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Iniciado em quarta, 30 Mar 2022, 18:55 Estado Finalizada Concluída em quarta, 30 Mar 2022, 19:02 Tempo empregado 6 minutos 43 segundos Avaliar 20,00 de um máximo de 20,00(100%) Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 33% O que você quer aprender? https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Questão 1 Correto Atingiu 5,00 de 5,00 Acerca da PNAISC, assinale a alternativa correta: Escolha uma opção: a. A PNAISC se estrutura em nove eixos estratégicos b. Os eixos da PNAISC tem a finalidade de orientar e qualificar as ações e serviços de saúde mental no território nacional c. A PNAISC desconsidera os determinantes sociais e condicionantes d. A PNAISC tem como objetivo promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno A PNAISC se estrutura em 7 (sete) eixos estratégicos, com a finalidade de orientar e qualificar as ações e serviços de saúde da criança no território nacional, considerando os determinantes sociais e condicionantes da saúde. A PNAISC tem como objetivopromover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno. Sua resposta está correta. Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 33% O que você quer aprender? https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Questão 2 Correto Atingiu 5,00 de 5,00 Julgue a afirmativa a seguir em verdadeiro ou falso: “A Rede Cegonha traz um conjunto de iniciativas que envolvem mudanças no modelo de cuidado à criança e ao adolescente, com foco nos primeiros dez anos e em especial na adolescência”. Escolha uma opção: Verdadeiro Falso A afirmativa é falsa. Em 2011, foi lançada pelo Ministério da Saúde (MS) a Rede Cegonha (Portaria 1.459, de 24 de junho de 2011), a qual envolve uma rede de cuidados que vislumbra a garantia do acesso seguro e de qualidade na atenção à mulher em todo seu ciclo reprodutivo, bem como garantir à criança o acesso, a segurança e o cuidado integral ao nascimento, crescimento e desenvolvimento (BRASL, 2011). Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 33% O que você quer aprender? https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Questão 3 Correto Atingiu 5,00 de 5,00 Assinale a alternativa correta sobre a Atenção Primária em Saúde (APS) e a Estratégia Saúde da Família (ESF): Escolha uma opção: a. A APS é uma pequena estratégia do sistema de saúde e, quando fortalecida, permite aumentar as iniquidades e piorar a saúde dos indivíduos e comunidades. b. A ESF é o modelo adotado pelo MS e alguns municípios do Estado de São Paulo como prioritário para a estruturação da APS no Brasil. A Atenção Primária em Saúde (APS) é uma das principais estratégias para um sistema de saúde e, quando fortalecida, permite reduzir as iniquidades e melhorar a saúde dos indivíduos e comunidades. A Estratégia Saúde da Família (ESF) é o modelo adotado pelo MS e alguns municípios do Estado de São Paulo como prioritário para a estruturação da APS no Brasil. Embasada na noção de vigilância à saúde e no fortalecimento do vínculo profissional-população, prevê cuidados integrais e continuados de saúde a indivíduos e famílias. c. Embasada na noção do modelo médico assistencial privatista e no enfraquecimento do vínculo profissional- população. d. A ESF prevê cuidados fragmentados e pontuais de saúde a indivíduos e famílias. Sua resposta está correta. Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 33% O que você quer aprender? https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Questão 4 Correto Atingiu 5,00 de 5,00 Julgue a afirmativa a seguir em verdadeiro ou falso: Existem várias definições sobre o que seja política pública, a exemplo de: são decisões de caráter geral, voltadas para a coletividade, destinadas a tornar públicas as intenções do governo, visando orientar o planejamento de ações, podendo ter como desdobramento a elaboração de programas e projetos (BRASIL, 1999). Escolha uma opção: Verdadeiro Falso A afirmativa é verdadeira. Outras definições: um conjunto de ações do governo que irão produzir efeitos específicos sobre os indivíduos; a soma de atividades do governo que influenciam a vida dos cidadãos; a escolha de um governo na adoção de medidas específicas. Em síntese, uma política pública pode beneficiar ou não a população ou os grupos (MAGALHÃES, 2011). Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 33% O que você quer aprender? https://www.facebook.com/sgtes https://twitter.com/sgtes_ms https://www.youtube.com/channel/UC_aBUbvuj8o82pQIcPTBUlg https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Iniciado em quarta, 30 Mar 2022, 19:07 Estado Finalizada Concluída em quarta, 30 Mar 2022, 19:09 Tempo empregado 2 minutos 18 segundos Avaliar 20,00 de um máximo de 20,00(100%) Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 57% O que você quer aprender? https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Questão 1 Correto Atingiu 5,00 de 5,00 Assinale a alternativa correta sobre os benefícios do aleitamento materno: Escolha uma opção: a. involução uterina mais demorada e aumento na hemorragia uterina pós-parto, devido à liberação de ocitocina, além de demora na perda do peso acumulado na gestação b. auxílio no aumento do intervalo entre as gestações O aleitamento também traz muitos benefícios para a mãe: involução uterina mais rápida e redução na hemorragia uterina pós-parto, devido à liberação de ocitocina, além de perda mais rápida do peso acumulado na gestação; auxílio no aumento do intervalo entre as gestações; maior interação mãe-bebê; benefício relativo aos aspectos econômicos, uma vez que o leite materno não tem custos; praticidade, pois o leite materno está sempre pronto para ser consumido; diminuição do risco de câncer de mama e ovário. c. menor interação mãe-bebê d. aumento do risco de câncer de mama e ovário. Sua resposta está correta. Atenção à saúde da criança:Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 57% O que você quer aprender? https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Questão 2 Correto Atingiu 5,00 de 5,00 Questão 3 Correto Atingiu 5,00 de 5,00 Julgue a afirmativa a seguir em verdadeiro ou falso: “São inúmeros os benefícios do aleitamento materno para o bebê: diminuição da morbidade e das taxas de morte súbita do lactente; redução do risco de hospitalização por Vírus Sincicial Respiratório (VSR) e alergias”. Escolha uma opção: Verdadeiro Falso A afirmativa é verdadeira. O aleitamento materno exclusivo reduz o risco de asma e de sibilos recorrentes; protege contra o desenvolvimento de dermatite atópica; reduz a obesidade; diminui o risco de hipertensão, colesterol alto e diabetes; melhora a nutrição, entre outros benefícios (BRASIL, 2012). Julgue a afirmativa a seguir em verdadeiro ou falso: “A interação com os membros da família e com a sua rede social de proteção dificulta a sobrevivência da criança e a sua relação com o mundo, atrapalhando o seu desenvolvimento psicossocial”. Escolha uma opção: Verdadeiro Falso A afirmativa é falsa. O desenvolvimento da criança será sempre mediado por outras pessoas, pelas famílias, pelos profissionais de saúde, educação, entre outros que delimitam e atribuem significados à sua realidade. Na sua relação com os adultos, assimila habilidades, tais como: sentar, andar, falar e controlar esfíncteres. Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 57% O que você quer aprender? https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Questão 4 Correto Atingiu 5,00 de 5,00 Assinale a alternativa correta: Escolha uma opção: a. O crescimento e desenvolvimento da criança não precisam ser anotados na Caderneta de Saúde da Criança, ficam registrados somente pela equipe e não são mostrados aos pais ou cuidadores. b. A caderneta dificulta a comunicação entre os profissionais inter e intrasserviços de saúde. c. A caderneta constitui uma das políticas de saúde da criança e é distribuída gratuitamente para todas as crianças nascidas no território brasileiro. O desenvolvimento também deverá ser anotado na Caderneta de Saúde da Criança e ambos, crescimento e desenvolvimento, deverão ser mostrados aos pais e ou cuidadores. Por ser um documento que permite registrar os fatos mais significativos da saúde infantil, agrega o potencial de facilitar a comunicação entre os profissionais inter e intrasserviços. A caderneta constitui uma das políticas de saúde da criança e é distribuída gratuitamente para todas as crianças nascidas no território brasileiro, existindo uma versão para a menina e outra para o menino, em função das suas especificidades distintas no crescimento e desenvolvimento. d. A caderneta tem uma única versão independente do sexo da criança, em função das características semelhantes no crescimento e desenvolvimento. Sua resposta está correta. Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 57% O que você quer aprender? https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 57% O que você quer aprender? https://www.facebook.com/sgtes https://twitter.com/sgtes_ms https://www.youtube.com/channel/UC_aBUbvuj8o82pQIcPTBUlg https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Iniciado em quarta, 30 Mar 2022, 19:13 Estado Finalizada Concluída em quarta, 30 Mar 2022, 19:18 Tempo empregado 4 minutos 31 segundos Avaliar 20,00 de um máximo de 20,00(100%) Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 76% O que você quer aprender? https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Questão 1 Correto Atingiu 5,00 de 5,00 Julgue a afirmativa a seguir em verdadeiro ou falso sobre o teste da orelhinha: “Com a realização do Teste da Orelhinha, dois resultados podem aparecer: - Se o ouvido do bebê responder aos estímulos do exame, atenção! O bebê deverá ser encaminhado para um acompanhamento que inclui a realização de outros exames para esclarecer se o problema é temporário ou permanente. Se, por algum motivo, o bebê não realizou o teste na maternidade ou no hospital, o profissional de saúde, logo na primeira consulta, deverá encaminhar o bebê para os locais competentes em sua região. A descoberta tardia pode dificultar o tratamento, além de prejudicar o desenvolvimento da criança. - Caso o ouvido do bebê não responda aos estímulos do exame, tudo está bem, ele apresenta audição normal e deve iniciar a fala em torno de um ano de vida e ser capaz de construir frases simples aos dois anos”. Escolha uma opção: Verdadeiro Falso A afirmativa é falsa. Com a realização do Teste da Orelhinha, dois resultados podem aparecer: • se o ouvido do bebê responder aos estímulos do exame, tudo está bem, ele apresenta audição normal e deve iniciar a fala em torno de um ano de vida e ser capaz de construir frases simples aos dois anos; • caso isso não aconteça, realizar uma nova avaliação da audição. Caso o ouvido do bebê não responda aos estímulos do exame, atenção! O bebê deverá ser encaminhado para um acompanhamento que inclui a realização de outros exames para esclarecer se o problema é temporário ou permanente. Se, por algum motivo, o bebê não realizou o teste na maternidade ou no hospital, o profissional de saúde, logo na primeira consulta,deverá encaminhar o bebê para os locais competentes em sua região. A descoberta tardia pode dificultar o tratamento, além de prejudicar o desenvolvimento da criança. Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 76% O que você quer aprender? https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Questão 2 Correto Atingiu 5,00 de 5,00 Assinale a alternativa correta sobre fatores de risco e alterações físicas associados a problemas do crescimento e desenvolvimento: Escolha uma opção: a. Peso acima de 2.500g b. Icterícia leve c. Parto a termo (> de 37 semanas)d. Problemas na gestação, parto ou nascimento Ausência ou pré-natal incompleto; problemas na gestação, parto ou nascimento; prematuridade (< de 37 semanas); peso abaixo de 2.500g; icterícia grave; hospitalização no período neonatal; doenças graves como meningite, traumatismo craniano e convulsões; parentesco entre os pais; casos de deficiência ou doença mental na família; fatores de risco ambientais, como violência doméstica, depressão materna, drogas ou alcoolismo entre os moradores da casa, suspeita de abuso sexual etc. Sua resposta está correta. Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 76% O que você quer aprender? https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Questão 3 Correto Atingiu 5,00 de 5,00 Julgue a afirmativa a seguir em verdadeiro ou falso sobre o teste do coraçãozinho: Escolha uma opção: a. O Teste do Coraçãozinho é realizado nas maternidades da rede privada de saúde, o exame de oximetria de pulso por enquanto não é realizado frequentemente como parte da triagem neonatal do sistema único de saúde. b. O teste permite identificar se o bebê tem alguma doença grave no coração e o paciente é submetido ao exame de eletrocardiograma para confirmar o diagnóstico. c. O procedimento é difícil, doloroso e rápido para medir a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos do recém-nascido com o auxílio de um oxímetro instalado no final do primeiro mês de vida no pulso e no pé. d. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, cerca de 10 em cada mil nascidos podem apresentar alguma malformação congênita e, entre esses, dois podem ter cardiopatias graves e precisar de intervenção médica urgente. O Teste do Coraçãozinho é realizado nas maternidades da rede pública de saúde, o exame de oximetria de pulso, mais conhecido como Teste do Coraçãozinho, agora será realizado de forma universal como parte da triagem neonatal do Sistema Único de Saúde (SUS). O teste permite identificar precocemente se o bebê tem alguma doença grave no coração e, em caso positivo, o paciente é submetido ao exame de ecocardiograma para confirmar o diagnóstico. O procedimento é simples, rápido e indolor. Consiste em medir a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos do recém-nascido com o auxílio de um oxímetro instalado nos primeiros dias de vida no pulso e no pé. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, cerca de 10 em cada mil nascidos podem apresentar alguma malformação congênita e, entre esses, dois podem ter cardiopatias graves e precisar de intervenção médica urgente. Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 76% O que você quer aprender? https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Questão 4 Correto Atingiu 5,00 de 5,00 Sua resposta está correta. Julgue a afirmativa a seguir em verdadeiro ou falso: “A proposta é que a primeira consulta ocorra fora da visita domiciliar. A visita domiciliar no 10º dia de saúde integral da mãe e do bebê afasta a equipe de saúde do contexto de vida das famílias”. Escolha uma opção: Verdadeiro Falso A afirmativa é falsa. A proposta é que a primeira consulta ocorra na visita domiciliar. A visita domiciliar no 5º dia de saúde integral da mãe e do bebê afasta a equipe de saúde do contexto de vida das famílias, oportunizando vínculos importantes sendo um instrumento importante para a troca de informações vinculadas às necessidades particulares de cada indivíduo, favorecendo, dessa forma, atividades educativas e mais humanizadas. Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 76% O que você quer aprender? https://www.facebook.com/sgtes https://twitter.com/sgtes_ms https://www.youtube.com/channel/UC_aBUbvuj8o82pQIcPTBUlg https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Questão 1 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Iniciado em quarta, 30 Mar 2022, 19:21 Estado Finalizada Concluída em quarta, 30 Mar 2022, 19:22 Tempo empregado 1 minuto 19 segundos Notas 4,00/4,00 Avaliar 10,00 de um máximo de 10,00(100%) Julgue a afirmativa a seguir em verdadeiro ou falso: “Os pais e os cuidadores podem facilitar o desenvolvimento natural de comportamentos socialmente desejáveis na primeira infância, zelando primeiramente para que as crianças evoluam em um meio sadio e seguro”. Escolha uma opção: Verdadeiro Falso CORRETO. A afirmativa é verdadeira. Desde o nascimento, os bebês têm necessidade de estímulos e de interação. Os três primeiros anos da vida exercem um papel primordial no crescimento e desenvolvimento de certas partes do cérebro que são essenciais às aprendizagens sociais. A aquisição do controle motor, bem como a capacidade de esperar, de falar e de procurar soluções aos problemas estão todas associadas à estimulação precoce na infância (TREMBLAY, 2008). Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 96% O que você quer aprender? https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Questão 2 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Questão 3 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Assinale a alternativa correta sobre os Serviços que compõem a Atenção Primária à Saúde: Escolha uma opção: a. Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) b. Equipes de Saúde da Família (ESF) CORRETO. São serviços que compõem a Atenção Básica à Saúde: Equipes de Saúde da Família (ESF); Centro de Saúde/ou Posto de Saúde; Unidade Básica de Saúde (UBS); e Núcleo de Saúde da Família (NASF). c. Policlínica d. Unidade mista Sua resposta está correta. Julgue a afirmativa a seguir em verdadeiro ou falso: “A violência, quando não reconhecida ou tratada, deixa marcas e imprime valores distorcidos na criança”. Escolha uma opção: Verdadeiro Falso CORRETO. A afirmativa é verdadeira. A exposição da criança a qualquer uma das formas de violência, principalmente na fase inicial da vida, pode comprometer o crescimento e o desenvolvimento físico e mental, podendo gerar problemas de ordem social, emocional, psicológica e cognitiva ao logo de sua existência (MAGALHAES, 2011, p. 60). Seus danos poderão influenciar as reações, os impulsos e as escolhas para o resto da vida, além de resultar em reprodução da violência na relação intergeracional (BRASIL, 2012). Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 96% O que você quer aprender? https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 Questão 4 Correto Atingiu 1,00 de 1,00 Julgue a afirmativa a seguir em verdadeiro ou falso: “Castigo físico é a conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que humilhe; ou ameace gravemente; ou ridicularize”. Escolha uma opção: Verdadeiro Falso CORRETO. A afirmativa é falsa. Castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em sofrimento físico; ou lesão. Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional UFRN / SEDIS / LAIS / PEPSUS / MS Início / Módulos / Atenção à saúde da criança: Crescimento e Desenvolvimento - Autoinstrucional / Tópico 96% O que você quer aprender? https://www.facebook.com/sgtes https://twitter.com/sgtes_ms https://www.youtube.com/channel/UC_aBUbvuj8o82pQIcPTBUlg https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 https://avasus.ufrn.br/local/avasplugin/cursos/cursos.php https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/course/view.php?id=265 https://avasus.ufrn.br/?redirect=1 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Nadja De Sá P. D. Rocha Maria de Lourdes Magalhães José Adailton da Silva UNIDADE 1 O crescimento e desenvolvimento: Políticas Públicas para a primeira infância Módulo: Atenção à saúde da criança: crescimento e desenvolvimento 2 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA O crescimento e desenvolvimento: Políticas Públicas para a primeira infância O crescimento e desenvolvimento: políticas públicas para a primeira infância Os primeiros anos de vida são reconhecidamente aqueles em que melhor se pode estimular o desenvolvimento global do indivíduo. É um ciclo de grande promessa e ao mesmo tempo de ameaças consideráveis (BRASIL, 2016a). Alguns dos grandes desafios que iremos trabalhar neste módulo são o cuidado à criança e o enfrentamento da mortalidade infantil. Mesmo com declínio importante, numa evolução histórica, são incompatíveis com o nível de desenvolvimento econômico do Brasil. Ressalta- -se também que 70% das causas desses óbitos infantis ocorrem no período neonatal e com maior concentração em grupos em situação de vulnerabilidades, como crianças indígenas, quilombolas, com deficiências, filhas de mulheres privadas de liberdade e em situação de rua e de violências. Nossa pequena Helena, da situação-problema, poderia ser uma vítima nessa estatística, não acha? No período entre 1990 e 2012, o País obteve diminuição expressiva na mortalidade infantil (< de 1 ano), de 47,1 óbitos por mil nascidos vivos em 1990 para 14,9 em 2012, uma dimi- nuição de 68,3%. Essa queda ocorreu em todas as regiões do país, especialmente na região Nordeste. Em relação à taxa de mortalidade na infância (< de 5 anos), houve diminuição de 53,7 em 1990 para 17,3 em 2012, queda de 67,7%. A Meta 4 estabelecida nos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio (ODM) era de 15,7 para menores de 1 ano e de 17,9 para até os 5 anos, até 2015 (ALMEIDA; MAGALHÃES, 2016; BRASIL, 2016a). As principais estratégias que contribuíram para a redução da mortalidade foram a amplia- ção do acesso à vacinação, das taxas de aleitamento materno, do nível de escolaridade da mãe, da cobertura da atenção básica à saúde/saúde da família e, na última década, do Programa Bolsa Família, levando à diminuição da pobreza e, com suas condicionalidades, induzindo maior utilização da atenção básica à saúde pelas famílias, entre outras (ALMEIDA; MAGALHÃES, 2016). Por um lado, novos investimentos têm sido feitos, como a Rede Cegonha, em 2011, e o pro- grama intersetorial Brasil Carinhoso, em 2012, a fim de enfrentar as iniquidades nas condi- ções de saúde e universalizar esses avanços para grupos que vivem em situação de maior vulnerabilidade. Por outro lado, crescem a prevalência da obesidade na infância, a medicali- zação da vida, as doenças crônicas, além do aumento repentino de crianças com deficiências devido à infecção pelo Zika vírus, bem como dos óbitos evitáveis por causas externas:os acidentes e as violências (ALMEIDA; MAGALHÃES, 2016; BRASIL, 2016a). O desafio que se apresenta à sociedade brasileira para esse público é plural, tanto em função das condições de vida e das limitações de oportunidades para as crianças e suas famílias, especialmente na primeira infância, quanto em relação às demandas por serviços públicos. Iremos discutir, no âmbito do seu território, o perfil de saúde da criança e as princi- pais políticas, ações e serviços de saúde necessários para consolidar os atributos essenciais da Atenção Primária em Saúde: acesso, atenção contínua, vínculo, integralidade e coordena- ção do cuidado e intersetorialidade. (BRASIL, 2013; SILVA, 2014; STARFIELD, 2004). 3 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA O crescimento e desenvolvimento: Políticas Públicas para a primeira infância Aula 1: Políticas públicas para a primeira infância É importante compreendermos um pouco sobre as Políticas Públicas de Saúde voltadas para a primeira infância, para podermos ajudar Helena e sua mãe em uma situação tão comum em nosso País. Que tal começarmos refletindo? Vamos refletir... • O que é a primeira infância? • Quais as políticas voltadas para a primeira infância? Agora, vamos nos localizar temporalmente para podermos compreender melhor como éra- mos e como estamos em relação a tais políticas. Para isso, veja o Infográfico 1 que está no AVASUS sobre Políticas para a Primeira Infância. Vamos lá? Infográfico 1 Como se deu a evolução histórica das políticas de saúde da criança? O período correspondente ao século XX foi marcado por inúmeras experiências de modelos assistenciais em saúde em todo o mundo, que serviram como base para o estabelecimento dos princípios e das diretrizes propostos na Declaração de Alma-Ata, formulada em 1978, na Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde e na Convenção sobre os Diretos da Criança (1989), da qual o Brasil é signatário. No período de 1970 e 1980, que antecedeu a Constituição Federal de 1988, foram adota- das importantes iniciativas para a redução da mortalidade infantil (0 a 1 ano) e na infância 4 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA O crescimento e desenvolvimento: Políticas Públicas para a primeira infância (0 a 5 anos). Nos anos 1970, o Programa Nacional de Imunizações (PNI), com a ampliação da cobertura vacinal para as crianças e, nos anos 1980, o Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (MAGALHÃES, 2011). A monitorização do crescimento foi recomendada desde a década de 1970, na Conferência de Alma-Ata, realizada no Cazaquistão, em 1978. No Brasil, embora o relatório da V Confe- rência Nacional de Saúde, realizada nessa mesma década, tenha incorporado a vigilância do crescimento, o tema somente ganhou relevância em 1984, com a criação do “Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC)” pelo Ministério da Saúde. Conceito de políticas públicas – Existem várias definições sobre o que seja política pública, a exemplo de: são decisões de caráter geral, voltadas para a coletividade, destinadas a tornar públicas as intenções do governo, visando orientar o planejamento de ações, podendo ter como desdobramento a elaboração de programas e projetos (BRASIL, 1999). Outras definições: um conjunto de ações do governo que irão produzir efeitos específicos sobre os indivíduos; a soma de atividades do governo que influenciam a vida dos cida- dãos; a escolha de um governo na adoção de medidas específicas. Em síntese, uma política pública pode beneficiar ou não a população ou os grupos (MAGALHÃES, 2011). A Atenção Primária em Saúde (APS) é uma das principais estratégias para um sistema de saúde e, quando fortalecida, permite reduzir as iniquidades e melhorar a saúde dos indi- víduos e comunidades. A Estratégia Saúde da Família (ESF) é o modelo adotado pelo MS e alguns municípios do Estadode São Paulo como prioritário para a estruturação da APS no Brasil. Embasada na noção de vigilância à saúde e no fortalecimento do vínculo profis- sional-população, prevê cuidados integrais e continuados de saúde a indivíduos e famílias, acompanhando-os ao longo do tempo e monitorando a referência e contrarreferência para outros níveis do sistema de saúde. Em 1988, as políticas públicas ganham relevo com a Constituição Brasileira (CF), que deli- neou em suas diretrizes, o acesso universal ao sistema de saúde, os direitos da criança e do adolescente, reafirmados no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990. 