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Ciência Politica - Resumo

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As Ciências dos Fenómenos Políticos
As Ciências Sociais estudam as relações entre as pessoas.
Relação Patrimonial 
Relação Política
Relação Social
“Fenómeno político é todo o acontecimento implicado na luta pela aquisição, manutenção, exercício, controlo e subversão do Poder na sociedade.” (Moreira, Adriano – Ciência Política, op. Cit, Capitulos IV e V)
O dever ser e o ser. A realidade jurídica nem sempre coincide com a realidade social. 
A lógica é inimiga da História. 
“Às Ciências Politicas interessa-se a análise da História, contemporânea, interessa o porquê dos factos. É preciso tirar lições do passado (…).” (Lara, António Sousa, 2009)
O costume é uma prática tão forte que por vezes acontece ir contra o Direito 
Internacional.
O Homem como Ser Cultural
Sociedades Maiores (Estado) e Menores (ex: Clube de Futebol)
Ordem obrigatória a saber, fim do Estado:
- Segurança (manutenção da ordem pública, Interna e Externa)
- Justiça
- Bem-estar económico e social (surgiu no Séc. XX; o crash de 1929 deu origem a este fim do Estado (Política americana de New Deal). Passou a haver a Constituição Social. Actualmente está em causa a privatização do 3º fim do Estado. Privar ou não a Segurança Social. Ou será exclusivo do Estado, colocando em causa a exclusividade do 3º fim. (PPR é uma aproximação da privatização do 3º fim.)
No Reino Unido é misto.
ESTADO
O Estado é composto por determinados elementos:
POVO
Distingue-se de “população” e de “Nação” (três conceitos diferentes)
O que é o Povo?
Conjunto de cidadãos (que tem cidadania) que reside num determinado Estado.
O que é a população?
São todos os indivíduos que residem num determinado Estado.
O que é a Nação?
É um conceito objectivo/subjectivo. Ou seja, há duas correntes
Ex: Nação cigana (Nação objectiva). 
Aquisição de Nacionalização:
Naturalização é um processo administrativo que corre junto das Instituições e que implica determinados critérios; é um processo moroso.
É necessário:
1. Critério: Autorização de residência no Estado para que passe a dar início.
2. Critério: Meio de subsistência (Contrato de Trabalho). Provar que se tem conta bancária.
3. Critério Prova de Língua.
4. Têm que aderir voluntariamente à Constituição da República Portuguesa e a todas as outras Leis.
Perda da Nacionalidade
TERRITÓRIO
Sobre a Zona Económica Exclusiva (ZEE) será apenas de fiscalização e policiamento, pois não é soberania do Estado). Máximo até duzentas milhas. Não quer com isto dizer que se tem direito às duzentas milhas, devido a encontrar-se território de outro Estado.
Quando um rio, lago, faz fronteira ele é dividido por dois métodos:
Equidistância – Igualdade de distâncias
Talvegue – Possibilidade de linha de navegabilidade devido aos bancos de areia existentes.
Mar Territorial (doze milhas marítimas) – Águas nacionais. O poder do Estado é igual tanto em Lisboa como até às doze milhas marítimas, a contar da linha de costa.
Estados Ribeirinhos
Território soberano do Estado, desde a linha de costa até às 12 milhas marítimas. Na Z.E.E. o país ribeiro tem direito a fiscalizar, policiar e extracção económica sobre as 200 milhas, desde a linha de costa. (Não podem, por exemplo, pescar à-vontade, porque há quotas, tal como em mar território.)
	12 milhas			
	200 milhas (ZEE)
Poder Político Externo
	
O Poder Político Soberano tem 3 critérios (defini se o Estado é soberano, se parcialmente soberano):
Jus Belli – Direito de fazer guerra, de celebrar a paz, poder de fortalecer a organização militar.
Jus Tractum – Direito de representação diplomática e/ou consular (ex: direito a ter uma embaixada e consulares nos outros países). Direito de celebrar tratados para pertencer a organizações ou convenções.
Jus Legationem – Direito de representação diplomática, consular, ou seja, é-lhes reconhecida a permissão de se fazerem representar internacionalmente.
É um poder que não tem igual à ordem interna e não tem superior à ordem externa. (definição desatualizada)
Semi-Soberano
Quando um Estado não pode, em parte, exercer um destes critérios, neste caso será um Estado semi-soberano.
No passado, a seguir à 2ª Guerra Mundial, foi imposto que a Alemanha e o Japão não poderiam celebrar Jus Belli e Jus Tractum, ou seja, não poderiam celebrar tratados militares, nem ter exércitos. Diminuídos, assim, na sua capacidade soberana. A Alemanha e o Japão tinham parte da sua soberania externa limitada.
Não-Soberano
Não exercem nenhuma destas três competências Jus Belli, Jus Tractum ou Jus Legationem).
Há dois tipos: 
Estado membro de uma Federação. 
Ex: Suíça ou E.U.A., Kansas, Miami, Texas, ou seja, todos os 52 Estados são não-soberanos. 
· Estados Membros de Uniões Reais
Casos de União Real.
Ex: Alemanha, Brasil, porque o poder político como está ao nível de poder estadual, mas sim, ao nível do Poder Federal.
Reinos Unidos.
Estes reinos não exercem o poder político, sendo ao nível da Rainha e pelo 1º Ministro.
Ex: Inglaterra, País de Gales, Escócia, Irlanda do Norte, pertencem ao Reino Real (ou Unido?), exercido pela Coroa Britânica.
Estados Membros de uma Federação
Federação (Brasil, Alemanha – não-soberanos) é diferente de Confederação (U.E., O.T.A.N. – semi-soberanos)
Existem cinco tipos de Estados não-soberanos:
Exíguos (ou micro-Estados) – Dado à sua população reduzida e diminuta dimensão territorial que não permite exercer o seu poder político. 
Ex: Mónaco, Vaticano, San Marino.
Neutralizados, por opção própria ou por imposição internacional – Estado neutralizado por opção própria ou por imposição externa não exercem na sua plenitude as três ou parte dessas competências.
Ex: Áustria, Suíça, por opção própria.
Ex: Japão, Alemanha, depois da 2ª Guerra Mundial, por imposição internacional.
Neutralizado é diferente de Neutral. Neutral, abstém-se de se envolver num conflito armado, apesar do seu Jus Belli. 
Ex: Portugal, Espanha a quando da 2ª Guerra Mundial.
Estados membros de uma Confederação – São Estados que através de um ou mais tratados perdem a favor dos tais órgãos que vão gerir ……….
Ex: Estados membros da O.T.A.N., da U.E.
Vassalo – Resulta de um vínculo feudal da Idade Média que se manteve até aos dias de hoje.
Ex: Principado de Andorra (de momento é o único exemplo de Estado Vassalo).
