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Prova de Linguagens e Ciências Humanas

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ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
Disciplina é liberdade, compaixão é fortaleza.
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, 
dispostas da seguinte maneira:
 a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
 b) Proposta de Redação;
 c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
 ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas às 
questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2. 
as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer divergência, 
comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. 
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na avaliação.
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES 
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e poderá levar 
término das provas.
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
2020
VESTIBULAR MEDICINA
19/07/2020
1º DIA
1
LINGUAGENS, CÓDIGOS E 
SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
3 LC - 1º dia 
QUESTÃO 01
(Disponível em www.gocomics.com Acesso em 20.04.2020)
A tirinha apresentada
A ironiza uma ideia de distribuição de riqueza.
B apoia um modelo de assistência social.
C defende a difusão da cultura padrão.
D desaprova a arte como política de bem-estar social.
E lamenta o descaso com a cultura.
QUESTÃO 02
New York and Boston Pigeons Don’t Mix
By Joshua Sokol
Elizabeth Carlen, a biologist at Fordham University, 
discovered that birds all the way from Virginia to southern 
Connecticut show genetic signs of interbreeding. And in a 
paper published this month in Evolutionary Applications, 
she and a co-author also report that another separate, 
distinct pigeon supercity begins in Providence, R.I. and 
continues to Boston. Previous studies had shown that 
pigeons are homebodies, staying within hundreds of feet 
of where they were born. But it’s possible that all it takes 
is one intrepid pigeon finding an out-of-town mate every 
generation to explain how cities like Baltimore, Washington, 
Philadelphia and New York can have so many genetic 
similarities, she said. Less than 200 miles separate New 
York and Boston, but something between the rival towns 
forms an uncrossable moat for city-slicker pigeons. A look 
at satellite maps of artificial light at night highlights the gap 
between the two metropolitan areas — a break in what is 
otherwise continuous urban sprawl. Although the birds can 
fly, all that rural green space might dissuade them from 
attempting a crossing.
www.nytimes.com Acesso em 27.04.2020
De acordo com o texto, a hipótese defendida para que as 
espécies de pombos em NY e Boston sejam diferentes é
A pombos não se locomovem mais do que centenas de 
metros além de onde nasceram.
B a presença uma área arborizada entre as metrópoles 
inibe a migração.
C as espécies produzem uma prole infértil e debilitada 
quando se cruzam.
D pombos de NY possuem farta fonte de alimento en-
quanto pombos de Boston evitam deixar as áreas 
rurais.
E a diferença de iluminação noturna entre as regiões de-
sorienta os pássaros.
QUESTÃO 03
From Mrs. Dalloway
What we need, now, is: Mrs. Dalloway in London, but as 
an immigrant; Mrs. Dalloway as a middle-class or even 
working-class woman throwing a dinner party for several 
guests; Mrs. Dalloway with children who will ruin the 
flowers she’s gone out to buy; Mrs. Dalloway on her cell 
phone, ever so busy, with no notion that she could find 
the time to dwell on the past; Mrs. Dalloway shopping 
online and not leaving her house to be confronted by the 
necessary chaos of the streets; Mrs. Dalloway, who has 
no knowledge of war, not even second-hand, but only of 
everyday battles; Mrs. Dalloway, a normal woman who 
doesn’t realize she’s a feminist, even though she is.
https://granta.com/words-for-woman/
Mrs. Dalloway, de Virginia Woolf, é um romance no qual a 
personagem-título relata seus dramas como uma senhora 
de alta classe na Inglaterra após a Primeira Guerra Mun-
dial. Ao citar este clássico, a articulista
A evoca os valores morais do passado como crítica aos 
costumes.
B aponta o comodismo da classe alta da primeira metade 
do século.
C critica a ausência de representatividade feminina na li-
teratura.
D clama por um personagem que dê voz aos dramas co-
tidianos atuais.
E lamenta que Virginia Woolf não tenha escrito sobre o 
feminismo.
4 LC - 1º dia 
QUESTÃO 04
What Bankruptcy Actually Means
Cities across the country are facing a red-ink cascade. 
On April 22, Mitch McConnell recommended that cities 
and states try bankruptcy if they’re struggling during the 
coronavirus pandemic. This is a terrible idea, and we don’t 
need to look farther than Detroit to see why. Although filing 
for bankruptcy enables a city to renegotiate debts with its 
creditors, freeing future revenues for uses beyond interest 
payments on outstanding debt, the maneuver exacerbates 
negative trends. Bankruptcy does not bring back lost jobs 
or shuttered businesses, nor will it magically reconstruct 
a tax base. While some cities with resilient industries 
may have reserves to weather the storm, many that were 
already contending with unemployment, stagnant wages 
and rising inequality will fare worse. Officials in San Jose, 
Calif., anticipate losses of $110 million in revenue, three 
times higher in relative terms than the 2008 financial crisis. 
The mayor of Dayton, Ohio, has modeled a future with 30 
percent fewer firefighters and police officers, while the 
New Orleans mayor forecasts $100 million in reductions 
from the city’s operating budget.
(Disponível emhttps://www.nytimes.
com/2020/04/27/Acesso em 27.04.2020)
O articulista considera que a ideia de abrir o pedido de 
falência durante a crise
A equaciona as dívidas dos municípios.
B não traz vantagens apenas no curto prazo.
C leva a uma piora da situação.
D permite maior fôlego financeiro.
E beneficia apenas cidades de pequeno porte.
QUESTÃO 05
(Disponível em www.gocomics.com Acesso em 21.04.2020)
A comunicação entre os amigos ficou comprometida pois
A Ambos os amigos divergem politicamente.
B Um dos amigos não leva em consideração a opinião do 
outro.
C Um dos amigos ignora o que o outro está dizendo.
D Ambos os amigos têm entendimentos opostos da pala-
vra Woodstock.
E Um dos amigos fica enfadado diante do comentário ab-
surdo do outro.
Questões de 01 a 05 
(opção espanhol)
5 LC - 1º dia 
QUESTÃO 01
Ahora, lo peor es la epidemia del pánico
“Ahora, peor que la gripe porcina es la epidemia del pá-
nico que se está instalando en el país”, apuntó ayer Juan 
Carr, fundador de la Red Solidaria, que fue convocado ofi-
cialmente por el Gobierno para trabajar en la prevención 
de la enfermedad. Así calificó Carr las reacciones de los 
directivos de algunas escuelas de la Capital y de la pro-
vincia de Buenos Aires que decidieron que los alumnos y 
docentes (o sus familiares) que hubieran viajado a zonas 
endémicas o que padecieran síndromes febriles deben 
presentar un certificado médico que acredite que no tie-
nen la enfermedad para volver a clases. Según Carr, se 
trata de una reacción discriminatoria. “Para un adolescen-
te oun chico es terrible que sus amigos no quieran verlo o 
hablarle por temor al contagio. Es absurdo y está basado 
en la ignorancia”, dijo Carr a La Nación. La lista de reac-
ciones discriminatorias continúa con ejemplos como el de 
Mendoza, en la que un grupo de vecinos atacó con pie-
dras el ómnibus que llegaba desde Chile, en cuyo interior 
viajaba un hombre que tenía fiebre, pero no gripe porcina. 
“Tenemos redes en Nueva York, Europa, México, entre 
otros lugares, y venimos observando el comportamiento 
de la comunidad frente a la pandemia”, dijo.
La Nación. Disponible en:<http://www.
lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1132640>. 
Acceso en: 27 mayo 2009. (Adaptado) 
De acordo com o texto, percebemos que a intenção do 
entrevistado Juan Carr é:
A censurar as reações discriminatórias.
B mitigar o pânico por meio de informação.
C orientar sobre a gravidade da enfermidade.
D recomendar o isolamento para precaução.
E cobrar as autoridades por restrições.
QUESTÃO 02
Leia o cartaz para responder à questão:
 
O objetivo do anúncio é:
A elencar os principais fatores que levam ao tabagismo.
B orientar sobre o que é um ataque silencioso.
C desvincular o tabagismo do risco de ataque cardíaco.
D alertar para as graves consequências do Alzheimer e 
demência.
E ironizar a relação entre o tabagismo e as doenças car-
díacas.
QUESTÃO 03
La tarde siguiente, a la misma hora de la comida, la be-
lla palomera vio la paloma regalada de regreso en el 
palomar, y pensó que se había escapado. Pero cuando 
la cogió para examinarla se dio cuenta de que tenía un 
papelito enrollado en el anillo: una declaración de amor. 
Era la primera vez que Florentino Ariza dejaba una huella 
escrita, y no sería la última, aunque en esta ocasión había 
tenido la prudencia de no firmar. Iba entrando en su casa 
la tarde siguiente, miércoles, cuando un niño de la calle 
le entregó la misma paloma dentro de una jaula, con el 
recado de memoria de que aquí le manda esto la señora 
de las palomas, y le manda a decir que por favor la guarde 
bien en la jaula cerrada porque si no se le vuelve a volar 
y esta es la última vez que se la devuelve. No supo como 
interpretarlo: o bien la paloma había perdido la carta en el 
camino, o la palomera había resuelto hacerse la tonta, o 
mandaba la paloma para que él volviera a mandarla. En 
este último caso, sin embargo, lo natural hubiera sido que 
ella devolviera la paloma con una respuesta.
(Gabriel García Márquez, El amor en los tiempos del 
cólera, pag. 274, Madrid: RBA Editores, 1994)
Neste trecho da obra “O Amor nos Tempos do Cólera” Ga-
briel García Márquez relata:
A a criação de pombos que Florentino Ariza mantém no 
quintal.
B a troca de cartas por correio entre dois amantes.
C o recado que um garoto leva por engano à senhora.
D o recebimento de uma mensagem por pombo correio.
E o aprisionamento de uma pomba que havia fugido.
6 LC - 1º dia 
QUESTÃO 04
Cómo explicarles...
Que su futuro depende de ellos.
Que la educación marca un destino.
