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Sinais Vitais

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Os sinais vitais fornecem informações críticas 
iniciais que influenciam o tempo e direção de sua 
avaliação; 
Caso já tiverem sido aferidos na triagem, revise-
os no início da consulta e se estiverem anormais, 
é importante aferi-los novamente na consulta; 
Importância: 
- Permite identificar necessidades básicas dos 
pacientes; 
- É uma maneira rápida e eficiente; 
- São a base para solução de problemas clínicos. 
• A temperatura corporal normal é de 
aproximadamente 36,8ºC a 37,3ºC e varia 
cerca de 1ºC ao longo do dia; 
• É mais baixa no início da manhã e mais alta na 
tarde e à noite, sendo que as mulheres 
possuem maior variação da temperatura 
normal do que os homens; 
Oral: Geralmente é inferior à temperatura 
corporal central e superiores às temperaturas 
axilares em aproximadamente 1º. A temperatura 
desse local varia de 36 a 37,4ºC; 
- É preferível usar termômetro de vidro, no 
entanto, caso for utilizar um termômetro 
eletrônico, coloque com cuidado sob a língua, 
peça ao paciente que feche a boca e observe 
o mostrador digital por uns 10 segundos; 
- Os termômetros de vidro devem ser 
sacudidos de modo a baixar a coluna de 
mercúrio para 35 ºC ou 96ºF ou menos, 
coloque sob a língua do paciente, peça que ele 
feche a boca e espere de 3 a 5 minutos; Se a 
leitura for instável, recoloque na boca do 
paciente por um minuto até a leitura 
permanecer estável; 
- Consumo de líquidos quentes ou frios e fumar 
um cigarro podem modificar a leitura da 
temperatura. Nessas situações, espere 10 a 
15 minutos para aferir a temperatura. 
Frequências respiratórias altas tendem a 
exacerbar a discrepância entre as temperaturas 
oral e retal. Nessas situações, as temperaturas 
retais são mais confiáveis. 
Retal: Possui maior precisão, no entanto é um 
método desagradável e ainda possui o risco de 
lesão e exposição a fluidos, além de ser 
contraindicado para recém-nascidos e pacientes 
com alguma doença retal. A temperatura desse 
local varia de 36 a 37,5ºC; 
- Peça ao paciente que se deite em decúbito 
lateral com o quadril flexionado, utilize um 
termômetro retal de ponta romba, 
lubrifique-o e introduza-o cerca de 3 a 4 cm 
no canal anal, com a ponta direcionada para o 
umbigo; aguarde 3 minutos para retirá-lo e 
fazer a leitura; 
- Outra opção é usar um termômetro 
eletrônico após lubrificar a tampa da sonda, 
sinais vitais 
 
 
aguarda 10 segundos para conferir o 
mostrador digital; 
Axilar: É considerada menos precisa do que as 
outras aferições, a sudorese pode interferir e 
possui um longo período de mensuração; A 
temperatura desse local varia de 35,5 a 37ºC, 
com uma média de 36,5ºC; 
- O local tradicional é o oco axilar e para utilização 
correta é necessária a higiene da axila e do 
termômetro, evitando-se umidade no local. O 
termômetro deve ser conservado em álcool 
absoluto ou álcool iodado. 
Timpânica: Pode ser mais variável do que as 
temperaturas oral ou retal; é uma aferição rápida 
de custo elevado e contra indicada para pacientes 
submetidos a cirurgia auditiva. A temperatura 
média desse local é de 37ºC; 
- É uma leitura precisa de temperatura, pois a 
membrana timpânica compartilha da mesma 
irrigação sanguínea que o hipotálamo, onde 
ocorre a regulação da temperatura; 
- Assegure que o meato acústico não tenha 
cerume para não haver influência na 
temperatura, posicione a sonda no meato 
acústico externo de modo que a luz 
infravermelha esteja apontada para a 
membrana timpânica. Espere de 2 a 3 
segundos até que a temperatura apareça no 
mostrador digital. 
 
• Idade: mecanismos de controle da 
temperatura; no recém-nascido, os 
mecanismos de controle de temperatura 
ainda são imaturos já o idoso: possui uma faixa 
de regulação mais estreita, devido a uma 
deterioração dos mecanismos de controle; 
• Exercícios: aumentam o metabolismo; 
• Nível hormonal: Variações hormonais durante 
o ciclo menstrual podem alterar a 
temperatura do corpo feminino. Quando o 
nível de progesterona está baixo, a 
temperatura da mulher se encontra mais 
baixa do que o valor basal e isso perdura até 
que a ovulação ocorra. Com o aumento do nível 
de progesterona, a temperatura sobe. Já na 
menopausa é comum que “ondas de calor”; 
Estresse: estímulo hormonal e neural que 
aumenta o metabolismo; 
• Ambiente: ambientes muito frios ou muito 
quentes influenciam na regulação da 
temperatura do corpo. Sendo que os idosos e 
recém-nascidos são os mais afetados, pois 
seus mecanismos reguladores são menos 
eficientes. 
Redução da temperatura corporal para valores 
abaixo de 35ºC. Pode ser classificada em primária 
quando é acidental ou secundária, quando ocorre 
uma disfunção do centro regulador hipotalâmico; 
A temperatura corporal diminui quando a perda 
de calor excede sua produção. A principal causa de 
hipotermia é a exposição ao frio, outras causas 
incluem: 
- Hipofunção endócrina, como ocorre na Doença 
de Addison; 
- Hipopituitarismo; 
- Hipotireoidismo; 
- Perda da capacidade de apresentar calafrios; 
- Redução do movimento como na paralisia; 
- Mal funcionamento do sistema regulador 
hipotalâmico, o qual pode estar associado à 
hipoglicemia, a uma variedade de alterações 
neurológicas, AVC, tumores e trauma; 
 
