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Apostila - Licenciamento Ambiental - INEMA/Bahia

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Prévia do material em texto

Rui Costa 
Governador 
João Leão 
Vice governador 
José Geraldo dos Reis Santos 
Secretário do Meio Ambiente 
Iara Martins Icó Sousa 
Chefe de Gabinete 
Márcia Cristina Telles de Araújo Guedes 
Diretora Geral do INEMA 
Aderbal de Castro Meira Filho 
Superintendente de Políticas e Planejamento Ambientais - SPA 
Luiz Antônio Ferraro Junior 
Superintendente de Estudos e Pesquisas Ambientais - SEP 
Kitty de Queiroz Tavares 
Diretora de Estudos Avançados em Meio Ambiente - DEAMA/SPA 
Jabson Machado Prado 
Diretor Geral 
Eva Cristina de Castro Borges 
Assessoria de Planejamento e Gestão - APG 
Ivone Maria de Carvalho 
Coordenadora do PDA e Assessoria Especial 
Rodolfo Souza Araujo Neto 
Coordenação de Gestão Organizacional e de TIC - APG 
Ana Paula Porto Santos 
Coordenadora de Comunicação da Assessoria de Comunicação – Ascom/SEMA 
Equipe da Deama 
Alexsandro Silva Santos, Cassiana Marchesan, Felipe Bastos Lobo Silva, 
Ilyuska Makarya Rodrigues Barbosa, Isabela Souza Santana, Luís Fabrício Moura Viana 
Santos, Maíra Alves dos Santos, Patrícia Rabelo Nunes da Silva, Zoltan Romero. 
Estagiários: Yanka Schramm Oliveira, Talita Jesus da Silva, Veronisse Leite De Oliveira. 
Colaboradores: Carlos Augusto Costa Dos Santos Junior, Tiago Jordao Porto Santos, 
Luzia Luna Pamponet Vilas Boas, Larissa Cayres De Souza, Joseval Souza De Almeida, 
Adriano Cassiano Dos Santos, Lorena de Jesus Barbosa. 
Elaboração 
Lucia Cardoso e Julia Salomão 
 
 
Grupo de Trabalho do Programa Formar / Apoio na Organização do Curso 
Alexsandro Santos Silva; Eratóstenes Lima; Paulo Henrique Prates Maia; Rosane 
Cardoso; Tatiana Stolze; Cassiana Marchesan (Deama); Geni Urpia (Dirre/Inema); 
Maria das Graças Reis (Coaes/Inema); Naiana Santos (Coaes/Inema); Francisco Neto 
(Coged/Inema); Stela Soares (Coged/Inema); Alice Senna (Coord. Núcleo de Soluções 
em Gestão de Pessoas/Flem); Ubaldo Galvão Sampaio Filho (Núcleo de Soluções em 
Gestão de Pessoas/Flem); Marlei Silva de Figueiredo (Núcleo de Soluções em Gestão 
de Pessoas/Flem); Claudia Faillace (Coord. Pedagógica do Programa - Núcleo de 
Soluções em Gestão de Pessoas/Flem); Daniela Alves Carvalho (Coordenadora 
Executiva/FLEM); Estagiários: Elisângela Conceição Alves, Laís Maiara Neves Alves. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2017 
 
Secretaria do Meio Ambiente – Sema 
Superintendência de Estudos e Pesquisas Ambientais – SEP 
Diretoria de Estudos Avançados em Meio Ambiente – Deama 
Av. Luis Viana Filho, 6ª Avenida, n° 600, 5º andar Centro Administrativo da Bahia - 42.745-900 
Salvador – Bahia 
Telefone: (71) 3118-5454/5464 /5456 
http://www.sema.ba.gov.br // e-mail: deama@sema.ba.gov.br 
 
 
Apresentação 
As questões ambientais globais, percebidas intensamente a cada dia, reforçam a 
necessidade cada vez mais premente de se reunir esforços para conciliar o 
desenvolvimento socioeconômico com a proteção dos recursos naturais, visando 
garantir a manutenção da qualidade de vida, a integridade ecológica e a equidade social, 
pressupostos interdependentes para a sustentabilidade. 
Nesse contexto, a temática ambiental vem ganhando cada vez mais espaço para a 
tomada de decisão, visando à implantação de qualquer atividade, desde simples a 
grandes projetos econômicos. Nunca foram tão sentidos os efeitos adversos resultantes 
do uso indiscriminado dos recursos naturais, os quais denotam a necessidade premente 
da adoção por toda a coletividade de práticas sustentáveis. 
Desse modo, surgem a cada dia novas leis, regulamentos, normas e padrões, 
objetivando regular a ação humana e fazer frente ao controle ambiental almejado. 
Este Módulo do Curso Licenciamento Ambiental vem de forma didática contribuir para 
a compreensão dos procedimentos licenciatórios, tendo como propósito colaborar para 
a formação dos profissionais com atuação no Sistema Estadual do Meio Ambiente 
(SISEMA), apresentando de forma sistemática a legislação aplicável e os instrumentos 
normativos referentes ao licenciamento ambiental das atividades e empreendimentos 
com potencial de impacto no ambiente, considerando os novos preceitos legais vigentes 
no Estado da Bahia. 
As legislações básicas citadas ao longo dessa apostila serão disponibilizadas em meio 
digital. 
 
 
 
Sumário 
1. BREVE RETROSPECTIVA DO MODELO INSTITUCIONAL LEGAL 
DA GESTÃO AMBIENTAL NA BAHIA .................................................................................... 8 
1.1. Lei Estadual N° 3858/80 (Revogada) ................................................................................... 9 
1.2. Lei Estadual N° 7.799/2001 (Revogada) ............................................................................ 10 
1.3. Criação Da Secretaria Do Meio Ambiente E Recursos Hídricos (SEMARH) - Atual 
Secretaria Do Meio Ambiente (SEMA) .............................................................................. 14 
1.4. Lei Estadual N° 10.431/2006 ............................................................................................. 14 
1.5. Lei Estadual Nº 11.050/2008 ............................................................................................ 15 
1.6. Decreto Estadual N° 11.235/2008 (Revogado) ................................................................. 15 
1.7. Lei Estadual Nº 12.212/2011 ............................................................................................ 16 
1.8. Lei Estadual N° 12.377/2011 ............................................................................................. 23 
1.9. Decreto Estadual Nº 14.024/2012 .................................................................................... 25 
2. LICENCIAMENTO AMBIENTAL ........................................................................................... 27 
2.1. Lei Estadual Nº 10.431/06 ................................................................................................ 28 
2.2. A quem compete o licenciamento ambiental? ................................................................. 29 
2.2.1. Lei Complementar n°140/2011 ............................................................................ 29 
2.2.1.1. Competência da União ......................................................................... 29 
2.2.1.2. Competência dos Estados ..................................................................... 31 
2.2.1.3. Competência Municipal ........................................................................ 33 
2.2.1.4. Licenciamento Ambiental em Áreas de Proteção Ambiental (APAs) ... 35 
2.3. Empreendimentos e atividades sujeitas ao sistema de licenciamento ambiental na 
bahia.................................................................................................................................. 35 
2.3.1. Classificação das Atividades Segundo o Porte e Potencial Poluidor .................... 36 
2.3.2. Da Remuneração pela Análise ............................................................................. 37 
2.4. Penalidades aplicáveis na ausência do licenciamento ...................................................... 38 
2.4.1. Lei de Crimes Ambientais ..................................................................................... 40 
3. SISTEMA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DA BAHIA ...................................................... 42 
3.1. A Licença Ambiental .......................................................................................................... 45 
3.2. Anuência do órgão gestor da unidade de conservação .................................................... 48 
3.3. Autorização Ambiental ..................................................................................................... 50 
3.4. Declaração para Transporte de Resíduos Perigosos (DTRP) ............................................. 51 
3.5. Automonitoramento Ambiental ....................................................................................... 51 
3.6. Licenciamento ambiental de atividadese empreendimentos de pequeno impacto 
ambiental - Classes 1 e 2 ................................................................................................... 52 
3.6.1. Licença Unificada (LU) .......................................................................................... 52 
 
 
3.6.2. Prazo de Análise da Licença Unificada (LU) ......................................................... 53 
3.7. Licenciamento ambiental de atividades e empreendimentos de médio impacto 
ambiental Classes 3, 4 e 5 ................................................................................................. 54 
3.8. Licenciamento ambiental de atividades e empreendimentos de significativo impacto 
ambiental - Classe 6 .......................................................................................................... 54 
3.9. Prazo de validade das licenças e autorizações ambientais ............................................... 55 
3.10. Renovação de licenças ...................................................................................................... 56 
3.11. Prorrogação de prazo de validade .................................................................................... 57 
3.12. Revisão de condicionantes ................................................................................................ 57 
3.13. Alteração de razão social .................................................................................................. 58 
3.14. Transferência de titularidade de licença ........................................................................... 59 
4. OUTORGA DE DIREITO DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS ................................................. 61 
4.1. Outorga Preventiva ........................................................................................................... 66 
4.2. Documentação e estudos necessários para solicitação de outorga ................................. 67 
4.3. Renovação de outorga ...................................................................................................... 70 
5. VEGETAÇÃO E FAUNA ....................................................................................................... 72 
5.1. Supressão de vegetação ................................................................................................... 72 
5.1.1. Autorização de Supressão de Vegetação (ASV) ................................................... 74 
5.2. Reserva legal ..................................................................................................................... 75 
5.3. Fauna ................................................................................................................................. 79 
6. AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL: EIA / RIMA / AUDIÊNCIA PÚBLICA ...................... 84 
6.1. Termo de Referência para Elaboração do EIA/RIMA ........................................................ 84 
6.2. Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) ........................................................................... 86 
6.3. Divulgação do EIA / RIMA ................................................................................................. 87 
6.3.1. Audiência pública ................................................................................................. 87 
6.4. Compensação Ambiental .................................................................................................. 88 
7. AUTOCONTROLE AMBIENTAL ........................................................................................... 91 
7.1. Política Ambiental ............................................................................................................. 91 
7.2. Comissão Técnica de Garantia Ambiental (CTGA) ............................................................ 93 
7.2.1. Relatório Técnico de Garantia Ambiental (RTGA) ................................................ 95 
7.3. Auto Avaliação para o Licenciamento Ambiental (ALA) ................................................... 96 
7.4. Balanço Ambiental ............................................................................................................ 97 
8. PROCEDIMENTOS PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL ................................................ 99 
8.1. Etapas .............................................................................................................................. 101 
8.1.1. Etapa I - Requerimento da Licença .................................................................... 101 
 
