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Farmacologia do sistema nervoso

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Diane pereira

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CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS
PSICOFÁRMACOS
PSICOFARMACOLOGIA
• Estudo dos efeitos de fármacos no afeto, 
cognição e comportamento.
• Efeitos dos fármacos no SNC > desafio:
- Classe de fármacos mais comumente “auto-
administrados’.
- Complexidade do SNC: difícil entender e 
predizer efeitos dos fármacos.
PSICOFÁRMACOS – CLASSIFICAÇÃO 
(OMS)
• Ansiolíticos e sedativos-hipnóticos:
- Causam sono e reduzem a ansiedade 
(barbitúrico, bezodiazepínico).
• Antipsicóticos (neurolépticos):
- “Alívio dos sintomas esquizofrênicos” 
(clozapina, risperidona).
• Antidepressivos (timolépticos):
- “Alívio dos sintomas depressivos” (iMAO –
inibidor de , tricíclicos).
• Psicoestimulantes:
- Produzem vigília e euforia (anfetamina, 
metilfenidato, cafeína).
• Psicomiméticas:
- Causam distúrbio da percepção e 
comportamento (LSD, fenciclidina)
OBJETIVO TERAPÊUTICO
• Atingir concentrações da droga no local de 
ação (tecido alvo) que sejam suficientemente 
altas para produzir o efeito pretendido sem 
produzir reações adversas.
FARMACOCINÉTICA
VIA DE ADMINISTRAÇÃO
• ORAL:
- Mais utilizada.
- Conveniente - auto-administração.
- Segura.
- Absorção lenta - ineficaz em emergência.
- Variabilidade individual.
- Irritação gástrica.
- Efeito de primeira passagem.
• ENTERAL pode ser:
a) SUBLINGUAL
- Alto fluxo sanguíneo.
- Absorção mais rápida que a oral.
- Evita o efeito de primeira passagem.
b) RETAL
- Vômito.
- Irritação GI.
- Pacientes agitados, inconscientes.
• PARENTERAL pode ser:
a) INTRAVENOSA
- Inicio do efeito rápido.
- Controle da concentração plasmática.
- Infusão constante.
- Inadequada para soluções não aquosas.
b) SUBCUTÂNEA
- Absorção lenta.
- Inadequada para soluções pouco solúveis em 
água.
ABSORÇÃO DOS FÁRMACOS
• Fatores que influenciam a velocidade de absorção:
- Via de administração
- Circulação no local da administração
- Dose da droga
- Formulação da droga
- Propriedades fisicoquímicas da droga (ácido ou base)
- Estado físico (tamanho da partícula, estado físico vs
líquido)
- Tipo de transporte
- Ligação a proteínas
LIPOSSOLUBILIDADE
• Ionização é o principal fator associado à 
lipossolubilidade:
- Drogas ionizadas (com carga) são menos 
lipossolúveis.
- Mais ionizada - menor lipossolubilidade -
menor absorção - menor efeito.
BIODISPONIBILIDADE
• Quantidade de droga que atinge a circulação 
sistêmica inalterada.
• Utilizado para comparar fármacos
- Geralmente quanto maior a biodisponibilidade, 
melhor será. 
DISTRIBUIÇÃO
• Quantidade de fármaco encontrada nos vários 
tecidos.
• Psicofármacos devem passar pela barreira 
hemato-encefálica.
• Fatores que afetam a distribuição:
- Tamanho do órgão
- Fluxo sanguíneo
- Solubilidade
- Ligação a proteína plasmática
- Barreiras anatômicas
BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA
• Difusão passiva:
- Fármacos devem se dissolver na estrutura da 
célula.
- Lipossolubilidade necessária.
• Ligação a outras moléculas:
- Quanto maior a ligação com proteínas, menor a 
atividade do fármaco.
• Pode ligar-se a outras células, especialmente 
células adiposas.
METABOLISMO
• Processo pelo qual a droga é alterada e 
dividida em substâncias menores 
(metabólitos) que são geralmente inativos.
• Maior parte ocorre no fígado.
BIOTRANSFORMAÇÃO
• Transformação de uma substância química em 
outra mediada por enzimas.
• Conversão de fármacos em compostos mais 
hidrossolúveis, para eliminação pelo rim.
