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Eletrotécnica Apostila de Controle e Automação2

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CURSO TÉCNICO 
ELETROTÉCNICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROFFESSOR: Fernando Batista Vasconcelos 
 MATERIAL COMPILADO 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte/MG 
2016 
 
 
 MÓDULO II 
 
CONTROLE E AUTOMAÇÃO DE PROCESSOS 
 
 
 
 2
ÍNDICE 
 
1 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL ................................................................................................ 5 
1.1 Introdução ............................................................................................................. 5 
1.2 Conceito ................................................................................................................. 5 
1.3 Desenvolvimento da Automação ............................................................................. 5 
1.4 Tipos de Automação ............................................................................................... 8 
1.4.1 Automação Fixa .................................................................................................. 8 
1.4.2 Automação Programável ..................................................................................... 8 
1.4.3 Automação Flexível ............................................................................................. 9 
2 CONTROLE DE PROCESSOS INDUSTRIAIS .................................................................. 10 
2.1 Considerações gerais ............................................................................................ 11 
2.1.1 Perspectiva Histórica ........................................................................................ 11 
2.2 Estruturas básicas do Controle Automático .......................................................... 13 
2.2.1 Diagrama de blocos ........................................................................................... 13 
2.2.2 Controle em Malha Fechada ............................................................................. 14 
2.2.3 Controle em Malha Aberta ............................................................................... 16 
2.2.4 Comparação entre os sistemas em malha fechada e aberta. ................................ 17 
2.3 Malhas de Controle .............................................................................................. 18 
2.3.1 Introdução ........................................................................................................ 18 
2.3.2 Realimentação negativa .................................................................................... 18 
2.3.3 Controle Cascata .............................................................................................. 20 
3 INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS ........................................................................ 23 
3.1 Níveis de uma Rede Industrial .............................................................................. 24 
3.2 Classificação das redes industriais ........................................................................ 25 
3.3 Interface de equipamentos às redes ....................................................................... 25 
3.3.1 Padrão RS-232 (EIA232) ................................................................................... 25 
3.3.2 Comunicação RS-485 ........................................................................................ 26 
4 TIPOS DE SINAIS ................................................................................................................... 26 
4.1 Sinais analógicos .................................................................................................. 26 
4.2 Sinais digitais ....................................................................................................... 26 
4.2.1 Single BIT ........................................................................................................ 26 
4.2.2 Multi BIT ......................................................................................................... 26 
5 FUNDAMENTOS DOS INSTRUMENTOS INDUSTRIAIS .............................................. 26 
5.1 Classificação dos instrumentos.............................................................................. 27 
5.2 Aplicações dos Instrumentos Industriais ............................................................... 27 
5.3 Funcionamento dos Instrumentos ......................................................................... 28 
5.4 Tipos de Instrumentos .......................................................................................... 28 
6 INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL E O CONTROLE DE PROCESSOS .................... 32 
6.1 Conceito de instrumentação .................................................................................. 32 
6.2 Conceito de processo ............................................................................................ 32 
6.2.1 Conceito de variável de processo ....................................................................... 33 
 
 
 3
6.2.2 Principais objetivos ao medir ou controlar as variáveis de processo ................... 33 
6.3 Malhas de controle utilizadas na instrumentação .................................................. 33 
6.3.1 Controle em malha aberta ................................................................................. 34 
6.3.2 Controle em malha fechada ............................................................................... 34 
7 IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS .................................. 35 
7.1 Classes de instrumentos ........................................................................................ 36 
7.1.1 Instrumento de medição indicador .................................................................... 36 
7.1.2 Instrumento de medição registrador .................................................................. 36 
7.1.3 Transmissor ...................................................................................................... 37 
7.1.4 Transdutor ....................................................................................................... 37 
7.1.5 Controlador ...................................................................................................... 38 
7.1.6 Elemento final de controle ................................................................................. 38 
7.2 Identificações dos instrumentos ............................................................................ 39 
7.2.1 Identificação da malha ...................................................................................... 41 
7.3 Instrumentos analógicos x digitais ........................................................................ 47 
8 TERMINOLOGIAS DOS INSTRUMENTOS ...................................................................... 48 
8.1 Tipos específicos de erros de medição .................................................................... 51 
8.2 Laboratório de Metrologia.................................................................................... 52 
8.2.1 Padrões de calibração ....................................................................................... 53 
9 MEDIÇÃO DE PRESSÃO ...................................................................................................... 54 
9.1 Conceito de pressão .............................................................................................. 54 
9.2 Tipos de medidores e transmissores de pressão ..................................................... 55 
10 MEDIÇÃO DE VAZÃO .......................................................................................................... 55 
10.1 Conceito de vazão .................................................................................................56 
10.2 Tipos de medidores de vazão ................................................................................. 56 
11 MEDIÇÃO DE TEMPERATURA ......................................................................................... 57 
11.1 Conceito de temperatura ...................................................................................... 57 
11.2 Tipos de medidores de temperatura ...................................................................... 58 
11.2.1 Termopar ...................................................................................................... 59 
12 MEDIÇÃO DE NÍVEL ............................................................................................................ 59 
12.1 Conceito de nível .................................................................................................. 59 
12.2 Classificação e tipo de medidores de nível ............................................................. 59 
13 PORTAS LÓGICAS ................................................................................................................ 60 
13.1 Principais portas lógicas ....................................................................................... 60 
13.1.1 Porta AND .................................................................................................... 60 
13.1.2 Porta OR ...................................................................................................... 61 
13.1.3 Porta NOT .................................................................................................... 61 
13.1.4 Porta XOR .................................................................................................... 61 
13.1.5 Porta XNOR ................................................................................................. 62 
13.1.6 Porta NAND ................................................................................................. 62 
13.1.7 Porta NOR .................................................................................................... 62 
14 DISPOSITIVOS DE COMANDO E REGULAÇÃO ........................................................... 63 
 
 
 4
14.1 Características elétricas dos principais tipos de dispositivos de comando ............... 63 
14.1.1 Chaves .......................................................................................................... 63 
14.1.2 Botoeiras ....................................................................................................... 64 
14.1.3 Chave seccionadora ....................................................................................... 66 
14.1.4 Contator magnético e contator auxiliar. ......................................................... 66 
14.1.5 Sinalização .................................................................................................... 70 
14.1.6 Fusíveis ......................................................................................................... 71 
14.1.7 Relé térmico .................................................................................................. 73 
14.1.8 Disjuntores .................................................................................................... 74 
14.1.9 Relés ............................................................................................................. 75 
14.2 Dispositivos de comando e regulação automáticos (sensores) ................................. 77 
14.2.1 Tipos de Sensores .......................................................................................... 77 
14.2.2 Sensores de Proximidade Indutivo ................................................................. 77 
14.2.3 Sensores de proximidade capacitivos ............................................................. 78 
14.2.4 Sensores óticos .............................................................................................. 79 
14.2.5 Sensores ultra-sônicos ................................................................................... 80 
14.2.6 Diagramas de comando utilizando sensores .................................................... 81 
15 DIAGRAMAS DE COMANDO ............................................................................................. 81 
15.1 Intertravamentos elétricos .................................................................................... 81 
15.2 Comando local / remoto e manual / automático ..................................................... 84 
15.3 Diagramas elétricos .............................................................................................. 85 
15.3.1 Diagrama unifilar .......................................................................................... 85 
15.3.2 Diagrama Multifilar ...................................................................................... 86 
16 ACIONAMENTO DE MOTORES ........................................................................................ 86 
16.1 Motores elétricos .................................................................................................. 86 
16.1.1 Motores de corrente contínua ........................................................................ 87 
16.1.2 Motores de corrente alternada ....................................................................... 87 
16.1.3 Motores universais ........................................................................................ 88 
16.2 Soft Starter .......................................................................................................... 89 
16.2.1 Princípio de funcionamento ........................................................................... 89 
16.3 Inversor de frequência. ......................................................................................... 90 
16.3.1 Aplicações em sistemas de controle ................................................................ 91 
16.4 Diagrama de comando de uma Partida direta de motor ......................................... 92 
16.5 Diagrama de comando de uma Partida direta com reversão de motor ................... 93 
16.6 Diagrama de comando de uma partida estrela-triângulo ....................................... 94 
16.7 Diagrama de comando de uma partida por soft starter .......................................... 95 
17 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................... 96 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5
1 AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL 
 
 
1.1 Introdução 
 
Você já reparou que a automação faz parte do dia-a-dia do homem moderno? Pela manhã, o rádio relógio 
automaticamente dispara o alarme para acordá-lo e começa a dar as notícias do dia. Nessa mesma hora, 
alguém esquenta o pão para o café da manhã numa torradeira elétrica, ajustando tempo de aquecimento. Na 
sala, uma criança liga o videocassete, que havia sido programado para gravar seu programa infantil predileto 
da semana anterior. Quando a casa esquenta pela incidência dos raios solares, o ar condicionado insufla mais 
ar frio, mantendo a temperatura agradável. Esses simples fatos evidenciam como a automação faz parte da 
vida cotidiana. 
 
1.2 Conceito 
 
Automação é um sistema de equipamentos eletrônicos e/ou mecânicos que controlam seu próprio 
funcionamento, quase sem a intervenção do homem. Automação é diferente de mecanização. A mecanização 
consiste simplesmente no uso de máquinas para realizar um trabalho, substituindo assim o esforço físico do 
homem. Já a automação possibilita fazer um trabalho por meio de máquinas controladas automaticamente, 
capazes de se regularem sozinhas. 
 