Que la escuela es el segundo hogar y, a veces, el primero.
Que el esfuerzo tiene sentido.
Que la responsabilidad no agobia, fortalece.
Que lo que no se da se pierde, inexorablemente.
Que el deseo de ser mejor es un acto solidario.
Que el amor por las ciencias es una actitud humanística.
Que el presente sin estudio puede ser un futuro sin tra-
bajo.
Que deben ser protagonistas de lo mejor y no espectado-
res de lo peor.
Que la soberbia no puede contra la humildad, ni la ira con-
tra la paciencia,
ni la codicia contra la generosidad.
Que la cultura del zafar es una calle sin salida.
Que el éxito de unos no implica el fracaso de otros, sino la 
mejora de todos.
Que la negligencia, la desidia y el desdén son virus de la 
derrota.
Que la Argentina los necesita.
Cómo explicarles que nuestra manera de pensar en ellos 
es dándoles
la mejor educación que podemos.
A LA COMUNIDAD EDUCATIVA
Feliz ciclo lectivo 2004
PUERTO DE PALOS
CASA DE EDICIONES
Clarín, 2004
O objetivo do emissor da mensagem é:
A ressaltar a responsabilidade da escola.
B justificar as razões do fracasso educacional.
C refletir sobre o papel social dos educadores.
D defender o direcionamento de mais recursos.
E determinar os limites de atuação da comunidade.
QUESTÃO 05
CEREBRO PROVOCA ACENTO EN BILÍNGUES
El acento al hablar idiomas extranjeros está relacionado 
con las representaciones silábicas que
han integrado las personas durante el aprendizaje de una 
o más lenguas en la infancia y la utilización decreciente 
de las áreas del cerebro dedicadas a esas operaciones.
Diário El Universal. México. DF. 02/04/2010
Ao descrever o processo de aprendizagem de uma língua 
o texto acima destaca a importância:
A da gramática.
B da prosódia.
C da ortografia.
D da acentuação.
E do sotaque.
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06
Projeto com arqueólogos amadores faz diversos 
achados no Reino Unido
Os arqueólogos são uma classe que certamente não gos-
ta de deixar de fazer suas descobertas por ter de ficar em 
casa por causa da quarentena.
Mesmo de quarentena, a Universidade de Exeter, da In-
glaterra, iniciou um projeto muito divertido e promissor 
chamado "Entendendo Paisagens" que está proporcio-
nando diversas descobertas arqueológicas mesmo em 
tempos de isolamento social.
(...)
O projeto "Entendendo Paisagens" proporciona que pes-
soas de comunidades de toda a Inglaterra possam inves-
tigar e analisar a origem das paisagens histórias do país, 
além de também incentivar a preservação das mesmas.
Fonte: https://socientifica.com.br/projeto-com-
arqueologos-amadores-faz-diversos-achados-no-
reino-unido/, adaptado, acesso em 21/05/2020.
No excerto acima, como em todos os informativos, há 
elementos que articulam as partes do texto, contribuindo 
para a compreensão do leitor. Observa-se que a palavra 
“Mesmo”, no segundo parágrafo, introduz, nesse aspecto,
A o início de uma explicação sobre o que foi dito no pará-
grafo anterior.
B uma condição para o fato descrito no segundo pará-
grafo tenha sido possível.
C a antecipação da conclusão apresentada no terceiro 
parágrafo.
D um obstáculo que não impediu o que é descrito a se-
guir, no segundo parágrafo.
E o modo como o projeto apresentado no primeiro pará-
grafo foi executado.
QUESTÃO 07
Cuidado com o SUS
Proposta de Ministério parece bem fundamentada, mas 
deveria ser testada antes
É meritória a disposição do Ministério da Saúde de alterar 
as regras de financiamento da atenção primária do Siste-
ma Único de Saúde (SUS), incorporando indicadores de 
efetividade e desempenho.
Uma gestão eficiente, afinal, não pode pautar-se somente 
por critérios demográficos — cumpre olhar também para 
a produtividade.
Pelas normas hoje em vigor, o repasse de recursos aos 
municípios para a atenção primária — vale dizer, a assis-
tência prestada pelo programa de saúde da família (PSF) 
e unidades básicas de saúde — é definido com base na 
população local, segundo as estimativas do IBGE, e no 
número de equipes do PSF em atividade em cada cidade.
Em vez disso, o Ministério pretende considerar a popula-
ção efetivamente cadastrada nos programas de atenção 
primária (e não mais o total de residentes), além de intro-
duzir medidas de desempenho, como a qualidade do pré-
-natal prestado, controle de doenças sexualmente trans-
missíveis, diabetes, hipertensão arterial e outras.
Disponível em: https://www1.folha.uol.
com.br/opiniao/2019/07/cuidado-com-o-
sus.shtml. Acesso em 25/05/2020
7 LC - 1º dia 
O editorial é um gênero caracterizado por realizar leituras 
diferenciadas de uma notícia veiculada no jornal. Tal dife-
rença traz à tona uma das funções sociais desse gênero 
textual, que é
A apresentar de modo informativo fatos que tenham sido 
noticiados pelo próprio veículo.
B chamar a atenção do leitor para temas que são mais 
raramente abordados no jornal.
C provocar a indignação dos cidadãos por força do con-
junto de argumentos apresentados.
D interpretar criticamente fatosnoticiados e considera-
dos relevantes para a opinião pública.
E trabalhar uma informação apresentada com base no 
ponto de vista do autor da notícia.
QUESTÃO 08
"Evidências científicas mostram que o aumento de peso 
não ocorre apenas por falta de disciplina ou de responsa-
bilidade pessoal mas sim por efeitos biológicos, metabóli-
cos e genéticos", explica o vice-presidente da SBCBM, Dr. 
Fábio Viegas. "A obesidade é uma doença crônica e incu-
rável e essa população merece respeito e acolhimento. O 
estigma e a discriminação pelo peso não podem ser to-
lerados em sociedades modernas", afirma o especialista.
No Brasil, uma em cada cinco pessoas está com sobrepe-
so ou obesidade segundo dados do Ministério da Saúde. 
A projeção da Organização Mundial da Saúde (OMS) é 
que cerca de 2,3 bilhões de pessoas estejam acima do 
peso, sendo 700 milhões obesas, até 2025.
O presidente da SBCBM, Marcos Leão Vilas Boas, lembra 
que a Sociedade atua em campanhas voltadas ao estig-
ma da obesidade e visando informar a população sobre 
medidas de acolhimento das famílias e pacientes com 
obesidade.
Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/dino/gordofobia-
precisa-ser-combatida-com-informacao,b2518e43e7871a8
a3f89f30ddbdd37cdk71j2w1i.html, acesso em 21/05/2020.
Entender o intuito do texto, e do autor, é essencial para a 
interpretação correta de qualquer contexto. O artigo aci-
ma, além de tratar do tema da obesidade no âmbito cien-
tífico, tem a intenção de
A analisar o dia a dia das pessoas que apresentam pro-
blemas de obesidade crônica.
B promover uma reflexão sobre combate ao preconceito 
sofrido por pessoas com obesidade.
C traçar um paralelo entre a vida de pessoas saudáveis 
e a de pessoas com obesidade.
D respaldar a interação social de pessoas obesas em da-
dos da biologia.
E restringir o preconceito chamado de “gordofobia” a 
pessoas com obesidade parcial, e não crônica.
QUESTÃO 09
Surgimento do Esporte Espetáculo
A evolução do esporte até tornar-se “espetáculo” acon-
teceu de forma “natural”, pois, no sistema capitalista, um 
fenômeno aceito e incorporado tanto pela classe trabalha-
dora quanto pela classe dominante não poderia passar 
despercebido. Assim, o esporte, principalmente depois da 
Segunda Guerra Mundial, passou a ter conotações mer-
cadológicas.
O esporte, na segunda metade do século XX, assumiu 
grande relevância social. Para muitos praticantes, esse 
fenômeno representava uma forma de status e, princi-
palmente para as classes menos favorecidas, era o meio 
mais rápido de ascensão social.
Os meios de comunicação de massa contribuíram para 
a divulgação e ajudaram a criar essas “falsas ilusões”, 
valorizando o esporte e tornando-o uma mercadoria de 
consumo.
Vários autores. Educação Física (Livro Didático 
Público - Ensino Médio). Curitiba: SEED-PR, 2006.
O texto promove uma reflexão mais ampla a respeito do 
conceito de esporte, permitindo ao leitor inferir que as prá-
ticas esportivas
A cresceram rapidamente por serem uma celebração 
voltada às classes trabalhadoras.
B evoluíram bastante por conta de seu potencial de equi-
paração de classes sociais.
C apresentam conexões mais amplas com experiências 
sociais, políticas e econômicas.
D fomentam financeiramente todas as atividades de co-
municação televisiva.
E fundamentaram-se como uma ilusão por responsabili-
dade absoluta das mídias.
QUESTÃO 10
Fonte: http://www.sermelhor.com.br/espaco/40-ilustracoes-
criticas-de-pawel-kuczynski.html, acesso em 21/05/2020.
As ilustrações de Pawel Kuczynski geralmente apresen-
tam, de forma sugestiva, uma crítica social intensa. A críti-
ca entendida na imagem acima trata da
A romantização da igualdade social.
B comercialização de produtos nocivos.
C desigualdade social e extrema pobreza.
D ineficácia do assistencialismo social.
E livre concorrência de mercado.
8 LC - 1º dia 
QUESTÃO 11
não foi um cruzeiro
meu nome e
minha língua
meus documentos e
minha direção
meu turbante e
minhas rezas
minha memória de
comida e tambores
esqueci no navio
que me cruzou
o Atlântico.
Lubi Prates. Um corpo negro. Rio 
de Janeiro: Nosotros, 2019.
Na literatura de temática negra produzida no Brasil, é re-
corrente a presença de elementos que traduzem experi-
ências históricas de preconceito e violência. No poema, 
há uma discussão acentuada sobre
A a dimensão de apropriação cultural, que foi iniciada na 
escravidão.
