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Objetivo: • Compreender o que são os indicadores de saúde • Compreender como eles são utilizados • Utilizar os principais indicadores de saúde • Indicadores de mortalidade dão ideia de higidez da população • Causas Externas: 3ª- causa de mortalidade; • Homens tem mais anos potenciais de vida perdidos • Causas externas: violência, acidente de trânsito, suicídio Sistemas de Informação • Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) o Ao construir um dado de mortalidade/ morbidade, naquele ano, coleta-se dado de população no meio do ano (junho/ julho) para construir indicadores o Mortalidade específica por causa: ex – causa externa – suicídio • Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC) o Muito utilizado com o indicador de mortalidade infantil • Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN) o Base da vigilância epidemiológica o Doenças de Notificação Compulsória • Sistema de Informação Hospitalar (SIH-SUS) • Sistema de Informação Ambulatorial (SIA-SUS) • Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) o Indicadores de rotina • OBS.: Conforme países se desenvolvem (economia/ questão social), outros indicadores não tanto quantitativos e mais qualitativos são construídos • Mortalidade – indicador muito quantitativo Medidas • Dados são números absolutos; a interpretação/ estatística geram informações, e a partir dai geram os indicadores • Indicadores revelam características de saúde da população • A morte fala muito sobre a saúde • Reflete o fenômeno de interesse e auxilia no seu entendimento • A partir dos indicadores de saúde, estabelece-se as prioridades da equipe de saúde = melhor gestão possível dentro da saúde e vice versa; • Indicador de saúde: revela as características de saúde de uma população • Propriedades de uma equipe de saúde e gestão em saúde Indicadores de Saúde • Diagnóstico das condições de vida da população • Avaliação • Planejamento de ações • Ex: dentro da pediatria: obesidade X desnutrição: duas agendas abertas: faz-se diagnostico situacional desses indicadores, visualiza condições de vida da população e planeja-se ações • 1000 dias do bebê: consiste no período gestacional e 2 anos seguintes; todo trabalho desenvolvido nesse período envolve mudança de hábito, parte nutricional; ➢ Conceitos: • Medidas (ocorrência de eventos, óbitos, casos de doença, exposição, fatores de risco, serviços) que procuram demonstrar o efeito de determinantes de natureza variada (sociais, econômicos, ambientais, biológicos) sobre o estado de saúde de uma determinada população • Medida, em geral quantitativa, usada para subsidiar, quantificar ou operacionalizar um conceito • Indicadores de insumo/ serviço – importantes para prestar assistência a população • Incidência/ prevalência • Óbito – medida incidente Medidas de ocorrência dos eventos • Valores correspondentes as medidas de frequência absoluta e relativa expressas por coeficientes e taxas ou proporções • Medidas de tendência central (média, mediana e moda) • Medidas de variabilidade (variância, desvio-padrão, erro- padrão) que sintetizam características das distribuições também podem ser empregadas • IC – intervalo de confiança; normalmente 95% • Quanto maior o intervalo de confiança, menor a precisão do indicador; quanto menor o intervalo de confiança, maior a precisão do indicador Indicadores de Saúde • Indicadores apontam as direções • A partir do indicador, constrói-se ferramentas com base em estudos e busca-se ativamente pacientes acometidos • Percentual de gestantes: 1000 dias do bebê; programa de pré natal e atendimento; período que paciente está muito susceptível mudança de hábitos (alimentação/ cuidado/ higiene) – qualidade de vida maior; cobertura de atenção a saúde a gestante é 100% • Diabéticos/ hipertensos (doenças crônicas): trabalha-se com indicadores de prevalência • Anos potenciais de vida perdidos/ expectativa de vida: relacionados a doenças crônicas e causas externas • Expectativa de vida se baseia naqueles dados específicos daquele ano • Anos potenciais de vida perdidos: construído em cima da expectativa de vida daquele referido ano daquela população o Ex: pessoa de 30 anos morre por causa externa – avalia expectativa de vida da geração de 30 anos e avalia quantos anos potenciais foram perdidos o Dado importante de qualidade de vida e mudança – ações políticas – como setembro amarelo – suicídio • Cobertura vacinal: meta de 100% • Prevalência e incidência de dengue: caráter epidêmico (trabalha-se mais com