Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MONITORIA PHM II 2020/2 REGIÃO ORAL CAVIDADE ORAL A cavidade oral consiste em duas partes: o vestíbulo da boca e a cavidade própria da boca; O vestíbulo da boca comunica-se com o exterior através da boca, é o espaço entre os dentes e as bochechas; A abertura oral (rima da boca) é controlada pelos músculos periorais, como o orbicular da boca (esfíncter), o bucinador, risório e os depressores e elevadores dos lábios; A cavidade própria da boca é o espaço entre os arcos dentais: maxilar e mandibular; PAREDES DA BOCA ANTERIOR: São os lábios, em número de dois, sendo um superior e outro inferior. Eles são cobertos externamente por pele e internamente por mucosas e funcionam como as válvulas para da rima da boca. LÁBIO SUPERIOR Vascularização: Suprido por ramos labiais superiores das artérias facial e infraorbital (a. labial superior) Inervação: Pelos nervos infra-orbitais dos ramos labiais superiores. Drenagem: A linfa do lábio superior e das partes laterais do lábio inferior segue principalmente para os linfonodos submandibulares. (v. labial superior). LÁBIO INFERIOR Vascularização: Suprido por ramos labiais inferiores das artérias facial e mentual. (a. labial inferior) Inervação: Pelos nervos mentuais dos ramos labiais inferiores. Drenagem: A linfa da parte medial do lábio inferior segue inicialmente para os linfonodos submentuais (v. labial inferior). INERVAÇÃO SENSITIVA: Nervos Infraorbitais superior e Nervos Mentuais inferiores. INERVAÇÃO MOTORA: Ramos bucais do Nervo Facial MONITORIA PHM II 2020/2 LATERAL: Limitadas acima pela órbita, abaixo pela mandibula, anteriormente pela pelos sulcos nasogenianos e labiogeniano, as bochechas ocupam a maior parte da face e são as paredes laterais da boca. As bochechas são supridas por ramos bucais da artéria maxilar e inervadas por ramos bucais do nervo mandibular; Músculo bucinador esfíncter da boca; SUPERIOR O palato (palato duro e palato mole) forma o teto da cavidade oral (“céu-da-boca”) e separa as cavidades oral e nasal. PALATO MOLE Possui um processo cônico, a úvula (musculo da úvula com função de impedir que o alimento vá para a nasofaringe –nariz). É fortalecido pela aponeurose palatina, formada pelo tendão expandido do músculo tensor do véu palatino. Inervação: nervo palatino maior, menor e nasopalatino; Tonsila palatina é delimitada pelas pregas palatoglosso (anterior) e palatofaríngeo (posterior). Vascularização: artéria palatina maior e menor (ramos da a. maxilar) e plexo venoso pterigoideo; Sustentação: parte muscular, reforçada pela aponeurose palatina do musculo tensor do véu palatino; PALATO DURO O palato duro esta delimitado anterior e lateralmente pelo arco alveolar da maxila e é continuo posteriormente com o palato mole. O forame palatino maior perfura a margem lateral do palato ósseo: os vasos e nervos palatinos maiores emergem desse forame e seguem anteriormente sobre o palato. Inervação e vascularização: o Nervos nasopalatinos (forame incisivo); o Nervos e vasos palatinos maiores (forame palatino maior); o Nervo e vaso palatino menores (forame palatino menor); INFERIOR É formada pela língua e região sub-lingual, cujo assoalho é formado pelo músculo milo-hióideo. A região sub-lingual é o espaço compreendido entre as gengivas e a base da língua. Triangular, com o vértice apontando para os incisivos inferiores, está região apresenta: o O frênulo da língua ou filete mucoso médio. o De cada de sua extremidade posterior, um tubérculo correspondente ao orifício do conduto de Wharton (condutos excretores da glândula sub-lingual). LÍNGUA A mucosa na parte anterior da língua é rugosa devido a presença de muitas pequenas papilas linguais: Papilas circunvaladas, folhadas, filiformes, fungiformes. Elas possuem receptores gustativos nos calículos (botões) gustativos; É dividida em ápice, bordas, dorso, superfícies inferiores e raiz (posterior). Os nódulos linfoides são conhecidos como tonsila lingual. MONITORIA PHM II 2020/2 Músculos da língua: 1. Extrínsecos: genioglosso, estiloglosso e palatoglosso (mobilidade). 2. Intrínsecos: longitudinais superior e inferior, transverso e vertical (modificam a língua). Inervação: todos os músculos, exceto o palatoglosso, recebem inervação motora do nervo hipoglosso (XII par craniano). o A sensibilidade geral (tato e temperatura) é suprida pelo nervo lingual. o Palatoglosso é inervado pelo plexo faríngeo. Vascularização: as artérias da língua são derivadas da artéria lingual, que se origina na artéria carótida externa. As artérias dorsais da língua suprem a parte posterior (raiz) e as artérias profundas suprem a parte anterior (corpo). As veias dorsais, que acompanham a artéria lingual, e profundas drenam para a veia sublingual; GENGIVAS As gengivas bucais, que consiste nos dentes molares mandibulares são inervadas