 
Fig.1. Evolução da automatização ao longo dos tempos. 
 
 
1.3 Desenvolvimento da Automação 
 
As primeiras iniciativas do homem para mecanizar atividades manuais ocorreram na pré-história com 
invenções como a roda. O moinho movido por vento ou força animal e as rodas d'água demonstram a 
criatividade do homem parapoupar esforço. 
Porém, a automação só ganhou destaque na sociedade quando o sistema de produção agrário e artesanal 
transformou-se em industrial, a partir da segunda metade do século XVIII, inicialmente na Inglaterra. 
 
Os sistemas inteiramente automáticos surgiram no início do século XX, entretanto, bem antes disso foram 
inventados dispositivos simples e semi-automáticos. 
 
Devido à necessidade de aumentar a produção e a produtividade, surgiram uma série de inovações 
tecnológicas: 
 Máquinas modernas, capazes de produzir com maior precisão e rapidez em relação ao trabalho feito à 
 
 
 6
mão. 
 Utilização de fontes alternativas de energia, como o vapor, inicialmente aplicada a máquinas em 
substituição às energias hidráulica e muscular. 
 
Por volta de 1788, James Watt desenvolveu um mecanismo de regulagem do fluxo do vapor em locomotivas. 
Isto pode ser considerado um dos primeiros sistemas de controle com realimentação e regulador e consistia 
num eixo vertical com dois braços próximos ao topo, tendo em cada extremidade uma bola pesada. Com 
isso, a máquina funcionava de modo a se regular sozinha, automaticamente, por meio de um laço de 
Realimentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fig. 2. Representação simplificada do mecanismo de J. Watt. 
 
A partir de 1870, também a energia elétrica passou a ser utilizada e a estimular indústrias como a do aço, a 
química e a de máquinas-ferramenta e o setor de transportes progrediu bastante graças à expansão das 
estradas de ferro e à indústria naval. 
 
No século XX, a tecnologia da automação passou a contar com computadores, servomecanismos e 
controladores programáveis. Os computadores são o alicerce de toda a tecnologia da automação 
contemporânea. 
 
Encontramos exemplos de sua aplicação praticamente em todas as áreas do conhecimento e da atividade 
humana, por exemplo, ao entrarmos num banco para retirar um simples extrato somos obrigados a interagir 
com um computador. Passamos o cartão magnético, informamos nossa senha e em poucos segundos obtemos 
a movimentação bancária impressa. 
 
 
 
 
 
 
Fig. 3. Aplicação do computador 
 
A origem do computador está relacionada à necessidade de automatizar cálculos, evidenciada inicialmente 
no uso de ábacos pelos babilônios, entre 2000 e 3000 a.C. 
 
O marco seguinte foi à invenção da régua de cálculo e, posteriormente, da máquina-aritmética, que efetuava 
soma e subtração por transmissões de engrenagens. George Boole desenvolveu a álgebra booleana, que 
contém os princípios binários, posteriormente aplicados às operações internas de computadores. 
 
Em 1880, Herman Hollerith criou um novo método, baseado na utilização de cartões perfurados, para 
automatizar algumas tarefas de tabulação do censo norte-americano. Os resultados do censo, que antes 
demoravam mais de dez anos para serem tabulados, foram obtidos em apenas seis semanas. O êxito 
intensificou o uso desta máquina que, por sua vez, norteou a criação da máquina IBM, bastante parecida com 
o computador. 
 
Em 1946, foi desenvolvido o primeiro computador de grande porte, completamente eletrônico o Eniac, como 
Número da 
Conta e Senha 
Processamento 
de Dados 
Extrato 
Impresso 
COMPUTADOR 
 
 
 7
foi chamado, ocupava mais de 180 m2 e pesava 30 toneladas. 
Funcionava com válvulas e relês que consumiam 150.000 watts de potência para realizar cerca de 5.000 
cálculos aritméticos por segundo: Esta invenção caracterizou o que seria a primeira geração de computadores 
que utilizava tecnologia de válvulas eletrônicas. 
 
A segunda geração de computadores é marcada pelo uso de transistores (1952). Estes componentes não 
precisam aquecer-se para funcionar, consomem menos energia e são mais confiáveis. Seu tamanho era cem 
vezes menor que o de uma válvula, permitindo que os computadores ocupassem muito menos espaço. 
 
Com o desenvolvimento tecnológico, foi possível colocar milhares de transistores numa pastilha de silício de 
1 cm2 , o que resultou no circuito integrado (CI): Os CIs deram origem à terceira geração de computadores, 
com redução significativa de tamanho e aumento da capacidade de processamento. 
 
Em 1975, surgiram os circuitos integrados em escala muito grande (VLSI): Os chamados chips constituíram 
a quarta geração de computadores. Foram então criados os computadores pessoais, de tamanho reduzido e 
baixo custo de fabricação.Para se ter idéia do nível de desenvolvimento desses computadores nos últimos 
quarenta anos, enquanto o Eniac fazia apenas 5 mil cálculos por segundo, um chip atual faz 50 milhões de 
cálculos no mesmo tempo. 
 
Voltando a 1948, o americano John T Parsons desenvolveu um método de emprego de cartões perfurados 
com informações para controlar os movimentos de uma máquina-ferramenta. 
 
Demonstrado o invento, a Força Aérea patrocinou uma série de projetos de pesquisa, coordenados pelo 
laboratório de servomecanismos do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT). Poucos anos depois, o 
MIT desenvolveu um protótipo de uma fresadora com três eixos dotados de servomecanismos de posição. A 
partir desta época, fabricantes de máquinas-ferramenta começaram a desenvolver projetos particulares. 
 
Essa atividade deu origem ao comando numérico, que implementou uma forma programável de automação 
com processo controlado por números, letras ou símbolos. Com esse equipamento, o MIT desenvolveu uma 
linguagem de programação que auxilia a entrada de comandos de trajetórias de ferramentas na máquina. 
Trata-se da linguagem APT (do inglês, Automatically Programmed Tools, ou “Ferramentas Programadas 
Automaticamente”). 
 
Os robôs (do tcheco robota, que significa "escravo, trabalho forçado") substituíram a mão-de-obra no 
transporte de materiais e em atividades perigosas. O robô programável foi projetado em 1954 pelo americano 
George Devol, que mais tarde fundou a fábrica de robôs Unimation. Poucos anos depois, a GM instalou 
robôs em sua linha de produção para soldagem de carrocerias. 
 
Ainda nos anos 50, surge a idéia da computação gráfica interativa: forma de entrada de dados por meio de 
símbolos gráficos com respostas em tempo real. O MIT produziu figuras simples por meio da interface de 
tubo de raios catódicos (idêntico ao tubo de imagem de um televisor) com um computador. Em 1959, a GM 
começou a explorar a computação gráfica. 
 
Na década de 1960, foi o surgimento do primeiro CLP, MODICON 084, em substituição aos painéis de 
controle com reles eletromecânicos – Tal modelo proporcionou diversos beneficios a industria como: 
economia de energia, facilidade de manutenção, redução de espaço, aumento da vida útil do controlador e 
diminuição de custos. 
 
Na década de 1970, o CLP adquiriu instruções de temporização, operações aritméticas, movimentação de 
dados, operações matriciais, terminais de programação, controle analógico PID. No final da década, foram 
incorporados recursos de comunicação, propiciando a integração entre controladores distantes e a criação de 
vários protocolos de comunicação proprietários (incompatíveis entre si). 
 
Já na década de 1980, teve uma redução do tamanho físico em virtude da evolução da eletrônica e adoção de 
módulos inteligentes de E/S, proporcionando alta velocidade e controle preciso em aplicações de 
posicionamento. Introdução da programação por software em microcomputadores e primeira tentativa de 
padronização do protocolo de comunicação. 
 
 
 8
 
Com isso, na década de 1990, procurou-se a padronização das linguagens de programação sob o padrão IEC 
61131-3, introdução interface homem - máquina (IHM), softwares supervisores e de gerenciamento, 
interfaces para barramento de campo e blocos de funções. 
 
Hoje, existe a preocupação em padronizar os protocolos de comunicação para os CLPs de modo que haja 
interoperabilidade, possibilitando que o equipamento de um fabricante se comunique com o de outro, o que 
facilita a automação, o gerenciamento e o desenvolvimento de plantas industriais mais flexíveis e 
normalizadas. Os conceitos de integração total do ambienteprodutivo com o uso dos sistemas de 
comunicação de dados e novas técnicas de gerenciamento estão se disseminando rapidamente, já sendo uma 
realidade o CIM (Manufatura Integrada por Computador). 
 
1.4 Tipos de Automação 
 
Embora a automação industrial tenha sido desencadeada, fundamentalmente, pela necessidade de melhorar 
os níveis de produtividade, as alterações do tipo de mercado têm feito evoluir o conceito de automação. 
Quando o mercado era caracterizado pela abundância de produtos iguais e duradouros, em que a economia 
de escala dominava a cena industrial, a automação era fixa, isto é, a seqüência de operações no sistema era 
fixada pela configuração do equipamento projetado para um determinado produto. Embora com taxas altas 
de produtividade, essas alterações exigiam operações complexas, demoradas e dispendiosas. 
 
