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INTRODUÇÃO A PROFISSÃO - FARMÁCIA Webconferência III Professor(a): Drª. Isabelle Cavalcanti O papel do profissional farmacêutico e suas diversas áreas de atuação • “Em todos os campos de atuação, o seu papel é assegurar a ótima terapia medicamentosa, contribuindo para a preparação, o fornecimento e o controle de medicamentos e produtos associados e fornecendo informações e aconselhamento aos que prescrevem ou usam produtos farmacêuticos” (OMS) Cabe-lhe a responsabilidade de proteger a sociedade dos efeitos indesejáveis dos medicamentos que, quando usados sem a sua orientação, podem transformar-se em um tóxico letal. Ou simplesmente não atingir o efeito desejável. Ao servir, o farmacêutico cumpre o seu papel social (Presidente do Conselho Federal de Farmácia) Regulamentação do exercício profissional • Lei nº 13.021, de 8 de agosto de 2014, dispõe sobre o exercício e fiscalização das atividades farmacêuticas (BRASIL, 2014). oDispõe também sobre o que se entende por assistência farmacêutica • Resolução nº 596, de 21 de fevereiro de 2014, dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares (BRASIL,2014). Assistência farmacêutica x Atenção farmacêutica • Na Lei 13.021, o parágrafo segundo diz: o Entende-se por assistência farmacêutica o conjunto de ações e de serviços que visem a assegurar a assistência terapêutica integral e a promoção, a proteção e a recuperação da saúde nos estabelecimentos públicos e privados que desempenhem atividades farmacêuticas, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional. Assistência farmacêutica é o conjunto de ações relacionadas ao medicamento, Atenção farmacêutica é uma área que vem crescendo muito, e trata-se do conjunto de ações para acompanhar e orientar o paciente quanto ao uso correto dos medicamentos. Assistência farmacêutica Atenção farmacêutica • É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Obrigações do farmacêutico na área assistencial I. notificar aos profissionais de saúde, aos órgãos sanitários competentes, bem como ao laboratório industrial, os efeitos colaterais, as reações adversas, as intoxicações, voluntárias ou não, a farmacodependência, observados e registrados na prática da farmacovigilância; II. organizar e manter cadastro atualizado com dados técnico-científicos das drogas, fármacos e medicamentos disponíveis na farmácia; III. proceder ao acompanhamento farmacoterapêutico de pacientes, internados ou não, em estabelecimentos hospitalares ou ambulatoriais, de natureza pública ou privada; IV. estabelecer protocolos de vigilância farmacológica de medicamentos, produtos farmacêuticos e correlatos; visando a assegurar o seu uso racionalizado, segurança e eficácia terapêutica; Regulamentação do exercício profissional • Cabe ao farmacêutico, observar os aspectos técnicos e legais do receituário na dispensação de medicamentos, ou seja, certificar-se de que o paciente está com tipo de receita correspondente ao medicamento prescrito e que ela está corretamente preenchida, a fim de garantir a eficácia e a segurança da terapêutica prescrita. • A responsabilidade legal do estabelecimento (farmácia ou drogaria) é do farmacêutico, e por lei a sua decisão deve se sobrepor a do dono do estabelecimento. • A Lei 13.021 veta ao fiscal farmacêutico exercer outras atividades profissionais de farmacêutico, ser responsável técnico ou proprietário ou participar da sociedade em estabelecimentos farmacêuticos. Boas Praticas Farmacêuticas (RDC 44/2009) Estabelecer os critérios e as condições mínimas para o cumprimento das Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação, da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias, na perspectiva de contribuir para o direito à saúde do cidadão. Regularização • As farmácias e drogarias devem possuir os seguintes documentos no estelecimento: • I – AFE (Autorização de funcional) expedida pela Anvisa para indústrias e distribuidoras; • II – AE (Autorização especial) para farmácias quando aplicável (que dispensação medicamentos controlados); • III – Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão Estadual ou Municipal de Vigilância Sanitária; • IV – Certidão de Regularidade Técnica, emitido pelo CRF da respectiva jurisdição; • V – Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, conforme as especificidades de cada estabelecimento. • O estabelecimento deve manter a Licença ou Alvará Sanitário e a Certidão de Regularidade Técnica afixados em local visível ao público. AFE AE http://portal.anvisa.gov.br/consulta-empresas-autorizadas Licença ou Alvará Certidão de Regularidade Técnica - CRT Manual de Boas Práticas É o conjunto de técnicas e medidas que visam assegurar a manutenção da qualidade e segurança dos produtos disponibilizados e dos serviços prestados em farmácias e drogarias, com o fim de contribuir para o uso racional desses produtos e a melhoria da qualidade de vida dos usuários. Infraestrutura As farmácias e drogarias devem ser localizadas, projetadas, dimensionadas, construídas ou adaptadas com infra-estrutura compatível com as atividades a serem desenvolvidas compatível com as atividades a serem desenvolvidas, possuindo, no mínimo: • ambientes para atividades administrativas; • recebimento e armazenamento dos produtos; • dispensação de medicamentos; • depósito de material de limpeza e sanitário. O código de ética farmacêutico • Resolução do Conselho Federal de Farmácia que