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Figuras de linguagem Figuras de palavra As figuras de palavra consistem em focar a expressividade da mensagem na troca entre as palavras; no jogo simbólico que as palavras podem, a partir da conotação, exprimir. Metáfora - é uma comparação sem os elementos comparativos. Ex.: Aquela mãe é uma leoa. Comparação - ocorre quando se estabelece uma relação de semelhança entre os termos a partir de elementos comparativos. Ex.: Aquela mãe é forte como uma leoa. Metonímia - é o emprego de um termo no lugar de outro, havendo entre eles relação de proximidade. Ex.: Estou lendo Machado de Assis. Ex.: Vamos comer um Bob’s! Catacrese - é o emprego de um termo no lugar de outro por falta de um termo específico. Ex.: Cuidado com o braço do sofá, pois está quebrado. Antonomásia/perífrase - consiste em designar um ser através de uma característica/atributo que o qualifique. Ex.: Assisti à exposição sobre o Pai da aviação (Santos Dumont). Ex.: Conheci a cidade da luz (Paris). Sinestesia - refere-se às sensações expressas nas frases. Ex.: Provei do gosto áspero de suas palavras. Figuras de pensamento São figuras que exploram os significados de cada palavra na construção da frase, fazendo com que haja uma reflexibilidade maior para o entendimento da mensagem. Antítese - é a utilização de dois termos opositivos para aumentar a expressividade da frase, não ocorrendo ilogicidade. Ex.: O corpo é grande e a alma é pequena. Ex.: O amor e o ódio caminham lado a lado. Paradoxo - construção com ideias opostas, que causam a ilogicidade da mensagem. Ex.: “Amor é fogo que arde sem se ver É ferida que dói e não se sente...” Eufemismo - é a suavização de expressões mais agressivas; é uma maneira mais nobre de se expressar. Ex.: Alguns políticos enriquecem por meios ilícitos. (roubo) Ironia - consiste em dizer o contrário do que se pretende com uma determinada mensagem; é uma forma de satirizar a informação. Ex.: Esta criança parece um anjo; ela briga com todo mundo. Hipérbole - refere-se aos exageros utilizados nas frases. Ex.: Nem que chova canivete, eu ficarei em casa! Prosopopeia/personificação - refere-se à atribuição de ações ou qualidades de seres animados a seres inanimados, ou características humanos a seres não humanos. Ex.: O sol me sorria todos os dias. Apóstrofe - é a invocação realizada nas frases. Em análise sintática, corresponde ao vocativo. Ex.: “Pai nosso, que estais no céu...” Gradação - consiste em colocar as palavras em ordem crescente ou decrescente. Ex.: Em menos de um ano passou de estagiário, a funcionário, a chefe e a tirano. Ex.: Ela berrou, gritou, falou, sussurrou, murmurou… já não havia mais nada que pudesse fazer Figuras de construção/sintaxe São construção que mexem com a sintaxe das orações para criar uma expressividade significativa nos termos. Silepse - é a concordância que se faz com o termo que não está expresso na frase, mas sim na ideia contida. Há três tipos: 1) de gênero: masculino e feminino Ex.: Vossa Excelência é corajoso demais. 2) de número: singular e plural Ex.: A turma corria por todos os lados e gritavam bastante. 3) de pessoa: primeira, segunda e terceira Ex.: Os brasileiros somos felizes. Elipse - consiste na omissão de um termo que não foi citado na frase, mas que pode ser facilmente identificado. Ex.: Vamos à praia. (nós) Zeugma - consiste na omissão de um termo que já foi utilizado na frase para evitar a repetição. Ex.: Eu gosto de teatro; ela, de cinema. (ela gosta) Assíndeto - construção sem o uso de conjunções coordenativas. Ex.: Ri, brinquei, chorei, fui feliz na infância. Polissíndeto - construção realizada com muitas conjunções coordenativas. Ex.: Ri, e brinquei, e chorei, e fui feliz na infância. Pleonasmo - consiste na repetição de um termo ou de uma ideia dentro da mesma construção. Ex.: Desce aqui para baixo, meu filho. Anáfora - é a repetição de uma palavra ou de uma expressão para reforçar o sentido da construção. Ex.: “Olha a voz que me resta Olha a veia que salta Olha a gota que falta pro desfecho da festa” Anacoluto - consiste em utilizar termos ou expressões que fiquem soltas na frase, sem estabelecerem ligação sintática. Ex.: As pessoas de hoje, parece que não dá para confiar nelas. Ex.: A Maria, parece que as coisas não lhe correm bem. Hipérbato - consiste na inversão da ordem dos termos de uma oração. Ex.: “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante” “E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos, /Brilhou no céu da Pátria nesse instante.” Figuras de harmonia/som São construções que valorizam a expressividade dos sons para atribuir uma maior reflexibilidade sobre a mensagem a partir da ideia ritmizada que podem causar. Aliteração - consiste na repetição de consoantes na frase como recurso de intensificação do ritmo. Ex.: O rato roeu a roupa do rei de Roma. Assonância - consiste na repetição de vogais idênticas de maneira ordenada. Ex.: Sou um mulato nato no sentido lato Onomatopeia - consiste na tentativa de reprodução de sons que existem na realidade. Ex.: toc-toc era o barulho produzido pelas batidas na porta.
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