5 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA O crescimento e desenvolvimento: Políticas Públicas para a primeira infância O ECA regulamenta o artigo 227 da CF/1988: que é dever da família, da sociedade e do Esta- do assegurar à criança e ao adolescente o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. O ECA de 1990 destaca ainda a “condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento”. Nesse sentido, a condição peculiar de desenvolvimento impõe prioridade na garantia de direitos e proteção integral. As políticas públicas são regulamentadas e a criança passa a ser percebida sob uma visão holís- tica, como ser humano em desenvolvimento, abrangendo diversas áreas da infância (BRASIL, 2015a; SILVA, 2014; GOMES, 2010). Certamente, o ECA é fundamental para que possamos nortear nossas ações em situações como a que vimos no início deste módulo, do caso Helena. Para a efetivação desses direitos, o poder público deve, por meio das políticas sociais, ofertar serviços de promoção, proteção e recuperação, em qualquer circunstância, dando a precedência no atendimento e a preferência na formulação e na execução das políti- cas, bem como destinação de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância (BRASIL, 1990). Nesse sentido, o Estatuto que dispõe sobre a proteção integral delega às políticas sociais básicas promover os diretos fundamentais à saúde, à educação e à convivência familiar e comunitária, entre outros. Em 2010, foi divulgado o Plano Nacional pela Primeira Infância, por meio do qual são resga- tados os direitos fundamentais, como o direito à vida, à saúde, à alimentação, à família e à convivência familiar e comunitária, ao brincar, à cultura, à educação própria dos anos iniciais da vida, ao meio ambiente saudável (BRASIL, 2010). Em 2011, foi lançada pelo Ministério da Saúde (MS) a Rede Cegonha (Portaria 1.459, de 24 de junho de 2011), a qual envolve uma rede de cuidados que vislumbra a garantia do aces- so seguro e de qualidade na atenção à mulher em todo seu ciclo reprodutivo, bem como garantir à criança o acesso, a segurança e o cuidado integral ao nascimento, crescimento e desenvolvimento. Ela traz um conjunto de iniciativas que envolvem mudanças no modelo de cuidado à gravidez, ao parto/nascimento e à atenção integral à saúde da criança, com foco nos primeiros dois anos e em especial no período neonatal (BRASL, 2011a). Em 2013, após amplo debate no Congresso Nacional com a participação de seguimentos da sociedade civil organizada, foi sancionada a Lei nº 13.010, de 26 de junho de 2013, que altera dispositivos do ECA e declara de forma contundente que crianças e adolescentes, pes- soas em condição peculiar de desenvolvimento, não podem sofrer castigos corporais como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los (BRASIL, 2013a). Em 2015, e de forma pioneira, é criada a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC), aprovada no Conselho Nacional de Saúde (CNS), no Conselho Nacional dos Direitos da Criança (CONANDA) e pactuada na Comissão Intergestores Tripartite, definindo um eixo estratégico de Promoção e acompanhamento do crescimento e do Desenvolvimen- to na Primeira Infância (DPI)., reconhecendo todas as etapas do desenvolvimento da criança. Somando-se aos demais eixos da Política e às iniciativas e diretrizes das políticas públicas 6 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA O crescimento e desenvolvimento: Políticas Públicas para a primeira infância universais desenvolvidas pelo SUS para a promoção da saúde, prevenção de doenças e agra- vos, assistência e reabilitação à saúde, no sentido da defesa dos direitos à vida e à saúde da criança. (BRASIL, 2015b; SOUSA; ERDMANN; MOCHEL, 2011). A PNAISC tem como objetivo promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento mater- no, mediante a atenção e os cuidados integrais e integrados da gestação aos 9 (nove) anos de vida, com especial atenção à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade, visando à redução da morbimortalidade e a um ambiente facilitador à vida com condições dignas de existência e pleno desenvolvimento (BRASIL, 2015b; BRASIL, 2016a). São estratégias e iniciativas do DPI: a disponibilização da “Caderneta de Saúde da Criança”, com atualização periódica de seu conteúdo; a qualificação doacompanhamento do cres- cimento e desenvolvimento da primeirainfância pela Atenção Básica à Saúde; o Comitê de Especialistas e de Mobilização Social para o Desen- volvimento Integral da PrimeiraInfância, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); e o apoio à implementação do Plano Nacional pela Primeira Infância.” (BRASIL, 2015b, p. 38). A PNAISC se estrutura em 7 (sete) eixos estratégicos, com a finalidade de orientar e qualificar as ações e serviços de saúde da criança no território nacional, considerando os determinan- tes sociais e condicionantes. Veja no Infográfico 2 que está no AVASUS. Infográfico 2 Em 2016, foi publicada a Lei nº 13. 257, em 8 de março de 2016, conhecida como Marco Legal da Primeira Infância. Essa lei dispõe sobre as políticas públicas para a primeira infân- cia e altera a Lei no. 8.069, de 13 de julho de 1990, entre outras normativas, consagrando a proteção integral de crianças e adolescentes; e aprimorando os dispositivos do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, especialmente no que se refere à primeira infância. As definições de faixas etárias nunca foram consenso entre as políticas públicas no país, vis- to que cada uma delas tem sua finalidade. O ECA, por exemplo, considera a criança a pessoa até doze anos incompletos e o adolescente a pessoa entre doze e dezoito anos. A Conven- ção sobre os diretos da Criança (CDC), por sua vez, considera a criança todo ser humano com menos de dezoito anos de idade. Já a PNAISC considera a criança a pessoa de zero a 9 anos, ou seja, de zero a 120 meses; e aprimeira infância: pessoa na faixa etária de 0 a 5 anos (72 meses) (MAGALHÃES, 2011; BRASIL, 2015b; BRASIL, 2016b). 7 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA O crescimento e desenvolvimento: Políticas Públicas para a primeira infância Atos normativos Faixa etária da criança Abrangência/orientação CDC Menor de 18 anos Todas as políticas ECA 0 a 12 anos incompleto Todas as políticas PNAISC 0 a 5 anos (72 meses) Saúde Marco Legal da Primeira Infância 0 a 6 anos (72 meses) Todas as políticas Quadro 1 - Resumo das definições de faixa etária da criança de acordo com os atos normativos, com especificação da abrangência. Quer saber mais sobre a Lei nº 13. 257? Acesse o link a seguir: <http:// www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm> Segundo o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) do MS, nascem, a cada ano, cerca de três milhões de crianças. De acordo com o Censo Demográfico de 2010, rea- lizado pelo IBGE, aproximadamente 29 milhões de crianças de 0 a 9 anos viviam no Brasil, sendo a metade delas menoresde 5 anos (MAGALHÃES, 2011). Veja o quadro a seguir. Sexo/Faixa etária 0 a 9 anos < 1 ano 1 a 4 anos 5 a 9 anos Masculino 14.641.131 1.378.532 (9,4%) 5.638.455 (38,6%) 7.624.144 (52%) Feminino 14.124.403 1.334.712 (9,5%) 5.444.460 (38,5%) 7.345.231 (52%) Total 28.765.534 2.713.244 (9,4%) 11.082.915 (38,6%) 14.969.375 (52%) Quadro 2 - População residente de crianças de 0 a 9 anos, segundo o sexo e a faixa etária – Brasil, 2010. Fonte: Magalhães (2011). http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13257.htm 8 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA O crescimento e desenvolvimento: Políticas Públicas para a primeira infância Helena é mais uma entre os mais de 14 milhões de meninas em nosso país. Neste módulo, adotaremos a faixa etária da primeira infância, de zero a cinco anos (< 6 anos), por constituir a fase fundamental do desenvolvimento infantil, na detecção das principais vulnerabilida- des e potencialidades. Somada às recomendações de prioridade, do Ministério da Saúde (MS), da Organização Mundial de Saúde (OMS), do Marco Legal pela Primeira Infância e do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade (PMAQ), este último presente nas unidades de saúde da família do Brasil, e que será trabalhado nesta oferta pedagógica para o monitora- mento e avaliação (BRASIL, 2012, 2015b). Continuaremos nosso aprendizado sobre o crescimento e desenvolvimento, e a importância da caderneta de saúde da criança, na próxima aula. Vamos lá? PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Nadja De Sá P. D. Rocha Maria de Lourdes Magalhães José Adailton da Silva Módulo: Atenção à saúde da criança: crescimento e desenvolvimento UNIDADE 3 Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança 22 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança Aula 1: O crescimento e desenvolvimento – CD Para que a criança cresça e se desenvolva bem, é fundamental que a equipe saúde da família identifique no território todas as crianças sob sua responsabilidade, iniciando o mais preco- ce possível esse cuidado contínuo, possibilitando que elas possam ter acesso e comparecer à unidade de saúde para fazer o acompanhamento do seu crescimento e desenvolvimento. Nas consultas de rotina, as orientações sobre os cuidados necessários para que a crian- ça tenha boa saúde e esclarecimentos de dúvidas devem ser observados com uma efetiva comunicação de qualidade, confirmando se as orientações ofertadas foram compreendidas. Em nossa situação-problema, Helena deveria ser acompanhada regularmente, conforme vamos estudar nesta Unidade. Calendário consultas CD No acompanhamento regular do CD, o Ministério da Saúde recomenda sete consultas de rotina no primeiro ano de vida (1ª semana, 1º mês, 2º mês, 4º mês, 6º mês, 9º mês e 12º mês), além de duas consultas no 2º ano de vida (18º e 24º mês) e, a partir do 2º ano de vida, consultas anuais, próximas ao mês do aniversário. Essas faixas etárias são selecionadas por- que representam momentos de oferta de imunizações e orientações de promoção de saúde e prevenção de doenças. As crianças que necessitem de maior atenção devem ser vistas com maior frequência. Esse calendário de consultas representa um consenso em relação à bibliografia consultada. Algumas crianças necessitam de maior atenção e devem ser vistas com maior frequência (BRASIL, 2013a). Em todas as consultas de rotina, o profissional de saúde deve avaliar, orientar e registrar os seguintes aspectos na caderneta de saúde e no prontuário/ficha espelho da criança: anamnese e exame físico–peso,comprimento ou altura e perímetro cefálico (este último até os 2 anos); alimentação; vacinas; prevenção de acidentes; identificação de problemas ou sinais de perigo segundo idade, vul- nerabilidade familiar e de políticas de atenção, outros cuidados para uma boa saúde, quando retornar de forma imediata ou agendada. 