• Locais de biotransformação:
- Fígado
- Rim, pulmão, epitélio GI
- Outros tecidos
FÁRMACOS INDUTORES ENZIMÁTICOS
• Certos fármacos “induzem” e elevam as 
quantidades de formas especificas da enzima.
- Resulta no metabolismo acelerado de outros 
fármacos metabolizados pela enzima induzida.
- Ex.: Fenobarbital
FÁRMACOS INIBIDORES ENZIMÁTICOS
• Fármacos capazes de inibir enzimas
- Importante quando paciente em um regime 
inicia segunda droga metabolizada pela mesma 
enzima.
- Ex: Valproato
ELIMINAÇÃO
• Dois órgãos principais de eliminação: fígado e rins
- Eliminação na urina e/ou por inativação por 
enzimas Hepáticas.
• Clearance: A quantidade total de sangue, soro, ou 
plasma a partir do qual um medicamento é 
completamente removido por unidade de tempo.
• Meia-vida: Tempo necessário para as 
concentrações plasmáticas do fármaco ser 
reduzida em 50%.
FARMACODINÂMICA
• 4 possíveis sítios de ação:
- Receptores
- Canais iônicos
- Enzimas
- Proteínas de transporte
RECEPTORES
- Tipos de ação:
- Agonista: mesma ação biológica.
- Antagonista: efeito oposto.
- Interação com receptor:
- Seletividade: específico de um receptor.
- Afinidade: grau de atração.
- Atividade intrínseca: capacidade de produzir 
resposta biológica uma vez ligado ao receptor.
• Tipos de receptores:
- Ionotrópicos
- Metabotrópicos
CANAIS IÔNICOS
• Fármacos podem ativar ou bloquear canais 
iônicos.
ENZIMAS
• Catalisam reações bioquímicas específicas 
dentro das células.
• Alvo de alguns psicofármacos.
• Monoamino oxidase: enzima que degrada 
neurotransmissores (NE, DA, 5-HT).
• Enzimas podem ser inibidas com a finalidade 
de aumentar o efeito do neurotransmissor.
PROTEÍNAS DE TRANSPORTE
• Transportam neurotransmissores através da
membrana plasmática.
• Fármacos podem bloquear ou inibir esse 
transporte.
AÇÃO E PSICOFÁRMACOS
• Agonistas
- Estimula a liberação
- Ligação ao receptor
- Inibição da recaptação
- Inibição da desativação
- Promoção da síntese
• Antagonistas
- Bloqueio da liberação
- Bloqueio do receptor
- Inibição da síntese
EFETIVIDADE DO FÁRMACO
• Curva de resposta de dose:
- Retrata a relação entre a dose e a magnitude do efeito 
do medicamento.
- Fármacos podem ter mais de um efeito.
• A efetividade é considerada relativa a sua segurança 
(índice terapêutico).
TOLERÂNCIA E SENSIBILIZAÇÃO
• Administrações repetidas de um fármaco podem 
alterar sua efetividade subsequente.
• Tolerância: administração repetida do fármaco 
diminui seu efeito (ou requer aumento de dose).
• Tolerância pode refletir diminuição da ligação 
fármaco-receptor ou redução na ação pós-
sináptica do medicamento.
• Sensibilização: administração repetida do 
fármaco resulta em aumento da efetividade do 
mesmo. 
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
• 1. Encéfalo
▪ Possui cerca de 1,4 kg nos adultos
▪ Está localizado na caixa craniana
▪ Dividido em 3 partes: cérebro, cerebelo e tronco
encefálico Encéfalo
cérebro
cerebelo
Tronco encefálico
1.1 Cérebro
• Dividido em dois 
hemisférios (esquerdo e 
direito) Dividido em duas 
partes:
a)Córtex (externo) –
substância cinzenta (corpos 
neuronais) e 
b) Região interna – substância 
branca (dendritos e axônios).
