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saúde da mulher e criança na esf

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1 
 
Disciplina 
Nome: A LÓGICA DO CUIDADO NA ESF: CRIANÇA, ADOLESCENTE E 
MULHER 
Carga horária: 36h 
Conteudista: Maria Lucia Freitas dos Santos 
 
 
Introdução: 
 
A Constituição Brasileira elegeu como um de seus princípios 
norteadores, a supremacia dos direitos humanos. Essa prerrogativa remete as 
políticas públicas, em especial a saúde, a identificar os seguimentos da 
população com maior vulnerabilidade, sendo crianças, adolescentes e 
mulheres elegíveis como prioritárias na garantia de direitos fundamentais. 
Outro pilar que sustenta a política de atenção integral a saúde deste 
grupo populacional, está no reconhecidos de crianças e adolescentes como 
sujeitos sociais, portadores de direitos e garantias próprias, independentes de 
seus pais e/ou familiares e do próprio Estado. Assim como as relações de 
gênero desiguais em distintas sociedades, base que se distinguem os papéis 
do homem e da mulher na família, na divisão do trabalho, na oferta de bens e 
de serviços. 
O reconhecimento das distinções sociais destes grupos foram as 
grandes mudanças paradigmáticas que estabeleceu obrigações diferenciadas 
para o Estado, para as famílias e para a sociedade em geral, configurando a 
denominada Doutrina da Proteção Integral. 
A política de atenção a criança reconhece ser esse período do ciclo de 
vida onde se desenvolve grande parte da potencialidade humana, da mesma 
forma, os distúrbios que incidem nessa época são responsáveis por graves 
conseqüências no futuro dos indivíduos e comunidades. 
Considerando que estes segmentos representam aproximadamente dois 
terços da população brasileira, é importante tratá-lo de maneira distinta devido 
 
 
2 
 
à especificidade dos problemas que os afetam. As elevadas taxas de 
morbidade e mortalidade nesse grupo, inclusive por problemas preveníveis 
com ações básicas, são demandas efetiva que se apresenta aos serviços de 
saúde e ao SUS. 
A concepção de proteção básica coloca no centro do debate a 
responsabilidade das famílias, da sociedade e do Estado como garantidores, 
com absoluta prioridade, dos direitos fundamentais e de proteção as futuras 
gerações. 
Nessa perspectiva, podemos identificar nas diversas ações, serviços e 
política, a defesa da garantia do direito à vida, à saúde, à alimentação, à 
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à 
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de 
toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e 
opressão. 
As ações estão estruturadas em sete eixos estratégicos da Política são: 
atenção humanizada e qualificada à gestação, parto, nascimento e recém-
nascido; aleitamento materno e alimentação complementar saudável; 
promoção e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento integral; 
atenção a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças 
crônicas; atenção à criança em situação de violências, prevenção de 
acidentes e promoção da cultura de paz; atenção à saúde de crianças com 
deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade; vigilância e 
prevenção do óbito infantil, fetal e materno.fundamentais: 
Objetivos: 
Sendo assim, essa disciplina tem como objetivos: 
 Apresentar a abordagem familiar enquanto potente estratégia de 
integração de profissionais, de coordenação do cuidado e de promoção 
projetos terapêuticos singulares. 
 Conhecer os elementos definidores das políticas nacionais de atenção 
primária à criança, ao adolescente e à mulher 
http://politicaspublicas.almg.gov.br/temas/saude_mulher_crianca_adolescente/entenda/informacoes_gerais.html?tagNivel1=295&tagAtual=10196
http://politicaspublicas.almg.gov.br/temas/saude_mulher_crianca_adolescente/entenda/informacoes_gerais.html?tagNivel1=295&tagAtual=10196
 
 
3 
 
 Identificar sinais e sintomas dos principais temas de atenção à saúde da 
criança e do adolescente na pratica ambulatorial de saúde da família 
 Identificar sinais e sintomas dos principais temas de atenção à saúde 
mulher na pratica ambulatorial de saúde da família 
 
 
1: Diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Criança, 
Adolescente e Jovens 
 
“O espírito esboça, mas é o coração que modela”. 
Auguste Rodin 
 
Nação jovem era o orgulho brasileiro nos anos de 1970, em que a 
pirâmide etária populacional refletia – com sua base larga que se afilava 
rapidamente ao topo, confirmando a máxima de país do futuro. No entanto, 
uma analise mais atenta mostrava que a população jovem decorria de uma 
alta taxa de natalidade (5,8 filhos/mulher em idade fértil) frente à elevada 
mortalidade infantil da época (75/1.000 nascidos vivos). As causas de morte 
eram desde desnutrição que prejudicava a imunidade contra infecções que se 
repetia num circulo vicioso, até doenças infecciosas, conseqüência de 
alimentação inapropriada. Doenças infecciosas respiratórias e as diarréicas 
foram durante muito tempo, a principal causa de morte das crianças até um 
ano de idade (Murahovschi, 2006). 
Na verdade, as mortes eram determinadas não somente pelas doenças 
mas, pelas condições socioeconômicas desfavoráveis - a pobreza, a falta de 
saneamento básico, a baixa escolaridade e a conseqüente falta de educação 
em saúde, os serviços médicos insuficientes e o grande flagelo dos países em 
desenvolvimento, o desmame precoce (Murahovschi, 2006). 
O país tem melhorado significativamente nas últimas décadas, com 
ampliação do saneamento básico, a criação do SUS com seus princípios e 
diretrizes - a universalização, a integralidade da atenção a saúde, a 
descentralização das ações e serviços de saúde, a educação em saúde numa 
perspectiva ampliada do processo saúde-doença. 
 
 
4 
 
É com esse propósito que foi instituído, a partir da Constituição de 1988, 
a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no 
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A promoção da saúde integral da 
criança e adolescente, o desenvolvimento das ações de prevenção de 
agravos e assistência tem como objetivos, além da redução da mortalidade 
infantil, prover qualidade de vida para que estas possam crescer e 
desenvolver todo o seu potencial. 
 Acompanhar o crescimento e o desenvolvimento é o eixo central e 
integrador de todas as ações de saúde da criança e adolescente: atendimento 
oportuno das necessidades de nutrientes biológicos, afetivos e socioculturais 
tem por características sua elevada eficácia na prevenção de problemas, na 
vigilância à saúde e na promoção de hábitos saudáveis de vida, com impacto 
surpreendente na morbimortalidade. 
Neste tópico vamos apresentar os princípios que fundamentam da 
Política de atenção integral a saude da criança de adolescente (PNAISCA) e 
sua importância para garantia da qualidade de vida e de saúde, analisando o 
conjunto de ações que compõem política de atenção integral à saúde da 
criança, e a política de Atenção Integral a Saúde do Adolescente e Jovem. 
Recentemente atualizada através da PORTARIA MS/GM Nº 1.130, DE 5 
DE AGOSTO DE 2015, a PNAISC visa integrar diversas ações já existentes. 
A ênfase é dada a promoção do aleitamento materno e a saúde da criança, a 
partir da gestação aos nove anos de vida, com especial atenção à primeira 
infância (zero a cinco anos) e às populações de maior vulnerabilidade, como 
crianças com deficiência, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, e em situação 
de rua. Amplia a faixa etária de atendimento para adolescentes de até 15 
anos para que seja garantida cobertura por pediatria. 
Para fins de organização das ações e atendimento em serviços de 
pediatria no SUS, serão consideradas as seguintes faixas etárias de 
abrangência da PNAISC, sendo este limite etário passível de alteração de 
acordo com as normas e rotinas do estabelecimento de saúde responsável 
pelo atendimento: 
 
 
5 
 
1. Criança: pessoa na faixa etária de 0 (zero) a 9 (nove)anos, ou seja, de 0 
(zero) a 120 (cento e vinte) meses; 
2. primeira infância: pessoa na faixa etária de 0 (zero) a 5 (cinco) anos, ou 
seja, de 0 (zero) a 72 (setenta e dois) meses. 
3. Crianças e adolescentes até a idade de 15 (quinze) anos, ou seja, 192 
(cento e noventa e dois) meses, para fins. 
A PNAISC está orientada pelos seguintes fundamentos e diretrizes: 
I - direito à vida e à saúde, garantido mediante ações de proteção 
básica; II - prioridade absoluta da criança; III - acesso universal à 
saúde; IV - integralidade do cuidado; V - equidade em saúde; VI - 
ambiente facilitador à vida; VII - humanização da atenção; VIII - gestão 
participativa e controle social, elementos captados da sessão de 
direitos sociais da Constituição de 1988. 
 
