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Prefeitura Municipal de Boa Vista/RR Assistente Técnico – Assistente de Administração Língua Portuguesa Leitura e compreensão de textos variados. .................................................................................................................... 1 Modos de organização do discurso: descritivo, narrativo, argumentativo. .............................................................. 4 Coerência e progressão temática. Coesão: referência, substituição, elipse. ............................................................. 4 Uso dos conectivos: classificação e relações de sentido. Relação entre as partes do texto: causa, consequência, comparação, conclusão, exemplificação, generalização, particularização. ............................................................... 8 Classes de palavras: emprego, flexões e classificações das classes gramaticais. Verbos: pessoa, número, tempo e modo. .................................................................................................................................................................................. 9 Vozes verbais. .................................................................................................................................................................... 30 Acentuação gráfica. ......................................................................................................................................................... 32 Pontuação: regras e efeitos de sentido. ........................................................................................................................ 34 A ocorrência da crase. ...................................................................................................................................................... 36 Concordância verbal e nominal. ..................................................................................................................................... 38 Administração Pública Administração Publica: 1 Órgãos da administração publica direta e indireta. ......................................................... 1 2 Lei de Responsabilidade Fiscal. .................................................................................................................................. 10 3 Finanças publicas. ......................................................................................................................................................... 25 4 Orçamento público: orçamento anual, plano plurianual e diretrizes orçamentárias. ....................................... 35 5 Licitações e Contratos (Lei 8.666/1993 e Lei 10.520/2002). ................................................................................ 46 Legislação Municipal Lei nº 712/03- Dispõe Sobre a Estrutura de Cargos, Carreiras e Remuneração dos Servidores do Quadro de Provimento Efetivo da Prefeitura de Boa Vista – RR. Lei nº 775/05-“Altera Dispositivos da Lei nº. 712, de 15.12.2003, e dá outras providências. .............................................................................................................................. 1 Lei Complementar n°003, de 02 de Janeiro de 2012, Dispõe Sobre o Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Município de Boa Vista. Lei Complementar nº 007, de 02 de fevereiro de 2015. Altera a Lei Complementar nº 003 de 02 de Janeiro de 2012, Regime Jurídico dos Servidores Públicos do Município de Boa Vista e dá outras providências. ......................................................................................................................................................... 36 Lei nº 1.611, de 02 de fevereiro de 2015 - Institui Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) Direcionado aos Servidores da Prefeitura Municipal de Boa Vista, da FETEC, da EMHUR, e dá outras providências. ...................................................................................................................................................................... 54 Atualidades Conhecimentos de assuntos atuais e relevantes nas áreas da política, economia, transporte, sociedade, meio ambiente, educação, saúde, ciência, tecnologia, desenvolvimento sustentável, segurança pública, energia, relações internacionais, suas inter-relações e vinculações históricas ........................................................................ 1 Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2758882 - Apostila Licenciada para aguidaeloy@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Noções de Informática Conceitos básicos da arquitetura e organização de computadores. Hardware. Componentes e funções. ............ 1 Conceitos, modos de utilização e uso dos recursos de aplicativos para edição de textos e planilhas: ambiente Microsoft Office 2010/2013/2016BR. .......................................................................................................................... 10 Sistemas operacionais: Windows XP/7/8/8.1/10BR. ............................................................................................... 37 Conceitos e características, organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas, uso dos recursos. ............................................................................................................................................................... 74 Word 2010/2013/2016BR. Excel 2010/2013/2016BR. .......................................................................................... 82 Sistema Operacional Windows XP/7/8/8.1/10BR. .................................................................................................... 83 Aplicativos do pacote Microsoft Office 2010/2013/2016BR: conceitos, características, uso dos recursos......... ...................................................................................................................................................................... 83 Conhecimentos de Internet e e-mail. ............................................................................................................................ 83 Segurança de equipamentos, da informação, em redes e na internet...................................................................... 97 Conhecimentos Específicos Gestão de documentos e arquivística: conceito, objetivos, classificação de documentos, métodos de classificação de documentos, avaliação documental, sistemas e métodos de arquivamento, assentamento funcional digital – AFD (Portaria Normativa / SEGRT/MP Nº 04 de 10 de março de 2016) ................................. 1 Noções de Administração: conceitos, características e finalidades; ........................................................................ 11 Funções administrativas: planejamento, organização, controle e direção ............................................................. 18 Eficiência e eficácia ........................................................................................................................................................... 22 Liderança ............................................................................................................................................................................ 25 Motivação. ........................................................................................................................................................................... 33 Serviços e rotinas de protocolo, expedição e arquivo. ................................................................................................ 37 Classificação de documentos e correspondências. ...................................................................................................... 40 Processos administrativos: autuação e tramitação. ....................................................................................................42 Técnicas de arquivamento: classificação, organização, arquivos correntes e protocolo. .................................... 44 Redação e correspondências oficiais: qualidades de linguagem, formas de tratamento (pronomes, empregos e abreviaturas) e documentos (ata, ofício, edital, memorando, requerimento e relatório). .................................. 49 Qualidade no atendimento ao público: comunicabilidade, apresentação, atenção, cortesia, interesse, presteza, eficiência, tolerância, discrição, conduta, objetividade. ............................................................................................. 61 Trabalhos em equipe: personalidade e relacionamento ............................................................................................ 66 Eficácia no comportamento interpessoal...................................................................................................................... 72 Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2758882 - Apostila Licenciada para aguidaeloy@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Aqui você vai saber tudo sobre o Conteúdo Extra Online Para acessar o Conteúdo Extra Online (vídeoaulas, testes e dicas) digite em seu navegador: www.apostilasopcao.com.br/extra O Conteúdo Extra Online é apenas um material de apoio complementar aos seus estudos. 