Protegido
É protegido por outro Estado que tem a capacidade militar, ou seja, tem limitação de força.
Protectorado – é a relação que existe entre o Estado perante o mais fraco.
Ex: E.U.A. protege Taiwan.
Protectorado Internacional.
Ex: Kosovo + Organização Internacional (O.T.A.N.)
Estado Protegido é diferente de Protectorado. Estado Protector (Estado Soberano) + Estado Protegido (Estado Semi-Soberano).
Associações de Estados 
Uniões Reais – Os territórios que a compõe perdem a sua capacidade jurídica internacional, e a sua representação externa não tem qualquer das três competências externa (Jus Belli, Jus Tractum e Jus Legationem). Passa a ser representado pela Rainha (Chefe de Estado) + 1º Ministro (Chefe de Governo), mas mantêm as suas competências internas (Povo e Território).
Ex: Reino Unidos (País de Gales, Escócia, Irlanda do Norte e Inglaterra)
 Uniões Pessoais – Têm como Chefe de Estado a Rainha. Advém do seu passado histórico, mantendo-se assim, uma união pessoal. Por exemplo, no envio de tropas e decisões estratégicas consultam o Chefe de Estado, na pessoa do 1º Ministro (Gordon Brown).
Ex: Austrália, Canadá (mantêm a sua soberania, mas com Chefe de Estado a Rainha, tendo um papel simbólico).
Confederação – Estados associam-se através de um ou mais tratados, para delegação de algumas das suas competências externas e internas que os compõem.
Ex: U.E.
DIVISÃO INTERNA DO ESTADO
 Estados Membros de uma Federação têm poder político próprio e originário (porque antes de pertencer a uma Federação foram Estados independentes); mas, a certa altura, delegaram parte do seu poder (externo) para um patamar superior (Poder Político Federal). São Estados não-soberanos.
 Concentra em si a competência externa, mastambém algumas questões internas; tem ele próprio poder executivo (Presidente), poder legislativo (Senado) e poder judicial (Tribunais federais).
Os diferentes Estados possuem:
Poder executivo – governador
Poder legislativo – congresso
Poder judicial – tribunais
Ex: Brasil, México, Alemanha, E.U.A.
Estados Unitários (poder político unido; uno)
Não é dividido; não é parcelar. O poder político corresponde a um território, poder e povo.
Simples – Um poder político, um povo, um território.
Com regiões – Significa que um determinado território, devido a questões geográficas, teve que parcelar o mesmo. Cujo poder politico é delegado; delegou parte da sua competência interna.
Ex: Portugal (Ilhas). Tem território insular, governo autónomo.
Regionalizados – O seu poder político é delegado. Ex: Espanha.
SISTEMAS POLÍTICOS
Sistema Presidencialista
O Presidente da federação é a pessoa mais importante. A figura da Federação é a figura central de todo o sistema. Não é só Chefe de Estado, mas é também o Chefe do Governo, do executivo. Chefe de Estado é simultaneamente o Chefe do executivo.
Ex: EUA, Brasil.
O Presidente é eleito por um colégio eleitoral. A eleição é indirecta.
O Poder Legislativo Américo é exercido pelo Congresso e é composto por duas Câmaras: Câmara dos Representantes e pelo Senado. O Senado é composto por dois representantes de cada Estado; na Câmara dos Representantes, estão os deputados, eleitos pelo povo, em função do número de votos de cada Estado. 
O Poder Executivo que está nas mãos do Presidente e o Poder legislativo tem legitimidades diferentes, autónomos (não dependem um do outro e muitas vezes são opostos). Ou seja, muitas vezes o que acontece as Leis são vetadas; o poder legislativo apresenta uma nova Lei e o Congresso inviabiliza essa Lei.
O Poder Judiciário está concentrado nos tribunais federais, sendo a Suprema Corte a maior.
Semi-Presidencialista
Características essenciais:
• O Chefe do poder executivo e o Chefe do Governo, ou 1º Ministro.
• O poder executivo é partilhado por duas pessoas: o Presidente/Chefe de Estado e 1ºMinistro/Chefe do Governo.
• O 1ºMinistro/Chefe do Governo é responsável, ou responde, perante o Presidente/Chefe de Estado e perante o parlamento.
• O 1ºMinistro normalmente acumula funções de líder do partido mais votado. Vota-se em sistema de listas, ao contrário do Sistema Presidencialista que se vota numa pessoa.
• A legitimidade do Governo decorre do Presidente e da maioria parlamentar, relativa ou absoluta. A absoluta permite formar governo. Caso contrário, a relativa, deverá haver uma coligação, mas não obrigatoriamente.
Ex: França, Portugal
Sistema Parlamentar
Aspectos a reter:
Chefe do poder executivo é também chefe do Governo.
Reino Unido: Gordon Brown é também deputado do partido (Partido Trabalhador) mais votado e é o 1º Ministro. Ou seja, o 1º Ministro Inglês é:
• Chefe do Executivo
• Chefe do Governo
• Chefe da maioria parlamentar do partido mais votado.
Contudo, não é Chefe de Estado. Este é a Rainha Isabel II. Sendo a Rainha Chefe de Estado e ainda que seja uma figura simbólica, o Primeiro-Ministro consulta-a.
É a Rainha que empossa o 1º Ministro.
Os ministros e secretários de Estado que formam o Executivo (Governo) respondem apenas perante o 1º Ministro e não perante o poder de Estado.
Método de Hondt 
Em Portugal, as leis eleitorais da Assembleia da República, Assembleias Legislativas Regionais, Autarquias Locais e Parlamento Europeu , seguem o sistema de representação proporcional e utilizam o método de Hondt.
Entre as características do método de Hondt importa assinalar o encorajamento à formação de coligações, uma vez que o agrupamento de partidos leva a conseguir maior número de mandatos do que se concorressem isoladamente. Favorece no entanto os grandes partidos, não satisfazendo o critério da quota. A análise dos resultados eleitorais em Portugal, após 1975 mostra isso mesmo. (Ministério da Administração Interna, http://www.stape.pt/hondt/hondt.htm, visto a 18/12/2009)
A CONSTITUIÇÃO
É a Lei. Está no topo das regras. É a norma fundamental que está no topo do Estado.
Um Estado falhado é um Estado com falha de regras.
No texto Constitucional está vertido se o Estado é Presidencialista, Semi-Presidencialista, Parlamentar, o papel do Presidente, dos Tribunais, etc.
Constituição quanto à sua natureza:
• Constituição Histórica (não escrita)
• Constituição Escrita
Histórica - Constituição em sentido material.
É fruto que resulta da História, do progresso, das normas que se foram fazendo ao longo dos anos e nunca foi compilada, ou seja, nunca passou para um livro, como a nossa Constituição Portuguesa.