B o esquecimento por parte dos negros de sua experiên-
cia cultural.
C ofuscamento da memória da terra natal, resultado de 
um sequestro histórico.
D o apagamento da identidade negra, iniciado no proces-
so de escravidão.
E imposição da cultura ocidental sobre o negro que foi 
trazido para o Brasil.
QUESTÃO 12
Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, 
creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, 
espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água 
quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, 
abotoaduras, calça, meias, sapatos, gravata, paletó. Car-
teira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço. Reló-
gio, maço de cigarros, caixa de fósforos, jornal. Mesa, ca-
deiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapos. 
Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, 
cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lá-
pis, canetas, blocos de notas, espátula, pastas, caixas de 
entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, ci-
garro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. 
Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, 
memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, 
cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fo-
tos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de 
filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, 
giz, papel. Mictório, pia. Água. Táxi, mesa, toalha, cadei-
ras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. 
Maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, 
pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, 
copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, externo, 
papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, 
pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta 
e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, 
fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa 
de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Qua-
dros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardana-
pos. Xícaras. Cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e 
fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoadu-
ras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espu-
ma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.
Fonte: https://revistamacondo.wordpress.
com/2012/02/29/conto-circuito-fechado-
ricardo-ramos/, acesso em 21/05/2020.
A crônica inovadora de Ricardo Ramos transcrita acima é 
construída apenas de substantivos. Porém, ainda é possí-
vel entender que o enredo da crônica trata
A da rígida rotina, quase automática, da personagem.
B da efemeridade dos laços afetivos no mundo contem-
porâneo.
C da poesia presente em pequenos momentos do dia a 
dia.
D da crítica social velada à elite capitalista.
E da indiferença frente às dificuldades da vida.
QUESTÃO 13
Antigamente
Antigamente as moças chamavam-se “mademoiselles” 
e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam 
anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os ja-
notas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhe pé-de-al-
feres, arrastando a asa, mas ficavam longos meses de-
baixo do balaio. E se levavam tábua, o remédio era tirar o 
cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia.
As pessoas, quando corriam, antigamente, era para tirar 
o pai da forca, e não caíam de cavalo magro. Algumas jo-
gavam verde para colher maduro, e sabiam com quantos 
paus se faz uma canoa. O que não impedia que, nesse 
entrementes, esse ou aquele embarcasse em canoa fu-
rada. Encontravam alguém que lhes passava a manta e 
azulava, dando às de Vila-Diogo.
Os mais idosos, depois da janta,faziam o quilo, saindo 
para tomar a fresca; e também tomavam cautela de não 
apanhar o sereno. Os mais jovens, esses iam ao animató-
grafo, chupando balas de alteia. Ou sonhavam em andar 
de aeroplano. Estes, de pouco siso, se metiam em camisa 
de onze varas e até em calças pardas; não admira que 
dessem com os burros n’água.
Carlos Drummond de Andrade. “Antigamente” em: As 
cem melhores crônicas brasileiras. Objetiva, 2005.
O fragmento da crônica de Carlos Drummond de Andrade 
nos permite enxergar o inusitado da linguagem dentro de 
um espectro de variação linguística, evidenciando que
A as palavras não utilizadas pelos falantes não apresen-
tam mais função social.
B o uso de palavras novas deve ser incentivado em detri-
mento de termos antiquados.
C as novas gerações têm a tendência de perpetuar todo 
o inventário de uma língua.
D o mundo contemporâneo exige a inovação do vocabu-
lário para melhor compreensão.
E a utilização de inovações no léxico é percebida na 
comparação entre gerações.
9 LC - 1º dia 
QUESTÃO 14
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês
Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigada a ser feliz
E você era a princesa
Que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país
"João e Maria" - Chico Buarque, The Muse of Bossa Nova
Na letra de canção acima, a temática é introduzida no iní-
cio das estrofes. Os verbos no pretérito imperfeito do indi-
cativo demonstram essa temática na medida que
A indicam uma possibilidade plausível de uma situação 
hipotética.
B condicionam os acontecimentos descritos na canção à 
vontade do eu lírico.
C sugerem um mundo fantasioso típico do universo in-
fantil.
D conotam um conselho do eu lírico para escapar ao 
mundo real.
E denotam acontecimentos anteriores a outro aconteci-
mento passado.
QUESTÃO 15
“De vulgari eloquentia”
A realidade é coisa delicada, 
de se pegar com as pontas dos dedos. 
Um gesto mais brutal, e pronto: o nada. 
A qualquer hora pode advir o fim. 
O mais terrível de todos os medos. 
Mas, felizmente, não é bem assim. 
Há uma saída – falar, falar muito. 
São as palavras que suportam o mundo, 
não os ombros. Sem o “porquê”, o “sim”, 
todos os ombros afundavam juntos. 
Basta uma boca aberta (ou um rabisco 
num papel) para salvar o universo. 
Portanto, meus amigos, eu insisto: 
falem sem parar. Mesmo sem assunto.
Paulo Henriques Britto. Macau. 
Companhia das Letras, 2003.
O poema de Paulo Henriques faz uma defesa da neces-
sidade de se falar muito, e sua expressividade irá se con-
cretizar no campo estrutural. Pode-se dizer que a escolha 
do autor por uma estrofação inusitada se deve ao fato de
A tentar simular na forma do poema o conteúdo que é 
discutido nos versos.
B promover uma quebra rebelde com os parâmetros 
clássicos do soneto.
C garantir um sistema de rimas inusitado como exige a 
poesia contemporânea.
D criar um movimento gradativo no corpo do poema que 
favoreça seu desfecho.
E construir várias interrupções propositais na fluência 
natural dos versos.
QUESTÃO 16
Fonte: https://www.onmarketing.digital/mobile/dados-
da-internet-movel-no-brasil/attachment/on-blog-internet-
movel-no-brasil-infografico-03/, acesso em 21/05/2020.
Os infográficos são textos visuais informativos associados 
a elementos verbais ou numéricos. Os recursos linguísti-
cos mais evidentes, no infográfico acima, que são neces-
sários para a compreensão do leitor, são
A a identificação da semelhança visual entre os apare-
lhos eletrônicos apresentados e a diferença entre os 
números.
B as informações sobre os números percentuais e os di-
ferentes meios tecnológicos ilustrados na imagem.
C as diferentes cores e sua identificação com o título aci-
ma do infográfico.
D a equivalência de dimensões dos desenhos de apare-
lhos eletrônicos e as cores associadas a eles.
E a ausência de mais textos verbais e a imprecisão dos 
recursos visuais.
10 LC - 1º dia 
QUESTÃO 17
Goze a Corte o ambicioso
de aplausos, e vaidades,
que eu cá nestas soledades1
o melhor descanso gozo:
aqui vivo cuidadoso
de descuidos, e este estado
julgo bem-aventurado,
que o melhor estado, cuido,
é aquele, em que o descuido
vem a ser todo o cuidado.
1soledades: lugar ermo, solitário
Gregório de Matos. Poemas atribuídos: 
Códice Asensio-Cunha. Autêntica, 2013. 
No poema, o eu-lírico estabelece uma avaliação pesso-
al em relação aos ambientes palacianos (as Cortes). Tal 
avaliação está centrada em
A um elogio por estar vivendo longe dos grandes palácios.
B um enaltecimento da vida dentro das Cortes palacianas.
C uma lamentação pela brevidade de sua vida imprudente.
D um menosprezo pela vivência em espaços solitários.
E um anseio pelo reconhecimento de suas ações na Corte.
QUESTÃO 18
Os vencedores do prêmio Nobel de Medicina de 2019 
foram anunciados nesta segunda-feira (7). São eles: 
William Kaelin e Gregg Semenza, dos EUA, e Sir Peter 
Ratcliffe, do Reino Unido. O prêmio foi dado pelas suas 
descobertas sobre como as células do nosso corpo per-
cebem e adaptam-se aos níveis de oxigênio disponível no 
ambiente.
Os três pesquisadores desenvolveram seus trabalhos in-
dividualmente desde os anos 1990. Juntas, suas pesqui-
sas descrevem um importante mecanismo fisiológico — a 
resposta hipóxica das células —, essencial para que indi-
víduos consigam sobreviver em lugares mais altos, onde 
há menor concentração de oxigênio.
Além de desvendar como esse mecanismo funciona, os or-
ganizadores do Nobel ressaltaram a importância das des-
cobertas para futuras aplicações médicas. De acordo com 
o comunicado oficial, “suas descobertas também abriram o 
caminho para novas estratégias promissoras para comba-
ter a anemia, o câncer e muitas outras doenças”.
Fonte: BATTAGLIA, R. Nobel de medicina 2019: entenda 
a descoberta que levou ao prêmio. Superinteressante. 
Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/
nobel-de-medicina-2019-entenda-a-descoberta-
que-levou-ao-premio/. Acesso em: 28 out. 2019.
A função informativa da linguagem está exemplificada no 
texto acima através, principalmente,
A da participação opinativa do autor sobre o assunto 
tratado.
B do apelo direto ao interlocutor a fim de convencê-lo da 
tese apresentada.
C do tratamento distanciado em relação ao assunto 
abordado.
D do uso reiterado de termos e expressões com mais de 
um sentido.
E do tom poético utilizado para exaltar as opiniões do autor.
QUESTÃO 19
Texto I
Vladimir Kush, Natureza-morta com bandolim. (s/d)
Texto II
Vladimir Kush é um artista contemporâneo, classificado 
por muitos como sendo um surrealista, mas ele prefere 
chamar a si mesmo de “realista metafórico”. Nasceu na 
capital da Rússia em 1965, num bairro próximo do parque 
florestal de Moscou. 
(...)
Suas pinturas combinam mito, metáfora e poesia em 
novas formas. Através da justaposição de objetos pre-
viamente independentes e da exploração de diferentes 
pontos de vista, seu trabalho faz referência a significados 
mais profundos. Alguns confundem sua obra com a de 
Salvador Dalí, mestre do surrealismo.