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PIRATARIA É CRIME: É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, de acordo com o Artigo 184 do Código Penal. Apostilas Opção, a Opção certa para a sua realização. AVISO IMPORTANTE Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2758882 - Apostila Licenciada para aguidaeloy@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br LÍNGUA PORTUGUESA Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2758882 - Apostila Licenciada para aguidaeloy@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2758882 - Apostila Licenciada para aguidaeloy@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 1 LEITURA A leitura1 é prática de interação social de linguagem. A leitura, como prática social, exige um leitor crítico que seja capaz de mobilizar seus conhecimentos prévios, quer linguísticos e textuais, quer de mundo, para preencher os vazios do texto, construindo novos significados. Esse leitor parte do já sabido/conhecido, mas, superando esse limite, incorpora, de forma reflexiva, novos significados a seu universo de conhecimento para melhor entender a realidade em que vive. Algumas estratégias de Leitura: O professor como mediador e facilitador no processo ensino-aprendizagem deve promover algumas estratégias de leitura como, por exemplo, ativar o conhecimento prévio do aluno por meio de determinadas perguntas que tenham relação com o que vai ser lido, levar o aluno a distinguir o essencial do que é pouco relevante, esquematizando uma hierarquização, para construir o significado global do texto. Para isso, é extremamente importante que o aluno saiba qual é o objetivo da leitura, para poder avaliar e reformular, se necessário, as ideias iniciais. Além disso, o professor pode instigá-lo a interagir com o texto, criando expectativas ou, ainda, fazendo previsões. Esses procedimentos, a princípio, devem ser feitos com o auxílio do professor, o que mais tarde, deve tornar-se um hábito no aluno. Nesse sentido, ao ensinar a ler e compreender, o professor não impõe sua própria leitura ou a do livro. Solé ao destacar algumas das estratégias mais empregadas nas aulas de leitura, destaca que, mesmo dentro das principais estratégia mencionadas, pode-se apresentar ainda as seguintes variações: 1) Os objetivos da leituras, dependendo da situação, podem servir para: a) obter uma informação precisa; b) obter uma informação de caráter geral; c) revisar um escrito próprio para comunicação; e) praticar em voz alta; f) verificar o que se compreendeu. 2) Em relação a ativar o conhecimento prévio pode: a) ser dada uma explicação geral por parte da professora sobre o que será lido; b) instigar o aluno a prestar atenção a determinados aspectos do texto que podem ativar seu conhecimento; c) incentivar os alunos a expor o que já sabem sobre o assunto em discussão com o grande grupo. 3) Estabelecer previsões sobre o texto seria formular hipóteses sobre a continuidade textual. Nessa atividade, sugere-se omitir a sequência do texto e solicitar aos alunos que formulem hipóteses. 4) Incentivar os alunos a fazerem perguntas pertinentes sobre o texto, as quais devem ser reformuladas, se necessário, pelo professor. Eles devem ser instigados, paulatinamente, a fazer seus próprios questionamentos, o que implica auto direcionamento. 1 http://www.ufmt.br/ufmt/unidade/userfiles/publicacoes/87371cd65b68bfbc63 b1147f67cbaa11.pdf Tipos de Leitura: - Pré-Leitura: A Pré-leitura ou scanning tem a função de realizar um reconhecimento exploratório preliminar da leitura, é uma passagem visual rápida pelo texto sem a pretensão da fixação ou da compreensão plena do escrito. - Leitura Fragmentada: Muitas pessoas afirmam que não gostam de ler porque isso lhes causa fadiga, ou ao terminar um texto não conseguem compreender seu conteúdo, acham-se dispersas, desconcentradas e sentem que não houve um aproveitamento satisfatório das informações contidas nesses escritos. Isso acontece por diversas razões, à principal ocorre pela falta de disciplina e continuidade que esse costume exige. Dessa forma a pessoa lê, compreende as palavras uma a uma: separadamente, mas não conseguem associar o sentido na construção das frases, parágrafos e por fim o texto. Com a dificuldade presente nessa associação de palavras, frases e parágrafos as mensagens e as informações ali contidas perdem seu senso e o escrito vira um emaranhado literário incompreensível e enfadonho: é o ler sem compreender. - Leitura Integral: É a forma de ler com plena compreensão e interpretação do que está escrito. Esse tipo de leitura é caracterizado pelo amadurecimento e pela condição disciplinar alcançada pelo cérebro no exercício contínuo e perseverante do ato de ler e que eleva de forma eficaz o condicionamento intelectual. Nessa fase o indivíduo tem a capacidade de associar perfeitamente as frases e parágrafos, compreender sistematicamente e de forma coerentetodo conteúdo, inclusive com a condição de memorizar ou absorver determinados trechos, frases ou citações. - Leitura Dinâmica: São utilizados métodos e técnicas de leitura que permitem a decifração substanciada, instantânea e em blocos de um juízo ou pensamento na forma integral, evitando-se, portanto, a decifração de uma cadência de ideias sequenciadas e linear, como se dá geralmente na leitura comum. Conhecida também como leitura rápida, leitura acelerada, ou nos casos mais avançados: a leitura fotográfica. A leitura dinâmica tem como característica primordial a forma diferenciada da entrada de informações em nossa base neural de conhecimentos. COMPREENSÃO DO TEXTO Há duas operações diferentes no entendimento de um texto. A primeira é a apreensão, que é a captação das relações que cada parte mantém com as outras no interior do texto. No entanto, ela não é suficiente para entender o sentido integral. Uma pessoa que conhecesse todas as palavras do texto, mas não conhecesse o universo dos discursos, não entenderia o significado do mesmo. Por isso, é preciso colocar o texto dentro do universo discursivo a que ele pertence e no interior do qual ganha sentido. Alguns teóricos chamam o universo discursivo de “conhecimento de mundo”, mas chamaremos essa operação de compreensão. E assim teremos: Apreensão + Compreensão = Entendimento do texto Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura, sendo a primeira a informativa e a segunda à de reconhecimento. A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se http://alb.com.br/arquivo- morto/edicoes_anteriores/anais16/sem03pdf/sm03ss07_05.pdf Leitura e compreensão de textos variados. Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2758882 - Apostila Licenciada para aguidaeloy@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 2 preparando para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra à ideia central de cada parágrafo. A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque palavras como não, exceto, respectivamente, etc., pois fazem diferença na escolha adequada. Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter ideia do sentido global proposto pelo autor. Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão do texto. A alusão histórica serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques. Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda. Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central extraída de maneira clara e resumida. Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do texto. Produzir um texto é semelhante à arte de produzir um tecido, o fio deve ser trabalhado com muito cuidado para que o trabalho não se perca. Por isso se faz necessária a compressão da coesão e coerência. Coesão É a amarração entre as várias partes do texto. Os principais elementos de coesão são os conectivos e vocábulos gramaticais, que estabelecem conexão entre palavras ou partes de uma frase. O texto deve ser organizado por nexos adequados, com sequência de ideias encadeadas logicamente, evitando frases e períodos desconexos. Para perceber a falta de coesão, a melhor atitude é ler atentamente o seu texto, procurando estabelecer as possíveis relações entre palavras que formam a oração e as orações que formam o período e, finalmente, entre os vários períodos que formam o texto. Um texto bem trabalhado sintática e semanticamente resulta num texto coeso. Coerência A coerência está diretamente ligada à possibilidade de estabelecer um sentido para o texto, ou seja, ela é que faz com que o texto tenha sentido para quem lê. Na avaliação da coerência será levado em conta o tipo de texto. Em um texto dissertativo, será avaliada a capacidade de relacionar os argumentos e de organizá-los de forma a extrair deles conclusões apropriadas; num texto narrativo, será avaliada sua capacidade de construir personagens e de relacionar ações e motivações. Tipos de Composição Descrição: é representar verbalmente um objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a indicação de aspectos característicos, de pormenores individualizantes. Requer observação cuidadosa, para tornar aquilo que vai ser descrito um modelo inconfundível. Não se trata de enumerar uma série de elementos, mas de captar os traços capazes de transmitir uma impressão autêntica. Descrever é mais que apontar, é muito mais que fotografar. É pintar, é