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Indicadores de Saúde

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Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
 INDICADORES DE SAÚDE. 
 
O que é um indicador de saúde? É um instrumento de mensuração 
para o gerenciamento, avaliação e planejamento das ações em saúde. 
Trata-se da coleta de dados, e a partir dessas informações é possível 
pensar em questões relevantes para o planejamento e administração 
das ações em saúde. 
 Indicador de mortalidade  quantitativo do número de mortos. 
Ex: mortalidade infantil, mortalidade por problemas cardíacos. 
 Indicador de morbidade  avalia as pessoas que estão num 
grupo de doenças, mas que ainda não foram a óbito (incidência e 
prevalência). 
Como medir a saúde? A partir de dados obtidos pela vigilância 
epidemiológica. 
Por que usar indicadores de saúde? 
 Descrever a situação de saúde de grupos de indivíduos 
(população), e a partir disso, subsidiar tomadas de decisão de 
maneira correta, de acordo com aquela realidade. 
 Avaliar as mudanças ou tendências durante um período de tempo. 
 Avaliar a eficácia e impacto de um programa. 
 
No processo de coleta de dados, a gente parte de uma população, 
especificamente a população de risco. 
 
POPULAÇÃO DE RISCO 
As pessoas susceptíveis a determinadas doenças são chamadas de 
população em risco e podem ser estudadas conforme fatores 
demográficos, geográficos... 
O que é um risco? É a probabilidade de ocorrência de uma doença, 
agravo, óbito ou condição relacionada à saúde (incluindo cura, 
recuperação ou melhora), em uma população ou grupo, durante um 
determinado período. 
 Sempre colocar a população e o período 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
Fator de risco: Componentes que podem levar à doença ou contribuir 
para o risco de adoecimento. Ex: o hábito de fumar é um fator de risco 
para câncer de pulmão. 
 Atributos de um grupo da população que apresenta maior 
incidência de uma doença ou agravo à saúde em comparação 
com outros grupos que não o tenha ou com menor exposição a tal 
característica. 
Fator de proteção: Componentes que ajudam a prevenir a ocorrência 
de problemas de saúde. Ex: exercícios físicos. 
 
Para estudar mortalidade, utiliza-se coeficientes e proporções 
 
MEDIDAS E INDICADORES EM SAÚDE COLETIVA 
 Coeficiente ou taxa  é a relação entre o número de eventos 
reais e os que poderiam acontecer. É a única medida que informa 
o “risco” de ocorrência de um evento; 
 
Ex: Qual o risco da população de idosos morrer? 
 
Coeficiente de mortalidade geral: 
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑖𝑠𝑐𝑜
 𝑥 10𝑛 
 
 Índice ou proporção  é a relação entre frequências atribuídas 
de determinado evento, sendo que no numerador é registrada a 
frequência absoluta do evento que constitui subconjunto daquele 
contido no denominador que é de caráter mais abrangente. 
 
Ex: Dentre o total de mortes, quantas foram de idosos? 
 
Mortalidade proporcional: 
Ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑖𝑑𝑜𝑠𝑜𝑠
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠
 𝑥 100 
 
 Nesse caso sempre multiplica por 100, porque é proporção, 
você está trabalhando com percentual 
 
Obs. Em epidemiologia, “infantil” são pessoas abaixo de 1 ano 
 
 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
COEFICIENTE/TAXA ÍNDICE/PROPORÇÃO 
O número de casos relacionados 
com o tamanho da população da 
qual procedem. 
 
Numerador: Nº de casos detectados 
Denominador: População exposta 
 
Ex: O Coeficiente anual de incidência 
da tuberculose no município de 
Mundo Novo, para o ano de 2005, é de 
cinco casos para cada mil habitantes. 
 
É possível medir o risco? Sim, 
porque avalia o risco de ter 
tuberculose naquele período. 
Casos incluídos no numerador são 
também incluídos no denominador. 
 