 
8.1.1.1. Formulário de Caracterização do empreendimento (FCE) ................. 103 
8.1.1.2. Da publicidade do Pedido de Licença Ambiental ............................... 104 
8.1.1.3. Estudos Ambientais / Responsabilidade ............................................. 104 
8.1.2. Etapa II - Análise Técnica e Jurídica .................................................................... 105 
8.1.3. Etapa III - Deliberação pelo INEMA .................................................................... 105 
8.1.4. Etapa IV - Publicação da Licença ........................................................................ 106 
8.1.5. Etapa V - Emissão da Licença ............................................................................. 106 
8.2. Cancelamento das Licenças ............................................................................................ 106 
9. SISTEMAS UTILIZADOS PELO INEMA PARA A GESTÃO DOS PROCESSOS E ATOS 
AUTORIZATIVOS .............................................................................................................. 107 
9.1. Sistema de Gestão da Qualidade e Padrões (SECTA) ...................................................... 107 
9.2. Sistema Estadual de Informações Ambientais e Recursos Hídricos da Bahia (SEIA) ...... 107 
9.3. Sistema Cerberus ............................................................................................................ 108 
9.4. Sistema Estadual de Informações Sobre Recursos Hídricos (SEIRH-PROHIDROS) .......... 109 
9.5. Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (CEFIR) ................................................... 109 
10. REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 110 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 8 
1. BREVE RETROSPECTIVA DO MODELO INSTITUCIONAL 
LEGAL DA GESTÃO AMBIENTAL NA BAHIA 
A Legislação Ambiental do Estado da Bahia teve início na década de 1970 e se constituiu 
em um grande avanço na área ambiental, quando por meio da Lei nº 3.163 criou em 
outubro de 1973, o Conselho Estadual de Proteção Ambiental (CEPRAM), pioneiro no 
Brasil, posteriormente denominado Conselho Estadual de Meio Ambiente (CEPRAM). 
Analisando este dispositivo legal e sua regulamentação estabelecida pelo Decreto 
Estadual nº 24.350/74 vê-se que esta lei instituiu não apenas o Conselho Estadual de 
Meio Ambiente, mas formulou a política estadual de controle da poluição, designando 
o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (CEPED), órgão estadual vinculado a época à 
Secretaria do Planejamento, Ciência e Tecnologia (SEPLANTEC), como órgão executor 
central da política de controle da poluição, garantindo as autoridades fiscalizadoras o 
livre acesso a qualquer dia e hora às instalações e empreendimentos capazes sob 
qualquer forma de poluir o meio ambiente. A referida lei previu também as penalidades 
aplicáveis aos infratores (advertência, multa e interdição) e criou o Fundo Especial 
destinado exclusivamente para o financiamento de estudos relativos à proteção do meio 
ambiente. 
A criação do CEPRAM foi impulsionada pela implantação do Polo Petroquímico, no 
município de Camaçari, que teve as primeiras unidades industriais instaladas a partir de 
1974. Há de se considerar também que o Brasil e os demais países encontravam-se sobre 
os efeitos da I Conferência Mundial das Nações Unidassobre o Meio Ambiente, realizada 
em Estocolmo no ano de 1972, o que seguramente repercutiu também no Estado da 
Bahia. 
 
Desde 1973, portanto há quatro décadas, o CEPRAM – 
órgão consultivo, normativo, deliberativo e recursal do 
Sistema Estadual de Administração dos Recursos 
Ambientais – vem sendo um dos mais atuantes no Brasil 
com um desempenho que lhe assegura um destaque 
especial entre seus pares. 
 
