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RACIONALIZAÇÃO DOS INSUMOS ESTRUTURAIS E CARGAS, COMPARANDO O SISTEMA DE VEDAÇÃO CONVENCIONAL COM FECHAMENTO EM DRYWALL PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

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Paulo Rodrigo Beiersdorf Silva
RACIONALIZAÇÃO DOS INSUMOS ESTRUTURAIS E 
CARGAS, COMPARANDO O SISTEMA DE VEDAÇÃO 
CONVENCIONAL COM FECHAMENTO EM DRYWALL 
PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
Balneário Camboriú
2020
Ficha catalográfica elaborada pelo Repositório Institucional do Centro Universitário 
Avantis (RI-UniAvan), com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Rodrigo Beiersdorf Silva, Paulo
 RACIONALIZAÇÃO DOS INSUMOS ESTRUTURAIS E 
CARGAS, COMPARANDO O SISTEMA DE VEDAÇÃO 
CONVENCIONAL COM FECHAMENTO EM DRYWALL PARA 
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO / Rodrigo Beiersdorf 
Silva, Paulo. -- Balneário Camboriú, 2020.
 92 f.
 Orientador(a): LUAN MATEUS STIEGEMEIER.
 Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) 
(Engenharia Civil) -- Centro Universitário 
Avantis - UniAvan, 2019.
 1. Concreto Armado 1. Fechamento 1. Cargas I. 
LUAN MATEUS STIEGEMEIER II. Título.
1 
 
 
PAULO RODRIGO BEIERSDORF SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RACIONALIZAÇÃO DOS INSUMOS ESTRUTURAIS E CARGAS, 
COMPARANDO O SISTEMA DE VEDAÇÃO CONVENCIONAL COM 
FECHAMENTO EM DRYWALL PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO 
ARMADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Balneário Camboriú 
2020
2 
 
PAULO RODRIGO BEIERSDORF SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RACIONALIZAÇÃO DOS INSUMOS ESTRUTURAIS E CARGAS, 
COMPARANDO O SISTEMA DE VEDAÇÃO CONVENCIONAL COM 
FECHAMENTO EM DRYWALL PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO 
ARMADO 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Curso de Graduação em Engenharia Civil do 
Centro Universitário Uniavan, como requisito 
parcial para obtenção do título de Engenheiro Civil. 
 
 
Prof. Orientador: Luan Mateus Stiegemeier 
(Esp.). 
 
 
 
 
Balneário Camboriú 
2020
3 
 
PAULO RODRIGO BEIERSDORF SILVA 
 
 
 
 
 
RACIONALIZAÇÃO DOS INSUMOS ESTRUTURAIS E CARGAS, COMPARANDO 
O SISTEMA DE VEDAÇÃO CONVENCIONAL COM FECHAMENTO EM 
DRYWALL PARA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 
 
 
 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado 
adequado à obtenção do título de Engenheiro Civil 
e aprovado em sua forma final pelo Curso de 
Engenharia Civil, do Centro Universitário Uniavan. 
 
 
Balneário Camboriú (SC), 15 de julho de 2020 
 
 
_________________________ 
Prof. Luan Mateus Stiegemeier, Especialista 
Orientador 
 
_________________________ 
Prof. Dr. Ricardo André Hornburg 
Coordenador do Curso 
 
 
Apresentada perante a Banca Examinadora composta pelos Professores 
 
 
_________________________ 
Vanessa Steigleder Moser, Especialista 
 
 
_________________________ 
João Tomás Pereira Filho, Me. 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho à minha esposa 
Máira, que sempre me apoiou nos 
momentos mais necessários. 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Quero agradecer primeiramente a Deus, por permitir a realização desse 
sonho, à todos os professores, que cooperaram de forma significativa para esse 
momento. Em especial aos professores Luan Mateus Stiegemeier, meu orientador, 
suas contribuições foram fundamentais e transmitida de forma excelente e a 
Professora da disciplina de TCC II, Pamella Hornburg, pois suas orientações foram 
vitais na elaboração desse estudo. 
A Máira Beiersdorf Silva, minha esposa, por me apoiar incondicionalmente 
nesse projeto, me incentivar em cada passo dessa caminhada. Por suportar muitos e 
muitos finais de semana em casa, para a elaboração desse trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Abraço combina muito com engenharia: colunas 
alinhadas que dão conforto e segurança.” (Tiago 
Bezerra) 
7 
 
TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE 
 
 
Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo 
aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando o Centro Universitário 
Uniavan, a coordenação do Curso de Engenharia Civil, a Banca Examinadora e o 
Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo. 
 
 
Balneário Camboriú (SC), 27 de junho de 2020. 
 
 
_______________________________________ 
Paulo Rodrigo Beiersdorf Silva 
 
8 
 
RESUMO 
 
 
A racionalização na construção civil torna-se relevante devido a competitividade crescente. Portanto 
seria possível reduzir os insumos estruturais e as cargas em uma estrutura de concreto armado 
utilizando fechamento em drywall. Nesta ótica, foi realizada uma avaliação utilizando fechamento de 
paredes em drywall e a paredes de fechamento convencional, verificando se e o quanto esta utilização 
contribui para redução de insumos para estrutura e carregamentos para as fundações. Para obter os 
resultados da avaliação foi realizado um estudo bibliográfico de estruturas em concreto armado e 
sistema de vedação, a escolha de um projeto arquitetônico para utilização dos sistemas, a elaboração 
e dimensionamento de dois modelos computacionais utilizando o TQS®, a análise do custo da 
utilização do drywall versus alvenaria convencional e a comparação dos insumos e cargas. Quanto aos 
procedimentos técnicos da construção do estudo, pode-se caracterizar a pesquisa como aplicada, e 
quantitativa, quanto aos objetivos é exploratória e descritiva, trata de um estudo de caso, e 
instrumentalmente utilizando a pesquisa bibliográfica. Por fim verifica-se o resultado da comparação 
dos dois modelos estruturais, sendo em comparação ao modelo de alvenaria convencional a redução 
de cargas do modelo com drywall foi de aproximadamente 28,29% na carga total da edificação, a 
redução de aço foi de 16,30%. 
 
Palavras-chave: Concreto Armado. Fechamento. Cargas. 
9 
 
ABSTRACT 
 
 
The rationalization in civil construction becomes relevant due to the growing increase. Therefore, it is 
possible to reduce the selected values and loads in a reinforced concrete structure using drywall locking. 
In this perspective, an evaluation was carried out using the closing of drywall walls and conventional 
closing walls and verifying whether the value of this use is necessary to reduce inputs in the structure 
and loads to the foundations. To obtain the results of the evaluation, a bibliographic study of reinforced 
concrete structures and a sealing system was carried out, a choice of an architectural design for use of 
systems, an assembly and dimensioning of two models of computational use of TQS®, an analysis of 
cost of using drywall versus conventional masonry and comparing inputs and loads. As for the technical 
procedures of construction of the study, one can characterize a research as applied, and quantitative, 
as for the objectives it is exploratory and descriptive, it deals with a case study and it uses the 
bibliographic research instrumentally. Finally, check if the result of comparing the two models applied, 
compared to the conventional masonry model and the load reduction of the drywall model was 
approximately 28.29% in the total edition load, a reduction in steel was 16 30%. 
 
Keywords: Reinforced Concrete. Closure. Loads. 
10 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1: Diagrama tensão-deformação .................................................................... 24 
Figura 2: Diagrama tensão-deformação para aços de armaduras passivas ............. 25 
Figura 3: Diagrama tensão-deformação para aços de armaduras ativas .................. 26 
Figura 4: Elementos Estruturais ................................................................................ 28 
Figura 5: Fundações Rasas ...................................................................................... 30 
Figura 6: Ações e combinações em uma estrutura ................................................... 32 
Figura 7: Modelo colapso da estrutura ...................................................................... 37 
Figura 8: Modelo funcionamento estrutura ao estado limite de serviço ..................... 37 
Figura 9: Modelo Estrutural .......................................................................................41 
Figura 10: Vigas contínuas ........................................................................................ 42 
Figura 11: Grelha somente de vigas ......................................................................... 43 
Figura 12: Grelha vigas e lajes .................................................................................. 44 
Figura 13: Pórtico plano ............................................................................................ 45 
Figura 14: Pórtico espacial ........................................................................................ 46 
Figura 15: Barra de pórtico espacial .......................................................................... 46 
Figura 16: Resumo da evolução dos modelos .......................................................... 47 
Figura 17: Esquema de montagem de parede de drywall ......................................... 53 
Figura 18: Tipos de massas ...................................................................................... 55 
Figura 19: Tipos de fitas ............................................................................................ 55 
Figura 20:Comparativo Sistemas Construtivos ......................................................... 57 
Figura 21:Comparativo de desempenho entre alvenaria e drywall ............................ 59 
Figura 22:Comparativo de desempenho entre alvenaria e drywall entre unidades ... 60 
Figura 23: Modelador Estrutural ................................................................................ 61 
Figura 24: Visualizador de grelha não linear ............................................................. 62 
Figura 25: Cálculo do Pilar ........................................................................................ 63 
Figura 26: Visualizador de plantas ............................................................................ 64 
Figura 27: Página Inicial ............................................................................................ 65 
Figura 28: Projeto arquitetônico ................................................................................ 67 
Figura 29: Forma do Pavimento Tipo ........................................................................ 68 
Figura 30: Modelo 3D no TQS ................................................................................... 69 
Figura 31: Detalhe da laje nervurada ........................................................................ 71 
11 
 
Figura 32: Pilar P11 modelo alvenaria ...................................................................... 77 
Figura 33: Pilar P11 modelo drywall .......................................................................... 78 
Figura 34: Viga V10 modelo alvenaria ...................................................................... 79 
Figura 35: Viga V10 modelo drywall .......................................................................... 80 
 
