dever dos municípios adequar a sua estrutura administrativa para cumprir essa 
atribuição. Por meio desse procedimento administrativo, o órgão ambiental licencia a localização, a 
instalação, a ampliação e a operação de empreendimentos e atividades que utilizam recursos naturais, 
considerados efetivamente ou potencialmente poluidores ou degradadores ambientais. Os municípios 
podem assumir a função de licenciadores ambientais, com base nas diretrizes da Lei 6.938/81 e das 
Resoluções Conama 001/1986 e 237/1997.
A municipalização do licenciamento ambiental atende aos interesses das localidades e agiliza os 
procedimentos, ao mesmo tempo em que alivia a carga sobre o órgão ambiental estadual. É de grande 
vantagem para o município ter sua área de licenciamento ambiental pois os órgãos financiadores tem 
cada vez mais exigido a licença ambiental como uma das condições de liberação de recursos para pro-
24 SÉRIE DE caDERnoS tÉcnIcoS Da agEnDa paRlamEntaR — lIcEncIamEntoS ambIEntaIS
jetos. No entanto é necessário que o município tenha implantado o seu Conselho Municipal de Meio 
Ambiente de caráter deliberativo e com participação de representantes da sociedade civil. Deve, ainda, 
possuir em seus quadros profissionais habilitados.
oportunidades que se apresentam para tornar mais restritivas as legislações municipais do 
que as legislações estaduais.
Hoje temos situações de localizações de estabelecimentos em situações conflitantes. Temos por 
exemplo posto de combustível instalado em local onde do outro lado da rua existe uma instituição de 
ensino do tipo faculdade. Diz a legislação estadual que o posto não pode ser instalado a menos de 200 
m deste tipo de atividade. Mas acontece que o posto já existia antes da faculdade ali se instalar. A lei 
estadual é restritiva quanto à instalação do posto, mas não impõem restrições para a implantação de 
creches, hospitais, escolas onde já existam empreendimentos com restrições como estas dos postos 
de combustíveis. Para prevenir estes conflitos, onde ocorrerão grandes concentrações populares nas 
proximidades do posto de combustível, nada melhor que a legislação municipal para restringir as edi-
ficações permitidas no entorno destes estabelecimentos. Se na liberação do Alvará de Funcionamento 
para edificações onde se terá grandes concentrações populacionais passar a ser analisado o entorno 
do mesmo e havendo lei municipal sobre o assunto tal conflito não mais se instalará. Prevenir é melhor 
do que remediar. A legislação ambiental que protege nosso ambiente precisa ser pensada mais ampla-
mente para evitar agravamento dos conflitos gerados pelas mesmas.
6. concluSão
As Prefeituras Municipais necessitam em primeiro plano cuidar do dever de casa e providencia-
rem seus licenciamentos ambientais para seus empreendimentos. Exemplificando, algumas Prefeitu-
ras possuem abatedouro, lavador de veículos, depósito de combustível, cemitério municipal, aterro 
sanitário, depósito de agrotóxicos que são passíveis de licenciamento ambiental. Para estas situações 
recomendamos contratação terceirizada para através de cronograma físico-financeiro paulatinamente 
e seguramente serem sanadas todas as pendências ambientais que possam existir.
Em segundo lugar as Prefeituras necessitam controlar sob o ponto de vista ambiental suas emis-
sões de Certidões de Anuência de Uso e Ocupação do Solo e Expedição de Alvarás de Funcionamento 
onde recomendamos que se utilize de mecanismos que levem em consideração as legislações am-
bientais exigindo do empreendedor que o mesmo apresente Plano de Controle Ambiental para suas 
atividades, permitindo uma avaliação técnica por parte da Prefeitura previamente à expedição dos 
documentos solicitados pelo empreendedor.
A implantação do Conselho Municipal de Meio Ambiente nos Municípios que ainda não o fizeram 
25SÉRIE DE caDERnoS tÉcnIcoS Da agEnDa paRlamEntaR — lIcEncIamEntoS ambIEntaIS
possibilitará apresentação de projetos ambientais captando recursos nas esferas estaduais e federais.
7. REFERÊncIaS
bRaSIl. Congresso Nacional. – lei Federal 6.938/1981.
— Congresso Nacional. – lei Federal 8.485/1987.
— Congresso Nacional. – lei Federal 10.066/1992.
— Conselho Nacional do Meio Ambiente – Resolução conama 006/1986.
— Conselho Nacional do Meio Ambiente – Resolução conama 237/1997.
— Conselho Nacional do Meio Ambiente – Resolução conama 273/2000.
— Conselho Nacional do Meio Ambiente – Resolução conama 362/2005.
PArANá. Instituto Ambiental do Paraná – IAP. Central de relacionamento. <iap.pr.gov.br>.
bRaSIl/paRanÁ. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – 
IBAMA/SEMA/IAP – Resolução conjunta 46/2007.
— Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA/SEMA/
IAP – Resolução conjunta 005/2008.
bRaSIl. Presidência da República – Decreto 4.514/2001.
— Presidência da República – Decreto 6.358/2006.
c.S. ambIEntal – C.S. engenharia Ambiental e Segurança do Trabalho Ltda. <csambiental.com.
br>. Arquivos Técnicos 2007 à 2010.
mÜZeLL, Virginia Olga Koeche. Ministério do Meio Ambiente. Departamento de articulação Ins-
titucional – Instrumentos da gestão municipal. 2006.
Paraná. Assembléia Legislativa. lei Estadual 10.233/1992.
— Assembléia Legislativa. lei Estadual 11.352 /1996.
— Assembléia Legislativa. lei Estadual 12.493/1999.
— Assembléia Legislativa. lei Estadual 14.984/2005.
— Conselho Estadual do Meio Ambiente. cEma- Resolução 65/2008.
— Conselho Estadual do Meio Ambiente. cEma- Resolução 70/2009.
— Conselho Estadual do Meio Ambiente. cEma- Resolução 72/2009.
— Instituto Ambiental do Paraná – IAP. portaria 166/2008.
26 SÉRIE DE caDERnoS tÉcnIcoS Da agEnDa paRlamEntaR — lIcEncIamEntoS ambIEntaIS
Paraná. Instituto Ambiental do Paraná – IAP. portaria 59/2009.
— Instituto Ambiental do Paraná – IAP. portaria 243/2009.
— Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Resolução SEma 031/1998. 
— Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Resolução SEma 56/2008.
— Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Resolução SEma 38/2009.
— Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Resolução SEma 51/2009.
8. autoR:
luiz alberto matte é Engenheiro Químico (CREA RS-9742 Visto PR 7055) pela UFRGS, pós-gradu-
ado em Engenharia de Segurança do Trabalho pela UFSC. Atualmente é Inspetor da Câmara Especializa-
da de Engenharia Química, Inspetoria de Guarapuava, Regional Ponta Grossa, CREA-PR e Coordenador 
Técnico da C.S. Engenharia Ambiental e Segurança do Trabalho Ltda., onde desenvolve projetos para 
Licenciamentos Ambientais. Possui assento no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Jordão represen-
tando a Entidade CREA- PR. Atuou no setor de fabricação de papel durante 35 anos em diversas em-
presas do setor no Brasil.
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