As diretrizes servirão guias na elaboração dos planos, programas, 
projetos e ações de saúde voltadas para crianças, tais como: 
1. Gestão interfederativa das ações de saúde da criança, que corresponde a 
atuação integrada e cooperativa entre as três esferas de governo, na 
definição de prioridades, no financiamento e na gestão da informação 
2. Organização das ações e serviços na rede de atenção, promovendo a 
integração de ações e de profissionais entorno de uma atenção integrada e 
integradora. A articulação de serviços de saúde e outros setores, visando 
potencializar as ações de promoção, prevenção de agravos, vigilância à 
saúde, tratamento e reabilitação alem do manejo das diversas tecnologias 
de cuidado. 
3. Promoção da saúde como potente estratégia de melhoria da qualidade de 
saúde e de vida, que deve considerar conhecimento interdisciplinar e uma 
atuação multiprofissional. 
 
 
6 
 
4. Fomento à autonomia do cuidado e da corresponsabilidade da família, 
valorizando a participação e protagonismo das próprias crianças, 
adolescentes e jovens, estimulando o autoconhecimento e auto cuidado, 
bem como recuperando a participação da família como estruturante da 
formação de hábitos de vida saudáveis. 
5. Qualificação da força de trabalho do SUS, através da educação 
permanente trazendo informações/estudos atualizados, a integração de 
saberes e conhecimentos advindos de processos interdisciplinares no qual 
progressivamente os núcleos de competência profissionais específicos vão 
enriquecendo o campo comum de toda equipe. 
6. Planejamento e desenvolvimento de ações, que pressupõe o 
deslocamento do processo de trabalho centrado em procedimentos 
profissionais, para um trabalho centrado na pessoa (criança, adolescente e 
jovem), onde o cuidado às pessoas é o imperativo ético-político que 
organiza a intervenção técnico-científica. 
7. Incentivo à pesquisa e à produção de conhecimento, respeitando princípios 
éticos-políticos, e priorizando as necessidades e demandas sociais. 
8. Monitoramento e avaliação, considerando que a longitudinalidade do 
cuidado pressupõe a continuidade, o acompanhamento a esses usuários 
ao longo do tempo e de modo permanente, acompanhando os efeitos das 
intervenções e ações em saúde e de outros elementos na vida dos 
usuários e do ambiente em que vive visando reduzir riscos e danos e 
contribuindo para qualidade de vida. 
9. Intersetorialidade, nessa perspectiva a saúde deixa de ser o resultado de 
uma intervenção especializada e isolada sobre alguns fatores e passa a ser 
um produto social resultante de fatos econômicos, políticos, ideológicos e 
cognitivos. 
O que diferencia uma organização da atenção a crianças, adolescentes 
e jovens no contexto da atenção primária? Qual é o principal legado desta 
forma de organização? 
 
 
7 
 
 
 No contexto da atenção primária em saúde (APS), as ações são 
planejadas de acordo com as necessidades de saúde da população adstrita à 
unidade de saúde, levando-se em consideração as prioridades de intervenção 
clinica, a vulnerabilidade da situação de saúde das crianças, dos 
adolescentes e jovens. Enquanto porta preferencial do SUS, a equipe de 
profissionais da APS deve trabalhar utilizando-se das seguintes estratégias: 
(a) atendimento pré-natal e assistência ao parto; (b) planejamento familiar; (c) 
saúde reprodutiva; (d) imunização; (e) tratamento precoce e adequado de 
doenças frequentes na infância e na adolescência; (f) prevenção de doenças 
sexualmente transmissíveis e de abuso de drogas; (g) assistência ao 
segmento LGBT— Lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e 
transgêneros. 
 O Programa, Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis - Primeiro Passo 
para o Desenvolvimento Nacional, com ênfase ao crescimento e 
desenvolvimento integral da criança, estabelece ações para: garantia de vida 
da mãe e do bebê; promoção do aleitamento materno; monitoramento do 
estado de saúde da criança; ampliação do acesso à educação infantil; 
prevenção de acidentes, maus-tratos e violência na infância; monitoramento 
das ações do Programa Nacional de Imunizações; entre outras. 
 No que refere a atenção ao adolescente e ao jovem tem como objetivo 
dar maior visibilidade as demandas e necessidades deste público, além de 
subsidiar a estruturação dos serviços de saúde na atenção integral à saúde 
dessa população. 
Promover a saúde de adolescentes e jovens, passa a exige compreensão 
de que os comportamentos iniciados nessa idade são cruciais para o restante 
da vida, porque repercutem no desenvolvimento integral da pessoa. A saúde 
nestas faixas etárias está diretamente relacionada à promoção da 
participação juvenil no exercício da cidadania, em especial, no fortalecimento 
dos seus vínculos familiares e comunitários e por meio de ações de educação 
em saúde e prevenção de agravos. 
 
 
8 
 
 Por fim, segundo o Relatório Nacional de Acompanhamento dos 
Objetivos do Milênio (ODM) 2013, o Brasil alcançou em 2012 a meta 
internacional de diminuição da mortalidade na infância (menores de cinco 
anos). O índice, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), 
previa a redução em 2/3 da mortalidade desse público entre 1990 e 2015. No 
Brasil, a taxa passou de 53,7/1000 óbitos por nascidos vivos em 1990 para 
17,3/1000 óbitos por nascidos vivos em 2012, uma redução de 67,7%. O país 
também já atingiu a meta estabelecida em relação às mortes de crianças com 
menos de um ano de idade (mortalidade infantil), passando de 47,1/1000 
óbitos por nascidos vivos em 1990 para 14,9/1000 óbitos por nascidos vivos 
em 2012, queda de 68,3%. 
Os avanços das condições de saúde da criança brasileira são 
decorrentes de ações como a ampliação da cobertura da atenção básica, do 
acesso à vacinação, das taxas de aleitamento materno e do nível de 
escolaridade da mãe, além da diminuição da pobreza (extrema) obtida pelo 
programa Bolsa Família. Essas ações se somam a outras políticas públicas 
que levaram à quase extinção de internações por desnutrição (agravo 
praticamente residual no país), por doenças imunopreviníveis (sarampo, 
difteria, tétano neonatal, poliomielite, varíola, rubéola, meningites) e por 
diarreia/pneumonia. 
O aumento das consultas de pré-natal é outro exemplo de ação 
realizada pelo Ministério da Saúde junto com estados e municípios que 
contribuiu para a redução da mortalidade infantil e materna. Somente em 
2014, foram realizadas mais de 20 milhões de consultas de pré-natal pelo 
SUS, o que representa aumento de 57% em relação a 2007 (quando foram 
realizadas 12,7 milhões de consultas). 
Saiba mais: 
Leia o artigo: Politica Nacional de Atenção Integral a Saúde da Criança, 
adolescente e Jovens. 
Disponível em : 
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/18951-ministerio-cria-politica-de-atencao-a-saude-da-crianca
 
 
9 
 
saude/18951-ministerio-cria-politica-de-atencao-a-saude-da-crianca. 
Acesso em 25/11/2015 
Conheça a Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP. 
Para isso, acesse: http://www.sbp.com.br/ 
 
2: Crescimentoe Desenvolvimento Saudáveis 
 O seguimento da criança tem a potência de estreitar e manter o vínculo 
da criança e da família com os serviços de saúde, propiciando oportunidades 
de abordagem para a promoção de hábitos de vida saudáveis, vacinação, 
prevenção de problemas e agravos e a provisão do cuidado em tempo 
oportuno. 
O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento faz parte da 
avaliação integral à saúde da criança e do adolescente. Toda criança deve 
receber a ―Caderneta de Saúde da Criança‖ (CSC - MS), de preferência ainda 
na maternidade. Implantada desde 2005, é o documento onde são registrados 
os dados de identificação da criança, da história obstétrica e neonatal, da 
alimentação, do crescimento e desenvolvimento, da saúde bucal, auditiva e 
visual, as vacinações, além do registro das intercorrências clínicas. Contém 
ainda orientações para a promoção da saúde e prevenção de agravos como 
acidentes e violência doméstica. Entregue às famílias na maternidade, deve 
acompanhar a criança sempre que esta for levada a qualquer serviço de 
saúde. 
O registro correto e completo das informações é requisito básico para 
vigilância e promoção da saúde infantil, além do diálogo com a família sobre 
as anotações realizadas possibilita apropriação do sentido da puericultura, 
favorecendo sua maior adesão e co-responsabilização pelas ações de 
vigilância à saúde. As visitas domiciliares ou os atendimentos de saúde na 
ESF são oportunidades de entrar em contato com este cartão fazendo 
atualizações. 
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/18951-ministerio-cria-politica-de-atencao-a-saude-da-crianca
http://www.sbp.com.br/
 
 
10 
 
Para organizar o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, 
o Ministério da Saúde propõe um calendário mínimo de atendimentos à 
criança. 
Calendário mínimo de atendimentos de crianças, proposto pelo 
Ministério da Saúde 
 