Distribuição proporcional de casos 
 
Ex: Índice de mortalidade 
proporcional – do total de óbitos na 
cidade de Feira de Santana, no ano de 
2005, 9,5% ocorreram em menores 
de 1 ano. 
 
Dentre o total de mortes, 9,5% foram 
mortes em crianças menores de um 
ano. 
 
 MEDIDAS DE MORTALIDADE. 
Sempre estarei avaliando indivíduos que morreram em um 
determinado período, além disso, avalia-se a gravidade da doença. 
 Conjunto de indivíduos que morreram em um intervalo de tempo; 
 Exprime a gravidade de uma situação; 
 Avalia as condições de saúde da população (fonte de informação) 
– referir PESSOA, TEMPO, LUGAR; 
 Evento bem mais definido (registro obrigatório) – quando 
alguém morre você tem que registrar a causa  quem identifica 
a causa é o médico. 
O que as medidas de mortalidade podem indicar? 
 Quem, como e quando o óbito ocorreu; 
 Severidade da doença; 
 Diferenças no risco de morte por uma doença; 
 Efetividade de tratamento e outras intervenções; 
Beleza, mas o que essa descrição permite? 
 Identificar grupos mais atingidos por certos agravos; 
 Definir problemas prioritários; 
 Orientar alocação de recursos 
 Acompanhar a evolução do nível de saúde; 
Mortalidade  refere-se a óbitos na população; 
 Coeficientes (ou taxas) de mortalidade; 
 Índices – Mortalidade Proporcional; 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE GERAL (CMG): 
CMG = 
𝑁º 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑎𝑛𝑜,𝑛𝑢𝑚 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙
𝑁º 𝑑𝑒 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑛𝑜 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
𝑥10𝑛 
(Número total de óbitos em um ano, num determinado local, dividido 
pelo número de habitantes no mesmo período) x 10n 
Exemplo 1: Em 2010 ocorreram 1.034.418 óbitos no Brasil. Sabendo 
que a população do Brasil nesse ano era de 190.755.799 habitantes, 
calcule o coeficiente de mortalidade geral. 
-Óbitos no BR em 2010: 1.034.418 óbitos 
-População do BR em 2010: 190.755.799 hab 
 
 
 
CMG = 54,22/104 hab 
 
Taxa de mortalidade por 1000, no município de BH, no período de 
1996 a 1998: 
ANO TOTAL DE ÓBITOS POPULAÇÃO 
1996 12.370 2.084.100 
1997 12.922 2.106.819 
1998 13.532 2.091.371 
 
1996  CMG = 5,9/103 
 
 
1997  CMG = 6,1/103 
 
 
1998  CMG = 6,4/103 
 
 
 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL 
 Coeficiente de mortalidade infantil mede o número de mortes de 
crianças até 1 ano de idade, fazendo referência ao local e ao 
período. 
 Mede o nível de saúde e de desenvolvimento social de uma 
determinada região – sensível a mudanças socioeconômicas e a 
intervenções na saúde; 
 É o número de óbitos de crianças nascidas vidas e falecidas antes 
de completar um ano de vida  mede o risco de nascer vivo e 
morrer; 
 O natimorto você também quantifica no numerador; 
 
CMI = 
𝑁º 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 <1 𝑎𝑛𝑜 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙
𝑁𝑎𝑠𝑐𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑒 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
𝑥10𝑛 
 
Ainda existem duas variantes do cálculo de coeficiente de 
mortalidade infantil neonatal e pós-natal: 
 
1- Coeficiente de mortalidade infantil neonatal: 
CMI Neonatal = 
𝑁º 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 < 28 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙
𝑁𝑎𝑠𝑐𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑒 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
𝑥10𝑛 
 São os óbitos que ocorreram até 28 dias após o parto. 
 Avalia as condições de pré-natal e parto e a qualidade dos 
serviços de saúde  até 28 dias, a mortalidade infantil está 
diretamente relacionada com a qualidade da assistência que a 
mãe recebeu. 
 