criar. Por isso, impõe-se o uso de palavras específicas, exatas. Narração: é um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários. São seus elementos constitutivos: personagens, circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, o episódio, e o que a distingue da descrição é a presença de personagens atuantes, que estão quase sempre em conflito. A narração envolve: - Quem? Personagem; - Quê? Fatos, enredo; - Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos; - Onde? O lugar da ocorrência; - Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos; - Por quê? A causa dos acontecimentos; Dissertação: é apresentar ideias, analisá-las, é estabelecer um ponto de vista baseado em argumentos lógicos; é estabelecer relações de causa e efeito. Aqui não basta expor, narrar ou descrever, é necessário explanar e explicar. O raciocínio é que deve imperar neste tipo de composição, e quanto maior a fundamentação argumentativa, mais brilhante será o desempenho. Sentidos Próprio e Figurado Comumente afirma-se que certas ocorrências de discurso têm sentido próprio e sentido figurado. Geralmente os exemplos de tais ocorrências são metáforas. Assim, em “Maria é uma flor” diz-se que “flor” tem um sentido próprio e um sentido figurado. O sentido próprio é o mesmo do enunciado: “parte do vegetal que gera a semente”. O sentido figurado é o mesmo de “Maria, mulher bela, etc.” O sentido próprio, na acepção tradicional não é próprio ao contexto, mas ao termo. O sentido tradicionalmente dito próprio sempre corresponde ao que definimos aqui como sentido imediato do enunciado. Além disso, alguns autores o julgam como sendo o sentido preferencial, o que comumente ocorre. O sentido dito figurado é o do enunciado que substitui a metáfora, e que em leitura imediata leva à mesma mensagem que se obtém pela decifração da metáfora. O conceito de sentido próprio nasce do mito da existência da leitura ingênua, que ocorre esporadicamente, é verdade, mas nunca mais que esporadicamente. Não há muito que criticar na adoção dos conceitos de sentido próprio e sentido figurado, pois ela abre um caminho de abordagem do fenômeno da metáfora. O que é passível de crítica é a atribuição de status diferenciado para cada uma das categorias. Tradicionalmente o sentido próprio carrega uma conotação de sentido “natural”, sentido “primeiro”. Invertendo a perspectiva, com os mesmos argumentos, poderíamos afirmar que “natural”, “primeiro” é o sentido figurado, afinal, é o sentido figurado que possibilita a correta interpretação do enunciado e não o sentido próprio. Se o sentido figurado é o “verdadeiro” para o enunciado, por que não chamá-lo de “natural”, “primeiro”? Pela lógica da Retórica tradicional, essa inversão de perspectiva não é possível, pois o sentido figurado está impregnado de uma conotação desfavorável. O sentido figurado é visto comoanormal e o sentido próprio, não. Ele carrega uma conotação positiva, logo, é natural, primeiro. A Retórica tradicional é impregnada de moralismo e estetização e até a geração de categorias se ressente disso. Essa tendência para atribuir status às categorias é uma constante do pensamento antigo, cuja índole era hierarquizante, sempre buscando uma estrutura piramidal para o conhecimento, o que se estende até hoje em algumas teorias modernas. Ainda hoje, apesar da imparcialidade típica e necessária ao conhecimento científico, vemos conotações de valor sendo atribuídas a categorias retóricas a partir de considerações totalmente externas a ela. Um exemplo: o retórico que tenha para si a convicção de que a qualidade de qualquer discurso se fundamenta na sua novidade, originalidade, imprevisibilidade, Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2758882 - Apostila Licenciada para aguidaeloy@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 3 tenderá a descrever os recursos retóricos como “desvios da normalidade”, pois o que lhe interessa é pôr esses recursos retóricos a serviço de sua concepção estética. Sentido Imediato Sentido imediato é o que resulta de uma leitura imediata que, com certa reserva, poderia ser chamada de leitura ingênua ou leitura de máquina de ler. Uma leitura imediata é aquela em que se supõe a existência de uma série de premissas que restringem a decodificação tais como: - As frases seguem modelos completos de oração da língua. - O discurso é lógico. - Se a forma usada no discurso é a mesma usada para estabelecer identidades lógicas ou atribuições, então, tem-se, respectivamente, identidade lógica e atribuição. - Os significados são os encontrados no dicionário. - Existe concordância entre termos sintáticos. - Abstrai-se a conotação. - Supõe-se que não há anomalias linguísticas. - Abstrai-se o gestual, o entoativo e editorial enquanto modificadores do código linguístico. - Supõe-se pertinência ao contexto. - Abstrai-se iconias. - Abstrai-se alegorias, ironias, paráfrases, trocadilhos, etc. - Não se concebe a existência de locuções e frases feitas. - Supõe-se que o uso do discurso é comunicativo. Abstrai- se o uso expressivo, cerimonial. Admitindo essas premissas, o discurso será indecifrável, ininteligível ou compreendido parcialmente toda vez que nele surgirem elipses, metáforas, metonímias, oximoros, ironias, alegorias, anomalias, etc. Também passam despercebidas as conotações, as iconias, os modificadores gestuais, entoativos, editoriais, etc. Na verdade, não existe o leitor absolutamente ingênuo, que se comporte como uma máquina de ler, o que faz do conceito de leitura imediata apenas um pressuposto metodológico. O que existe são ocorrências eventuais que se aproximam de uma leitura imediata, como quando alguém toma o sentido literal pelo figurado, quando não capta uma ironia ou fica perplexo diante de um oximoro. Há quem chame o discurso que admite leitura imediata de grau zero da escritura, identificando-a como uma forma mais primitiva de expressão. Esse grau zero não tem realidade, é apenas um pressuposto. Os recursos de Retórica são anteriores a ele. Sentido Preferencial Para compreender o sentido preferencial é preciso conceber o enunciado descontextualizado ou em contexto de dicionário. Quando um enunciado é realizado em contexto muito rarefeito, como é o contexto em que se encontra uma palavra no dicionário, dizemos que ela está descontextualizada. Nesta situação, o sentido preferencial é o que, na média, primeiro se impõe para o enunciado. Óbvio, o sentido que primeiro se impõe para um receptor pode não ser o mesmo para outro. Por isso a definição tem de considerar o resultado médio, o que não impede que pela necessidade momentânea consideremos o significado preferencial para dado indivíduo. Algumas regularidades podem ser observadas nos significados preferenciais. Por exemplo: o sentido preferencial da palavra porco costuma ser: “animal criado em granja para abate”, e nunca o de “indivíduo sem higiene”. Em outras palavras, geralmente o sentido que admite leitura imediata se impõe sobre o que teve origem em processos metafóricos, alegóricos, metonímicos. Mas esta regra não é geral. Vejamos o seguinte exemplo: “Um caminhão de cimento”. O sentido preferencial para a frase dada é o mesmo de “caminhão carregado com cimento” e não o de “caminhão construído com cimento”. Neste caso o sentido preferencial é o metonímico, o que contrapõe a tese que diz que o sentido “figurado” não é o “primeiro significado da palavra”. Também é comum o sentido mais usado se impor sobre o menos usado. Para certos termos é difícil estabelecer o sentido preferencial. Um exemplo: Qual o sentido preferencial de manga? O de fruto ou de uma parte da roupa? Questões 01. (SEDS/PE - Sargento Polícia Militar - MS/CONCURSOS) O preenchimento adequado da manchete: “Pelé afirma que a seleção está bem, ______Portugal e Espanha também estão bem preparadas.” faz parte de um recurso de: (A) Adequação vocabular. (B) Falta de coesão. (C) Incoerência. (D) Coesão. (E) Coerência. 02. (SEDUC/PI - Professor - NUCEP) O sentido da frase: Equivale dizer, ainda, que nós somos sujeitos de nossa história e de nossa realidade, considerando-se a palavra destacada, continuará inalterado, em: (A) Equivale dizer, talvez, que nós somos sujeitos de nossa história e de nossa realidade. (B) Equivale dizer, por outro lado, que nós somos sujeitos de nossa história e de nossa realidade. (C) Equivale dizer, preferencialmente, que nós somos sujeitos de nossa história e de nossa realidade. (D) Equivale dizer, novamente, que nós somos sujeitos de nossa história e de nossa realidade. (E) Equivale dizer, também, que nós somos sujeitos de nossa história e de nossa realidade. 