Com o aparecimento de um mercado caracterizado pela diversidade de produtos com vida útil reduzida, o 
sistema produtivo, para dar resposta, teve de se flexibilizar, sem, contudo pôr em causa os níveis médios de 
produtividade. Assim, a sequencia de operações passa a ser controlada por um programa (listagem de 
instruções), permitindo a flexibilização do processo automático de produção. Esta mudança provocou 
alterações ao nível da tecnologia utilizada nos dispositivos de controle. 
 
A evolução tecnológica tem vindo a permitir a implementação de novos sistemas de automação que 
acompanham as novas concepções das linhas de produção. Podemos distinguir genericamente os seguintes 
tipos de automação: 
 Automação fixa; 
 Automação programada; 
 Automação flexível. 
Vamos seguidamente caracterizar de uma forma resumida cada um destes tipos de automação. 
 
1.4.1 Automação Fixa 
 
Este tipo de automação é caracterizado pela rigidez da configuração do equipamento. Uma vez projetada 
uma determinada configuração de controle, não é possível alterá-la posteriormente sem realizar um novo 
projeto. 
 
As operações a realizar são em geral simples e a complexidade do sistema tem, sobretudo a ver com a 
integração de um elevado número de operações a realizar. Os aspectos típicos da automação fixa são: 
• Investimentos iniciais elevados em equipamentos específicos; 
• Elevadas taxas de produção; 
• Impossibilidade em geral de prever alterações nos produtos; 
 
Este tipo de automação justifica-se do ponto de vista econômico quando se pretende realizar uma elevada 
produção. Como exemplos de sistemas deste tipo, podemos citar as primeiras linhas de montagem de 
automóveis nos Estados Unidos. (Ex: linha de produção do Ford T, 1913). 
 
1.4.2 Automação Programável 
 
Neste caso, o equipamento é montado com a capacidade de se ajustar a alterações da sequencia de produção 
quando se pretende alterar o produto final. A sequencia de operações é controlada por um programa. Assim, 
para cada novo produto terá que ser realizado um novo programa. Os aspectos típicos da automação 
 
 
 9
programável são: 
• Elevado investimento em equipamento genérico, 
• Taxas de produção inferiores à automação fixa, 
• Flexibilidade para alterações na configuração da produção, 
• Bastante apropriada para produção por lotes (“batch processing”). 
 
No final da produção de um lote, o sistema é reprogramado. Os elementos físicos envolvidos como, por 
exemplo, ferramentas de corte e parâmetros de trabalho das máquinas ferramentas, devem ser reajustados. O 
tempo despendido na produção de um lote deve incluir o tempo dedicado aos ajustamentos iniciais e o tempo 
de produção do lote propriamente dito. 
Podem-se referir como exemplos de sistemas de automação programável as máquinas de Comando 
Numérico (“CNC – Computer Numeric Control”) com início de atividade em 1952 e as primeiras aplicações 
de robôs industriais em 1961. (Ver Fig. 4). 
 
 
 
Fig. 4. Exemplo de aplicação industrial de um robô: alimentação de peças de 
uma máquina-ferramenta. (Fonte: Eshed Robotec). 
 
 
1.4.3 Automação Flexível 
 
É uma extensão da automação programável. A definição exata desta forma de automação está ainda em 
evolução, pois os níveis de decisão que envolve podem neste momento incluir toda a organização geral da 
produção. Um sistema flexível de produção é capaz de produzir uma determinada variedade de produtos sem 
perda significativa de tempo de produção para ajustamentos entre tipos diferentes. Assim, o sistema pode 
produzir várias combinações de produtos sem necessidade de os organizar em lotes separados. 
 
Os aspectos típicos da automação flexível são: 
 Elevados investimentos no sistema global; 
 Produção contínua de misturas variáveis de produtos; 
 Taxas de produção média; 
 Flexibilidade de ajustamento às variações no tipo dos produtos; 
 
Os aspectos essenciais que distinguem a automação flexível da programável são: 
 Capacidade de ajustamento dos programas a diferentes produtos sem perda de tempo de produção; 
 Capacidade de ajustamento dos elementos físicos da produção sem perda de tempo de produção; 
 
 
 
 10 
 
 
 
 
Fig. 5. Exemplo de um sistema automático flexível controlado 
por computador. (Fonte: Eshed Robotec). 
 
As alterações dos programas são feitas normalmente “off-line” num nível hierárquico superior, sendo 
transmitidas ao computador do processo via ligação em rede. 
A evolução previsível da automação flexível no futuro próximo será função dos desenvolvimentos que se 
vierem a dar nas seguintes áreas: 
 Desenvolvimento de computadores cada vez mais rápidos e em comunicação com todos os sistemas 
envolvidos na produção, através de redes industriais (Ex: redes Ethernet, Telway, PROFIBUS, etc). 
 Desenvolvimento de programas “inteligentes” ("Expert Systems"), 
 Desenvolvimentos nos campos da robótica e da visão artificial, 
 Desenvolvimento nos veículos guiados automaticamente (AGV’s). 
 
 
 
2 CONTROLE DE PROCESSOS INDUSTRIAIS 
 
Conceito: 
 
Técnica de manter variáveis de um processo (como temperatura e pressão) em valores predeterminados a 
partir de um procedimento que calcula correções proporcionais a uma ou mais variáveis que são medidas em 
tempo real por um determinado equipamento. 
 
Pode dizer que o controle de processos também se baseia no uso de conhecimento humano, programas de 
computado / hardware e equipamentos industriais para automatizar atividades ou ajudar o humano na 
realização das suas ações. 
 
Com técnicas e métodos que conduzam a: 
 Menor custo de produção / menor preço; 
 Menor prazo de entrega; 
 Maior customização; 
 Menores consumos e desperdícios (meio ambiente); 
 Maior satisfação das pessoas (funcionários e clientes); 
 Maior facilidade de uso; 
 entre vários outros tipos de melhorias. 
 
 
 
 11 
Para facilitar o entendimento de alguns termos do vocabulário comum desta disciplina, definições sucintas 
são dadas a seguir: 
 
 Processo – conjunto de atividades ou passos que objetivam atingir uma meta. Utilizado para criar, 
inventar, projetar, transformar, produzir, controlar, manter e usar produtos ou sistemas. 
 Processos industriais – procedimentos envolvendo passos químicos ou mecânicos que fazem parte da 
manufatura de um ou vários itens, usados em grande escala. 
 Variável de processo – qualquer grandeza ou condição de um processo que é passível de variação. 
 Variável controlada – variável sobre a qual o controle atua, no sentido de manter um determinado 
comportamento desejável no processo. 
 Variável manipulada – qualquer variável do processo que causa uma variação rápida na variável 
controlada e que seja fácil de manipular. 
 Valor desejado (setpoint) – sinal de entrada que estabelece o valor desejado da variável controlada. 
O setpoint e a variável controlada são expressos nas mesmas unidades. 
 
Exemplo: Sistema de aquecimento de água a vapor para uma temperatura de 75ºC. 
• Variável controlada: temperatura da água 
• Variável manipulada: vazão do vapor 
• Setpoint: 75ºC 
 
Neste estudo, mais especificamente, vamos tratar do Controle Automático de Processos Industriais, em que 
técnicassão aplicadas ao controle e otimização de um determinado processo industrial. Exemplos: produção 
de aço (processos siderúrgicos), produção de celulose, extração e beneficiamento de minérios, refino de 
petróleo, entre outros. 
 
 
2.1 Considerações gerais 
 
A regulação e o controle automático de sistemas industriais desempenham um papel de vital importância no 
desenvolvimento da ciência e da engenharia. Para além de possuir uma importância fundamental nos 
sistemas de pilotagem de navios, aviões, mísseis, veículos espaciais, etc. passou a tornar-se uma parte 
integrante do funcionamento de processos industriais típicos (manufatura, produção de energia, produtos 
químicos, transportes, instalações de frio e ar condicionado, etc.). 
 
O controle automático é essencial, por exemplo, em operações industriais que envolvam o controle de 
posição, velocidade, pressão, vazão, temperatura, umidade, viscosidade, etc. Neste capítulo, vamos 
apresentar os conceitos básicos relativos à teoria do controle automático, bem como as principais estruturas 
utilizadas no controle de processos industriais. 
 
 
2.1.1 Perspectiva Histórica 
 
Embora desde sempre o homem tenha tentado controlar os fenômenos naturais em seu próprio proveito, a 
primeira tentativa séria e que historicamente é considerada como um dos primeiros trabalhos significativos 
na área de controle automático, foi efetuado pelo investigador James Watt, que construiu um regulador 
centrífugo para efetuar o controle de velocidade de uma máquina a vapor (Inglaterra, séc. XVIII). Dado o seu 
interesse histórico, apresenta-se na Fig.6, o esquema de um regulador de velocidade de um motor Diesel, 
baseado no princípio inventado por James Watt. 
 
 
 
 12 
 
Fig. 6. Esquema básico do regulador de Watt aplicado à regulação de velocidade de motor Diesel. 
 