 
12 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1: Valor do coeficiente de aderência 1 ........................................................ 26 
Quadro 2: Coeficiente de γf = γf 1⋅ γf 3 ....................................................................... 38 
Quadro 3: Valores dos coeficientes ........................................................................... 39 
Quadro 4: Tipos de chapas ....................................................................................... 54 
Quadro 5: Especificações lã mineral ......................................................................... 56 
Quadro 6:Tabela de desempenho das paredes drywall ............................................ 56 
Quadro 7: Alvenarias de Vedação ............................................................................. 58 
Quadro 8: Divisórias .................................................................................................. 58 
Quadro 9: Revestimentos de Pisos ........................................................................... 59 
Quadro 10: Cargas por m³......................................................................................... 69 
Quadro 11: Coeficiente de arrasto ............................................................................ 71 
Quadro 12: Insumos SINAPI - Aço ............................................................................ 81 
 
 
13 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1: Resultado Gama Z .................................................................................... 72 
Tabela 2: Cargas sobre os pilares ............................................................................. 73 
Tabela 3: Resultados Concreto e Fôrmas ................................................................. 74 
Tabela 4: Resultado Consumo de Aço – Modelo Alvenaria ...................................... 75 
Tabela 5: Resultado Consumo de Aço – Modelo Drywall ......................................... 75 
Tabela 6: Peso total Aço ........................................................................................... 75 
Tabela 7: Taxas de Aço ............................................................................................ 76 
Tabela 8: Consumo de Aço por bitola – Modelo Alvenaria ........................................ 81 
Tabela 9: Consumo de Aço por bitola – Modelo Drywall ........................................... 81 
Tabela 10: Valor do consumo de aço por bitola ........................................................ 82 
 
 
14 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
 
Gráfico 1: Consumo de Aço (Kg) ............................................................................... 76 
 
 
15 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 19 
1.1 OBJETIVOS ..................................................................................................... 20 
1.1.1 Objetivo Geral ........................................................................................... 20 
1.1.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 20 
1.2 HIPÓTESE ....................................................................................................... 21 
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 21 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................ 22 
2.1 CONCRETO .................................................................................................... 22 
2.1.1 Massa específica....................................................................................... 22 
2.1.2 Resistência à compressão ........................................................................ 23 
2.1.3 Resistência à tração .................................................................................. 23 
2.2 AÇO ................................................................................................................. 25 
2.2.1 Propriedades do aço ................................................................................. 25 
2.2.2 Tipo de superfície aderente ....................................................................... 26 
2.2.3 Massa específica e coeficiente de dilatação térmica................................. 27 
2.3 CONCRETO ARMADO .................................................................................... 27 
2.4 NBR 6118:2014 - PROJETO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO – 
PROCEDIMENTO ................................................................................................. 27 
2.5 ELEMENTOS ESTRUTURAIS ........................................................................ 28 
2.5.1 Elementos de Superestrutura .................................................................... 29 
2.5.2 Elementos de Infraestrutura ......................................................................29 
2.5.3 Elementos Complementares ..................................................................... 30 
2.6 PROJETO ESTRUTURAL ............................................................................... 31 
2.6.1 Concepção estrutural ................................................................................ 31 
16 
 
2.6.2 Análise estrutural....................................................................................... 31 
2.6.3 Dimensionamento e detalhamento ............................................................ 32 
2.6.4 Emissão de plantas ................................................................................... 32 
2.7 AÇÕES E COMBINAÇÕES ............................................................................. 32 
2.7.1 Ações permanentes .................................................................................. 33 
2.7.2 Ações permanentes diretas ....................................................................... 33 
2.7.3 Ações permanentes indiretas .................................................................... 34 
2.7.4 Ações variáveis ......................................................................................... 34 
2.7.5 Ações variáveis diretas ............................................................................. 34 
2.7.6 Ações variáveis indiretas ........................................................................... 35 
2.7.7 Coeficientes de ponderação das ações (γf) ............................................... 36 
2.7.8 Estado limite último (ELU) ......................................................................... 36 
2.7.9 Estado limite de Serviço (ELS) .................................................................. 37 
2.7.10 Coeficientes de ponderação das ações no estado-limite último .............. 38 
2.7.11 Coeficientes de ponderação das ações no estado-limite de serviço ....... 39 
2.7.12 Combinações de ações ........................................................................... 40 
2.8 ANÁLISE ESTRUTURAL ................................................................................. 40 
2.8.1 Modelos estruturais ................................................................................... 41 
2.8.2 Métodos aproximados mais vigas contínuas ............................................. 41 
2.8.3 Viga mais pilares (Pórtico H) ..................................................................... 43 
2.8.4 Grelha somente de vigas .......................................................................... 43 
2.8.5 Grelha de vigas e lajes .............................................................................. 44 
2.8.6 Pórtico plano ............................................................................................. 44 
2.8.7 Pórtico espacial ......................................................................................... 45 
2.8.8 Combinações de modelos estruturais ....................................................... 47 
2.9 SISTEMAS ESTRUTURAIS ............................................................................ 48 
2.9.1 Edifícios com estrutura interna .................................................................. 48 
17 
 
2.9.2 Edifícios com estrutura externa ................................................................. 48 
2.9.3 Análise global ............................................................................................ 48 
2.10 RACIONALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO ....................................................... 50 
2.11 VEDAÇÕES ................................................................................................... 50 
2.12 ALVENARIA CONVENCIONAL ..................................................................... 51 
2.12.1 Propriedades das alvenarias na execução .............................................. 51 
2.12.2 Contribuição das paredes na estabilidade .............................................. 52 
2.13 DRYWALL (GESSO ACARTONADO) ........................................................... 52 
2.13.1 Chapas de gesso .................................................................................... 53 
2.13.2 Perfis metálicos em aço galvanizado ...................................................... 54 
2.13.3 Fixações (parafusos e buchas) ............................................................... 54 
2.13.4 Massa para juntas e massa para colagem .............................................. 54 
2.13.5 Fitas ........................................................................................................ 55 
2.13.6 Acessórios ............................................................................................... 56 
2.13.7 Lã mineral ............................................................................................... 56 
2.13.8 Desempenho ........................................................................................... 56 
2.13.9 Facilidades .............................................................................................. 57 
2.13.10 Redução de Resíduos ........................................................................... 57 
2.14 PESOS DE COMPONENTES CONSTRUTIVOS .......................................... 58 
2.15 DESEMPENHO TÉRMICO ALVENARIA E DRYWALL ................................. 59 
2.16 FERRAMENTAS COMPUTACIONAIS .......................................................... 60 
2.16.1 TQS ......................................................................................................... 60 
2.16.2 EXCEL .................................................................................................... 64 
2.17 CUSTOS E ORÇAMENTAÇÃO ..................................................................... 65 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS............................................................... 66 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA............................................................... 66 
3.2 DESCRIÇÃO DA FONTE DE DADOS ............................................................. 66 
18 
 
3.3 DESCRIÇÃO DO PROJETO ARQUITETÔNICO ............................................ 67 
3.4 ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E COLETA DOS DADOS ................................ 67 
3.5 CONFIGURAÇÕES UTILIZADAS PARA O PROJETO ESTRUTURAL .......... 70 
4 RESULTADOS ....................................................................................................... 72 
4.1 CARGAS .......................................................................................................... 72 
4.2 CONSUMO DE CONCRETO E FÔRMAS ....................................................... 74 
4.3 CONSUMO DE AÇO ....................................................................................... 74 
4.3.1 MODELO ALVENARIA .............................................................................. 74 
4.3.2 MODELO DRYWALL ................................................................................ 75 
4.4 COMPARATIVO EXEMPLIFICADO ................................................................ 77 
4.4.1 PILAR ........................................................................................................ 77 
4.4.2 VIGA .......................................................................................................... 79 
4.5 COMPARATIVO BITOLA E VALORES ........................................................... 80 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 83 
5.1 LIMITAÇÕES DA PESQUISA .......................................................................... 85 
5.2 SUGESTÕES PARA PRÓXIMAS PESQUISAS .............................................. 85 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 86 
 
19 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Muitas empresas construtoras têm buscado alternativas de produção que lhes 
permitamobter aumento da produtividade, qualidade intrínseca do produto e redução 
de custo de produção e, em decorrência, a satisfação dos anseios e das exigências 
dos clientes (HOLANDA, 2003). 
 Os requisitos da norma NBR 6118:2014 dizem que a solução estrutural adotada 
em projeto deve atender aos requisitos de qualidade estabelecidos nas normas 
técnicas, relativos à capacidade resistente, ao desempenho em serviço e à 
durabilidade da estrutura. A qualidade da solução adotada deve ainda considerar as 
condições arquitetônicas, funcionais, construtivas, estruturais e de integração com os 
demais projetos, explicitadas pelos responsáveis técnicos de cada especialidade, com 
a anuência do contratante (ABNT, 2014). 
 Segundo Holanda (2003), as novas ações de gestão da produção de estruturas 
têm resultado em mudanças que exigem vedações verticais também compatíveis com 
a nova filosofia de trabalho, por isso, a antiga alvenaria, caracterizada pela baixa 
produtividade e regularidade geométrica insatisfatória, vem dando lugar a novas 
tecnologias de produção de vedações verticais que buscam a interação com todos os 
subsistemas que a cercam, principalmente, estrutura, sistemas prediais 
hidrossanitário e elétricos, impermeabilizações e revestimentos. 
 Para Silva (2016) a instalação de fábricas de chapas de gesso de drywall, 
reforçou o esforço de modernização da construção civil brasileira, tradicionalmente 
caracterizadas pelo uso de métodos artesanais, com baixa produtividade, elevados 
níveis de desperdícios e reduzida valorização da mão de obra. 
 Tendo em vista as dificuldades financeiras que as empresas construtoras 
sofrem, devido principalmente aos altos juros e à situação econômica geral do país, 
passa a ser importante cada pequeno passo em direção à racionalização da 
construção (GEHBAUER, 2002). 
Historicamente as alvenarias tiveram a função inicial de simplesmente dividir 
ambientes e isolar as coberturas a ação das intempéries e dos predadores e 
atualmente, a alvenaria é vista não só com as suas funções primárias, mas como 
elemento de construção (SALGADO, 2009). 
 O drywall vem sendo utilizado regularmente no país desde meados dos anos 
90. Esse curto período foi suficiente para que conquistasse a preferência dos líderes 
20 
 
da cadeia de negócios da construção civil, sobretudo os maiores incorporadores, 
construtores e escritórios de arquitetura do país, e vem obtendo novos adeptos a cada 
dia, em razão das muitas vantagens que proporciona a todos os envolvidos e, em 
especial, aos moradores e usuários de imóveis com vedações internas executadas 
com esse sistema (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2006). 
 Para racionalização significativa em uma estrutura é necessário a redução de 
cargas e insumos estruturais, sendo assim, levanta-se o seguinte problema pesquisa: 
é possível reduzir os insumos estruturais e as cargas em uma estrutura de concreto 
armado utilizando fechamento em drywall, de forma a viabilizar a sua utilização? 
 