2- Coeficiente de mortalidade infantil pós-neonatal: 
 CMI Pós-neonatal = 
𝑁º 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 28 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑒 1 𝑎𝑛𝑜 𝑒𝑚 𝑢𝑚 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙
𝑁𝑎𝑠𝑐𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑒 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
𝑥10𝑛 
 São os óbitos que ocorreram entre 28 dias e 1ano após o parto. 
 Avalia as condições de vida. 
 Causas ligadas ao ambiente social – infecções e problemas 
nutricionais. Após 28 dias, a mortalidade infantil se relaciona 
diretamente com os cuidados que a criança está recebendo dos 
seus cuidadores. 
 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
Ex: Taxa de mortalidade infantil (por 1000 nascidos vivos), segundo 
faixa etária. Bahia, 2000-2008. 
 
Em 2008  a maior quantidade de óbitos é neonatal, quando a criança vai 
a óbito logo nos primeiros dias, é preciso se preocupar com a qualidade 
da assistência em saúde. 
 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE MATERNA 
 A referência de risco é a quantidade de nascidos vivos, porque o 
que se avalia aqui são os óbitos das mulheres relacionados à 
gestação, parto e puerpério. O valor mais próximo da realidade 
é o número de nascidos vivos, porque nem toda mulher 
engravida. E os nascidos vivos precisaram sair de dentro de uma 
mulher gestante né? Aí por isso você usa o número de nascidos 
vivos, é o mais próximo que se tem da realidade. 
 Refere-se ao risco de morte materna em decorrência de causas 
associadas a complicações durante a gestação, parto e puerpério; 
 Altas taxas de mortalidade materna refletem o baixo nível das 
condições de saúde da mulher e deficiência na atenção à saúde; 
CMM = 
𝑁º 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑙𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠 à 𝑔𝑒𝑠𝑡𝑎çã𝑜
𝑝𝑎𝑟𝑡𝑜 𝑒 𝑝𝑢𝑒𝑟𝑝é𝑟𝑖𝑜 𝑒𝑚 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑒 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
𝑁𝑎𝑠𝑐𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑒 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
𝑥 10𝑛 
Como não é registrado o número de gestantes, usa-se o número 
de nascidos vivos no denomidador. 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
COEFICIENTE DE MORTALIDADE ESPECÍFICA 
CMc = 
𝑁º 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑐𝑎𝑢𝑠𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎 𝑛𝑜 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜
𝑥 10𝑛 
 
 Primeiro você determina a causa específica que vai avaliar, o 
período e a população exposta. 
 Mortalidade por causas; 
 
Ex: Taxa de mortalidade por 100.000 hab, segundo principais grupos de 
causa e sexo. Bahia, 2000-2009. 
 
 A principal causa de morte em mulheres era decorrente de 
problemas do aparelho circulatório 
 Os homens estavam morrendo mais devido a causas externas 
(violência, acidentes de trânsito...) 
 
 
 
 
 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
MORTALIDADE PROPORCIONAL (MP) 
 Avalia-se o percentual de óbitos, por causas ou por grupos. Como 
trabalha-se com percentual, sempre multiplico por 100. 
Ex: 
MP = 
𝑁º 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑟𝑖𝑎𝑛ç𝑎𝑠 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 1 𝑎𝑛𝑜 𝑒𝑚 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑋 𝑒 𝑎𝑛𝑜 𝑌
Ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑜 𝑙𝑜𝑐𝑎𝑙 𝑋 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑌
𝑥 100 
 
No coeficiente você avalia o risco de menores de 1 ano morrerem, aqui 
é diferente, a pergunta que se faz é: 
“Das pessoas que foram a óbito, quantas eram menores de um ano?” 
 
Curva de mortalidade proporcional por idades, em diferentes 
situações de saúde: 
 
Quanto maior a mortalidade infantil, piores as condições de vida e 
de saúde: 
 I e II  Em países com nível de saúde muito baixo ou baixo, 
grande parte das pessoas poderá morrer antes de chegar aos 50 
anos de vida 
 III e IV  em países com melhores níveis de saúde, a maioria da 
população morre com mais de 50 anos 
 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
Pensando nos indicadores de mortalidade, e o quanto conseguimos 
avaliar com esses indicadores, existe um indicador importante que 
é o indicador de Swaroop-Uemura, que avalia a mortalidade de 
pessoas acima de 50 anos. 
 