23 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança A primeira consulta de CD e o5º dia de saúde integral da mãe e do bebê Lembra de Helena, da nossa situação-problema? Helena foi levada à unidade de saúde da família de uma área rural com queixa de febre há dois dias. Ela consegue beber, não tem vômitos, não apresentou convulsões. Encontra-se alerta e não apresenta batimento de asas do nariz ou gemência. Não tem tosse, diarreia, problema de ouvido ou dor de garganta. Como avaliar e classificar a criança de 0 a 2 meses de idade? Como determinar presença de doença grave ou infecção localizada? Como avaliar o crescimento e o desenvolvimento de menores de 2 meses? Quer saber mais? Acesse o Manual de quadros da atenção integrada da mãe e da criança menor de 2 meses de idade (AIDPI NEONATAL). Os eixos principais da atenção ao binômio materno infantil da rede cegonha são relevantes para o conhecimento e a orientação das práticas do cuidado na semana de saúde integral e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento. Identificando como essas crianças se situam nas ações estratégicas do eixo de atenção humanizada e qualificada à gestação, ao parto, ao nascimento e ao recém-nascido: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/maual_aidpi_neonatal_quadro_procedimentos.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/maual_aidpi_neonatal_quadro_procedimentos.pdf 24 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança Ações Estratégicas do Eixo de Atenção Humanizada e Qualificada à Gestação, ao Parto, ao Nascimento e ao Recém-nascido I A prevenção da transmissão vertical do HIV e da sífilis. II A atenção humanizada e qualificada ao parto e ao recém-nascido no momento do nascimento, com capacitação dos profissionais de enfermagem e médicos para prevenção da asfixia neonatal e das parteiras tradicionais. III A atenção humanizada ao recém-nascido prematuro e de baixo peso, com a utilização do “Método Canguru”. IV A qualificação da atenção neonatal na rede de saúde materna, neonatal e infantil, com especial atenção aos recém-nascidos graves ou potencialmente graves, internados em Unidade Neonatal, com cuidado progressivo entre a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), a Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo) e aUnidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa). V A alta qualificada do recém-nascido da maternidade, com vincu- lação da dupla mãe-bebê à Atenção Básica, de forma precoce, para continuidade do cuidado, a exemplo da estratégia do “5º Dia de Saúde Integral”, que se traduz em um conjunto de ações de saúde essenciais a serem ofertadas para a mãe e o bebê pela Atenção Básica à Saúde no primeiro contato após a alta da maternidade. VI O seguimento do recém-nascido de risco, após a alta da mater- nidade, de forma compartilhada entre a Atenção Especializada e a Atenção Básica. VII As triagens neonatais universais. Art. 8º São ações estratégicas do eixo de aleitamento materno e ali- mentação complementar saudável: I a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC); II a Estratégia Nacional para Promoção do Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável no SUSEstratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB); III a Mulher Trabalhadora que Amamenta (MTA); IV a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano; V a implementação da Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes, para Crianças de Primeira Infância, Bicos Chupetas e Mamadeiras (NBCAL); e VI a mobilização social em aleitamento materno (BRASIL, 2015). 25 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança O 5º dia de saúde integral da mãe e do bebê Óbitos em crianças na primeira infância, que corresponde à faixa etária de 0 a 2 anos, con- siderada primeiríssima infância, estão intimamente relacionadosàs más condições sociais, econômicas, biológicas, ambientais e de saúde materna e infantil. As principais causas des- sas mortes são as doenças perinatais, prematuridade da gestação, anóxia neonatal e infec- ções, decorrentes da ineficiência do pré-natal, parto e nascimento. Esses agravos, em sua maioria, podem ser identificados e evitados com ações de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento realizado na ESF (CECCON et al., 2014). O Ministério da Saúde se propõe a garantir a todos os recém-nascidos boas práticas de atenção, embasadas em evidências científicas e nos princípios de humanização, tais como: clampeamento tardio do cordão, permanência do RN ao lado da mãe durante todo o tempo de internação, desde os primeiros momentos de vida, com contato pele a pele e apoio à amamentação (se possível, ainda na primeira hora de vida), estímulo à participação do pai, tentativa de se evitar procedimentos iatrogênicos “de rotina”, sem embasamento científico, além de oferta de todas as triagens neonatais com o teste do pezinho, olhinho e orelhinha. Para aqueles recém-nascidos de risco (como os de baixo peso, os prematuros e aqueles que possuem agravos que mais frequentemente acarretam a morte, como asfixia ao nascer, pro- blemas respiratórios e infecções), a proposta é um grande investimento nas maternidades de referência do País, para atendimento às gestantes e aos recém-nascidos de risco, no sentido de garantir leitos de UTI, Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) e leitos Canguru. Para os recém-nascidos de risco, nascidos em maternidades que não sejam de referência para esse tipo de atendimento, a proposta é a contratualização do processo de referência-contrarre- ferência entre todas as maternidades das regiões metropolitanas envolvidas, contando com o suporte de um transporte neonatal especializado para fazer a transferência de pacientes entre os referidos estabelecimentos hospitalares (“Samu Cegonha”) (BRASIL, 2012). O processo do cuidado se inicia na maternidade, por uma entrega bem orientada da Cader- neta de Saúde da Criança à mãe de cada bebê, já que a caderneta deve servir de roteiro e pas- saporte para o seguimento da criança em toda a sua linha de cuidado. A maternidade deve interagir com as equipes da APS por meio do encaminhamento adequado no instrumento de Alta Qualificada. Na APS, espera-se garantir uma visita domiciliar do agente de saúde e equi- pe ao binômio mãe e RN no contexto da família, para orientação de todos sobre o cuidado de ambos, bem como para ofertar as ações programadas numa mesma data: consultas para ambos (mãe e RN), estimulando a presença do pai sempre que possível, apoio ao aleitamento materno, imunizações, coleta de sangue para o teste do pezinho até 2 anos de idade. O objetivo é um acompanhamento cuidadoso do crescimento e do desenvolvimento da criança pela equipe de saúde (inclusive com busca de faltosos), com um olhar biopsicosso- cial não só para a criança, mas também para as condições do contexto de saúde e de vida de sua mãe e família, inclusive com as articulações intersetoriais, no território, necessárias para o projeto terapêutico de cada criança/família. A primeira semana de vida é um período crítico e de grande vulnerabilidade para o Recém- -Nascido (RN). A Agenda de Compromissos para a Saúde Integral das Crianças e Redução da Mortalidade Infantil prevê, em sua linha de cuidado “Atenção humanizada e qualificada 26 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança à gestante e ao recém-nascido”, a realização da ação Primeira Semana de Saúde Integral. Do 3º ao 5º dia de vida do bebê, mãe e filho devem ser avaliados no domicílio ou na unidade de saúde da família (Brasil, 2005). Destacamos que no “5º Dia de Saúde Integral, da mãe e do bebê”, estes devem ser acolhi- dos pela equipe da Atenção Básica, para atendimento a ambos, e ao pai se possível, com a avaliação em relação à amamentação e