incidência) Indicadores de Saúde (MEDIDAS SÍNTESE) ❖ Utilização • Diagnóstico da situação atual de saúde – diário/ semanal/ anual • Monitoramento da situação atual de saúde – comparação das médias entre meses por ex • Subsídios ao planejamento de intervenções • Avaliação de impacto (adequação) de intervenções – depende dos indicadores e conhecimento do gestor de saúde o A meta é 100%, mas a partir da média anterior calcula-se desvio padrão para calcular limite superior/ inferior – é necessário estar dentro do limite inferior das metas; abaixo do limite inferior de atendimento/ cobertura = é preciso avaliar o impacto e adequar intervenções • Comparação de grupos e populações • Estimativa de riscos, probabilidades (prever situações futuras) • Refletir as condições sanitárias • Vigilância das condições de saúde • Todos os recém nascidos precisam passar por avaliação nos primeiros 30 dias de vida e depois faz retornos de rotina de manutenção • Quando se tem dúvidas quanto a algum dado de uma população, ou o dado está em aberto – recorre-se ao IBGE; • É possível compreender dados de saúde em cima dos demográficos Indicadores de Morbidade • Registros de rotina: consiste no registro rotineiro de situações e procedimentos de saúde, como, por exemplo, dados de internamento de um paciente: o Nome, idade e gênero o Local de procedência e local de residência o Causa do internamento o Sinais e sintomas o Tratamento e evolução do caso o Procedimentos realizados o Cura • Indicadores socioeconômicos complementam informação/ trabalho de pesquisa • Concurso público: gestor constrói indicadores, e a partir deles sabe-se quantas vagas abrem para cada profissional • Percentual de gestantes: é indicador de processo também; • Diante do resultado avalia-se o que funcionou ou não ❖ Critérios de seleção dos indicadores • Sensibilidade (detectar o fenômeno) – objetivo de detectar os casos positivos; aumento da sensibilidade = aumento dos falsos positivos • Especificidade (detectar somente o fenômeno) – confirmação do fenômeno, excluindo falsos positivos • Validade (capacidade de medir o que se pretende) – validade interna/ externa – trabalha com amostras que represente população em geral; indicador precisa medir de faro o que ocorre com a população em geral mesmo que se use uma amostra • Confiabilidade (reproduzir os resultados) – é necessário confiar na validade para poder reproduzir os resultados e comparar em outros locais; • Mensurabilidade (dados disponíveis) – uso de indicadores de mortalidade/ morbidade, com base nos sistemas de informação (SIM, SINASC, SINAN, SIH-SUS, SIA-SUS, SIAB) • Relevância • Custo efetividade – se para construir um indicador gasta-se muito e não há retorno com ações/ controle de doença, não se aplica • Simplicidade de cálculo – para o profissional desenvolvendo (gestor) • Simplicidade de interpretação ❖ Números absolutos • Gerenciamento em serviços de saúde; • Estimativas de leitos e medicamentos - insumos ❖ Números relativos (coeficientes/ proporções) • Populações maiores • Mais específicos • Comparação – em relação a temporalidade/ espaços geográficos • Coeficientes:• É a relação entre o número de eventos reais e os que poderiam acontecer – trabalha com estimativas de risco e probabilidade • Sai da epidemiologia descritiva, e a partir dos coeficientes, baseados nas medidas de ocorrência, frequência e incidência, constrói indicadores de mortalidade/ morbidade/ expectativa de vida, onde: o Eventos reais – numerador o População potencialmente atingida (prevalência) ou exposta ao risco (incidência) – denominador • Razão simples: • Indicador epidemiológico: casos hipertensos sexo masculino/ casos de hipertensos sexo feminino • Indicador de produtividade: visitas domiciliares realizadas no mês/ números de agentes comunitários efetivos no mês o Meta das visitas dos agentes comunitários é de 100% - visitas feitas 1 vez ao mês o Número abaixo do esperado: gestor vai atrás da causa; o Indicador de rotina; gestor faz dentro da sua própria equipe o rastreio para gerir o que ta acontecendo e sanar o problema • Taxas • Indicadores de mortalidade: risco de morrer, indica gravidade de uma doença • Queda dos óbitos infantis (mortalidade infantil) • Redução relativa de óbitos por doenças infecciosas • Aumento por mortes por doenças crônicas • Mortalidade por causas: o Doenças do aparelho circulatório o Neoplasias o Causas externas (3º lugar) o Doenças do aparelho respiratório • Por que a população masculina e jovens estão submetidos a mais riscos? Causas externas (violência/ homicídio; acidente de trânsito; suicídio), doenças (hábitos) • Mortalidade masculina acentuada entre jovens: diminui expectativa de vida de um país e aumenta anos potenciais de vida perdidos – indicadores de qualidade vida da população • Expectativa de vida dos homens é 4 anos a menos que o das mulheres • Política pública específica para os homens: novembro azul – voltado para saúde do homem; unidade prolonga o horário para que homens saiam do trabalho e vão até lá; é em novembro por conta do outubro rosa das mulheres; para que mulheres atuem como divulgadoras, incentivando os homens a irem Coeficientes ❖ Indicador de mortalidade • Coeficiente de mortalidade geral ou específica por causa • Número de óbitos em período e local definido / número total da população mesmo período e local X 1000 • Obs.: usamos como parâmetro de mortalidade o ano do estudo, com população referida do meio do ano; comparações são feitas em relação a tempo/ locais (geográficas); se mudança for feita no parâmetro, deve ser descrito e justificado • Constante pode variar • Mede risco de morte por todas as causas em uma população/local/período o Quando é mortalidade específica: mede risco de morte por causa específica • Avalia estado sanitário • Avalia estado geral de saúde • Proporção de pessoas idosas elevada • Indicador de mortalidade proporcional: se for proporcional – numerador tem que estar dentro do denominador – número de óbitos específicos por uma causa dentre todos os óbitos ocorridos na população • Coeficiente de mortalidade específico por causa é diferente de mortalidade proporcional por causa • Coeficiente de mortalidade específico: denominador é a população; mortalidade proporcional específica por causa – denominador é numero total de óbitos Indicador de natalidade • Coeficiente de natalidade • Número de nascidos vivos em período e local definido/ número total da população mesmo período e local X 1000 Indicador de mortalidade (números relativos – taxas) Coeficiente de mortalidade infantil • Número de óbitos em crianças < 1 ano/ número de nascidos vivos X 1000 • Dado do SINASC: numero de nascidos vivos • Aqueles que nascem mas não foram considerados vivos no nascimento – não contabilizam como nascidos vivos • Classificação: o Alta = 50 por 1000 nascidos vivos o Média = 20 a 49 por 1000 nascidos vivos o Baixa = menos de 20 por 1000 nascidos vivos • Afecções perinatais e malformação congênita – principais causas dos óbitos • Atualmente o indicador do Brasil é baixo • Mede risco de morte para crianças menores de um ano num local/ período • Subnotificação – de nascidos vivos/ mortalidade infantil • Avalia condições de vida e saúde de uma população – se uma população tem mortalidade infantil muito alta, pode interferir nos indicadores de qualidade de vida (expectativa de vida/ anos potenciais de vida perdidos) • Mortalidade infantil: do nascimento até 1 ano de idade • Neonatal – nascimento até 27º dia de vida • Dentro do neonatal há precoce e tardio • Perinatal: 22ª- semana até 7º- dia: engloba mortalidade neonatal precoce Coeficientes – mortalidade infantil • Neonatal precoce: 0 (nascimento) a 6º- dia completo • Neonatal tardia: entre 7º e 27º- dia completo • Infantil tardia ou pós neonatal: 28º até 364 dias completos • Perinatal: número de natimortos + neonatal precoce (22 semanas completas de gestação), denominador = nascidos vivos + nascidos mortos • Natimortalidade: natimortos/ nascidos vivos + nascidos mortos Indicador de mortalidade (números relativos - taxas) Razão de mortalidade materna • Número de óbitos maternos até 42 dias após o parto/ número de nascidos vivos x 100000 • Morte materna – até 42 dias • Mortes obstétricas diretas – 70/80% • Mortes obstétricas indiretas – 20/30% • Morte materna tardia – de 42 dias a 364 • Mede risco de morte por causas ligadas a gestação, parto e puerpério • Indica falha pré natal • Falha na qualidade de assistência • 1000 dias englobam esses indicadores Indicadores de mortalidade • É uma proporção que mede o poder da doença em determinar a morte • Informa sobre a qualidade da assistência médica prestada ao doente • Numerador dentro do denominador • Expressa em porcentagem ➢ Índice de Swaroop e Uemura • Razão de mortalidade proporcional • Mede a proporção de óbitos de pessoas com 50 anos ou mais em relação ao total de óbitos em um dado local e período. • Quanto mais elevado este índice, melhores as condições de saúde e socioeconômicas da região. • Países desenvolvidos índice de 80 a 90% • Países subdesenvolvidos índice de até 50% • Níveis: o Primeiro nível >75% o Segundo nível de 50 a 74% o Terceiro nível 25 a 49% o Quarto nível < 25% • Brasil (2018) = 76,45% média no país • Região Sul = 80,64% • Região Nordeste = 71,9% • Países com 4º- nível – condições socioeconômicas extremamente desfavoráveis Curva de Nelson Moraes • Esta curva é uma representação gráfica da mortalidade proporcional por idade. • Grupos etários • A Curva de Nelson Moraes pode assumir a forma de N invertido, L (ou J invertido), V (ou U) e J. Estas formas correspondem, respectivamente a condições de vida e saúde Muito baixas, Baixas, Regulares ou Elevadas. • Denominador na mortalidade proporcional: usa número de mortes • Mortalidade proporcional segundo as seguintes faixas etárias • Menor 1 ano • 1 a 4 anos • 5- 19 anos • 20-49 anos • Maior que 50 anos – índice de Swaroop Uemura • Curva Tipo I - Nível de Saúde muito baixo – predominam mortes em adultos jovens (população economicamente ativa; até 49 anos) o Não tem envelhecimento da população • Curva Tipo II – Nível de Saúde Baixo - predominam óbitos infantis e em pré-escolares. • Curva Tipo III – Nível de Saúde Regular – Elevação mortalidade acima de 50 anos e mortalidade infantil alta. o Transição demográfica e epidemiológica – predominância de doenças crônicas/ degenerativas • Curva Tipo IV – Nível de Saúde Elevada – Mortalidade acima de 50 anos o Sanados as questões de mortalidade infantil; o Qualidade de vida evidente; o População envelhece com qualidade de vida • Brasil: transição do tipo 3 para tipo 4 Indicadores relacionados a demografia • Taxa de fecundidade total o Nº médio de filhos nascidos vivos tidospor uma mulher ao final do seu período reprodutivo (15 a 49 anos), na população num espaço geográfico • Taxa específica de fecundidade o Nº médio de filhos nascidos vivos tidos por uma mulher por faixa etária, na população num espaço geográfico o Não usa todas as mulheres no período reprodutivo o Importante nos indicadores de planejamento familiar, gravidez na adolescência... • Principal determinante da transição demográfica • Natalidade está menor que a mortalidade em vários países desenvolvidos • Natalidade que não repõe população = população envelhecida – força de trabalho diminui • O que determina transição demográfica? Níveis de fecundidade, que influenciam na natalidade • O que diminui taxa de fecundidade total: mulheres foram para o mercado de trabalho; • Países não passam pela transição demográfica ao mesmo tempo; • Nenhum país está no nível 1 de transição demográfica: natalidade e mortalidade muito elevados • Proporção de idosos na população o Percentual acima de 60 anos na população naquele espaço geográfico, naquele ano. o Obs.: população idosa depende do país: alguns 60, e outros 65 o Redução da natalidade e fecundidade (e da mortalidade obviamente) = aumento da proporção de idosos o Simplesmente reduzir mortalidade não significa que população envelheceu – se ainda nasce muita gente, ao fazer a proporção de idosos não necessariamente há mais idosos o Mulheres – maior mortalidade entre os homens jovens por causas externas • Índice de envelhecimento: o Razão entre os componentes etários extremos, representando os idosos e os jovens. o População de 60 anos e mais idade/População com menos de 15 anos X 100 o Aumento do índice de envelhecimento quando população com menos de 15 diminui Esperança de vida ao nascer • Número médio de anos de vida esperados para um recém-nascido, mantido o padrão de mortalidade existente, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano em questão. • Pré-história: 18 Anos • Roma: 20 - 30 Anos • São Paulo, 1890: 44 Anos • São Paulo, 1990: 68 Anos • São Paulo, 2013: 74 Anos • São Paulo, 2019: 76 Anos • Mudanças em relação a tecnologia, educação, comportamento, que fizeram grande diferença de expectativa de vida ao nascer Anos potenciais de vida perdido • Expressa o efeito das mortes ocorridas precocemente em relação à duração de vida esperada para uma determinada população • Soma total de óbitos em cada grupo etário ou idade específica, que é multiplicado pelos anos remanescentes de vida até determinada idade-limite (esperança de vida ao nascer) • Expectativa de vida é avaliada naquele ano específico; em 10/15 anos não tem tanta diferença; mas ao colocar idade específica, naquele ano específico – expectativa de vida daquele grupo populacional – ver indicador de anos potenciais de vida perdido nesse grupo • Homens tem indicadores de anos potenciais de vida perdido maiores
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