Importante salientar que a referida Lei nº 3.163/73 sinalizou àquela época a participação 
dos municípios ao se referir que: em casos específicos e quando se fizer necessário serão 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 9 
ouvidos pelo Conselho, os representantes de entidades municipais, que atuem no setor 
de combate à poluição. 
No período de 1973 a 1979, o CEPRAM com base nos Pareceres Técnicos do Centro de 
Pesquisa e Desenvolvimento (CEPED), órgão executor, emanados do Programa de 
Proteção Ambiental, deliberava sobre a avaliação ambiental dos primeiros projetos 
implantados no Polo Petroquímico, atual Polo Industrial de Camaçari, que hoje somam 
mais de 50 empresas. 
1.1. Lei Estadual N° 3858/80 (Revogada) 
Posteriormente, já na década de 1980, foi promulgada a Lei nº 3.858/80, instituindo o 
Sistema Estadual de Administração dos Recursos Ambientais (SEARA), criando 
mecanismos para a implementação da Política Ambiental do Estado. O SEARA com a 
finalidade de promover “[...] a conservação, defesa e melhoria do ambiente, em 
benefício da qualidade de vida [...]” acolheu como órgão superior o então Conselho 
Estadual de Proteção Ambiental (CEPRAM). 
Como órgão executor do SEARA, por meio da Lei Delegada nº 31, foi criado em 1983 o 
Centro de Recursos Ambientais (CRA), tendo o seu primeiro Regimento aprovado pelo 
Decreto Estadual nº 29.685, de 22 de junho de 1983. 
O SEARA, tendo como órgão superior (CEPRAM), órgão executor (CRA) e os órgãos 
setoriais (demais órgãos do poder público estadual), assim como os instrumentos de 
controle criados para a gestão e proteção do meio ambiente, teve um importante papel 
no desenvolvimento e fortalecimento ambiental do Estado, tendo sido, inclusive, 
pioneiro na implantação de alguns instrumentos de autocontrole ambiental, a exemplo 
da Comissão Técnica de Garantia Ambienta l(CTGA) e da Autoavaliação para o 
Licenciamento Ambiental (ALA). 
Em 1989, a Constituição do Estado da Bahia dispôs sobre a instituição de um sistema de 
administração de qualidade ambiental, proteção, controle e desenvolvimento do meio 
ambiente e uso adequado dos recursos naturais para organizar, coordenar e integrar as 
ações da administração pública e da iniciativa privada, assegurada a participação da 
coletividade. 
Como órgão superior, a Constituição baiana acolheu o já existente CEPRAM passando a 
denominá-lo de Conselho Estadual de Meio Ambiente (e não mais Conselho Estadual de 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 10 
Proteção Ambiental) e fixou a representação tripartite e paritária do poder público, das 
entidades ambientalistas e demais representações da sociedade civil. O CEPRAM era 
composto de 15 (quinze) membros Conselheiros, disciplinado por meio da Lei nº 
6.529/93 como um órgão colegiado, normativo e deliberativo. 
A participação ampliada dos movimentos ambientalistas e de outros segmentos da 
sociedade civil representou, certamente, um grande avanço no sentido de propiciar 
maior legitimidade às decisões do CEPRAM e de ampliar o debate das questões 
ambientais no Estado, trazendo-as para um foro institucional com poder de decisão. 
Objetivando realizar a articulação com os órgãos superior e executor do SEARA, foram 
criados os Núcleos Ambientais, nos diversos órgãos setoriais centralizados e entidades 
descentralizadas da administração estadual, cujas atividades estivessem, total ou 
parcialmente, associadas às de conservação, defesa e melhoria do ambiente, articulados 
permanentemente ao CRA, com a finalidade de acompanhar a execução do programa 
ambiental nas questões relativas às respectivas áreas de competência. 
Estes Núcleos Ambientais posteriormente foram consolidados nas Comissões Técnicas 
de Garantia Ambiental (CTGA), existentes nas diversas estruturas de governo, que têm 
por objetivo coordenar, executar, acompanhar, avaliar e pronunciar-se sobre os planos, 
programas e projetos desenvolvidos no âmbito de sua competência. 
A Lei nº 3.858/80 tratou de disciplinar a política estadual de meio ambiente no Estado 
da Bahia e representou um marco no panorama nacional, tendo sido inclusive editada 
previamente a Lei nº 6.938/81 que institui a política nacional de meio ambiente, um ano 
após. A lei ambiental baiana vigorou durante 20 anos e inovou ao disciplinar desde a sua 
edição o Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), entre outros mecanismos de 
controle ambiental. 
1.2. Lei Estadual N° 7.799/2001 (Revogada) 
Em 2001, a Lei n° 3.858/80 foi revogada, tendo sido revista e atualizada, buscando maior 
eficácia, com uma abordagem mais próxima de conceitos modernos de gestão dos 
recursos ambientais. Resultou na promulgação da 2ª lei ambiental do Estado da Bahia – 
Lei nº 7.799 de 07 de fevereiro de 2001, tendo sido regulamentada por meio do Decreto 
Estadual nº 7.967, em junho desse mesmo ano. 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 11 
A Lei n° 7.799 disciplinou o Sistema Estadual de Administração dos Recursos Ambientais 
(SEARA), que foi reorganizado com o propósito de redefinir claramente as competências 
dos vários órgãos que o compõem, incorporar os novos atores, a exemplo dos 
municípios e dos órgãos colaboradores (organizações não governamentais) e dar mais 
eficiência e articulação entre os órgãos setoriais e locais. 
Sobre seu conteúdo deve ser dito, já de início, que essa lei trouxe disposições 
inovadoras, fruto da experiência adquirida ao longo de 20 anos de atuação e das 
mudanças, tanto da legislação ambiental federal, como das disposições constitucionais 
relativas à distribuição de competências entre a União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios. 
No Sistema Estadual foi redefinido o papel dos diversos órgãos, objetivando sua melhor 
articulação na execução da Política Estadual de Administração de Recursos Ambientais, 
conferindo-lhes tratamento e atribuições diferenciados e definindo-os como: 
• a) Órgãos Executores Centrais: órgãos dotados de poder de polícia administrativa e 
responsáveis pela aplicação e fiscalização da legislação ambiental do Estado. 
Enquadrava-se nessa categoria, o Centro de Recursos Ambientais (CRA), a Diretoria 
de Desenvolvimento Florestal (DDF) e a Superintendência de Recursos Hídricos 
(SRH). Dentre estes, o CRA teve um papel especial, exercendo ainda as atribuições 
previstas na Constituição do Estado, de Órgão Coordenador do Sistema e de 
Secretaria Executiva do CEPRAM. 
• b) Órgãos Executores Setoriais: referia-se aos órgãos centralizados e entidades 
descentralizadas da administração estadual, responsável pelo planejamento, 
aprovação, execução, coordenação ou implementação de políticas, planos, 
programas e projetos total ou parcialmente associados ao uso dos recursos naturais. 
Nessa época foram expressamente incluídos no SEARA, os Órgãos Executores Locais, 
que são os órgãos do Poder Público Municipal responsáveis pelo controle e fiscalização 
das atividades efetiva ou potencialmente causadoras de impacto ambiental, dentro de 
seu âmbito de competência e jurisdição. 
O papel das Prefeituras Municipais, no que se refere à defesa, conservação e melhoria 
do meio ambiente, mudou sensivelmente, em decorrência das atribuições conferidas 
pela Constituição Federal/88 e pela Constituição Estadual/89, sendo percebido que as 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 12 
municipalidades vêm, a cada dia, estruturando-se para o exercício dessa atividade e 
ocupando um espaço antes preenchido quase que exclusivamente pelo Estado. 
À esfera municipal, por meio dos órgãos da administração direta e indireta que 
constituemesse nível de poder, cumpre importante papel junto ao SEARA, em especial 
em face da competência Local/Municipal suplementar dos municípios de legislar sobre 
o uso do solo, conservação de floresta, fauna e flora, proteger o meio ambiente e 
combater a poluição, conferida pela Constituição Federal/88. 
Reforçada no âmbito estadual por meio da Lei nº 7.799/01 e de seu Regulamento, 
aprovado pelo Decreto nº 7.967/01, a participação dos municípios na descentralização 
das ações de fiscalização e licenciamento ambiental para os empreendimentos e 
atividades causadoras de impacto local, passou a configurar na lei ambiental do Estado, 
assegurada a participação desde que atendidas às seguintes condições básicas: 
• I - existência de política municipal de meio ambiente prevista em lei orgânica ou 
legislação específica, devidamente regulamentada; 
• II - Conselho Municipal de Meio Ambiente, devidamente empossado e regimentado; 
• III - órgão ou instância técnico-administrativa na estrutura do Poder Executivo 
Municipal, com atribuições específicas na área de meio ambiente, dotado de corpo 
técnico multidisciplinar, com experiência na área ambiental. 
Finalmente, foram incluídas no SEARA, na qualidade de Órgãos Colaboradores, as 
Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), definidas em legislação 
específica, bem como as demais organizações da sociedade civil que desenvolvam ou 
possam desenvolver ações na área ambiental. 
O papel das Prefeituras Municipais, no que se refere à defesa, conservação e melhoria 
do meio ambiente, mudou sensivelmente, em decorrência das atribuições conferidas 
pela Constituição Federal/88 e pela Constituição Estadual/89, sendo percebido que as 
municipalidades vêm, a cada dia, estruturando-se para o exercício dessa atividade e 
ocupando um espaço antes preenchido quase que exclusivamente pelo Estado. 
O papel do CEPRAM, Órgão Superior do Sistema, também foi reorientado, centrando 
sua competência na formulação, acompanhamento e revisão da política ambiental do 
Estado e de seus instrumentos e no estabelecimento de diretrizes, normas, critérios e 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 13 
padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente, com 
vistas ao uso racional dos recursos ambientais. Esta atribuição, bastante ampla, conferiu 
ao colegiado, competência para disciplinar o licenciamento ambiental e os estudos 
ambientais necessários para instruir o licenciamento, nestes incluído o Estudo de 
Impacto Ambiental. Também aí se inclui sua competência para estabelecer normas e 
padrões de qualidade ambiental, padrões de emissão e outras normas necessárias ao 
controle e à manutenção da qualidade ambiental. Cabe-lhe ainda disciplinar o 
autocontrole ambiental e os espaços territoriais especial -mente protegidos. 
Com esta nova orientação reforçou-se a atuação do CEPRAM, valorizada pelas novas 
atribuições relativas à discussão de temas relevantes para o desenvolvimento 
sustentável do Estado, liberando-o da prática de atos técnico-administrativos rotineiros, 
que passaram para o CRA, como é o caso das licenças de implantação, de operação e de 
alteração, anteriormente sob sua responsabilidade. 
Ressalta-se ainda que naquela época competia ao CEPRAM expedir as licenças de 
localização, bem como as licenças de implantação ou de operação, quando se tratava 
da primeira licença solicitada por fonte degradante irregularmente instalada ou não 
sujeita ao licenciamento ambiental pela legislação. 
Pretendeu-se, com isto, além de livrar o CEPRAM dos atos rotineiros de licenciamento, 
dar mais agilidade e rapidez aos processos, mantendo, contudo, o controle do Conselho, 
no exercício de sua competência para avocar os respectivos processos, quando entender 
necessário. A lei facultou, também, ao CRA, encaminhar processos de sua competência 
para deliberação do CEPRAM, sempre que as características do caso assim o 
recomendarem. 
Coube-lhe ainda impor às penalidades as infrações mais graves, como interdição e 
embargo definitivos, demolição e destruição ou inutilização de produtos, enquanto a 
interdição e o embargo temporários e apreensão de equipamentos, penalidades que 
normalmente requerem urgência em sua imposição, bem como as penalidades de 
multa, simples ou diária, eram atribuídas ao CRA. Mantém, o CEPRAM, sua competência 
recursal no que se refere tanto ao licenciamento como às penalidades impostas pelo 
CRA. 
Sem sombra de dúvida, a edição da Lei n° 7.799 e o seu regulamento, no início do novo 
século, foram responsáveis na Bahia pelo grande movimento e despertar dos municípios 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 14 
para a gestão ambiental local, tendo sido pauta de discussões, reuniões, seminários, 
entre tantos outros eventos produzidos pelos órgãos responsáveis. 
1.3. Criação Da Secretaria Do Meio Ambiente E Recursos 
Hídricos (SEMARH) - Atual Secretaria Do Meio Ambiente 
(SEMA) 
Em 20 de dezembro de 2002, a Lei Estadual nº 8.538, criou a Secretaria de Meio 
Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), tendo por finalidade formular e executar a 
política estadual de ordenamento ambiental, de desenvolvimento florestal e de 
recursos hídricos. 
A SEMARH, que teve o seu regimento aprovado pelo Decreto Estadual n° 8.419/03, 
certamente se constitui em um novo marco para a gestão ambiental no Estado da Bahia, 
reunindo na mesma Secretaria os órgãos executores do SEARA, responsáveis pela 
agenda marrom (CRA), agenda verde (Superintendência de Desenvolvimento Florestal e 
Unidades de Conservação) e a agenda azul (SRH), cujas agendas, anteriormente, 
estavam vinculadas a três diferentes Secretarias: Planejamento, Ciência e Tecnologia; 
Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária; Infraestrutura. 
1.4. Lei Estadual N° 10.431/2006 
Após três anos de criação da SEMARH e pleno exercício da competência a ela atribuída, 
foi realizado pela mesma, reconhecido esforço visando integrar em um único diploma 
legal, a política estadual de meio ambiente, a política florestal e de biodiversidade e a 
política de recursos hídricos, reguladas até então por meio de três diferentes diplomas 
legais, Lei n° 7.799/01, Lei n° 6.569/94 e Lei n° 6.855/95, respectivamente. 
Fruto do exercício conjunto para a junção dessas agendas, sob a coordenação da 
SEMARH, foi elaborada a nova Política de Meio Ambiente, Florestas e Biodiversidade, 
sancionada em 20 de dezembro de 2006, sob o n° 10.431, reunindo em um só diploma 
legal a área florestal e ambiental. 
A Política Estadual de Recursos Hídricos foi aprovada em separado pela Lei n° 10.432, na 
mesma data, tendo sido posteriormente revogada pela Lei nº 11.612, de 08 de outubro 
de 2009. 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 15 
A Lei n° 10.431/2006 ampliou a composição do CEPRAM, passando de 15 (quinze) 
membros para 21 (vinte e um) Conselheiros, assim designados: 
• a) 7 (sete) representantes do Poder Público Estadual; 
• b) 7 (sete) representantes da Sociedade Civil; 
• c) 7 (sete) representantes do Setor Produtivo. 
Estas leis (n°s 10.431 e 11.612) foram alteradas em 2011, por meio da Lei Estadual n° 
12.377, em 29/12/2011 (a qual será comentada mais adiante). 
1.5. Lei Estadual Nº 11.050/2008 
A Lei nº 11.050, de 06 de junho de 2008, alterou a denominação dos órgãos ambientais 
estaduais, passando a SEMARH a ser denominada Secretaria Estadual do Meio Ambiente 
(SEMA), o CRA de Instituto do Meio Ambiente (IMA) e a SRH de Instituto de Gestão das 
Águas e Clima (INGÁ). 
 