determina como deve ser a conduta do farmacêutico no exercício da sua profissão; • Constam os DIREITOS, DEVERES e PROIBIÇÕES; (http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/227.pdf) • Independentemente de ter ou não um código específico, todas as profissões exigem o cumprimento de valores morais e princípios éticos considerados universais, como honestidade, competência e responsabilidade. • Conceitos fundamentais do exercício farmacêutico: • Conhecimento técnico atualizado continuamente • Autonomia técnica • Exercício da profissão com honra e dignidade a uma remuneração justa, sem o mero objetivo mercantilista http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/227.pdf Código de Ética D IR EI TO S • Exercer sua profissão sem qualquer discriminação • Interagir com o prescritor quando necessário; • Ser fiscalizado no âmbito profissional e sanitário, obrigatoriamente por farmacêutico; • Negar-se a realizar atos farmacêuticos que sejam contrários aos ditames da ciência, da ética e da técnica; • Ter acesso a todas as informações técnicas relacionadas ao seu local de trabalho e ao pleno exercício da profissão. D EV ER ES • Respeitar o direito do usuário de decidir sobre o seu tratamento; • O farmacêutico deve comunicar previamente ao Conselho Regional de Farmácia, o afastamento temporário das atividades profissionais pelas quais detém responsabilidade técnica, quando não houver outro farmacêutico que, legalmente, o substitua; • Guardar sigilo; • Não aceitar mercadoria sem rastreabilidade. P R O IB IÇ Õ ES • Participar de qualquer tipo de experiência com fins bélicos, raciais ou eugênicos, bem como de pesquisa não aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa/Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CEP/CONEP) ou Comissão de Ética no Uso de Animais; • Exercer simultaneamente a Medicina; • Exercer atividade farmacêutica com fundamento em procedimento não reconhecido pelo Conselho Federal de Farmácia; Atividades exclusivas do farmacêutico • Áreas voltadas a: o Produção (Produção, controle de qualidade; garantia da qualidade, pesquisa e desenvolvimento, regulatório, SAC, área comercial); o Distribuição; o Dispensação; o Políticas públicas o Fiscalização de medicamentos O que éuma equipe de saúde? • Conjunto de diferentes tipos de profissionais da saúde, ou seja, uma equipe composta por profissionais com formações acadêmicas distintas dentro da área da saúde que trabalharão unidas para aperfeiçoar o atendimento. • A prática de trabalho em equipes multidisciplinares teve início com a implementação do SUS, pela Lei 8.080 de 1990, que tem em seus princípios: o Universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; o Integralidade de assistência, entendida como o conjunto articulado e continuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema. O que é uma equipe de saúde? • Em teoria, as equipes de saúde contam com a presença de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, nutricionistas, dentistas, fisioterapeutas, farmacêuticos e assistentes sociais (Normalmente os hospitais trabalham com essa equipe completa); • As equipes de saúde família costumam contar apenas com médico, agente comunitário de saúde, enfermeiro, técnico de enfermagem, cirurgião-dentista e técnico de saúde bucal; • As atividades do farmacêutico dentro da equipe multidisciplinar são compreendidas pela prática em Farmácia Clínica. Normas que regulamentam a atividade do farmacêutico nas equipes de saúde • Resolução nº 386 de 12 de novembro de 2002, dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito da assistência domiciliar em equipes multidisciplinares; • Resolução nº 492 de 26 de novembro de 2008, regulamenta o exercício profissional nos serviços de atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, de natureza pública ou privada; • Resolução nº 585 de 29 de agosto de 2013, regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. Página 81 a 84 Farmácia Clínica • Área da farmácia voltada à ciência e prática do uso responsável de medicamentos, na qual os farmacêuticos prestam cuidado ao paciente, de forma a otimizar a farmacoterapia, promover saúde e bem-estar, e prevenir doenças. • Na década de 60, a Universidade da Califórnia revendo o currículo de Farmácia iniciou a discussão sobre a atuação do Farmacêutico, surgindo a primeira geração de Farmacêuticos Clínicos. O farmacêutico clínico • Responsabilidade do farmacêutico garantir que o paciente esteja recebendo o tratamento mais eficiente e seguro, e promover seu uso correto. • Principais competências: ter facilidade de comunicação, capacidade de tomar decisões e posicionar-se diante da equipe. Ser capaz de interagir com a equipe de trabalho e com o paciente, além do conhecimento aprofundado em fisiologia, patologia, farmacologia e farmacoterapia da área na qual atua. Habilidades e conhecimentos • Conhecimento de doenças; • Conhecimento de farmacoterapia; • Conhecimento de terapia não medicamentosa; • Conhecimento de análise clínicas; • Habilidades de comunicação; • Habilidades de monitoração de pacientes; • Habilidades em avaliação física; • Habilidades em informações sobre medicamentos; • Habilidade em planejamento terapêutico. Conhecimento AtitudeHabilidade COMPETÊNCIA O farmacêutico 7 estrelas Comunicador Capaz de tomar decisões Educador Atualizado permanentemente Gerente Prestador de serviços Líder OMS, 2006
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