Funções do cérebro 
• Sensações
• Atos conscientes e 
voluntários (movimentos)
• Pensamento
• Memória
• Inteligência
• Aprendizagem 
• Sentidos
• Equilíbrio
Regiões do cérebro
1.1.1. Tálamo
• Reorganização dos estímulos nervosos
• Percepção sensorial (consciência)
1.1.2. Hipotálamo
• Regulador da homeostase corporal
• Temperatura
• Apetite
• Balanço hídrico
• Controle da hipófise e outras glândulas
Tálamo e Hipotálamo (presentes na 
região inferior do cérebro)
Tálamo
Hipotálamo
1.2. Cerebelo
• Responsável pelo 
equilíbrio do corpo
• Tônus e vigor 
muscular
• Orientação espacial
• Coordenação dos 
movimentos
Cerebelo
1.3. Tronco encefálico 
• 3 divisões: Mesencéfalo; Ponte e Bulbo
Mesencéfalo
Ponte
Bulbo
1.3.1. Mesencéfalo
• Recepção e coordenação 
• da contração muscular
• Postura corporal
1.3.2. Ponte
• Manutenção da postura corporal, equilíbrio 
do corpo e tônus muscular.
Mesencéfalo
Ponte
1.3.3. Bulbo
• Controle dos batimentos cardíacos
• Controle dos movimentos 
respiratórios
• Controle da deglutição (engolir)
Bulbo
2. Medula Espinhal (raque)
• Cordão cilíndrico que parte da base do 
encéfalo e percorre toda a coluna vertebral.
• Aloja-se dentro das perfurações das vértebras.
• Da medula espinhal partem 31 pares de 
nervos raquidianos.
Funções da medula• Recebe as informações de diversas partes do 
corpo e as enviam para o encéfalo e vice-
versa.
• Responsável pelos atos reflexos (reflexo 
medular).
Reflexo Medular
Meninges
• São três delicadas membranas que revestem e 
protegem o sistema nervoso central (SNC).
• Dura-máter 
• Aracnóide
• Pia-máter
•
Medula espinhal
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Sistema nervoso periférico (SNP)
Constituído por:
• Nervos
• Gânglios nervosos
• Terminações nervosas (receptores para dor, tato, frio, pressão, calor, paladar, etc.).
Nervos
• São fios finos formados por vários axônios de
• neurônios envolvidos por tecido conjuntivo.
• Transmitem mensagens de várias partes do corpo
• para o sistema nervoso central ou destes para as
• regiões corporais.
Classificação dos nervos
• Quanto ao tipo de neurônio:
a) Sensitivos ou aferentes (contém apenas neurônios sensitivos)
b) Motores ou eferentes (contém apenas neurônios motores)
c) Mistos (contém neurônios sensitivos e motores)
• Quanto à posição anatômica:
a) Cranianos (ligados ao encéfalo) – 12 pares
b) Raquidianos ou espinhais (ligados à medula) – 31 pares
• Terminações Nervosas - Captam estímulos do 
meio interno ou externo e os levam para o 
sistema nervoso central.
• Divisão do sistema nervoso periférico
Sistema Nervoso Voluntário 
(somático)
Ações conscientes: andar, falar,
pensar, movimentar um braço, etc.
Sistema Nervoso Autônomo
(visceral)
Ações inconscientes: controle da
digestão, batimentos cardíacos,
movimento das vísceras, etc.
Simpático
Parassimpátic
o
• Diferenças entre os sistemas nervosos 
simpático e parassimpático:
Sistema Nervoso Autônomo
Simpático Parassimpático
Fibra pré-ganglionar curta longa
Fibra pós-ganglionar longa curta
Origem dos nervos Região torácica e lombar da 
medula (somente nervos 
raquidianos)
Região cervical (nervos 
cranianos) e região sacral da 
medula (nervos raquidianos)
Mediador químico Fibras pré-ganglionares: 
Acetilcolina
Fibras pós-ganglionares: 
Adrenalina
Fibras pré-ganglionares: 
Acetilcolina
Fibras pós-ganglionares:
Acetilcolina
TRANSMISSÃO SINÁPTICA
TRANSMISSÃO SINÁPTICA
• “Neurotransmissores”: liberados por terminações pré-
sinápticas; produzem respostas excitórias ou inibitórias 
rápidas nos neurônios pós-sinápticos.
• “Neuromoduladores”: liberados por neurônios; produzem 
respostas pré ou pós sinápticas lentas (mediadas 
principalmente por receptores acoplados a proteína G).
