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Princípios constitucionais tributários

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1
GESTÃO 
TRIBUTÁRIA
Prof. Milton Edwino Kelling
PRINCÍPIOS 
CONSTITUCIONAIS 
TRIBUTÁRIOS
Os princípios jurídicos, fundamentais do estado de
direito, prevalecem sobre todas as normas
jurídicas, que só tem validade se editadas em
rigorosa consonância com eles.
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
TRIBUTÁRIOS
“Art.150. Sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o
estabeleça.”
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
O aumento de tributo pode se dar não só pela
elevação da alíquota, mas também pela ampliação
da base de cálculo.
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
A isonomia tributária é espécie do princípio geral
de isonomia, expresso no caput do art. 5º da CF.
ISONOMIA TRIBUTÁRIA
2
Art. 5º da CF – “Todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
ao brasileiros e aos estrangeiros, residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes.”
ISONOMIA TRIBUTÁRIA
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes
que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação jurídica dos
rendimentos, títulos ou direitos.
ISONOMIA TRIBUTÁRIA
A irretroatividade tributária também é espécie de
princípio geral da irretroatividade da lei, expresso
no inciso XXXVI do art. 5º da CF, que diz:
“A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato
jurídico perfeito e a coisa julgada.”
IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA
A lei se aplica aos fatos que ocorrem após sua
entrada em vigor.
Não pode retroagir para alcançar fatos já ocorridos
na vigência de lei anterior.
IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA
A exceção dessa regra é em matéria penal,
conforme disposto no inciso XL do art 5º da CF,
que dispõe:
“ A lei penal não retroagirá, salvo para
beneficiar o réu.”
IRRETROATIVIDADE TRIBUTÁRIA
Para instituir um tributo ou aumentá-lo para o
exercício financeiro de 2016, a lei deveria ser
promulgada até, no máximo, 31-12-2015.
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
3
No entanto, a própria CF estabelece algumas
exceções ao princípio da anterioridade, a saber:
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
Exceções:
a) Alteração de alíquotas – Impostos Federais;
b) Contribuições sociais.
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
Exceções:
a) Alteração de Alíquota – Impostos Federais
“Art. 153. (...)
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as
condições e os limites estabelecidos em lei, alterar
as alíquotas dos impostos enumerados no incisos
I, II, IV e V.”
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
Exceções:
As alíquotas referidas são as dos seguintes
impostos da União:
• Importação;
• Exportação;
• Produtos industrializados;
• Sobre operações financeiras.
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
Exceções:
As alíquotas referidas são as dos seguintes
impostos da União:
• Importação;
• Exportação;
• Produtos industrializados;
• Sobre operações financeiras.
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
Exceções:
b) Contribuições Sociais
“Art. 195. (...)
§ 6º As contribuições sociais de que trata este
artigo só poderão ser exigidas após decorridos
noventa dias da data da publicação da lei que aos
houver instituído ou modificado, não se lhes
aplicando o disposto no art. 150, III, b..”
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE
4
As limitações ao poder de tributar, que são as
garantias fundamentais contra a voracidade cada
vez maior do Fisco, são o verdadeiro código de
defesa do contribuinte e estão expressas no art.
150 da CF.
PRINCÍPIO DA NOVENTENA
A Emenda Constitucional nº 42/2003 acrescentou
a nova alínea c do inciso III do referido art. 150 a
CF, impondo a vedação de cobrar tributos:
“c) antes de decorridos noventa dias da data
em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou, observado o disposto na
alínea b.”
PRINCÍPIO DA NOVENTENA
A alínea b, que se refere ao princípio da
anterioridade, já proibia a cobrança no mesmo
exercício financeiro da publicação da lei que os
instituiu ou aumentou.
PRINCÍPIO DA NOVENTENA
Entretanto, esse princípio da anterioridade, na
prática havia-se tornado ineficaz, pois era praxe os
entes federados aumentarem seus tributos por leis
publicadas no final do mês de dezembro, para
vigorar a partir de 1º de janeiro do ano seguinte.
PRINCÍPIO DA NOVENTENA
Com a obrigatoriedade da observância do princípio
da anterioridade, acumulada com o da noventena,
a data-limite para instituir ou aumentar impostos e
taxas passa a ser 1º de outubro para vigorar no
exercício seguinte.