 
- Interferência na vasoconstrição por sepse ou 
consumo excessivo de etanol; 
Os idosos são especialmente suscetíveis a 
hipotermia e, além disso, é menos provável que 
apresentem febre; 
Pacientes gravemente hipotérmicos devem ser 
tratados cuidadosamente, pois qualquer estímulo 
pode desencadear arritmias ventriculares; 
 
Elevação da temperatura corporal acima do ponto 
de regulação térmica, sendo que 38ºC já é o limiar 
para febre; 
As causas de febre incluem infecção, 
traumatismo, como cirurgia ou lesões por 
esmagamento, processos malignos, reações 
medicamentosas e distúrbios imunes, como 
as colagenoses; 
A febre causada por infecção deve ser tratada 
com antipiréticos e antimicrobianos apropriados; 
A hipertermia (temperatura acima de 
40 °C) deve ser tratada com medidas de 
resfriamento tais como bolsas de gelo, névoa fria 
em frente a ventiladores, lavagem gástrica fria e 
medicamentos no caso de síndromes 
medicamentosas; 
Início: Pode ser súbito ou gradual. Quando súbito, 
o paciente irá perceber a elevação de 
temperatura de um momento para outro. Nesse 
caso, a febre pode ser acompanhada de sinais e 
sintomas que compõem a síndrome febril, como 
calafrios, cefaleias, sudorese e inapetência. 
Quando se instala de maneira gradual, o paciente 
nem percebe o seu início; 
Intensidade: Tomando como referência a 
temperatura axilar, a febre pode ser classificada 
em: 
- Leve ou febrícula: até 37,5ºC; 
- Moderada: 37,6ºC a 38,5ºC; 
- Alta ou elevada: acima de 38,6ºC. 
A intensidade da febre depende da causa e da 
capacidade de reação do organismo. Paciente em 
mau estado geral, em choque e idosos podem não 
apresentar febre ou ter apenas febrícula quando 
acometidos por infecções. 
Duração: É uma característica clínica importante. 
O conceito de febre prolongada está associado a 
uma permanência da febre por mais de uma 
semana que tenha ou não caráter contínuo. 
- Algumas doenças causam febre prolongada, 
são elas: tuberculose, septicemia, malária, 
endocardite infecciosa febre tifoide, 
colagenoses, linfomas, pielonefrite, brucelose 
e esquistossomose. 
Modo de evolução: Para saber o modo de evolução 
da febre, é necessária a análise de um quadro 
térmico. No entanto, a simples informação obtida 
na anamnese pode servir de base para se 
conhecer essa característica. 
O registro da temperatura em uma tabela, 
dividida em dias, subdivididos em 4 ou 6 horários, 
compõe o que se chama gráfico ou quadro 
térmico, tomando como base a temperatura 
normal; 
A anotação costuma ser feita 1 ou 2 vezes/dia, 
mas, em certos casos, registra-se a 
temperatura de 4 em 4 ou de 6 em6 h; 
Descrevem-se os seguintes tipos evolutivos de 
febre: 
 
