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LITERATURA :Classicismo O Classicismo corresponde a um movimento artístico cultural que ocorreu durante o período do Renascimento (a partir do século XV) na Europa. O nome do movimento que marca o fim da Idade Média e o início da Idade Moderna, faz referência aos modelos clássicos (greco-romano). No campo da literatura, Classicismo é o nome dado aos estilos literários que vigoravam no século XVI, na época do Renascimento. Por isso, a produção desse período também é chamada de Literatura Renascentista. CARACTERÍSTICAS DO CLASSICISMO • Racionalismo: os artistas classicistas valorizavam a habilidade de raciocínio nas obras; • Imitação das culturas grega e romana; • Hedonismo: desejo incessante pelos elementos que proporcionam prazer; • Antropocentrismo: valorização do homem e tudo que a ele se refere; • Personificação de elementos: uso de figuras de linguagem que contribuía para a personificação de elementos como o tempo, o amor, a natureza etc., em deuses; • Racionalização: nesse caso, a reflexão envolvia a questão da observação do mundo e do espaço do homem nele. • Neoplatonismo,idealização amorosa,amor platônico; • Predomínio de figuras de linguagens (antítese,paradoxo e personificação); • Universalismo com reflexões constantes do mundo, do homem do universo; • Carpe diem que significa aproveitar o tempo, a vida, os momentos ao máximo; • Estrutura poética fixa,contendo estrofes demarcadas e rimas presentes; • Versos decassílabos(dez sílabas métricas) que substitui a redondilha maior(sete sílabas) O QUE É UM SONETO Soneto é uma estrutura literária de forma fixa composta por catorze versos, dos quais dois são quartetos (conjunto de quatro versos) e dois tercetos (conjunto de três versos). Foi provavelmente criado pelo poeta e humanista italiano Francesco Petrarca (1304-1374). A palavra soneto (do italiano “sonetto”) significa pequeno som ao referir-se à sonoridade produzida pelos versos. BIOGRAFIA DE FRANCISCO DE SÁ DE MIRANDA Nascido em Coimbra (Portugal), em agosto de 1481, Francisco de Sá de Miranda é considerado um dos mais tradicionais poetas de Portugal. Filho de Inês de Melo e Gonçalo Mendes, ele viveu em S. Salvador do Campo, freguesia portuguesa de Barcelos, e em Coimbra. Os primeiros anos da biografia de Sá de Miranda são uma incógnita para os historiadores. A primeira fase de sua vida, que vai desde o nascimento até a chegada à Universidade de Lisboa, são apenas hipóteses de alguns estudiosos. Quando entrou na Escola de Santa Cruz, Sá de Miranda aprofundou-se nos estudos de Humanidades, Retórica e Gramática. Depois, começou a frequentar as aulas da Universidade de Lisboa, onde forma- se doutor em Direito. De aluno a professor, ele faz sua carreira na Universidade e frequenta a Corte até o ano de 1521. Naquele mesmo ano, Sá de Miranda começa uma viagem pela Itália, onde conhece o ambiente literário do Renascimento. Porém, o contato do poeta com a literatura já havia sido iniciado muitos antes da visita à Itália, pois ele era colaborador do Cancioneiro Geral, compilação de Garcia Resende de poesias daquele período. Sá de Miranda retorna ao seu país de origem no ano de 1527. Na bagagem, trouxe para a cultura lusa as experiências que viveu com os artistas e escritores italianos, que seriam uma influência marcante em https://www.guiaestudo.com.br/personificacao https://www.guiaestudo.com.br/figuras-de-linguagem https://www.infoescola.com/movimentos-culturais/renascimento/ sua obra. Apresentou ao meio literário português uma nova estética que tinha elementos como o soneto, a sextina, a canção, os tercetos, as oitavas e os versos com dez sílabas. Pode-se dizer que ele iniciou o Renascimento em Portugal, pois foi o pioneiro a utilizar as formas clássicas. Além da poesia, Sá de Miranda escrevia peças de teatro, uma das mais conhecidas de sua obra é Cleópatra, uma tragédia. Outras contribuições do poeta foram algumas cartas em verso e comédias, das quais se destacam “Estrangeiros” e “Vilhalpandos”. No campo teatral, ele também é considerado como o primeiro a introduzir a maneira clássica de representação.Sá de Miranda morreu em 1558, em Amares, local onde havia se estabelecido com sua esposa por não suportar viver na Corte. Biografia de Luís de Camões Luís de Camões (1524-1580) foi um poeta português. Autor do poema Os Lusíadas, uma das obras mais importantes da literatura portuguesa, que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. É o maior representante do Classicismo Português. Luís Vaz de Camões nasceu em Lisboa, Portugal, por volta de 1524. Era filho de Simão Vaz de Camões e Ana de Sá e Macedo, aparentada com a casa de Vimioso, da alta nobreza portuguesa, e sobrinho de D. Bento de Camões, cônego da Igreja de Santa Cruz de Coimbra. Em 1527, durante uma epidemia de Peste, em Lisboa, D. João III e a corte transferiram-se para Coimbra, e Simão, a mulher e o filho, com apenas três anos, acompanharam o rei. Luís de Camões viveu sua infância na época das grandes descobertas marítimas e também no início do Classicismo em Portugal. Foi aluno do colégio do convento de Santa Maria. Tornando-se um profundo conhecedor de história, geografia e literatura. Em 1537, D. João III transferiu a Universidade de Lisboa para Coimbra. Camões iniciou o curso de Teologia, mas levava uma vida irrequieta, desordeira, além da fama de conquistador, mostrando pouca vocação para a Igreja. Em 1572, publica seu poema Os Lusíadas. Que celebra os feitos marítimos e guerreiros de Portugal. As Sílabas Métricas Sílaba Métrica ou Sílaba Poética é o termo dado às sílabas que compõem um poema, isso porque as sílabas desse gênero textual não são contadas da mesma maneira que contamos as sílabas gramaticais (Dos demais gêneros e formatos). Essa contagem ocorre de forma auditiva. Ao fazer isso, dizemos que estamos escandindo os versos. A partir desta, classificamo-os. Para contarmos, deve-se seguir os seguintes conceitos: 1. A contagem termina na última sílaba tônica da última palavra. 1. Ditongos (Encontro entre duas vogais) têm um valor de uma única sílaba poética. 1. Duas ou mais vogais átonas (sílaba que não tem intensidade na voz, o contrário de tônica), ou até mesmo tônicas, podem se fundir foneticamente entre si, formando uma só sílaba. (Ver Sílaba Tônica, Subtônica e Átona) Exemplo: /A/mor/ é/ fo/go/ que‿ar/de/ sem/ se/ ver/, 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 /é/ fe/ri/da/ que/ dói/, e/ não/ se/ sen/te; 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 /é/ um/ con/ten/ta/men/to/ des/con/ten/te, https://www.infoescola.com/literatura/soneto/ http://www.blogaprendizdeescritor.blogspot.com.br/2013/11/silaba-tonica-subtonica-e-atona.html 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 /é /dor/ que/ de/sa/ti/na/ sem/ do/er. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Como pode ver, o poema de Camões tem no total dez sílabas métricas em todos os versos. Assim, o classificamos de decassílabo.
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