O então SEARA passou a denominar-se Sistema Estadual 
do Meio Ambiente (SISEMA), no teor do Regulamento, 
 aprovado pelo Decreto Estadual n° 11.235/08. 
 
1.6. Decreto Estadual N° 11.235/2008 (Revogado) 
A Lei n° 10.431/2006 foi regulamentada em outubro de 2008 pelo Decreto Estadual n° 
11.235, o qual tratou também em regulamentar a Lei nº 11.050, de 06 de junho de 2008, 
que alterou a denominação, a finalidade, a estrutura organizacional e de cargos em 
comissão da SEMARHe das entidades da Administração Indireta a ela vinculadas. 
Este Decreto foi revogado e substituído pelo Decreto n° 14.024, publicado no Diário 
Oficial do Estado (DOE), em 07 de junho de 2012, aplicando-se aos processos de 
licenciamento e autorização ambiental, iniciados a partir de sua vigência. 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 16 
1.7. Lei Estadual Nº 12.212/2011 
Esta lei nº 12.212, publicada no DOE em 05/05/2011, modificou a estrutura 
organizacional e de cargos em comissão da Administração Pública do Poder Executivo 
Estadual, envolvendo as diversas secretarias de governo. Os artigos 102 a 131 versam 
sobre a extinção do IMA e do INGÁ e a criação do Instituto do Meio Ambiente e Recursos 
Hídricos (INEMA), com a fusão dos órgãos extintos, bem como a finalidade, 
competências, recursos orçamentários e outros dispositivos. 
O INEMA tem a finalidade de executar a Política Estadual de Meio Ambiente e de 
Proteção à Biodiversidade, a Política Estadual de Recursos Hídricos, a Política Estadual 
sobre Mudança do Clima e a Política Estadual de Educação Ambiental. 
A seguir encontram-se transcritos os artigos da Lei Estadual nº 12.212/2011, referentes 
ao INEMA: 
Art. 102 - Ficam extintos, na estrutura da Administração Pública do Poder 
Executivo Estadual: 
I - o Instituto do Meio Ambiente - IMA, previsto no art. 5º da Lei nº 11.050, 
de 06 de junho de 2008, anteriormente denominado Centro de Recursos 
Ambientais, autarquia estadual criada pela Lei Delegada nº 31, de 03 de 
março de 1983; 
II - o Instituto de Gestão das Águas e Clima - INGÁ, previsto no art. 10 da 
Lei nº 11.050, de 06 de junho de 2008, anteriormente denominado 
Superintendência de Recursos Hídricos - SRH, autarquia estadual criada 
pela Lei nº 6.812, de 18 de janeiro de 1995. 
Art. 103 - Fica criado o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - 
INEMA, como autarquia vinculada à Secretaria do Meio Ambiente - SEMA, 
dotada de personalidade jurídica de direito público, autonomia 
administrativa e financeira e patrimônio próprio, o qual reger-se-á por 
esta Lei e demais normas legais aplicáveis. 
§ 1º - O INEMA terá sede e foro na cidade de Salvador, Estado da Bahia e 
prazo de duração indeterminado. 
§ 2º - O INEMA gozará, no que couber, de todas as franquias e privilégios 
concedidos aos órgãos da Administração Direta do Estado. 
Art. 104 - Os recursos orçamentários e financeiros, bem como os acervos 
e obrigações do IMA e do INGÁ passam a ser transferidos para o INEMA, 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 17 
que os sucederá ainda nos direitos, créditos e obrigações decorrentes de 
lei, ato administrativo ou contrato, inclusive nas respectivas receitas. 
Art. 105 - O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - INEMA tem 
por finalidade executar a Política Estadual de Meio Ambiente e de 
Proteção à Biodiversidade, a Política Estadual de Recursos Hídricos, a 
Política Estadual sobre Mudança do Clima e a Política Estadual de 
Educação Ambiental. 
Art. 106 - O INEMA tem as seguintes competências: 
I - executar as ações e programas relacionados à Política Estadual de Meio 
Ambiente e de Proteção à Biodiversidade, da Política Estadual de Recursos 
Hídricos, da Política Estadual sobre Mudança do Clima e da Política 
Estadual de Educação Ambiental; 
II - participar da elaboração e da implementação do Plano Estadual de 
Meio Ambiente, do Plano Estadual de Recursos Hídricos e do Plano 
Estadual sobre Mudança do Clima; 
III - realizar ações de Educação Ambiental, considerando as práticas de 
desenvolvimento sustentável; 
IV - promover a gestão florestal e do patrimônio genético, bem como a 
restauração de ecossistemas, com vistas à proteção e preservação da 
flora e da fauna; 
V - promover as ações relacionadas com a criação, a implantação e a 
gestão das Unidades de Conservação, em consonância com o Sistema 
Estadual de Unidades de Conservação - SEUC, bem como elaborar e 
implementar os Planos de Manejo; 
VI - promover a gestão das águas superficiais e subterrâneas de domínio 
do Estado; 
VII - fomentar a criação e organização de Comitês de Bacia Hidrográfica, 
visando garantir o seu funcionamento, bem como acompanhar a 
implementação dos seus respectivos planos; 
VIII - executar programas, projetos e ações voltadas à proteção e melhoria 
do meio ambiente, da biodiversidade e dos recursos hídricos; 
IX - propor ao Conselho Estadual de Meio Ambiente - CEPRAM e ao 
Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CONERH normas para a 
proteção, conservação, defesa e melhoria do meio ambiente e dos 
recursos hídricos; 
X - expedir licenças ambientais, emitir anuência prévia para implantação 
de empreendimentos e atividades em unidades de conservação estaduais, 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 18 
autorizar a supressão de vegetação, conceder outorga de direito de uso 
de recursos hídricos e praticar outros atos autorizativos, na forma da lei; 
XI - efetuar a cobrança pelo uso de recursos hídricos, de bens da 
biodiversidade e de outras receitas previstas na legislação ambiental e de 
recursos hídricos; 
XII - elaborar e gerenciar os cadastros ambientais e de recursos hídricos; 
XIII - coordenar, executar, acompanhar, monitorar e avaliar a qualidade 
ambiental e de recursos hídricos; 
XIV - pesquisar e monitorar o tempo, o clima e as mudanças climáticas, 
bem como a ocorrência da desertificação; 
XV - efetuar a previsão meteorológica e os monitoramentos hidrológicos, 
hidrogeológicos, climáticos e hidrometeorológicos; 
XVI - realizar estudos e pesquisas destinados à elaboração e execução de 
programas, projetos e ações voltadas à melhoria da qualidade ambiental 
e de recursos hídricos; 
XVII - celebrar convênios, contratos, ajustes e protocolos com instituições 
públicas e privadas, nacionais, estrangeiras e internacionais, bem como 
termos de compromisso, observada a legislação pertinente; 
XVIII - exercer o poder de polícia administrativa, preventiva ou repressiva, 
fiscalizando o cumprimento da legislação ambiental e de recursos 
hídricos. 
Art. 107 - O INEMA atuará em articulação com os órgãos e entidades da 
Administração Pública Estadual e com a sociedade civil organizada, para 
consecução de seus objetivos, em consonância com as diretrizes das 
Políticas Nacionais do Meio Ambiente, de Recursos Hídricos, sobre 
Mudança do Clima e de Educação Ambiental. 
Art. 108 - O INEMA tem a seguinte estrutura organizacional básica: 
I - Conselho de Administração; 
II - Diretoria Geral. 
Art. 109 - O Conselho de Administração, órgão consultivo, deliberativo, de 
orientação e supervisão superior, tem por finalidade o acompanhamento, 
controle e avaliação das ações executadas pelo INEMA, sendo integrado 
pelos seguintes membros: 
I - o Secretário do Meio Ambiente, que o presidirá; 
II - o Diretor Geral do INEMA; 
III - 01 (um) representante da Casa Civil; 
IV - 01 (um) representante da Secretaria da Administração; 
V - 01 (um) representante da Procuradoria Geral do Estado; 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 19 
VI - 01 (um) representante dos servidores do INEMA. 
§ 1º - Os membros do Conselho de Administração e seus suplentes serão 
nomeados pelo Governador do Estado, para um mandato de 02 (dois) 
anos, permitida uma recondução, sendo que os referidos nos incisos III a 
V serão indicados pelos respectivos órgãos. 
§ 2º - O representante dos servidores do INEMA e seu respectivo suplente 
serão escolhidos por votação, mediante escrutínio secreto, realizada por 
entidade dos servidores ou, na sua falta, por comissão de servidores 
especialmente constituída para este fim. 
§ 3º - O Diretor Geral do INEMA participará das reuniões do Conselho, 
porém, sem direito a voto, quando forem deliberadas matérias referentes 
a relatórios e prestações de contas da Autarquia ou assuntos do seu 
interesse próprio. 
§ 4º - Os membros do Conselho serão substituídos, em suas ausências e 
impedimentos, pelos respectivos suplentes. 
§ 5º - O Regimento do Conselho de Administração, por eleaprovado e 
homologado por ato do Governador do Estado, fixará as normas de seu 
funcionamento. 
Art. 110 - A Diretoria Geral do INEMA, composta pelo conjunto de órgãos 
de planejamento, assessoramento, execução, avaliação e controle, tem a 
seguinte organização: 
I - Gabinete do Diretor Geral; 
II - Procuradoria Jurídica; 
III - Coordenação de Ações Estratégicas; 
IV - Coordenação de Atendimento Ambiental; 
V - Coordenação de Interação Social; 
VI - Coordenação de Gestão Descentralizada: Unidades Regionais; 
 a) Unidades Regionais; 
VII - Diretoria de Regulação; 
VIII - Diretoria de Fiscalização e Monitoramento Ambiental; 
IX - Diretoria de Águas; 
X - Diretoria de Biodiversidade; 
XI - Diretoria de Unidades de Conservação; 
XII - Diretoria Administrativa e Financeira. 
Art. 111 - O Gabinete do Diretor Geral tem por finalidade prestar 
assistência ao Diretor Geral em suas tarefas técnicas e administrativas. 
Art. 112 - A Procuradoria Jurídica tem por finalidade exercer a 
representação judicial e extrajudicial, a consultoria e o assessoramento 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 20 
jurídico ao INEMA, mediante a vinculação técnica à Procuradoria Geral do 
Estado e, de acordo com a legislação das Procuradorias Jurídicas das 
Autarquias e Fundações do Estado da Bahia. 
Art. 113 - A Coordenação de Ações Estratégicas tem por finalidade 
coordenar ações que promovam a melhoria da gestão e do 
aperfeiçoamento do Sistema Estadual de Informações Ambientais e de 
Recursos Hídricos - SEIA, de acordo com as diretrizes e prioridades 
estabelecidas pela SEMA, voltadas à otimização do desempenho 
organizacional e fortalecimento dos resultados institucionais, em 
articulação com as unidades do INEMA. 
Art. 114 - A Coordenação de Atendimento Ambiental tem por finalidade 
executar a triagem técnica e administrativa de documentos, formar, 
exercer o acompanhamento, controle e guarda de processos, bem como 
realizar o controle e a expedição de correspondências destinadas ao 
Instituto ou geradas por este. 
Art. 115 - A Coordenação de Interação Social tem por finalidade 
coordenar, gerir e executar, de forma descentralizada e participativa, as 
ações relativas à implementação e funcionamento dos Conselhos 
Gestores das Unidades de Conservação, dos Comitês de Bacia 
Hidrográfica e das Audiências Públicas. 
Art. 116 - A Coordenação de Gestão Descentralizada tem por finalidade 
promover a articulação, a gestão e a integração das Unidades Regionais, 
bem como apoiar a desconcentração e descentralização da gestão 
ambiental do Estado. 
Parágrafo único - As Unidades Regionais são unidades de 
desconcentração da gestão das atividades da Autarquia, que têm por 