Fonte: <https://arteeartistas.com.br/biografia-de-
vladimir-kush/>. Acesso em: 25/05/2020.
O texto II refere-se ao caráter “realista-metafórico” da obra 
do pintor Vladimir Kush. Essa expressão em metáfora 
pode ser constatada no texto I pelo fato de o autor
A aproximar no quadro imagens diferentes, de modo 
comparativo.
B fundir em um mesmo desenho objetos previamente in-
dependentes.
C explorar um sistema de imagens em que a parte repre-
senta o todo.
D promover a junção figurativa de objetos inteiramente 
antagônicos.
E congregar elementos que apresentam uma semelhan-
ça semântica.
QUESTÃO 20
Vários planetas são visíveis a olho nu: Marte, Júpiter, Vê-
nus, Saturno e Mercúrio. Esses astros já eram conheci-dos não apenas dos gregos, mas também de povos ainda 
mais antigos, como os babilônios. Apesar de sua seme-
lhança com as estrelas, os planetas eram identificados 
pelos povos da Antiguidade graças a duas características 
que os diferenciavam. Primeiro: as estrelas, em curtos pe-
ríodos, não variam de posição umas em relação às outras. 
Já os planetas mudam de posição no céu com o passar 
das horas. À noite, esse movimento pode ser percebido 
com facilidade. Segundo: as estrelas têm uma luz que, por 
ser própria, pisca levemente. Já os planetas, que apenas 
11 LC - 1º dia 
refletem a luz do Sol, têm um brilho fixo. Os planetas mais 
distantes da Terra só puderam ser descobertos bem mais 
tarde, com a ajuda de aparelhos ópticos como o telescó-
pio. “O primeiro deles a ser identificado foi Urano, desco-
berto em 1781 pelo astrônomo inglês William Herschel”, 
afirma a astrônoma Daniela Lázzaro, do Observatório Na-
cional do Rio de Janeiro.
Fonte: Superinteressante, agosto/01
O texto acima trata dos conhecimentos de povos antigos 
acerca da astronomia. Segundo ele, a diferença que anti-
gos já faziam entre estrelas e planetas era
A o brilho e a posição dos astros.
B a beleza e a disposição dos corpos celestes.
C a posição estática dos astros, que nunca variava.
D a necessidade ou não do uso de equipamentos de ob-
servação.
E a tonalidade da luz própria, que ela semelhante em 
ambos.
QUESTÃO 21
O labirinto dos manuais
Há alguns meses troquei meu celular. Um modelo lin-
do, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz 
de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, re-
cebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, 
entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 
49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. 
Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O 
manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um 
labirinto de instruções!
Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. 
Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só 
alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, 
pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou 
foi um motorista de táxi. 
— Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá uma 
de curioso.
Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há 
meses! O único problema é que agora não consigo botar 
a campainha de volta!
Walcyr Carrasco - trecho, Veja SP, 19/09/2007. (Adaptado).
As novas tecnologias têm, em muitos de seus slogans, o 
intuito de facilitar a vida das pessoas no dia-a-dia. A leitura 
do trecho acima é um exemplo que contradiz essa premis-
sa na medida que
A questiona a qualidade dos produtos eletrônicos oriun-
dos de marcas pouco famosas.
B ironiza a facilidade de manuseio de aparelhos ligados 
às novas tecnologias.
C instrui o leitor a como lidar com as dificuldades dos no-
vos meios de comunicação.
D apresenta a importância da leitura correta dos manuais 
de instruções de aparelhos eletrônicos.
E descreve o baixo conhecimento que os usuários mo-
dernos têm sobre as novidades tecnológicas.
QUESTÃO 22
Marquinho morreu em-antes de fazer dez anos, atrope-
lado por um cata-níquel, na boca do beco, numa segun-
da-feira de agosto, mês de cachorro doido. Estava todo 
serelepe, orgulhoso da rabiola e do cortante do seu papa-
gaio. Passara a tarde do domingo num corre-corre dana-
do, entre varetas, papel de seda, vidro moído, cola, faca e 
carretéis de linha. Quando terminou, noite entrada, tentou 
dormir logo para que a manhã se anunciasse mais rápido. 
No entanto, a ânsia de se tornar dono dos céus da Vila 
Teresa, talvez até mesmo dos céus de Cataguases, não 
deixou que ele pregasse os olhos antes da madrugada. 
Viu a Bibica e o Jorginho irem para a cama, ouviu a Du-
sanjos do Alemão chegar do culto, as filhas da dona Olga 
voltarem da praça, os passos rápidos do Zunga vindo da 
ilha a desoras.
Luiz Rufatto, Histórias de remorsos e 
rancores. São Paulo: Boitempo, 1998.
A literatura contemporânea apresenta, como uma de suas 
características, a incorporação ao texto de vivências de 
círculos mais carentes da sociedade. No fragmento de 
texto, isso se torna perceptível
A pela exibição sensacionalista da morte brutal de um 
menino de periferia.
B por evidenciar toda a simplicidade que existe nas brin-
cadeiras infantis.
C por dividir o foco narrativo entre o narrador-persona-
gem e seus vizinhos.
D pela exposição de cidades que estão mais afastadas 
do circuito urbano.
E pelo trabalho que há com a linguagem e os nomes ex-
traídos do cotidiano.
QUESTÃO 23
ÁS VEZES NA
VIDA TEMOS
QUE PARAR
PARA UM
BALANÇO.
Fonte: https://br.pinterest.com/
pin/407927678729043200/, acesso em 24/05/2020.
O efeito de humor, no cartum acima, reside principalmente 
na relação entre os recursos visuais e o texto verbal, em 
que este
A utiliza polissemia.
B evita ambiguidade.
C usa de linguagem literária.
D apresenta palavras parônimas.
E usa expressão rara no idioma.
12 LC - 1º dia 
QUESTÃO 24
Texto I
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de 
nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. 
Houve um momento em que o silêncio foi tão grande es-
cutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhu-
mas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram 
de Macunaíma. Já na meninice, fez coisas de sarapantar. 
De primeiro, passou mais de seis anos não falando. Se o 
incitavam a falar, exclamava: — Ai! que preguiça!
ANDRADE, Mário. de. Macunaíma. 
Belo Horizonte: Villa Rica, 1993.
Texto II
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no hori-
zonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos 
mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu 
talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a bau-
nilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria 
o sertão e as matas do Ipu," onde campeava sua guerrei-
ra tribo da grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal 
roçando alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra 
com as primeiras águas.
Iracema, de José de Alencar.
Os dois trechos acima, retirados de obras da literatura na-
cional, dialogam intertextualmente. Observa-se, entretan-
to, diferenças cruciais, sobretudo
A no foco narrativo utilizado nas narrativas.
B no uso da 1º e da 3º pessoas.
C na forma como as personagens são caracterizadas.
D na imprecisão temporal e espacial das histórias.
E nas posições dos narradores em cada trecho.
QUESTÃO 25
Fonte: < https://www.ufrgs.br/arteversa/?p=1163>. 
Acesso em 25/05/2020
A imagem acima fez parte de uma exposição realizada no 
MASP (Museu de Arte de São Paulo) no ano de 2017 e 
hoje está inserida ao final do salão principal de obras de 
exposição permanente dessa mesma instituição cultural. 
O fato de absorver como permanente uma obra que o cri-
tica, mostra, por parte do museu
A o desejo de valorizar o diálogo por meio da liberdade 
de expressão e de pensamento.
B um engajamento com as causas identitárias ao deses-
timular a produção de nus femininos.
C a tentativa de promover reflexão sobre o patriar cado e 
as artes para os visitantes do museu.
D a vontade de amenizar uma situação constrangedora 
de crítica a uma instituição cultural.
E um compromisso em mudar esse cenário com a elimi-
nação de obras sexistas do museu.
QUESTÃO 26
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem
Muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode
E você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram
Numa cruz e só porque
Jesus sofreu não quer dizer
Que você tenha que sofrer
Até quando você vai ficar usando rédea?
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea?
Pobre, rico ou classe média?
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer censura.
Até quando? - Gabriel o Pensador.No trecho da canção acima, a temática social e política as-
sume uma dimensão de identificação com o leitor a fim de
A instruir o público sobre mazelas sociais no Brasil.
B incentivar o inconformismo com situações atuais de in-
justiça.
C questionar formas antigas de protestos pacíficos.
D propor debates acerca do alcance de políticas públicas.
E estimular reflexão sobre o modelo de governo adotado 
no Brasil.
QUESTÃO 27
A juventude tem pressa, e o som dos ponteiros de um 
relógio não poderia soar mais apropriado para o nome de 
uma rede social que mira nesse público. Tik Tok, o nosso 
tic-tac em inglês, é a alcunha de uma das mais recentes 
febres digitais. Nascido na China, onde o Instagram e o 
Facebook são proibidos, o app é pautado no compartilha-
mento de vídeos curtos, numa lógica parecida com a dos 
Stories, mas sem que saiam do ar.
O mote é o entretenimento fácil e imediato. Faz sucesso 
ali a oferta de gravações engraçadas, com jovens dublan-
do memes e músicas ou executando truques de edição, 
que se enfileiraram numa sequência infindável. Tal fór-
mula foi suficiente para fazer da aplicação a quarta mais 
baixada no mundo no ano passado, ficando, inclusive, à 
frente do Instagram. No Brasil, as primeiras estrelas nati-
vas da plataforma começam a despontar. 
Fonte: https://oglobo.globo.com/ela/gente/tik-tok-nova-
febre-entre-os-jovens-rede-social-ja-figura-entre-os-apps-
mais-baixados-23816526, acesso em 24/05/2020.
13 LC - 1º dia 
A aplicativo Tik Tok tem sido um dos que mais cresceram 
na atualidade. Ao tratar desse crescimento, o texto sugere 
que
A a tendência a entretenimentos rápidos é um dos moti-
vos do sucesso do Tik Tok.