Fonte: MS, 20051 
 
A Caderneta de Saúde da Criança é um documento fundamental para 
acompanhar a saúde, o crescimento e o desenvolvimento da criança, do 
nascimento até os 9 anos. A partir dos 10 anos, a caderneta a ser utilizada é 
a Caderneta de Saúde do Adolescente. É um documento único para cada 
criança. A primeira parte é dedicada a quem cuida da criança, contém 
informações e orientações para ajudar a cuidar melhor da saúde da criança. 
Apresenta os direitos da criança e dos pais, orientações sobre o registro de 
nascimento, amamentação e alimentação saudável, vacinação, crescimento e 
desenvolvimento, sinais de perigo de doenças graves, prevenção de 
acidentes e violências, entre outros. 
A segunda parte é destinada aos profissionais de saúde, com espaço 
para registro de informações importantes relacionadas à saúde da criança. 
Contém, também, os gráficos de crescimento, instrumento de vigilância do 
desenvolvimento e tabelas para registros das vacinas aplicadas e do 
adolescente permite identificar as condições vacinais, anotações importantes 
pode ser solicitada e verificada por profissionais de saúde, de educação e de 
assistência social. Permite também acompanhar o cumprimento dos 
 
1
 Manual para utilização da caderneta de saúde da criança / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção 
à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas, Área Técnica da Saúde da Criança e 
Aleitamento Materno. – Brasília: Ministério da Saúde, 2005. Disponível em 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual%200902.pdf . Acesso em 26/11/2015 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual%200902.pdf
 
 
11 
 
condicionantes estabelecidos nos programas de proteção social – Bolsa 
Família entre outras. 
Crescimento e desenvolvimento (C&D), portanto, são processos 
geneticamente programados, porém fortemente influenciados por fatores 
ambientais, bem como individuais - a exemplo de nutrição, condições de vida 
e higiene, estimulação, proteção contra agravos, uso de drogas e 
medicamentos, atividade física, sono, estresse, incapacidades funcionais e 
doenças crônicas. Fatores esses que podem modificar, interromper ou 
reverter os fenômenos que caracterizam a puberdade. 
As interações herança-meio têm início na fecundação, e a adolescência 
pode ser considerada a última oportunidade para se garantir a plena 
expressão dos potenciais de crescimento e desenvolvimento de cada 
indivíduo. 
Para promover o crescimento e o desenvolvimento saudáveis é 
fundamental que adolescentes de ambos os sexos sejam acompanhados 
sistematicamente nas unidades básicas de saúde, sendo referidos a outros 
níveis de complexidade do SUS, quando necessário, podendo-se utilizar a 
caderneta de saúde de adolescentes, de ambos os sexos, nesta ação, como 
instrumento de cidadania para essa população. As ações intersetoriais 
complementam a integralidade da atenção no SUS e devem fazer parte do 
modelo de atenção na produção da saúde para esses cidadãos. 
Saiba mais: 
Leitura recomendada: 
GALLAHUE, David L.; OZMUN, John C.; GOODWAY, Jackie D.Compreendendo o 
Desenvolvimento Motor-: Bebês, Crianças, Adolescentes e Adultos. AMGH, 2013. 
Disponível em https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=R6xIAgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PR3&dq=related:XkIP72Rv1cQJ:sch
olar.google.com/&ots=b-
YNmZJYP7&sig=35AuMdQ77mCLMAOdHnIVqFBXYA4#v=onepage&q&f=fals
e Acesso em 25/11/2015 
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=R6xIAgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PR3&dq=related:XkIP72Rv1cQJ:scholar.google.com/&ots=b-YNmZJYP7&sig=35AuMdQ77mCLMAOdHnIVqFBXYA4#v=onepage&q&f=false
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=R6xIAgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PR3&dq=related:XkIP72Rv1cQJ:scholar.google.com/&ots=b-YNmZJYP7&sig=35AuMdQ77mCLMAOdHnIVqFBXYA4#v=onepage&q&f=false
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=R6xIAgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PR3&dq=related:XkIP72Rv1cQJ:scholar.google.com/&ots=b-YNmZJYP7&sig=35AuMdQ77mCLMAOdHnIVqFBXYA4#v=onepage&q&f=false
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=R6xIAgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PR3&dq=related:XkIP72Rv1cQJ:scholar.google.com/&ots=b-YNmZJYP7&sig=35AuMdQ77mCLMAOdHnIVqFBXYA4#v=onepage&q&f=false
https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=R6xIAgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PR3&dq=related:XkIP72Rv1cQJ:scholar.google.com/&ots=b-YNmZJYP7&sig=35AuMdQ77mCLMAOdHnIVqFBXYA4#v=onepage&q&f=false
 
 
12 
 
Conheça o Centro de Estudos de Crescimento e Desenvolvimento do Ser 
Humano. Para isso, acesse: http://www.sbgc.org.br/sbgc/ 
 
 
3 Ações da clínica e do cuidado nos principais agravos da saúde da 
criança 
 
Nesta unidade vamos conhecer a atenção integral às doenças 
prevalentes na infância; no contexto do planejamento do trabalho em equipe, 
da organização do fluxo de atendimento à criança e adolescentes; os pactos e 
indicadores de saúde; avaliação dos fatores de risco nos distintos espaço (no 
ambiente familiar, escola, social); os principais sinais de violência contra 
criança, o impacto sobre a vida e saúde de crianças e adolescente. Também 
poderemos entender algumas abordagens no manejo das principais doenças 
e agravos presente neste ciclo da vida. 
As doenças diarréicas e respiratórias, a muito persistem como graves 
problemas para a criança, pondo em risco inclusive a sua vida. Entre as 
doenças respiratórias, as alergias, pneumonias e a asma constituem motivo 
freqüente de consultas em ambulatórios e serviços de urgência, o que 
demanda equipes de saúde qualificada para uma atenção integral, com 
capacidade de levar a bom termo o cuidado, evitando assim internações 
hospitalares desnecessárias e morte por esse motivo. 
As parasitoses intestinais seguem com prevalência significativa na 
infância e também na adolescência, interferindo no desenvolvimento 
adequado, o que demanda, conjuntamente com a doença diarréica, ações 
intersetoriais integradas e promotoras de acesso à água tratada e 
esgotamento sanitário, alémde tratamento adequado e oportuno. 
Entre as causas de morte infantil, as doenças transmissíveis têm sido 
responsáveis por até 70% dos óbitos nas regiões mais pobres do país e do 
mundo. Além disso, representam até um terço do total das hospitalizações de 
crianças menores de cinco anos na região das Américas. Tais doenças 
http://www.sbgc.org.br/sbgc/
 
 
13 
 
podem ser evitadas pela melhoria das condições de vida da população e 
disponibilidade de ações eficazes de prevenção, diagnóstico precoce e 
tratamento. 
Em nosso país, a saúde infantil tem um perfil que está intimamente 
ligado ao oferecimento, ao conjunto da população, de condições básicas de 
vida, tais como oferta e qualidade de serviços de saúde, alimentação, 
moradia, educação, renda familiar, saneamento básico, condições ambientais, 
lazer, transporte, entre outras. 
O conceito de integralidade das ações de atenção à saúde da criança 
fundamentou a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização Pan-
Americana da Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) 
no desenvolvimento de uma iniciativa global em saúde da criança, a 
estratégia Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância (AIDPI). 
Essa estratégia surgiu como uma metodologia de atenção à saúde da criança 
em consonância com a atenção primária à saúde, propondo uma avaliação 
sistemática dos principais fatores que afetam a saúde infantil, integrando 
ações curativas com medidas de promoção e prevenção, buscando a 
qualidade do atendimento. 
As ações contra transmissão vertical do HIV, a sífilis e a rubéola 
congênita e o tétano neonatal têm sido realizadas por meio do oferecimento 
de exames sorológicos, tratamento e profilaxia durante o pré-natal, no parto e 
no puerpério, de modo que as medidas de prevenção e controle pertinentes 
sejam tomadas, prevenindo-se novos casos. 
Como existem ações de saúde e intersetoriais integradas para 
prevenção e controle das doenças, a prevalência e o índice de incidência 
aumentados determina investigação crítica sobre as circunstâncias de sua 
ocorrência, indicando as que necessitam de implementação. 
Reduzir as taxas de morbimortalidade das doenças imunopreveníveis 
compreende conhecer a situação das mesmas, ou seja, sua prevalência, 
incidência, letalidade, ocorrência na sua região, situação vacinal entre outras. 
 