finalidade executar a Política Estadual do Meio Ambiente e de Proteção à 
Biodiversidade e a Política Estadual de Recursos Hídricos, nas suas 
respectivas regiões, através do licenciamento, monitoramento e 
fiscalização ambiental, além de prestar apoio aos municípios no 
desenvolvimento da gestão ambiental local, em articulação com a SEMA. 
Art. 117 - A Diretoria de Regulação tem por finalidade planejar, organizar 
e coordenar as ações necessárias para emissão das licenças ambientais e 
dos atos autorizativos de meio ambiente e de recursos hídricos, na forma 
da lei. 
Art. 118 - A Diretoria de Fiscalização e Monitoramento Ambiental tem por 
finalidade fiscalizar o cumprimento da legislação ambiental e de recursos 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 21 
hídricos, bem como coordenar, executar, acompanhar, monitorar e 
avaliar a qualidade ambiental e de recursos hídricos. 
Art. 119 - A Diretoria de Águas tem por finalidade implementar os planos 
de recursos hídricos, bem como promover estudos, implementar e avaliar 
medidas, ações, programas e projetos, visando assegurar o 
gerenciamento do uso, a qualidade e conservação dos recursos hídricos e 
o atendimento da demanda e da oferta hídrica estadual. 
Art. 120 - A Diretoria de Biodiversidade tem por finalidade coordenar a 
gestão florestal e do patrimônio genético, bem como a execução de 
programas e projetos de proteção e restauração de ecossistemas. 
Art. 121 - A Diretoria de Unidades de Conservação tem por finalidade 
coordenar as ações relacionadas com a criação, a implantação e a gestão 
das Unidades de Conservação, em consonância com o SEUC, bem como 
elaborar e implementar os Planos de Manejo. 
Art. 122 - A Diretoria Administrativa e Financeira tem por finalidade 
executar as atividades de programação, orçamentação, 
acompanhamento, avaliação, estudos e análises, material, patrimônio, 
serviços, recursos humanos, modernização administrativa e informática, 
administração financeira e de contabilidade, e de arrecadação. 
Art. 123 - Ato do Chefe do Poder Executivo estabelecerá as Unidades 
Regionais, definindo as suas áreas de abrangência. 
Art. 124 - O Diretor Geral será nomeado pelo Governador do Estado. 
Art. 125 - Aos Diretores e demais dirigentes do INEMA incumbe planejar, 
dirigir, avaliar o desempenho, coordenar, controlar e orientar a execução 
das atividades de sua área de competência e exercer outras atribuições 
que lhes forem cometidas pelo Diretor Geral da entidade. 
Art. 126 - Constituem patrimônio do INEMA, os bens móveis e imóveis, 
valores, rendas e direitos atualmente pertencentes ao IMA e ao INGÁ ou 
que lhe venham a ser adjudicados ou transferidos. 
§ 1º - Os bens, diretos e valores do INEMA serão utilizados, 
exclusivamente, no cumprimento dos seus objetivos, permitida, a critério 
da Diretoria Geral, a utilização de uns e outros para obtenção de rendas 
destinadas ao atendimento de suas finalidades. 
§ 2º - Em caso de extinção do INEMA, seus bens e direitos reverterão ao 
patrimônio do Estado da Bahia, salvo disposição em contrário expressa 
em lei. 
Art. 127 - Constituem receitas do INEMA: 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 22 
I - os créditos orçamentários que lhe forem consignados pelo Orçamento 
Geral do Estado; 
II - os recursos correspondentes a 95% (noventa e cinco por cento) dos 
valores das multas administrativas por atos lesivos ao meio ambiente, a 
serem repassados pelo Fundo de Recursos para o Meio Ambiente - FERFA; 
III - os valores correspondentes às multas administrativas por 
descumprimento da legislação estadual de recursos hídricos; 
IV - os valores da arrecadação da Taxa de Controle e Fiscalização 
Ambiental, incidente sobre as atividades utilizadoras de recursos naturais 
e atividades potencialmente poluidoras do meio ambiente, prevista no 
art. 3º da Lei Estadual nº 11.631, de 30 de dezembro de 2009; 
V - os recursos correspondentes a até 25% (vinte e cinco por cento) dos 
previstos no inciso III do art. 1º da Lei Estadual nº 9.281, de 07 de outubro 
de 2004, referentes às compensações financeiras previstas no § 1º do art. 
20 da Constituição Federal, a serem repassados pelo FERFA; 
VI - os recursos correspondentes a 20% (vinte por cento) da cobrança pelo 
fornecimento de água bruta dos reservatórios; 
VII - os valores provenientes da remuneração pela análise dos processos 
de licenciamento ambiental e pela prestação de serviços; 
VIII - os valores provenientes da cobrança de emolumentos 
administrativos para expedição das outorgas de direito de uso dos 
recursos hídricos; 
IX - os valores correspondentes às multas aplicadas pelo descumprimento 
de Termo de Compromisso celebrado pela Entidade; 
X - os valores provenientes da venda de publicações ou outros materiais 
educativos e técnicos produzidos pela Entidade; 
XI - os recursos oriundos de convênios, acordos ou contratos celebrados 
com entidades públicas ou privadas, organismos ou empresas nacionais, 
estrangeiras ou internacionais; 
XII - as doações, legados, subvenções e quaisquer outras fontes ou 
atividades. 
§ 1º - Será destinado a projetos de melhoria ambiental o percentual de 
80% (oitenta por cento) do valor resultante do recurso previsto no inciso 
II do caput deste artigo. 
§ 2º - Fica mantida a destinação de 80% (oitenta por cento) dos recursos 
previstosno inciso VI do caput deste artigo para o órgão responsável pela 
administração, operação e manutenção do reservatório. 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 23 
Art. 128 - A prestação de contas do INEMA, relativa à administração dos 
bens e recursos obtidos, no exercício ou na gestão, será elaborada em 
conformidade com as disposições constitucionais sobre a matéria, com o 
disposto em lei, no Regimento e demais normas legais aplicáveis, devendo 
ser encaminhadas ao Tribunal de Contas do Estado. 
Art. 129 - O exercício financeiro do INEMA coincidirá com o ano civil. 
Art. 130 - O regime jurídico do pessoal do INEMA é o estabelecido para o 
serviço público estadual. 
§ 1º - A admissão de servidores do INEMA dar-se-á mediante concurso 
público e com observância ao plano de cargos e salários e benefícios 
previstos em lei. 
§ 2º - Os cargos efetivos do INGÁ e do IMA passam a integrar o quadro do 
INEMA, onde desempenharão as suas respectivas atribuições legais. 
§ 3º - Ficam transferidos da estrutura de cargos efetivos do IMA e do INGÁ 
para o INEMA os cargos de Procurador Jurídico e suas respectivas classes, 
previstos no Anexo II da Lei nº 8.208, de 04 de fevereiro de 2002. 
§ 4º - O Poder Executivo poderá colocar à disposição do INEMA servidores 
públicos do seu quadro para auxiliar no desempenho de programas ou 
projetos específicos. 
Art. 131 - Fica criado o Sistema Estadual de Informações Ambientais e de 
Recursos Hídricos - SEIA, que absorverá o Sistema Estadual de 
Informações Ambientais - SEIA e o Sistema Estadual de Informações de 
Recursos Hídricos - SEIRH. 
1.8. Lei Estadual N° 12.377/2011 
Publicada no DOE em 29/12/2011, altera a Lei nº 10.431, de 20 de dezembro de 2006, 
que dispõe sobre a Política Estadual de Meio Ambiente e de Proteção à Biodiversidade, 
a Lei nº 11.612, de 08 de outubro de 2009, que dispõe sobre a Política Estadual de 
Recursos Hídricos e a Lei nº 11.051, de 06 de junho de 2008, que Reestrutura o Grupo 
Ocupacional Fiscalização e Regulação. 
Esta lei introduziu várias mudanças no sistema de licenciamento ambiental vigente, com 
a criação de novos mecanismos e modalidades de licenças, as quais estão descritas nos 
itens específicos deste Guia. 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 24 
Salienta-se que a emissão das licenças ambientais, de qualquer modalidade passou a ser 
de competência plena do INEMA. Mantém o CEPRAM, sua competência recursal no que 
se refere às penalidades impostas pelo INEMA. 
A classificação dos empreendimentos e atividades passou a considerar além dos 
critérios de porte e natureza da atividade ou empreendimento, o potencial poluidor 
classificando-o em pequeno, médio ou alto. 
O CEPRAM teve a sua composição ampliada de 21 (vinte e um) para 33 (trinta e três) 
Conselheiros membros, com a seguinte representação: 
• I - por 07 (sete) representantes do Poder Público Estadual, dos seguintes órgãos: 
• a) Secretaria do Meio Ambiente; 
• b) Secretaria do Planejamento; 
• c) Secretaria de Desenvolvimento Urbano; 
• d) Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração; 
• e) Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária; 
• f) Secretaria de Infraestrutura; 
• g) Secretaria da Saúde. 
• II - por um representante do Poder Público Municipal; 
• III - 02 (dois) representantes da Assembleia Legislativa da Bahia; 
• IV - 01 (um) representante do Poder Público Federal; 
• V - 06 (seis) representantes de Organizações Não Governamentais Ambientalistas - 
ONGs, cadastradas no Cadastro Estadual de Entidades Ambientalistas (CEEA) e, 
preferencialmente representadas por biomas: 
• a) 02 (dois) do Bioma Mata Atlântica, considerando a zona costeira; 
• b) 02 (dois) do Bioma Caatinga; 
• c) 02 (dois) do Bioma Cerrado. 
• VI - 01 (um) representante dos sindicatos de trabalhadores rurais; 
• VII - 01 (um) representante dos movimentos sociais urbanos; 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 25 
• VIII - 01 (um) representante das comunidades quilombolas; 
• IX - 01 (um) representante dos povos indígenas; 
• X - 01 (um) representante das universidades; 
• XI - 11 (onze) representantes do setor empresarial, sendo: 
• a) 01 (um) representante das entidades de representação profissional; 
• b) 03 (três) representantes do setor da indústria; 
• c) 03 (três) representantes do setor rural; 
• d) 03 (três) representantes do setor de comércio e serviços; 
• e) 01(um) representante do setor do turismo. 
A estrutura do CEPRAM compreende a Presidência, o Plenário, a Secretaria Executiva e 
as Câmaras Técnicas e Setoriais, cujas atividades e funcionamento serão definidos em 
seu Regimento Interno. 
Cada membro do CEPRAM contará com 02 (dois) suplentes para substituí-lo em suas 
ausências e impedimentos. 
Os representantes da sociedade civil e do setor econômico são escolhidos entre seus 
pares, nos termos de edital de convocação aprovado pelo CEPRAM, e terão mandato de 
02 (dois) anos, sendo permitida a recondução por igual período. 
1.9. Decreto Estadual Nº 14.024/2012 
Este Decreto publicado no DOE em 07/06/2012 aprovou o novo Regulamento da Lei nº 
10.431, de 20 de dezembro de 2006, que instituiu a Política de Meio Ambiente e de 
Proteção à Biodiversidade do Estado da Bahia, e da Lei nº 11.612, de 08 de outubro de 
2009, que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de 
Gerenciamento de Recursos Hídricos. Além de revogar o Decreto n° 11.235/2008. 
Ressalta-se que em 15/06/2012, o Decreto n° 14.032 alterou alguns artigos deste 
Regulamento, aprovado pelo Decreto nº 14.024/2012 e em novembro de 2014 o 
decreto 15.682 altera novamente este regulamento. 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 26 
Chamamos a atenção para as Leis e Decretos que já foram revogados, os quais foram 
citados, neste capítulo, apenas como trajetória histórica da Legislação Ambiental da 
Bahia. 
 