1.1 OBJETIVOS 
 
Nessa seção serão apresentados o objetivo geral da pesquisa e os objetivos 
específicos que irão auxiliar no entendimento sobre o assunto. 
 
1.1.1 Objetivo Geral 
 
Avaliar a utilização de fechamentos de paredes em drywall em comparação a 
paredes de fechamento convencional e se essa utilização contribui para redução de 
insumos para a estrutura e carregamentos para as fundações. 
 
1.1.2 Objetivos Específicos 
 
Para obter os resultados da avaliação será necessário: 
a) Estudo bibliográfico de estruturas em concreto armado e sistema de 
vedação; 
b) apresentar um projeto arquitetônico para utilização dos sistemas; 
c) elaborar e dimensionar dois modelos computacionais utilizando o TQS®, 
sendo um modelo com carregamento de alvenaria convencional e outro 
utilizando drywall; 
d) extrair e analisar os resultados apresentados pelo programa; 
e) analisar o custo da utilização da alvenaria convencional x drywall; e 
f) comparar insumos e cargas. 
 
21 
 
1.2 HIPÓTESE 
 
Tendo em vista a pesquisa realizada com o fechamento em drywall no mínimo, 
se possibilitará reduzir as cargas de forma significativa nas fundações, bem como 
significativa redução dos esforços solicitantes nas estruturas, reduzindo por sua vez o 
custo global da construção. 
 
1.3 JUSTIFICATIVA 
 
Devido à grande concorrência no setor da construção civil, práticas de 
racionalização tornam-se cada vez mais necessárias e fundamentais para que o 
empreendedor possa obter os resultados esperados. Existe uma escassez sobre o 
tema em estudos e artigos, portanto tratar desse assunto contribui para sua 
disseminação. 
Um dos itens que mais contribui para o orçamento de uma obra é o consumo 
de aço nas estruturas de concreto armado, portanto, a sua redução causa grande 
impacto no custo da obra. Para diminuir esse consumo é vital aliviar as cargas na 
estrutura e uma das formas é reduzindo a carga permanente, que é possível 
substituindo as vedações verticais de fechamento por outra alternativa mais leve. 
O desenvolvimento do trabalho sinaliza a escolha de vedações e como isso irá 
contribuir em retorno financeiro e outros benefícios indiretos dessa escolha, 
contribuindo assim com as melhores práticas no ramo da construção civil, bem como 
por se tratar de um processo industrializado com menores perdas e necessidade de 
deslocamento dos resíduos gerados na sua utilização. 
Importante como engenheiro é aprender com mais profundidade ferramentas 
de cálculo e projeto, saber que as escolhas de projetos, contribuirão nas cargas ao 
longo da estrutura e as consequências financeiras dessas preferências. Para a 
formação acadêmica é fundamental a clareza de tais conhecimentos. 
 
 
 
 
 
22 
 
 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 CONCRETO 
 
 O concreto é um material composto de água, cimento e agregados, assim ao 
associar esses materiais, o resultado é, pasta com cimento mais água, argamassa 
formada por pasta mais agregado miúdo e o concreto é a argamassa mais agregado 
graúdo (CARVALHO; FIGUEIREDO FILHO, 2017). 
 Segundo Borges (2015), o concreto é constituído por três componentes 
principais: 
 
a) Cimento ou Aglomerantes: é a substância sílico-calcária pulverizada, retirada 
de jazidas minerais, responsável pelas reações químicas no interior do 
concreto, que propiciam coesão e causam seu endurecimento. Estas reações 
surgem devido à adição de água, em proporções adequadas, que enrijecem 
a mistura com o decorrer do tempo; 
b) Agregado Graúdo: é a chamada brita, ou pedra britada para concreto, que é 
responsável pela resistência mecânica da mistura. É ela, juntamente com o 
agregado miúdo, que propicia a elevada resistência à compressão do 
concreto. É retirado de jazidas de granito (pedreiras), onde a rocha bruta é 
cortada em blocos de diversos tamanhos, e os pedaços menores são 
triturados até atingirem as dimensões estipuladas em Norma, denominadas 
de brita zero, um, dois, três e etc.; e 
c) Agregado Miúdo: é a areia para concreto ou areia lavada, normalmente 
retirada de rios e lagos ou jazidas naturais, desde que não estejam 
contaminadas por sal ou outras substâncias que possam afetar o concreto. O 
agregado miúdo também pode ser composto por pó de pedra ou pó de brita, 
isoladamente ou em conjunto com a areia. 
 
2.1.1 Massa específica 
 
 A norma NBR 6118:2014, aplica aos concretos de massa específica normal, 
aqueles que, depois de secos em estufa, têm massa específica () compreendida 
entre 2 000 kg/m3 e 2 800 kg/m3. Se a massa específica real não for conhecida, para 
23 
 
efeito de cálculo, pode-se adotar para o concreto simples o valor 2 400 kg/m3 e para 
o concreto armado, 2 500 kg/m3 (ABNT, 2014). 
Quando se conhecer a massa específica do concreto utilizado, pode-se 
considerar para valor da massa específica do concreto armado aquela do concreto 
simples acrescida de 100 kg/m3 a 150 kg/m3 (ABNT, 2014). 
 
2.1.2 Resistênciaà compressão 
 
 De acordo com a NBR 6118:2014 quando não for indicada a idade, as 
resistências referem-se à idade de 28 dias. A estimativa da resistência à compressão 
média, fcmj, correspondente a uma resistência fckj especificada, deve ser feita 
conforme indicado na ABNT NBR 12655:2015 (ABNT, 2014). 
 Para Carvalho e Figueiredo Filho (2017), a principal característica do concreto 
é a sua resistência à compressão, a qual é determinada pelo ensaio de corpos de 
prova submetidos à compressão centrada, esse ensaio também permite a obtenção 
de outras características, como o módulo de deformação longitudinal. 
 
2.1.3 Resistência à tração 
 
Segundo Carvalho e Figueiredo Filho (2017), o concreto é um material que 
resiste mal a tração, geralmente não se considera esta resistência, entretanto, a 
resistência a tração pode estar relacionada com a capacidade resistente da peça, 
quando estas estão sujeitas a esforço cortante, relacionadas diretamente, com a 
fissuração, sendo necessário, o conhecimento dessa propriedade. 
A resistência à tração indireta fct,sp e a resistência à tração na flexão fct,f devem 
ser obtidas em ensaios realizados segundo as ABNT NBR 7222:2011 e ABNT NBR 
12142:2010, respectivamente (ABNT, 2014). A resistência à tração direta fct pode ser 
considerada igual a 0,9 fct,sp ou 0,7 fct,f, ou, na falta de ensaios para obtenção de fct,sp 
e fct,f, pode ser avaliado o seu valor médio ou característico por meio das equações 
1, 2, 3 e 4: 
 
 𝑓𝑐𝑡𝑘, 𝑖𝑛𝑓 = 0,7 𝑓𝑐𝑡, 𝑚 (1) 
 
24 
 
 𝑓𝑐𝑡𝑘, 𝑠𝑢𝑝 = 1,3𝑓 , (2) 
 
Para concretos de classes até C50: 
 
 𝑓𝑐𝑡, 𝑚 = 0,3𝑓 / (3) 
 
Para concretos de classes C55 até C90: 
 
 𝑓𝑐𝑡, 𝑚 = 2,12 ln (1 + 0,11 𝑓 ) (4) 
 
 
 Segundo a norma NBR 6118:2014, o fct,m e fck são expressos em Megapascal 
(MPa). Sendo fckj ≥ 7 Mpa. Estas expressões podem também ser usadas para idades 
diferentes de 28 dias (ABNT, 2014). 
Para tensões de compressão menores que 0,5 fc, pode-se admitir uma relação 
linear entre tensões e deformações, para análises no estado-limite último, podem ser 
empregados o diagrama tensão-deformação idealizado mostrado na Figura 1, dada 
pela NBR 6118:2014. 
 
 
Figura 1: Diagrama tensão-deformação 
Fonte: ABNT NBR 6118 (2014) 
 
25 
 
2.2 AÇO 
 
 Para Bauer (2016), o ferro fundido tem grande teor de carbono, esse teor fica 
entre 1,7 e 6,7%, verificou-se que, se esse teor baixar de 1,7 para 0,2%, o ferro 
adquirirá propriedades especiais, e será chamado aço. 
 