03. (TJ/SP - Agente de Fiscalização Judiciária - VUNESP) No fim da década de 90, atormentado pelos chás de cadeira que enfrentou no Brasil, Levine resolveu fazer um levantamento em grandes cidades de 31 países para descobrir como diferentes culturas lidam com a questão do tempo. A conclusão foi que os brasileiros estão entre os povos mais atrasados - do ponto de vista temporal, bem entendido - do mundo. Foram analisadas a velocidade com que as pessoas percorrem determinada distância a pé no centro da cidade, o número de relógios corretamente ajustados e a eficiência dos correios. Os brasileiros pontuaram muito mal nos dois primeiros quesitos. No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. O país dos relógios é, portanto, o que tem o povo mais pontual. Já as oito últimas posições no ranking são ocupadas por países pobres. O estudo de Robert Levine associa a administração do tempo aos traços culturais de um país. "Nos Estados Unidos, por exemplo, a ideia de que tempo é dinheiro tem um alto valor cultural. Os brasileiros, em comparação, dão mais importância às relações sociais e são mais dispostos a perdoar atrasos", diz o psicólogo. Uma série de entrevistas com cariocas, por exemplo, revelou que a maioria considera aceitável que um convidado chegue mais de duas horas depois do combinado a uma festa de aniversário. Pode-se argumentar que os brasileiros são obrigados a ser mais flexíveis com os horários porque a infraestrutura não ajuda. Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo e não se pode confiar no transporte público? (Veja, 2009.) Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2758882 - Apostila Licenciada para aguidaeloy@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 4 Há emprego do sentido figurado das palavras em: (A) ... os brasileiros estão entre os povosmais atrasados... (B) No ranking geral, os suíços ocupam o primeiro lugar. (C) Os brasileiros ... dão mais importância às relações sociais... (D) Como ser pontual se o trânsito é um pesadelo... (E) ... não se pode confiar no serviço público? 04. (UNESP - Assistente Administrativo - VUNESP/2016) O gavião Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco voador perdeu o cartaz com tanto satélite beirando o sol e a lua. Olhamos todos para o céu em busca de algo mais sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata pombas. O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à contemplação de um drama bem antigo, e há o partido das pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros (qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar o gavião. Os amigos deste dizem que ele não é malvado tal; na verdade come a sua pombinha com a mesma inocência com que a pomba come seu grão de milho. Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das pombas e também o lance magnífico em que o gavião se despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como diria Saint- Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar com um belo tiro pode também ser a verdade do caçador. Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente o gavião; ao homem, se não houver outro bicho que o mate, pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro homem. (Rubem Braga. Ai de ti, Copacabana, 1999) O termo gavião, destacado em sua última ocorrência no texto – … pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em outro homem. –, é empregado com sentido: (A) próprio, equivalendo a inspiração. (B) próprio, equivalendo a conquistador. (C) figurado, equivalendo a ave de rapina. (D) figurado, equivalendo a alimento. (E) figurado, equivalendo a predador. Gabarito 01.D / 02.E / 03.D / 04.E Texto Narrativo Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. A estrutura da narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. Alguns exemplos de gêneros textuais narrativos: • Romance • Novela • Crônica • Contos de Fada • Fábula • Lendas 2 http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/coerencia-textual.htm Texto Descritivo Os textos descritivos se ocupam de relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar, acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem ou apresentam imagens a partir das percepções sensoriais do locutor (emissor). São exemplos de gêneros textuais descritivos: • Diário • Relatos (viagens, históricos, etc.) • Biografia e autobiografia • Notícia • Currículo • Lista de compras • Cardápio • Anúncios de classificados Texto Dissertativo-Argumentativo Os textos dissertativos são aqueles encarregados de expor um tema ou assunto por meio de argumentações. São marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam persuadir o leitor. Sua estrutura textual é dividida em três partes: tese (apresentação), antítese (desenvolvimento), nova tese (conclusão). Exemplos de gêneros textuais dissertativos: • Editorial Jornalístico • Carta de opinião • Resenha • Artigo • Ensaio • Monografia, dissertação de mestrado e tese de doutorado COERÊNCIA A coerência textual2 não está na superfície do texto: a construção de sentidos será feita de acordo com o conhecimento prévio de cada leitor Quando você se propõe a escrever um texto, certamente se lembra de quem vai ler, não é verdade? Provavelmente, você também se lembra de que alguns cuidados devem ser tomados para que o leitor compreenda o texto. Nessa tentativa de fazer- se compreendido, você estabelece alguns padrões mentais que diferem o que é coerente daquilo que não faz o menor sentido, certo? Pois bem, intuitivamente, você está seguindo um princípio básico para uma boa redação, chamado de coerência textual. Você pode até não conhecer a exata definição desse elemento da linguística textual, mas possivelmente evita construções ininteligíveis em sua redação e recorre aos seus conhecimentos sociocognitivos. A coerência é uma conformidade entre fatos ou ideias, próprio daquilo que tem nexo, conexão, portanto, podemos associá-la ao processo de construção de sentidos do texto e à articulação das ideias. Por serem os sentidos elementos subjetivos, podemos dizer que a coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o responsável pela constituição dos significados do texto. http://portugues.uol.com.br/redacao/tipos-coerencia.html Modos de organização do discurso: descritivo, narrativo, argumentativo. Coerência e progressão temática. Coesão: referência, substituição, elipse. Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2758882 - Apostila Licenciada para aguidaeloy@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 5 Três princípios básicos são necessários para compreendermos melhor o que é coerência textual: 1) Princípio da Não Contradição: um texto deve apresentar situações ou ideias lógicas que em momento algum se contradigam; 2) Princípio da Não Tautologia: a tautologia nada mais é do que um vício de linguagem que repete ideias com palavras diferentes ao longo do texto, o que compromete a transmissão da informação; 3) Princípio da Relevância: um texto com informações fragmentadas torna as ideias incoerentes, ainda que cada fragmento apresente certa coerência individual. Se as ideias não dialogam entre si, então elas são irrelevantes. É importante ressaltarmos que o uso adequado dos conectivos também colabora na construção de um texto coerente: a coesão textual é um importante mecanismo de estruturação do texto, presente em dois movimentos essenciais: retrospecção e prospecção. Lembre-se de que a coerência é um princípio de interpretabilidade, portanto, cabe a você depreender os sentidos do texto. Tipos de Coerência São seis os tipos de coerência: sintática, semântica, temática, pragmática, estilística e genérica. Conhecê-los contribui para a escrita de uma boa redação. Coerência sintática: está relacionada com a estrutura linguística, como termo de ordem dos elementos, seleção lexical etc., e também à coesão. Quando empregada, eliminamos estruturas ambíguas, bem como o uso inadequado dos conectivos. Coerência semântica: para que a coerência semântica esteja presente em um texto, é preciso, antes de tudo, que o texto não seja contraditório, mesmo porque a semântica está relacionada com as relações de sentido entre as estruturas. Para detectar uma incoerência, é preciso que se faça uma leitura cuidadosa, ancorada nos processos de analogia e inferência. Coerência temática: todos os enunciados de um texto precisam ser coerentes e relevantes para o tema, com exceção das inserções explicativas. Os trechos irrelevantes devem ser evitados, impedindo assim o comprometimento da coerência temática. Coerência pragmática: refere-se ao texto visto como uma sequência de atos de fala. Os textos, orais ou escritos, são exemplos dessas sequências, portanto, devem obedecer às condições para a sua realização. Se o locutor ordena algo a alguém, é contraditório que ele faça, ao mesmo tempo, um pedido. Quando fazemos uma pergunta para alguém, esperamos receber como resposta uma afirmação ou uma negação, jamais uma sequência de fala desconectada daquilo que foi indagado. Quando essas condições são ignoradas, temos como resultado a incoerência pragmática. Coerência estilística: diz respeito ao emprego de uma variedade de língua adequada, que deve ser mantida do início ao fim de um texto para garantir a coerência estilística. A incoerência estilística não provoca prejuízos para a interpretabilidade de um texto, contudo, a mistura de registros - como o uso concomitante da linguagem coloquial e linguagem formal- deve ser evitada, principalmente nos textos não literários. 3 PESTANA, Fernando. A gramática para concursos. Elsevier. 