Ex: Os diversos textos do Reino Unido.
A Magna Carta (Reino Unido), séc. XIII (1215), Ricardo Coração de Leão, mais o seu irmão João Sem Terra, foi o primeiro documento a conter Direitos e Deveres, mas há mais documentos que nunca foram compilados; ficaram, todos eles, em documentos avulsos, nunca fizeram como nós, por exemplo, portugueses, que temos um livro, Constituição escrita.
Escrita – Constituição em sentido formal.
Engloba a parte formal e material.
Ex: EUA, Constituição de 1789, nossa base de tradução romano-germanica.
Constituição quanto ao seu conteúdo
• Liberais
• Programáticas
Liberais – A constituição de conteúdo liberal vem no seguimento da evolução da História de natureza jurídico-política de vários Estados. Era uma forma do Estado, que não era interventor, ou seja, que não intervêm nas desigualdades sociais, na Lei da oferta e da procura, que apenas intervêm (em parte) na justiça e na segurança interna e externa, que define o seu território, o seu povo e estabelece os direitos e garantias. Não verte Leis de outra natureza. O Estado apenas assegura algumas estruturas, não regula mais nada; é um Estado árbitro e policial.
Ex: Liberal Portuguesa, de 1822.
 
Pragmáticas – Passaram a ter um programa mais completo que informa o Estado. Muito mais abrangente que os liberais. Para além de definir o que a Constituição liberal define, passa a incluir os aspectos económicos, os direitos sociais dos cidadãos (ex: direito à reforma, à saúde).
Ex: Revolução Bolchevista de 1917, Rússia. A Rússia tinha saído da I Guerra Mundial, porque estava em curso ideias que acabaram com a guerra Bolchevista. Havia graves problemas sociais; os Russos viviam sob as ordens do Czar, com uma mão pesada para com a população. A partir daí deu-se a Revolução. O Czar é morto e foi substituído por Lenine e forma-se a então, U.R.S.S., implantando a Constituição Pragmática. É daqui, desta Revolução que surge a Constituição Pragmática; o povo queria mais liberdade, mais direitos e isso passa a ficar vertido na Constituição, tal como mais direitos sociais e a regulação do mercado.
No entanto, houve mais acontecimentos que fizeram disseminar a Constituição Programática: o crash da Bolsa de Nova Iorque, em 1929. Roosevelt lança um programa: New Deal (novo acordo), no sentido de promover os direitos sociais, em especial os económicos, regulando um pouco mais o mercado. Mas, mesmo assim, não evolui para uma Constituição Programática como aconteceu na Europa.
As crises mundiais aceleram os processos que garantem a protecção social dos respectivos países. 
(continua na próxima aula)
Limites da revisão da Constituição.
• Rígida
• Flexível
A Constituição Americana é rígida ou seja, não é revista, é sim, composta por diversas adendas.
A Constituição flexível permite a revisão da mesma, segundo determinadas condições, como por exemplo, a Constituição portuguesa. 
A Constituição portuguesa original data de 1976 e encontra-se agora na 7ªedição. Neste momento tem menos artigos que a original. O Professor Doutor Jorge Miranda é considerado o “pai” da Constituição portuguesa.
São quatro os limites da revisão da Constituição:
Limites Circunstanciais da Revisão
Art. 289 – Em estado de sítio e/ou de emergência não se pode alterar a Constituição. Em situação excepcional e porque as instituições não estão no seu completo funcionamento.Limites Temporais da Revisão
Art 284 – A Constituição pode ser revista ao fim de cincos anos, depois da revisão ordinária; revisão extraordinária não precisa de esperar cinco, se 4/5 estiverem de acordo. A iniciativa compete aos deputados em efectividade funcional, e não os partidos. Art. 285.
Art 286 – São aprovados em 2/3.
Limites Formais da Revisão
Não se pode recusar a promulgação da Revisão da Constituição.
Há alíneas que podem desaparecer, podem ser acrescentadas outras, etc. Art 285-287. (ver)
Limites Materiais da Revisão
São as matérias as quais não podem ser sujeitas a uma Lei de Revisão. Art. 288
Independência Nacional
Unidade de Estado
Forma Republicana do Governo
A separação da Igreja do Estado
Direitos, garantias e liberdades dos cidadãos
Direito dos trabalhadores, comissões de trabalhadores e associações sindicais
Coexistência do sector público, privado e cooperativo
Sufrágio directo, secreto e periódico
Pluralismo
Separação e interdependência dos órgãos de soberania.
Fiscalização 
Independência dos Tribunais
Autonomia das autarquias locais
Formas de selecção de governantes e titulares dos cargos públicos ou políticos.
Formas Pacificas:
Herança – Designação de um titular de um cargo público ou político por via de sucessão familiar.
Ex: Países com monarquias
Eleição ou sufrágio – por via de voto.
Há vários tipos de sufrágio.
Sufrágio Universal; significa que são maiores e capazes, ou seja, em plena capacidade mental para votarem em consciência.
O sufrágio universal pode ser: directo ou indirecto. A eleição na Federação americana é por sufrágio indirecto; o povo vota para o Colégio e o Colégio é que vota para o Presidente. Em Portugal vigora o sufrágio directo, isto é, o eleitorado vota directamente no Presidente que quer ver eleito.
Sufrágio Restrito; pode ser Censitário, dependendo do pagamento prévio de uma quantia em dinheiro, exemplo disto os clubes desportivos. Capacitário, tem a ver com a capacidade académica de certos elementos que compõem esse órgão. Racial, em função da etnia, por exemplo, numa determinada altura só os brancos podiam votar. Ex: África, EUA). Masculino, há uns anos só os homens e que podiam votar.
FORMAS DE SELECÇÃO DE GOVERNANTES E TITULARES DOS CARGOS PÚBLICOS OU POLÍTICOS
(continuação)
Nomeação (indigitação) – É a nomeação de um titular de cargo público ou político hierarquicamente superior. Exemplo: o 1º Ministro não é eleito para tal; é eleito para deputado. É o Presidente da República que o nomeia (ou indigita), sendo o primeiro titular de um cargo político hierarquicamente superior. Quem nomeia, exonera também. Quem demite os deputados da Assembleia da República não é o 1º Ministro, mas sim o Presidente da República, tal como os nomeou (indigitou) anteriormente, tal como aos Embaixadores. O 1º Ministro fala, propõe, a escuta, nada mais, cabendo a decisão ao Presidente da República.
Cooptação/Designação – É a designação de um cargo público ou politico, pelo(s) titular(es) desse mesmo cargo, ou seja, quem designa está hierarquicamente ao mesmo nível.
A cooptação divide-se em sucessiva ou simultânea. 