2.2.1 Propriedades do aço 
 
 A norma NBR 7480:2007 define os tipos, as características e outros itens sobre 
as barras e fios de aço destinados a armaduras de concreto armado. Define que todo 
o material em barras, casos dos CA25 e CA50, devem ser obrigatoriamente fabricados 
por laminação a quente, e que todos os fios, característicos do CA60, devem ser 
fabricados por trefilação ou processo equivalente, como estiramento ou laminação a 
frio (ABNT, 2007). 
 A norma NBR 6118:2014 estabelece os diagramas de tensão-deformação para 
armaduras passiva e ativa (Figuras 2 e 3), para a resistência ao escoamento e à 
tração, este diagrama é válido para intervalos de temperatura entre 20 °C e 150 °C e 
pode ser aplicado para tração e compressão (ABNT, 2014). 
 
 
Figura 2: Diagrama tensão-deformação para aços de armaduras passivas 
Fonte: ABNT NBR 6118 (2014) 
26 
 
 
 
Figura 3: Diagrama tensão-deformação para aços de armaduras ativas 
Fonte: ABNT NBR 6118 (2014) 
 
2.2.2 Tipo de superfície aderente 
 
 De acordo com a NBR 6118:2014 os fios e barras podem ser lisos, entalhados 
ou providos de saliências ou mossas (ABNT, 2014). A capacidade aderente entre o 
aço e o concreto está relacionada ao coeficiente 1, cujo valor está estabelecido no 
Quadro 1. 
 
Tipo de superfície 1 
Lisa 1,0 
Entalhada 1,4 
Nervurada 2,25 
Quadro 1: Valor do coeficiente de aderência 1 
Fonte: Adaptado ABNT NBR 6118 (2014) 
 
 
27 
 
2.2.3 Massa específica e coeficiente de dilatação térmica 
 
 A NBR 6118:2014 estabelece que se pode adotar para a massa específica do 
aço de armadura passiva o valor de 7 850 kg/m3. O valor de 10-5/°C pode ser 
considerado para o coeficiente de dilatação térmica do aço, para intervalos de 
temperatura entre 20 °C e 150 °C (ABNT, 2014). 
 
2.3 CONCRETO ARMADO 
 
 Para a utilização estrutural, o concreto sozinho não é adequado como elemento 
resistente, pois, enquanto tem uma boa resistência à compressão, pouco resiste à 
tração, cerca de 10% (CARVALHO; FIGUEIREDO FILHO, 2017). 
Para Borges (2015) concreto armado é a utilização do concreto moldado, com 
o uso de formas, acrescentando-se no seu interior uma armação, ou armadura, de 
aço, e a união desses dois elementos é que propicia resistência tanto a esforços de 
compressão como de tração. 
 De acordo com Carvalho e Figueiredo Filho (2017), para aumentar a 
resistência, é importante associar o concreto a um material que tenha boa resistência 
à tração e seja mais deformável, sendo o aço o mais comum. Os dois materiais 
deverão trabalhar solidariamente, o que é possível devido às forças de aderência 
entre a superfície do aço e concreto. 
 
2.4 NBR 6118:2014 - PROJETO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO – 
PROCEDIMENTO 
 
 Nos projetos de estruturas em concreto armado, a norma vigente até os dias 
de hoje e responsável pelos requisitos gerais, bem como os específicos, é a ABNT 
NBR 6118:2014, que estabelece os requisitos básicos exigíveis para o projeto de 
estruturas de concreto simples, armado e protendido, excluídas aquelas em que se 
empregam concreto leve, pesado ou outros especiais (ABNT, 2014). 
 Segundo a NBR 6118:2014 elementos de concreto armado são aqueles cujo 
comportamento estrutural depende da aderência entre concreto e armadura, e nos 
quais não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização 
dessa aderência (ABNT, 2014). 
28 
 
Os requisitos de qualidade da estrutura e condições gerais das estruturas de 
concreto devem atender aos requisitos mínimos de qualidade, classificados em três 
grupos distintos, durante sua construção e serviço e aos requisitos adicionais 
estabelecidos em conjunto entre o autor do projeto estrutural e o contratante (ABNT, 
6118:2014). 
Conforme a NBR 6118:2014 a capacidade resistente, consiste basicamente na 
segurança à ruptura, já o desempenho em serviço, trata da capacidade da estrutura 
manter-se em condições plenas de utilização durante sua vida útil, não podendo 
apresentar danos que comprometam em parte ou totalmente o uso para o qual foi 
projetada (ABNT, 2014). A durabilidade aponta a capacidade de a estrutura resistir às 
influências ambientais previstas e definidas em conjunto pelo autor do projeto 
estrutural e pelo contratante, no início dos trabalhos de elaboração do projeto. 
 
2.5 ELEMENTOS ESTRUTURAIS 
 
Segundo Araújo (2009), as estruturas usuais dos edifícios são constituídas por 
um pórtico espacial ligado às lajes dos pisos, dispostas ao longo dos diversos andares. 
Trata-se, portanto de uma estrutura tridimensional formada por elementos lineares 
(vigas e pilares) e por elementos bidimensionais (placas ou lajes). 
Portanto a composição da estrutura de uma edificação pode ser classificada e 
dividida, sendo elas a superestrutura, formada pelo conjunto viga, pilar e laje e a 
infraestrutura, constituída pelas fundações, sendo superficiais ou profundas ou até a 
junção entre ambas (Figuras 4). 
 
 
 Figura 4: Elementos Estruturais 
 Fonte: ALVA (2007) 
29 
 
 
2.5.1 Elementos de Superestrutura 
 
a) laje: na visão de Botelho e Marchetti (2015), lajes são as estruturas primeiras 
que recebem e sustentam as cargas verticais acidentais que ocorrem nos 
prédios. Estruturas planas e quase sempre retangulares; 
b) viga: são estruturas horizontais, que podem receber cargas verticais 
concentradas ou distribuídasao longo do seu comprimento, normalmente 
apoiadas sobre pilares, descarregando sobre eles seus carregamentos ou 
solicitações. Podem ser de três tipos: isoladas, contínuas ou em balanço. 
Vigas isoladas são as que possuem apenas um vão com dois apoios, vigas 
contínuas são sustentadas por vários apoios formando dois ou mais vãos e 
viga em balanço são sustentadas por apenas um apoio engastado (BORGES, 
2015); e 
c) pilar: para Borges (2015), pilares são estruturas verticais que, normalmente, 
sustentam vigas de teto e/ou outros pilares de andares superiores, em certos 
casos, como o de lajes cogumelo ou nervuradas, as lajes também podem 
descarregar seus esforços diretamente sobre os pilares. Em edifícios, são 
submetidos a cargas concentradas verticais na direção do seu eixo, aplicadas 
no seu topo, e as transmitem às fundações. 
 
2.5.2 Elementos de Infraestrutura 
 
 É a parte estrutural que está localizada sob a superfície do solo, são 
componentes estruturais que podem ser formados por concreto ou por perfis de aço, 
cuja finalidade é transmitir ao solo todas as cargas da superestrutura (BORGES, 
2015). 
 Para Velloso e Lopes (2011) as fundações são convencionalmente separadas 
em dois grandes grupos: fundações superficiais ou rasas e fundações profundas. A 
distinção entre esses dois tipos é feita segundo o critério de que uma fundação 
profunda é aquela cujo mecanismo de ruptura de base não surgisse na superfície do 
terreno. 
 
30 
 
a) rasas: são as que estão apoiadas em um nível não superior a duas vezes a 
sua menor dimensão e não inferior a um metro de profundidade. Os tipos de 
fundações rasas: Bloco de Fundação, Sapata, Fundação Corrida ou Sapata 
Corrida, Radier, Sapata Associada e Viga de Fundação (Figura 5) (BORGES, 
2015). Segundo Rebello (2008), define-se como fundação rasa aquela em que 
as cargas da edificação são transmitidas ao solo nas primeiras camadas; e 
 
 
 Figura 5: Fundações Rasas 
 Fonte: Pereira (2017) 
 
b) profundas: a fundação profunda transmite a carga da superestrutura através 
do seu corpo, usando o atrito entre ela e o solo e a resistência na sua ponta 
(REBELLO, 2008). Para Velloso e Lopes (2011), como os mecanismos de 
ruptura de base atingem, acima dela, tipicamente duas vezes sua menor 
dimensão, a norma ABNT NBR 6122:2019 determinou que fundações 
profundas são aquelas cujas bases estão implantadas a uma profundidade 
superior a duas vezes sua menor dimensão, e pelo menos três metros de 
profundidade. 
 
2.5.3 Elementos Complementares 
 
a) escada: Segundo Borges (2015) as escadas são elementos estruturais, 
providos de degraus que se destinam ao acesso de um pavimento a outro da 
31 
 
construção, podem ser construídas de vários materiais, tais como: aço, 
madeira, rocha ou concreto. Existem vários tipos de formatos de escadas, em 
caracol, escada tipo I, escada em L, escada em U, escada enclausurada; e 
b) reservatório: há dois tipos, os reservatórios enterrados (ou cisternas) são 
subterrâneos onde recebem diretamente a água da concessionária de 
distribuição e os reservatórios elevados que se localizam nas coberturas dos 
edifícios e casas (BORGES, 2015). 
 
2.6 PROJETO ESTRUTURAL 
 
Segundo Kimura (2018) a elaboração de um projeto estrutural de um edifício 
é um trabalho diferenciado e que envolve certas particularidades. De forma 
simplificada, a elaboração de um projeto estrutural pode ser subdividida em quatro 
etapas principais: definição de dados ou concepção estrutural, análise estrutural, 
dimensionamento e detalhamento, e emissão de plantas finais. 
 