2011. Coerência genérica: refere-se à escolha adequada do gênero textual, que deve estar de acordo com o conteúdo do enunciado. Em um anúncio de classificados, a prática social exige que ele tenha como objetivo ofertar algum serviço, bem como vender ou comprar algum produto, e que sua linguagem seja concisa e objetiva, pois essas são as características essenciais do gênero. Uma ruptura com esse padrão, entretanto, é comum nos textos literários, nos quais podemos encontrar um determinado gênero assumindo a forma de outro. É importante ressaltar que em alguns tipos de texto, especialmente nos textos literários, uma ruptura com os tipos de coerência descritos anteriormente pode acontecer. Nos demais textos, a coerência contribui para a construção de enunciados cuja significação seja aceitável, ajudando na compreensão do leitor ou do interlocutor. Todavia, a coerência depende de outros aspectos, como o conhecimento linguístico de quem acessa o conteúdo, a situacionalidade, a informatividade, a intertextualidade e a intencionalidade. Sendo assim não se esqueça que coerência3 é a relação semântica que se estabelece entre as diversas partes do texto, criando uma unidade de sentido. Está ligada ao entendimento, à possibilidade de interpretação daquilo que se ouve ou lê. Enquanto a coesão está para os elementos conectores de ideias no texto, a coerência está para a harmonia interna do texto e sentido. Questões 01. Sobre a coerência textual, é incorreto afirmar: (A) A coerência é uma conformidade entre fatos ou ideias, própria daquilo que tem nexo, conexão, portanto, podemos associá-la ao processo de construção de sentidos do texto e à articulação das ideias. (B) Por serem os sentidos elementos subjetivos, podemos dizer que a coerência não pode ser delimitada, pois o leitor é o responsável pela constituição dos significados do texto. (C) A coerência é imaterial e não está na superfície textual. Compreender aquilo que está escrito dependerá dos níveis de interação entre o leitor, o autor e o texto. Por esse motivo, um mesmo texto pode apresentar múltiplas interpretações. (D) A não contradição, a não tautologia e o princípio da relevância são elementos básicos que garantem a coerência textual. (E) A coerência textual dispensa o uso adequado dos conectivos, elementos que apenas colaboram para a estruturação do texto sem apresentar relação direta com a semântica textual. 02. Observe a tirinha Calvin e Haroldo, de Bill Watterson, e responda à questão: Para cada situação interativa existe uma variedade de língua adequada. O falante pode optar pela variedade padrão ou pela variedade não padrão. Sobre o nível de linguagem adotado por Calvin, podemos afirmar que se trata, em relação aos tipos de coerência, de uma (A) incoerência pragmática. Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2758882 - Apostila Licenciada para aguidaeloy@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 6 (B) incoerência genérica. (C) incoerência estilística. (D) incoerência temática. (E) incoerência semântica. 03. Observe o discurso de Calvin e responda à questão: A identificação de elementos textuais como as figuras de linguagem é essencial para a interpretação de textos. A incoerência na fala de Calvin sobre a TV pode ser explicada através da seguinte figura de linguagem: (A) Eufemismo. (B) Hipérbole. (C) Paradoxo. (D) Ironia. (E) Personificação. 04. Oito Anos “Por que você é Flamengo E meu pai Botafogo O que significa “Impávido colosso”? Por que os ossos doem enquanto a gente dorme Por que os dentes caem Por onde os filhos saem Por que os dedos murcham quando estou no banho Por que as ruas enchem quando está chovendo Quanto é mil trilhões vezes infinito Quem é Jesus Cristo Onde estão meus primos Well, well, well Gabriel (...)”. (Paula Toller/Dunga. CD Partimpim, de Adriana Calcanhoto, São Paulo, 2004) Julgue as seguintes proposições: I. Pode-se dizer que se trata de um conjunto de frases interrogativas sem ligação entre si, configurando então um texto desprovido de coerência. II. Embora o texto apresente uma série de interrogações aparentemente sem ligação entre si, existem nele elementos linguísticos que nos permitem construir a coerência textual. III. A letra da canção é constituída por uma “lista” das perguntas que um filho faz para a mãe, e a sequenciação de perguntas aparentemente desconexas, na verdade, explicita o grande número de questionamentos que povoam o imaginário infantil. IV. A ausência de elementos sintáticos, como conectivos, prejudica a construção de sentidos do texto. (A) Todas estão corretas. (B) Apenas II e III estão corretas. (C) Apenas I e IV estão corretas. (D) Apenas I e III estão corretas. (E) I, III e IV estão corretas. Gabarito 01.E / 02.C / 03.D / 04.B 4 http://brasilescola.uol.com.br/redacao/coesao.htm COESÃO Coesão4 é a conexão e a harmonia entre os elementos de um texto, como descreve Marina Cabral. Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro. Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos. Observe a coesão presente no texto a seguir: “Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram injusta a atual distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura considerou a manifestação um ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra.” (JORDÃO, R., BELLEZI C. Linguagens. São Paulo: Escala Educacional, 2007) As palavras destacadas têm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do texto. Há vários recursos que respondem pela coesão do texto, os principais são: - Palavras de transição: são palavras responsáveis pela coesão do texto, estabelecem a interrelação entre os enunciados (orações, frases, parágrafos), são preposições, conjunções, alguns advérbios e locuções adverbiais. Veja algumas palavras e expressões de transição e seus respectivos sentidos: - inicialmente (começo, introdução) - primeiramente (começo, introdução) - antes de tudo (começo, introdução) - desde já (começo, introdução) - além disso (continuação) - do mesmo modo (continuação) - acresce que (continuação) - ainda por cima (continuação) - bem como (continuação) - outrossim (continuação) - enfim (conclusão) - dessa forma (conclusão) - em suma (conclusão) - nesse sentido (conclusão) - portanto (conclusão) - afinal (conclusão) - logo após (tempo) - ocasionalmente (tempo) - posteriormente (tempo) - atualmente (tempo) - enquanto isso (tempo) - imediatamente (tempo) - não raro (tempo) - concomitantemente (tempo) - igualmente (semelhança, conformidade) - segundo (semelhança, conformidade) - conforme (semelhança, conformidade) - quer dizer (exemplificação, esclarecimento) - rigorosamente falando (exemplificação, esclarecimento) Ex.: A prática de atividade física é essencial ao nosso cotidiano. Assim sendo, quem a pratica possui uma melhor qualidade de vida. Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2758882 - Apostila Licenciada para aguidaeloy@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 7 - Coesão por referência: existem palavras que têm a função de fazer referência, são elas: - pronomes pessoais: eu, tu, ele, me, te, os... - pronomes possessivos:meu, teu, seu, nosso... - pronomes demonstrativos: este, esse, aquele... - pronomes indefinidos: algum, nenhum, todo... - pronomes relativos: que, o qual, onde... - advérbios de lugar: aqui, aí, lá... Ex.: Marcela obteve uma ótima colocação no concurso. Tal resultado demonstra que ela se esforçou bastante para alcançar o objetivo que tanto almejava. - Coesão por substituição: substituição de um nome (pessoa, objeto, lugar etc.), verbos, períodos ou trechos do texto por uma palavra ou expressão que tenha sentido próximo, evitando a repetição no corpo do texto. Ex.: Porto Alegre pode ser substituída por “a capital gaúcha”; Castro Alves pode ser substituído por “O Poeta dos Escravos”; João Paulo II: Sua Santidade; Vênus: A Deusa da Beleza. Ex.: Castro Alves é autor de uma vastíssima obra literária. Não é por acaso que o “Poeta dos Escravos” é considerado o mais importante da geração a qual representou. Assim, a coesão confere textualidade aos enunciados agrupados em conjuntos. Elipse A elipse é muito utilizada na linguagem falada. Tem como característica a omissão de um termo da oração, que acaba ficando subentendido, mas sem prejudicar a compreensão do conteúdo da oração. Exemplo de elipse do sujeito: -São bagunceiros, mas acredito que meus alunos serão aprovados. Questões Bem tratada, faz bem O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: “O carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a reversão cultural que se deu no consumo do tabaco? Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. Este jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao transporte coletivo. Surpreendentemente, houve entrevistado que opinou favoravelmente, valorizando Los Angeles – um caso típico de cidade rodoviária e dispersa. Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é agente básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.) O transporte também esteve no centro dos protestos de junho de 2013. Lembremos: ele está interrelacionado com a moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões para o debate do tema. (Sérgio Magalhães, O Globo) “Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.” Substituindo o termo destacado por uma oração desenvolvida, a forma correta e adequada seria: (A) para que se debatesse o tema; (B) para se debater o tema; (C) para que se debata o tema; (D) para debater-se o tema; (E) para que o tema fosse debatido. 