INDICADOR DE SWAROOP E UEMURA ou RAZÃO DE 
MORTALIDADE PROPORCIONAL (RMP) 
Proporção de óbitos de pessoas de 50 anos ou mais, em relação ao total 
de óbitos; 
RMP = 
𝑁º 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙 𝑜𝑢 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 𝑎 50 𝑎𝑛𝑜𝑠
𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠
𝑥 100 
A partir disso, avalia-se o nível de saúde: quanto maior o indicador de 
Swaroop, melhor o nível de saúde, porque significa que as pessoas mais 
velhas estão morrendo, em proporção com as crianças. 
Indicador de Swaroop e Uemura: 
 1º nível (elevado): RMP > 75%; 
 2º nível (regular): RMP entre 50% e 74%; 
 3º nível (baixo): RMP entre 25% e 49%; 
 4º nível (muito baixo): RMP < 25%; 
 
TAXA DE LETALIDADE 
Coeficiente de letalidade: Avalia o quanto uma doença é letal, ou seja, 
o quanto ela leva ao óbito. 
TL = 
𝑁º 𝑑𝑒 ó𝑏𝑖𝑡𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑒𝑡𝑒𝑟𝑚𝑖𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎/𝑎𝑔𝑟𝑎𝑣𝑜
𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑎𝑐𝑜𝑚𝑒𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑎 𝑑𝑜𝑒𝑛ç𝑎/𝑎𝑔𝑟𝑎𝑣𝑜
𝑥 10𝑛 
 
OUTROS INDICADORES DE MORTALIDADE: 
 Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP): É o número de anos 
de vida que foram perdidos em uma dada população, tendo em 
vista a expectativa de vida e a mortalidade observada em relação 
à idade (Resumindo essa bagaça aqui: Com alguma doença nós 
perdemos dias de vida, apesar de estarmos vivendo). 
 Esperança de Vida (ou Vida Média): É o número de anos que 
ainda restam para serem vividos pelos indivíduos que 
sobrevivem até a idade considerada. 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
Ex: Em um estudo realizado na cidade X, buscando construir alguns 
indicadores de saúde, obteve-se para o ano de 2008 uma população 
total de 523.142 habitantes (276.411 mulheres e 246.731 homens) e 
que o número de nascidos vivos foi de 11.100. O total de óbitos no 
município foi de 3200, o total de óbitos entre crianças menores de 1 
ano foi de 250 casos. Dentre os 3200 óbitos, 2100 foram entre os 
homens. 2000 óbitos ocorreram em maiores de 50 anos. Com esses 
dados, calcule e comente as características mais importantes dos 
seguintes indicadores de saúde: 
1. Coeficiente de Mortalidade Infantil na cidade X no ano de 2008: 
 
 
 
 
CMI = 2,5/10² 
 
2. Coeficiente de Mortalidade Geral na cidade X no ano de 2008: 
 
 
 
 
CMG = 6,11/10³ 
 
3. Qual a Mortalidade Proporcional entre as mulheres? 
 
 
 
 
MP = 34% 
 
4. Qual o índice de Swaroop e Uemura? 
 
 
 
 
RMP = 62,5% 
 
 
 
 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
 INDICADORES DE MORBIDADE. 
Avalia-se do que as pessoas estão adoecendo, o que agrava as doenças, 
que doenças são essas? 
Refere-se ao conjunto dos indivíduos que adquirem doenças num dado 
intervalo de tempo. 
Define-se a morbidade como o comportamento das doenças e dos 
agravos à saúde em uma população. 
 Incidência: reflete a dinâmica com que os casos aparecem no 
grupo (quantos entre os sadios se tornam doentes) – força e 
intensidade da doença  aqui precisa de período; 
 Prevalência: É uma medida estática, informa o número de casos 
existentes (avaliar hoje quem é doente). É a proporção da 
população que apresenta determinada doença – Magnitude da 
doença  aqui não precisa de período; 
 