2.6.1 Concepção estrutural 
 
Esta primeira etapa consiste em definir os dados dos materiais a serem 
empregados, pré-dimensinar os elementos, bem como definir as ações que atuarão 
sobre a estrutura. No entanto, cabe ao Engenheiro conceber a estrutura, isto é, 
imaginar a solução mais adequada, bem como prever seu respectivo comportamento 
(KIMURA, 2018). 
 
2.6.2 Análise estrutural 
 
 Nesta segunda etapa, calculam-se os efeitos das ações ou cargas sobre a 
estrutura. Em outras palavras, significa calcular os deslocamentos e esforços 
solicitantes por meio de um modelo que simulará a estrutura real. Os sistemas 
computacionais atuais possuem uma série de modelos estruturais disponíveis. Cabe 
ao Engenheiro decidir qual será utilizado (KIMURA, 2018). 
 
 
32 
 
2.6.3 Dimensionamento e detalhamento 
 
 Para Kimura (2018), na terceira etapa, são dimensionadas e detalhadas as 
armaduras necessárias em todos os elementos estruturais, de acordo com as 
solicitações calculadas durante a análise estrutural. Trata-se de uma etapa bastante 
automatizada, porém de verificação e edição posterior quase indispensável, pois 
existem diversas condições especiais que podem não ser consideradas de forma 
automática pelos softwares. 
 
2.6.4 Emissão de plantas 
 
 O produto final de um projeto estrutural é basicamente composto por desenhos 
que precisam conter especificações de como executar a estrutura na obra. Nos 
sistemas computacionais em geral, o processo de impressão em uma plotter ou 
impressora, ou mesmo a montagem do conjunto de plantas com a moldura e carimbo, 
é totalmente automatizado (KIMURA, 2018). 
 
2.7 AÇÕES E COMBINAÇÕES 
 
 Segundo KIMURA (2018), no cálculo de um edifício, devem ser consideradas 
todas as ações (Figura 6) que irão produzir efeitos na sua estrutura e essas ações não 
necessariamente são cargas externas aplicadas diretamente ao edifício. 
 
 
 Figura 6: Ações e combinações em uma estrutura 
 Fonte: KIMURA, (2018) 
33 
 
 Denomina-se ação, qualquer influência ou conjunto de influências, capaz de 
produzir estados de tensão ou de deformação em uma estrutura. Essas ações são 
tratadas pela NBR 6118:2014, onde destaca que na análise estrutural deve ser 
considerada a influência de todas as ações que possam produzir efeitos significativos 
para a segurança da estrutura em exame, levando-se em conta os possíveis estados 
limites últimos e os de serviço. 
 As ações a considerar classificam-se, de acordo com a norma NBR 8681:2003, 
em ações permanentes, variáveis e excepcionais. Para cada tipo de construção, as 
ações consideradas devem respeitar suas peculiaridades e as normas a elas 
aplicáveis. 
 
2.7.1 Ações permanentes 
 
 Para Kimura (2018) as ações permanentes são aquelas que acompanham a 
utilização do edifício desde o início ao fim, ou seja, são aquelas que “entram e ficam 
para sempre”. 
 As ações permanentes são as que ocorrem com valores praticamente 
constantes durante toda a vida da construção. Também são consideradas 
permanentes as ações que crescem no tempo, tendendo a um valor limite constante. 
As ações permanentes devem ser consideradas com seus valores representativos 
mais desfavoráveis para a segurança (CARVALHO; FIGUEIREDO FILHO, 2017). 
 
2.7.2 Ações permanentes diretas 
 
 Para Carvalho e Figueiredo Filho (2017) as ações permanentes diretas são 
constituídas pelo peso próprio da estrutura e pelos pesos dos elementos construtivos 
fixos e das instalações permanentes. 
 Além do peso próprio é preciso considerar permanentes os empuxos de terra e 
outros materiais granulosos, quando forem admitidos não removíveis. Para Kimura 
(2018), o peso próprio da estrutura, dos elementos construtivos e o empuxo são 
classificados com ações permanentes diretas. 
 
 
34 
 
2.7.3 Ações permanentes indiretas 
 
 De acordo com a NBR 6118:2014, as ações permanentes indiretas são 
constituídas pelas deformações imposta por retração e fluência do concreto, 
deslocamento de apoio, imperfeições geométricas (globais e locais) e protensão 
(ABNT, 2014). 
 Para Botelho e Marchetti (2015), são exemplos de ações permanentes indiretas 
a temperatura, a retração, a fluência, o recalque e a protensão. Kimura (2018) 
consideraque toda a estrutura é geometricamente imperfeita e essa premissa precisa 
ser lembrada e considerada durante a elaboração do projeto, pois na maioria dos 
casos, não estão cobertas pelos coeficientes de segurança. 
 
2.7.4 Ações variáveis 
 
 São aquelas que atuam somente durante um período da vida do edifício, ou 
seja, eles “entram e depois saem” (KIMURA, 2018). 
 
2.7.5 Ações variáveis diretas 
 
 Segundo a NBR 6118:2014, as ações variáveis diretas são constituídas pelas 
cargas acidentais previstas para o uso da construção, pela ação do vento e da água, 
devendo-se respeitar as prescrições feitas por normas brasileiras específicas (ABNT, 
2014). 
 Para Carvalho e Figueiredo Filho (2017), as cargas acidentais previstas para o 
uso da construção correspondem, normalmente a: 
 
a) cargas verticais de uso da construção (pessoas, mobiliário, veículos, materiais 
diversos, etc.); 
b) cargas móveis, considerando o impacto vertical; 
c) impacto lateral; 
d) força longitudinal de frenagem ou aceleração; e 
e) força centrífuga. 
 
35 
 
Essas cargas devem ser dispostas nas posições mais desfavoráveis para o 
elemento estudado, ressalvadas as simplificações permitidas por normas brasileiras 
específicas. 
É obrigatória a consideração da ação do vento, e os esforços correspondentes 
à ação do vento devem ser determinados de acordo com o prescrito pela ABNT NBR 
6123:1988, permitindo-se o emprego de regras simplificadas (CARVALHO; 
FIGUEIREDO FILHO, 2017). 
Para Kimura (2018), os efeitos do vento na estrutura, principalmente em 
edifícios mais altos, são significativos e para a segurança devem ser considerados 
sempre. 
 
2.7.6 Ações variáveis indiretas 
 
 De acordo com a NBR 6118:2014, as ações variáveis indiretas são causadas 
por variações uniformes e não uniformes de temperatura e ações dinâmicas. 
Considera-se que a variação de temperatura da estrutura é uniforme quando é 
causada globalmente pela variação da temperatura da atmosfera e pela insolação 
direta. Ela depende do local de implantação da construção e das dimensões dos 
elementos estruturais que a compõem (ABNT, 2014). 
 Segundo Carvalho e Figueiredo Filho (2017) de maneira genérica, podem ser 
adotados os seguintes valores: 
 
a) para elementos estruturais cuja menor dimensão não seja superior a 50 cm, 
deve ser considerada uma oscilação de temperatura em torno da média de 10 
ºC e 15 ºC; 
b) para elementos estruturais maciços ou ocos com os espaços vazios 
inteiramente fechados, cuja menor dimensão seja superior a 70 cm, admite-
se que essa oscilação seja reduzida, respectivamente, para 5 ºC e 10 ºC; e 
c) para elementos estruturais cuja menor dimensão esteja entre 50 cm e 70 cm, 
admite-se interpolação linear entre os valores indicados. 
 
 
 
36 
 
2.7.7 Coeficientes de ponderação das ações (γf) 
 
 Segundo Kimura (2018), o valor característico de uma ação Fk, seja 
permanente ou variável, é transformado para o seu respectivo valor de cálculo Fd 
externo por meio do coeficiente ponderador γf, comumente chamado de coeficiente de 
segurança. 
 As ações devem ser majoradas pelo coeficiente de ponderação γf obtido pelo 
produto de três outros: 
 
 
 𝛾 = 𝛾 ∙ 𝛾 ∙ 𝛾 (5) 
 
 
a) γf1 considera a variabilidade das ações; 
b) γf2 considera a simultaneidade de atuação das ações; e 
c) γf3 considera os possíveis desvios gerados nas construções e as 
aproximações feitas em projeto do ponto de vista das solicitações. 
 
O desdobramento do coeficiente de ponderação em coeficientes parciais 
permite que os valores gerais especificados para γf possam ser discriminados em 
função das peculiaridades dos diferentes tipos de estrutura e de materiais de 
construção considerados (CARVALHO; FIGUEIREDO FILHO, 2017). 
 
2.7.8 Estado limite último (ELU) 
 
Um estado limite último é alcançado quando o edifício tem o seu uso 
interrompido por um colapso parcial ou total da estrutura (Figura 7), como por 
exemplo, um pilar mal dimensionado provoca a ruína de um prédio, uma laje mal 
dimensionada vem abaixo, assim que o escoramento é retirado e não é comum 
deparar com estruturas que atingem o estado limite último (KIMURA, 2018). 
 
37 
 
 
Figura 7: Modelo colapso da estrutura 
Fonte: KIMURA, (2018) 
 
2.7.9 Estado limite de Serviço (ELS) 
 
 Para Botelho e Marchetti (2015), o estado limite de serviço está relacionado a 
durabilidade, a aparência, o conforto e a funcionalidade, ou seja, o dia-a-dia da sua 
funcionalidade. O projeto estrutural deve impedir que os limites sejam ultrapassados. 
 De acordo com Kimura (2018), o estado limite de serviço é alcançado quando 
o edifício deixa de ter o seu uso pleno e adequado em função do mau comportamento 
da estrutura, que não seja a ruína da mesma propriamente dita, como exemplo as 
fissuras visíveis em uma viga causam sensação de desconforto, as alvenarias trincam 
como consequência de um deslocamento excessivo do prédio, uma janela deixa de 
abrir devido à deformação excessiva de uma viga (Figura 8). 
 
