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3 Sistema de Ensino Presencial Conectado licenciatura em pedagogia TRABALHO DO CORPO E MOVIMENTO NA ESCOLA. xxxxxxxxxx 2019 TRABALHO DO CORPO E MOVIMENTO NA ESCOLA Trabalho de portfolio apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Corpo e Movimento, Avaliação na Educação, Filosofia para crianças, Fundamentos, Organização e Metodologia da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, Seminário Interdisciplinar I, Estágio Curricular Obrigatório II: Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Tutor Eletrônico: Steffani Priscila Leo dos Santos Rocco Tutor de Sala: Erlayne Nunes de Oliveira SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 03 2 DESENVOLVIMENTO 04 2.1 PROPOSTA DE PLANO DE AULA 07 4 CONCLUSÃO 09 REFERÊNCIAS 10 INTRODUÇÃO O presente trabalho visa propor atividades para grupos, trazendo o sujeito e grupos sociais para o centro da discussão a respeito do corpo e do movimento, observando aspectos competitivos, pautada em padrões corporais estereotipados. É comum observarmos no dia-dia nas unidades educacionais uma atmosfera de ordem e harmonia, mas em contra partida suprime o movimento, segregando crianças e adolescentes por conta de aspectos tais como: idade, tipo de corpo, sexo, dentre outros fatores. Contudo, o movimento humano é mais que um simples deslocamento do corpo no espaço, constitui-se uma linguagem que permite que alunos a agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente humano. A intensidade com que a sociedade contemporânea se ocupa do corpo são traços culturais amplamente reconhecido por vários intelectuais. Esses estudiosos reconhecem a relevância das variadas percepções e práticas corporais para os processos de formação de subjetividades e de construção de laços sociais. É necessário que reconheçamos que as interações entre crianças e adultos acontecem por intermédio de seus corpos que estão situados em um contexto sociocultural. Por conta disso, os professores, de forma interdisciplinar, devem reconhecer a importância do corpo e movimento, traçando, de forma orgânica, meios para que o aluno possa internalizar a ideia e assim atividades que possam exigir esses aspectos, o discente não separar os colegas por conta da diferença com os demais. Considerando a complexidade sobre a temática proposta, a contribuição para formação cidadã dos alunos, será discutido e produzido um texto com algumas das principais passagens, com diálogos com um dos principais autores que estudam o tema. A leitura e a elaboração da produção textual amadurecem para que na sequência, de forma mais elaborada, a elaboração de um plano de aula contemplando o tema com objetivo a fim de identificar a diversidade dos sujeitos existentes na sala de aula. DESENVOLVIMENTO Na atualidade muito se tem discutido a respeito das contribuições do movimento das crianças e sua relação no processo de ensino aprendizagem, o que numa prática tradicional de ensino, separa o corpo da construção do conhecimento, classificando o aluno como desobediente e transgressor de regras, não vendo a necessidade da ação física está presente na escola. Nessa perspectiva o RCNEI (1998, p. 19), aponta que: [...] um grupo disciplinado não é aquele em que todos se mantêm quietos e calados, mas sim um grupo em que os vários elementos se encontram envolvidos e mobilizados pelas atividades propostas. Os deslocamentos, as conversas e as brincadeiras resultantes desse envolvimento não podem ser entendidos como dispersão ou desordem, e sim como uma manifestação natural das crianças. Nesse sentido é importante destacar uma nova concepção acerca do movimento na escola, valorizando o rico potencial que a criança pode alcançar, através de suas variadas dimensões, promovendo a criatividade e expressividade da criança, deixando para trás aquela visão tradicional que separa corpo e mente razão e emoção, atribuindo novos significados as manifestações corporais da criança. Nas palavras de Vaz (2002, p.93): Numa sociedade marcada pela indústria da competição, da performance, da exclusão, do preconceito, da informação abreviada, dos ritmos maquinais, das coreografias padronizadas permanecemos alheios a aspectos importantes da educação do corpo em ambientes educacionais. Afinal, é preciso considerar que a educação do corpo não se esgota nas aulas de Educação Física, mas alcança outros tempos e