Por que estudar indicadores de morbidade? 
 Saber como as epidemias vêm evoluindo 
 Saber se as atividades de prevenção vêm surtindo os efeitos 
esperados 
 Saber se os tratamentos disponíveis aumentam a sobrevida de 
doentes 
 Saber se as políticas de saúde têm sido adequadas para controlar 
os agravos 
Nesse sentido, a epidemiologia tem contribuído de forma 
consistente para obtenção das respostas para essas indagações. 
 
Entre estudo de incidência e prevalência, qual dos dois escolher? 
Depende da situação em foco. Depende do tempo que você tem 
disponível. Depende do aporte financeiro... 
 Os eventos de evolução aguda são, em geral, indicados por meio 
da incidência. 
 O evento de evolução crônica é mais facilmenteobtido através de 
prevalência. 
Prevalência mede quantas pessoas estão doentes, incidência mede 
quantas pessoas tornaram-se doentes 
Endemia: já é esperada na região 
Epidemia: número de casos 
acima do esperado 
Pandemia: epidemia numa área 
geográfica maior 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
INCIDÊNCIA 
 O pesquisador acompanha a população estudada durante um 
período, e aí avalia as pessoas que desenvolveram ou não a 
doença (Ex: estudo de coorte). 
 Denota a intensidade com que acontece uma doença numa 
população e mede a frequência ou probabilidade de ocorrência 
de casos novos dessa doença na população. 
I = 
𝑁º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑖𝑠𝑡𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑎𝑔𝑟𝑎𝑣𝑜 à 𝑠𝑎ú𝑑𝑒
𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎𝑠 𝑛𝑎 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜
𝑥 10𝑛 
Ex: No ano de 2005, foram confirmados 57 casos de dengue no município 
X, mediante exame sorológico. Sabendo que a população neste ano foi de 
36.400 habitantes, qual foi a incidência de dengue na cidade? 
 
I = 15,6/104 
 
PREVALÊNCIA 
 O pesquisador faz somente uma coleta de dados, em apenas um 
momento (ex: estudo transversal). 
 É a frequência de casos existentes de uma determinada doença, 
em determinada população, em um dado momento. 
 Fração entre o número de casos novos e antigos e a população 
exposta à ocorrência do evento: 
P = 
𝑁º 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑛𝑜𝑣𝑜𝑠 𝑒 𝑎𝑛𝑡𝑖𝑔𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑎𝑔𝑟𝑎𝑣𝑜 à 𝑠𝑎ú𝑑𝑒
𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑒𝑥𝑝𝑜𝑠𝑡𝑎𝑠 𝑛𝑎 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜
𝑥 10𝑛 
Ex: Em 01/10/2013 existiam 180 casos de Hérnia de Disco em tratamento 
em um município X. Ao longo desse ano (no final do ano) foram notificados 
30 casos novos de hérnia de disco, e 45 obtiveram alta por cura. 
Admitindo-se uma população do município em 2013 de 96.000 habitantes, 
calcule: 
A) Prevalência de hérnia de disco no início e no final de 2013: 
Pi = 1,8/103 
Pf = 1,7/103 (Tira os 45) 
 
B) Incidência de hérnia de disco em 2013 nesse município: 
I = 30/96000 = 3,12/103 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
A incidência não sofre influência da cura 
A prevalência é influenciada pela cura e por outros fatores 
 
FATORES QUE AUMENTAM A 
PREVALÊNCIA 
FATORES QUE DIMINUEM A 
PREVALÊNCIA 
-Migração de doentes 
-Melhora do tratamento, sem 
levar à cura 
-Melhora no diagnóstico 
-Aumento da incidência 
-Migração de pessoas sadias 
-Cura 
-Morte 
-Diminuição da incidência

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