 
14 
 
Na ocorrência de alguma delas, a equipe de saúde deve notificar 
imediatamente a vigilância epidemiológica para se traçar medidas de 
prevenção e controle. A Unidade de Saúde deve garantir o funcionamento da 
sala de vacina, sem restrição de horários, para não se perder a oportunidade 
de vacinar toda a população, acompanhar a cobertura vacinal das crianças de 
sua área, fazendo a busca ativa de faltosos. 
A continuidade do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento 
da criança nos serviços de saúde possibilita ampliar a cobertura de 
vacinação, principalmente depois dos 5 anos de vida, quando a cobertura não 
tem sido atingida pela ação dos serviços de saúde. 
Interessante saber a situação vacinal das famílias para relacioná-la com 
a cobertura da área de abrangência da UBS e da cidade, conhecer o 
funcionamento da sala de vacina, avaliar se as metas estão sendo atingidas, 
quais as dificuldades para alcançá-las. Há outras vacinas (contra varicela, 
hepatite A) que não constam do calendário da rede pública, mas estão 
disponíveis na privada. É importante saber a razão desta diferença para 
orientar e esclarecer as pessoas. A inexistência do cartão ou a falta de 
vacinação são informações importantes para elaboração de ações que 
possam auxiliar a família cumprir com prevenção tão importante. 
Na atenção a criança e ao adolescente portadores de deficiência temos 
um panorama de que: pelo menos 10% das crianças nascem ou adquirem 
algum tipo de deficiência – física, mental ou sensorial – com repercussão 
negativa no desenvolvimento neuropsicomotor. Por outro lado, cerca de 70 a 
80% das seqüelas podem ser evitadas ou minimizadas através de condutas e 
procedimentos simples de baixo custo e de possível operacionalização 
(acompanhamento do crescimento, estimulação global do desenvolvimento, 
imunização e abordagem oportuna das alterações observadas). 
As crianças com necessidades especiais devem receber atenção 
integral e multiprofissional, devendo ter como referencial a promoção da sua 
inclusão e participação social. 
O cuidado integral à criança portadora de deficiência (diagnóstico, 
tratamento, procedimentos de reabilitação, medicamentos, assistência 
 
 
15 
 
odontológica, ajudas técnicas e a nutrição adequada; o fornecimento de 
órteses, próteses, bolsas pediátricas de colostomias, medicamentos, leites 
especiais; obedecendo ao fluxo local de assistência) pressupõe reabilitar a 
criança na sua capacidade funcional e desempenho humano, proteger a sua 
saúde para que possa desempenhar o seu papel em todas as esferas da sua 
vida social. 
Muitas das demandas atuais à saúde mental decorrem da ausência de 
espaços de participação social, de exercício do protagonismo infanto-juvenil, 
da falta de perspectivas e de oportunidades para o desenvolvimento das 
aptidões e mesmo do efetivo exercício de cidadania de crianças e jovens. 
Reconhecer a importância e o significado dos espaços de construção coletiva 
e de efetivo exercício da intersetorialidade, fundamentais na luta para 
assegurar o lugar da criança no seu território, na comunidade e na cidade tem 
a potência de reverter em medidas – inclusão em atividades de socialização, 
oficinas culturais e esportivas da própria comunidade –, recursos tão valiosos 
para promoção da saúde e prevenção dos distúrbios de comportamento e das 
doenças mentais. 
Outro aspecto importante e de alta relevância na saúde de crianças, 
adolescente e jovem está relacionado à violência. Segundo dados do IBGE a 
violência se expressa nos óbitos e nas notificações de violência doméstica e 
sexual, atingindo a todas as faixas etárias, com prevalência no sexo feminino 
na fase mais madura (adolescência e maturidade), como podemos observar 
nos gráfico e tabela que se segue: 
 
 
 
16 
 
 
 
A situação de pobreza da maioria das crianças, adolescentes e jovens 
que sofrem violência, traz consigo múltiplos agravos à saúde decorrente, em 
grande parte, da total ausência de suporte social direcionado as suas famílias. 
Não deve passar desapercebido aos profissionais de saúde, que a sociedade 
brasileira nega a esses jovens condições dignas e suficientes para uma 
completa possibilidade de viver e gozar de plena saúde, já que lhes impõe: - 
 
 
17 
 
precárias condições de habitação, com abastecimento de água ligado à rede 
geral com canalização interna, e instalação sanitária ligada à rede geral ou à 
fossa séptica; - situação educacional deficiente; difíceis condições de 
trabalho. 
Esse panorama ilustra a maneira como vivem as crianças e 
adolescentes vítimas da violência, característica de sociedades marcadas por 
profundas desigualdades na distribuição da riqueza social. São as chamadas 
crianças e adolescentes de alto risco porque têm uma imediata probabilidade 
de sofrer cotidiana e permanentemente a violação de seus direitos humanos 
mais elementares devido ao profundo processo de espoliação a que são 
submetidas: direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à segurança, 
ao lazer, entre outros. 
Cabe enfatizar que a adolescência é marcada por profundas mudanças 
físicas, emocionais, mentais e sociais e, a puberdade refere às mudanças 
fisiológicas e morfológicas. As principais manifestações são: o estirão puberal, 
o desenvolvimento gonadal, o desenvolvimento dos órgãos de reprodução e 
das características sexuais secundárias. Do mesmo modo, as modificações 
nas relações sociais – na família, na escola e na comunidade fazem com que 
os adolescentes vivenciem um processo contínuo de busca de autonomiae 
independência, com um novo olhar para a vida, acompanhado de um 
questionamento de valores até então aceitos. 
A interação dessas transformações no contexto da família, da sociedade 
e do ambiente sociocultural culmina com a construção da identidade adulta. 
Esta não acontece, na maioria das vezes, tranqüilamente. É preciso estar 
mais uma vez atentos aos suportes familiar, comunitário e social. 
As mudanças na estrutura familiar e no mercado de trabalho 
aumentaram o tempo que os adolescentes passam sem a presença dos 
adultos, especialmente dos pais. Dessa forma, o processo de 
amadurecimento que deveria ser gradual, com a aquisição de autonomia e 
responsabilidade, ocorre de forma abrupta. Além disso, o distanciamento dos 
pais limita a comunicação entre os adolescentes e suas famílias, constituindo 
 
 
18 
 
risco para a iniciação precoce de atividade sexual, uso de drogas e 
comportamentos delinqüentes. 
O profissional de saúde tem como uma de suas atividades perceber a 
dinâmica familiar e criar espaços para fortalecer essa relação, buscando a 
participação de outras pessoas da família e da comunidade. A escola tem 
grande significado na formação da identidade da criança e do adolescente, 
por isso representa um lugar privilegiado de aprendizagem e de promoção de 
saúde. 
Assim, o espaço de interação com o adolescente e jovem na família 
deve contribuir para o desenvolvimento da cidadania, evidenciando a 
importância de sua participação na vida social e de seu papel protagonista na 
construção de um projeto de vida consciente e responsável. É importante 
conhecer o seu engajamento na vida da família e da comunidade, como é o 
acesso para prática de esporte, lazer, cultura, expressão artística e de 
atividades que promovam a saúde, principalmente na discussão de conteúdos 
ligados à sexualidade e a questões ambientais. 
A estratégia de saúde da família, entendida como o conjunto de ações, 
de caráter individual ou coletivo, desempenhadas para a promoção da saúde 
e a prevenção dos agravos, bem como para as ações de assistência aos 
problemas de saúde é o eixo norteador para a organização da atenção básica 
nas unidades de saúde. Portanto, a unidade básica de saúde é 
preferencialmente porta de entrada do sistema, é o momento privilegiado para 
prover ações resolutivas, que contemplem integralmente e de forma mais 
abrangente as necessidades colocadas. No entanto, não se pode perder de 
vista que qualquer local do sistema de saúde e outros espaços sociais 
colocam-se como oportunidade de cuidado. 
Saiba mais: 
Leia o artigo: Violência contra a criança e o adolescente: proposta preliminar 
de prevenção e assistência á violência doméstica. – Brasília: MS, SASA, 
1997. Disponível em 
 
 
19 
 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0220violencia.pdf . Acesso em 
25/11/2015 
Conheça a UNICEF. Para isso, acesse: www.unicef.org 
 
4: Nutrição e Saúde Bucal 
 Veremos os conceitos e praticas de alimentação saudável para 
crianças e adolescente na prevenção de doenças e agravos a saúde. 
Destacaremos as ações do programa de promoção e incentivo ao aleitamento 
materno exclusivo até os 6 meses de idade; alimentação saudável a saúde 
bucal na atenção primaria. 
Política Nacional de Alimentação e Nutrição - PNAN traz em sua 
concepção - e explicitamente em seu texto introdutório - que a ―A alimentação 
e a nutrição constituem requisitos básicos para a promoção e a proteção da 
saúde, possibilitando a afirmação plena do potencial de crescimento e 
desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania‖ (Brasil, 2003, 
p. 11). Tais atributos estão ainda consignados na Declaração Universal dos 
Direitos Humanos, promulgada em 1948, que foram reafirmados no Pacto 
Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966) e 
incorporados à legislação nacional em 1992. 
Portanto devemos introduzir o conceito de alimentação e nutrição 
saudáveis desde a concepção, buscando estratégias de garantia de oferta de 
alimentos de qualidade, acessíveis a toda população com especial prioridade 
para crianças. 
Evidências científicas comprovam que o leite humano tem grande 
potencial transformador no crescimento, desenvolvimento e prevenção de 
doenças na infância e idade adulta, não somente pelas vantagens 
nutricionais, imunológicas, como pelo bem-estar e afetividade proporcionados 
às crianças. Considerado garantia fundamental para a da saúde infantil, o 
aleitamento materno exclusivo até os seis meses e complementado com 
alimentos apropriados até os dois anos de idade (Alves e Moulin, 2008). 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0220violencia.pdf
http://www.unicef.org/
 