• “Fatores Neurotróficos” (provocam crescimento , 
diferenciação e plasticidade nos neurônios - os macrófagos 
e as células de Schwann liberam fatores neurotróficos ): 
liberados principalmente por células não neuronais; atuam 
sobre receptores ligados a tirosina quinase (propriedades 
morfo-funcionais dos neurônios).
AÇÃO DOS PSICOFÁRMACOS:
TRANSMISSORES
• Aminoácidos excitatórios
- Glutamato (Ácido glutâmico)
• Aminoácidos inibitórios
- GABA (Ácido gama-aminobutírico , glicina)
• Acetilcolina
• Catecolaminas
- Dopamina
- Noradrenalina
- Adrenalina
• Indolaminas
- Serotonina
- Histamina
GLUTAMATO
• Interage com 4 tipos de receptores:
- Receptor NMDA (N-metil-D-aspartato – é ionotrópico): 
altamente permeáveis ao Ca2+
- Ativação requer ligação a glicina e deslocamento de íons 
de magnésio
- Receptor AMPA (α-amino-3-hydroxy-5-methyl-4-
isoxazolepropionic acid receptor – é ionotrópico) 
- Receptor cainato (é ionotrópico)
- Receptor metabotrópico de glutamato (são acoplados a 
proteínas G, e modificam a resposta dos canais de 
membrana e as concentrações de segundos mensageiros 
como o diacilglicerol ou cAMP).
GLUTAMATO - DISTRIBUIÇÃO DE 
RECEPTORES IONOTRÓPICOS
Fornix, tálamo e o septo pelúcido que está entre 
o corpo caloso e o fórnix. Sua função esta ligada 
à cognição.
GLUTAMATO - DISTRIBUIÇÃO DE 
RECEPTORES METABOTRÓPICOS
Receptores NMDA (ionotrópico) e metabotrópicos ( A ligação do neurotransmissor ativa 
uma via de sinalização, que pode indiretamente abrir ou fechar canais (ou possuem 
algum outro efeito).: 
- Participam em eventos adaptativos e fisiopatológicos - plasticidade sináptica
- Excitotoxicidade - patogenia da epilepsia
Glutamato e excitotoxicidade
• A excitotoxicidade (ocorre pela perda de sensibilidade 
de recaptadores de glutamato, elevando os níveis de 
glutamato nas sinapses) tem sido implicada como 
mecanismo fisiopatológico em muitas doenças, 
incluindo síndromes neurodegenerativas, acidente 
vascular cerebral e traumatismo, hiperalgesia e 
epilepsia. Embora as aplicações clínicas da interrupção 
da excitotoxicidade permaneçam limitadas, espera-se 
que o melhor conhecimento da excitotoxicidade
induzida pelo glutamato possa levar ao 
desenvolvimento de novas abordagens para o 
tratamento dessas doenças. 
ÁCIDO GAMA-AMINOBUTÍRICO 
(GABA)
• Sintetizado a partir do glutamato.
• Principal neurotransmissor inibitório.
• Liberado principalmente por interneurônios curtos.
• Tratos GABAérgicos longos: trajeto até o cerebelo e 
estriado.
• Recentemente, sua pesquisa tornou-se cada vez mais 
importante para o seu papel na gênese da ansiedade e 
outros transtornos psiquiátricos.
• A ação de neurônios GABAérgicos em neuropsiquiatria 
é importante porque um bom número de ansiolíticos, 
sedativos e anticonvulsivantes exercem a sua acção
farmacológica, agindo sobre seus receptores.
GABA - DISTRIBUIÇÃO DE RECEPTORES
• Age via 2 receptores:
1. GABAA: receptor ionotrópico.
- Pós-sináptico (inibição pós-sináp2ca rápida).
- Canal seletivamente permeável Cl-.
2. GABAB: receptor metabotrópico.
- Pré e pós-sináptico.
- Inibição de canais de Ca2+ mediados por 
voltagem.
- Abertura de canais de K+.
• GABA tem sido implicado na patogénese de 
diversos estados patológicos, tais como a 
epilepsia, distúrbios do movimento e do 
tônus ​​muscular, a dor, ansiedade, depressão e 
esquizofrenia, abuso de álcool e outras 
substâncias, desordens de memória, 
distúrbios do sono, encefalopatias 
metabólicas, tumores cerebrais, o edema 
cerebral e isquemia.