 
Figura 8: Modelo funcionamento estrutura ao estado limite de serviço 
Fonte: KIMURA, (2018) 
38 
 
2.7.10 Coeficientes de ponderação das ações no estado-limite último 
 
 Conforme a NBR 6118:2014 os valores base para verificação nos estados 
limites últimos são os apresentados nos Quadros 2 e 3, para os coeficientes γf1, γf2, γf3, 
respectivamente. 
 
Combinações 
de ações 
Ações 
Permanentes 
(g) 
Variáveis 
(q) 
Protensão 
(p) 
Recalques de 
apoio 
e retração 
D F G T D F D F 
Normais 1,4 * 1,0 1,4 1,2 1,2 0,9 1,2 0 
Especiais ou 
de construção 
1,3 1,0 1,2 1,0 1,2 0,9 1,2 0 
Excepcionais 1,2 1,0 1,0 0 1,2 0,9 0 0 
Onde: 
 D é desfavorável, F é favorável, G representa as cargas variáveis em geral e T é a temperatura. 
 * Para as cargas permanentes de pequena variabilidade, como o peso próprio das estruturas, 
especialmente as pré-moldadas, esse coeficiente pode ser reduzido para 1,3. 
Quadro 2: Coeficiente de γf = γf 1⋅ γf 3 
Fonte: Adaptado ABNT NBR 6118 (2014) 
 
Os valores dos Quadros 2 e 3 podem ser modificados em casos especiais não 
contemplados, acordo com a ABNT NBR 8681:2003. O valor do coeficiente de 
ponderação, de cargas permanentes de mesma origem, em um dado carregamento, 
deve ser o mesmo ao longo de toda a estrutura. A única exceção é o caso da 
verificação da estabilidade como corpo rígido (ABNT, 2003). 
 
 
39 
 
Ações 
f2 
0 1* 2 
Cargas 
acidentais de 
edifícios 
Locais em que não há 
predominância de pesos de 
equipamentos que permanecem 
fixos por longos períodos de tempo, 
nem de elevadas concentrações 
de pessoas ** 
0,5 0,4 0,3 
Locais em que há predominância 
de pesos de equipamentos que 
permanecem fixos por longos 
períodos de tempo, ou de elevada 
concentração de pessoas *** 
0,7 0,6 0,4 
Biblioteca, arquivos, oficinas 
e garagens 
0,8 0,7 0,6 
Vento 
Pressão dinâmica do vento nas 
estruturas em geral 
0,6 0,3 0 
Temperatura 
Variações uniformes de temperatura 
em relação à média anual local 
0,6 0,5 0,3 
 
* Para os valores de 1 relativos às pontes e principalmente para os problemas de fadiga. 
** Edifícios residenciais. 
*** Edifícios comerciais, de escritórios, estações e edifícios públicos. 
Quadro 3: Valores dos coeficientes 
Fonte: Adaptado ABNT NBR 6118 (2014) 
 
2.7.11 Coeficientes de ponderação das ações no estado-limite de serviço 
 
 De acordo com a NBR 6118:2014, em geral o coeficiente de ponderação das 
ações para estados-limites de serviço é dado pela expressão: 
 
 
 𝛾 = 𝛾 (6) 
 
40 
 
γf2 tem valor variável conforme a verificação que se deseja fazer; 
γf2 = 1 para combinações raras; 
γf2 = 1 para combinações frequentes; e 
γf2 = 2 para combinações quase permanentes. 
 
 Para Carvalho e Figueiredo Filho (2017), o objetivo da análise estrutural é 
determinar os efeitos das ações na estrutura, de modo a verificar os estados limites 
últimos ede serviço. Essa análise permite estabelecer as distribuições de esforços 
internos, as tensões, as deformações e os deslocamentos, em parte ou em toda a 
estrutura. Para isso, as solicitações de cálculo devem ser determinadas a partir de 
combinações das ações consideradas, de acordo com a análise estrutural. 
 
2.7.12 Combinações de ações 
 
 Segundo Kimura (2018), na vida real, um edifício dificilmente estará sujeito à 
aplicação de apenas uma ação isolada por vez, estará sim, submetido à atuação de 
várias ações ao mesmo tempo. 
 Um carregamento é definido pela combinação das ações que têm probabilidade 
não desprezíveis de atuarem simultaneamente sobre a estrutura durante um período 
(CARVALHO; FIGUEIREDO FILHO, 2017). 
 Conforme preestabelecido pela NBR 6118:2014, a combinação das ações deve 
ser feita de forma que possam ser determinados os efeitos mais desfavoráveis para a 
estrutura, a verificação da segurança em relação aos estados-limites últimos e aos 
estados-limites de serviço devem ser realizados em função de combinações últimas e 
de combinações de serviço, respectivamente (ABNT, 2014). 
 
2.8 ANÁLISE ESTRUTURAL 
 
 Para Kimura (2018), a análise estrutural é a etapa mais importante durante todo 
o projeto de edifícios, mas que muitas vezes não é tratada com a devida atenção e os 
cuidados necessários quando se faz uso de uma ferramenta computacional. 
 É o conjunto de simplificações adicionais, após a análise inicial da edificação, 
que visam tornar o projeto estrutural exequível, por meio de novas decomposições 
virtuais, subdividindo a estrutura em grupos de elementos estruturais mais simples, 
41 
 
que possam ser tratados separadamente por modelos esquemáticos da teoria das 
estruturas (CLÍMACO, 2016). 
 A análise estrutural consiste na obtenção e avaliação da resposta da estrutura 
perante as ações que lhe foram aplicadas, em outras palavras, significa calcular e 
analisar os deslocamentos e os esforços solicitantes nos pilares, nas vigas e nas lajes 
que compõem um edifício (KIMURA, 2018). 
Segundo a NBR 6118:2014, a análise estrutural deve ser feita a partir de um 
modelo estrutural adequado ao objetivo da análise, em um projeto pode ser 
necessário mais de um modelo para realização das verificações (ABNT, 2014). 
 
2.8.1 Modelos estruturais 
 
 Toda a análise de um edifício realizada num computador é baseada na adoção 
de um certo modelo estrutural (Figura 9) ou matemático, trata-se de um protótipo que 
procura simular um edifício real no computador (KIMURA, 2018). 
 
 
Figura 9: Modelo Estrutural 
Fonte: KIMURA (2018) 
 
2.8.2 Métodos aproximados mais vigas contínuas 
 
 Para Kimura (2018), esse modelo estrutural, conforme Figura 10, é o primeiro 
destinado ao cálculo de edifícios de concreto armado que se deparam os alunos 
durante a graduação em Engenharia Civil. 
42 
 
 
Figura 10: Vigas contínuas 
Fonte: KIMURA (2018) 
 
 A análise estrutural baseada nesse modelo, segundo Kimura (2018), é 
realizada da seguinte maneira: 
 
a) os esforços e as flechas nas lajes são calculados a partir de tabelas baseadas 
em diversos métodos aproximados consagrados, exemplos: Marcus, 
Czerney, etc.; 
b) as cargas das lajes são transferidas para as vigas por área de influência; 
c) os esforços e as flechas nas vigas são calculados por meio do modelo clássico 
de viga contínua com apoios simples que simulam os pilares; e 
d) a reação vertical obtida nos apoios das vigas é transferida como carga 
concentrada para os pilares. 
 
 Trata-se de um modelo estrutural extremamente simples, de fácil compreensão 
e que permite uma visualização muito clara do percurso das cargas verticais aplicadas 
ao edifício até as fundações. No entanto, possui certas aproximações que limitam o 
seu uso para o cálculo de estruturas mais complexas (KIMURA, 2018). 
 
 
 
43 
 
2.8.3 Viga mais pilares (Pórtico H) 
 
 Trata-se de uma evolução direta do modelo clássico de viga contínua utilizada 
para análise de vigas, em vez de apoios simples, os lances inferior e superior dos 
pilares são modelados juntamente com a viga, formando um pórtico plano (KIMURA, 
2018). 
 Assim Kimura (2018), afirma que esse é um modelo simples e de fácil 
interpretação, mas possui basicamente as mesmas limitações do modelo anterior, a 
única vantagem é a consideração da interação entre as vigas e os pilares. Na prática 
atual, esse modelo é muito pouco adotado na elaboração de projetos profissionais 
com auxílio de uma ferramenta computacional. 
 
2.8.4 Grelha somente de vigas 
 
 É um modelo direcionado para análise estrutural de um pavimento, no qual é 
levada em conta a interação entre todas as vigas presentes no mesmo (Figura 11). 
Composto por elementos lineares, chamados de barras, que simulam as vigas, essas 
barras são dispostas no plano horizontal da laje e estão submetidas a cargas 
perpendiculares ao mesmo (cargas verticais), oriundas da transferência das lajes por 
área de influência (KIMURA, 2018). 
 
 
Figura 11: Grelha somente de vigas 
Fonte: KIMURA (2018) 
 
44 
 
 Atualmente o modelo de grelha somente de vigas ainda é utilizando na análise 
das vigas de um pavimento, mas teve seu uso praticamente substituído pela grelha 
de vigas e lajes (KIMURA, 2018). 
 
2.8.5 Grelha de vigas e lajes 
 
 Trata-se de um modelo direcionado para análise estrutural de um pavimento. 
Também é denominado como análise de pavimentos por “analogia de grelha”. É 
composto por elementos lineares dispostos no plano horizontal do piso que simulam 
as vigas e as lajes (Figura 12), formando uma malha de barras submetida a cargas 
verticais, os pilares são representados por apoios simples (KIMURA, 2018). 
 