 
20 
 
A orientação a mulher ainda durante o pré-natal sobre os cuidados com 
os mamilos, importância do alojamento conjunto na maternidade e 
amamentação precoce, informações sobre a licença maternidade para a 
mulher trabalhadora (Constituição Federal garante 120 dias de licença 
maternidade, sem prejuízo do emprego e salário e direito à nutriz, quando do 
retorno ao trabalho, a pausa de uma hora por dia, podendo ser parcelada em 
duas – MS, 2010), a atenção aos outros filhos e ao pai, que costumam ficar 
enciumados com a dedicação que o bebê necessita, é extremamente 
necessário. 
Após o nascimento é fundamental, a escuta qualificada com objetivo de 
captar as dúvidas, preocupações, dificuldades das mães e familiares, 
conhecer as crenças que a comunidade cultiva auxiliam no desenvolvimento 
da amamentação e envolve todos neste processo. É muito importante 
desvelar os mitos negativos sobre o leite materno, buscando reconstruir o 
valor da amamentação, da relação mulher-mãe-filho e, a mobilização de 
recursos internos e externos, exigido ao ato de amamentar – como os 
dolorosos momentos iniciais da amamentação. 
Por ocasião de uma visita domiciliar é importante identificas aspectos 
familiares que podem apoiar o aleitamento exclusivo. Questionamento, tais 
como: qual a importância que a família dá ao aleitamento materno? Se a 
criança está em aleitamento exclusivo ou ouve introdução de outros 
alimentos? Quais foram às dificuldades encontradas? As mulheres conhecem 
as leis que protegem a criança e portanto seu direito de amamentar? 
 A introdução de novos alimentos, aos 6 meses de idade para as 
crianças que estavam em aleitamento exclusivo, demanda observação dos 
hábitos alimentares da família e orientação cuidadosa baseada na nutrição 
saudável, como uma eficiente forma de controle dos desvios alimentares e 
nutricionais e prevenção de várias doenças, como as deficiências nutricionais, 
as doenças crônicas, sobrepeso e obesidade. As ações de vigilância devem 
identificar, através da CSC, as famílias e crianças em risco e priorizar o seu 
atendimento por programas de transferência de renda ou de distribuição de 
alimentos disponíveis. 
 
 
21 
 
Devemos valorizar a observação cuidadosa, o conhecimento e 
desenvolvimento de vínculo com a família, caso contrário estaremos distantes 
da realidade das pessoas. Observar horários alimentares, a característica dos 
alimentos presentes, às vezes, até o conteúdo do lixo pode fornecer 
informações importantes. 
A Saúde Bucal é importante saber sobre as funções e a importância da 
boca para a saúde das pessoas, incluindo as relações sociais. As mudanças 
paradigmáticas no conceito e na política de saúde bucal, entendida como 
parte intimamente associada a saúde da pessoa como todo, reinsere o 
conceito de complexidade sendo a boa parte fundamental do todo. A partir de 
então as ações e serviços passam a ser planejadas de forma integrar e 
articular, principalmente na Atenção Básica através da estratégia Saúde da 
Familia. 
 Portanto a saúde bucal da criança começa com o cuidado à saúde da 
mulher e da família, entendida como condições favoráveis antes e durante a 
gravidez, inclusive com tratamentos preventivos e curativos evitamtrabalho 
de parto prematuro. 
O aleitamento materno passa a ser incentivado, também, por promove a 
saúde dos dentes e o correto crescimento dos ossos da face, prevenindo 
problemas ortodônticos e da fala. 
O vínculo criado entre a equipe de saúde e a família permite conhecer a 
importância atribuída por esta à sua saúde bucal e quais os seus hábitos de 
vida, principalmente alimentares e de higiene. Hábitos lesivos (falta de horário 
para alimentação, uso de chupetas e mamadeiras, ingestão excessiva de 
medicamentos, consumo de álcool, fumo e drogas) podem ser modificados, 
através de trabalhos em grupos, consultas, visitas e observação, para 
melhorar a saúde de toda a família. 
Os cuidados de higiene bucal, que inclui acesso à água tratada e 
fluoretada, o uso de panos, gaze, escova e fio dental - devem ser 
constantemente estimulados e construídos nas diversas ações das equipes 
de saúde, como a única maneira de se controlar a microbiota bucal no dia-a-
 
 
22 
 
dia, a cárie ou outras doenças da boca. Os tratamentos preventivos e 
curativos devem ser realizados em intervalos regulares constantemente. 
Os principais agravos que acometem a saúde bucal e que têm sido 
objeto de estudos epidemiológicos em virtude de sua prevalência e gravidade 
são: (1) cárie dentária; (2) doença periodontal – (a) gengivite e (b) 
periodontite; (3) câncer de boca; (4) traumatismos dentários; (5) fluorose 
dentária; (6) edentulismo; e, (7) má oclusão. 
A lesão cariosa, considerada a de maior prevalência, é a manifestação 
clínica de uma infecção bacteriana. A atividade metabólica das bactérias 
resulta em um contínuo processo de desmineralização e remineralização do 
tecido dentário, e o desequilíbrio nesse processo pode causar uma 
progressão da desmineralização do dente com conseqüente formação da 
lesão de cárie. Esse processo é influenciado por muitos fatores 
determinantes, o que faz da cárie dentária uma doença multifatorial. Os 
principais fatores de risco associado são: fatores culturais e sócio-
econômicos; falta de acesso ao flúor; deficiente controle mecânico do biofilme 
(placa bacteriana; consumo excessivo e freqüente de açúcar e, xerostomia. 
Como medida simple de promoção da saúde bucal e prevenção de carie 
dentária têm a fluoretação da água de abastecimento: que consiste da 
fluoretação da água de abastecimento por um método seguro e eficaz, que 
atinge toda a população com acesso a água tratada. A implantação da 
fluoretação das águas deve ser uma política prioritária bem como garantir 
monitoramento dos teores de flúor agregados à água 
A abordagem coletiva pode incluir os seguintes procedimentos: 
• Exame epidemiológico. 
• Educação em saúde bucal. 
• Escovação dental supervisionada. 
• Entrega de escova e dentifrício fluoretado e, sempre que possível, de 
fio dental. 
• Aplicação tópica de flúor (ATF): Para se instituir a aplicação tópica de 
flúor de forma coletiva deve ser levada em consideração a situação 
 
 
23 
 
epidemiológica dos grupos populacionais locais em que a ação será 
realizada. 
Sua utilização com abrangência universal é recomendada somente para 
populações nas quais seja constatada uma ou mais das seguintes situações: 
exposição à água de abastecimento sem flúor ou com teores abaixo de 0,4 
ppmF e sem acesso à dentifrício fluoretado; CPOD maior que 3 aos 12 anos 
de idade e menos de 30% dos indivíduos livres de cárie aos 12 anos de 
idade. A ATF pode ser realizada na forma de bochechos fluorados semanais 
ou diários ou aplicação trimestral de flúor gel na escova, moldeira ou com 
pincelamento. 
Avaliar o desempenho da equipe de saúde (incluindo a equipe de saúde 
bucal) é fundamental para analise e avaliação do impacto na qualidade de 
saúde e de vida deste grupo populacional em especial. Pode-se utilizar as 
seguintes abordagens: Como é a atenção à saúde bucal da unidade de saúde 
que você visita? Qual a importância que a família dá a ela, hábitos de higiene 
bucal, acesso ao tratamento dentário? 
 
Saiba mais: 
Leia os artigos: 
1. A importância da Alimentação saudável na infância e na adolescência. 
Disponivel em: 
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3149/a_importancia
_da_alimentacao_saudavel_na_infancia_e_na_adolescencia.htm . 
Acesso em 26/11/2015. 
 