ACETILCOLINA
• ACh: principal NT secretado por células eferentes do SNC.
• SN periférico: ACh > gânglios autônomos; junção 
neuromuscular.
• SNC: ACh >
- Ponte dorsolateral
- Septo medial
- Prosencéfalo basal
• Liberação de ACh no cérebro resulta em efeitos 
facilitadores. No SNC acetilcolina é um neurotransmissor 
excitatório. 
• ACh é degradada pela AChE (ACETILCOLINESTERASE).
ACETILCOLINA - RECEPTORES
• Receptores nicotínicos são encontrados no 
músculo esquelético (efeito inotrópico):
- Agonistas: ACh, nicotina.
- Antagonistas: d-tubocurarina e curare.
• Receptores muscarínicos são encontrados no 
SNC, coração e músculo liso (efeitos 
metabotrópicos):
- Agonistas: ACh, muscarina.
- Antagonistas: Atropina e escopolamina.
ACETILCOLINA - DISTRIBUIÇÃO DE 
RECEPTORES
• No interior do cérebro, o papel da Ach é menos claro, 
embora ela provavelmente desempenhe funções 
essenciais na aprendizagem e na vigília. 
• As drogas que bloqueiam a Ach podem produzir 
déficits de cognição, em doses tóxicas, produzem 
sintomas psicóticos. Esses efeitos podem ser 
encontrados em alguns psicotrópicos, como os 
antidepressivos tricíclicos, bem como em uma série de 
drogas não-psiquiátricas. 
• Os neurônios centrais da acetilcolina deterioram-se na 
doença de Alzheimer, embora tratar a demência com 
agonistas Ach tenha apresentado resultados variados. 
MONOAMINAS
• Estrutura comum; família de neurotransmissores:
- Catecolaminas: dopamina (DA), norepinefrina (NE) 
e epinefrina (EPI).
- Indolaminas: serotonina (5-HT).
• Corpos celulares de neurônios monoaminérgicos
estão localizados no tronco cerebral e dão origem 
aos terminais de axônios que estão distribuídos 
extensamente por todo o cérebro.
MONOAMINA - DOPAMINA
• Utilizada por vários sistemas neurais: (VEREMOS AS REGIÕES NO 
PROX. SLIDE)
- Sistema nigroestriatal: projeções da SN para o núcleo caudado e
Putâmen. 
- Sistema mesolímbico: projeções da área tegmentalventral para o
sistema límbico (núcleo accumbens, amígdala e hipocampo).
- Sistema mesocortical: projeções da área tegmental ventral para o
Córtex.
• Os receptores de dopamina são metabotrópicos:
- Receptores D1 são pós-sinápticos e D2 são pré- e pós-sinápticos.
DOPAMINA - DISTRIBUIÇÃO DE 
RECEPTORES
• O modelo mais comumente citado para explicar a 
patogenia da esquizofrenia é a hipótese da 
dopamina, segundo a qual a doença é causada 
por níveis elevados ou desregulados de 
neurotransmissão DA no cérebro. Essa hipótese 
surgiu da observação empírica de que o 
tratamento com antagonistas dos receptores DA, 
especificamente antagonistas D2, alivia vários dos 
sintomas da esquizofrenia em muitos dos 
pacientes com a doença, mas não em todos. 
MONOAMINA - NORADRENALINA
• Sintetezada a partir de dopamina no interior 
de vesículas.
• NA interage com quatro tipos de receptores 
no cérebro.
- α-adrenérgicos (subtipos 1 e 2)
- β-adrenérgicos (subtipos 1 e 2)
• Os receptores adrenérgicos são 
metabotrópicos
• NA aplicada a células individuais no cérebro 
geralmente causa inibição (ativação de 
receptores β-adrenérgicos), mas pode exercer 
efeito excitatório mediado por receptores α- ou 
β-adrenérgicos.
• Transmissão NA importante no sistema de 
“reatividade”:
- Controle do estado de vigília e alerta.
- Regulação da PA.
- Controle do humor e sistema de recompensa.