 
Figura 12: Grelha vigas e lajes 
Fonte: KIMURA (2018) 
 
 Segundo Kimura (2018), na prática atual, o modelo grelha de vigas e lajes é 
muito utilizado na análise de pavimentos de concreto armado. Abrange praticamente 
todos os tipos de lajes utilizadas nas edificações, tais como: lajes maciças 
convencionais, lajes nervuradas, lajes treliçadas, lajes planas e lajes cogumelo. 
 
2.8.6 Pórtico plano 
 
 Para Fontes e Pinheiro (2006), as vigas funcionam como apoios indeslocáveis 
para as lajes. As vigas que não formam pórticos planos, podem ser analisadas 
45 
 
separadamente pelo modelo Vigas Contínuas. Os pilares pertencentes a mais de um 
pórtico plano, simultaneamente, devem ter seus esforços calculados a partir da 
somatória dos obtidos para cada pórtico, separadamente. 
Modelo direcionado para a análise do comportamento global de um edifício, e 
não apenas de um único pavimento. Admite tanto a aplicação de ações verticais como 
horizontais. Nesse modelo, uma parte da estrutura é analisada por barras dispostas 
num mesmo plano vertical, que representam um conjunto de vigas e pilares presentes 
em um mesmo alinhamento do edifício (Figura 13), a laje não faz parte do modelo 
(KIMURA, 2018). 
 
 
Figura 13: Pórtico plano 
Fonte: KIMURA (2018) 
 
 Segundo Kimura (2018), a interpretação e análise dos resultados obtidos por 
esse modelo são simples, principalmente quando se dispõe de recursos em um 
sistema computacional. Há vários anos, o modelo de pórtico plano foi utilizado com 
muito sucesso na análise dos efeitos do vento, bem como na avaliação da estabilidade 
global de edifícios. Atualmente ele foi plenamente substituído pelo modelo de pórtico 
espacial. 
 
2.8.7 Pórtico espacial 
 
 Consiste num modelo tridimensional composto por barras que representam 
todos os pilares e vigas presentes num edifício, conforme a Figura 14, possibilitando 
46 
 
uma avaliação bastante completa e eficiente do comportamento global da estrutura 
(KIMURA, 2018). 
As estruturas dos prédios usualmente são formadas por pórticos espaciais 
conectadas às lajes de cada pavimento, formando assim uma estrutura em 3 
dimensões compostas por barras e lajes (ARAÚJO, 2010). 
 
 
Figura 14: Pórtico espacial 
Fonte:KIMURA (2018) 
 
 O modelo de pórtico espacial admite a aplicação simultânea de ações verticais 
e horizontais, podendo ser avaliado o comportamento do edifício em todas as direções 
e sentidos (Figura 15) (KIMURA, 2018). 
 
 
Figura 15: Barra de pórtico espacial 
Fonte: KIMURA (2018) 
 
 Conforme Kimura (2018), o modelo de pórtico espacial é amplamente utilizado 
em projetos profissionais elaborados com o auxílio de uma ferramenta computacional, 
47 
 
é bastante abrangente, pois admite tanto o cálculo de edifícios altos e complexos 
como estruturas de pequeno porte. 
 
2.8.8 Combinações de modelos estruturais 
 
 Para Kimura (2018), na prática é muito comum a adoção de uma combinação 
de modelos estruturais na elaboração de projetos de edifícios, por exemplo, pode se 
utilizar o modelo de grelha de vigas e lajes para cálculo dos esforços nas lajes e o 
modelo de pórtico espacial para análise de vigas e pilares. Na Figura 16 é possível 
visualizar a evolução dos modelos estruturais. 
 
 
 Figura 16: Resumo da evolução dos modelos 
 Fonte: KIMURA (2018) 
48 
 
2.9 SISTEMAS ESTRUTURAIS 
 
 A escolha adequada de um sistema de resistência às forças laterais pode 
viabilizar ou impossibilitar o projeto de um edifício em termos de construtibilidade, 
praticidade e viabilidade econômica (CHING; ONOUYE; ZUBERBUHLER, 2010). 
 Segundo Ching, Onouye e Zuberbuhler (2010), os edifícios altos podem ser 
divididos em duas categorias, com base na localização dominante dos sistemas de 
resistência às forças laterais, são elas: os edifícios com estrutura interna e os com 
estrutura externa. 
 
2.9.1 Edifícios com estrutura interna 
 
 Estão presentes nos edifícios altos que resistem às cargas laterais 
principalmente através dos elementos de resistência às forças laterais que se 
localizam no interior da estrutura, por exemplo: estrutura de pórticos de aço ou 
concreto e a estrutura enrijecida por um núcleo formado por pórticos contraventados, 
pórticos indeformáveis ou paredes de cisalhamento, que é construído na forma de um 
sistema fechado e age como um tubo estrutural (CHING; ONOUYE; ZUBERBUHLER, 
2010). 
 
2.9.2 Edifícios com estrutura externa 
 
 No entendimento de Ching, Onouye e Zuberbuhler (2010), as estruturas 
externas presentes em edifícios altos que resistem às cargas laterais principalmente 
com elementos de resistência a tais esforços distribuídos no perímetro da estrutura. 
 
2.9.3 Análise global 
 
 Para a NBR 6118:2014, sob a ação das cargas verticais e horizontais, os nós 
da estrutura deslocam-se horizontalmente, os esforços de 2ª ordem decorrentes 
desses deslocamentos são chamados efeitos globais de 2ª ordem. 
Nas barras da estrutura, como um lance de pilar, os respectivos eixos não se 
mantêm retilíneos, surgindo aí efeitos locais de 2ª ordem que, em princípio, afetam 
principalmente os esforços solicitantes ao longo delas (ABNT, 2014). 
49 
 
2.9.4 Coeficiente γz 
 
 O coeficiente Gama-Z (γz) tem a finalidade de avaliar a estabilidade global de 
um edifício, foi proposto e idealizado pelos engenheiros brasileiros Augusto Carlos 
Vasconcelos e Mário Franco em 1991, com a finalidade de simplificar o processo de 
obtenção dos esforços de segunda ordem (TROMBETTA, 2016). 
 Segundo a norma NBR 6118:2014, o coeficiente Gama-Z de avaliação da 
importância dos esforços de segunda ordem globais é válido para estruturas 
reticuladas de no mínimo quatro andares, ele pode ser determinado a partir dos 
resultados de uma análise linear de primeira ordem, para cada caso de carregamento. 
O valor de γz para cada combinação de carregamento é dado pela expressão 
(ABNT, 2014): 
 
 𝛾 = 11 − ∆𝑀 ,𝑀 , , (7) 
Sendo: 
 
M1,tod,d é o momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de todas 
as forças horizontais da combinação considerada, com seus valores de cálculo, em 
relação à base da estrutura; e 
ΔMtod,d = é a soma dos produtos de todas as forças verticais atuantes na 
estrutura, na combinação considerada, com seus valores de cálculo, pelos 
deslocamentos horizontais de seus respectivos pontos de aplicação, obtidos da 
análise de 1ª ordem (ABNT, 2014). 
A norma NBR 6118:2014, considera que a estrutura é de nós fixos se o valor 
do Gama-Z (γz) obedecer a condição de ser menor ou igual a 1,1 e de nós móveis se 
for maior que 1,1 e menor ou igual a 1,3. 
Para Freitas, Luchi e Ferreira (2016), o cálculo em estruturas com nós fixos 
pode ser realizado considerando cada elemento comprimido isoladamente, o 
elemento estará com a extremidade vinculada aos demais elementos estruturais. 
 Moncayo (2011) considera que na prática as estruturas costumam ser 
projetadas com um limite de 1,20 sendo que o coeficiente γz consiste em uma análise 
linear, que considera de forma aproximada os efeitos de não-linearidade geométrica. 
50 
 
2.10 RACIONALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO 
 
 Para Souza (2005), a indústria da Construção Civil ocupa uma posição de 
grande destaque na economia nacional, haja vista a significante parcela do Produto 
Interno Bruto do país pela qual é responsável e o contingente de pessoas que, direta 
ou indiretamente, emprega. Portanto, se por um lado, a Construção influencia a vida 
do país, por outro, é também bastante influenciada pelas decisões relativas à gestão. 
A competitividade estabelecida no setor da construção civil acabou 
influenciando de maneira benéfica o setor porque, mesmo que discretamente, 
impulsionou as empresas a inserirem em seu processo construtivo conceitos de 
racionalização e até de industrialização de sua produção, objetivando com isso o 
aumento da produtividade, qualidade e reorganização de seu processo produtivo 
(HOLANDA, 2003). 
A racionalização, ou seja, a mecanização e industrialização do processo de 
construção, torna as fases de execução mais curtas e mais sensíveis a transtornos, 
que por isso exigem um planejamento e um controle maior (GEHBAUER, 2002). 
Segundo Silva (2016), para se tornarem competitivas e conquistar novos 
mercados, as empresas que atuam na área da construção de edifícios vem buscando 
novos caminhos, destacando-se a busca pela eficiência no processo de produção, 
através da racionalização dos métodos. Nesse contexto, a industrialização das 
vedações verticais pode ser vantajosa para as construtoras, pois interfere 
significativamente no custo global da obra. 
 