PRINCÍPIO DA NOVENTENA
As contribuições sociais e de intervenção no
domínio econômico estão sujeitas apenas ao
princípio da noventena e não ao da anterioridade
e, portanto, podem ser cobradas no mesmo
exercício.
PRINCÍPIO DA NOVENTENA
5
O constituinte de 1988 reservou para a lei
complementar certas matérias que, pela sua
relevância, exigem um exame mais rigoroso do
legislador para aprová-la.
A lei complementar exige um quorum mais
qualificado, ou seja, maioria absoluta.
RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR
A maioria absoluta é alcançada com 50% mais um
do total de membros de cada casa do Congresso
Nacional (Câmara dos Deputados e Senado).
RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR
“Art. 146. Cabe à lei complementar: ....
III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação
tributária, especialmente sobre:
a) Definição dos tributos e de suas espécies, bem como, em
relação aos impostos discriminados nesta Constituição,
a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e
contribuintes;
b) Obrigação, lançamentos, crédito, prescrição e decadência
tributários;
RESERVA DE LEI COMPLEMENTAR “Art. 146. Cabe à lei complementar: ....
III – estabelecer normas gerais em matéria de legislação
tributária, especialmente sobre:
c) Adequado tratamento tributário ao ato cooperativo
praticado pelas sociedades cooperativas;
d) Definição de tratamento diferenciado e favorecido para
as microempresas e para as empresas de pequeno
porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no
caso do imposto previsto no art. 155, II, das
contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e
das contribuições a que se refere o art. 239.”
O art. 150 da CF dispões em seu § 6º:
“§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de
base de cálculo, concessão de crédito presumido,
anistia ou remissão, relativo a impostos, taxas ou
contribuições, só poderá ser concedido mediante
lei específica federal, estadual ou municipal....
RESERVA DE LEI PARA 
RENÚNCIA FISCAL
......mediante lei específica federal, estadual ou
municipal, que regule exclusivamente as matérias
acima enumeradas ou o correspondente tributo ou
contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, §
2º, XII, g” (parágrafo com redação dada pela Emenda
Constitucional nº 3, de 17/03/1993).
RESERVA DE LEI PARA 
RENÚNCIA FISCAL
6
A renúncia fiscal não pode ser feita por decreto ou
norma complementar (art. 100, CTN), mas somente
por lei do ente competente para arrecadar o tributo.
O CTN disciplina as normas gerais sobre anistia
(art. 180 a 182) e remissão (art.. 172).
RESERVA DE LEI PARA 
RENÚNCIA FISCAL
O Art. 150 da CF, em seu inciso VI, veda aos entes
federados instituir impostos, para os casos nele
discriminados, concedendo-lhes, portanto,
imunidade.
IMUNIDADE DE IMPOSTOS
Esse princípio visa resguardar as relações entre os
entes federados que certamente seriam
tumultuadas pela tributação recíproca; a liberdade
de culto; a pluralidade partidária; as entidades
sindicais; e as instituições de educação e de
assistência social sem fins lucrativos, na forma da
lei.
IMUNIDADE DE IMPOSTOS
O Art. 150 da CF, em seu inciso VI, veda: 
“VI – instituir impostos sobre:
a) Patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) Templos de qualquer culto; ......>>>
IMUNIDADE DE IMPOSTOS
c) Patrimônio, renda ou serviços dos partidos
políticos, inclusive suasfundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de
educação e de assistência social, sem fins lucrativos,
atendidos os requisitos da lei;
d) Livros, jornais, periódicos e o papel destinado a
sua impressão.
IMUNIDADE DE IMPOSTOS
A lei vem aumentando cada vez mais as exigências
para as instituições de educação e assistenciais sem
fins lucrativos, com severas disposições relativas à
sua contabilidade, a demonstração da receita e
despesa, dispondo até sobre a destinação de
eventuais superávits.
IMUNIDADE DE IMPOSTOS
7
Este princípio procura é atender à máxima de
justiça tributária que diz “quem pode mais deve
pagar mais, quem pode menos deve pagar
menos e quem não pode não deve pagar nada”.