As leis vigentes em sua íntegra estão disponibilizadas 
em meio digital que acompanha esta apostila. 
 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 27 
2. LICENCIAMENTO AMBIENTAL 
O licenciamento Ambiental é o procedimento administrativo pelo qual a administração 
pública, por intermédio do órgão ambiental competente, analisa a proposta 
apresentada para o empreendimento e o legitima, considerando as disposições legais e 
regulamentares aplicáveis e sua interdependência com o meio ambiente, emitindo a 
respectiva LICENÇA. 
 
O Licenciamento Ambiental no Estado da Bahia está sob 
a responsabilidade do Instituto do Meio Ambiente e 
Recursos Hídricos (INEMA), autarquia vinculada à 
Secretaria do Meio Ambiente (SEMA). 
 
A Diretoria de Regulação (DIRRE) do INEMA é responsável pela análise e emissão de 
Parecer Técnico referente ao Licenciamento, deliberando sobre a expedição da Licença 
Ambiental requerida. 
O licenciamento ambiental, realizado em processo único, compreende, além da 
avaliação de impactos ambientais, a outorga de direito de uso de recursos hídricos, a 
supressão de vegetação, a anuência do órgão gestor da unidade de conservação e 
demais atos associados, quando couber. 
Neste sentido, a equipe da DIRRE vem analisando os processos licenciatórios de forma 
integrada, o que garante maior eficácia e celeridade na análise, reduzindo as 
inconsistências e o retrabalho. A Portaria do INEMA publicada no Diário Oficial do Estado 
(DOE) concedendo a licença ambiental requerida é a mesma que concede a outorga de 
uso de recursos hídricos e a supressão de vegetação, fixados em um único ato 
administrativo. 
A Licença Ambiental é o ato administrativo por meio do qual o INEMA estabelece as 
condições, restrições e as medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas 
pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar 
empreendimentos ou atividades consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou 
aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental. 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página28 
Licenciar uma atividade significa avaliar os processos tecnológicos em conjunto com os 
parâmetros ambientais e socioeconômicos, fixando medidas de controle, levando-se em 
conta os objetivos, critérios e normas para conservação, defesa e melhoria do ambiente 
e, especialmente, as diretrizes de planejamento e ordenamento territorial do Estado. 
2.1. Lei Estadual Nº 10.431/06 
A Lei Estadual nº 10.431, de 20/12/2006 (e suas alterações), está regulamentada 
por meio do Decreto nº 14.024, publicado em 07/06/2012, com as alterações que 
lhe sucederam, conforme quadro a seguir: 
Quadro 1. Lei e Decreto Ambiental e suas Alterações 
Diploma Legal Alterações 
Lei Estadual nº 10.431 de 20/12/2006 Lei Estadual nº 12.377 de 28/12/2012 
Decreto Estadual nº 14.024 de 06/06/2012 
Decreto Estadual nº 14.032 de 15/06/2012 
Decreto Estadual nº 15.682 de 19/11/2014 
Fonte: Elaboração própria, 2013 alterado 2015. 
O Sistema de Licenciamento Ambiental está disciplinado no Capítulo VII (arts. 42 a 53 da 
Lei nº 10.431/2006) e no Capítulo VII do seu Regulamento (arts. 97 a 196), aprovado 
pelo Decreto n° 14.024/2012. 
O Art. 42 da Lei Estadual nº 10.431/2006, estabelece que: “A localização, implantação, 
operação e alteração de empreendimentos e atividades que utilizem recursos 
ambientais, bem como os capazes de causar degradação ambiental, dependerão de 
prévio licenciamento ambiental, na formado disposto nesta Lei e demais normas dela 
decorrentes.” 
Definem-se como atividades e empreendimentos potencialmente degradantes do 
ambiente, de acordo com a legislação ambiental, aqueles que direta ou indiretamente: 
• a) causem prejuízos à saúde, à segurança e ao bem-estar da população; 
• b) causem danos aos recursos ambientais e aos bens materiais; 
• c) criem condições adversas às atividades socioeconômicas; 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 29 
• d) afetem as condições estéticas, de imagem urbana, de paisagem, ou as condições 
sanitárias do meio ambiente. 
2.2. A quem compete o licenciamento ambiental? 
A Constituição Federal de 1988 estabeleceu em seu art. 23 a competência comum entre 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios para a atuação em matéria ambiental, 
reservando à lei complementar a fixação de normas de cooperação entre os mesmos, 
tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional (art. 
23, parágrafo único). 
Desse modo, no exercício do poder de polícia administrativa, todos os entes federados, 
por intermédio de seus órgãos ambientais, estão aptos a fiscalizar e licenciar atividades 
e empreendimentos utilizadores de recursos naturais, efetiva ou potencialmente 
poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental. 
O Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) por meio da Resolução CONAMA nº 
237, de 19 de dezembro de 1997 editou as normas gerais de licenciamento ambiental 
para todo o território nacional, estabelecendo os níveis de competência federal, 
estadual e municipal, de acordo com a extensão do impacto ambiental, além de 
estabelecer que os empreendimentos e atividades devem ser licenciados em um único 
nível de competência. 
2.2.1. Lei Complementar n°140/2011 
Recentemente foi sancionada a Lei Complementar n° 140, aprovada em 08 de dezembro 
de 2011, que fixou normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo 
único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da 
competência comum relativas à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em 
qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora. 
2.2.1.1. COMPETÊNCIA DA UNIÃO 
De acordo com o art. 7º, XIV da Lei Complementar n° 140/2011 compete a União, por 
meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
(IBAMA), órgão executor do SISNAMA, promover o licenciamento ambiental de 
empreendimentos e atividades: 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 30 
a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país 
limítrofe; 
b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma 
continental ou na zona econômica exclusiva; 
c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; 
d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas 
pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); 
e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados; 
f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos 
termos de ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e 
emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar 
nº 97, de 9 de junho de 1999; 
g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, 
armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que 
utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, 
mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN); ou 
h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a 
partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a 
participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente 
(CONAMA), e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e 
natureza da atividade ou empreendimento. (LEI COMPLEMENTAR, Nº 
140/11) 
Vê-se que a definição de novas hipóteses de licenciamento no âmbito federal passa pela 
análise da Comissão Tripartite Nacional. Recentemente (julho/2013) o MMA instituiu a 
Comissão Tripartite Nacional, com a finalidade de estabelecer as tipologias de atividades 
e empreendimentos sujeitas ao licenciamento pelo órgão federal. 
Poderá o IBAMA delegar as ações administrativas mediante convênio, devendo para 
tanto, o ente federativo destinatário da delegação, conforme o art. 5º da LC/140, dispor 
de: 
a ) Conselho de Meio Ambiente; e 
b) Órgão ambiental capacitado, considerado aquele que possua técnicos 
próprios ou em consórcio, devidamente habilitados e em número 
compatível com a demanda das ações a serem delegadas. (LEI 
COMPLEMENTAR, N° 140/11) 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 31 
O IBAMA fará o licenciamento após considerar o exame técnico procedido pelos órgãos 
ambientais dos Estados e Municípios em que se localizar a atividade ou 
empreendimento, bem como, quando couber, o parecer dos demais órgãos 
competentes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, envolvidos no 
procedimento de licenciamento. 
2.2.1.2. COMPETÊNCIA DOS ESTADOS 
A competência para o licenciamento ambiental dos Estados foi definida no art.8º, incisos 
XIV e XV da LC n° 140/2011, passando a ser residual. Ao invés de a LC 140 tentar 
enumerar todas as hipóteses de licenciamento estadual, optou por elencar os casos de 
licenciamento federal e municipal (art. 7º e 9º), sendo estadual o licenciamento de todos 
os empreendimentos e atividades que ali não se enquadrarem. 
 