2.11 VEDAÇÕES 
 
 Para Franco (1998), a vedação vertical deve obrigatoriamente compartimentar 
a edificação e propiciar aos ambientes características para quaisquer 
desenvolvimentos das atividades para as quais foram projetadas, além do que, as 
vedações possuem ligação com outros sistemas do edifício, como estrutura, 
instalações, vedações horizontais, impermeabilizações entre outros. 
 Conforme Holanda (2003), as vedações verticais assumiram desde funções 
estruturais até de apenas fechamento, sendo muito utilizadas no preenchimento de 
vãos conformados a partir de outros elementos estruturais (concreto, aço), podem ser 
aparentes ou revestidas, constituídas por componentes de natureza bem diversa, 
51 
 
como tijolos maciços, blocos cerâmicos, de concreto, chapas de gesso, painéis pré-
fabricados, onde foram construídas tanto de forma artesanal, como com alto grau de 
incorporação tecnológica, executadas por mestres do ofício ou displicentemente 
entregues à mão de obra desqualificada como um serviço de menor importância. 
O que se pode constatar é que, as vedações verticais sempre se apresentaram 
como soluções construtivas de grande importância na produção de edifícios 
destinados a usos diversos (HOLANDA, 2003). 
As vedações verticais podem ser entendidas como um subsistema do edifício 
formado por elementos que dividem os ambientes internos, controlam a ação de 
agentes indesejáveis, entre os quais intrusos, animais, vento, chuva, poeira, ruídos e 
quaisquer outros, constituindo suporte e proteção para as instalaçõesdos edifícios e 
ainda servem para proporcionar condições de habitabilidade necessária às 
edificações, outros elementos de vedação verticais podem ser as esquadrias, vidros 
e painéis de outros materiais (SALGADO, 2009). 
 
2.12 ALVENARIA CONVENCIONAL 
 
 Para Salgado (2009), alvenaria de vedação é utilizada para fechamento de 
vãos ou delimitação de áreas. Nas estruturas em concreto armado ou aço, os espaços 
são preenchidos com elementos sem a função estrutural de sustentação, apenas 
suportando seu peso próprio. 
 Alvenaria é o conjunto de materiais pétreos, naturais ou artificiais, juntados 
entre si por meio de argamassa (MOLITERNO, 2010). 
Para Gehbauer (2002), as paredes em alvenaria podem ser divididas 
basicamente em dois grupos, as estruturais e as não estruturais cuja função é apenas 
a de fazer a vedação e a divisão dos ambientes. 
 
2.12.1 Propriedades das alvenarias na execução 
 
 As principais propriedades que devem ser observadas na sua execução, 
considerando as várias opções encontradas no mercado, com diferentes 
características, tais como resistência à compressão, porosidade, capilaridade 
absorção de água, coeficientes de absorção e dilatação térmica (SALGADO, 2009). 
 
52 
 
a) ergonomia: a alvenaria é executada assentando peça por peça, 
proporcionando um desgaste físico considerável aos trabalhadores; 
b) regularidade dimensional: a regularidade nas dimensões dos blocos ou 
tijolos é fator importante para uma uniformidade no elemento final, além de 
economia de assentamento; 
c) absorção de água: um bloco ou tijolo com baixa absorção de água pode 
comprometer a penetração da nata do cimento nos seus poros, 
comprometendo a aderência com a argamassa de assentamento; 
d) tamanho do bloco: diretamente ligado à capacidade da alvenaria em 
absorver movimentações oriundas de dilatação térmica e eventuais 
recalques; 
e) desempenho térmico e acústico: as alvenarias podem também ser um bom 
aliado no isolamento térmico-acústico; e 
f) peso específico: característica que influencia o dimensionamento estrutural 
da edificação, inclusive na fundação. 
 
2.12.2 Contribuição das paredes na estabilidade 
 
 As alvenarias absorvem boa parte dos esforços provocados pela 
movimentação da estrutura, até certo limite, e geram uma redistribuição dos mesmos, 
consequentemente provocando um aumento da rigidez da estrutura e redução a 
flexibilidade lateral dos pórticos (WINTER, 2017). 
 
2.13 DRYWALL (GESSO ACARTONADO) 
 
 No Brasil, a vedação vertical interna em chapas de gesso acartonado pode ser 
entendida como um tipo de vedação vertical, utilizada na compartimentação e 
separação de espaços internos em edificações, leve, estruturada, geralmente fixa e 
monolítica, de montagem por acoplamento mecânico e constituída por estrutura de 
perfis metálicos e fechamento de chapas de gesso acartonado (SABBATINI, 1998 
apud HOLANDA, 2003). 
 De acordo com Salgado (2009), esse sistema construtivo, também conhecido 
como sistema de construção a seco, vem substituir as tradicionais alvenarias de 
vedação ou de fechamento, tais como os processos que envolvem tijolos ou blocos 
53 
 
cerâmicos ou de concreto seguidos de revestimento de argamassa de cimento, cal e 
areia. 
 Quando usado como parede divisória, o sistema é composto por dois painéis 
fixados a perfis metálicos por encaixe e parafusos, o espaçamento entre os painéis 
cria um vão a ser dimensionado conforme o projeto para embutir desde materiais para 
proteção termoacústica até as instalações hidráulicas (HOLANDA, 2003). 
 Conforme a Associação Brasileira do Drywall (2006), fazem parte das 
componentes dos sistemas: chapas de gesso, perfis metálicos em aço galvanizado, 
fixações, massa para juntas e massa para colagem, fitas, acessórios e lã mineral, 
conforme Figura 17. 
 
 
 Figura 17: Esquema de montagem de parede de drywall 
 Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL (2006) 
 
2.13.1 Chapas de gesso 
 
 As chapas são fabricadas industrialmente mediante um processo de laminação 
contínua de uma mistura de gesso, água e aditivos entre duas lâminas de cartão, em 
que uma é virada sobre as bordas longitudinais e colada sobre a outra (Quadro 4). As 
chapas de gesso devem ser produzidas de acordo com as seguintes Normas ABNT: 
54 
 
NBR 14715:2001, NBR 14716:2001 e NBR 14717:2001 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DO DRYWALL, 2006). 
 
Tipo Código Aplicação 
Standard ST Para aplicação em áreas secas 
Resistente à Umidade RU Para aplicação em áreas sujeitas à umidade 
por tempo limitado de forma intermitente 
Resistente ao Fogo RF Para aplicação em áreas secas, necessitando 
de um maior desempenho em relação ao fogo 
Quadro 4: Tipos de chapas 
Fonte: Adaptado ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL (2009) 
 
2.13.2 Perfis metálicos em aço galvanizado 
 
 Para a Associação Brasileira do Drywall (2006), os perfis são fabricados 
industrialmente mediante um processo de conformação contínua a frio, por sequência 
de rolos a partir de chapas de aço galvanizadas pelo processo de imersão a quente. 
 
2.13.3 Fixações (parafusos e buchas) 
 
 Por definição, são peças utilizadas para fixar os componentes dos sistemas 
drywall entre si ou para fixar os perfis metálicos nos elementos construtivos, lajes, 
vigas e pilares (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2006). 
 
2.13.4 Massa para juntas e massa para colagem 
 
 As massas para juntas são produtos específicos para o tratamento das juntas 
entre chapas de gesso (Figura 18), tratamento dos encontros entre as chapas e o 
suporte (alvenarias ou estruturas de concreto), além do tratamento das cabeças dos 
parafusos. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2006). 
 
55 
 
 
Figura 18: Tipos de massas 
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL (2009) 
 
2.13.5 Fitas 
 
 Para a Associação Brasileira do Drywall (2006), as fitas (Figura 19) são 
componentes utilizados para o acabamento e para melhorar o desempenho dos 
sistemas drywall. 
 
 
Figura 19: Tipos de fitas 
Fonte: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL (2009) 
 
 
 
 
56 
 
2.13.6 Acessórios 
 
 São peças indispensáveis para a montagem dos sistemas drywall e 
normalmente são utilizadas para a sustentação mecânica dos sistemas. 
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2006). 
 
2.13.7 Lã mineral 
 
 Constituídos de materiais de lã de vidro ou lã de rocha (Quadro 5), a serem 
instalados entre as chapas de gesso, nos revestimentos entre as chapas de gesso e 
o suporte ou nos forros sobre as chapas de gesso; têm o objetivo de aumentar o 
isolamento termoacústico (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL, 2006). 
 
Feltros 
Lã de vidro Largura mm Comprimento m Espessura mm 
1200 10 a 15 50 – 75 – 100 
 Largura mm Comprimento m Espessura mm 
Lã de rocha 600 1350 25 – 40 – 50 – 75 – 100 
Lã de vidro 600 1200 50 – 75 – 100 
Quadro 5: Especificações lã mineral 
Fonte: Adaptado ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL (2006) 
 
2.13.8 Desempenho 
 
 Segundo a Associação Brasileira do Drywall (2006), o desempenho (Quadro 6) 
pode ser classificado conforme a tipologia, a espessura total da parede, a largura dos 
montantes e a sua distância e por fim a altura limite. 
 
Tipologia 
Espessura 
total da 
parede (mm) 
Largura dos 
montantes 
(mm) 
Quantidade e 
borda das 
chapas 
Peso 
(Kg/m²) 
Resistência ao fogo 
(min) 
Isolamento acústico 
Rw (dB) 
Com 
chapa ST 
Com 
chapa RF 
Sem 
isolante 
Com 
isolante 
73/48 73 48 2 BR 12,5 22 30 30/45 34/36 42/44 
98/48 98 48 4 BR 12,5 42 60 42/44 42/44 49/50 
95/70 95 70 2 BR 12,5 22 30 38/40 38/40 44/46 
120/70 120 70 4 BR 12,5 42 60 44/46 44/46 50/52 
115/90 115 90 2 BR 12,5 22 30 49/42 39/42 45/47 
140/90 140 90 4 BR 12,5 42 60 45/47 45/47 53/55 
Quadro 6:Tabela de desempenho das paredes drywall 
Fonte: Adaptado ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO DRYWALL (2006) 
57 
 
2.13.9 Facilidades 
 
As paredes de drywall dão toda a liberdade de criação, elas permitem 
flexibilidade

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