espaços, movimentos e expressões das instituições e seus atores. Fica claro, segundo o autor que o movimento no ambiente educativo não se resume apenas as aulas de educação física, devendo as práticas de sala de aula favorecer o desenvolvimento da expressão das crianças, por meio de suas várias linguagens, cabendo ao professor planejar atividades que possibilite o trabalho com o corpo não como um simples passa tempo, mas explorando seu potencial expressivo, reconhecendo que o desempenho corporal está relacionado com o desenvolvimento da inteligência e com os sentimentos, exercitando a atenção, a consciência corporal, aprimorando a mobilidade. É preciso que haja formação continuada dos professores, a fim que percebam e compreendam a educação do corpo como essencial na escola, que invistam em práticas que não limite a atividade corporal, evitando domesticar, inibir os gestos das crianças, reconhecendo que toda origem do conhecimento passa pelo corpo, assim como a construção da autonomia e identidade, fornecendo inúmeras possibilidades de expressão e comunicação. Muitos autores discutem o processo de aprendizagem aliado à importância do trabalho corporal, Segundo Fernández (1991, p.63): Em geral, a escola apela somente ao cérebro, crianças com os braços cruzados, atados a si mesmos. [...] Ainda hoje encontramos crianças que estão atadas aos bancos, a quem não se permite expandir-se, provar-se, incluir todos os aspectos corporais nas novas aprendizagens. A dinâmica da escola enquanto instituição formadora, que visa preparar para a vida, deve-se utilizar das práticas corporais como promotoras de aprendizagens, ressignificando aspectos que estimulem o movimento, diversificando-os, encorajando as crianças a explorar suas potencialidades de forma prazerosa, fazendo-as aprender de forma integral. É importante salientar que atividades que envolvem corpo e movimentos criativos, contribuem de várias maneiras para o aprendizado das crianças, pois não há nada melhor do que aprender brincando. Segundo Marques (2010, p. 36): [...] três campos de significação da dança: intérprete, movimento e espaço cênico que não fazem sentido até que sejam relacionados, até que encontremos e estabeleçamos relações entre eles, até que compreendamos o nexo entre os signos da dança dançada. Este nexo aponta para as necessárias relações de coerência entre esses campos de significação da dança se quisermos compreendê-la e vivenciá-la como arte. Por isso é necessário que o professor apresente movimentos para seus alunos como uma ferramenta que irá beneficia-las. É importante brincar, dançar se expressar com o seu corpo. Levando sempre em consideração suas necessidades e faixa etária. O trabalho com movimento possibilita a formação dos alunos, a criatividade e o desenvolvimento de aspectos específicos da motricidade infantil. Os movimentos da dança precisa ser livre e espontâneo, pois as crianças usam a sua imaginação para criar seus próprios movimentos, e não seguir coreografias complicadas. Quando se permite que a criança construa sua própria forma de se mover, muitos benéficos elas vão adquirindo, exploram o seu corpo, se libertam de seus medos e o principal estão aprendendo. Aquilo que as crianças mais gostam de fazer é experimentar novas sensações, novas experiências, mexer, tocar, rolar, pular, “fuxicar”, demonstrando uma energia corporal bastante grande que proporciona o contato consigo, com os objetos, com os signos pertencentes ao contexto cultural a outros com os quais elas vão tomando contato. A escoladeve ser entendida como um lugar de vivência, de aprendizagem e de experiências para as crianças e para os adultos que o acompanham. Com argumentos sobre a perspectiva da pedagogia escolar, temos a interpretação da escola como um lugar para movimentar-se, onde o movimento é visto como um princípio geral na configuração da escola. O movimento deve transformar-se numa parte construtiva da aprendizagem e da vivência na escola. As vivências corporais favorecem a aprendizagem, uma vez que por meio das quais pode-se experimentar sensações e explorar o movimento do corpo e do espaço adquirindo um saber concreto, de maneira significativa para o educando. Cabe ao professor compreender e conhecer o agir da criança através de seus aspectos psicológicos, psicomotores, emocionais, cognitivos e sociais, para poder mediar e organizar atividades que abordem diferentes