Sucessiva – Usa-se muito nas ditaduras. O ditador escolhe o seu sucessor, quando se encontra perto da morte. Ex: Fidel Castro que estando doente escolheu o seu irmão para ficar no lugar dele. O cargo sucede depois. O designado sucede ao designante.
Simultânea – É designado para exercer um cargo ao mesmo tempo que o(s) designante(s). Ex: no Tribunal Constitucional, os membros, juristas, são eleitos pelos seus colegas juristas. Mesmo nível, mesma hierarquia, não podendo demitir uma vez que estão ao mesmo nível hierárquico.
Inerência – Desempenho de um cargo público ou politico secundário em virtude do cargo principal. Ou seja, significa que há cargos públicos importantes que trazem consigo, que são adjacentes, a outro cargo. Ex: Os Chefes de Estado eleitos, Presidente de Moçambique, Angola, Brasil são comandantes supremos das Foras Armadas. É um cargo por inerência, não sendo possível delegar o cargo a outrem.
As suas características:
 Não podem ser seccionados.
 Não podem ser conservados independentes da titularidade do cargo principal. Ex: não pode ser Comandantes das Forças Armadas e não ser Presidente.
Os Presidentes são também Grão-mestres das Ordens Honorificas.
Sendo cargos que não têm, neste aspecto, autonomia, não quer dizer que não sejam fundamentais.
Rotação – O Presidente da União Europeia (E.U.) é por rotação (seis em seis meses). Como Tratado de Lisboa esta rotatividade terminará.
Sorteio – É a designação, nos Tribunais, por meios aleatórios de um cargo público ou político. Juiz natural é um sorteio. A atribuição de um caso a um juiz é através de uma escala aleatória. Não se pode escolher, é “espontâneo”, ocorre naturalmente.
O sistema de sorteio é crucial para o aparelho judicial.
Antiguidade – Significa que quando há vários graduados com a mesma patente, entra, automaticamente, quem for mais antigo. Mede-se, não pela idade, mas pelo tempo de exercício do posto.
Concurso – Concurso público é, por via de regra, para emprego (???), excepto para os cargos públicos de designação de confiança politica. Forma de selecção ….. As condições dos concursos têm de ser claras e publicitadas anteriormente à data do concurso.
SISTEMAS DE GOVERNO, SEGUNDO DOIS IMPORTANTES FILÓSOFOS, POLITÓLOGOS: PLATÃO E ARISTÓTELES.
São sistemas dinâmicos.
São específicos do seu tempo; foram estruturados para a sua época, VIX A.C. Hoje em dia os sistemas não estão organizados desta forma.
Platão – Fundador da Academia (Universidade). V-IV A.C. Tem como governo ideal a Sofiocracia.
A Sofiocracia – Os filósofos, os sábios, governam. São aqueles que detinham mais saber naquela altura. É o precursor do comunismo; Platão, discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles, advogou o fim da comunidade privada.
Obras célebres: A República, A Apologia de Sócrates.
Formas de Governo
Sofiocracia – Os filósofos (sábios) governam. 
Timocracia – Os guerreiros governam.
Plutocracia – Os guerreiros enriquecidos governam
Tirania – Governo de um só.
Plutão e Aristóteles estão incluídos num sistema dinâmico que evolui para a Timocracia, governo dos guerreiros, devido à decadência da educação do Rei Sábio e passou a ficar nas mãos dos militares. Havendo uma decadência na Timocracia, ou seja, os guerreiros vão enriquecer, pois o poder “chama” a riqueza, e com essa degeneração passa a Plutocracia, o governo dos militares/guerreiros enriquecidos, desprezando os interesses do povo. Neste momento, os governantes detêm o poder e a riqueza, que degenera por sua vez na Democracia, pois dá-se o “amolecimento” da vontade da guerra, perdendo, assim, o poder. O poder está agora no Povo. Mas, sofre também uma degeneração: Tirania; governo de um só. Alguém que se destaca de entre todos e chama a si todo o poder. Esta degeneração surge devido aos caos em que se encontra a Democracia. O tirano governa a favor de todos. Contudo, o tirano, por morte ou por regeneração (educação) passa a sábio, ou seja a sofiocracia.
Aristóteles
Discípulo de Platão. Propõe um sistema. É o fundador do Liceu, do ensino liceal, conceitos que ainda hoje permanecem. O seu regime ideal é a Democracia, é pois defensor da mesma. O povo tendo bom-senso, meio-termo, sentido de equilíbrio, governará bem, sendo estas as características essenciais para governar.
A Democracia é das mais aplicadas, até as monarquias vivem em Democracia. Os governos que não são democráticos começam a dar espaço para as mulheres votarem, para haver mais que um partido, etc.
Monarquia – governo de um só em favor de todos (do povo), degenera em Tirania, que governam a seu bel-prazer, para proveito próprio em vez de governarem para proveito de todos.
Aristocracia – O poder está nas mãos de alguns, de uma elite, que governam em favor de todos (do povo). Que degenera em Oligarquia, que é um governo dessa elite, ma em proveito próprio.
Democracia – É o governo do povo que governa em proveito da comunidade, mas que degenera em Demagogia,sendo este um governo do povo que governa também para seu próprio proveito.
	SÃOS
	DEGENERADOS
	
Monarquia
	
Tirania
	
Aristocracia
	
Oligarquia
	
Democracia
	
Demagogia
Sempre em proveito próprio
 
 
São dinâmicos
 Evoluem
INSTRUMENTOS DAS IDEOLOGIAS NO SEIO DO ESTADO
Os instrumentos formais estão tipificados na Lei, ou seja, têm assento na Lei em vigor.
Instrumentos informais serão, porventura, ilegais: guerra civil, revolução, golpe de Estado, etc. Nenhum deles é legal, formal; pelo contrário, alguns chegam a ser ilegais (nem todos os instrumentos informais são ilegais).
Principais grupos ou instituições que o Estado autoriza como instrumentos estão divididos da seguinte forma:
Grupos de Interesse – Uma associação ou instituição que visam exigir, pôr em marcha, fiscalizar esses interesses.
Ex: ACP, diz não haver concorrência nas gasolineiras. Esta livre concorrência está prometida (encontra-se na Constituição), mas ainda não está cumprido, ou seja, está legislada, mas não está a ser executada. Assim, a ACP reivindica o seu cumprimento.
Grupo de Pressão – Absolutamente igual (ACP, QUERCUS), mas têm uma atitude diferente. Aqui, o grupo quer que a Lei seja alterada; visa influenciar o poder político para alterar uma determinada Lei. É um elemento crucial para a sociedade.
Este “grupo de pressão” vem do inglês “lobby” (corredor), pois era principalmente nos corredores que a pressão era exercida.