No esquema da Fig. 6, podemos verificar que o veio do motor tem acoplado um sistema com duas massas 
(m) que rodam com o veio à velocidade de rotação ω. Assim, quando o motor aumenta de rotação, devido à 
ação centrífuga as massas tendem a afastar-se diminuindo o curso (y), elevando assim a haste (h) ligada à 
válvula de combustível. Deste modo, o caudal de combustível diminui o que faz baixar a velocidade de 
rotação do motor. Por conseguinte, as massas tendem a aproximar-se do veio, aumentando y, baixando h 
aumentando a velocidade do motor ω. Este procedimento repete-se até se atingir uma situação de equilíbrio. 
 
No século XX, foram iniciados de fato os estudos e as aplicações do controle automático à indústria. Assim, 
com o avanço da ciência e da tecnologia, foram dados os primeiros passos nas décadas de vinte e trinta, 
períodos nos quais foram efetuados importantes desenvolvimentos. Durante a década de quarenta, foram 
dados novos e importantes passos nesta área. Deste modo, após a introdução do primeiro regulador 
pneumático PID
1 
na indústria, os investigadores J. Ziegler e N. Nichols desenvolveram um método de ajuste 
ótimo destes reguladores, que ficou conhecido por "Método de Ziegler-Nichols". Este método permitiu 
resolver muito dos problemas de ajuste dos parâmetros de reguladores, através de uma metodologia 
relativamente simples e eficaz. 
 
 
a) b) 
Fig. 7. 
a) Aspecto de um regulador pneumático PID atual utilizado na indústria. 
b) Controlador eletrônico e sensores analógicos de diversos tipos. 
 
Nos anos setenta e seguintes, devido ás crescentes potencialidades dos computadores digitais para efetuar a 
 
1
 Estes reguladores utilizam as 3 ações básicas de regulação: Proporcional (P), Integral (I) e Derivativa (D), 
relativamente ao erro. São também designados na indústria, por reguladores de três ações (“three-term-
regulator”). 
 
 
 
 13 
manipulação de grandes volumes de dados e de efetuar cálculos complexos, estes passaram a ser 
progressivamente cada vez mais utilizados na construção de reguladores industriais, sensores transdutores, 
etc. Esta técnica, que recorre à utilização em larga escala de micro-computadores para efetuar a 
monitorização e o controle digital é conhecida por controle digital direto (DDC - "Direct Digital Control"). 
Neste tipo de controle, é utilizado um computador digital para efetuar o controle do processo em tempo real, 
de um ou mais processos, consoante o tipo e complexidade da aplicação industrial. 
 
Fig. 8. Aspecto de uma gama de reguladores industriais atuais baseados em microprocessador. 
 
Por fim, os métodos de estudo e análise de sistemas de controle contínuo e digital passaram a ficar 
extraordinariamente facilitados com o surgimento nos últimos anos de diversas ferramentas informatizadas 
cada vez mais poderosas, versáteis e com capacidades gráficas muito interessantes. Deste modo, o estudo de 
sistemas complexos, que através dos métodos tradicionais se revelava bastante complexo, passou a ser 
bastante acessível através do recurso às potencialidades destes programas2, de utilização cada vez mais 
generalizada no ensino das matérias de Controle Automático. 
 
 
Fig. 9. Exemplo de um diagrama de simulação gráfico em MATLAB/SIMULINK 
NOTA: A figura representa o diagrama de blocos do sistema de controle em malha fechada de 
um motor de combustão interna. 
 
 
2.2 Estruturas básicas do Controle Automático 
 
2.2.1 Diagrama de blocos 
 
A análise de um sistema de controle pode mostrar-se uma tarefa difícil, uma vez que não raramente ele é 
composto por vários elementos. Para facilitar o entendimento, um processo pode ser adequadamente 
representado de forma simplificada por um diagrama de blocos. Um diagrama de blocos apresenta uma 
abstração das funções desempenhadas por cada componente e um fluxo de sinais, veja a Figura 10. 
 
 
2
 Podemos destacar entre outros o MATLAB/SIMULINK (Mathworks, Inc.), MAPLE e MATHCAD. 
 
 
 14 
 
Fig. 10. Apresentação de um diagrama de blocos genérico 
 
As setas identificam a direção da informação, e o bloco representa a operação a ser aplicada à entrada que 
proporciona a saída. O bloco pode ser identificado a partir de uma legenda, etiqueta ou símbolo do elemento. 
O diagrama de blocos representado pela Figura 10 mostra o sistema como uma caixa preta, no qual não se 
conhecem detalhes internos e sim as relações entre um sinal de entrada (variável controlada) e o sinal de 
saída (variável controlada). Observe que esta abstração não necessariamente prejudica o entendimento, uma 
vez que vários sistemas totalmente diferentes podem apresentar comportamentos ou sinais de saída 
semelhantes. 
O diagrama de blocos da Figura 11 apresenta os componentes principais de um sistema, integrados por meio 
de linhas que indicam os sentidos de fluxos de sinais entre os blocos. A partir deste diagrama é possível 
estudar as relações de dependência entre as variáveis que interessam à cadeia de controle. 
No diagrama, o setpoint expressa a saída desejada (ou ideal) para o sistema, enquanto a variável controlada 
expressa o que realmente ocorre (saída real). 
O controlador gera o sinal de controle que atua sobre o processo no sentido de diminuir o erro e, idealmente, 
levar a zero. 
 
Fig. 11. Apresentação de um diagrama de blocos completo 
 
 
2.2.2 Controle em Malha Fechada 
 
 
No sistema clássico de controle em malha fechada, que na sua forma mais usual é constituído por 
componentes contínuos ou analógicos, o sinal de saída possui um efeito direto na ação de controle, pelo que 
poderemos designá-los por sistemas de controle com realimentação ou retroação ("feedback”). Neste tipo de 
sistemas, o sinal de erro ou desvio que corresponde à diferença entre os valores de referência e de 
realimentação (que pode ser o sinal de saída ou uma função do sinal de saída), é introduzido no controlador 
de modo a reduzir o erro e a manter a saída do sistema num determinado valor, pretendido pelo operador. Por 
outras palavras, o termo "MALHAFECHADA" implica necessariamente a existência de uma realimentação 
com o objetivo de reduzir o erro, e manter deste modo a saída do sistema num determinado valor desejado. A 
Fig. 12 representa a relação entrada-saída de um sistema de controle típico em malha fechado. 
 
 
 
 15 
 
Fig. 12. Diagrama de blocos de um sistema de controle em malha fechada. 
 
Para ilustrar o sistema de controle em malha fechada, vamos considerar o sistema térmico da Fig.13, na qual 
está representado um operador que desempenha a função de controlador. Este operador pretende manter 
constante a temperatura da água à saída de um permutador de calor. No coletor de saída, está montado um 
termômetro (elemento de medida) que mede a temperatura real da água quente (variável de saída do 
sistema). 
 
Deste modo, em função das indicações fornecidas pelo elemento de medida, o operador irá manipular a 
válvula de controle de vazão de vapor de aquecimento, de modo a manter a temperatura da água o mais 
próxima possível do valor desejado. 
 
Fig. 13. Esquema de Controle Manual de um Sistema Térmico. 
 
Se em vez do operador, for utilizado um controlador automático, conforme apresentado na Fig. 14, o sistema 
de controle passa a designar-se por automático. Neste caso, o operador seleciona a temperatura de referência 
("set-point") no controlador. A saída do processo (temperatura real da água quente à saída do permutador de 
calor), é medida pelo transdutor de temperatura, e comparada no controlador com a temperatura de referência 
de modo a gerar um sinal de erro. Tomando como base este sinal de erro, o controlador gera um sinal de 
comando
3 
para a válvula de regulação de vapor (atuador). 
Este sinal de comando permite variar gradualmente a abertura da válvula, e, por conseguinte a vazão de 
vapor a admitir no permutador. Deste modo, é possível controlar automaticamente a temperatura da água à 
saída do permutador, sem que seja necessária a intervenção do operador. 
 
3
 Sinal de controle -> o sinal de saída do regulador, é normalmente do tipo elétrico, pneumático ou 
hidráulico. É enviado para o atuador através de uma interface de potência (amplificador, conversor, 
corrente-pressão (I/P), etc.). 
 
 
 16 
 
Fig. 14. Esquema do sistema de regulação automática de um sistema térmico. 
 
 
 
a) b) c) d) 
Fig. 15. Dispositivo de regulação de temperatura com componentes atuais. 
a) Transdutor de temperatura. 
b) Controlador digital PID. 
c) Conversor corrente-pressão (Conversor I-P), que converte o sinal de controle de 4-20 mA para pressão (3-15 psi). 
d) Válvula de regulação com comando por ar comprimido (3-15 psi = 0.21-1.05 bar). 
 
Como podemos verificar através das figuras anteriores, os dois sistemas funcionam de uma forma muito 
semelhante. Deste modo, os olhos do operador e o termômetro, constituem o dispositivo análogo ao sistema 
de medida de temperatura; o seu cérebro é análogo ao controlador automático, realiza a comparação entre os 
valores de temperatura desejada e medida, e gera o respectivo sinal de comando. Este sinal é veiculado pelos 
seus músculos que realizam a abertura ou fecho da válvula, os quais têm um papel análogo ao motor da 
válvula de regulação de vapor. 
 
 
2.2.3 Controle em Malha Aberta 
 
Neste tipo de sistemas de controle, a saída não exerce qualquer ação no sinal de controle. Deste modo, a 
saída do processo não é medida nem comparada com a saída de referência. A Fig.16 representa o diagrama 
de blocos de um sistema deste tipo. 
 