NORADRENALINA - DISTRIBUIÇÃO DE 
RECEPTORES
INDOLAMINA - SEROTONINA
• Serotonina possui origem no aminoácido Triptofano. 
• Células serotoninérgicas (5-HT - 5-hydroxytryptamine) 
estão localizadas principalmente no intestino (98%), 
com apenas 2% no cérebro.
• Corpos celulares localizados nos núcleos da rafe do 
tronco cerebral e se projetam para o córtex.
• Sistemas serotoninérgicos:
- Sistema D: tem origem no núcleo dorsal da rafe, mas 
não formam sinapses (5-HT como um neuromodulador).
- Sistema M: tem origem no núcleo mediano da rafe e 
formam sinapses.
SEROTONINA - DISTRIBUIÇÃO DE 
RECEPTORES
• Liberação da serotonina:
- 8-OHDPAT é um auto-receptor agonista que reduz a 
libertação de 5-HT.
- Sem bloqueador de liberação seletiva.
- Fenfluramina é uma droga de libertação de 5-HT.
• Eliminação da serotonina:
- Recaptação é bloqueado pela fluoxe2na (eleva 5HT)
- Degradação: MAO (monoamina oxidase) converte a 
serotonina em 5-HIAA (ácido 5 hidroxi indol acético).
• Receptores:
- Há pelo menos 9 tipos de receptores de 5-HT:
- 5-HT1: 1A, 1B, 1D, 1E e 1F (metabotrópicos).
- 5-HT2: 2A, 2B e 2C (metabotrópicos).
- 5-HT3 (ionotrópicos).
- 5-HT1B e 5-HT1D são autoreceptores pré-
sinápticos.
PEPTÍDEOS
• Compostos por 2 ou mais aminoácidos 
(conectados por ligações pepfdicas).
• São sintetizados no soma e transportados para o 
terminal axonal em vesículas.
• São liberados a partir de todas as partes do botão 
terminal.
• Após liberação são enzima2camente degradados 
(sem recaptação).
• Podem ser co-liberados com outros 
neurotransmissores. Podem atuar como 
neuromoduladores.
Fármacos - antidepressivos
• Sabe-se que os antidepressivos de primeira geração, 
tais como a tranilcipromina e a fenelzina, inibem 
irreversivelmente a MAO, e os tricíclicos, tais como a 
imipramina, amitriptilina e clomipramina, inibem a 
recaptura de NA e 5-HT, em diferentes proporções.
• As gerações seguintes de antidepressivos são 
compostas por grupos heterogêneos de drogas. Estas 
inibem seletivamente a recaptura de 5-HT (fluoxetina, 
paroxetina, sertralina), ou NA (reboxetina), ou ambas 
(venlafaxina), antagonizam receptores serotonérgicos 
(mirtazapina, nefazodona), ou inibem reversivelmente 
a isoenzima MAO-A (moclobemida).
Benzodiazepínicos
• Os benzodiazepínicos são comumente usados para o 
manejo da ansiedade e da insônia, e são utilizados 
geralmente pela via oral na forma de comprimidos.
• Os benzodiazepínicos potencializam as ações inibitórias 
do GABA, através da ligação a receptores específicos, 
localizados em um complexo molecular envolvendo o 
receptor de GABAA, o receptor de benzodiazepínico e o 
ionóforo de cloro.
• Benzodiazepínicos: Clordiazepóxido (Librium, 
Psicossedin); Diazepam (Valium); Clonazepam(Rivotril)
, Bromazepam (Lexotam), Alprazolan
(Frontal), Lorazepam (Lorax), Cloxazolan, entre outros.
Psicoestimulantes
• Os psicoestimulantes, tais como a anfetamina e a 
fencanfamina, aumentam a liberação de DA e NA.
• Os antipsicóticos antagonizam receptores 
dopaminérgicos centrais, com ação preferencial 
por receptores D2 (clorpromazina, haloperidol, 
flufenazina, olanzapina, risperidona) ou D4 
(clozapina), além de bloquearem receptores 5-
HT2A (ex. risperidona, olanzapina).
• A partir dessa aula iremos abordar mais 
especificamente os diferentes transtornos, a 
ação de diferentes psicofármacos e 
tratamento. 
Obrigado!

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