02. “A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”. A oração em forma desenvolvida que substitui correta e adequadamente o gerúndio “advertindo” é: (A) com a advertência de; (B) quando adverte; (C) em que adverte; (D) no qual advertia; (E) para advertir. 03. Corrida contra o ebola Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional, mas nada sugere que as medidas até agora adotadas para refrear o avanço da doença tenham sido eficazes. Ao contrário, quase metade das cerca de 4.000 contaminações registradas neste ano ocorreram nas últimas três semanas, e as mais de 2.000 mortes atestam a força da enfermidade. A escalada levou o diretor do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, Tom Frieden, a afirmar que a epidemia está fora de controle. O vírus encontrou ambiente propício para se propagar. De um lado, as condições sanitárias e econômicas dos países afetados são as piores possíveis. De outro, a Organização Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com celeridade um contingente expressivo de profissionais para atuar nessas localidades afetadas. Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se explica por problemas financeiros. Só 20% dos recursos da entidade vêm de contribuições compulsórias dos países- membros – o restante é formado por doações voluntárias. A crise econômica mundial se fez sentir também nessa área, e a organização perdeu quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual, hoje de quase US$ 4 bilhões. Para comparação, o CDC dos EUA contou, somente no ano de 2013, com cerca de US$ 6 bilhões. Os cortes obrigaram a OMS a fazer escolhas difíceis. A agência passou a dar mais ênfase à luta contra enfermidades globais crônicas, como doenças coronárias e diabetes. O departamento de respostas a epidemias e pandemias foi dissolvido e integrado a outros. Muitos profissionais experimentados deixaram seus cargos. Pesa contra o órgão da ONU, de todo modo, a demora para reconhecer a gravidade da situação. Seus esforços iniciais foram limitados e mal liderados. O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais possível enfrentá-lo de Genebra, cidade suíça sede da OMS. Tornou-se crucial estabelecer um comando central na África Ocidental, com representantes dos países afetados. Espera-se também maior comprometimento das potências mundiais, sobretudo Estados Unidos, Inglaterra e França, que possuem antigos laços com Libéria, Serra Leoa e Guiné, respectivamente. A comunidade internacional tem diante de si um desafio enorme, mas é ainda maior a necessidade de agir com rapidez. Nessa batalha global contra o ebola, todo tempo perdido conta a favor da doença. ( http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2014/09/1512104-editorial- corrida-contra-o-ebola.shtml, 2014) Assinale a opção em que se indica, INCORRETAMENTE, o referente do termo em destaque. (A) “quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual” (5º§) – organização Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2758882 - Apostila Licenciada para aguidaeloy@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 8 (B) “A agência passou a dar mais ênfase” (6º§) – OMS (C) “Pesa contra o órgão da ONU”(7º§) – OMS (D) “Seus esforços iniciais foram limitados” (7º§) – gravidade da situação (E) “A comunidade tem diante de si” (10º§) – comunidade internacional 4. Leia o texto para responder a questão. As cotas raciais deram certo porque seus beneficiados são, sim, competentes. Merecem, sim, frequentar uma universidade pública e de qualidade. No vestibular, que é o princípio de tudo, os cotistas estão só um pouco atrás. Segundo dados do Sistema de Seleção Unificada, a nota de corte para os candidatos convencionais a vagas de medicina nas federais foi de 787,56 pontos. Para os cotistas, foi de 761,67 pontos. A diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. IstoÉ entrevistou educadores e todos disseram que essa distância é mais do que razoável. Na verdade, é quase nada. Se em uma disciplina tão concorrida quanto medicina um coeficiente de apenas 3% separa os privilegiados, que estudaram em colégios privados, dos negros e pobres, que frequentaram escolas públicas, então é justo supor que a diferença mínima pode, perfeitamente, ser igualada ou superada no decorrer dos cursos. Depende só da disposição do aluno. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), uma das mais conceituadas do País, os resultados do último vestibular surpreenderam. “A maior diferença entre as notas de ingresso de cotistas e não cotistas foi observada no curso de economia”, diz Ângela Rocha, pró-reitora da UFRJ. “Mesmo assim, essa distância foi de 11%, o que, estatisticamente, não é significativo”. (www.istoe.com.br) Para responder a questão, considere a passagem – A diferença entre eles, portanto, ficou próxima de 3%. O pronome eles tem como referente: (A) candidatos convencionais e cotistas. (B) beneficiados. (C) dados do Sistema de Seleção Unificada. (D) dados do Sistema de Seleção Unificadae pontos. (E) pontos. 05. Leia os quadrinhos para responder a questão. Um enunciado possível em substituição à fala do terceiro quadrinho, em conformidade com a norma- padrão da língua portuguesa, é: (A) Se você ir pelos caminhos da verdade, leve um capacete. (B) Caso você vá pelos caminhos da verdade, lembra-se de levar um capacete. (C) Se você se mantiver nos caminhos da verdade, leve um capacete. (D) Caso você se mantém nos caminhos da verdade, lembre de levar um capacete. (E) Ainda que você se mantêm nos caminhos da verdade, leva um capacete. Respostas 01.C / 02.C / 03.D / 04.A / 05.C 5 Livro de Gramática "Saber Português Hoje - ensino secundário" CONECTORES5 Os conectores são, assim, palavras ou expressões que se utilizam para especificar as relações entre vários segmentos linguísticos de um texto - servem para associar as ideias e estabelecer ligações entre elas. O uso correto de conectores permite uma maior coesão textual e envolve uma compreensão facilitada da globalidade do texto. Os conectores pertencem a diversas classes de palavras - conjunções (ou locuções conjuntivas) coordenativas e subordinativas, advérbios (ou locuções adverbiais), preposições (ou locuções prepositivas), expressões adjetivas ou até orações completas. Tipos de Conectores Adição - e, nem, pois, além disso, e ainda, não só…mas também, como ainda, bem como…assim como, por um lado…por outro lado, depois, logo após, finalmente, em primeiro lugar, em segundo lugar, do mesmo modo, igualmente, de igual modo, da mesma maneira, de igual maneira, de novo, novamente, também, primeiramente, da mesma forma, de igual forma, ultimamente, opostamente, de modo oposto, de maneira oposta, por último… Alternativa - ou, ou...ou, ora…ora, já...já, seja...seja, quer…quer, talvez...talvez, não...nem, em alternativa… Certeza / afirmação - certamente, é evidente que, com certeza, decerto, naturalmente, que, sem dúvida, sem dúvida que, de certo, é óbvio que, evidentemente, obviamente, verdadeiramente, de verdade, verdadeiro, realmente, exato, exatamente, com exatidão… Conformidade - consoante, conforme, segundo, como, de acordo com Comparação - como, também, conforme, tanto…quanto, tal como, assim como, bem como, pela mesma razão, de forma idêntica, de forma similar… Concessão - embora, conquanto, ainda que, mesmo que, mesmo quando, se bem que, apesar de, ainda assim, mesmo assim, por mais que, de qualquer forma, posto que, malgrado, não obstante, inobstante, em que pese, independentemente de… Conclusão / síntese / resumo - pois, portanto, por conseguinte, assim, logo, enfim, concluindo, conclusivamente, em conclusão, em síntese, consequentemente, em consequência, por outras palavras, ou seja, em resumo, ou melhor, pois, por isso, deste modo, em suma, sintetizando, finalizando… Condição - se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que, sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo) Confirmação - com efeito, efetivamente, na verdade, de fato, factualmente, verdade, verdadeiramente, óbvio, obviamente… Uso dos conectivos: classificação e relaçõ Relação entre as partes do texto: causa, consequência, comparação, conclusão, exemplificação, generalização, particularização. Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2758882 - Apostila Licenciada para aguidaeloy@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 9 Consequência - pelo que, de modo que, de forma que, de maneira que, de sorte que, de jeito que, daí que, tão… que, tal... que, tanto... que, tamanho... que, por tudo isso, consequentemente, por conseguinte, como consequência… Dúvida - Talvez, possivelmente, provavelmente, é possível que, é provável que, porventura, quiçá, acaso, quem sabe, por certo… Explicitação / particularização - quer isto dizer, isto (não) significa que, por outras palavras, isto é, por exemplo, ou seja, é o caso de, nomeadamente, em particular, a saber, entre outros, especificamente… Finalidade / intencionalidade - com o fim de, com intuito, para (que), a fim de (que), com o objetivo de, de forma a, com o fim / com o objetivo de / com o propósito de / com intuito de / com a intenção de, com o fito de, que, porque (= para que)… Modo / forma / maneira - bem, mal, assim, depressa, devagar, melhor, pior, rapidamente, calmamente, facilmente e a maioria dos advérbios terminados em -mente, à toa, à vontade, às claras, às escuras, às pressas, à francesa, às escondidas, em silêncio, em vão, sem medo, de mansinho, ao vivo Necessidade / obrigação - faz-se mister, é necessário que, faz-se urgente que, urge que, é preciso que, é dever, torna-se imprescindível que Opinião - na minha opinião, a meu ver, em meu entender, parece-me que, estou em crer que… Oposição / contraste - mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, senão (= mas sim) contrariamente, em vez de, ao invés de, pelo contrário, por oposição, oposto, opostamente, doutro modo, ao contrário, não obstante, por outro lado… Proporção / proporcionalidade - ao passo que, à medida que, à proporção que, quanto mais, tanto mais, enquanto Reafirmação / confirmação / resumo - ou seja, ou melhor, ou antes, isto é, digo, por assim dizer, por outras palavras, com efeito, efetivamente, na verdade, de fato, de tato, em suma, em resumo, resumidamente… Reformulação - quer dizer, mais corretamente, mais precisamente, ou melhor, dito de outro modo, numa palavra, noutros termos, por outras palavras… Razão / motivo / causa - porque, já que, visto que, uma vez que, porquanto, como (= porque), na medida em que, devido a, em virtude de, em razão de, em vista de, tendo em vista que, em face de, em decorrência de Sequência - começando, primeiramente, para começar, em primeiro lugar, num primeiro momento, antes de, em segundo lugar, em seguida, logo após, depois de, por último, concluindo, para terminar, em conclusão, em síntese, finalizando… Sequência temporal - Hoje, ontem, agora, amanhã, ainda, cedo, depois, tarde, antes Sequência geográfica / espacial - Aqui, ali, aí, lá, perto, longe, dentro, fora, à direita, à esquerda, à frente, acima, abaixo, à distância, de longe, de perto Tempo - quando, enquanto, até que, antes que, logo que, assim que, depois que, sempre que, desde que, desde quando, todas as vezes, senão quando, ao tempo que, mal... Negação - não, nunca, tampouco, jamais, nada, ninguém, de modo algum, de jeito nenhum, em hipótese alguma Ordem - ultimamente, primeiramente, antes, depois... Designação - eis, vede, aqui está... Realce / função expletiva - cá, lá, só, é que, ainda, mas... Inclusão / exclusão - também, até, mesmo, inclusive, só, salvo, menos, apenas, senão, exclusive, fora, tirante, sequer... Intensidade / quantidade - muito, pouco, bastante, mais, menos, tão, tanto, quase, demais... Exemplificação Justifica os pontos de vista através de exemplos. São expressões comuns nesse tipo de procedimento: mais importante que, superior a, de maior relevância que. - Empregam-se também dados estatísticos, acompanhados de expressões: considerando os dados; conforme os dados apresentados. Faz-se a exemplificação, ainda, pela apresentação de causas e consequências, usando-se comumente as expressões: porque, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por causa de, em virtude de, em vista de, por motivo de. CLASSES DE PALAVRAS Em Classes de Palavras, estudaremos artigo, substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, interjeição e conjunção. E dentro de cada uma, abordaremos seu emprego e quando houver, sua flexão. Artigo É a palavra que acompanha o substantivo, indicando-lhe o gênero e o número, determinando-o ou generalizando-o. Os artigos podem ser: Definidos:o, a, os, as; determinam os substantivos, trata de um ser já conhecido; denota familiaridade: “A grande reforma do ensino superior é a reforma do ensino fundamental e do médio.” Indefinidos: um, uma, uns, umas; Trata-se de um ser desconhecido, dá ao substantivo valor vago: “...foi chegando um caboclinho magro, com uma taquara na mão.” (A. Lima) Usa-se o artigo definido: - com a palavra ambos: falou-nos que ambos os culpados foram punidos. - com nomes próprios geográficos de estado, país, oceano, montanha, rio, lago: o Brasil, o rio Amazonas, a Argentina, o oceano Pacífico. Ex.: Conheço o Canadá mas não conheço Brasília. - depois de todos/todas + numeral + substantivo: Todos os vinte atletas participarão do campeonato. - com o superlativo relativo: Mariane escolheu as mais lindas flores da floricultura. - com a palavra outro, com sentido determinado: Marcelo tem dois amigos: Rui é alto e lindo, o outro é atlético e simpático. - antes dos nomes das quatro estações do ano: Depois da primavera vem o verão. - com expressões de peso e medida: O álcool custa um real o litro. (=cada litro) Não se usa o artigo definido: - antes de pronomes de tratamento iniciados por possessivos: Vossa Excelência, Vossa Senhoria. Ex.: Vossa Alteza estará presente ao debate? - antes de nomes de meses: O campeonato aconteceu em maio de 2002. - alguns nomes de países, como Espanha, França, Inglaterra, Itália podem ser construídos sem o artigo, Classes de palavras: emprego, flexões e classificações das classes gramaticais. Verbos: pessoa, número, tempo e modo. Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2758882 - Apostila Licenciada para aguidaeloy@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 10 principalmente quando regidos de preposição. Ex.: “Viveu muito tempo em Espanha.” - antes de todos / todas + numeral: Eles são, todos quatro, amigos de João Luís e Laurinha. - antes de palavras que designam matéria de estudo, empregadas com os verbos: aprender, estudar, cursar, ensinar. Ex.: Estudo Inglês e Cristiane estuda Francês. O uso do artigo é facultativo: - antes do pronome possessivo: Sua / A sua incompetência é irritante. - antes de nomes próprios de pessoas: Você já visitou Luciana / a Luciana? - “Daqui para a frente, tudo vai ser diferente.” (Para a frente: exige a preposição) Formas combinadas do artigo definido: Preposição + o = ao / de + o, a = do, da / em + o, a = no, na / por + o, a = pelo, pela. Usa-se o artigo indefinido: - para indicar aproximação numérica: Nicole devia ter uns oito anos. - antes dos nomes de partes do corpo ou de objetos em pares: Usava umas calças largas e umas botas longas. - em linguagem coloquial, com valor intensivo: Rafaela é uma meiguice só. - para comparar alguém com um personagem célebre: Luís August é um Rui Barbosa. O artigo indefinido não é usado: - em expressões de quantidade: pessoa, porção, parte, gente, quantidade. Ex.: Reservou para todos boa parte do lucro. - com adjetivos como: escasso, excessivo, suficiente. Ex.: Não há suficiente espaço para todos. - com substantivo que denota espécie. Ex.: Cão que ladra não morde. Formas combinadas do artigo indefinido: Preposição de e em + um, uma = num, numa, dum, duma. O artigo (o, a, um, uma) anteposto a qualquer palavra transforma-a em substantivo. O ato literário é o conjunto do ler e do escrever. Questões 01. (Banestes - Analista Econômico Financeiro - Gestão Contábil - FGV/2018) A frase abaixo em que o emprego do artigo mostra inadequação é: (A) Todas as coisas que hoje se creem antiquíssimas já foram novas; (B) Cuidado com todas as coisas que requeiram roupas novas; (C) Todos os bons pensamentos estão presentes no mundo, só falta aplicá-los; (D) Em toda a separação existe uma imagem da morte; (E) Alegria de amor dura apenas um instante, mas sofrimento de amor dura toda a vida. 02. (IF/AP – Auxiliar em Administração – FUNIVERSA/2016) Internet: <http://educacaoepraxis.blogspot.com.br>. No segundo quadrinho, correspondem, respectivamente, a substantivo, pronome, artigo e advérbio: (A) “guerra”, “o”, “a” e “por que”. (B) “mundo”, “a”, “o” e “lá”. (C) “quando”, “por que”, “e” e “lá”. (D) “por que”, “não”, “a” e “quando”. (E) “guerra”, “quando”, “a” e “não”. 03. (SESAP/RN - Técnico em Enfermagem - COMPERVE/2018) Nas décadas subsequentes, vários estudos correlacionaram os hábitos dos pacientes como fatores de risco para doenças cardiovasculares. Sedentarismo, tabagismo, obesidade, entre outros, aumentam drasticamente as chances de enfarte. Com relação à quantidade de artigos no trecho, há (A) cinco. (B) três. (C) quatro. (D) dois. 04. (Prefeitura Tanguá/RJ - Técnico de Enfermagem - MS Concursos/2017) Considere as afirmações sobre artigo e numeral e assinale a alternativa correta: I - Algumas palavras que atendem o substantivo, como um, em “um dia”, podem modificar-lhe o sentido. Podemos entender a expressão como “um dia qualquer” e também como “um único dia.” Na primeira situação, a palavra um é artigo; na segunda, um é numeral. II - Artigo é a palavra que antecede o substantivo, definindo-o ou indefinindo-o. Numeral é a palavra que expressa quantidade exata de pessoas ou coisas, ou lugar que elas ocupam numa determinada sequência. III - Os numerais classificam-se em: cardinais (designam uma quantidade de seres); ordinais (indicam série, ordem, posição); multiplicativos (expressam aumento proporcional a um múltiplo da unidade); fracionários (denotam diminuição proporcional a divisões, frações da unidade). IV - O numeral pode referir-se a um substantivo ou substituí-lo; no primeiro caso, é numeral substantivo; no segundo, numeral adjetivo. (A) Apenas II, III e IV estão corretas. Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2758882 - Apostila Licenciada para aguidaeloy@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 11 (B) Apenas I, III e IV estão corretas. (C) Apenas I, II e III estão corretas. (D) Apenas I, II e IV estão corretas. Gabarito 01.D / 02.E / 03.C / 04.C Substantivo É a palavra que dá nomes aos seres. Inclui os nomes de pessoas, de lugares, coisas, entes de natureza espiritual ou mitológica: vegetação, sereia, cidade, anjo, árvore, respeito, criança. Classificação - Comuns: nomeiam os seres da mesma espécie. Ex.: menina, piano, estrela, rio, animal, árvore. - Próprios: referem-se a um ser em particular. Ex.: Brasil, América do Norte, Deus, Paulo, Lucélia. - Concretos: são aqueles que têm existência própria; são independentes; reais ou imaginários. Ex.: mãe, mar, água, anjo, alma, Deus, vento, saci. - Abstrato: são os que não têm existência própria; depende sempre de um ser para existir. Designam qualidades, sentimentos, ações, estados dos seres: dor, doença, amor, fé, beijo, abraço, juventude, covardia. Ex.: É necessário alguém ser ou estar triste para a tristeza manifestar-se. Formação - Simples: são aqueles formados por apenas um radical: chuva, tempo, sol, guarda. - Compostos: são os que são formados por mais de dois radicais: guarda-chuva, girassol, água-de-colônia. - Primitivos: são os que não derivam de outras palavras; vieram primeiro, deram origem a outras palavras. Ex.: ferro, Pedro, mês, queijo. - Derivados: são formados de outra palavra já existente; vieram depois. Ex.: ferradura, pedreiro, mesada, requeijão. - Coletivos: os substantivos comuns que, mesmo no singular, designam um conjunto de seres de uma mesma espécie. Ex.: Álbum de fotografias Colmeia de abelhas Alcateia de lobos Concílio debispos em assembleia Antologia de textos escolhidos Conclave de cardeais Arquipélago ilhas Cordilheira de montanhas Reflexão do Substantivo Os substantivos apresentam variações ou flexões de gênero (masculino/feminino), de número (plural/singular) e de grau (aumentativo/diminutivo). Gênero (masculino/feminino) Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e feminino. A regra para a flexão do gênero é a troca de o por a, ou o acréscimo da vogal a, no final da palavra: mestre, mestra. Formação do Feminino O feminino se realiza de três modos: - Flexionando-se o substantivo masculino: filho, filha / mestre, mestra / leão, leoa; - Acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou um sufixo feminino: autor, autora / deus, deusa / cônsul, consulesa / cantor, cantora / reitor, reitora. - Utilizando-se uma palavra feminina com radical diferente: pai, mãe / homem, mulher / boi, vaca / carneiro, ovelha / cavalo, égua. Substantivos Uniformes - Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero, quer se refiram ao macho ou à fêmea. – jacaré macho ou fêmea / a cobra macho ou fêmea. - Comuns de dois gêneros: apenas uma forma e designam indivíduos dos dois sexos. São masculinos ou femininos. A indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou feminino: o, a intérprete / o, a colega / o, a médium / o, a pianista. - Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero para homem ou a mulher: a criança (menino, menina) / a testemunha (homem, mulher) / o cônjuge (marido, mulher). Alguns substantivos que mudam de sentido, quando se troca o gênero: o lotação (veículo) - a lotação (efeito de lotar); o capital (dinheiro) - a capital (cidade); o cabeça (chefe, líder) - a cabeça (parte do corpo); o guia (acompanhante) - a guia (documentação). São masculinos: o eclipse, o dó, o dengue (manha), o champanha, o soprano, o clã, o alvará, o sanduíche, o clarinete, o Hosana, o espécime, o guaraná, o diabete ou diabetes, o tapa, o lança-perfume, o praça (soldado raso), o pernoite, o formicida, o herpes, o sósia, o telefonema, o saca-rolha, o plasma, o estigma. São femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a aluvião, a análise, a cal, a gênese, a entorse, a faringe, a cólera (doença), a cataplasma, a pane, a mascote, a libido (desejo sexual), a rês, a sentinela, a sucuri, a usucapião, a omelete, a hortelã, a fama, a Xerox, a aguardente. Número (plural/singular) Acrescentam-se: - S – aos substantivos terminados em vogal ou ditongo: povo, povos / feira, feiras / série, séries. - S – aos substantivos terminados em N: líquen, liquens / abdômen, abdomens / hífen, hífens. Também: líquenes, abdômenes, hífenes. - ES – aos substantivos terminados em R, S, Z: cartaz, cartazes / motor, motores / mês, meses. Alguns terminados em R mudam sua sílaba tônica, no plural: júnior, juniores / caráter, caracteres / sênior, seniores. - IS – aos substantivos terminados em al, el, ol, ul: jornal, jornais / sol, sóis / túnel, túneis / mel, meles, méis. Exceções: mal, males / cônsul, cônsules / real, réis. - ÃO – aos substantivos terminados em ão, acrescenta S: cidadão, cidadãos / irmão, irmãos / mão, mãos. Trocam-se: - ão por ões: botão, botões / limão, limões / portão, portões / mamão, mamões. - ão por ãe: pão, pães / charlatão, charlatães / alemão, alemães / cão, cães. - il por is (oxítonas): funil, funis / fuzil, fuzis / canil, canis / pernil, pernis. - por eis (paroxítonas): fóssil, fósseis / réptil, répteis / projétil, projéteis. - m por ns: nuvem, nuvens / som, sons / vintém, vinténs / atum, atuns. - zito, zinho - 1º coloca-se o substantivo no plural: balão, balões. 2º elimina-se o S + zinhos. Balão – balões – balões + zinhos: balõezinhos. Papel – papéis – papel + zinhos: papeizinhos. Cão – cães - cãe + zitos: Cãezitos. Apostila Digital Licenciada para Aguida Eloy de Souza - CPF:522.897.702-30 (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br Pedido N.: 2758882 - Apostila Licenciada para aguidaeloy@yahoo.com.br (Proibida a Revenda) - www.apostilasopcao.com.br APOSTILAS OPÇÃO Língua Portuguesa 12 Alguns substantivos terminados em X são invariáveis (valor fonético = cs): os tórax, os tórax / o ônix, os ônix / a fênix, as fênix / uma Xerox, duas Xerox / um fax, dois fax. Substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma no plural: aldeão, aldeões, aldeãos; verão, verões, verãos; anão, anões, anãos; guardião, guardiões, guardiães; corrimão, corrimãos, corrimões; ancião, anciões, anciães, anciãos; ermitão, ermitões, ermitães, ermitãos. Metafonia - apresentam o “o” tônico fechado no singular e aberto no plural: caroço (ô), caroços (ó) / imposto (ô), impostos (ó). Substantivos que mudam de sentido quando usados no plural: Fez bem a todos (alegria); Houve separação de bens. (Patrimônio); Conferiu a féria do dia. (Salário); As férias foram maravilhosas. (Descanso). Substantivos empregados somente no plural: Arredores, belas-artes, bodas (ô), condolências, cócegas, costas, exéquias, férias, olheiras, fezes, núpcias, óculos, parabéns, pêsames, viveres, idos, afazeres, algemas. Plural dos Substantivos Compostos Somente o segundo (ou último) elemento vai para o plural: - palavra unida sem hífen: pontapé = pontapés / girassol = girassóis / autopeça = autopeças. - verbo + substantivo: saca-rolha = saca-rolhas / arranha- céu = arranha-céus / bate-bola = bate-bolas / guarda-roupa = guarda-roupas / guarda-sol = guarda-sóis / vale-refeição = vale-refeições. - elemento invariável + palavra variável: sempre-viva = sempre-vivas / abaixo-assinado = abaixo-assinados / recém- nascido = recém-nascidos / ex-marido = ex-maridos / auto- escola = auto-escolas. - palavras repetidas: o reco-reco = os reco-recos / o tico- tico = os tico-ticos / o corre-corre = os corre-corres. - substantivo composto de três ou mais elementos não ligados por preposição: o bem-me-quer = os bem-me-queres / o bem-te-vi = os bem-te-vis / o sem-terra = os sem-terra / o fora-da-lei = os fora-da-lei / o João-ninguém = os joões-ninguém / o ponto-e-vírgula = os ponto e vírgulas / o bumba meu boi = os bumba meu bois. - quando o primeiro elemento for: grão, grã (grande), bel: grão-duque = grão-duques / grã-cruz = grã-cruzes / bel-prazer = bel-prazeres. Somente o primeiro elemento vai para o plural: - substantivo + preposição + substantivo: água de colônia = águas-de-colônia / mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça / pão-de-ló = pães-de-ló / sinal-da-cruz = sinais-da-cruz. - quando o segundo elemento limita o primeiro ou dá ideia de tipo, finalidade: samba-enredo = sambas-enredo / pombo-correio = pombos-correio / salário-família = salários- família / banana-maçã = bananas-maçã / vale-refeição = vales- refeição (vale = ter valor de, substantivo+especificador) Os dois elementos ficam invariáveis quando houver: - verbo + advérbio: o ganha-pouco = os ganha-pouco / o cola-tudo = os cola-tudo / o bota-fora = os bota-fora - os compostos de verbos de sentido oposto: o entra-e-sai = os entra-e-sai / o leva-e-traz = os leva-e-traz / o vai-e-volta = os vai-e-volta. Os dois elementos, vão para o plural: - substantivo + substantivo: decreto-lei = decretos-leis / abelha-mestra = abelhas-mestras / tia-avó = tias-avós / tenente-coronel = tenentes-coronéis / redator-chefe = redatores-chefes. - substantivo + adjetivo: amor-perfeito = amores- perfeitos / capitão-mor = capitães-mores / carro-forte = carros-fortes / obra-prima = obras-primas / cachorro-quente = cachorros-quentes. - adjetivo + substantivo: boa-vida = boas-vidas / curta- metragem = curtas-metragens / má-língua = más-línguas / - numeral ordinal + substantivo: segunda-feira = segundas-feiras / quinta-feira = quintas-feiras. Composto com a palavra guarda só vai para o plural se for pessoa: guarda-noturno = guardas-noturnos / guarda- florestal = guardas-florestais / guarda-civil
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