Partidos Políticos – São associações. Visam conquistar e exercer o poder. Só eles podem candidatar a certas instâncias políticas (para as autarquias podem candidatar-se grupos de pessoas). O poder legislativo está no poder político em regime de exclusividade. O eleitor não vota num candidato, vota no partido (que tem candidatos); no fundo, nem sabemos em quem votados.
No Reino Unido dá-se o inverso: vota-se directamente no candidato; ele é que terá de fazer a sua própria candidatura. Quem ganha a eleição é, de facto, uma pessoa, o candidato, ele próprio. Em Portugal é uma comissão de listas que decide as pessoas que constaram nessa lista, ou seja, nos partidos quem manda, orienta, é a comissão de listas, sendo possível oscilações de candidatos nas listas apresentadas.
Uniões Políticas – “Grupos políticos que congregam os filiados em torno de um individuo.” (LARA, Sousa, 2009) O que os une não é a ideologia, mas sim, um homem-chave. Ideologias heterogenias, numa realidade monista ou pluralista.
Associações Políticas – Organizações formadas sobretudo no seio político monista, que a pretexto de outras razões (ex: científicas, culturais) desenvolvem actividades que só lhes seriam permitidas num cenário político pluralista.
Tipo de Partidos
Os partidos nascem na Revolução Francesa; uns vão para a direita e outros para a esquerda, sem razão aparente, e criam clubes políticos: jacobinos, partido da pequena e média burguesia, liderado por Robespierre, que ocupavam o lado esquerdo da Assembleia Nacional Francesa e os monarquistas, liderado por Luís XVI, que ocupavam a ala direita.
Maurice Duverger, sociólogo francês, em Os partidos Políticos (1951), propõe uma classificação clássica de partidos. Partidos de Massas e Partidos de Quadros.
Otto Kirchheimer propõe a classificação Cath-All-Parties.
Partido de Quadros (enquadramento, elite)
De dimensão pequena, a vinculação doutrinária é clara, expressa; uma ideologia, uma pureza, muito fortes. A relação com o partido do poder é periférica, ainda que possam fazer coligações com o partido mais votado.
Características especiais: hipertrofia do núcleo central; núcleo central, coeso, duro, fechado, onde está definido o programa e estratégia. Não há estrutura periférica (associações, sindicatos). Sabem perfeitamente a quem querem alcançar; são específicos, direccionados e determinados para o objectivo delineado. Não pretendem angariar o maior número de votos. Raramente são partidos de Governo. Os partidos de Quadros preocupam-se essencialmente com a qualidade dos candidatos, os que são, de facto, os políticos. São compostos maioritariamente por profissionais especializados.
Ex: Em Portugal: o partido ecologista “Os verdes”, o “Partido da Terra” (MPT), “Partido Popular Monárquico”(PPM). No Reino Unido: “Partido Liberal” (Liberal Party).
Partido de Massas
Com a crise geral na Europa, com a industrialização, com o nascimento do proletariado, a queda do feudalismo, os artesãos, oleiros, sapateiros, tecelões encontram-se também em extrema miséria. Os primeiros partidos de massas são anarquistas, os segundos são os trabalhadores (reformistas, socialistas e esquerda bolchevista). Têm líder, mas o mais importante é o número de trabalhadores.
São organizações de pessoas cujo objectivo principal é recrutar o máximo possível de pessoas, filiados, para as suas fileiras.
Sociedade com vários partidos (pluralismo) a dimensão do partido de Massas será média, uma sociedade com apenas um partido (monismo) a dimensão será grande.
Relativamente à sua ideologia e vinculação doutrinária são grandes.
Periferia (por exemplo, os sindicatos) no pluralismo, não estão tão próxima com o poder, ou seja, não se “misturam” com o poder instituído. Não há uma identificação absoluta entre os sindicatos e o poder vigente. Sendo central no monismo; ou seja, os sindicatos e demais associações que possam haver, concorrem com os interesses do Estado, uma vez que há apenas um partido. 
Partido de Massas possuem fortes laços organizacionais, através da existência de sindicatos e de associações várias, e existe uma importância extrema de filiação no partido. Partidos estes que mantém relações com as classes sociais.
Ex: fascismo (Hitler era pobre, trabalhador), PCP, PNR, POUS.
Catch-All-PArties
Otto Kirchheimer, nasceu no século XX, na Alemanha, é um dos maiores constitucionalistas. Catch-all-parties são herdeiros genéticos dos outros dois partidos (quadros e massas). É a evolução que os partidos tiveram devido à conjuntura internacional. Colocando de parte a sua luta ideológica, abandonando assim, a sua ideologia e usando as regras do marketing (como anunciar e vender um produto), “vende” o partido, não se preocupando com a ideologia, interessa-se pela aparência, pois o que quer é “vender”, ou seja, quer ganhar votos. Querem uma maioria absoluta, querem todos os votos possíveis; por esta razão, não podem ter uma ideologia forte, nem um programa prévio. A lógica, por exemplo, do Mcdonald’s que oferece aquilo que as pessoas querem, é a mesma de Otto. Interessa-se em saber aquilo que as pessoas querem de um partido e adaptam o programa do partido a esse “querer”. Devido a estas características apenas interessam, ou se preocupam, com quem vota.
Todos os partidos tendem a fazer o mesmo, através das sondagens, para saberem o que as pessoas querem e assim elaboram o seu programa. 
Com esta máquina política acaba por haver uma bipolarização da sociedade, com dois partidos (E.U.A. e R.U.). Uma máquina muito bem financiada e forte (“A verba controla o verbo”); é assim que ganham as eleições. Em Portugal há dois partidos que se alternam entre si (P.S.D. e P.S.), já não debatem a sua ideologia, mas aquilo que as pessoas dizem querer. Neste momento, denota-se uma pequena alteração; partidos pequenos (B.E. e C.D.S.) começam a evidenciar-se. C.D.S. é um partido de Quadros, mas se querem ser partido de Governo têm de “evoluir”, alterando a sua forma de transmissão de discurso. A sua versão P.P.(CDS/PP), popular, já está mais perto do Catch-all-parties.
O resultado negativo do Catch-all-parties é a abstenção. A similitude dos partidos, tornando-os todos iguais, fomenta no povo uma profunda desmotivação; “são todos iguais, não vale a pena votar”. É o preço a pagar, é o efeito da estrada larga.
LEGALIDADE E LEGITIMIDADE 
Qual a diferença?
A legalidade é a verificação da conformidade entre um acto, acção ou omissão, e aquilo que esta disposto na Lei.
Há diferentes níveis de legalidade e de legitimidade. Há legitimidades que vão contra a Lei, o que é inconstitucional.Podemos classificar a legitimidade de duas maneiras:
Legitimidade de origem ou de título e a legitimidade de função ou de exercício.