 
 
 17 
 
Fig. 16. Diagrama de blocos de um sistema de controle em malha aberta. 
 
Como se pode observar na figura, neste tipo de controle, a saída não é comparada com a entrada de 
referência. Deste modo, para cada valor da saída irá corresponder uma condição de funcionamento fixa. No 
entanto, na presença de perturbações, o sistema não irá atingir os objetivos desejados. Na prática, o controle 
em malha ou malha aberto, somente deve ser utilizado em sistemas para os quais a relação entre a entrada e a 
saída seja bem conhecida, e que não tenham perturbações internas ou externas significativas. 
 
2.2.4 Comparação entre os sistemas em malha fechada e aberta. 
 
A vantagem dos sistemas de controle em malha fechada, relativamente aos de malha aberta, consiste no fato 
da realimentação, tornar a resposta do sistema relativamente insensível e perturbações externas e a variações 
internas dos parâmetros do sistema. Deste modo, é possível utilizar componentes mais baratos e de menor 
precisão, para obter o controle preciso de um dado processo. Esta característica é impossível de obter com 
um sistema em malha aberta. Do ponto de vista da estabilidade, os sistemas de controle em malha aberta são 
mais robustos, uma vez que a estabilidade não constitui um problema significativo. Nos sistemas de controle 
em malha fechada, a estabilidade constitui um problema de primordial importância, visto que o sistema pode 
tender a sobrepor erros, produzindo oscilações de amplitude constante ou variável. Assim, podemos concluir 
que: 
Os sistemas em que são conhecidas as variáveis de entrada antecipadamente no tempo, e nos 
quais não haja perturbações muito significativas, é aconselhável a utilização do controle em 
malha aberta. Para sistemas que estejam sujeitos a perturbações imprevisíveis e/ou variações 
não previstas nos componentes do sistema, deve-se utilizar o controle em malha fechada. 
Sempre que possível, é aconselhável utilizar uma combinação apropriada de controle em malha aberta e 
fechada, visto ser normalmente a solução mais econômica, e que fornece um desempenho global do sistema 
mais satisfatório. 
NOTA: O conceito de controlador ou regulador é aplicado nestes apontamentos de forma indistinta. No 
entanto, existem diferenças entre as duas designações. Assim, tem-se: 
Regulador: dispositivo de controle utilizado preferencialmente quando se pretende manter fixa a referência 
r(t) e controlar as perturbações na saída c(t). É o caso usual do controle de processos utilizados na indústria 
(pressão, temperatura, vazão, nível, etc.). Exemplo: Pretende-se manter constante a temperatura da água à 
saída de um permutador, independentemente da vazão de passagem e da temperatura da água à entrada. 
Controlador: dispositivo de controle utilizado preferencialmente quando se pretende que a saída c(t) 
acompanhe uma referência variável no tempo r(t) para além de efetuar também o controle das perturbações 
na saída. Um exemplo típico deste dispositivo de controle designa-se por servomecanismo, sendo muito 
utilizado em sistemas de controle de posição e velocidade. 
Exemplo: 
1) Controle do ângulo de leme de um navio. Neste caso pretende-se que o leme rode de um ângulo igual ao 
da referência de ângulo de leme. 
2) Controle de velocidade de um motor Diesel de navio. 
 
 
 
 
 
 18 
 
2.3 Malhas de Controle 
 
2.3.1 Introdução 
 
A malha de controle a realimentação negativa (feedback) convencional com entrada única e saída única 
(single input-single output) é o núcleo da maioria das estruturas de controle de processo. Porém, 
ultimamente, foram desenvolvidas estruturas mais complexas que podem, em alguns casos, melhorar 
significativamente o desempenho do sistema de controle. 
A maioria das malhas de controle possui uma única variável controlada. A minoria dos sistemas mais 
complexos requer o controle mais avançado, envolvendo mais de uma variável, ora para manipular mais de 
um elemento final de controle, ora para monitorar mais de uma variável controlada. Estes sistemas, que são 
repetidos frequentemente com pequenas modificações, são conhecidos como sistemas unitários de controle, 
sistemas estruturados de controle ou sistemas de controle multivariável. Eles são clássicos e podem ser 
disponíveis em instrumentos especiais, com as múltiplas funções para atender as aplicações mais complexas,facilitar a instalação, manutenção e operação. 
Cada sistema unitário de controle encontra sua aplicação especifica. A característica comum dos sistemas é 
que são manipuladas e medidas muitas variáveis simultaneamente, para se estabelecer o controle, no menor 
tempo possível e com o melhor rendimento do processo. 
Serão tratados aqui e agora os conceitos e símbolos dos controles estruturados, que podem servir como 
blocos constituintes de um projeto completo de instrumentação. 
 
2.3.2 Realimentação negativa 
 
O objetivo do controle com realimentação negativa é controlar uma variável medida em um ponto de ajuste. 
O ponto de ajuste nem sempre é aparente ou facilmente ajustável. Os estados operacionais são automáticos e 
manuais. Os parâmetros operacionais são o ponto de ajuste (em automático) e a saída (em manual). 
Os valores monitorados são o ponto de ajuste, a medição e a saída. (monitorar não significa necessariamente 
indicar.) 
A realimentação negativa é mais um conceito do que um método ou um meio. No sistema com realimentação 
negativa sempre há medição (na saída), ajuste do ponto de referência, comparação e atuação (na entrada). 
A saída pode alterar as variáveis controladas, que pode alterar a variável medida. O estado da variável 
medida é realimentado para o controlador para a devida comparação e atuação. 
 
 
Fig. 17. Esquema da realimentação negativa. 
 
Em resumo, esta é a essência do controle à realimentação negativa. É irrelevante se há seis elementos na fig. 
18 e apenas um na válvula auto-regulada de pressão fig. 19. Na válvula auto-operada, os mecanismos estão 
embutidos na própria válvula, não há display e os ajustes são feitos de modo precário na válvula ou nem são 
disponíveis. Na malha de controle convencional, os instrumentos podem ter até circuitos eletrônicos 
 
 
 19 
microprocessados. É irrelevante também se as variáveis medida e manipulada são as mesmas na malha de 
vazão ou diferentes na malha de pressão. O conceito de controle é a realimentação negativa, independente do 
meio ou método de sua realização. 
 
 
Fig. 18. Malha de controle de vazão. 
 
 
Fig. 19. Reguladora de pressão. 
 
Na malha de controle de vazão da Fig.18, a vazão é sentida pela placa (FE), o sinal é transmitido (FT), 
extraída a raiz quadrada (FYA) e finalmente chega ao controlador (FIC). 
Este sinal de medição é comparado com o ponto de ajuste (não mostrado na figura) e o controlador gera um 
sinal (função matemática da diferença entre medição e ponto) que vai para a válvula de controle (FCV), 
passando antes por um transdutor corrente para pneumático (FY-B), que compatibiliza a operação do 
controlador eletrônico com a válvula com atuador pneumático. A atuação do controlador tem o objetivo de 
tornar a medição igual (ou próxima) do ponto de ajuste. 
Na válvula auto-regulada acontece a mesma coisa, porém, envolvendo menor quantidade de equipamentos. 
O valor da pressão a ser controlado é levado para um mecanismo de comparação que está no atuador da 
válvula. No mecanismo há um ajuste do valor da pressão a ser controlado. 
Automaticamente a válvula vai para a posição correspondente à pressão ajustada. 
Nos dois sistemas sempre há: 
1. Medição da variável controlada 
2. Ajuste do valor desejado 
3. Comparação entre medição e ajuste 
4. Atuação para tornar medição igual ao ponto de ajuste. Enquanto a medição estiver igual ao ponto de ajuste 
(situação ideal), a saída do controlador está constante (cuidado! Não é igual a zero!). Só haverá atuação 
(variação na saída) quando ocorrer diferença entre medição e ponto de ajuste. 
A maioria absoluta dos sistemas de controle se baseia no conceito de realimentação negativa. Embora seja 
lento e susceptível à oscilação, ele é o mais fácil de ser realizado. 
A minoria dos sistemas utiliza outras estratégias de controle ou combinação de várias malhas a realimentação 
negativa. O advento da instrumentação microprocessada (chamada estupidamente de inteligente) permite a 
implementação econômica e eficiente de outras técnicas de controle. 
 
 
 
 20 
2.3.3 Controle Cascata 
 
2.3.3.1 Introdução 
 
O controle cascata permite um controlador primário regular um secundário, melhorando a velocidade de 
resposta e reduzindo os distúrbios causados pela malha secundária. Uma malha de controle cascata tem dois 
controladores com realimentação negativa, com a saída do controlador primário (mestre) estabelecendo o 
ponto de ajuste variável do controle secundário (escravo). A saída do controlador secundário vai para a 
válvula ou o elemento final de controle. O controle cascata é constituído de dois controladores normais e 
uma única válvula de controle, formando duas malhas fechadas. Só é útil desdobrar uma malha comum no 
sistema cascata quando for possível se dispor de uma variável intermediária conveniente mais rápida. 
A Fig. 18 é um diagrama de blocos do conceito de controle de cascata, mostrando as medições (primaria e 
secundaria), o ponto de ajuste do primário estabelecido manualmente e o ponto de ajuste do secundário 
estabelecido pela saída do controlador primário. 
 
Fig. 20. Diagrama de blocos do controle cascata. 
 