B os jovens buscam por distrações que tenham qualida-
de e conhecimento.
C o Tik Tok se identifica com o “tic-tac” do português por 
ter uma estrutura que lembra animações de infância.
D esse aplicativo exige menos preparo para a idealiza-
ção de vídeos.
E a adesão do público depende dos temas abordados 
nas produções digitais.
QUESTÃO 28
Augusto de Campos, “Destino” em: Viva vaia – 
Poesia 1949 – 1979. Ateliê Editorial, 2008.
No poema apresentado, vemos uma reordenação gráfica 
das palavras vinculada a um sistema imagético que en-
riquece e amplia a significação da mensagem. O caráter 
visual / verbal da peça fundamenta o desejo do poeta em 
expressar
A uma ideia de movimento no interior do poema.
B uma indefinição sobre a experiência contemporânea.
C uma experiência poética de caráter mais sensorial.
D que as palavras compõem as dúvidas do ser humano.
E sua angústia pessoal por meio de uma imagem irônica.
QUESTÃO 29
De tudo, ficaram três coisas: a certeza de que ele estava 
sempre começando, a certeza de que era preciso continu-
ar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. 
Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda 
um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma 
ponte, da procura um encontro.
Trecho do romance "O Encontro Marcado" 
(1956), Fernando Sabino
Esse trecho de "O Encontro Marcado", romance de Fer-
nando Sabino, possui uma linguagem poética no que diz 
respeito a:
A dimensionar os percalços que se encontram na vida.
B sugerir ressignificação de eventos que fazem parte da 
vida das pessoas.
C generalizar as situações que se passa durante a exis-
tência.
D exemplificar sucessos que se obtêm ao longo da vida.
E passar ensinamentos de maneira objetiva.
QUESTÃO 30
Fonte: https://www.abcdoabc.com.br/ribeirao-pires/
noticia/ribeirao-pires-promove-campanha-combate-
violencia-sexual-infantil-81600, acesso em 24/05/2020.
Na campanha acima, que visa combater a exploração in-
fantil, a relação entre os recursos visuais e verbais tem o 
intuito de
A enfatizar as diferentes classes sociais de crianças víti-
mas de violências.
B denunciar a omissão da família nos casos de abuso.
C alertar os órgãos competentes sobre os casos cres-
centes de exploração infantil.
D dar ao leitor a dimensão do sofrimento de uma criança 
vítima de abuso.
E informar jovens e crianças sobre os possíveis perigos 
que eles podem sofrer.
14 LC - 1º dia 
QUESTÃO 31
No 202, todas as manhãs, às nove horas, depois do meu 
chocolate e ainda em chinelas, penetrava no quarto de Ja-
cinto. Encontrava o meu amigo banhado, barbeado, fric-
cionado, envolto num roupão branco de pelo de cabra do 
Tibete, diante da sua mesa de toilette, toda de cristal (por 
causa dos micróbios) e atulhada com esses utensílios de 
tartaruga, marfim, prata, aço e madrepérola que o homem 
do século XIX necessita para não desfear1 o conjunto sun-
tuário2 da Civilização e manter nela o seu Tipo. As escovas 
sobretudo renovavam, cada dia, o meu regalo e o meu es-
panto – porque as havia largas como a roda maciça dum 
carro sabino3; estreitas e mais recurvas que o alfanje4 dum 
mouro5; côncavas, em forma de telha aldeã; pontiagudas, 
em feitio de folha de hera; rijas que nem cerdas de javali; 
macias que nem penugem de rola! De todas, fielmente, 
como amo que não desdenha nenhum servo, se utilizava 
o meu Jacinto. E assim, em face ao espelho emoldurado 
de folhedos de prata, permanecia este Príncipe passando 
pelos sobre o seu pelo durante catorze minutos.
Eça de Queirós, A cidade e as serras, Ateliê Editorial, 2009
1desfear: enfear.
2suntuário: luxuoso, rico, caro.
3sabino: relativo aos sabinos, antigo povo da Itália cen-
tral, vizinho dos latinos.
4alfanje: sabre de lâmina curta.
5mouro: antigo habitante árabe-berbere do Norte da África.
Na referência feita aos utensílios, percebe-se que o nar-
rador
A cria um discurso que enaltece o refinamento do ho-
mem urbano.
B ressalta a origem de objetos capazes de indicar pode-
rio financeiro.
C reverência a objetos que determinam o status econô-
mico e moral do indivíduo.
D debocha da mistura caótica entre objetos refinados e 
objetos sem valor.
E elabora uma crítica aos comportamentos fúteis que se 
sustentam no luxo.
QUESTÃO 32
Atualmente, mais da metade da população mundial vive 
em cidades e se espera que esse número cresça para 
cerca de 70% até 2050, sendo que a maior parte das 
construções se concentrará em cidades localizadas na 
África, Ásia e América Latina, de acordo com dados das 
Nações Unidas (2017).
Dessa forma, as cidades ocupam papel de destaque em 
relação às mudanças climáticas, já que tendem a ser os 
locais de maior emissão de gases de efeito estufa (GEE) 
causado pelas atividades antrópicas e onde muitos dos 
impactos ocorrerão.
Neste contexto, percebe-se que muitos são os desafios 
para as cidades, em especial as mais vulneráveis, loca-
lizadas principalmente em países em desenvolvimento, 
que já sofrem com assentamentos urbanos informais den-
samente povoados, muitos localizados em áreas de risco 
de deslizamentos e inundações.
A mudança climática se soma como um fator adicional às 
vulnerabilidades pré-existentes, e a ocorrência de eventos 
climáticos extremos, como variações de temperaturas, 
ilhas de calor, aumento do nível médio do mar, fortes chu-
vas, tempestades, inundações, deslizamentos e eventos 
de seca extrema já demonstram que as cidades deverão 
se preparar para serem mais resilientes.
Fonte: https://www.archdaily.com.br/br/938224/
cidades-inteligentes-mudancas-climaticas-e-
vulnerabilidades, acesso em 24/05/2020.
O texto trata da ocupação urbana e sua relação com as 
mudanças climáticas. Com base em sua leitura, infere-se 
que
A as ocupações ilegais ocorrem como fuga de locais pro-
pícios a catástrofes naturais.
B as atividades humanas nas cidades não obtêm êxito 
no objetivo de combater as mudanças climáticas.
C os países desenvolvidos estão situados em locais com 
poucas atividades naturais.
D países em desenvolvimento sofrem com as mazelas 
sociais e com as catástrofes naturais.
E os países desenvolvidos são mais afetados pelo clima, 
mas lidam melhor com essas catástrofes naturais.
QUESTÃO 33
A representação do negro na literatura brasileira reforça 
diversos estereótipos nas obras,o que traz um desserviço 
a essa parcela da sociedade, que já, por muito tempo, é 
tratada com descaso e desprezo. A presença de persona-
gens negros na literatura, quando há, dá-se, na maioria 
das vezes, em papéis secundários de coadjuvantes ou de 
vilões. Representantes negros no protagonismo não são 
muito encontrados e, quando são, estão quase sempre 
presos a ambientes predeterminados.
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/
literatura/a-representacao-negro-na-literatura-
brasileira.htm, acesso em 24/05/2020.
A diversidade nas artes é uma das lutas atuais em um 
país diverso como o Brasil. Analisando a relação entre a 
figura do negro e a literatura nacional, segundo o texto, 
pode-se dizer que
A a representação estereotipada dos negros, na literatu-
ra, é uma das causas do racismo e da marginalização.
B a forma de se representar o negro, na literatura, é uma 
consequência e um exemplo do racismo da sociedade.
C o papel descritivo e social da literatura permite a ela 
espelhar, sem preconceitos, a estrutura social.
D a omissão de alguns literatos às questões raciais inten-
sificam a desigualdades existente entre as etnias.
E o engajamento social da literatura clássica foi um con-
traponto à estereotipação do negro.
15 LC - 1º dia 
QUESTÃO 34
John Thomson, As rastejadoras. (c.1877)
Em muitos momentos de sua história, a arte fotográfica 
aproximou-se de parâmetros estéticos presentes em es-
colas literárias. Na fotografia de John Thomson, ao focali-
zar as ruas de Londres em finais do século XIX, percebe-
mos uma forte aproximação com a
A escola realista e sua abordagem de direcionamento 
subjetivo.
B escola naturalista e o tratamento científico do tema 
abordado.
C escola simbolista e sua abordagem de caráter mais su-
gestivo.
D escola realista e seu projeto de exposição das mazelas 
sociais.
E escola naturalista e sua aproximação com o projeto de-
terminista.
QUESTÃO 35
Fonte: https://twitter.com/blogdonoblat/
status/1249963855163338753?lang=bg, 
acesso em 24/05/2020.
O cartum acima apresenta uma situação incomum e cômi-
ca, que pode ser entendida como uma crítica à (ao)
A sobreposição de pontos de vista a fatos comprovados.
B não aceitação de ajuda em situações de necessidade.
C falta de interação entre as pessoas na sociedade.
D isolamento social pelo qual muitas pessoas passam.
E dificuldades nas relações interpessoais.
QUESTÃO 36
Congresso Internacional do Medo
Provisoriamente não cantaremos o amor,
que se refugiou mais abaixo dos subterrâneos.
Cantaremos o medo, que esteriliza os abraços,
não cantaremos o ódio porque esse não existe,
existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro,
o medo grande dos sertões, dos mares, dos desertos,
o medo dos soldados, o medo das mães, o medo das igrejas,
cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas,
cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte,
depois morreremos de medo
e sobre nossos túmulos nascerão flores amarelas e medrosas.
Carlos Drummond de Andrade ANDRADE, 
C.D. Antologia Poética. 12ª edição. Rio de 
Janeiro: José Olympio. 1978. p. 108 e 109.
O poema de Drummond tem seu desenvolvimento e pro-
gressão temática na tratamento do “medo”, em que se usa 
a figura de linguagem
A sinédoque.