2. Ações de alimentação e nutrição na atenção básica: a experiência de 
organização no Governo Brasileiro. Disponível em 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
52732011000600002 . Acesso em 26/11/2015 
3. Modelo de avaliação da saúde bucal na atenção básica. Disponível em 
http://www.scielo.br/pdf/csp/v27n9/07.pdf . Acesso em 26/11/2015 
 
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3149/a_importancia_da_alimentacao_saudavel_na_infancia_e_na_adolescencia.htm
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/3149/a_importancia_da_alimentacao_saudavel_na_infancia_e_na_adolescencia.htm
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732011000600002
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732011000600002
http://www.scielo.br/pdf/csp/v27n9/07.pdf
 
 
24 
 
 
Conheça a Sociedade Brasileira de Odontologia – SOB 
Para isso, acesse: http://www.abo.org.br/site/ 
 
 
5: Diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral a Saúde da Mulher 
(PNAISM) – MS. 
Em função da organização social das relações de gênero, homens e 
mulheres, estão expostos a padrões distintos de adoecimento, sofrimento e 
morte. Para as mulheres, os problemas são agravados pela discriminação nas 
relações de trabalho e a sobrecarga com as responsabilidades com o trabalho 
doméstico. Mas, outras variáveis como raça, etnia e situação de pobreza 
realçam ainda mais as desigualdades, onde certas doenças e causas de 
morte estão mais relacionadas com a situação de discriminação na sociedade 
do que com fatores biológicos. 
O enfoque de gênero, a integralidade e a promoção da saúde como 
princípios norteadores e busca consolidar os avanços no campo dos direitos 
sexuais e reprodutivos, com ênfase na melhoria da atenção obstétrica, no 
planejamento familiar, na atenção ao abortamento inseguro e no combate à 
violência doméstica e sexual são a tônica de abordagem da Política Nacional 
de Atenção Integral a Saúde da Mulher (PNAISM). 
 Cada ciclo da vida da mulher é marcantes para seu corpo e sua história 
de vida, que em cada cultura recebem significado diverso. A menstruação e a 
menopausa são fenômenos naturais da fisiologia feminina e por longo tempo 
foram tratados como incômodos e vistos como doença. Ainda nos dias de 
hoje há uma idéia presente que associa feminilidade aos aspectos da 
fertilidade e da juventude. A discriminação de gênero, que interfere nas 
relações sociais e culturais, pode fazer com que as mulheres no climatério e 
especialmente após a menopausa venham a se sentir incompetentes e 
incapazes de desempenhar normalmente suas atividades ou empreenderem-
se em novos projetos de vida. 
Rede Cegonha, estratégia de mudança do modelo de atenção obstétrica 
e infantil a ser implementado em todo o território nacional, com prioridade de 
http://www.abo.org.br/site/
 
 
25 
 
implantação nas regiões da Amazônia Legal e do Nordeste, bem como nas 
regiões metropolitanas. A Rede Cegonha é uma rede de cuidados que visa 
assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo, à gravidez, ao 
parto e puerpério seguros e humanizados, e às crianças o direito ao 
nascimento e desenvolvimento saudáveis. São cinco fases de 
implementação, que deverão estar finalizadas até 2016. 
 A atenção integral à saúde da mulher compreende o atendimento à 
mulher a partir de uma percepção ampliada de seu contexto de vida, do 
momento em que apresenta determinada demanda, assim como de sua 
singularidade e de suas condições enquanto sujeito capaz e responsável por 
suas escolhas. 
 A atenção integral à saúde da mulher implica, para os prestadoresde 
serviço, no estabelecimento de relações com pessoas singulares, seja por 
razões econômicas, culturais, religiosas, raciais, de diferentes orientações 
sexuais, etc. O atendimento deverá nortear-se pelo respeito a todas as 
diferenças, sem discriminação de qualquer espécie e sem imposição de 
valores e crenças pessoais. Esse enfoque deverá ser incorporado aos 
processos de sensibilização e capacitação para humanização das práticas em 
saúde. 
 
Leia o artigo: 
COELHO, Edméia de Almeida Cardoso et al. Integralidade do cuidado à saúde da mulher: 
limites da prática profissional. Esc Anna Nery Rev Enferm, v. 13, n. 1, p. 154-60, 2009. 
Disponível em http://www.scielo.br/pdf/ean/v13n1/v13n1a21 . Acesso em 
25/11/2015 
Conheça a Rede APS. Para isso acesse: 
http://www.rededepesquisaaps.org.br/ 
 
 
http://www.scielo.br/pdf/ean/v13n1/v13n1a21
http://www.rededepesquisaaps.org.br/
 
 
26 
 
6 Ações da Clínica e do Cuidado nas Principais Queixas e Agravos da 
Saúde da Mulher. 
Abordamos aspectos clínicos e manejo das principais queixas e agravos 
ginecológicos; o impacto das doenças sexualmente transmissíveis para saúde 
e qualidade de vida das mulheres e seus impactos sociais. Manejo e medidas 
de promoção, prevenção e tratamento das doenças sexualmente 
transmissíveis. 
 Ações da clínica e do cuidado nas principais queixas e agravos 
ginecológicos O tópico propõe que a saúde da mulher seja vista de forma 
ampla, considerando aspectos biológicos, variáveis conforme condições 
sociais, regionais, laborais, faixa etária, ciclo de vida contexto familiar, de 
modo que ESFs possam atender especificidades, garantindo integralidade e 
humanização do atendimento e escuta qualificada na construção de novos 
projetos terapêuticos voltados para problemas específicos e queixas 
inespecíficas, melhorando a qualidade de vida. Trata da importância da 
prevenção e detecção do câncer ginecológico, da identificação dos papeis da 
equipe multiprofissional no reconhecimento e enfrentamento das queixas, no 
conhecimento e implementação de medidas de busca ativa da prevenção e 
detecção precoce do câncer ginecológico e no reconhecimento e viabilidade 
do sistema para a identificação de queixas associadas à violência 
As mudanças de hábitos, aliadas ao stress gerado pelo estilo de vida do 
mundo moderno, contribuem para que as doenças crônico-degenerativas 
estejam entre as principais causas de morte na população feminina. Alguns 
fatores, como o tipo de alimentação, o sedentarismo, o tabagismo, a 
sobrecarga de responsabilidades – aumento considerável do número de 
mulheres chefes de família –, a competitividade, o assé- dio moral e sexual no 
mundo do trabalho, têm relevância destacada na mudança do perfil 
epidemiológico das mulheres. A hipertensão arterial e o diabetes mellitus 
constituem-se nos principais fatores de risco populacional para as doenças 
cardiovasculares que, por sua vez, são a primeira causa de morte (31%), 
segundo dados do SIM/MS/2002. A hipertensão arterial tem prevalência 
estimada em cerca de 20% da população adulta (maior ou igual a 20 anos) e 
 
 
27 
 
forte relação com 80% dos casos de acidente vascular cerebral e 60% dos 
casos de doença isquêmica do coração. O diabetes mellitus vem 
apresentando uma prevalência crescente. No Brasil, a prevalência é em torno 
de 7,6% na população de 30 a 69 anos. Na referida pesquisa realizada por 
Laurenti (2002), o acidente vascular cerebral aparece como a primeira causa 
de morte em mulheres de 10 a 49 anos e a doença hipertensiva, a doença 
isquêmica do cora- ção e o diabetes mellitus ocupam, respectivamente, o 
sétimo, oitavo e nono lugar. 
O câncer de colo, diferentemente do câncer de mama, pode ser 
prevenido com medidas de fácil execução e de baixo custo. Segundo o INCA, 
em 2000, no SUS, a rede de coleta de exames citopatológico cérvico vaginal 
era composta por 6.908 unidades. Em 2002, estas já totalizavam 12.726. Em 
2000, havia 687 laboratórios de citopatologia que, em 2002, totalizaram 1.043. 
Em 1998, não havia nenhuma unidade de cirurgia de alta freqüência e, em 
2002, 308 estavam funcionando. No mesmo ano, 166 hospitais realizavam 
tratamento de câncer. Mas não basta introduzir a oferta dos exames 
preventivos na rede básica. É preciso mobilizar as mulheres mais vulneráveis 
a comparecem aos postos de saúde e implementar os sistemas de referência 
para o que for necessário encaminhar. No Brasil, observa-se que o maior 
número de mulheres que realizam o exame Papanicolaou está abaixo de 35 
anos de idade, enquanto o risco para a doença aumenta a partir dessa idade. 
A prevenção do câncer ginecológico, assim como o diagnóstico precoce e o 
tratamento, requerem a implantação articulada de medidas como 
sensibilização e mobilização da população feminina; investimento tecnológico 
e em recursos humanos, organização da rede, disponibilidade dos 
tratamentos e melhoria dos sistemas de informação. 
As mulheres lésbicas ainda consideram que o câncer de colo de útero só 
afeta mulheres heterossexuais e, portanto, não se sentem mobilizadas para 
sua prevenção nem para a prevenção do câncer de mama. As políticas 
públicas precisa incorporar o entendimento de que as mulheres lésbicas 
também são mulheres e, portanto, devem ser contempladas no conjunto das 
ações de atenção à saúde da mulher. A agenda de necessidades de saúde 
desse grupo populacional diz respeito, dentre outras, ao atendimento na área 
 