A prevalência do licenciamento ambiental no âmbito 
estadual que já era uma tendência na legislação vigente 
 (Lei nº 6.938/81), não sofreu grandes alterações, em que 
pesem os esforços para o licenciamento no âmbito local. 
 
O órgão ambiental estadual ou do Distrito Federal fará o licenciamento após considerar 
o exame técnico procedido pelos órgãos ambientais dos municípios em que se localizar 
a atividade ou empreendimento, bem como, quando couber, o parecer dos demais 
órgãos competentes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, 
envolvidos no procedimento de licenciamento. 
O INEMA é o órgão executor da Política Estadual de Meio Ambiente, com as atribuições 
nas áreas de controle ambiental, florestas e recursos hídricos. Os procedimentos para o 
licenciamento ambiental, envolvendo a supressão de vegetação e as outorgas tramitam 
na Diretoria de Regulação (DIRRE), que tem por finalidade planejar, organizar e 
coordenar as ações necessárias para emissão das licenças ambientais e dos atosautorizativos de meio ambiente e de recursos hídricos. 
O fluxograma apresentado a seguir detalha as Coordenações Técnicas (em número de 
sete) que compõem a Diretoria de Regulação do INEMA e de forma resumida demonstra 
o fluxo para emissão da licença ambiental e sua publicação no Diário Oficial do Estado 
(DOE). 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 32 
Figura 1. Fluxograma Coordenações Técnicas 
 
Fonte: INEMA, 2011. 
Observa-se que a Diretoria de Regulação (DIRRE) possui Coordenações específicas para 
tratar do licenciamento de atividades e empreendimentos de acordo com o segmento 
econômico: mineração, agrossilvopastoris, indústrias e serviços, infraestrutura e 
energia, turismo e urbanismo, empreendimentos de interesse social e fauna e 
aquicultura, visando otimizar a análise setorial dos requerimentos formulados. 
As licenças ambientais concedidas pelo INEMA são objeto de publicação no Diário Oficial 
do Estado (DOE), com prazo de validade específico para cada modalidade. As renovações 
devem ser requeridas pelo interessado com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) 
dias da expiração da respectiva validade, posto que quando requeridas neste prazo, 
ainda que posteriormente vencidas, ficarão automaticamente prorrogadas até a 
manifestação definitiva do INEMA. 
Na Bahia, o sistema de licenciamento ambiental está disciplinado pela Lei Estadual n° 
10.431, de 20 de dezembro de 2006 e pelo Regulamento desta Lei, aprovado pelo 
Decreto Estadual n° 14.024, de 06 de junho de 2012, prevendo as seguintes modalidades 
de licenças: 
• I - Licença Prévia (LP) 
• II - Licença de Instalação (LI) 
• III - Licença Prévia de Operação (LPO) 
• IV - Licença de Operação (LO) 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 33 
• V - Licença de Alteração (LA) 
• VI - Licença Unificada (LU) 
• VII - Licença de Regularização (LR) 
• VIII - Licença Ambiental por Adesão e Compromisso (LAC). 
2.2.1.3. COMPETÊNCIA MUNICIPAL 
A partir da Constituição Federal de 1988, o município passou a ser considerado um ente 
federado, que opera politicamente, visando atingir a satisfação das necessidades das 
comunidades locais. Neste contexto, o processo de descentralização da gestão 
ambiental, que já se dava na esfera estadual, estendeu-se no âmbito municipal. 
Nos termos do art. 9º, inciso XIV da LC n°140/2011 compete aos Municípios o 
licenciamento de atividades ou empreendimentos: 
a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, 
conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de 
Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e 
natureza da atividade; ou 
b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, 
exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs). (LEI COMPLEMENTAR, Nº 
140/11). (grifo nosso) 
A descentralização da gestão ambiental para os municípios surgiu numa perspectiva de 
gerir com maior eficácia os recursos ambientais em nível local, dado a proximidade para 
aferição dos impactos, bem como o aproveitamento do conhecimento tradicional, que 
muitas vezes indica sabiamente o melhor caminho a ser seguido. 
Aliado a estes fatores, a diminuição dos gastos públicos se faz presente na consecução 
dessas finalidades; municipalizar a gestão ambiental significa internalizar na esfera local 
conceitos e mecanismos de controle sustentáveis para fazer frente às pressões sobre o 
ambiente, resultantes das atividades impactantes. 
Para desempenhar esse papel cabe às administrações municipais estruturarem-se para 
a implementação e o aperfeiçoamento de um sistema próprio de controle ambiental, 
que envolva os aspectos legal, institucional, técnico e operacional, de modo a atender 
às exigências de uma ação eficiente e eficaz no trato das questões ambientais locais. 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 34 
Nesse sentido, recomenda-se que o município deve se organizar para exercer a 
competência a ele atribuída, devendo observar a existência dos seguintes requisitos: 
• I - política municipal de meio ambiente prevista em legislação específica; 
• II - conselho municipal de meio ambiente, devidamente empossado e regimentado; 
• III - órgão ou instância técnico-administrativa na estrutura do Poder Executivo 
Municipal, com atribuições específicas na área de meio ambiente, dotado de corpo 
técnico multidisciplinar, com experiência na área ambiental; 
• IV - sistema de licenciamento e fiscalização ambiental municipal implantado. 
O Regulamento da Lei Ambiental do Estado da Bahia (aprovado pelo Decreto n° 
14.024/2012), na Seção IX, art. 145, reafirmou o disposto na supracitada LC n°140/2011, 
como segue: 
Art. 145 - Compete aos órgãos municipais de meio ambiente promover o 
licenciamento e a fiscalização ambiental das atividades ou 
empreendimentos: 
I - que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, 
conforme tipologia definida pelo CEPRAM, considerados os critérios de 
porte, potencial poluidor e natureza da atividade; ou 
II - localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, 
exceto em Áreas de Proteção Ambiental - APAs. 
Nesse sentido, e para atender a LCP 140, a resolução CEPRAM 4,327 de 31 de outubro 
de 2013 dispõe sobre as atividades de impacto local de competência dos Municípios, 
fixa normas gerais de cooperação federativa nas ações administrativas decorrentes do 
exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, 
à proteção do meio ambiente e ao combate da poluição em qualquer de suas formas. 
No caminho do desenvolvimento sustentável em que a preocupação primacial é utilizar 
os recursos naturais sem esgotá-los, para garantir que estejam disponíveis às futuras 
gerações, a participação do poder público na avaliação, licenciamento e fiscalização das 
atividades e empreendimentos capazes de gerar impacto ambiental há que ser 
sistêmica, interagindo nos três níveis de poder: federal, estadual e municipal. 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 35 
2.2.1.4. LICENCIAMENTO AMBIENTAL EM ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APAS) 
O licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados em APAs 
passou a ter regras próprias, de acordo com a LC n°140/2011, não se aplicando o critério 
do ente federativo instituidor da unidade de conservação para a definição de 
competência, conforme art. 12 da referida lei. Deverão, no caso, serem observados os 
critérios previstos nas alíneas “a”, “b”, “e”, “f” e “h” do inciso XIV do art. 7º, no inciso 
XIV do art. 8º e na alínea “a” do inciso XIV do art. 9º da LC n°140/2011 para fins da 
delimitação da competência. 
 