Legitimidade de Origem
Relação de conformidade de quem tem poder e poder exercê-lo. Ex: os pais têm legitimidade de origem sobre os filhos, ou seja, têm legitimidade de exercer autoridade sobre os filhos.
Legitimidade de Função
Aqui tem a ver com a conformidade que tem de existir entre o poder que exercem e os fins a que se destinam esse poder. Os fins não podem estar desfasados das funções que exerce.
Segundo o célebre sociólogo Max Weber, autor fundamental sobretudo para a sociologia, foi o primeiro a perguntar porque razão as pessoas obedecem e ao que s devia a obediência. Há três razões diferentes, ou seja, há três tipos de classificação de legitimidade.
A legitimidade legal-racional – As pessoas obedecem porque está na Lei e na razão. A pessoa obedece porque é legítima, é racional.
Ex: Rei de Espanha, 1º Ministro.
A legitimidade tradicional – Transmite-se pela História, pela norma, costume. África (Moçambique, Angola) segue o critério da escolha do tio materno para sucessão.
A legitimidade carismática – Vem do grego, dom, transcendente. As pessoas obedecem, porque reconhecem naquela pessoa um dom transcendente.
Ex: Papa, Dali Lama.
IDEOLOGIA E A SOCIEDADE POLÍTICA
Quando se fala em opções ideológicas fala-se em:
Ideologia de Estado – Implica opção de prioridade sobre outra propriedade. Escolhem esta ou aquela ideologia, ou seja, é deste ou daquele partido, apesar de saber-se que há uma certa ausência de ideologia (catch-all-parties), transmitindo apenas o que o eleitorado quer ouvir.
Significa que o Estado em causa impõe uma certa ideologia. Países ditatoriais onde há uma ideologia dominante, não dando margem à existência de outras ideologias e até de outros partidos.
Ex: Nazismo. Itália de Mussolini, não permitia outras variantes de partidos, acabando com os existentes na altura. Portugal apesar de não ter acabado com todos os partidos existentes não levou ao extremo como a Alemanha e Itália. Em Portugal havia a União Nacional.
Ideologia no Estado – Existem várias diferenças ideológicas, com as suas características diferentes. A Constituição permite que existam essas mesmas diferenças. Pluralismo, partidos com várias correntes ideológicas.
Esta corrente está fora da Constituições liberais, mas aparecem nas constituições programáticas.
O Estado absorve todas as correntes, em função da sociedade, da História desse país. Começam a aparecer na Lei fundamental do Estado. Na Constituição de 1976 o texto não é igual ao texto que existe hoje, depois de todas as alterações realizadas. Ou seja, algumas expressões foram retiradas, alteradas ou acrescentadas.
Explicita – Na Constituição é referida opções políticas e expressões. Existe uma evolução ideológica; foi retirado, por exemplo, expressões como “reforma agrária” que determinava uma certa tendência que se vivia na época. São expressões claras e evidentes que condicionam o Estado num determinado sentido. Têm ainda uma clara e evidente conotação ideológica. Estas expressões acabam por ser retiradas, devido à evolução do país, ou seja, depois de 1976. É claro para quem lê a Constituição.
Ex: Está escrito que não é permitido partido político de extrema-direita.
Implícita – Está subentendido, subliminar, pouco óbvia.
Ex: A regionalização. A Constituição prevê a criação de regiões. Não fala do fenómeno regionalização, mas no texto “abre a porta” ao assunto. Muito possivelmente, voltar-se-á a debatê-la, uma vez que a Constituição prevê a sua criação. E pode-se ir ate mais longe: ao longo das diversas alterações que a Constituição sofreu, este texto nunca foi retirado. O legislador parece querer que este assunto volte a ser discutido.
Ideologia de Governo – É a ideologia que se vai alterando de eleição em eleição. E pode ser coincidente com a ideologia implícita ou explícita.
Os governos, por norma, alteram-se e cinco em cinco anos e a ideologia igualmente. Ou seja, muda conforme a ideologia de cada partido.
A ideologia de Governo não altera a ideologia no Estado.
VÁRIOS TIPOS DE SOCIEDADES, segundo Karl Marx
1 – Sociedades Primitivas 
 Divisão sexual do trabalho
2 – Sociedades Esclavagistas 
A sociedade era dividida em homens livres e escravos)
3 – Sociedades Feudais
 A divisão era feita entre: Nobreza, Clero e Povo, as principais estratificações sociais.
4 – Sociedades Capitalistas
Estratificação em Classes Sociais
5 – Sociedade Comunista
Tinha como objectivo uma sociedade propriedade privada e sem classes.
Sociedade de fase intermédia de passagem para a sociedade comunista. Uma sociedade sem Estado, sem classes. Doutrina Marxista-Leninista. Mas foi uma fase que não evoluiu; não houve, como resultado, como fim último, uma sociedade sem classes.
Conceito de comunidade (Gemeinschaft):
A comunidade é uma associação espontânea, de acesso involuntário, de solidariedade mecânica, com conhecimento directo (cara a cara), com controle social apertado (formal e informal). Além da consciência de pertencerem, ao mesmo tempo, ao grupo e ao lugar, e de partilharem o que diz respeito aos principais assuntos das suas vidas, os membros das comunidades têm consciência das necessidades dos indivíduos, tanto dentro como fora do seu grupo imediato e, por essa razão, apresentam tendência para cooperar estritamente. Exemplos: a família, a tribo, a nação étnica, e outros menos nítidos como o grupo cultural, a confissão religiosa. (Lara, Sousa, 2009, pág. 217)
 Conceito de sociedade (Gesellschaft):
A sociedade é uma associação voluntária, de solidariedade orgânica, com a tendência para o anonimato e com controle social menor, e normalmente de carácter formal.
Exemplos: clubes, empresas, sindicatos, e menos nitidamente o Estado. (Lara, Sousa, 2009, pág. 217)
Status Social – É a posição que cada indivíduo ocupa na sociedade. É definido em função do que o agregado nos classifica, segundo os seus critérios valorativos, ou seja, é subjectivo.
Status social herdado – É aquele que vem connosco, que passa de pais para filhos; aquele que nos acompanha desde que nascemos até que morremos.
Pode ser perdido involuntariamente ou ser imposto.
Status social adquirido – É aquele que advém do nosso esforço. É o esforço feito para integrar-se num determinado status social. Ex: quando se aumenta as habilitações literárias para haver integração no mundo do trabalho ou para haver uma evolução onde já está inserido. 
É preciso zelar para o manter.
Ambos dependem da nossa actuação perante a sociedade. Nada é garantido.
A Mobilidade Social – Está relacionado com o status herdado e adquirido. Pode haver mobilidade entre todas as classes. Pode ser horizontal ou vertical.
Mobilidade Horizontal – Não há mudança quantitativa. Há, sim, qualitativa. Acontece entre as classes médias (alta/média/baixa).