 
- Febre contínua: permanece sempre acima do 
normal com variações de até 
1°C e sem grandes oscilações, estando 
presente na febre tifoide, endocardite 
infecciosa e pneumonia; 
- Febre irregular ou séptica: picos muito altos 
intercalados por temperaturas baixas ou 
períodos de apirexia. Não há uma padrão 
nestas variações. Mostram-se totalmente 
imprevisíveis e são bem evidenciadas quando 
se registra a temperatura várias vezes ao dia; 
Está presente em episódios de septicemia, 
abscessos pulmonares, empiema vesicular, 
tuberculose e na fase inicial da malária; 
- Febre remitente: há hipertermia diária, com 
variações de mais de 1°C e sem períodos de 
apirexia. Ocorre na septicemia, pneumonia, 
tuberculose; 
- Febre intermitente: a hipertermia é 
ciclicamente interrompida por um 
período de temperatura normal; isto é, 
registra-se febre pela manhã, mas esta não 
aparece à tarde; ou então, em 1 dia ocorre 
febre, no outro, não. Por vezes, o período de 
apirexia dura 2 dias. A primeira se denomina 
cotidiana, a segunda terçã e a última 
quartã. O exemplo mais comum é a malária. 
Aparece também nas infecções urinárias, 
nos linfomas e nas septicemias; 
- Febre recorrente ou ondulante: período de 
temperatura normal que dura dias ou 
semanas até que sejam interrompidos por 
períodos de temperatura elevada. 
Durante a fase de febre não há grandes 
oscilações; por exemplo: brucelose, doença de 
Hodgkin e outros linfomas. 
Término: Pode ser em crise, quando a febre 
desaparece subitamente e o paciente apresenta 
sudorese profusa e prostração, típico no acesso 
malárico. Como pode ser em lise, quando a febre 
vai desaparecendo gradualmente até alcançar 
níveis normais. 
• O pulso é indicador do estado circulatório e é 
palpado para avaliar a frequência cardíaca; 
• As características de um pulso são: 
• Amplitude: corresponde ao grau de 
enchimento Exercício da artéria (sístole e 
diástole), podendo ser cheio o filiforme; 
• Ritmo: Sequência de pulsações que 
normalmente, ocorrem em intervalos iguais; 
Parâmetros de normalidade de acordo com a 
faixa etária: 
- Lactentes: 120-160bpm; 
- Crianças: 90-140bpm; 
- Pré-escolares: 80-110bpm: 
- Idade escolar: 75-100bpm; 
- Adolescente: 60-90bpm: 
- Adulto: 60-100bpm. 
Terminologia: 
- Normocardia: frequência cardíaca normal 
(60 a 100 bpm): 
- Bradicardia: frequência cardíaca abaixo do 
normal (<60); 
- Taquicardia: frequência cardíaca acima do 
normal (>100); 
- Bradisfgmia: pulso fino e bradicárdico; 
- Taquisfgmia: pulso fino e taquicárdico. 
 
Exercício físico: Em atletas condicionados a 
frequência cardíaca diminui, mas em exercícios de 
curta duração a frequência cardíaca se eleva; 
 
 
Temperatura; Febre e calor aumentam a 
frequência cardíaca enquanto a hipotermia 
diminui; 
Emoções: Dores agudas e ansiedade estimulam os 
sistema nervoso simpático e aumentam a 
frequência cardíaca, enquanto dor intensa 
estimula o sistema nervo parassimpático, 
diminuindo a frequência cardíaca; 
Drogas: Medicamentos cronotrópicos positivos 
como dopamina e epinefrina aumentam a 
frequência cardíaca, enquanto medicamentos 
cronotrópicos negativo, como os digitálicos 
diminuem a frequência cardíaca; 
Hemorragia: eleva a atividade simpática e 
aumenta a frequência cardíaca; 
Mudanças posturais: Ao levantar e senta a 
frequência cardíaca se eleva, enquanto ao deitar-
se, a frequência cardíaca diminui; 
Distúrbios pulmonares: aumentam a frequência 
cardíaca devido a uma precária oxigenação. 
A palpação simétrica das artérias permite 
detectar diminuição, ausência ou 
hiperpulsatilidade, possibilitando o diagnóstico 
clínico de estenose, oclusão ou dilatação; 
A amplitude do pulso deve ser graduada de 0 a 
(++): 0 é ausente, (+) é diminuído e (++) é 
normal; 
As artérias acessíveis à palpação são: temporal 
superficial, carótida comum, facial, nasal, 
subclávia, braquial, radial, ulnar, aorta abdominal, 
ilíaca externa, femoral comum, poplítea, tibial 
anterior, tibial posterior, pediosa e digitais das 
mãos e pés; 
Na prática diária deve-se palpar rotineiramente: 
- Carótidas; 
- Braquiais: 
- Radial e ulnar; 
- Aorta abdominal; 
- Femoral comum; 
- Poplítea; 
- Tibial posterior; 
- Pediosa. 
 
A diminuição ou ausência sugere estenose crítica 
ou oclusão entre o segmento onde o 
pulso é normal e o segmento com pulso alterado; 
Vale ressaltar uma exceção, representada por 
malformação congênita, em que há ausência de 
pulso femoral e presença de pulsos poplíteo e 
distais, na persistência da artéria isquiática (Sinal 
de Cowie). 
A técnica consiste em comprimir a artéria radial 
com as polpas digitais dos dedos indicador e médio 
até detectar a pulsação máxima; 
- A artéria radial situa-se entre a apófise 
estiloide do rádio e o tendão dos flexores. 
 
 
 
 
 
 
 