orientação dos cuidados com a mulher e com a criança. Ressalta-se a importância dessa abordagem na primeira semana e no primeiro mês de vida, quando em torno de 40% das crianças já interromperam a amamentação exclusiva (BRASIL, 2009), assim como na primeira semana e no primeiro mês após a alta hospitalar, em caso de internação neonatal. A equipe de cuidados deve estar atenta para ouvir a mãe, o pai e seus familiares, apoiando-os na resolução dos problemas identificados para o esta- belecimento da amamentação. Além disso, avaliar e observar a mamada em todas as oca- siões do encontro de mãe e bebê, além de reforçar as orientações dadas no pré-natal e na maternidade. Essas são ações fundamentais a serem desenvolvidas pelas equipes de saúde nas UBS. Nesse sentido, a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB), segundo a Portaria 1.920, de 05 de setembro de 2013 (BRASIL, 2013b), tem importante papel na capacitação dos profissionais de saúde. Por fim, os principais objetivos do 5º dia de saúde integral da mãe e do bebê compreendem: 27 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança Objetivos do 5º dia de saúde integral da mãe e do bebê • Observar as relações familiares. • Facilitar o acesso ao serviço de saúde. • Possibilitar ou fortalecer o vínculo das famílias com as equipes de saúde. • Escutar e oferecer suporte emocional nessa etapa de crise vital da família (nascimento de um filho). • Estimular o desenvolvimento da parentalidade. • Orientar a família sobre os cuidados com o bebê. • Identificar sinais de depressão puerperal. • Promover o aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida. • Prevenir lesões não intencionais. • Identificar sinais de perigo à saúde da criança. • Verificar a Caderneta de Saúde da Criança. • Identificar sinais de alerta para situação de violências, acidentes e as doenças prevalentes na infância. • Verificar a Triagem neonatal: teste do pezinho, da orelhinha, do olhinho e do coraçãozinho, de acordo com a oferta do serviço local. • Checar as vacinas contra Tuberculose e Hepatite B. • Agendar a primeira consulta na unidade para o binômio mãe e filho. Fonte: Brasil (1990, 2011b, 2016). A primeira consulta do CD A proposta é que a primeira consulta ocorra na visita domiciliar. A visita domiciliar no 5º dia de saúde integral da mãe e do bebê aproxima a equipe de saúde do contexto de vida das famílias, oportunizando vínculos importantes sendo um instrumento importante para a troca de informações vinculadas às necessidades particulares de cada indivíduo, favore- cendo, dessa forma, atividades educativas e mais humanizadas. A visita domiciliar é uma das atribuições das equipes de saúde de atenção básica, devendo ser realizada não somente na semana de saúde integral, mas diante das necessidades identificadas. Um estudo evidencia ainda que tal prática e as atividades que envolvem bebês e crianças em geral são as ativida- des preferidas dos agentes comunitários de saúde (FERRAZ; AERTS, 2005). 28 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança Desde o período da maternidade, estendendo às visitas domiciliares, é fundamental que o profissional de saúde oriente as mães e saiba identificar os sinais de perigo à saúde da criança. As crianças menores de 2 meses podem adoecer e morrer em um curto espaço de tempo por infecções bacterianas graves. São sinais que indicam a necessidade de encami- nhamento da criança ao serviço de referência com urgência (AMARAL, 2004): Sinais de perigo em crianças menores de 2 meses • Recusa alimentar (a criança não consegue beber ou mamar). • Vômitos importantes (ela vomita tudo o que ingere). • Convulsões ou apneia (a criança fica em torno de 20 segundos sem respirar). • Frequência cardíaca abaixo de 100bpm. • Letargia ou inconsciência. • Respiração rápida (acima de 60mrm). • Atividade reduzida (a criança movimenta-se menos do que o habitual). • Febre (37,5ºCoumais). • Hipotermia (menos do que 35,5ºC). • Tiragem subcostal. • Batimentos de asas do nariz. • Cianose generalizada ou palidez importante. • Icterícia visível abaixo do umbigo ou nas primeiras 24 horas de vida. • Gemidos. • Fontanela (moleira) abaulada. • Secreção purulenta do ouvido. • Umbigo hiperemiado (hiperemia estendida à pele da parede abdo- minal) e/ou com secreção purulenta (indicando onfalite). • Pústulas na pele (muitas e extensas). • Irritabilidade ou dor à manipulação. 29 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança O que observar na primeira consulta? Não é nosso objetivo aqui apontar um roteiro de consulta médica ou de enfermagem ideal, pois nosso curso é multiprofissional. Contudo, é importante que todos conheçam as etapas dessa primeira avaliação clínica da criança. Na anamnese, avalia-se principalmente as condições do nascimento da criança (tipo e local de parto, peso ao nascer, idade gestacional, índice de Apgar, intercorrências clínicas na ges- tação, no parto, no período neonatal e nos tratamentos realizados) e os antecedentes fami- liares (as condições de saúde dos pais e dos irmãos, o número de gestações anteriores, o número de irmãos) (BRASIL, 2012). Deve-se proceder, ainda, com exame físico completo, o qualdeve existir independente de queixas, pois sempre é necessário investigar. No nosso caso, a mãe de Helena tinha queixas importantes e o exame físico completo também foi realizado. • Para saber mais sobre o exame físico na primeira consulta do recém-nascido, veja as páginas 45 a 50 do Caderno de Atenção Básica N 33. http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/caderno_33.pdf http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/caderno_33.pdf 30 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança Principais fatores de risco e alterações físicas associados a pro- blemas do crescimento e desenvolvimento FATORES DE RISCO • Ausência ou pré-natal incompleto. • Problemas na gestação, parto ou nascimento. • Prematuridade (< de 37 semanas). • Peso abaixo de 2.500g. • Icterícia grave. • Hospitalização no período neonatal. • Doenças graves como meningite, traumatismo craniano e convulsões. • Parentesco entre os pais. • Casos de deficiência ou doença mental na família. • Fatores de risco ambientais, como violência doméstica, depressão materna, drogas ou alcoolismo entre os moradores da casa, suspeita de abuso sexual etc. ALTERAÇÕES FÍSICAS • Perímetro cefálico < -2 escores z ou > +2 escores z. • Presença de alterações fenotípicas. • Fenda palpebral oblíqua. • Olhos afastados. • Implantação baixa de orelhas. • Lábio leporino. • Fenda palatina. • Pescoço curto e/ou largo. • Prega palmar única. • 5º dedo da mão curto e recurvado. Triagem neonatal O Teste do Pezinho foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) no ano de 1992 (Porta- ria GM/MS n.º 22, de 15 de janeiro de 1992) com uma legislação que determinava a obrigato- riedade do teste em todos os recém-nascidos vivos e incluía a avaliação para Fenilcetonúria e Hipotireoidismo Congênito. No ano de 2001, o MS, por meio da Secretaria de Assistên- cia à Saúde, empenhou-se na reavaliação da Triagem Neonatal no SUS, o que culminou na 31 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança publicação da portaria ministerial (Portaria GM/MS n.º 822, de 6 de junho de 2001) que criou o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) (BRASIL, 2004). Entre os principais objetivos do programa, destacam-se a ampliação da gama de patologias triadas (Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Anemia Falciforme e outras Hemoglobi- nopatias e Fibrose Cística), a busca da cobertura de 100% dos nascidos vivos e a definição de uma abordagem mais ampla da questão, determinando que o processo de Triagem Neo- natal envolva várias etapas, tais como: a realização do exame laboratorial, a busca ativa dos casos suspeitos, a confirmação diagnóstica, o tratamento e o acompanhamento multidis- ciplinar especializado dos pacientes. Dessa forma, o PNTN cria o mecanismo para que seja alcançada a meta principal, que é a prevenção e a redução da morbimortalidade provocada pelas patologias triadas pelo exame (BRASIL, 2004). O “Teste do Pezinho” deve ser colhido em todo recém-nascido (RN) com 3 a 5 dias de vida, de preferência no 3º dia. Apesar de ele poder ser realizado mais tardiamente, é de extrema importância a divulgação para o público sobre o período ideal de coleta do exame, evitando assim que muitas crianças percam o período de diagnóstico e tratamento precoces e não se beneficiem da prevenção de sequelas, principalmente neurológicas, que é o objetivo do teste. Esse tempo é ainda mais importante no caso de crianças que tiveram sua primeira coleta devolvida como mal colhida (BRASIL, 2013). O Teste do Olhinho: Este exame deve ser feito nas primeiras 24 horas de vida do bebê e se trata de uma luz direcionada ao olho da criança a uma distância de 20 centímetros, que deve refletir um tom vermelho semelhante ao observado em fotografias com flash. Caso a cor seja opaca, branca ou amarelada, significa