A característica principal do controle cascata é a saída do controlador primário ser o ponto de ajuste do 
secundário. O controlador primário cascateia o secundário. 
 
A Fig.21 é um exemplo de um controle convencional de temperatura, envolvendo uma única malha. Na 
Fig.22 tem-se controle de cascata. (É interessante notar como um esquema simples pode esconder fenômenos 
complexos. Por exemplo, eventualmente a reação da figura pode ser exotérmica e nada é percebido) 
 
Fig. 21. Controle convencional de temperatura. 
 
 
 21 
 
 
 
 
Fig. 22. Controle de cascata temperatura – temperatura. 
 
No controle cascata a temperatura do vaso (mais lenta) cascateia a temperatura da jaqueta (mais rápida). 
Quando houver distúrbio no vapor fazendo a temperatura da jaqueta cair, o controlador secundário corrige 
esta variação mais rapidamente que o controlador primário. 
 
 
 
Fig. 23. Controle Cascata: controlador de nível estabelece ponto de ajuste no de vazão 
 
2.3.3.2 Conceito 
 
O controle em cascata divide o processo em duas partes, duas malhas fechadas dentro de uma malha fechada. 
O controlador primário vê uma malha fechada como parte do processo. Idealmente, o processo deve ser 
dividido em duas metades, de modo que a malha secundaria seja fechada em torno da metade dos tempos de 
atraso do processo. 
Para ótimo desempenho, os elementos dinâmicos no processo devem também ser distribuídos 
eqüitativamente entre os dois controladores. 
 
 
 22 
É fundamental a escolha correta das duas variáveis do sistema de cascata, sem a qual o sistema não se 
estabiliza ou não funciona. 
1. a variável primaria deve ser mais lenta que a variável secundaria. 
2. a resposta da malha do controlador primário deve ser mais lenta que a do primário. 
3. o período natural da malha primária deve ser maior que o da malha secundaria. 
4. o ganho dinâmico da malha primária deve ser menor que a da primária. 
5. a banda proporcional do controlador primário deve ser mais larga que a do controlador secundário. 
6. a banda proporcional do controlador primário deve ser mais larga que o valor calculado para o seu uso 
isolado, 
Quando os períodos das malhas primárias e secundárias são aproximadamente iguais, o sistema de controle 
fica instável, por causa das variações simultâneas do ponto de ajuste e da medição da malha secundária. 
Usualmente, o controlador primário é P + I + D ou P + I e o secundário é P + I. 
As combinações típicas das variáveis primárias (P) e secundaria (S) no controle em cascata são: temperatura 
(P) e vazão (S), composição (P) e vazão (S), nível (P) e vazão (S), temperatura (P) e pressão (S) e 
temperatura lenta (P) e temperatura rápida (S). 
Quando o controlador secundário é de vazão e recebe o sinal de um transmissor de pressão diferencial 
associado a placa de orifício, deve se usar o extrator de raiz quadrada,para linearizar o sinal da vazão, a não 
ser que a vazão esteja sempre acima de 50% da escala. 
Quando se tem controle de processo em batelada ou quando o controlador secundário está muito demorado, 
pode ocorrer a saturação do modo integral. Um modo de se evitar esta saturação é fazendo uma 
realimentação externa do sinal de medição do controlador secundário ao circuito integral do controlador 
primário. Em vez do circuito integral receber a realimentação do sinal de saída do controlador, ele recebe a 
alimentação do sinal de medição do controlador secundário. 
 
2.3.3.3 Objetivos 
 
Há dois objetivos do controle cascata: 
1. Eliminar os efeitos de alguns distúrbios (variações da carga próximas da fonte de suprimento) 
2. Melhorar o desempenho dinâmico da malha de controle, reduzindo os efeitos do atraso, principalmente do 
tempo morto. 
 
Para ilustrar o efeito da rejeição do distúrbio, seja o refervedor (reboiler) da coluna de destilação. Quando a 
pressão de suprimento do vapor aumenta, a queda da pressão através da válvula de controle será maior, de 
modo que a vazão de vapor irá aumentar. Com o controlador de temperatura convencional, nenhuma 
correção será feita até que a maior vazão de vapor aumente a temperatura na bandeja 5. Assim, o sistema 
inteiro é perturbado por uma variação da pressão do suprimento de vapor. 
Com o sistema de controle cascata, com a temperatura da coluna cascateando a vazão de vapor, o controlador 
de vazão do vapor irá imediatamente ver o aumento na vazão de vapor e irá fechar a válvula de vapor para 
fazer a vazão de vapor voltar para o seu ponto de ajuste. Assim o refervedor e a coluna são pouco afetados 
pelo distúrbio na pressão de suprimento do vapor. 
Outro sistema de controle cascata envolve um processo com resfriamento de um reator, através da injeção de 
água na jaqueta. A controlador da temperatura do reator é o primário; o controlador da temperatura da 
jaqueta é o secundário. O controle de temperatura do reator é isolado pelo sistema de cascata dos distúrbios 
da temperatura e pressão d'água de resfriamento da entrada. 
Este sistema mostra como o controle cascata melhora o desempenho dinâmico do sistema. A constante de 
tempo da malha fechada da temperatura do reator será menor quando se usa o sistema cascata. 
 
2.3.3.4 Vantagens 
 
As vantagens do sistema de cascata são: 
1. os distúrbios que afetam a variável secundaria são corrigidos pelo controlador secundário, que é mais 
rápido, antes que possam influenciar a medição primaria. 
2. o atraso de fase existente na parte secundaria é reduzido pela malha secundaria, melhorando a velocidade 
de resposta da malha primaria. 
3. a malha secundaria permite uma manipulação exata da vazão de produto ou energia pelo controlador 
primário. 
 
 
 23 
 
 
3 INTRODUÇÃO ÀS REDES INDUSTRIAIS 
 
 
A necessidade de exportar dados do processo local para pontos distantes, seja por questões de segurança ou 
de redução do custo operacional, seja simplesmente por comodidade ou simplificação no processo, levou a 
criação das redes industriais. Elas garantem a transmissão de informações relativas ao processo, de maneira 
rápida, em ambiente eletromagneticamente ruidoso, entre dois ou mais pontos. 
As redes industriais surgiram com o advento da computação na indústria, pois ate então, o monitoramento a 
grandes distancias só podia ser feito com sistemas analógicos baseados em loop de corrente. 
No sistema de loop de corrente, o transmissor e uma fonte de corrente (figura 8.6) e a amplitude da corrente 
e proporcional ao sinal que esta sendo transmitido. A grande vantagem da transmissão em corrente e que, 
independentemente da queda de tensão nos condutores, a corrente e a mesma em qualquer ponto do loop. 
Assim, a corrente no receptor e a mesma que no transmissor. Se empregarmos uma fonte de tensão, o sinal 
recebido pelo receptor será o sinal enviado, menos a queda de tensão na resistência do fio, mais o ruído 
induzido pela radiação eletromagnética dos equipamentos. 
De inicio, utilizou-se o padrão de 0 a 20 mA; posteriormente, o de 4 a 20 mA, que oferece como vantagem a 
possibilidade de detecção de interrupção no loop. Se a corrente for nula, o receptor reconhece que o cabo 
esta interrompido. 
 
 
Fig.24. Circuito de um loop de corrente. 
 
Com o passar do tempo e o avanço da tecnologia, surgiram diversos meios físicos que possibilitaram reduzir 
distancias entre pontos de monitoramento, assim como a idéia de incluir vários pontos de medição em uma 
mesma rede de comunicação. No entanto, grande parte das comunicações feitas em ambientes industriais é 
baseada em comunicação serial com um ou mais pares de fios metálicos. 
Alem da forma como as informações são enviadas e recebidas pelo meio físico (protocolo de comunicação), 
as redes diferem entre si pelo próprio meio físico (e sua imunidade a campos de indução eletromagnética, 
ambientes corrosivos etc.). Sabemos que capas emborrachadas com núcleos isolados envoltos em filme 
metálico garantem rigidez mecânica ao cabo, estanqueidade e imunidade eletromagnética. 
Atualmente, a quantidade de dados que podem ser enviados em um único par de fios (que, no passado, não 
possibilitava o envio de informações de um único transdutor) é imensa. A integridade dos dados é garantida 
pela utilização de protocolos de comunicação específicos. 
Outro meio físico utilizado em redes de comunicação industrial e a fibra óptica. Sua aplicação e de maneira 
serial, ou seja, uma única fibra e capaz de enviar informações, bit a bit, a um receptor no ponto de 
monitoramento. As vantagens do uso da fibra óptica, em comparação com o par de fios trancados, são a 
imunidade ao ruído eletromagnético e a maior capacidade de transmissão. 
Radiofreqüência, ou sistema wireless, e o meio de comunicação que tem sido utilizado na indústria em 
processos de monitoramento e atuação secundaria, por suas características e questões de segurança. Esse 
sistema depende de grande conhecimento técnico dos que trabalham na implantação da rede A rede de 
comunicação industrial normalmente e estruturada em níveis, com funções distintas, conforme a figura 8.9. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.1 Níveis de uma Rede Industrial
 
 
Numa rede industrial coexistem equipamentos e dispositivos de todo o tipo, os quais podem ser agrupados 
hierarquicamente para estabelecer ligações 
níveis dentro de uma rede industrial:
 Nível de gestão: é o nível mais elevado, o qual é destinado a um computador central que processa o 
escalonamento da produção da planta e permite operaçõe
implementado, geralmente, por softwares gerenciais (MIS). O padrão Ethernet operando com o 
protocolo TCP/IP é o mais comumente utilizado neste nível.
 Nível de controle: é a rede central localizada na planta in
deve trafegar neste nível em tempo real para garantir a atualização dos dados nos softwares que realizam 
a supervisão da aplicação. 
 Nível de campo e de processo: 
compactos, multiplexadores de E/S, controladores PID, etc...) dentro de sub
mais elevado destas redes, podemos encontrar um ou mais autômatos modulares, atuando como mestres 
da rede ou mestres flutuantes. Aqui se empr
 Nível de E/S: é o nível mais próximo do processo. Aqui se encontram os sensores e atuadores, 
encarregados de manejar o processo produtivo e tomar as medidas necessárias para uma correta 
automação e supervisão. 
Nota-se que esta estrutura não é universal, existindo casos onde se encontram mais ou menos níveis, 
dependendo da dimensão do processo e da própria indústria.
 