B personificação.
C metonínia.
D antonomásia.
E aliteração.
QUESTÃO 37
Examine a tirinha do cartunista Quino para responder à 
questão.
Quino, Potentes, prepotentes e impotentes, 2003.
A tirinha apresentada, do cartunista Quino, se vale de uma 
estratégia de comunicação não-verbal para configurar sua 
linha narrativa. Através dessa estratégia, compreendemos 
que a história retrata
A um desentendimento em que os balões evidenciam 
uma pacificação entre as partes.
B uma discussão em que a configuração dos balões 
aponta a mudança de opinião do grupo.
C uma palestra em que os balões expõem o grupo sendo 
doutrinado por um personagem.
D um debate em que os balões evidenciam argumentos 
equivalentes que mudam ao final.
E um diálogo em que os balões evidenciam um posterior 
desacordo entre as partes.
16 LC - 1º dia 
QUESTÃO 38
A água é a fonte da vida. Ela é a responsável pela enorme 
biodiversidade do planeta. Todos os seres vivos depen-
dem dela. A água também é uma das mais importantes, 
limpas e eficazes fontes de energia que conhecemos. O 
que seria do mundo sem água? Absolutamente nada. In-
clusive, todos os nossos hábitos, como os de culinária e 
higiene, estão associados ao uso deste precioso recurso. 
Portanto, é essencial preservá-lo.
Duas moléculas de hidrogênio e uma molécula de oxigê-
nio: a água é a substância química essencial para todas 
as formas de vida na Terra. Ela cobre 71% da superfície 
do planeta, mas 97,5% dessa água é salgada e está nos 
oceanos. Apenas os 2,5% restantes são de água doce, e 
a maior parte está concentrada nas geleiras. Menos de 
1% do total está presente em rios, lagos e nos aquíferos 
subterrâneos – ou seja, disponível para o consumo hu-
mano.
Fonte: https://www.eupensomeioambiente.com.
br/ja-ouviu-falar-no-projeto-net-positive/cuidados-
com-a-natureza/agua/, acesso em 24/05/2020.
Ao utilizar dados numéricos e estatísticos no artigo acima, 
o autor reitera o uso
A da função informativa da linguagem.
B de expressões que careçam de explicação.
C de um tratamento subjetivo do tema.
D de apelo direto ao interlocutor.
E de artifícios metalinguísticos no texto.
QUESTÃO 39
A Literatura é a arte da palavra. Podemos dizer que a li-
teratura, assim como a língua que ela utiliza, é um instru-
mento de comunicação e de interação social, ela cumpre 
o papel de transmitir os conhecimentos e a cultura de uma 
comunidade.
A literatura está vinculada à sociedade em que se origina, 
assim como todo tipo de arte, pois o artista não consegue 
ser indiferente à realidade.
A obra literária é resultado das relações dinâmicas en-
tre escritor, público e sociedade, porque através de suas 
obras o artista transmite seus sentimentos e ideias do 
mundo, levando seu leitor à reflexão e até mesmo à mu-
dança de posição perante a realidade, assim a literatura 
auxilia no processo de transformação social.
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/para-
que-serve-a-literatura.htm, acesso em 24/05/2020. 
O Artigo acima trata da relação entre o artista, a socieda-
de, a literatura e sua importância. Nesse aspecto, pode-se 
dizer que
A a artista transpõe para a literatura sua impressão do 
contexto em que se insere.
B a sociedade é o produtor de arte para o leitor.
C o leitor obtém o produto que sociedade do passado for-
nece, sem intermédio.
D a obra literária que foge ao tom realista rebaixa-se 
como arte.
E o autor de literatura deve possuir sempre uma visão 
objetiva da realidade.
QUESTÃO 40
O amor
O amor. sem palavras. Ou. A palavra amor, sem amor. 
Sendo amor, ou. A palavra ou. Sem substituir nem ser 
substituída por. Si, a palavra si, sem ser designada ou 
gnificada por. O amor. Entre si e o que se. Chama amor, 
como se. Amasse (esse pedaço de papel escrito amor). 
Somasse o amor ao nome amor, onde ecoa. O mar, onde 
some o mar onde soa. A palavra amor, sem palavras.
Arnaldo Antunes. “O amor” em: Como é que chama o 
nome disso: antologia. São Paulo: Publifolha, 2006.
Os diferentes gêneros textuais desempenham funções 
sociais diversas reconhecidas pelo leitor com base em 
suas características específicas, bem como na situação 
comunicativa em que ele é produzido. Assim, o texto “O 
amor”
A narra fatos reais vivenciados por todos os indivíduos.
B surpreende o leitor por conta de seu efeito poético.
C forja uma definição literal de uma experiência humana.
D descreve ações de caráter subjetivo vividas por muitos 
seres.
E apresenta caráter metalinguístico ao discutir o que é 
“amor”.
QUESTÃO 41
Sapassado, era sessetembro, taveu na cuzinha tomando 
uma pincumel e cuzinhando um kidicarne com mastumate 
pra fazer uma macarronada com galinhassada.
Quascaí de susto, quandoví um barui vinde dendoforno,parecenum tidiguerra. A receita mandopô midipipoca den-
da galinha prassá. O forno isquentô, o mistorô e o fiofó da 
galinha ispludiu! 
Nossinhora! Fiquei branco quinein um lidileite. Foi um 
trem doidimais! Quascaí dendapia! Fiquei sensabê don-
covim, proncovô, oncotô. Oiprocevê quelocura!
Grazadeus ninguém simaxucô!
Fonte: http://holococos.sjdr.com.br/sem-
categoria/sapassado-era-sessetembro-
taveu-na/, acesso em 24/05/2020.
O texto acima é uma forma de transcrição da fala para 
escrita, demonstrando a maneira de falar de um determi-
nado grupo social. Tal transcrição exemplifica
A a variedade regional do português brasileiro.
B como o português no Brasil muda ao longo do tempo.
C as mudanças linguísticas dependentes das situações 
de comunicação.
D como o meio de se comunicar influencia da forma de falar.
E a diferença do português brasileiro entre as classes 
sociais.
QUESTÃO 42
HORA
DA
DIETA
DROGA
17 LC - 1º dia 
Na tirinha acima, observa-se que o efeito cômico ocorre 
na interação do gato com a estrutura do quadrinho, isto 
é, reside na
A intertextualidade.
B metalinguagem.
C conotação.
D polissemia.
E abstração.
QUESTÃO 43
Na rua, Clara pensou em tudo aquilo, naquela dolorosa 
cena que tinha presenciado e no vexame que sofrera. 
Agora é que tinha a noção exata da sua situação na so-
ciedade. Fora preciso ser ofendida irremediavelmente nos 
seus melindres de solteira, ouvir os desaforos da mãe do 
seu algoz, para se convencer de que ela não era uma 
moça como as outras; era muito menos no conceito de 
todos (...)
(...) O bonde vinha cheio. Olhou todos aqueles homens 
e mulheres... Não haveria um talvez, entre toda aquela 
gente de ambos os sexos, que não fosse indiferente à sua 
desgraça... Ora, uma mulatinha, filha de um carteiro! O 
que era preciso, tanto a ela como às suas iguais, era edu-
car o caráter, revestir-se de vontade, (...) para se defender 
de Cassis e semelhantes, e bater-se contra todos os que 
se opusessem, por este ou aquele modo, contra a eleva-
ção dela, social e moralmente. Nada a fazia inferior às 
outras, senão o conceito geral e a covardia com que elas 
o admitiam...
BARRETO, Lima. Clara dos Anjos.
O fragmento em destaque narra o momento seguinte ao 
rebaixamento moral que a personagem Clara dos Anjos 
sofre por parte da mãe do malandro Cassi Jones. A pas-
sagem nos permite inferir a
A transição de uma grande desilusão para um possível 
início de tomada de consciência.
B percepção de que os desenganos da vida são de plena 
responsabilidade do indivíduo.
C acumulação de decepções evidenciadas por humilha-
ção e posterior descaso social.
D exibição de julgamentos coletivos a respeito de esco-
lhas afetivas da personagem.
E compreensão de que todos os desapontamentos são 
oriundos de experiências sociais.
QUESTÃO 44
UMA ÉGUA
Ficando só, refleti algum tempo, e tive uma fantasia. Já 
conheceis as minhas fantasias. Contei-vos a da visita im-
perial; disse-vos a desta casa de Engenho Novo, repro-
duzindo a de Mata-cavalos... A imaginação foi a compa-
nheira de toda a minha existência, viva, rápida, inquieta, 
alguma vez tímida e amiga de empacar, as mais delas ca-
paz de engolir campanhas e campanhas, correndo. Creio 
haver lido em Tácito que as éguas iberas concebiam pelo 
vento, se não foi nele, foi noutro autor antigo, que enten-
deu guardar essa crendice nos seus livros. Neste parti-
cular, a minha imaginação era uma grande égua ibera; 
a menor brisa lhe dava um potro, que saía logo cavalo 
de Alexandre; mas deixemos metáforas atrevidas e impró-
prias dos meus quinze anos.
Dom Casmurro, Machado de Assis
No trecho acima, o narrador-personagem reflete sobre 
suas fantasias introspectivas e relata ao leitor como fun-
ciona sua imaginação. Ao analisar a metáfora da égua, o 
narrador-personagem
A assinala o quanto é inflexível sua maneira de pensar.
B admite que ele costuma exagerar sobre os assuntos 
que pensa.
C relaciona a égua com as situações cotidianas que en-
frenta.
D traduz, na transformação em “cavalo de Alexandre”, 
sua maturidade.
E relativiza a importância de se refletir tanto sobre algu-
mas coisas.
QUESTÃO 45
Em entrevista ao portal The Verge, Mark Zuckerberg afir-
ma que o árduo trabalho em ferramentas para comuni-
cação à distância, bem como os esforços em desenvol-
vimento de tecnologias com base em Realidade Virtual e 
Realidade Aumentada são parte do caminho que os levou 
a acreditar no sucesso do trabalho remoto.