que o recém-nascido possui alguma patologia que deve ser tratada. Em algumas doenças, não é possível observar o reflexo ou sua qua- lidade é ruim, esbranquiçada. A comparação dos reflexos dos dois olhos também fornece informações importantes, como diferenças de grau entre olhos ou o estrabismo. O teste do olhinho previne e diagnostica doenças, a exemplo daretinopatia da prematuridade, catarata congênita, glaucoma eretinoblastoma, das infecções, traumas de parto e da cegueira. Uma vez detectado como alterado, deverá ser encaminhado ao oftalmologista para acompanha- mento e conduta, considerando que a identificação precoce pode possibilitar o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão. O Teste do Coraçãozinho: realizado nas maternidades da rede pública de saúde, o exame de oximetria de pulso, mais conhecido como Teste do Coraçãozinho, agora será realiza- do de forma universal como parte da triagem neonatal do Sistema Único de Saúde (SUS). A determinação do Ministério da Saúde para realizar o exame que serve para detectar e prevenir problemas cardíacos nos recém-nascidos em toda rede pública foi publicada no Diário Oficial da União, portaria nº 20, de 10 de junho de 2014. O teste permite identificar precocemente se o bebê tem alguma doença grave no coração e, em caso positivo, o pacien- te é submetido ao exame de ecocardiograma para confirmar o diagnóstico. O procedimento é simples, rápido e indolor. Consiste em medir a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos do recém-nascido com o auxílio de um oxímetro instalado nos primeiros dias de vida no pulso e no pé. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, cerca de 10 em cada mil nascidos podem apresentar alguma malformação congênita e, entre esses, dois podem ter cardiopatias graves e precisar de intervenção médica urgente. 32 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança O Teste da Orelhinha: foi regulamentado pela Lei Federal nº 12303, em 2010, e deve ser fei- to, prioritariamente, durante o primeiro mês de nascimento. Ele é realizado por fonoaudiólo- gos e dura de três a cinco minutos. O exame é indolor, pode ser realizado com a criança dor- mindo e ocorre por meio de um pequeno fone colocado na parte externa do ouvido do bebê. Esse fone é capaz de gerar estímulos sonoros que mostram como o ouvido do recém-nascido reage aos sons. Com a realização do Teste da Orelhinha, dois resultados podem aparecer: • se o ouvido do bebê responder aos estímulos do exame, tudo está bem, ele apresenta audição nor- mal e deve iniciar a fala em torno de 1 ano de vida e ser capaz de construir frases simples aos 2 anos; • caso isso não aconteça, realizar uma nova avaliaçãoda audição. Caso o ouvido do bebê não res- ponda aos estímulos do exame, atenção! O bebê deverá ser encaminhado para um acompanha- mento que inclui a realização de outros exames para esclarecer se o problema é temporário ou permanente. Se, por algum motivo, o bebê não realizou o teste na maternidade ouno hospital, o profissional de saúde, logo na primeira consulta, deverá encaminhar o bebê para os locais competentes em sua região. A descoberta tardia pode dificultar o tratamento, além de prejudi- car o desenvolvimento da criança. Lembre-se! Os resultados dos testes de triagem neonatal devem ser anotados na caderneta de saúde da criança enoprontuário/ficha espelho. Além disso, exames alterados devem ser criteriosamente avaliados e encaminhados para os serviços de referência na rede de atenção àsaúde da criança, atentando para o encaminhamento seguro, responsável e indissociável da coordenação do cuidado. 33 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança DIREITOS NA PRIMEIRA INFÂNCIA E DIREITOS DA MULHER E DA CRIANÇA Primeira Infância – 0 a 5 anos Crianças no período da primeira infância, de 0 a 5 anos, têm direito: • à atenção/atendimento integral à saúde no SUS, com acesso às ações e aos serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde; • ao atendimento especializado para crianças, com deficiência; • a receber gratuitamente medicamentos, próteses e outros recursos relativos ao tratamento, à habilitação ou reabilitação, disponíveis no Sistema Único de Saúde; • a receber atenção em tempo integral de um dos pais ou respon- sável, nos casos de internação; • a ter seus direitos fundamentais protegidos de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, por ação ou omissão do poder público, da sociedade e da família, devendo ser notificados e comunicados ao Conselho Tutelar os casos de suspeita ou confirmação; • ao acesso a programas de assistência médica e odontológica para prevenção de enfermidades específicas da população infantil e a campanhas de educação e saúde para pais, educadores e alunos; • a receber gratuitamente as vacinas indicadas no calendário básico de vacinação recomendado na Caderneta de Saúde da Criança; • a ser registrada gratuitamente; • a realizar o teste do pezinho, idealmente entre o 3º e o 7º dias de vida; • a ter acesso a serviços de saúde de qualidade, à escola pública e gratuita perto do lugar onde mora, à água potável e alimentação adequada; • a ser acompanhada em seu crescimento e desenvolvimento; • a viver num lugar limpo, ensolarado e arejado; • a ter oportunidade de brincar e aprender; • a viver em ambiente afetuoso e sem violência. 34 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança Diretos da Mulher/Gestante Gestante/mulher têm direitos: • ao acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e pla- nejamento reprodutivo; • a ter o apoio alimentar, como gestante e como nutriz, e aatenção humanizada à gravidez, ao parto e puerpério e ao atendimento pré-natal, perinatal e pós-natal; • a ter o pré-natal realizadopor profissionais da atenção básica; • à garantia da vinculação, no último trimestre da gestação, ao esta- belecimento em que será realizado o parto, garantido o direito de opção da mulher; • a receber as orientações sobre o aleitamento materno durante o pré-natal e a um acompanhante de sua preferência durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato; • a permanecer com seu filho ou filha em alojamento conjunto em caso de internação; • a direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-parto imediato (Lei nº 13.257, de 8/03/2016). • à assistência psicológica à gestante ou mãe que manifesta o inte- resse em entregar seu filho para a adoção, bem como à gestante ou mãe que se encontra em situação de privação de liberdade, como forma de prevenção da depressão após o parto; • à licença-maternidade (mãe biológica/adotiva) de 120 dias ou mais, dependendo de onde a mãe trabalha. Fonte: (BRASIL,1990, 2011b, 2015, 2016a); O pai biológico/adotivo tem direito a: • licença-paternidade de cinco dias, e de mais quinze dias nos casos de trabalhadores de Empresas Cidadã (Lei nº 13.257, de 8/03/2016) e para servidores públicos, desde que requerida dois dias depois do nascimento (Decreto nº 8.737, de 3/05/2016). • até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira; • 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica. • estabilidade no emprego até cinco meses após o parto; • dois períodos de meia hora por dia, durante a jornada de trabalho, para amamentar seu bebê até os seis meses; 35 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança • acompanhar o seu filho durante a internação hospitalar; • a prisão domiciliar, concedida pelo juiz, quando: • a pessoa for imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; • a mulher estiver gestante ou com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos (Decreto-Lei no 3.689, de 3/08/1941 (Código de Processo Penal)). Fonte: (BRASIL, 2016a, 2016b). Diretos da Mulher e da Criança (Recém-Nascida) São diretos da mulher e do bebê (recém-nascido): • o contato pele a pele ininterrupto entre mãe e bebê imediatamente após o parto, no chamado “período sensível”, além de ser fundamen- tal e determinante para a formação do vínculo e desenvolvimento neurossensorial da criança; • a garantia ao aleitamento na primeira hora; • o clampeamento tardio do cordão (ou seja, quando para de pulsar); • a receber a Declaração de Nascimento, na qual constem as inter- corrências do parto e do desenvolvimento do neonato; • a ser identificado por meio do registro da impressão do pé e da digital do bebê, bem como da impressão digital da mãe; • a receber atenção integral de um dos pais em alojamento conjunto. No caso de crianças pré-termo e/ou debaixo peso ao nascer: • receber atenção integral em Unidade Neonatal, com cuidado pro- gressivo de acordo com o estado de saúde do bebê, que pode ser assistido entre a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), a Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo) e a Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Canguru (UCINCa). No caso de criança com outras doenças e agravos: • tem direito a receber atenção integral de acordo com as suas necessidades, além de todos os direitos listados nas ações do 5º dia