Níveis de uma Rede Industrial 
Fig.25. Níveis de uma rede industrial 
Numa rede industrial coexistem equipamentos e dispositivos de todo o tipo, os quais podem ser agrupados 
hierarquicamente para estabelecer ligações mais adequadas para cada área. Desta forma, são definidos quatro 
níveis dentro de uma rede industrial: 
é o nível mais elevado, o qual é destinado a um computador central que processa o 
escalonamento da produção da planta e permite operações de monitoramento estatísticoda planta sendo
implementado, geralmente, por softwares gerenciais (MIS). O padrão Ethernet operando com o 
protocolo TCP/IP é o mais comumente utilizado neste nível. 
é a rede central localizada na planta incorporando PLCs, DCSs e PCs. A informação 
deve trafegar neste nível em tempo real para garantir a atualização dos dados nos softwares que realizam 
Nível de campo e de processo: encarrega-se da integração de pequenos automatismos 
compactos, multiplexadores de E/S, controladores PID, etc...) dentro de sub-redes ou "ilhas". Num nível 
mais elevado destas redes, podemos encontrar um ou mais autômatos modulares, atuando como mestres 
da rede ou mestres flutuantes. Aqui se empregam redes de campo. 
é o nível mais próximo do processo. Aqui se encontram os sensores e atuadores, 
encarregados de manejar o processo produtivo e tomar as medidas necessárias para uma correta 
Fig. 26. Níveis de uma Rede Industrial 
se que esta estrutura não é universal, existindo casos onde se encontram mais ou menos níveis, 
dependendo da dimensão do processo e da própria indústria. 
24 
 
Numa rede industrial coexistem equipamentos e dispositivos de todo o tipo, os quais podem ser agrupados 
mais adequadas para cada área. Desta forma, são definidos quatro 
é o nível mais elevado, o qual é destinado a um computador central que processa o 
s de monitoramento estatístico da planta sendo 
implementado, geralmente, por softwares gerenciais (MIS). O padrão Ethernet operando com o 
corporando PLCs, DCSs e PCs. A informação 
deve trafegar neste nível em tempo real para garantir a atualização dos dados nos softwares que realizam 
se da integração de pequenos automatismos (autômatos 
redes ou "ilhas". Num nível 
mais elevado destas redes, podemos encontrar um ou mais autômatos modulares, atuando como mestres 
é o nível mais próximo do processo. Aqui se encontram os sensores e atuadores, 
encarregados de manejar o processo produtivo e tomar as medidas necessárias para uma correta 
 
se que esta estrutura não é universal, existindo casos onde se encontram mais ou menos níveis, 
 
 
 
3.2 Classificação das redes industriais
 
Excetuando-se uma rede de célula, uma rede 
industriais de dados, existindo, porém, variações importantes nas suas características. Assim, podemos 
dividi-las em: 
 Redes de campo efetivas (Devicebus e Fieldbus);
Devicebus: Device Net, Profibu
Fieldbus: Profibus PA, Fieldbus Foundation, Hart, etc
 Redes de campo de nível mais baixo (Sensorbus)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.3 Interface de equipamentos às redes 
 
Alguns padrões para interface são utilizados para a 
mais utilizados são: 
 
3.3.1 Padrão RS-232 (EIA232)
 
RS é uma abreviação de “Recommended Standard”. Ela relata uma padronização de uma interface comum 
para comunicação de dados entre equipamentos, criada no i
atualmente como “Electronic Industries Association” (EIA). Naquele tempo, a comunicação de dados 
compreendia a troca de dados digitais entre um computador central (mainframe) e terminais de computador 
remotos, ou entre dois terminais sem o envolvimento do computador. Estes dispositivos poderiam ser 
conectados através de linha telefônica, e 
fazer a decodificação dos sinais. 
 
Dessas ideias nasceu o padrão RS232
protocolo para troca de informações, e as conexões mecânicas.
A mais de 30 anos desde que essa padronização foi desenvolvida, a EIA publicou três modificações. A mais 
recente, EIA232E, foi introduzida em 1991. Ao lado da mudança de nome de RS232 para EIA232, algumas 
linhas de sinais foram renomeadas e várias linhas novas foram definidas.
Embora tenha sofrido poucas alterações, muitos fabricantes adotaram diversas soluções mais simplificadas
que tornaram impossível a simplificação da padronização proposta. As maiores dificuldades encontradas 
pelos usuários na utilização da interface RS232 incluem pelo menos um dos seguintes fatores:
 
 A ausência ou conexão errada de sinais de controle, 
comunicação. 
 Função incorreta de comunicação para o cabo em uso, resultam em inversão das linhas de 
Transmissão e Recepção, bem como a inversão de u
 
 
Classificação das redes industriais 
se uma rede de célula, uma rede de campo é a classificação para praticamente todas as redes 
industriais de dados, existindo, porém, variações importantes nas suas características. Assim, podemos 
Redes de campo efetivas (Devicebus e Fieldbus); 
s dp, etc 
Fieldbus: Profibus PA, Fieldbus Foundation, Hart, etc 
Redes de campo de nível mais baixo (Sensorbus) 
 
Fig. 27. Classificação das Redes. 
 
 
Interface de equipamentos às redes 
Alguns padrões para interface são utilizados para a interligação dos equipamentos às redes industriais, os 
232 (EIA232) 
RS é uma abreviação de “Recommended Standard”. Ela relata uma padronização de uma interface comum 
para comunicação de dados entre equipamentos, criada no início dos anos 60, por um comitê conhecido 
atualmente como “Electronic Industries Association” (EIA). Naquele tempo, a comunicação de dados 
compreendia a troca de dados digitais entre um computador central (mainframe) e terminais de computador 
entre dois terminais sem o envolvimento do computador. Estes dispositivos poderiam ser 
conectados através de linha telefônica, e consequentemente necessitavam um modem em cada lado para 
nasceu o padrão RS232. Ele especifica as tensões, temporizações e funções dos sinais, um 
protocolo para troca de informações, e as conexões mecânicas. 
A mais de 30 anos desde que essa padronização foi desenvolvida, a EIA publicou três modificações. A mais 
introduzida em 1991. Ao lado da mudança de nome de RS232 para EIA232, algumas 
linhas de sinais foram renomeadas e várias linhas novas foram definidas. 
Embora tenha sofrido poucas alterações, muitos fabricantes adotaram diversas soluções mais simplificadas
que tornaram impossível a simplificação da padronização proposta. As maiores dificuldades encontradas 
pelos usuários na utilização da interface RS232 incluem pelo menos um dos seguintes fatores:
A ausência ou conexão errada de sinais de controle, resultam em estouro do buffer ou travamento da 
Função incorreta de comunicação para o cabo em uso, resultam em inversão das linhas de 
Transmissão e Recepção, bem como a inversão de uma ou mais linhas de controle.
25 
de campo é a classificação para praticamente todas as redes 
industriais de dados, existindo, porém, variações importantes nas suas características. Assim, podemos 
interligação dos equipamentos às redes industriais, os 
RS é uma abreviação de “Recommended Standard”. Ela relata uma padronização de uma interface comum 
nício dos anos 60, por um comitê conhecido 
atualmente como “Electronic Industries Association” (EIA). Naquele tempo, a comunicação de dados 
compreendia a troca de dados digitais entre um computador central (mainframe) e terminais de computador 
entre dois terminais sem o envolvimento do computador. Estes dispositivos poderiam ser 
necessitavam um modem em cada lado para 
. Ele especifica as tensões, temporizações e funções dos sinais, um 
A mais de 30 anos desde que essa padronização foi desenvolvida, a EIA publicou três modificações. A mais 
introduzida em 1991. Ao lado da mudança de nome de RS232 para EIA232, algumas 
Embora tenha sofrido poucas alterações, muitos fabricantes adotaram diversas soluções mais simplificadas 
que tornaram impossível a simplificação da padronização proposta. As maiores dificuldades encontradas 
pelos usuários na utilização da interface RS232 incluem pelo menos um dos seguintes fatores: 
resultam em estouro do buffer ou travamento da 
Função incorreta de comunicação para o cabo em uso, resultam em inversão das linhas de 
ma ou mais linhas de controle. 
 