- Deve-se evitar a palpação com o polegar para 
não confundir com as pulsações do 
próprio examinador. 
- A mão do paciente deve repousar no leito ou 
na mesa de exame em completa supinação; 
- Se o ritmo for regular e a frequência parecer 
normal, conte-a durante 30 segundos e 
multiplique por dois. Se a frequência for rápida 
ou lenta, conte durante 60 segundos; 
- A variação comum da normalidade é de 60 a 
100bpm; 
A análise do pulso radial abrange as seguintes 
características: 
• Estado da parede arterial: Em condições 
normais, a parede do vaso arterial não 
apresenta tortuosidades e é facilmente 
maleável. Uma parede endurecida, irregular e 
tortuosa, ´podendo ser comparada à “traqueia 
de passarinho”, é sinal de uma vasculopatia, 
chamada de arteriosclerose. No entanto, no 
caso da artéria radial, a condição que a tora 
tortuosa e dura é a mediosclerose de 
Monckeberg; 
Manobra de Osler palpação da artéria radial após 
insuflação do manguito acima da pressão sistólica. 
A manobra é positiva quando a artéria permanece 
palpável, mas sem pulsações. Geralmente, essa 
manobra é positiva em idosas e serve como um 
sinal de alerta nos pacientes com pressão arterial 
elevada; 
• Frequência: É necessário contar sempre o 
número de pulsações durante um minuto 
inteiro, comparando esse valor com o número 
de batimentos cardíacos. A frequência do 
pulso varia de acordo com a idade e outras 
condições fisiológicas; 
- Em adultos, a frequência normal está 
entre 60 a 100 bpm; 
- Taquisfgmia/Taquicardia: frequência acima 
de 100 bpm e pode estar relacionada a 
condições fisiológicas como exercício físico, 
emoção, gravidez e condições patológicas 
como nos estados febris, hipertireoidismo, 
insuficiência cardíaca, taquicardia 
paroxística, miocardite, colapso periférico 
e hipovolemia; 
- Bradisgmia/Bradicardia: frequência abaixo 
de 60 bpm e pode estar relacionada a 
atletas que possuem grande preparo 
físico ou condições patológicas como 
anormalidades cardíacas ou enfermidades 
infecciosas, hipertensão intracraniana e 
icterícia; 
• Déficit de pulso: ocorre quando o número de 
batimentos cardíacos é maior que o número 
de pulsações da artéria radial. Pode estar 
relacionado ao fato de algumas contrações 
ventriculares serem ineficazes ao 
impulsionarem sangue para a aorta. A 
extrassistolia ventricular e a fibrilação atrial 
são as principais causas de déficit de pulso; 
• Ritmo: Dado pela sequência das pulsações. O 
ritmo regular é quando a sequência de 
pulsações ocorre em intervalos iguais e o 
ritmo irregular é quando a sequência de 
pulsações ocorre em intervalos variáveis; 
 
 
- A irregularidade do pulso indica alteração 
do ritmo cardíaco (arritmia), que pode ser 
fisiológica ou patológica; 
- Na fibrilação atrial, chama a atenção do 
examinador a completa e constante 
irregularidade do pulso, sendo que os 
intervalos entre as pulsações variam de 
uma para outra e a amplitude das ondas 
se modificam o tempo todo. Além disso,é 
comum observar na fibrilação atrial o 
déficit de pulso, principalmente quando a 
frequência cardíaca é alta; 
• Amplitude/magnitude: essa característica é 
avaliada pela sensação captada em cada 
pulsação e está relacionada ao grau de 
enchimento da artéria durante a sístole e seu 
esvaziamento durante a diástole. O pulso pode 
ser amplo (magnus), mediano e pequeno 
(parvus); 
- Um exemplo de pulso amplo é o da 
insuficiência aórtica. Já o pulso pequeno é 
encontrado na estenose aórtica; 
• Tensão/Dureza: essa característica é avaliada 
pela compressão progressiva da artéria. 
- Pulso mole: quando a pressão necessária 
para interromper as pulsações é pequena; 
- Pulso duro: quando a interrupção da onda 
sanguínea exige forte pressão; 
• Comparação com a artéria homologa: 
Verifica-se a igualdade ou desigualdade dos 
pulsos radiais, palpando simultaneamente as 
duas artérias radiais e comparando a 
amplitude das pulsações; 
- A desigualdade dos pulsos é observada em 
afecções do arco aórtico ou dos vasos que 
dele emergem quando são sede de 
constrições ou oclusões; 
A pressão arterial é a força exercida sobre as 
paredes de uma artéria pelo sangue que pulsa sob 
pressão do coração. O sangue flui através do 
sistema circulatório por causa de uma mudança 
de pressão, se movendo de uma área de alta 
pressão para uma área de baixa pressão; 
- A pressão máxima ou sistólica corresponde a 
ejeção de sangue para aorta quando o coração 
se contrai; 
- Já a pressão mínima ou diastólica 
corresponde ao relaxamento dos ventrículos; 
A acurácia das aferições da pressão arterial varia 
de acordo com a forma como são aferidas. 
Existem alguns métodos para aferir a PA, são 
eles: 
Ausculta de PA no consultório com 
esfigmomanômetro com coluna de mercúrio ou 
aneroide: método comum e acessível, no entanto 
sujeito a ansiedade do paciente (“Hipertensão do 
jaleco branco”), técnica do observador e 
recalibragem do esfigmomanômetro a cada 6 
meses. 
- Demanda aferições ao longo de várias 
consultas; 
- Monitoramento ambulatorial ou domiciliar é 
necessário para detectar hipertensão arterial 
mascarada; 
- Aferições únicas com sensibilidade e 
especificidade de 75% em comparação com o 
monitoramento ambulatorial; 
Pressão arterial oscilométrica automatizada no 
consultório: Exige posicionamento ideal do 
paciente, tamanho e posicionamento do 
 