integral. Fonte: BRASIL (1990, 2011b, 2015). http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Decreto-Lei/Del3689.htm http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Decreto-Lei/Del3689.htm 36 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança Aula 2: O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento Nesta aula, iremos assistir dois vídeos: um sobre crescimento e o outro sobre desenvolvi- mento. Vamos começar? Vídeo 2 É importante lembrar que em consultas de atenção básica não se permite deixar de abor- dar quatro itens fundamentais: dar atenção à queixa principal, revisar os problemas já apresentados, enfatizar a prevenção e a promoção oportunas e estimular a mudança de hábito na busca por cuidado. O desenvolvimento da criança menor de 1 ano de vida Agora que você já compreendeu como se dá o crescimento, vamos estudar o desenvolvi- mento da criança. No vídeo 3, vamos entender como realizar o acompanhamento do desen- volvimento na consulta de CD (“Crescimento e Desenvolvimento”) para crianças de até 1 ano de vida. É importante reforçar que a criança deve atravessar os estádiosde forma sequen- cial, pois os estádios do desenvolvimento cognitivo são sequenciais. Não basta apenas veri- ficar os marcos do desenvolvimento e seus reflexos, mas estimular e motivar no momento certo para que consiga superar o atraso no desenvolvimento, quando houver. Lembre-se: o crescimento e o desenvolvimento ocorrem de acordo com os estímulos recebidos e o meio em que a criança vive. Converse sempre com os pais ou responsáveis! 37 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA Acompanhando o crescimento e desenvolvimento da criança Vamos ao Vídeo 3? Acesse no AVASUS! Vídeo 3 O desenvolvimento da criança entre um e três anos de vida É muito importante seguir acompanhando a criança ao longo de sua vida. É fundamental continuar atento ao desenvolvimento da criança. Você se recorda de nossa situação-proble- ma? Helena está crescendo. Por isso, ilustramos os marcos do desenvolvimento de Helena de 1 a 3 anos de vida. Para isso, veja o Infográfico 5 que está no AVASUS. Infográfico 5 Se conseguirmos proteger Helena contra os fatores externos, entre eles a violência, e fizer- mos o acompanhamento de CD adequadamente, teremos uma criança forte e saudável. Nadja De Sá P. D. Rocha Maria de Lourdes Magalhães José Adailton da Silva PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA UNIDADE 4 O crescimento e desenvolvimento: proteção e cuidados para crianças e suas famílias em situações de violência Módulo: Atenção à saúde da criança: crescimento e desenvolvimento 39 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA O crescimento e desenvolvimento: proteção e cuidados para crianças e suas famílias em situações de violência O crescimento e desenvolvimento: proteção e cuidados para crianças e suas famílias em situações de violência A organização desta Unidade propõe uma reflexão sobre a implementação das ações do “V eixo estratégico para a atenção integral à criança em situação de violências, prevenção de aciden- tes e promoção da cultura de paz”, da PNAISC, que consiste em: I – o fomento à organização e qualificação dos serviços especializados para atenção integral a crianças e suas famílias em situação de violência sexual; II – a implementação da “Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violência”; III – a articulação de ações intrassetoriais e intersetoriais de prevenção de acidentes, violências e promoção da cultura de paz; e IV – o apoio à implementação de protocolos, planos e outros compromissos sobre o enfrentamento às viola- ções de direitos da criança pactuados com instituições governamentais e não- -governamentais, que compõem o Sistema de Garantia de Direitos. (BRASIL, 2015, p. 38) De certo, Helena, de nossa situação-problema, vive situações que a colocam em uma triste estatística, por isso a importância da discussão no módulo de Atenção à Saúde da Criança. Os temas relacionados às violências e aos acidentes, também definidos como causas exter- nas (CID-10, 1993), configuram-se como grave problema de saúde pública, devido ao caráter endêmico, à pressão sobre os serviços de saúde e ao impacto com graves repercussões na vida das famílias. O Brasil tem reduzido a mortalidade infantil e na infância, mas não tem conseguido sucesso na diminuição de mortes e lesões evitáveis por essas causas (BRASIL, 2016, no prelo). Para efeito da política, considera-se como violência “quaisquer atos ou omissões dos pais, responsáveis, instituições e, em última instância da sociedade em geral, que redundam em dano físico, emocional, sexual e moral” (BRASIL, 2010a, p. 28), abrangendo ainda a negli- gência e/ou o abandono. Assim, Helena poderia estar sofrendo vários tipos de violência, a omissão de sua mãe pode ser uma delas. Agora que a equipe de saúde também tem conhe- cimento do fato, é indispensável não se omitir. 40 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA O crescimento e desenvolvimento: proteção e cuidados para crianças e suas famílias em situações de violência A “Linha de Cuidado para a Atenção Integral à Saúde de Crianças, Adolescentes e suas Famílias em Situação de Violências” é uma estratégia, lançada pelo Ministério da Saúde, para a organização de serviços e qualificação da atenção e do cuidado da criança em situ- ação de violências, com orientações para promoção da saúde e prevenção de violências e para o desenho claro do percurso da criança nos estabelecimentosde saúde, numa lógica de continuidade do cuidado, que perpassa as dimensões do acolhimento, atendimento, notificação e seguimento em rede. Além disso, buscando integração com profissionais da rede da assistência social, educação, Conselho Tutelar, entre outros, com o objetivo de asse- gurar não apenas o cuidado e a atenção em saúde, mas também a proteção e defesa dos direitos da criança (BRASIL, 2010a). 41 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA O crescimento e desenvolvimento: proteção e cuidados para crianças e suas famílias em situações de violência Aula 1: Prevenir a violência pelo aprendizado na primeira infância Proteger as crianças da violência é tão relevante para a humanidade que a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o período de 2001 a 2010 como a Década Internacional para uma Cultura de Paz e Não-Violência para as Crianças do Mundo (Resolução 53/25). A violência promove impacto negativo para o desenvolvimento da criança e o futuro do País, com consequências flagrantes para a saúde e a qualidade de vida, causando uma diminui- ção na expectativa de vida (MAGALHÃES, 2011). Vamos pensar no diálogo entre profissionais, a seguir: POR QUE ESPERAR QUE SEJA TARDE DEMAIS? Essa é a pergunta que tem sido feita por muitos especialistas aos governantes. A conclusão de uma pesquisa realizada no Canadá demonstrou que, a cada dólar investido nos programas de prevenção pré-escolar, são produzidos 7 dólares de lucro quando a criança se torna um adulto jovem e 13 dólares de lucro quando ele atinge a idade adulta. Portanto, a prevenção precoce produz saúde, bem-estar e riqueza. O que mais precisamos saber? O que cada um de nós estamos fazendo pelas nossas crianças? 42 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA O crescimento e desenvolvimento: proteção e cuidados para crianças e suas famílias em situações de violência A criança tem o direito de ser educada e cuidada sem o uso de castigo físico. O castigo físico é proibido por Lei Federal (Art. 18-A, ECA, 1990, incluído pela Lei nº 13.010, de 2014). É importante comentar com a família sobre a importância de colocar limites com firmeza, de forma amorosa e serena, uma vez que a criança já entende o “não” e, portanto, começa a diferenciar o permitido do não permitido. • Jamais deve ser usado o castigo físico para correção, disciplina, educação ou qualquer outro pre- texto. • Dar palmadas torna a disciplina menos eficaz, enviando mensagens contraditórias: você bate para ensinar a não bater. Para ajudar a criança a canalizar positivamente a agressividade e não se expressar de forma violenta e destrutiva, é preciso que os adultos empreguem maneiras firmes, porém não vio- lentas, para educá-la. 43 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA FAMÍLIA O crescimento e desenvolvimento: proteção e cuidados para crianças e suas famílias em situações de violência É a força da delicadeza, essencial para a aprendizagem da disciplina, da gentileza e da har- monia do convívio. Castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em: • sofrimento físico; ou • lesão; • tratamento cruel ou degradante – conduta ou forma cruel de tra- tamento em relação à criança ou ao adolescente que: a) humilhe; ou b) ameace gravemente; ou c) ridicularize. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014). Também é importante orientar os pais e/ou responsáveis sobre o desenvolvimento da sexu- alidade, que deve ser considerada
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