 
 26 
3.3.2 Comunicação RS-485 
 
A comunicação RS-485 funciona em modo diferencial. Ou seja, a diferença entre as tensões na linha dirão se 
o mestre está transmitindo 1 ou 0. A RS-485 suporta a comunicação half-duplex e full-duplex sendo que para 
a primeira a necessidade da utilização de um cabopar-trançado enquanto no segundo são necessários dois 
pares de cabos. 
Este tipo de comunicação alcança grandes distâncias de cabo. Podemos chegar até 1200m de cabo estando a 
mesma funcionando a 9600 bps. Conforme o baud-rate aumenta, o tamanho do cabo diminui. 
Este meio utiliza a estrutura mestre-escravo onde há uma máquina que faz a pergunta e os escravos 
respondem de acordo com o frame que chegar estiver com o mesmo endereço ajustado no escravo. 
 
 
4 TIPOS DE SINAIS 
 
4.1 Sinais analógicos 
 
São sinais que variam continuamente no tempo conforme uma regra de comparação a uma referência 
definida. 
 
 
Exemplos: 
Potenciômetro, transdutores de temperatura, pressão, célula de carga, umidade, vazão, medidores, válvulas e 
atuadores analógicos, acionamento de motores, etc.. 
 
 
4.2 Sinais digitais 
 
São sinais que variam continuamente no tempo assumindo apenas dois valores definidos e distintos. 
Podemos ainda encontrá-los subdivididos em dois tipos: 
 
4.2.1 Single BIT 
 
Dispositivos deste tipo apresentam sinais que poderão ser representados por bits individuais. 
Exemplos: 
Botões, chaves seletoras, chaves fim-de-curso, pressostatos, termostatos, chaves de nível, contatos de relés 
contatos auxiliares de contatores, alarmes,solenóides, lâmpadas, bobinas de relés bobinas de contatores, etc.. 
 
4.2.2 Multi BIT 
 
Dispositivos deste tipo apresentam sinais representados por bits agrupados em conjunto, formando assim o 
que chamamos de “palavra binária”. 
Exemplos: 
Encoder absoluto, chave thumbwheel, etc.. 
 
 
5 FUNDAMENTOS DOS INSTRUMENTOS INDUSTRIAIS 
 
De acordo com a organização norte-americana Instrument Society of America - ISA, um instrumento 
industrial é: 
Todo dispositivo usado para direta ou indiretamente medir e/ou controlar uma variável. 
Nesta definição incluem-se, segundo a ISA, elementos/sensores primários, elementos finais de controle, 
dispositivos computacionais, dispositivos elétricos como alarmes, chaves e botoeiras. E o termo não se aplica 
a partes que são componentes internos do Instrumento (norma ANSI/ISA-S5.1-1984-R-1992) 
 
 
 
 
 
 27 
 
5.1 Classificação dos instrumentos 
 
Isto é, uma primeira classificação para os instrumentos é: 
 
Fig.28. Classificação dos instrumentos 
 
5.2 Aplicações dos Instrumentos Industriais 
 
 Monitoração do Processo: indicadores de pressão, temperatura, etc; sensores de vibração em 
máquinas, alarmes, etc. 
 Análise Experimental de Engenharia: em laboratórios de aferição, na verificação de desgastes e 
fadiga, etc. 
Obs.: Usualmente tem-se instrumentos mais precisos e delicados, cuja resposta dinâmica muitas 
vezes fica em segundo plano. 
 Controle de Processo: sensores usados para medir variáveis de um processo controlado, enviando 
essas informações a um controlador que gera sinais de comando para atuadores. 
Obs.: Usualmente buscam-se instrumentos cuja resposta dinâmica deve ser rápida em relação ao 
processo a ser controlado. 
 
Fig.29. Exemplo de um sistema completo de automação utilizando a instrumentação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28 
 
5.3 Funcionamento dos Instrumentos 
 
Um Instrumento de Medição pode ser representado com um conjunto de subsistemas com funções 
específicas. Um possível Diagrama Funcional: 
 
Fig.30. Diagrama funcional de um instrumento de medição 
 
Para um Instrumento de Atuação, um possível Diagrama Funcional: 
 
Fig.31. Diagrama funcional de um instrumento de atuação 
 
5.4 Tipos de Instrumentos 
 
Os instrumentos podem ser classificados a partir do: 
- tipo de sinais 
- Utilização de Fontes de Energia 
- Forma de Medição 
 
Segundo o Tipo de Sinais produzidos ou manipulados: 
1. Discretos: assumem somente 2 valores possíveis: zero/um, aceso/apagado, ligado/desligado, etc. 
Chave de Nível (indica se o nível é superior ou inferior a um dado limiar); 
Chave de pressão ou pressostato; 
Chave de temperatura ou termostato; 
Chave fim de curso; 
Alarmes; 
Válvulas solenóides (que se abrem ou se fecham completamente, e em condição normal indica-se NA – 
normalmente aberta, ou NF – normalmente fechada.) 
 
 
 
 29 
 
 
Fig.32. Termostatos/Chave de Temperatura 
 
 
Fig.33. Válvula Solenóide 
 
Segundo o Tipo de Sinais produzidos ou manipulados: 
 
2. Digitais: assumem ou indicam valores em um conjunto finito enumerável de possibilidades. 
 
Instrumentos eletrônicos de medição com mostradores digitais; 
Instrumentos de medição ligados em uma rede digital dedicada (field bus, sensor bus, etc); 
Motor de passo; 
Encoder (medição de posição via contabilização de pulsos gerados); 
Multímetro Digital 
 
 
 
 30 
Fig.34. Multímetro digital 
Dígitos no mostrador - exemplos: 
3 ½ Dígitos = 3 casas com números de 0 a 9, e 1 dígito de 0 a 1 = 0000 a 1999 = 2000 contagens. 
5 ¾ Dígitos = 5 dígitos de 0 a 9, e 1 dígito de 0 a 3 = 00000 a 39999 = 40000 contagens. 
Segundo o Tipo de Sinais produzidos ou manipulados: 
 
Analógicos: assumem ou indicam valores em um conjunto finito não enumerável de possibilidades (faixa 
contínua de valores em um intervalo finito). 
Termômetro de mercúrio; 
Amperímetro com bobina móvel; 
Manômetro de tubo em U; 
Régua milimetrada; 
Válvula pneumática com acionamento contínuo; 
Aquecedor elétrico com tensão de acionamento contínua. 
 
É comum encontrar-se os seguintes padrões de envio de medições/comandos em Instrumentação Industrial: 
Sinais de pressão de 3 psi a 15 psi (libras por polegada quadrada); 
Sinais de corrente de 4 mA a 20 mA; 
Sinais de tensão de 1 V a 5 V. 
O valor mínimo enviado diferente de zero possibilita testar se o instrumento está funcionando, mesmo que o 
valor da medição ou do comando seja nulo. 
 
Segundo a Utilização de Fontes de Energia: 
 
Passivos: utilizam a energia do próprio meio, ou energia humana/animal para funcionarem. 
Instrumentos de medição deste tipo devem ser adequadamente dimensionados para minimizar a interferência 
sobre a variável a ser medida, devido ao fato de absorverem energia do próprio meio para funcionarem. 
Termômetro de mercúrio; 
Manômetro de tubo em U; 
Régua milimetrada; 
Válvula manual (e.g. torneira); 
Hidrômetro doméstico. 
 
 
Instrumentos Passivos 
 
 
 
Fig.35. Hidrômetro residencial 
 
 
 
 
 31 
 
Fig.36. Válvula Manual 
 
Segundo a Utilização de Fontes de Energia: 
 
3. Ativos: utilizam outra fonte de energia para o seu funcionamento. 
Instrumentos Eletrônicos usados para medir grandezas mecânicas, hidráulicas e térmicas; 
Válvulas pneumáticas; 
Bombas centrífugas 
Segundo a Forma de Medição: 
 
4. Por Deflexão: uma variação do mensurando conduz a uma variação correspondente na indicação. 
 
 
Fig.37. Exemplo: Balança Dinamométrica 
 
Usualmente, em comparação com o método por detecção de nulo: 
● São mais rápidos; 
● São menos precisos; 
● A qualidade do processo de medição está associada a qualidade construtiva do instrumento. 
 
5. Por Detecção de Nulo: o resultado da medição é obtido quando o instrumento indica estar em 
equilíbrio. 
Usualmente, em comparação com o método por deflexão: 
● São mais lentos; 
● São mais precisos (basta detectar o desvio da condição de equilíbrio); 
● A qualidade do processo de medição está associada a qualidade do padrão de medição empregado. 
 
 
 32 
 
Fig.38. Exemplo: Balança de Pratos. 
 
 
6 INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL E O CONTROLE DE PROCESSOS 
 
 
Os modernos processos industriais de fabricação exigem sistemas de controle cada vez mais sofisticados. 
Esses processos são muito variados e abrangem a fabricação de produtos diversos como os derivados do 
petróleo, os produtos alimentícios, o papel e a celulose, entre outros. 
Em todos esses processos e absolutamente indispensável controlar ou manter constantes algumas variáveis. 
O objetivo e melhorar a qualidade, diminuir o desperdício de energia, aumentar a quantidade produzida e 
manter a segurança. 
Por exemplo, precisamos controlar a pressão, a vazão, a temperatura, o nível, o pH, a condutividade, a 
velocidade e a umidade em muitos destes processos.

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