 
esfigmomanômetro e calibragem do dispositivo; 
Faz várias aferições em um curto período; 
- Demanda aferições confirmatórias para 
reduzir os diagnósticos incorretos; 
- Sensibilidade e especificidade comparáveis 
para aferições manuais. 
Monitoramento domiciliar da pressão: Dispositivo 
automatizado acurado aplicado por paciente, fácil 
de usar, mais acessível do que o monitoramento 
ambulatorial. É uma alternativa aceitável se o 
monitoramento ambulatorial não estiver 
acessível; mais preditivo de risco cardiovascular 
do que as aferições do consultório; 
- Demanda orientação do paciente em relação a 
técnica acurada, aferições repetidas (duas 
leituras pela manhã e duas à noite diariamente 
por 1 semana); não são verificadas durante a 
noite. 
- Detecta a hipertensão do jaleco branco – 
ocorre em 20%; 
- Detecta hipertensão mascarada – ocorre em 
10% (pressão arterial é mais elevada do que 
as leituras 
no consultório); 
- Sensibilidade de 85% e especificidade de 62% 
em 
comparação com o monitoramento 
ambulatorial. 
Ao recomendar o monitoramento domiciliar da 
pressão arterial, é importante orientar os 
pacientes na escolha da melhor braçadeira 
de esfigmomanômetro para uso domiciliar e do 
modo de calibrar o aparelho. 
Informe-os que os monitores de punho e de 
dedos da mão são populares, mas menos 
acurados. A pressão sistólica aumenta nas 
artérias mais distais, 
enquanto a pressão diastólica cai; e os efeitos 
hidrostáticos apresentam erros devido a 
diferenças na posição em relação ao coração. 
Monitoramento ambulatorial da pressão arterial 
(MAPA): automatizado, método “padrão-ouro” de 
pesquisa e clínico, mais caro (pode não ser coberto 
pelo plano de saúde); 
- Afere a pressão arterial nos intervalos 
predefinidos ao longo de 24 a 48 horas, 
geralmente a cada 15 a 20 minutos durante o 
dia e a cada 30 a 60 minutos durante a noite. 
É considerado o padrão de referência para 
confirmar as pressões arteriais elevadas do 
consultório. 
- Mostra se pressão arterial noturna “cai” 
(normal) ou permanece elevada (fator de 
risco de doença 
cardiovascular). 
Hipertensão do jaleco branco (hipertensão clínica 
isolada): é definida como pressão arterial 
≥ 140/90 em ambientes clínicos e leituras 
ambulatoriais com o paciente acordado <135/85; 
- Esse fenômeno presente em até 20% dos 
pacientes com pressão arterial elevada no 
consultório, é importante ser identificado pois 
carrega risco cardiovascular normal a 
levemente acentuado e não exige tratamento; 
- Ele é causado por uma resposta condicionada 
de ansiedade; 
- Portanto, uma técnica de aferição 
insatisfatória, o arredondamento dos valores, 
a presença de um médico ou enfermeiro ou 
até o diagnóstico prévio de hipertensão 
 
 
arterial podem modificar as leituras no 
consultório; 
- A substituição de aferições manuais por 
dispositivo automatizado que faz várias leitura 
com o paciente sozinho em uma sala 
demonstrou redução no “efeito jaleco branco”. 
Hipertensão mascarada: é definida como uma 
pressão arterial no consultório <140/90, mas no 
exame domiciliar e ambulatorial uma pressão 
arterial elevada >135/85. É mais grave e se não 
for tratada em adultos, corre maior risco de 
desencadear uma doença cardiovascular ou lesão 
do órgão terminal; 
Hipertensão noturna: é fisiológico que a pressão 
arterial seja reduzida na maioria dos pacientes 
durante a noite. Uma queda <10% dos valores 
diários ou uma queda acentuada >20% estão 
associadas a desfechos cardiovasculares ruins e 
só podem ser identificadas no monitoramento 
ambulatorial da pressão arterial de 24 horas. 
- A largura da bexiga inflável da braçadeira deve 
ter, aproximadamente, 40% da circunferência 
do braço (cerca de 12 a 14 cm no adulto de 
porte médio); 
- O comprimento da bexiga inflável deve ter 
cerca de 80% da circunferência do braço 
(quase o suficiente para envolver o braço); 
A braçadeira padrão tem 12 × 23 cm, 
apropriada para circunferências da parte 
média do braço de até 28 cm. 
 