 
28 
 
da ginecologia, em que os profissionais partem do pressuposto de que a vida 
sexual ativa das mulheres é sempre de caráter heterossexual. 
A ausência da variável cor na maioria dos sistemas de informação da 
área de Saúde tem dificultado uma análise mais consistente sobre a saúde 
das mulheres negras no Brasil. No entanto, os dados socioeconômicos 
referentes à população negra por si só já são indicadores de 50 51 seu estado 
de saúde. A grande maioria de mulheres negras encontra-se abaixo da linha 
de pobreza e a taxa de analfabetismo é o dobro, quando comparada a das 
mulheres brancas. Por essas razões, elas possuem menor acesso aos 
serviços de saúde de boa qualidade, resultando que as mulheres negras têm 
maior risco de contrair e morrer de determinadas doenças do que as mulheres 
brancas. 
Alguns problemas de saúde são mais prevalentes em determinados 
grupos raciais/étnicos e, no caso das mulheres negras, a literatura refere 
maior freqüência de diabetes tipo II, miomas, hipertensão arterial e anemia 
falciforme. São doenças sobre as quais os dados empíricos são 52 53 
suficientes para demonstrar o recorte racial/étnico relativo à popula- ção 
negra. A literatura norte-americana afirma que a prevalência de miomas em 
mulheres negras é cinco vezes maior que em mulheres brancas. No Brasil, 
segundo Souza (1995), também é alta a incidência e reincidência de miomas 
em mulheres negras. No que se refere à hipertensão arterial, sua maior 
prevalência se dá em negros de ambos os sexos, com a peculiaridade de 
aparecer mais cedo e ser mais grave e complicada nesse grupo populacional. 
Esse dado adquire maior gravidade quando relacionado à hipertensão arterial 
durante a gravidez, levando à toxemia gravídica, uma das principais causas 
de morte materna no Brasil. 
A anemia falciforme é uma doença hereditária que incide 
majoritariamente em negros em todo o mundo, sendo a do tipo Banto (a mais 
grave) a predominante no Brasil. Dados da Organização Mundial da Saúde 
estimam que nascem no Brasil cerca de 2.500 crianças falcêmicas/ano e, 
segundo Oliveira (2000), triagens de gestantes no pré-natal demonstraram 
que, em cada mil, 30 são portadoras do traço falcêmico. A precariedade das 
condições de vida das mulheres negras leva-as a apresentarem também 
 
 
29 
 
maiores taxas de doenças relacionadas à pobreza, como o câncer de colo de 
útero que é duas vezes mais freqüente em mulheres negras que em brancas.Saiba mais: 
Leia o artigo: Dossiê, assimetrias raciais no Brasil: alerta para elaboração de 
políticas. Belo Horizonte, 2003.. Disponível em: 
http://pesquisa.bvs.br/brasil/resource/pt/ses-19572 . Acesso em 26/11/2015 
Conheça a REDE NACIONAL FEMINISTA DE SAÚDE, DIREITOS SEXUAIS 
E DIREITOS REPRODUTIVOS. Para isso acesse: 
http://redesaude.org.br/comunica/ 
 
7 Atenção Integral à Saúde Mulher no Climatério e na Menopausa 
 
Vamos abordar alguns conceitos e diretrizes de cuidado a mulher no 
climatério e menopausa; abordagem social desta etapa da vida como 
elemento de redefinição do papel social da mulher; riscos e agravos à saúde 
relacionados a esse período. 
 A sexualidade das mulheres ainda é, em parte, desconhecida, não 
somente para os homens, mas, sobretudo, para as próprias mulheres. 
Durante anos, o modelo de sexualidade dominante, normativo, aceito 
socialmente, é o que corresponde à sexualidade masculina. A ignorância e os 
tabus que ainda rodeiam a sexualidade durante o climatério trazem como 
conseqüência que, as diversas mudanças que acontecem no corpo e nas 
relações sexuais nesse período da vida, são freqüentemente atribuídas, 
muitas vezes indevidamente, à menopausa. 
 Os profissionais de saúde que atendem a clientela feminina devem 
cuidar para que haja a maior efetividade possível. Os serviços de saúde 
precisam adotar estratégias que evitem a ocorrência de oportunidades 
perdidas de atenção às mulheres no climatério. Isto é, evitar ocasiões em que 
as mulheres entram em contato com os serviços e não recebem orientações 
ou ações de promoção, prevenção e ou recuperação, de acordo com o perfil 
epidemiológico deste grupo populacional. 
http://pesquisa.bvs.br/brasil/resource/pt/ses-19572
http://redesaude.org.br/comunica/
 
 
30 
 
 As oportunidades ocorrem durante a anamnese que valoriza a escuta, 
no exame clínico que inclui aferição do peso, da altura, da circunferência 
abdominal e da pressão arterial, no elenco de exames solicitados. Também 
no encaminhamento para grupos psico-educativos ou para outros 
profissionais (saúde bucal, endocrinologia, cardiologia, ortopedia, 
oftalmologia, etc.), na orientação sobre sexualidade, alimentação saudável, 
prevenção do câncer e das DST/aids, na oferta de atividades de promoção da 
saúde e outros recursos disponíveis na rede, em outros serviços públicos e na 
comunidade. 
Saiba mais: 
Leia o Manual de Atenção à Mulher no Climatério / Menopausa Disponível: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf 
Acesso em 26/11/2015 
Conheça a Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetricia – RBGO. 
Para isso, acesse: http://www.scielo.br/scielo.php/script_sci_serial/pid_0100-
7203/lng_pt/nrm_iso 
 
 
8 Enfrentamento da Violência contra a Mulher 
Veremos conceito de violência contra mulher; sinais e sintomas da 
violência; estratégias de abordagem das mulheres vitimas de violência; 
iniciativas de proteção à mulher e seus filhos vitimas de violência. 
O que é violência doméstica contra a mulher? 
É a forma mais freqüente de violência sofrida pelas mulheres. São atos e 
comportamentos dirigidos contra a mulher que correspondem a agressões 
físicas ou sua ameaça, maus tratos psicológicos e abusos ou assédios 
sexuais, e desrespeito aos seus direitos na esfera da vida reprodutiva ou da 
cidadania social. Consistem em agressão verbal, física e psicológica 
cometidas por um membro da família ou pessoa que habite ou tenha habitado 
o mesmo domicílio. As mulheres podem estar envolvidas nas situações de 
violência doméstica como agredidas ou como agressora. Algumas são 
mesmo a um só tempo envolvidas em ambas as situações, quando, por 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf%20Acesso%20em%2026/11/2015
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf%20Acesso%20em%2026/11/2015
http://www.scielo.br/scielo.php/script_sci_serial/pid_0100-7203/lng_pt/nrm_iso
http://www.scielo.br/scielo.php/script_sci_serial/pid_0100-7203/lng_pt/nrm_iso
 
 
31 
 
exemplo, sofrem violência do marido e batem nas crianças. Trataremos aqui 
da abordagem das mulheres no sentido de apoiar sua emancipação e 
conseqüente superação das situações de violência. 
A seguir, discriminamos os atos que podem ser considerados violência 
física, sexual e psicológica. 
 Violência física: 
• Tapas 
• Empurrões 
• Chutes 
• Bofetadas 
• Tentativa de asfixia 
• Ameaça com faca 
• Tentativas de homicídios 
• Puxões de cabelo 
• Beliscões 
• Mordidas 
• Queimaduras 
 Violência psicológica: 
• Humilhações 
• Ameaças de agressão 
• Privação da liberdade 
• Impedimento ao trabalho ou estudo 
• Danos propositais a objetos 
• queridos 
• Danos a animais de estimação 
• Danos ou ameaças a pessoas 
• queridas 
• Impedimento de contato com a 
• família e amigos 
 Violência sexual: 
 • Expressões verbais ou corporais que não são do agrado da pessoa 
 
 
32 
 
 • Toques e carícias não desejados 
 • Exibicionismo e voyerismo 
 • Prostituição forçada 
 • Participação forçada em pornografia 
 
Visibilidade/invisibilidade da violência doméstica 
Apesar da alta magnitude, é raro a violência tornar-se visível. Quando 
mulheres que estão sofrendo violência procuram os serviços de saúde, 
dificilmente revelam espontaneamente esta situação. Mesmo quando 
perguntamos, corremos o risco de não ser revelado este sofrimento. Isso 
ocorre porque é bastante difícil a mulher falar sobre a violência, bem como 
não tem sido experiência das mulheres o crédito e o acolhimento diante dessa 
revelação. Também devemos lembrar que a palavra violência pode não 
corresponder à experiência vivida por algumas mulheres, que não 
reconhecem os atos agressivos cometidos pelo marido como violência, mas 
sim como ―ignorância‖, ―estupidez‖ e outros termos parecidos. Assim sendo, 
seja por dificuldades das mulheres, seja porque não podem ainda confiar nos 
serviços de saúde, as mulheres geralmente não contam que vivem em 
situação de violência. 
 