Desse modo, a competência do ente que irá proceder ao 
licenciamento ambiental em área de Área de Proteção 
Ambiental (APA) será definida, em regra, pelo grau de 
 impacto da atividade, independentemente se a APA é 
federal, estadual ou municipal. 
 
Entretanto, para as demais categorias de Unidades de Conservação, entende-se que o 
ente federativo responsável pela criação da respectiva UC, a princípio, ficará também 
responsável pelo licenciamento ambiental da atividade ou do empreendimento a ser 
instalado. 
2.3. Empreendimentos e atividades sujeitas ao sistema de 
licenciamento ambiental na Bahia 
De acordo com o Art. 98 do Regulamento da Lei nº 10.431/06, aprovado pelo Decreto 
nº 14.024/2012: 
Art. 98 - A localização, implantação, operação e alteração de 
empreendimentos e atividades que utilizem recursos ambientais, bem 
como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, 
dependerão de prévio licenciamento ambiental. 
São passíveis de licença ou autorização ambiental os empreendimentos ou atividades 
definidos no Anexo IV do Regulamento, como seguem: 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 36 
• I - Divisão A: Agricultura, Florestas e Caça 
• II - Divisão B: Mineração 
• III - Divisão C: Indústrias 
• IV - Divisão D: Transporte 
• V - Divisão E: Serviços 
• VI - Divisão F: Obras Civis 
• VII- Divisão G: Empreendimentos Urbanísticos, Turísticos e de Lazer 
• VIII - Divisão H: Biotecnologia 
Consulte o Anexo II do Decreto 15.682/2014 que altera o Regulamento da Lei 
10.431/2006 (aprovado pelo Decreto n° 14.024/2012) e verifique onde se enquadra a 
atividade ou empreendimento objeto do licenciamento ambiental. 
2.3.1. Classificação das Atividades Segundo o Porte e Potencial Poluidor 
O enquadramento das atividades far-se-á, quanto ao porte segundo três grupos 
distintos Pequeno (P), Médio (M) e Grande (G), e quanto ao potencial poluidor (p) 
pequeno, (m) médio e (a) alto, conforme critérios estabelecidos no Anexo II do Decreto 
15.682/14 que regulamenta a Lei 10.431/06, aprovado pelo Decreto n° 14.024/2012. 
Conforme preceitua o art. 109 do referido Regulamento, em função do porte e do 
potencial poluidor o empreendimento será enquadrado em uma das Classes, como 
segue: 
Art. 109 - A classificação de empreendimentos e atividades obedecerá a 
seguinte correspondência: 
I - Classe 1 - pequeno porte e pequeno potencial poluidor; 
II - Classe 2 - médio porte e pequeno potencial poluidor ou pequeno 
porte e médio potencial poluidor; 
III - Classe 3 - médio porte e médio potencial poluidor; 
IV - Classe 4 - grande porte e pequeno potencial poluidor ou pequeno 
porte e alto potencial poluidor; 
V - Classe 5 - grande porte e médio potencial poluidor ou médio porte 
e alto potencial poluidor; 
VI - Classe 6 - grande porte e alto potencial poluidor. 
Parágrafo único - As correspondências estabelecidas no caput deste 
artigo seguem a seguinte tabela classificatória: 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 37 
 
Os empreendimentos enquadrados nas classes 1 e 2 serão objeto de licenciamento 
ambiental, mediante a concessão de Licença Unificada (LU), antecedido de Estudo 
Ambiental para Atividades de Pequeno Impacto (EPI). Aqueles enquadrados nas classes 
3, 4 e 5 serão objeto de licenciamento ambiental, obedecendo as etapas de LP, LI e LO, 
antecedido do Estudo Ambiental para Atividades de Médio Impacto (EMI). 
Já os empreendimentos e atividades enquadrados na classe 6 serão objeto de 
licenciamento ambiental, obedecendo as etapas de LP, LI e LO, antecedido de Estudo 
Prévio de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). 
No caso de licenciamento ambiental de duas ou mais tipologias vinculadas ao mesmo 
empreendimento ou atividade adotar-se-ão os seguintes critérios de classificação, de 
acordo com o estabelecido pelo órgão ambiental, diante das circunstâncias do caso 
concreto: 
• I - o enquadramento será realizado pela maior classe; 
• II - verificando-se que o conjunto das atividades ligadas ao empreendimento são 
capazes de provocar significativo impacto ambiental, serão enquadradas, pelo 
conjunto, na Classe 6. 
2.3.2. Da Remuneração pela Análise 
A remuneração, pelos interessados, dos custos correspondentes às etapas de vistoria e 
análise dos requerimentos das autorizações e licenças ambientais será efetuada de 
acordo com a modalidade da Licença e a Classe da Atividade (1 a 6), cujos valores em 
Reais estão fixados no Anexo III do decreto 15.682/14. 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 38 
Quando o custo realizado para inspeção e análise da licença ambiental requerida 
exceder o valor básico fixado no Anexo III do Regulamento, o interessado ressarcirá as 
despesas realizadas pelo INEMA. 
Nos casos sujeitos à elaboração de EIA/RIMA, ou outros estudos ambientais de maior 
complexidade, o valor básico será complementado no momento da entrega dos estudos 
pelo empreendedor. 
2.4. Penalidades aplicáveis na ausência do licenciamento 
Os empreendimentos e atividades considerados efetiva ou potencialmente poluidores 
não devem se instalar sem o prévio Licenciamento Ambiental, estando sujeitos às 
sanções e penalidades previstas em Lei, que podem ser aplicadas pelo INEMA através 
da Advertência, Multa, Interdição, Embargo ou Demolição. 
De acordo com o previsto no Anexo VI do Regulamento da Lei 10.431/06, que dispõe 
sobre a Classificação das Infrações Ambientais, é considerada infração GRAVE, construir, 
reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar estabelecimentos, atividades, obras ou 
serviços utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente 
poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, em 
desacordo com a licença obtida ou contrariando as normas legais e regulamentos 
pertinentes. Podendo ser aplicada a penalidade de Multa de R$ 500,00 (quinhentos 
reais) a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). 
O art. 248 do Regulamento da Lei nº 10.431/06, aprovado pelo Decreto 14.024/2012 
relaciona as penalidades aplicáveis em caso de infração ambiental, como segue: 
Art. 248 - Sem prejuízo das sanções penais e da responsabilização civil, 
aos infratores das disposições da Lei nº 10.431/2006, das normas dela 
decorrentes e outras regras de proteção ambiental, serão aplicadas às 
seguintes penalidades, independentemente de sua ordem de 
enumeração: 
I - advertência; 
II - multa de R$500,00 (quinhentos reais) a R$50.000.000,00 (cinquenta 
milhões de reais); 
III - multa diária de R$50,00 (cinquenta reais) a R$500.000,00 (quinhentos 
mil reais); 
IV - interdição temporária ou definitiva; 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 39 
V - embargo temporário ou definitivo; 
VI - demolição; 
VII - apreensão dos animais produtos e subprodutos da fauna e flora, 
instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza 
utilizados na infração; 
VIII - suspensão parcial ou total de atividades; 
IX - suspensão de venda e fabricação do produto; 
X - destruição ou inutilização de produto; 
XI - destruição de fornos para produção de carvão vegetal; 
XII - perda ou restrição de direitos consistentes em: 
a) suspensão de registro, licença ou autorização; 
b) cancelamento de registro, licença e autorização; 
c) perda ou restrição de benefícios e incentivos fiscais; 
d) perda ou suspensão da participação em linhas financiamento em 
estabelecimentos públicos de crédito; 
e) proibição de licitar e contratar com a Administração Pública pelo 
período de até 03 (três) anos. 
As penalidades previstas poderão ser impostas isoladas ou cumulativamente e caso o 
infrator venha a cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações de natureza 
diferente, poderão ser-lhe aplicadas, cumulativamente, as sanções a elas 
correspondentes. 
 
Todas as despesas decorrentes da aplicação das 
penalidades correrão por conta do infrator, sem prejuízo 
da indenização relativa aos danos a que der causa. 
 
Sem obstar a aplicação das penalidades previstas acima, é o degradador obrigado, 
independentemente da existência de culpa, a indenizar e/ou reparar os danos causados 
ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. 
Vale ainda ressaltar que a fruição de benefícios, estímulos e incentivos fiscais e 
financeiros, bem como financiamentos ou subsídios de qualquer natureza, concedidos 
direta ou indiretamente pelo poder público, vinculados à respectiva atividade, na área 
estadual, poderá ser sustada perante as autoridades competentes, quando o 
 
 
Formar EAD - Licenciamento Ambiental- Página 40 
beneficiário estiver descumprindo determinação da lei estadual ou normas dela 
decorrentes. 
 
Isto implica que empreendimentos não legalizados por 
meio da Licença ou Autorização Ambiental poderão 
ter suspensos os benefícios, incentivos e financiamentos, 
por ventura solicitados. 
 
2.4.1. Lei de Crimes Ambientais 
Em 12 de fevereiro de 1998, foi sancionada a Lei de Crimes Ambientais – Lei nº 9.605. 
Destaca-se o Art. 60 da Seção III da Lei 9.605/08, a seguir transcrito: 
Art. 60. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em 
qualquer parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços 
potencialmente poluidores, sem licença ou autorização dos órgãos 
ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e 
regulamentares pertinentes:

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