Mobilidade Vertical – Há uma alteração quantitativa. O seu rendimento global aumentou. Adquiriu bens e fê-lo passar, por exemplo, da classe baixa para a classe alta.
Controlo Social – É a actuação que os indivíduos têm entre si. O juízo, o riso, as críticas, as formas de vestir, são uma forma de controlo social. Pode ser no local de estudo, de trabalho, nos museus, na ópera, no teatro, em qualquer lugar.
Aparelhos Repressivos e Aparelhos Ideológicos – Louis Althusser
Aparelhos repressivos (formais, estabelecidos por Lei) – Polícias, prisões, finanças, Forças Armadas, Leis, Estado.
Controlo Social (informal) – É exercido por todos (opinião pública).
Ex: a família, comunicação social, a moda, a escola, etc.
Outra forma de controlo - Actuação de determinadas organizações, por exemplo, a O.T.A.N., a O.N.U., etc. Ou ainda, as juntas de freguesias, as câmaras, etc.
Tudo o que condiciona os indivíduos para actuarem de determinada forma. O individuo ou aceita ou rejeita; nem sempre o controlo é legítimo ou legal. Por vezes o controlo prejudica, como por exemplo, as seitas.
ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
Como é que a sociedade estratificaos indivíduos? De imediato, há uma diferença, o género; mais ou menos acesso aos bens materiais, capacidade intelectual. Tudo junto resulta numa amálgama que caracteriza o lugar do indivíduo na sociedade.
Escravatura – A escravatura foi uma forma de organização das sociedades. Diferença entre homens livres e escravos; homens e mulheres sem quaisquer direitos. Eram equiparados a “coisas”. E usado pela sociedade primitivas, mas a escravatura ainda hoje existe e, por mais estranho que possa parecer, ocorre dentro das sociedades ditas civilizadas. São tratadas de uma forma inumana, retidas por pessoas que cometem crimes, explorando económica e sexualmente.
A escravatura é a forma mais extrema de desigualdade entre aqueles que têm direito e quem não tem qualquer direito, ou seja, não possuem “pessoa jurídica”. Há escravos domésticos e escravos na agricultura e industria e, hoje em dia, no âmbito sexual.
	
Castas – Está associado ao Industão, na Índia. Não é oficial esta divisão, pois, existindo toda uma panóplia de ONGs, existindo a Declaração dos Direitos Humanos e sendo a Índia um país a caminho de um país em desenvolvimento, não pode assumir esta estratificação como oficial, pois, para além de tudo, e desumano.
As castas são compostas por quatro grupos que são baseados na religião, impondo assim, que a sociedade esteja dividida desta forma.
Bramas – A casta sacerdotal que se diz descendente da cabeça da divindade.
Xátrias (varnas) – Corresponde aos nobres e guerreiros; rajás e marajás. Continuam a existir, porém o seu poder económico e financeiro não se compara ao que tinham no passado. Descendem dos braços da divindade.
Vaisias – Corresponde as castas dos comerciantes. Represente as coxas de divindade.
Sudras – Os camponeses, trabalhadores braçais e descendem dos pés da divindade.
Xátrias
Sudras
Brâmanes
Párias ou Intocáveis
Vaisias
Os párias são o “resto”, os que, por alguma razão, foram excluídos das castas.
O status mais importante nas castas é o herdado.
Não existe mobilidade social; as castas são estanques, porque se o fizerem, segundo a sua crença, na próxima encarnação podem reencarnar num pária ou num animal. No entanto, se cumpriu com todos os preceitos pode reencarnar numa casta superior. A ascensão de casta é em morte, não em vida. Perdem a casta caso casem com castas diferentes.
Ordens, estamentos ou “Estados Medievais” – Desenvolveram-se na Idade Média, mas que se prolongou no tempo. A diferença de cada ordem tem a ver com os direitos e deveres.
Aqui a mobilidade é residual; o status herdado é também importante, embora não haja proibição de passar de uma ordem para outra. Em Portugal era Nobreza, Clero e Povo. A estratificação é em função do poder económico que possuem.
É possível subir à Nobreza, através do casamento. Aqui pode haver casamentos mistos, logo, pode-se dizer que há uma certa mobilidade social. Este sistema de ordens coexistiu no mesmo sistema de estratificação de escravos.
Classes Sociais – Não há Lei, nem religião que estratifique a sociedade desta forma, como nos dois anteriores.
As classes sociais, por regra geral, dividem-se em alta, média e baixa; podendo ainda subdividir-se, por exemplo: média-alta, média-média, média-baixa. 
A mobilidade entre elas é total.
 O sentido de pertença não se baseia só no processo de herança, mas sobretudo no status adquirido; este estatuto adquirido é que determinará o lugar em que o individuo ocupará na sociedade. Numa sociedade de classes o status adquirido é o mais importante. Não existe qualquer espécie de proibição de casamentos entre as classes. 
O poder económico é determinante.
Sociedade estratificada, segundo K. Marx, que dá origem à Revolução Proletária. Marx divide a sociedade da seguinte forma:
“Lumpen de Ouro” (luxo parasitário) – Todos os que não entram no processo produtivo (parasitas sociais) que têm poder económico, mas que não acrescentam uma mais-valia para o Estado. O oposto, “Lumpenproletariat”, as prostitutas, os mendigos, vagabundos e aqueles que não se incluem no processo produtivo.
Na Burguesia encontramos os industriais, comerciantes e financeiros.
Nas Classes Médias estão os advogados, militares, funcionários públicos, economistas (profissões liberais).
No Proletariado está mão-de-obra; operários, agricultores.
Burguesia
Proletariado
Lumpenproletariat
Classes Médias
“Lumpen de Ouro”
TEORIA DAS ELITES POLITICAS
Como se processam as gerações de políticos?
Três autores, sociólogos, italianos, especificam o seu entendimento da renovação de elites, V. Pareto, G. Mosca e R. Michels.
Vilfredo Pareto
Pareto entende que há dois tipos de pessoas, Elite e Massas. 
Todo o ser humano tem por base impulsos psíquicos, sentimentais, desejos ou instintos (Lara, 2009, pág 221). A estes instintos psicológicos Pareto chamou de resíduos.
Há dois tipos de resíduos que importam à política:
Resíduos de combinações, visa intervir para inovar. É maioritário na sociedade, na minoritária na sociedade elite.
“(…)a psicologia humana precisa de explicar as coisas, e fá-lo através da associação de ideias. O instinto inovador, visa a mudança a invenção. Este instinto é raro na sociedade. Mas e o instinto maioritário na elite, que constitui uma minoria na sociedade.” (Lara, 2009, pág. 221)
Persistência dos agregados, tem a ver com o facto das massas serem avessas à mudança; são conservadoras, rejeitam correr riscos. Esta persistência faz com que as massas não pertençam às elites governantes ou não-governantes.
