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Estruturas de Madeira Engenharia Civil Prof.: Eduardo de Castro Barbalho Compressão paralela e inclinada em relação às fibras – Cap 6 Universidade Newton Paiva eduardo.barbalho@newtonpaiva.br mailto:eduardo.barbalho@newtonpaiva.br fc0 = resistência à compressão paralela às fibras ➢Determinado em ensaio ➢Valores médios propostos pela norma dcdcdd fXS ,0,0 Tensão Atuante dcdS ,0 dcd fX ,0 Resistência de Projeto Resistência à Compressão Paralela às fibras - NBR7190 Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira 090 0 90 05,0 20 EE E E E0 = módulo de elasticidade longitudinal ➢Determinado em ensaio ou valores médios propostos pela norma E90= módulo de elasticidade normal ➢Determinado em ensaio ou: Módulo de Elasticidade - NBR7190 Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira fc90 = resistência à compressão normal as fibras nccn c c ff f f 090 0 90 25,0 4 Resistência à Compressão Normal às fibras - NBR7190 Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira Resistência à Compressão inclinada em relações às fibras: 2 90 2 0 900 cos cc cc c fsenf ff f Para solicitações inclinadas com relação às fibras da madeira: Equação de Hankinson Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira ➢ Ao projetar é necessário satisfazer requisitos específicos de: a) Resitência; b) Deflexão; c) Estabilidade; ➢ Elementos sob cargas de compressão poderão sofrer uma deflexão ou oscilação lateral. ➢ A instabilidade, caracterizada por uma deflexão lateral, em coluna submetida ao esforço de compressão é denominada FLAMBAGEM. Flambagem Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira •Elementos estruturais compridos e esbeltos submetidos a um esforço de compressão são denominados Colunas. •Uma Coluna Ideal é uma coluna perfeitamente reta antes da carga. A carga é aplicada no centroide da seção transversal. O material é homogêneo. O material comporta-se de maneira Linear elástica. E sofre flambagem em apenas 1 plano. Colunas Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRxqFQoTCKrh6N_fg8kCFYMSkAod-woHdw&url=http%3A%2F%2Fwww.plataformabim.com.br%2F2012%2F12%2Frevit-2013-aula-13-criando-pilares_11.html&psig=AFQjCNFp2A_I4f_sLhSroQ0iit_kSFiCAQ&ust=1447172452526865 http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRxqFQoTCIbyjYbgg8kCFUe8kAodmNAJow&url=http%3A%2F%2Fwww.funarte.gov.br%2Fartes-visuais%2Fexposicao-%25E2%2580%259Ccolunas%25E2%2580%259D-chega-ao-palacio-capanema-no-rio%2F&psig=AFQjCNFp2A_I4f_sLhSroQ0iit_kSFiCAQ&ust=1447172452526865 •Patu < FE => Ok: Equilíbrio Estável •Patu = FE => Equilíbrio Neutro •Patu > FE => NOk: Equilíbrio Instável •A Coluna sofrerá flambagem em torno do eixo principal da seção transversal que tenha o menor momento de inércia (o eixo menos resistente). 0 2 I² L E FE ²/ ²²² 0 2 0 2 R E A FARE F LL E E R E L cr / 2 ² 0 R/ Mas, L0 ² ² E cr AR²I Mas, Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira 0 2 2 IE L EF FE = carga crítica ou carga axial σcr = tensão crítica E = módulo de elasticidade para o material I = menor momento de inércia para a área da seção transversal em torno do eixo principal de inércia L0 = comprimento da coluna sem apoio R = menor raio de giração da coluna λ = L0/R = índice de esbeltez 2 0 2 / R E σ L cr Carga crítica Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira ² ² E cr •É possível representar a equação da carga crítica em gráfico em relação ao índice de esbeltez; •Nesse gráfico, as curvas hiperbólicas são válidas apenas para tensões críticas abaixo da tensão do limite de proporcionalidade ou da tensão de escoamento, visto que o material deve se comportar elasticamente; •Índice de Esbeltez é uma medida de flexibilidade da coluna que serve para classificar as colunas como compridas, intermediárias ou curtas; Determinação da Tensão de Flambagem Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira Determinação da tensão de Flambagem Observa-se que a Tensão de Flambagem é função do índice de esbeltez e este gráfico é uma hipérbole denominada Hipérbole de Euller. Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira Colunas com vários tipos de apoio KLLe •A fórmula de Euler é usada para determinar a carga crítica provida e o “L” da fórmula representa a distância sem apoio entre os pontos de momento nulo; •Le é denominado de comprimento efetivo da coluna; •Um coeficiente adimensional K, fator de comprimento efetivo, é usado para calcular Le. Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira •Portanto, temos: I 2 2 KL E FE 2 2 / RKL E cr e FE = carga crítica ou carga axial σcr = tensão crítica E = módulo de elasticidade para o material I = menor momento de inércia para a área da seção transversal L = comprimento da coluna sem apoio Le = Comprimento efetivo R = menor raio de giração da coluna λe = KL/R = índice de esbeltez efetivo I 2 2 e E L E F 2 2 e cr E Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira A tensão máxima na coluna pode ser determinada se entendermos que ela é provocada pela carga axial e pelo momento que ocorre no ponto médio da coluna. Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira A fórmula da Secante Pela fórmula de Euller =>A força atua exatamente sobre o centroide (Isso é utopia); =>A coluna é a ideal (isso é irreal); Na Realidade =>Colunas não são perfeitamente retas; =>Nunca se sabe com precisão o ponto de aplicação da carga. Conclusão: Colunas não flambam de uma vez. Elas fletem primeiro! 1 2IE sec LF evmáx 1 2IE cos 1 LP evmáx Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira ➢ Se “e” tender a zero => Ʋmáx tende a zero ➢ Se “e” tender a zero e a tender ao infinito Ʋmáx ≠ Zero. ➢ Isso representaria a carga crítica no momento da falha. 11 1 2IE sec LF ² ² IEIE 22IE2IE sec 22 L F L F LFLF EE EE ² I² L E FE * Observe que, se “e” tender a zero, Ʋmáx tende a zero. Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira EA P R L R eC A P máx 2 sec1 2 σmax = tensão elástica máxima na coluna P = carga vertical aplicada a coluna e = excentricidade da carga P C = distância do eixo neutro até a fibra externa da coluna A = área da seção transversal da coluna L = comprimento não apoiado da coluna no plano de flexão. E = módulo de elasticidade para o material r = raio de giração 13 Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira •Colunas compridas e esbeltas se tornarão instáveis quando a tensão de compressão permanecer elástica. Gerarão falha por Instabilidade Elástica. •Colunas intermediárias falham devido a instabilidade inelástica, ou seja, a tensão de compressão na falha é maior do que a tensão do limite de proporcionalidade.•E as Colunas Curtas, não se tornam instáveis. O material simplesmente escoa ou rompe. •Pela fórmula de Euler: σcr < σe ou σLp. Portanto, aplicada somente em colunas compridas. Quanto maior a coluna menor terá de ser a tensão. Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira ➢ Na prática não existe coluna perfeitamente reta e a madeira não é um material homogêneo e livre de tensões em seu estado natural; ➢ Apoios não são perfeitos e não se pode precisar o ponto de aplicação da carga; ➢ Para as peças curtas, definidas pelo índice de esbeltez λ ≤ 40 , que na situação de projeto são admitidas como solicitadas apenas à compressão simples, dispensa-se a consideração de eventuais efeitos de flexão. Projeto de colunas para cargas concêntricas Testes em colunas de madeira representadas em gráfico Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira Para peças medianamente esbeltas, definidas pelo índice de esbeltez 40 ˂ λ ≤ 80, submetidas na situação de projeto à flexo-compressão com os esforços de cálculo Nd e M1d além das condições de segurança especificadas, também deve ser verificada a segurança em relação ao estado limite último de instabilidade, por meio da teoria da validade comprovada experimentalmente. Considera-se atendida a condição de segurança relativa ao estado limite último de instabilidade, se no ponto mais comprimido da seção transversal for respeitada a condição seguinte, aplicada isoladamente para os planos de rigidez mínima e de rigidez máxima da peça. 1 ,0,0 dcdc ff MdNd fletor momento ao devida compressão de tensãoda cálculo deValor .compressão de normal força à devida compressão de tensãoda cálculo deValor Md Nd Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira dd eNMd dE E d NF F ee 1 0 2 ,0 I² L efc E E F ai eee 1 30 ou 1 h e N M e i d d i Cálculo do Momento de flexão de projeto Cálculo da excentricidade de projeto ed Cálculo da Força crítica de flambagem FE Cálculo da excentricidade de primeira ordem e1 Cálculo da excentricidade inicial de primeira ordem devido à presença do momento e1 Cálculo da excentricidade acidental mínima ea 300 0L ea Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira Para peças esbeltas, definidas pelo índice de esbeltez λ > 80, não se permitindo valor maior que 140, submetidas na situação de projeto à flexo-compressão com os esforços de cálculo Nd e M1d, a verificação pode ser feit pela expressão: 1 ,0,0 dcdc ff MdNd fletor momento ao devida compressão de tensãoda cálculo deValor .compressão de normal força à devida compressão de tensãoda cálculo deValor Md Nd Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira de E efdd NF F eNM ,1 0 2 ,0 I² L efc E E F caicef eeeeee 1,1 30 ou 111 h e N MM N M e i d qdgd d d i Cálculo do Momento de flexão de projeto (Md) Cálculo da excentricidade de projeto efetiva (e1,ef ) Cálculo da Força crítica de flambagem (FE) Cálculo da excentricidade inicial de primeira ordem devido à presença do momento (e1) Cálculo da excentricidade acidental mínima (ea) 300 0L ea Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira Cálculo da excentricidade suplementar de primeira ordem devido à fluência da madeira (ec) 121 1 gd gd ig N M e 1- exp 21 21 qkgkE qkgk aigc NNF NN eee Cálculo da excentricidade inicial de primeira ordem devido à presença do momento gerado pela sobrecarga (e1g) Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira Tabela de Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira 2 1 e EXERCÍCIO de Aprendizaem 1 Elemento comprimido (peça esbelta): Verificar a condição de segurança do pilar de madeira indicado nas figuras, submetido ao esforço de compressão “Nk” : Madeira dicotiledônea, de Itaúba. Dimensões indicadas em centímetros. NGk = 5 kN (permanente), e NQk = 15 kN (sobrecarga). Itaúba: fc0,d = 2,21 kN/cm 2 , e Ec0,ef = 1.266,3 kN/cm2 Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira EXERCÍCIO 1 Uma coluna de madeira com dimensões de 7,5 cm x 7,5 apoia-se sobre uma viga de concreto de 12 cm de espessura. Sabendo-se que a reação de apoio da viga de madeira é de 36 kN (valor de cálculo), verificar a compressão normal localizada. Adotar madeira classe C40 e Kmod = 0,56. Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira EXERCÍCIO 2 Verificar qual o máximo esforço Pk que se pode aplicar na barra da figura, considerando-se que é uma carga de longa duração. Dados: Madeira Conífera C30; Umidade classe (3). Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira EXERCÍCIO 3 Uma caixa d’água pesando constantemente 40.000 N (considerar como carga permanente) será suportada por 4 pés feitos de peças de madeira com as fibras no sentido vertical. Dimensione os pés. Dados: Madeira de Dicotiledônea C40; Umidade classe (2). Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira EXERCÍCIO 4 Verificar se a peça-base suporta o carregamento. Dados: Madeira: Dicotiledônea C20; Umidade classe (4). Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira EXERCÍCIO 5 Um pontalete curto de madeira (seção 7,5 x 7,5 cm) está sujeito a uma força de compressão axial. O pontalete apresenta inclinação de fibras da ordem de 20 graus em relação ao seu eixo axial. Determinar a máxima força de cálculo que o pontalete pode suportar. Adotar madeira classe C25 e Kmod = 0,56. Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira Exercício 6 (13.50 Livro Resistência dos Materiais – 7Ed. Hibbeler) A coluna de madeira tem seção transversal quadrada de dimensões 100 mm por 100 mm. Está engastada na base e livre no topo. Determine a carga P que pode ser aplicada na borda da coluna sem provocar falha por flambagem ou escoamento. Dados: Emad= 12 GPa; σe = 55 MPa Respostas: Pcr = 31,37 kN. Capítulo 6: Compressão paralela e inclinada em relação às fibras Estruturas de Madeira Mensagem “90% do sucesso se baseia simplesmente em insistir.” Woody Allen Estruturas de Madeira Obrigado! Estruturas de Madeira