 
 
33 
 
Por definição, a violência sexual é toda a ação na qual uma pessoa em 
relação de poder e por meio de força física, coerção ou intimidação 
psicológica, obriga uma outra ao ato sexual contra a sua vontade. O abuso 
sexual é muitas vezes difícil de ser detectado. Atos libidinosos, atentado ao 
pudor, sedução, entre outros, podem não deixar marcas físicas. 
 • Abuso incestuoso: é o abuso sexual envolvendo pai ou outro parente 
próximo, que se encontra em uma posição de maior poder em relação à 
vitima. • Sexo forçado no casamento: a mulher é constrangida a manter 
relações sexuais como parte de suas obrigações de esposa. 
• Assédio sexual no local de trabalho: atitudes de conotação sexual em 
que ocorre constrangimento de uma das partes, através do uso do poder de 
um superior na hierarquia em instituições de ensino e locais de trabalho e 
onde quer que se estabeleçam relações desiguais de poder. 
 Estupro - quando a mulher é obrigada a manter relações sexuais 
vaginais sob ameaça ou violência. 
 Atentado violento ao pudor - quando a mulher é obrigada a manter 
relação sexual anal, oral ou qualquer outro contato íntimo que não seja 
relação sexual vaginal ou quando é obrigada a presenciar outras pessoas 
tendo relações sexuais. 
 
Violência institucional, fruto das desigualdades predominantes em uma 
determinada sociedade, esse tipo de violência se incorpora à cultura 
hegemônica em instituições como os serviços públicos, a mídia e as 
empresas privadas. No Brasil não são raras as denúncias da falência do 
sistema penitenciário e suas repercussões junto às mulheres encarceradas, 
sendo difícil o acesso a fontes de informação sobre o tema. A violência contra 
mulheres presas não é um fenômeno local, que reporta casos de estupros e 
outros tipos de abuso sexual, restrições cruéis e degradantes às mulherespresas que estão grávidas ou seriamente doentes, acesso inadequado às 
necessidades básicas para se manterem física e mentalmente saudáveis, 
confinamento e isolamento por períodos muito prolongados em condições que 
reduzem os estímulos sensoriais. 
 
 
34 
 
Violência nos serviços de saúde, são enfrentadas por muitas mulheres 
que se dirigem aos serviços de saúde para atendimento que é marcado pela 
violência. Não são raros os relatos de casos de curetagem sem anestesia, 
quando em situação de aborto; tratamento preconceituoso, negligência e 
maus-tratos nas situações de aborto provocado; falta de esclarecimentos e 
orientações adequadas; exames ginecológicos feitos com pouco cuidado; 
falta de privacidade quando examinadas; abuso sexual por parte dos 
profissionais e tratamento preconceituoso em casos de violência sexual. 
Apenas uma em cada dez mulheres em situação de violência que 
procuram atendimento médico é oficialmente reconhecida pelos profissionais 
de saúde como mulher espancada, as respostas dos profissionais a essas 
mulheres tendem a se limitar ao tratamento das lesões físicas causadas pelo 
espancamento e, em muitos casos, a culpar a vítima pela violência. 
Saiba mais: 
Leia o artigo: VIOLÊNCIAS CONTRA AS MULHERES: INTERFACE COM A 
SAÚDE. Disponível em www.scielo.br/pdf/icse/v3n5/03.pdf . Acesso em 
25/11/2015 
Conheça a ONU MULHERES. Para isso, acesse: 
 www.onumulheres.org.br/areas.../fim-da-violencia-contra-as-mulheres 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.scielo.br/pdf/icse/v3n5/03.pdf
http://www.onumulheres.org.br/areas.../fim-da-violencia-contra-as-mulheres
 
 
35 
 
Bibliografia: 
BEREK, Jonathan S. (Ed.). Novak: tratado de ginecologia. 15ª edição, 2014 
BRASIL. Ministério da Saúde. Politica Nacional de Atenção Integral a Saúde 
da Mulher: princípios e diretrizes - Secretaria de Atenção à Saúde, 
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : 
Editora do Ministério da Saúde, 2007. 82 p. : il. – (Série C. Projetos, 
Programas e Relatórios) 
BRASIL. Instituto Nacional de Câncer. Diretrizes Brasileiras para o 
rastreamento do câncer do colo do útero. Rio de Janeiro: INCA, 2011. 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de 
Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento 
materno e alimentação complementar. Brasília: Editora do Ministério da 
Saúde, 2009. 
Bibliografia complementar 
BRASIL, Ministério da Saúde. Linha de Cuidado para Atenção Integral à 
Saúde de Criança, Adolescentes e suas Famílias em Situação de 
Violências. Orientação para Gestores e Profissionais de Saúde. Série F 
Comunicação e Educação em Saúde. Brasília, 2010. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_criancas_familias
_violencias.pdf 
Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações 
Programáticas Estratégicas. Texto retirado de Atenção integral à saúde de 
adolescentes e jovens. Documento preliminar para discussão na Oficina de 
Construção da Política Nacional de Atenção à Saúde de Adolescentes e 
Jovens. Brasília: ASAJ, [2003]. 
______. Ministério da Saúde. Sistema de Informação em Pré-Natal (Sis-
prenatal). Brasília: Ministério da Saúde; Datasus, 2002. 
______. Ministério da Saúde. Violência Intrafamiliar. Brasília, 2002. (Cadernos 
de Atenção Básica). 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_criancas_familias_violencias.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/linha_cuidado_criancas_familias_violencias.pdf
 
 
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______. Ministério da Saúde. Violência intrafamiliar: orientações para a 
prática em serviço. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. 
______. Ministério do Trabalho e Emprego. Mapa de indicativos do trabalho 
da criança e do adolescente. Brasília, 2000. 
Bowlby, J. Cuidados Maternos e Saúde Mental. São Paulo: Livraria Martins 
Fontes Editora, 2ª Edição brasileira, 1988. 
Brazelton, T.B. e Cramer, B.G. As primeiras relações. São Paulo: Livraria 
Martins Fontes Editora, 1992. 
Cecílio, L.C. de O. As Necessidades de Saúde como Conceito Estruturante na 
Luta pela Integralidade e Eqüidade na Atenção à Saúde. Em Os sentidos da 
Integralidade na atenção e cuidado à saúde. Pinheiro,R. e Mattos, R.de A. 
(org), Rio de Janeiro: UERJ, IMS: ABRASCO, 2001. 
COELHO, M. R. S. Atenção básica à saúde da mulher: subsídios para a 
elaboração do manual do gestor municipal. Dissertação (Mestrado em Saúde 
Coletiva) – Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal da Bahia, 
Salvador, 2003b. 
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE POPULAÇÃO E 
DESENVOLVIMENTO, 1994, Cairo, Egito. Relatório final. [S.l.]: CNPD; 
FNUAP, 1994. Publicação em português. 
COMISSÃO NACIONAL DE POPULAÇÃO E DESENVOLVIMENTO. Jovens 
acontecendo na trilha das políticas públicas. Brasília, 1998. v. 1. 
CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE – CONASS. Para 
entender a gestão do SUS. Brasília, 2003. 
CORRAL, T. Agenda social. In: Agenda de desenvolvimento humano e 
sustentável para o Brasil do Século XXI. Brasília: Instituto de Política; PNUD, 
2000. Programa Regional de Estratégias e Desenvolvimento Local. 
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos: O Capital Humano das 
Organizações. 8ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2004. 
FISHER, A.L.; DUTRA, J.S.; AMORIM, W.A.C. Gestão de Pessoas. São 
Paulo, Atlas, 2010. 
CAMPOS, G.W. de S. (2003) Saúde Paidéia. São Paulo: Editora Hucitec, terceira 
 
 
37 
 
edição, 2007. 
Agência Brasil. Nova Caderneta de Saúde da Criança 
 http://www.soperj.org.br/download/caderneta_saude_da_crianca_todos.pdf 
Alves, C.R.L e Moulin, Z.S. Saúde da Criança e do Adolescente, crescimento, 
desenvolvimento e alimentação. Belo Horizonte, Editora Coopmed, Nescon 
UFMG, 2008 
.http://www.nescon.medicina.ufmg.br/ceabsf/ambiente/modules/biblio_virtual/b
ead/imagem/1572.pdf 
Merhy, E.E. A perda da dimensão cuidadora na produção da saúde. Em 
Campos, C.R. et al. (org). Sistema Único de Saúde em belo Horizonte: 
reescrevendo o público. São Paulo: Xamã, 1998, p.103-20. 
 
 
http://www.soperj.org.br/download/caderneta_saude_da_crianca_todos.pdf
http://www.nescon.medicina.ufmg.br/ceabsf/ambiente/modules/biblio_virtual/bead/imagem/1572.pdf
http://www.nescon.medicina.ufmg.br/ceabsf/ambiente/modules/biblio_virtual/bead/imagem/1572.pdf

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