• O paciente deve evitar tabagismo, ingerir 
cafeína ou praticar exercícios 30 minutos 
antes da aferição; 
• A sala do exame deve ser um local tranquilo e 
com temperatura agradável; 
• O paciente deve se sentar por 5 minutos, com 
as pernas descruzadas, pés apoiados no chão, 
dorso recostado na cadeira e relaxado; 
• O braço não deve ter fístulas arteriovenosas 
para diálise, cicatriz de dissecção de artéria 
braquial e nem sinais de linfedema 
consequente a dissecação de linfonodo axilar 
ou radioterapia; 
• O braço deve estar na altura do coração, ao 
nível do 4º espaço intercostal em sua junção 
com o esterno, apoiado com a palma da mão 
voltada para cima e as roupas não devem 
garrotear o membro; 
• Se a artéria braquial estiver abaixo do nível do 
coração, a leitura da pressão arterial será 
maior; se ela estiver acima do nível do coração, 
a leitura será menor. 
• Em pacientes diabéticos, idosos ou em outras 
situações em que a hipotensão ortostática 
possa ser frequente ou suspeitada, é 
necessário aferir a pressão arterial na posição 
de pé; 
1. Determinar a circunferência do braço no 
ponto médio entre o acrômio e o olecrano; 
2. Selecionar o manguito de tamanho adequado 
ao braço do paciente; 
3. Coloque o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 
cm acima da fossa cubital; 
4. Centralize o meio da parte compressiva do 
manguito sobre a artéria braquial; 
5. Para decidir até quanto se deve elevar a 
pressão na braçadeira, primeiro faça umaestimativa da pressão sistólica por meio de 
palpação da artéria radial; 
 
 
6. Insufle rapidamente até ultrapassar 30 
mmHg do nível estimado da pressão arterial 
sistólica obtido pela palpação; 
7. Palpe a artéria braquial na fossa cubital e 
coloque a campanula ou o diafragma do 
estetoscópio sem compressão excessiva; 
 
8. Desinfle lentamente (velocidade de 2 mmHg a 
3 mmHg por segundo); 
9. Determine a pressão arterial sistólica pela 
ausculta do primeiro som (fase I de 
Korotkoff). 
10. Continue a desinflar até os ruídos e sons 
desaparecerem. Determine a pressão arterial 
diastólica no desaparecimento dos sons (fase 
V de Korotkoff); 
11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do 
último som para confirmar seu 
desaparecimento e depois proceder a ̀ 
desinflação rápida e completa; 
Em algumas pessoas, o ponto de abafamento e o 
ponto de desaparecimento estão bem afastados. 
Em alguns indivíduos com regurgitação aórtica, os 
ruídos nunca desaparecem. Se a diferença for 
igual ou superior a 10 mmHg, anote os dois valores 
(p. ex., 154/80/68). 
Faça a aferição da pressão arterial em ambos os 
braços pelo menos uma vez. Existe normalmente 
uma diferença tensional de 5 mmHg, 
e, algumas vezes, essa diferença chega a 10 
mmHg. As aferições subsequentes devem ser 
feitas no braço com o nível tensional mais elevado. 
À medida que o manguito é desinflado, volta a 
ocorrer passagem do sangue pela artéria antes 
colabada, surgindo ruídos chamados sons de 
Korotkoff, classificados em 5 fases. 
- Fase I (aparecimento de sons): o primeiro 
som é claro como uma pancada. A força da 
onda sistólica é maior que a resistência 
oferecida pelo manguito e o sangue volta a 
passar pela artéria; 
- Fase II (batimentos com murmúrio): com a 
dilatação da artéria pressionada, a 
contracorrente reverbera e cria murmúrios 
na parede dos vasos sanguíneos; 
- Fase III (murmúrio desaparece): os 
batimentos passam a ser mais audíveis e 
mais acentuados. A artéria que sofreu 
constrição continua a se dilatar com a redução 
da pressão do manguito; 
- Fase IV (abafamento dos sons): os 
batimentos repentinamente tornam-se 
o menos acentuados. Há, portanto, 
abafamento dos sons; 
- Fase V (desaparecimento de sons): 
restabelece-se. O calibre normal da artéria e 
o sangue não mais provoca ruídos perceptíveis 
à ausculta da artéria radial. 
 
 
 
A avaliação da hipertensão arterial também inclui 
seus efeitos nos “órgãos terminais” como 
olhos, coração, cérebro e rins. Verifique se o 
paciente apresenta retinopatia hipertensiva, 
hipertrofia ventricular esquerda e déficits 
neurológicos sugestivos de AVC ou acidente 
vascular encefálico (AVE). A avaliação renal exige 
exame de urina e provas de função renal 
(exame de sangue); 
Quando os valores sistólico e diastólico pertencem 
a categorias diferentes, deve-se usar a categoria 
mais alta. Se, por exemplo, o paciente apresentar 
170/92 mmHg, então, ele tem hipertensão 
arterial no estágio 2; se tivesse 135/98 mmHg, 
seria hipertensão arterial no estágio 1; 
Na hipertensão arterial sistólica isolada, a pressão 
arterial sistólica é ≥ 140 mmHg, e a pressão 
arterial diastólica é < 90 mmHg; 
Pressão arterial baixa: Interprete níveis 
relativamente baixos da pressão 
arterial em relação às aferições anteriores e ao 
estado clínico do paciente; 
- Habitualmente, a pressão arterial de 110/70 
mmHg seria normal, mas também poderia 
indicar hipotensão significativa se as aferições 
prévias forem elevadas. 
- Entre as causas de hipotensão ortostática 
estão: fármacos/drogas ilícitas, perda 
sanguínea 
de moderada a intensa, repouso prolongado no 
leito e doenças do sistema nervoso 
autônomo; 
Hipotensão ortostática: Se houver indicação, avalie 
a hipotensão ortostática, comum em adultos 
idosos. Faça a aferição dos níveis da pressão 
arterial e a frequência cardíaca em duas posições 
– em decúbito dorsal após o paciente repousar 
durante 3 a 10 min, depois 3 min assim que o 
paciente ficar em pé. Normalmente, quando o 
paciente passa da posição horizontal para a 
posição ortostática, a pressão sistólica cai 
discretamente ou permanece inalterada, 
enquanto a pressão diastólica se eleva um pouco; 
- A hipotensão ortostática consiste na queda da 
pressão arterial sistólica de pelo menos 20 
mmHg ou da pressão arterial diastólica de pelo 
menos 10 mmHg nos 3 minutos seguintes à 
retomada da posição ortostática. 
A análise da eficiência respiratória deve ocorrer 
de maneira integrada, observando a frequência, o 
ritmo, a profundidade e o esforço respiratório; 
Conte o número de incursões respiratórias 
durante um minuto, seja por 
inspeção visual ou pela ausculta sutil com o 
estetoscópio pousado na traqueia 
durante seu exame da cabeça e do pescoço ou do 
tórax; 
 