conhecimentos, através de estratégias que lhes permitam vivenciar situações de ensino-aprendizagem desafiadoras com a integração. PROPOSTA DE plano de aula Dados de Identificação Nome da Escola: Escola Municipal Álvaro Porto Professora: Naiara Série: 3º ano Período: 07h30min às 11h30min. Número de Alunos: 18 Data: 10/10/2019 TEMA: Basquete OBJETIVO: Os alunos devem ser capazes de driblar uma bola de basquete e atirar na cesta com alguma precisão (fazer uma cesta não é necessário, mas deve ser tentado). GERAL: Se tornar ativo através de uma corrida e aterrissar em uma posição. ESPECÍFICO: Habilidade de pular, enfatizar que deve balançar os braços ao saltar. METODOLOGIA: 1° MOMENTO: A professora faz um acolhimento contando a história ‘’a tampa do céu’’ onde os alunos estavam sentados em grupo, então ela passou um vídeo de basquete e todos os alunos assistiram. 2º MOMENTO: A partir do vídeo a professora explica as regras de como se joga. 3° MOMENTO: Ela faz um aquecimento para dar início ao jogo. 4° MOMENTO: O docente leva os alunos para a quadra fazendo com que os alunos se unam e jogando uma bola de basquete para frente e para trás, passando um para o outro. Pedindo aos alunos que driblem e se revezem tentando fazer uma cesta com o parceiro. 5° MOMENTO: A turma volta para sala e falam sobre o que aprenderam com a atividade. RCURSOS: Grande área aberta para as crianças se espalharem, cestas de basquete, bola de basquete, fita para linha de partida. AVALIAÇÃO: A avaliação será baseada na participação interação entre equipes. REFERÊNCIAS: Disponível em: https://pedagogiaaopedaletra.com/educacao-fisica-corpo-em-movimento/. Acesso em 09 out. 2019. CONCLUSÃO Portanto, o movimento é utilizado pela criança como uma linguagem, tanto para agir com o meio físico como para se comunicar com as pessoas. Por isso, a escola deve criar situações favoráveis para que a criança se desenvolva de tal forma que amplie os conhecimentos sobre si mesma, explore o ambiente físico e social e supere desafios. Ao professor de educação física cabe proporcionar atividades que possam estimular as crianças para que elas percebam seus recursos corporais, bem como suas capacidades e limitações. Os educadores devem criar inúmeras possibilidades para que as crianças se sintam seguras e livres para aperfeiçoarem suas habilidades motoras. Com isso concluímos a importância de estabelecer relações entre a noção corporal, a idade e o fazer cotidiano do aluno, não obstante a postura que impera nas ações das escolas em geral, uma vez que para alguns professores o ensino ainda é visto de forma dividida em disciplinas que são concebidas como responsáveis por “educar o corpo” e outras por “educar a mente”; esse é um dos grandes obstáculos para uma educação que contemple a idade corporal como elemento central do processo formativo. Por esse motivo temos que dar atenção especial à pedagogia preventiva, que reclama grande atenção por parte dos professores e produz magníficos resultados, uma vez que levam em conta as inclinações e habilidades dos alunos e possui caráter vocacional, explorando as potencialidades de cada um como indivíduo único. O corpo foi historicamente negligenciado na formação humana, seja em âmbito pessoal ou nas instituições de ensino. Aspectos relacionados sobre o brincar, a criança e o corpo, nos instigam a investigar como se constitui a prática pedagógica e o processo de ensino aprendizagem na Educação Infantil? Qual o espaço do brincar? Quais os pressupostos teóricos metodológicos do professor de Educação Infantil? "Sem amor é impossível ensinar ou aprender. A educação é arte do coração!”. Por isso as aulas não podem ser chatas, nem cansativas nem monótonas. REFERÊNCIAS BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretária de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. FERNÁNDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada: Abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. Tradução de Iara Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. REFE MARQUES, Isabel A. Linguagem da dança: arte e ensino. São Paulo: Digitexto, 2010. VAZ, A. F. Ensino e formação de professores e professoras no campo das práticas corporais. In: VAZ, A. F.; SAYÃO, D. T.: PINTO, F, M. (Orgs.). Educação do corpo e formação de professores: reflexões sobre a prática de ensino de Educação Física. Florianópolis: Editora da UFSC, 2002, p.85 – 110.