Também na quinta-feira (21), Andrew Bosworth (Boz), 
chefe do departamento de Realidade Aumentada e Virtual 
do Facebook, utilizou seu perfil no Twitter para comparti-
lhar um vídeo com imagens reais obtidas por meio de um 
teste experimental com protótipos de hardware e software 
que visam aumentar a produtividade.
Nele, é possível ver a mistura entre o mundo real e o vir-
tual: enquanto o usuário pode digitar por meio de um te-
clado físico, as imagens são projetados no ar, ocupando 
bem menos espaço e fornecendo um ambiente dinâmico 
de trabalho.
Isso quer dizer que mesmo com toda a tecnologia que já 
existe à disposição do Facebook, ainda há muito o que 
fazer para que o trabalho à distância seja, de fato, uma 
experiência completa, sem grandes impasses. E enquan-
to alguns negócios estão começando agora a fase de 
adaptação ao mundo digital, profissionais de tecnologia 
quebram a cabeça para encontrar soluções cada vez mais 
avançadas que facilitem as conexões sociais e a intera-
ção com softwares de produtividade, mesmo à distância. 
Portanto, não é o momento para tirar conclusões precipi-
tadas sobre esse modelo de trabalho.
Fonte: https://www.selecoes.com.br/colunistas/home-
office-permanente-o-que-o-facebook-pode-ensinar-
a-outras-empresas/, acesso em 25/05/2020.
Por ser um artigo de divulgação voltado a um público am-
plo, observa-se o uso de linguagem formal e também de 
expressões informais do português. Um exemplo de ex-
pressão coloquial é
A “realidade virtual e realidade aumentada”.
B “mistura entre o mundo real e o virtual”.
C “grandes impasses”.
D “quebram a cabeça”.
E “tirar conclusões precipitadas”.
18 LC - 1º dia 
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
 § O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
 § O texto definitivo deve ser escrito a tinta, na folha própria, em 30 linhas.
 § A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copia-
das desconsiderado para efeito de correção.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
 § tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
 § fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
 § apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
 § apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
Texto I
 Todos os anos, em 25 de novembro, é comemorado no Brasil o Dia do Doador Voluntário de Sangue. A data 
visa informar e conscientizar a população sobre a importância de ser doador. Além disso, serve para homenagear to-
das as pessoas que investem um tempo do seu dia para, através da doação, contribuir com a saúde dos outros que 
precisam de sangue, inclusive para sobreviver.
 Segundo dados publicados pelo Ministério da Saúde (MS) em junho de 2019, 16 a cada mil habitantes doam 
sangue no Brasil, percentual que corresponde a 1,6% da população brasileira – dentro dos parâmetros da Organização 
Mundial da Saúde (OMS), que indica como desejável que 1% a 3% da população de cada país seja doadora. Apesar 
de o país ter um número estável de doações, o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente 
Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) reforça a promoção da doação de sangue, pois, só através das doações voluntárias 
regulares pode ser garantida a disponibilidade de sangue para quem precisar, nos estoques das unidades de saúde 
em todo o Brasil.
Mitos e Verdades sobre a doação de sangue Fonte: https://portal.fiocruz.br/noticia/mitos-e-verdades-sobre-doacao-de-sangue Acesso: 09/06/2020.
Texto II
 Com a pandemia do novo coronavírus, o Hospital das Clínicas, da Universidade Federal de Goiás (UFG), está 
com o estoque de sangue reduzido entre 50 e 60%, conforme informou a hematologista Luciana Cardoso, responsável 
técnica do banco de sangue. “A gente tem que manter um estímulo mais frequente para poder manter um estoque a 
atender a demanda do hospital”, disse ao Jornal Opção.
 Ela acredita que o medo pela contaminação da Covid-19 gerou uma baixa em todo mundo nas doações de 
sangue. “As pessoas não querem sair de casa, se expor. Enfim, a gente começa a enfrentar, além dos problemas 
anteriores que tínhamos, novos outros problemas. Agora é o isolamento. Temos que fazer o estímulo e conscientizar 
a população que não é a saída para o banco de sangue que vai deixar a pessoa doente. É muito difícil. O Brasil e o 
mundo inteiro está assim”, afirmou.
Pandemia reduz estoque do banco de sangue do HC em quase 60%. Fonte: https://www.jornalopcao.com.br/
ultimas-noticias/pandemia-reduz-estoque-do-banco-de-sangue-do-hc-em-quase-60-254781/ Acesso: 18/05/2020.
19 LC - 1º dia 
Texto III
Fonte: https://caxias.rs.gov.br/noticias/2013/06/hemocs-adere-a-campanha-
nacional-de-doacao-de-sangue. (Acesso em: 09/06/2020).
PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija 
um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema FORMAS DE 
ESTÍMULO À DOAÇÃO DE SANGUE NO BRASIL, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos 
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto 
de vista.
CIÊNCIAS HUMANAS E 
SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
20 CH - 1º dia 
QUESTÃO 46
O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de 
todos os quadrantes do planeta, desejosos de ver com os 
próprios olhos a grandiosidade do poder esculpida em pe-
dra há milênios: as pirâmides de Gizeh, as tumbas do Vale 
dos Reis e os numerosos templos construídos ao longo do 
Nilo. O que hoje se transformou em atração turística era, 
no passado, interpretado de forma muito diferente, pois:
A significava um peso para a população egípcia, que 
condenava o luxo faraônico e a religião baseada em 
crenças e superstições.
B representava para as populações do alto Egito a possi-
bilidade de migrar para o sul e encontrar trabalho nos 
canteiros faraônicos.
C significava a solução para os problemas econômicos, 
uma vez que os faraós sacrificavam aos deuses suas 
riquezas, construindo templos.
D representava a possibilidade de o faraó ordenar a so-
ciedade, obrigando os desocupados a trabalharem em 
obras públicas, que engrandeceram o próprio Egito.
E significava, entre outros aspectos, o poder que os fara-
ós tinham para escravizar grandes contingentes popu-
lacionais que trabalhavam nesses monumentos.
QUESTÃO 47
Jamais deixou de haver sangue, martírio e sacrifício, 
quando o homem sentiu a necessidade de criar em si uma 
memória; os mais horrendos sacrifícios e penhores, as 
mais repugnantes mutilações (as castrações, por exem-
plo), os mais cruéis rituais, tudo isto tem origem naquele 
instinto que divisou na dor o mais poderoso auxiliar da 
memória.
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. 
São Paulo: Cia. Das Letras, 1999.
O texto traz uma reflexão sobre a condição humana tendo 
em vista seus aspectos distintivos entre homens e ani-
mais, marcado pelo(a)
A racionalidade científica.
B determinismo biológico.
C consciência da existência.
D degradação da natureza.
E domínio da contingência.
QUESTÃO 48
“O mapa sempre foi um instrumento usado pelos homens 
para se orientarem, se localizarem, se informarem, enfim, 
para se comunicar. O mapa é usado pelo cientista, pelo 
leigo, tanto em atividades profissionais como sociais, cul-
turais e turísticas. O mapa é empregado pelo administra-
dor, pelo planejador, pelo viajante e pelo professor. [...] 
O mapa é uma forma de linguagem mais antiga que a 
própria escrita”.
ALMEIDA, R. D. de. Cartografia escolar. Org. 
2.ed. São Paulo. Contexto. 2010. p.16.
A escala, um dos atributos fundamentais de um mapa, é 
a relação ou proporção matemática entre as distâncias li-
neares representadas em um mapa e aquelas existentes 
no terreno, ou seja, na superfície real. Observe o mapa 
abaixo que mostra a área de um instituto de ensino na 
cidade do Rio de Janeiro.
 
Um aluno que sai da sala P111 e caminha o equivalente a 
11 cm no mapa apresentado até chegar à D326. A distân-
cia real que esse aluno terá percorrido será de
A 33 m.
B 550 m.
C 1100 m.
D 1650 m.
E 55 m.
QUESTÃO 49
Os Yanomami constituem uma sociedade indígena do nor-
te da Amazônia e formam um amplo conjunto linguístico e 
cultural. Para os Yanomami, urihi, a “terrafloresta”, não é 
um mero cenário inerte, objeto de exploração econômica, 
e sim uma entidade viva, animada por uma dinâmica de 
trocas entre os diversos seres que a povoam. A floresta 
possui um sopro vital, wixia, que é muito longo. Se não 
a desmatarmos, ela não morrerá. Ela não se decompõe, 
isto é, não se desfaz. É graças ao seu sopro úmido que as 
plantas crescem. A floresta não está morta, pois, se fosse 
assim, as florestas não teriam folhas. Tampouco se veria 
água. Segundo os Yanomami, se os brancos os fizerem 
desaparecer para desmatá-la e morar no seu lugar, fica-
rão pobres e acabarão tendo fome e sede.
ALBERT, B. Yanomami, o espírito da floresta. Almanaque 
Brasil Socioambiental. São Paulo: ISA, 2007 (adaptado). 
Em estudos de História sobre as sociedades indígenas, 
propostos por historiadoras como Circe Bittencourt, pro-
põe-se que a compreensão de tais grupos sociais sejam 
compreendidos como pertencentes também ao tempo 
histórico da Antiguidade. Concepções como a exposta no 
texto demonstram que a lógica de interpretação dos Ya-
nomami, seja em sua origem, ou nos dias atuais sobre as 
florestas seria:
A a floresta não possui organismos decompositores.
B Wixia é a capacidade que tem a floresta de se susten-
tar por meio de processos vitais.
C o homem branco convive harmonicamente com urihi.
D as folhas e a água são menos importantes para a flo-
resta que seu sopro vital.
E o potencial econômico da floresta deve ser explorado.