 
Normalmente, a frequência respiratória normal 
dos adultos se situa entre 12 e 20 incursões por 
minuto em um padrão regular e tranquilo. Um 
suspiro ocasional é normal. Verifique se a 
expiração é prolongada. 
- Taquipneia: Frequência respiratória > 25 irm. É 
uma resposta normal à hipovolemia 
- Bradipneia: Frequência respiratória <8 irm. 
Taquipneia: respiração rápida e superficial. 
Diversas condições podem cursar com taquipneia, 
tais como síndromes restritivas pulmonares 
(derrames pleurais, doenças intersticiais, edema 
pulmonar), febre e ansiedade; 
 
Hiperpnéia: aumento da frequência respiratória 
com aumento da amplitude dos movimentos 
respiratórios. Pode estar presente na acidose 
metabólica, febre, ansiedade; 
 
Bradipnéia: redução do número dos movimentos 
respiratórios, geralmente abaixo de oito incursões 
por minuto. Pode surgir em inúmeras situações, 
tais como presença de lesões neurológicas, 
depressão dos centros respiratórios por drogas 
podendo preceder a parada respiratória; 
 
Apneia: interrupção dos movimentos 
respiratórios por um período prolongado. 
Pacientes com síndrome da apneia do sono podem 
permanecer sem respirar durante minutos, 
cursando com hipoxemia acentuada e riscos de 
arritmias cardíacas e morte. Indivíduos em 
apneia necessitam de suporte respiratório ou 
progredirão para óbito. 
 
Respiração suspirosa: entrecortada por suspiros 
frequentes, promovendo desconforto e fadiga ao 
paciente. Origem relacionada a conflitos 
emocionais; 
 
• Exercício físico; 
• Dor; 
• Ansiedade; 
• Tabagismo; 
• Posição corporal; 
• Medicações; 
• Lesão neurológica; 
• Alteração nos níveis de Hemoglobina. 
1. Manter o paciente em posição confortável, de 
preferência sentado ou com a cabeceira da 
cama elevada; 
2. Manter a privacidade do paciente, se 
necessário remover a roupa na altura do 
tórax; 
3. Colocar o braço do paciente em uma posição 
relaxada, sem que isso bloqueie a visualização 
do tórax, ou colocar a mão diretamente sobre 
o abdome do paciente; 
4. Colocar o braço do paciente em uma posição 
relaxada, sem que isso bloqueie a visualização 
do tórax, ou colocar a mão diretamente sobre 
o abdome do paciente; 
 
 
 
5. Observar o ciclo respiratório completo 
(inspiração e expiração) e iniciar a contagem 
da frequência por 60 segundos. Registrar 
valores da FR, características da respiração e 
posição do paciente. 
Antes de tudo, obtenha o relato completo da dor 
do paciente, peça que ele descreva a dor e como 
surgiu, se ela está relacionada com o local de um 
ferimento, com algum movimento ou horário 
do dia, se ela é aguda, contínua ou em caráter de 
queimação, se irradia ou segue um padrão 
específico, se há fatores de piora ou melhora; 
Peça ao paciente que aponte o local da dor, porque 
as descrições verbais podem ser imprecisas; 
Pergunte ao paciente sobre os tratamentos que 
já foram tentados, inclusive medicamentos, 
fisioterapia e medicina alternativa; 
Explore quaisquer condições de comorbidade, 
como artrite, diabetes, HIV/AIDS, uso abusivo de 
substâncias psicoativas,anemia falciforme ou 
transtornos psiquiátricos; 
Todas essas condições podem exercer efeitos 
significativos sobre a dor sentida pelo paciente. 
As escalas da dor têm a desvantagem de serem 
subjetivas; 
Em adultos, prefere-se, uma escala analógica, a 
qual consiste em uma linha reta com um 
comprimento de 10 centímetros, tendo em seus 
extremos as designações sem dor e pior dor 
possível; 
É solicitado ao paciente que indique a intensidade 
da dor em algum ponto dessa linha. O resultado é 
registrado com um valor de zero a dez; 
Esta escala não exclui o componente subjetivo, 
mas melhora a avaliação da intensidade. 
Para adultos com baixa escolaridade, crianças e 
idosos, para os quais a compreensão da escala 
analógica visual pode ser difícil, podem-se utilizar 
as escalas de representação gráfica não 
 