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
O art. 145 da CF dispõe em seu § 1º:
“§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter
pessoal e serão graduados segundo a capacidade
econômica do contribuinte, facultado à administração
tributária, especialmente para conferir efetividade a
esses objetivos, identificar, respeitados os direitos
individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.”
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
A legislação tributária deve procurar medir a
capacidade contributiva de cada particular para
graduar sua tributação de forma mais justa.
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
Com o imposto de renda (IR), este princípio é
relativamente fácil de ser aplicado.
As pessoas jurídicas são tributadas pelo lucro
(definido pelo art. 44 do CTN) e as pessoas físicas
pela renda líquida, ou seja, o resultado da soma dos
rendimentos tributáveis menos as deduções
permitidas por lei (art. 10 do RIR/90).
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
No imposto de renda (IR), a renda líquida é
tributada por alíquotas progressivas, fixadas em
tabela autorizada em lei.
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
Já os tributos indiretos (ICMS, PIS, Cofins e IPI),
que são transferidos para o preço, a carga tributária
recai sobre o consumidor sem qualquer graduação
da sua capacidade contributiva.
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
8
Por exemplo: na compra de uma cerveja, produto
que tem uma alta carga tributária, o consumidor a
suporta com o mesmo peso, quer ele ganhe um,
dez ou 20 salários mínimos.
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
No caso das pessoas físicas, a legislação do IRPF
para graduar o imposto de forma a atender esse
princípio utiliza a tabela progressiva, que
estabelece uma faixa de renda isenta e tributa
gradual e progressivamente com alíquotas mais
elevadas as faixas de renda superiores ao limite de
isenção.
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
Esse princípio vem consagrado na Constituição
Federal, em dois artigos distintos, que dispõe
sobre o ICMS e o IPI, respectivamente.
Estes dispositivos constitucionais conferem
expressamente ao sujeito passivo o direito de
abatimento do imposto pago na operação anterior.
PRINCIPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE
Art. 155, § 2º, I e II:
“§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao
seguinte:
I – será não cumulativo, compensando-se o que for
devido em cada operação relativa à circulação de
mercadorias ou prestação de serviços com o
montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou
outro Estado ou pelo Distrito Federal;”
PRINCIPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE
“Art. 153:
(...)
§ 3º O imposto previsto no inciso IV:
(...)
II – será não cumulativo, compreendendo-se o
que for devido em cada operação com o
montante cobrado nas anteriores;”
PRINCIPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE
A não cumulatividade leva em conta as operações
ou as prestações realizadas num período de
tempo. Sendo os débitos pelas saídas superiores
ao créditos pelas entradas, há imposto a recolher.
PRINCIPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE
9
Se os créditos forem maiores que os débitos, não
há a pagar, e os créditos são transferidos para o
próximo período de apuração.
PRINCIPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE
O ICMS e o IPI são impostos sobre valor
agregado, ou seja, incidem sobre a parcela
acrescida que se verifica entre duas operações em
sequência, alcançando o novo contribuinte na justa
proporção do valor que ele adicionou ao bem.
PRINCIPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE
A lei deve apenas operacionalizar o sistema de
escrituração e a forma de implementação do
princípio.
PRINCIPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE
A não cumulatividade independe de edição de
qualquer lei complementar para irradiar seus
efeitos, uma vez que é princípio constitucional de
eficácia e aplicabilidade imediata.
PRINCIPIO DA NÃO CUMULATIVIDADE
Em relação à apuração dos créditos do ICMS e do
IPI, a ocorrência de isenção ou não incidência na
saída do produto acarretará a anulação do crédito
relativo às operações anteriores, exceto nos casos
expressamente previstos em lei.
RESTRIÇÕES AO PRINCIPIO DA NÃO 
CUMULATIVIDADE
Em relação à apuração dos créditos do ICMS e do
IPI, a ocorrência de isenção ou não incidência na
saída do produto acarretará a anulação do crédito
relativo às operações anteriores, exceto nos casos
expressamente previstos em lei.
RESTRIÇÕES AO PRINCIPIO DA NÃO 
CUMULATIVIDADE
10
A não cumulatividade da Cofins é relativa e foi
instituída pela Emenda Constitucional nº 42/2003,
que acrescentou o § 12º ao art. 195, que passou a
dispor:
“Art. 195.