“(…) corresponde ao instinto conservador, defensivo, e leva à rejeição do risco, da mudança, à tendência para manter determinados “valores” adquiridos.” (Lara, 2009, pág. 221)
É entre esta elite, governante e não-governante que se vai alterar a elite, através da cooptação.
O poder nunca sai das elites. No entanto, quando um país já não tem capacidade para se renovar acabam por ter de ir buscar alguém às massas para governar.
Massas
Não Governante
Governante
Elite
Para Pareto o poder não sai das elites, verificando-se uma alternância entre a Elite das Raposas, que usa a astúcia, habilidade, negociação, e a Elite dos Leões, que usa a repressão e a força.
Robert Michels
A lei de Ferro da Oligarquia.
Diz que todos os partidos e seus regimes são conservadores. O poder está concentrado num pequeno grupo de indivíduos. A renovação também se faz por cooptação.
As massas têm apenas um papel referendário das elites. Nunca terá capacidade de exercer o poder.
Gaetano Mosca
Todas as classes políticas têm tendência para se tornarem hereditárias.
Quem manda é quem tem capacidade de inovação, de arriscar, de mudança.
As massas são conservadoras, que pretendem apenas os valores que as caracteriza. A não ser excepcionalmente: quando a elite não consegue renovar e vão buscar às massas.
G. Mosca explica desta forma: Cem que agem sempre concertadamente e entendidos uns com os outros, triunfarão sobre mil, tomados um a um, e sem acordo entre si (…)”e ainda: “Todas as classes políticas têm tendência para se tornarem de facto, se não de direito, hereditárias.
SUBVERSÃO
Definição
s.f. Ação ou efeito de subverter; prática de atos subversivos; revolta, insubordinação contra a autoridade, as instituições, as leis e os princípios estabelecidos. Dicionário online, (http://www.dicio.com.br/subversao/, 16/12/2009)
Qual é a forma mais subversiva de todas?
A guerra. É um fenómeno de acção violenta, radical, que visa a alteração do poder político. Mas,
“Nem todas as guerras são subversivas. Só são qualificáveis como tal as objectivamente visam a alteração radical e violenta da sede e da ideologia do poder do inimigo.” (Lara, Sousa, 2009, pág. 397) 
Existem duas formas de guerra: guerra formal (há uma declaração formal de guerra entre dois ou mais Estados) e guerra revolucionária.
Dentro da guerra formal, Samuel Huntington, distingue três tipos de guerra:
Guerra Total
É uma guerra onde se utilizam todos os meios disponíveis para eliminar o adversário; todos -
Civis, militares, gás, bombas,espionagem.
Ex: I e II Guerras Mundiais (1914-1918 e 1939-1945)
Guerra Geral
Há também uma clara intenção de guerra do inimigo do governo oposto. Não se utilizam todos os meios à disposição. Não se utiliza, por exemplo, a bomba atómica.
Guerra Limitada ou Cirúrgica 
É guerra entre grandes e pequenos. Os meios empregados são poucos, ou seja, não há emprego de todos os meios disponíveis. É geograficamente restritiva, determinada a um especifico território, com vista a ocupá-lo, por isso apenas destrói o necessário para vencer. 
Ex: Afeganistão, Iraque.
Guerra Formal
É um conflito intranacional, dentro de um Estado. Opõe sempre dois exércitos convencionais (declaração de guerra, respeito pelos prisioneiros) que se gladiam entre eles.
Guerra Civil
É um conflito armado clássico e intranacional, que visa a satisfação de interesses ideológicos e políticos cuja realização se afigura impossível por via pacífica, pelo menos para uma das partes em afrontamento. (Sousa, Lara, 2009, pág. 404). É um conflito armado que se dá no seio do Estado, estando de um lado e de outro o povo.
Ex. Espanha (1936-1939).
Estratificação Social
Escravatura
Castas (varnas)
Estamentos (ordens)
Classes Sociais
GUERRA
Guerra Geral
Guerra Limitada
Guerra Total
E S T A D O
TERRITÓRIO
elemento físico 
ou geografico
PODER POLÍTICO
elemento politico, 
avaliação subjectivo
POVO
elemento humano
Nascimento
Jus Soli
Jus Sanguinis
Adopção
Restrita
Plena
Casamento
Naturalização
Renúncia
É o próprio que assim o decide
Cassação
Ocorre quando o Estado o entende
Incompatibilidade de Acumulação de Cidadanias
Não poder acumular duas ou mais cidadanias.Ex: Alemanha
Extinção do Estado
Terrestre
Peninsular
Insular (Açores e Madeira)
Aquático
Mar Territorial
Lacustre
(Lagos)
Aéreo
Fluviais
(Rios)
Estados Soberanos
Estados Semi--Soberanos
Estados Exíguos
Estados Neutralizados 
Estados Não Soberanos
Estados Federados
Estados Protegidos
Estados Membros de Uniões Reais
Estados Vassalos
Estados Federados
Estado Soberano
Jus Belli
Jus Tractum
Jus Legationem
Associação de Estados
União Reais
Uniões Pessoais
Confederações
Divisão Interna do Estado
Estados Compostos ou Federações
Estados Unitários
Simples
Com Regiões
Regionalizados
Poder Político Federal
Poder Político Estadual
SISTEMAS POLÍTICOS
Sistema Presidencialista
Sistema Semi-Presidencialista
Sistema Parlamentar
Separação Tripartida 
(os poderes não se misturam)
Poder Executivo
Poder Legislativo
Poder Judicial
CONSTITUIÇÃO
NATUREZA
Histórica
Escrita
CONTEÚDO
Liberais
Programáticas
LIMILTES DE REVISÃO
Rígida
Flexível
Formas Violentas
Guerra
(entre dois ou mais Estados)
Guerra Civil
(intra-Estados)
Formas Pacíficas
Herança
Eleição
ou Sufrágio
Golpe de Estado
(elite não-governante)
Nomeação
Revolução
(povo + elite)
Rebelião
(massas)
Cooptação
Inerência
Rotação
Sorteio
Antiguidade
Concurso
S U F R Á G I O
Universal
Restrito
Censitário
Capacitário
Racial
Masculino
Directo
Indirecto
Sofiocracia
Timocracia
Plutocracia
Democracia
Tirania
Formais
Grupos de Interesse
Grupos de Pressão
Grupos Politicos
Uniões Políticas
Associações Políticas
Outras
 Ciências Políticas
 Ciências Sociais
Ciências Humanas
LEGITIMIDADE
Legal-Racional
Tradicional
Carismática
IDEOLOGIA
DE 
Estado
NO 
Estado
DE 
Governo
Implícita
Explícita

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