 
numérica, como a de expressões faciais de 
sofrimento: sem dor, dor leve, dor moderada e 
dor intensa; 
Se o paciente tem dificuldade em definir a “pior 
dor possível”, solicita-se a ele que a compare com 
a dor mais intensa já experimentada. 
A dor do parto, a da cólica nefrítica, a de uma 
úlcera perfurada (no momento da perfuração) 
são referências adequadas para esse fim. Mas 
nem todo paciente tem estas referências 
Dor aguda: indica que o organismo está sendo 
agredido ou que sua integridade está em risco. 
Pode durar de fração de segundo a semanas. Se 
não for tratada adequadamente, pode se tornar 
crônica, passando a ser a “doença” do paciente, 
condição que deve ser abordada de maneira 
totalmente diferente da dor como “sintoma”; 
Dor crônica.: dura no mínimo 3 meses, mas que 
pode causar sofrimento por anos, demandando 
tratamento farmacológico adequado e terapias 
múltiplas, pois abala os laços familiares, 
interpessoais, sociais, laborais e educacionais, 
além de fragilizar afetiva e emocionalmente o 
paciente. 
Dor constante: é aquela que ocorre 
continuamente, podendo variar de intensidade, 
mas sem desaparecer completamente. O 
indivíduo dorme e acorda com dor; 
Dor intermitente: é aquela que ocorre 
episodicamente, sendo sua frequência e duração 
bastante variáveis. Em geral, é descrita como dor 
em choque, aguda, pontada, facada, fisgada; 
Dor referida: Pode ser definida como uma 
sensação dolorosa superficial percebida distante 
da estrutura onde se a originou; 
Dor irradiada: Caracteriza-se por ser sentida à 
distância de sua origem, mas em estruturas 
inervadas pela raiz nervosa ou em um nervo cuja 
estimulação é responsável pela dor. 
• Localização: região onde o paciente sente a 
dor; 
• Irradiação: A dor pode ser estritamente 
localizada ou irradiada, quando segue o trajeto 
de uma raiz nervosa ou nervo, ou referida, 
cujo mecanismo é diferente. Não se deve 
confundir dor referida e dor irradiada; 
• Qualidade ou caráter: Para que seja definida a 
qualidade ou o caráter da dor, solicita-se ao 
paciente para descrever a sensação que a dor 
provoca 
• Intensidade: É um componente relevante da 
dor. Aliás, é o que costuma ter mais 
importância para o paciente. Resulta da 
interpretação global dos seus aspectos 
sensoriais, emocionais e culturais. Como é uma 
experiência sensorial subjetiva, a avaliação da 
intensidade feita pelo paciente é o elemento 
fundamental desta característica; 
• Escalas de dor: pode ser subjetiva ou analógica, 
a depender da condição do paciente; 
• Duração: Inicialmente, determina-se com a 
máxima precisão possível a data de início da 
dor. Quando é contínua, calcula-se sua duração 
de acordo com o tempo transcorrido entre o 
início e o momento da anamnese. Se for cíclica, 
deve-se registrar a data e a duração de cada 
episódio doloroso. 
• Evolução: Trata-se de uma característica de 
grande relevância, que revela a maneira como 
a dor evoluiu, desde seu início até o momento 
da anamnese; 
 
 
• Relação com funções orgânicas: Essa 
característica é avaliada, tendo em conta a 
localização da dor e os órgãos e estruturas 
situados na mesma área; 
• Fatores desencadeantes ou agravantes: 
fatores que desencadeiam a dor, ou a 
agravam; 
• Fatores atenuantes: fatores que aliviam a dor, 
incluindo funções orgânicas, posturas ou 
atitudes que protegem a estrutura ou função 
do órgão onde é originada (atitudes antálgicas), 
incluindo repouso, distração, medicamentos, 
fisioterapia, acupuntura, bloqueios 
anestésicos, procedimentos cirúrgicos e 
outras intervenções; 
• Manifestações concomitantes: A dor aguda, 
nociceptiva, sobretudo quando intensa, 
costuma acompanhar-se de manifestações 
neurovegetativas, que se devem à 
estimulação do sistema nervoso autônomo, 
expressando-se por sudorese, palidez, 
taquicardia, hipertensão arterial, mal estar, 
náuseas e vômitos. 
 
Referências 
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 8. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c2009. 1308 
p. 
BATES, Barbara; BICKLEY, Lynn S.; SZILAGYI, 
Peter G. Propedêutica Médica. 10. ed. Rio de 
Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, c2010. 965 p. 
GOLDMAN, Lee et al. Cecil. Tratado de Medicina 
Interna; 24 ed; Rio de Janeiro: Elsevier, , 2014.

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