(...)
§ 12. A lei definirá os setores de atividade
econômica para os quais as contribuições
incidentes na forma dos incisos I, b e IV do caput
serão não cumulativos.”
A NÃO CUMULATIVIDADE DA COFINS
No entanto, o referido princípio surge, neste
dispositivo, de forma maculada, uma vez que não
é estabelecido como obrigatório, posto que permite
que a lei escolha os setores que ficam obrigados
ao sistema não cumulativo.
A NÃO CUMULATIVIDADE DA COFINS
Entretanto, permite a lei dispor sobre a
possibilidade de opção do contribuinte em razão
do regime de tributação adotado, de ser tributado
pelo sistema não cumulativo, com alíquota de
7,6%, ou permanecer no sistema anterior,
cumulativo, se optar pelo Lucro Presumido, caso
em que a alíquota será de apenas 3%.
A NÃO CUMULATIVIDADE DA COFINS
Os tributos, em geral, são utilizados como
instrumento de fiscalidade e servem, basicamente,
para arrecadar recursos financeiros para os cofres
públicos.
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
Ao ente federativo competente para instituir e
cobrar o tributo, pode reduzí-lo para atender a
outros objetivos de sua política econômica e
social.
Denomina-se esse uso diferenciado de tributo de
extrafiscalidade.
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
No caso do IPI e do ICMS, estes deve ser
necessariamente instrumentos de extrafiscalidade,
graduados de forma seletiva em função da
essencialidade do produto ou da mercadoria e
serviços.
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
11
Quanto mais supérfluos forem os produtos tanto
maior será a alíquota que sobre eles incidirá e, ao
contrário, se de primeira necessidade, as alíquotas
devem ser abrandadas ou, dependendo do caso,
até zeradas.
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
Mercadorias e produtos essenciais, tais como os
componentes de cesta básica de alimentação,
devem ser menos tributados que produtos que a
lei considera supérfluos ou até nocivos para a
saúde, como bebidas e cigarros, por exemplo.
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
O IPI, na prática, vem atendendo melhor ao
princípio da seletividade do que o ICMS.
Pode e deve ser também utilizado com finalidade
extrafiscal na tutela do meio ambiente.
SELETIVIDADE DO IPI 
E TUTELA DO MEIO AMBIENTE
A seletividade do IPI está normalmente associada à
idéia de atendimento às necessidades individuais,
tais como alimentação, vestuário, medicamento e
habitação, mas o princípio tem, além desses
propósitos, extensão mais ampla, destacando-se
sua importância como instrumento de tutela do
“direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado”.
SELETIVIDADE DO IPI 
E TUTELA DO MEIO AMBIENTE
Produtos industriais afinados com a proteção do
meio ambiente – equipamentos, máquinas, bens de
consumo – devem ser tributados minimamente, ou
mesmo, não tributados pelo IPI.
SELETIVIDADE DO IPI 
E TUTELA DO MEIOAMBIENTE
É o caso de colocar a salvaguarda da seletividade
aos produtos que poderíamos denominar
ecologicamente corretos, com os fabricados com
matérias-primas biodegradáveis, os que não
ofereçam riscos à camada de ozônio ou que
resultem da reciclagem responsável de resíduos
industriais, dejetos e semelhantes.
SELETIVIDADE DO IPI 
E TUTELA DO MEIO AMBIENTE
12
A Emenda Constitucional (EC) nº 42/2003
acrescentou o inciso IV ao § 3º do art. 153 da CF,
dispondo:
“IV – terá reduzido seu impacto sobre a aquisição
de bens de capital pelo contribuinte na forma
da lei.”
SELETIVIDADE DO IPI 
E BENS DE CAPITAL
Este é um exemplo típico do uso da extrafiscalidade
para incentivar o aumento da competitividade das
empresas brasileiras mediante aquisição de bens
de capital de tecnologia mais avançada.
SELETIVIDADE DO IPI 
E BENS DE CAPITAL
São classificados como bens de capital as
máquinas e os equipamentos utilizados na
produção e controle da qualidade dos produtos
industrializados.
SELETIVIDADE DO IPI 
E BENS DE CAPITAL

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