21 CH - 1º dia 
QUESTÃO 50
A moralidade, Bentham exortava, não é uma questão de 
agradar a Deus, muito menos de fidelidade a regras abs-
tratas. A moralidade é a tentativa de criar a maior quan-
tidade de felicidade possível neste mundo. Ao decidir o 
que fazer, deveríamos, portanto, perguntar qual curso de 
conduta promoveria a maior quantidade de felicidade para 
todos aqueles que serão afetados.
RACHELS, J. Os elementos da filosofia 
moral. Barueri-SP: Manole, 2006.
As bases da ética utilitarista estão indicadas no texto em 
acordo com um(a)
A fundamentação científica de viés positivista.
B convenção social de orientação normativa.
C transgressão comportamental religiosa.
D inclinação de natureza passional.
E pragmatismo e racionalidade da ação.
QUESTÃO 51
“O que aconteceria se a Terra parasse de girar?
Resposta na lata: tudo sairia voando!
‘É impossível que o planeta pare de girar de modo abrup-
to, mas, se isso acontecesse, tudo aquilo que se encontra 
na superfície terrestre seria arrancado violentamente: as 
cidades, os oceanos e até o ar da atmosfera’, afirma Ru-
bens Machado, do departamento de astronomia da USP. 
(…)
TANJI, T. Revista Galileu, 09 jun. 2015. 
Acesso em: 10 ago. 2015 (adaptado).
A consequência da hipótese acima apresentada deve-se 
pela combinação entre:
A a força da gravidade e o movimento de translação.
B a inércia e a alta velocidade de rotação terrestre.
C o eixo rotacional e o campo magnético da Terra.
D a massa da Terra e o alinhamento da órbita lunar.
E a translação e a rotação planetária.
QUESTÃO 52
O Império Inca, que corresponde principalmente aoster-
ritórios da Bolívia e do Peru, chegou a englobar enorme 
contingente populacional. Cuzco, a cidade sagrada, era o 
centro administrativo, com uma sociedade fortemente es-
tratificada e composta por imperadores, nobres, sacerdo-
tes, funcionários do governo, artesãos, camponeses, es-
cravos e soldados. A religião contava com vários deuses, 
e a base da economia era a agricultura, principalmente o 
cultivo da batata e do milho. 
A principal característica da sociedade Inca era a:
A impossibilidade de se mudar de extrato social e a exis-
tência de uma aristocracia hereditária.
B existência da igualdade social e da coletivização da 
terra.
C estrutura social desigual compensada pela coletiviza-
ção de todos os bens.
D existência de mobilidade social, o que levou à compo-
sição da elite pelo mérito.
E ditadura teocrática, que igualava a todos.
QUESTÃO 53
Sentimos que toda satisfação de nossos desejos advin-
da do mundo assemelha-se à esmola que mantém hoje o 
mendigo vivo, porém prolonga amanhã a sua fome. A re-
signação, ao contrário, assemelha-se à fortuna herdada: 
livra o herdeiro para sempre de todas as preocupações.
SCHOPENHAUER, A. Aforismo para a sabedoria 
da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
O texto realça a noção ainda presente de uma tradição 
helenística da filosofia, segundo a qual a felicidade se 
mostra inerentemente associada à
A consagração de relacionamentos afetivos.
B fugacidade do conhecimento empírico.
C liberdade de expressão religiosa.
D administração do desejo interior.
E busca de prazeres efêmeros.
QUESTÃO 54
O mapa abaixo mostra a tipologia climática do Brasil, com 
a atuação da incidência das massas de ar, bolsões de ar 
que se formam em regiões de características homogêneas.
 
A tipologia climática do Brasil é resultado da conjunção 
entre os elementos e fatores climáticos, em que
A a Massa Tropical Continental (mTc) evidencia-se como 
um bolsão de ar de características próprias, formando-
-se na região Nordeste do Brasil, no final do inverno e 
início da primavera, antes de começar a estação seca. 
Assim, sobre a área, forma-se uma condição de diver-
gência atmosférica, que dá origem a uma massa de ar 
quente e úmida.
B a Massa de Ar Equatorial Continental (mEc), localizada 
sobre a Planície Amazônica, possui características de 
elevadas temperaturas e de alta umidade e se origina 
sobre uma superfície com farta e caudalosa rede de 
drenagem coberta por uma exuberante e densa flores-
ta, além de ter sua atmosfera enriquecida com a umi-
dade oceânica proveniente de leste e de nordeste.
22 CH - 1º dia 
C um dos fatores que determina as condições climáticas 
brasileiras é a configuração geográfica com o território 
em disposição triangular, cuja maior extensão dispõe-se 
nas proximidades da Linha do Equador, afunilando-se 
em direção sul. Outro fator é a disposição do relevo em 
consideráveis altitudes, com médias acima de 3.000 me-
tros, que torna o clima com características de temperado 
a frio em uma área considerável do território brasileiro.
D um dos fatores que determina as condições climáticas 
brasileiras é a sua configuração geográfica com o terri-
tório em disposição triangular, cuja maior extensão dis-
põe-se nas proximidades da Linha do Equador, afuni-
lando-se em direção sul. Outro fator atuante em 
território brasileiro é a maritimidade, pois o litoral tem 
uma considerável extensão e é banhado por águas 
quentes. A continentalidade, porém, não é considerada 
um fator climático que influencia o território brasileiro.
E a dinâmica das massas de ar e de frentes frias interfere 
nas ocorrências climáticas brasileiras. A massa Tropical 
Continental proporciona ao estado do tempo elevadas 
temperaturas e baixa umidade e, consequentemente, 
baixa pluviosidade. Durante a estação mais quente a 
mTc, junto à expansão da massa Equatorial Continental, 
tem maior atuação no norte do país.
QUESTÃO 55
Texto I
Para consolidar-se como governo, a República precisava 
eliminar as arestas, conciliar-se com o passado monar-
quista, incorporar distintas vertentes do republicanismo. 
Tiradentes não deveria ser visto como herói republicano 
radical, mas sim como herói cívico-religioso, como mártir, 
integrador, portador da imagem do povo inteiro.
CARVALHO, J. M. C. A formação das almas: 
O imaginário da República no Brasil. São 
Paulo: Companhia das Letras, 1990.
Texto II
Ei-lo, o gigante da praça, / O Cristo da multidão!
É Tiradentes quem passa / Deixem passar o Titão.
ALVES, C. Gonzaga ou a revolução de Minas. 
In: CARVALHO, J. M. C. A formação das 
almas. O imaginário da República no Brasil. 
São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
A Primeira República brasileira, nos seus primórdios, pre-
cisava constituir uma figura heroica capaz de congregar 
diferenças e sustentar simbolicamente o novo regime. 
Optando pela figura de Tiradentes, deixou de lado figuras 
como Frei Caneca ou Bento Gonçalves. A transformação 
do inconfidente em herói nacional evidencia que o esforço 
de construção de um simbolismo por parte da República 
estava relacionado:
A ao caráter nacionalista e republicano da Inconfidência, 
evidenciado nas ideias e na atuação de Tiradentes.
B à identificação da Conjuração Mineira como o movi-
mento precursor do positivismo brasileiro.
C ao fato de Frei Caneca e Bento Gonçalves terem liderado 
movimentos separatistas no Nordeste e no Sul do país.
D à semelhança física entre Tiradentes e Jesus, que pro-
porcionaria, a um povo católico como o brasileiro, uma 
fácil identificação.
E ao fato de a proclamação da República ter sido um mo-
vimento de poucas raízes populares, que precisava de 
legitimação.
QUESTÃO 56
Dizem que Humboldt, naturalista do século XIX, mara-
vilhado pela geografia, flora e fauna da região sul-ame-
ricana, via seus habitantes como se fossem mendigos 
sentados sobre um saco de ouro, referindo-se a suas 
incomensuráveis riquezas naturais não exploradas. De 
alguma maneira, o cientista ratificou nosso papel de ex-
portadores de natureza no que seria o mundo depois da 
colonização ibérica: enxergou-nos como territórios conde-
nados a aproveitar os recursos naturais existentes.
ACOSTA, A. Bem viver: uma oportunidade para imaginar 
outros mundos. São Paulo: Elefante, 2016 (adaptado).
Considerando relação entre ser humano e natureza real-
çada no texto é possível perceber a continuidade do
A Relativismo cognitivo.
B Racionalismo cartesiano.
C Pós estruturalismo.
D Pluralismo epistemológico.
E Existencialismo fenomenológico.
QUESTÃO 57
Os padrões de drenagem são influenciados por muitos 
fatores, incluindo variáveis climáticas e litológicas, mas a 
estrutura geológica é o principal fator, estabelecendo con-
troles sobre o padrão de drenagem através de inclinações 
regionais da superfície ou através de descontinuidades 
estruturais como falhas e fraturas, que podem acarretar 
assimetria da bacia de drenagem ou mudança brusca do 
padrão de drenagem.
HOWARD, A.D. Drainage analysis in geologic interpretation: 
summation. Bulletin American Association of Petroleum 
Geologists, Tulsa, v.5, n.11, p.2246-2259, 1967.
Os padrões de drenagem dizem respeito à situação es-
pacial dos rios, a qual é em grande parte controlada pela 
estrutura geológica e geomorfológica do terreno, e podem 
se apresentar em vários tipos. O tipo que corre, onde os 
cursos fluviais fluem em direção à área central em regiões 
de crateras e bacias tectônicas, é conhecido como
A centrípeto.
B dendrítico.
C anelar.
D paralelo.
E retangular.
QUESTÃO 58
No final do século XVI, na Bahia, Guiomar de Oliveira de-
nunciou Antônia Nóbrega à Inquisição. Segundo o depoi-
mento, esta lhe dava “uns pós não sabe de quê, e outros 
pós de osso de finado, os quais pós ela confessante deu 
a beber em vinho ao dito seu marido para ser seu ami-
go e serem bem-casados, e que todas estas coisas fez 
tendo-lhe dito a dita Antônia e ensinado que eram coisas 
diabólicas e que os diabos lha ensinaram”.
ARAÚJO,

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