pelo nervo bucal do ramo do nervo mandibular; As linguais, que são todos os dentes mandibulares são inervados pelo nervo lingual. Gengivas palatinas: recobre os dentes pré molares e molares maxilares. Inervados pelo nervo palatino maior e os incisivos pelos nervos nasopalatino e alveolares posterior, anterior e médio. DENTES Funções: cortar, reduzir e misturar alimentos com a saliva durante a mastigação; ajudar a se sustentarem nos alvéolos dentais, auxiliando o desenvolvimento e a proteção dos tecidos que os sustentam; participar da articulação; Um dente decíduo é primário e um permanente é o secundário. Vascularização: as artérias alveolares superiores e inferiores, ramos da artéria maxilar, suprem os dentes maxilares e mandibulares. Veias alveolares; Inervação: nervos alveolares superior e inferior dão origem aos plexos dentais que suprem os dentes maxilares e mandibulares. O nervo lingual está intimamente relacionado a face medial dos terceiros molares; NERVO TRIGÊMIO: Sensibilidade geral nos 2/3 anteriores da língua. NERVO FACIAL: Sensibilidade gustativa nos 2/3 anteriores da língua. NERVO GLOSSOFARÍNGEO: Sensibilidade geral e gustativa do 1/3 posterior da língua. NERVO HIPOGLOSSO: Motricidade. MONITORIA PHM II- 2020/2 GLÂNDULAS SALIVARES São as glândulas parótidas, submandibulares e sublinguais. O líquido visco transparente, insípido e inodoro (saliva) é secretado por essas glândulas. o Mantém a túnica da boca úmida. o Lubrifica o alimento durante a mastigação. o Inicia a digestão de amidos o Prevenção de cáries. Glândulas Salivares Acessórias (pequenas) são: o Palatinas o Labiais o Bucais o Linguais o Molares PARÓTIDA Localizam-se: Lateralmente à face, anteroinferior ao pavilhão auricular e posterior ao músculo masseter Atravessam a glândula: Nervo Facial, Artéria Carótida Externa e Veia Retro-mandibular. Estrutura: o Porção secretora: corpo o Porção excretora: Ducto parótidico (cruza o músculo Masseter e perfura o Bucinador). o Papila parótidica Vascularização: Artéria Temporal superficial (carótida externa), e Veia retromandibular (V. temporal superficial + Maxilar). Drenagem: linfonodos cervicais superficiais e profundos Inervação: o Sensitiva: Nervo Auricolotemporal e Nervo Auricular magno o Parassimpática: Nervo Glossofaríngeo o Simpática: Plexo Carotídeo Externo SUBMANDIBULARES Localizam-se: medialmente ao corpo da mandíbula, e é relacionada com o músculo Milohióideo. Função secretar saliva tipo mista. Estrutura: o Porção secretora: corpo (inferior ao mús. Milohióideo) e processo profundo. o Porção excretora: ducto submandibular (Nervo lingual cruza inferiormente). o Papila sublingual. Vascularização: Artéria Submental (ramo da facial), veia submental. Drenagem: linfonodos cervicais profundos. Inervação:parassimpática (nervo lingual) e simpática (plexo carotídeo externo) SUBLINGUAL Localizam-se na porção anterior da região sublingual e superiormente ao músculo Milohióideo. Secreta saliva do tipo mucosa. Estrutura: o Porção secretora: corpo o Porção excretora: ductos sublinguais menores e maiores. Vascularização: artéria Sublingual e artéria submental, veia sublingual e veia submental Drenagem: linfonodos cervicais profundos. Inervação: Parassimpática (nervo lingual) e simpática (plexo carotídeo externo). MONITORIA PHM II- 2020/2 CAVIDADE NASAL O Nariz é a parte do sistema respiratório situado acima do palato duro, contendo o órgão periférico do olfato. Inclui a parte externa do nariz + cavidade nasal (dividida em direita e esquerda pelo Septo nasal) Funções: Olfato, respiração, filtração de poeira, umidificação do ar inspirados, recepção e eliminação de secreções dos Seios paranasais e dos Ductos lacrimonasais. NARIZ EXTERNO O dorso do nariz estende-se da raiz até o ápice do nariz. A face inferior do nariz é perfurada por 2 aberturas – as narinas (são limitadas lateralmente pelas asas do nariz). O esqueleto do nariz é formado por: Osso + Cartilagem Hialina Parte óssea: Ossos nasais + Processos frontais das maxilas + Parte nasal do frontal + Espinha nasal + Partes do septo nasal. Parte cartilagínea (ínfero-anterior): 2 cartilagens laterais + 2 cartilagens alares (maiores e menores) + 1 cartilagem do septo. SEPTO NASAL Divide a câmara do nariz em 2 cavidades nasais. Os componentes dele são: Lâmina perpendicular do etmoide + Vômer + Cartilagem do septo nasal Lâmina perpendicular do etmoide forma a parte superior do septo nasal, desce a partir da lâmina cribriforme e continua superiormente a essa lâmina como a Crista etmoidal O vômer forma a parte posteroinferior do septo, com algumas contribuições das cristas nasais + maxila + palatino. MONITORIA PHM II- 2020/2 NARIZ INTERNO OU CAVIDADE NASAL É o espaço compreendido entre as narinas (anteriormente) e as coanas (posteriormente). Divisão da cavidade: o Vestíbulo nasal o Região olfatória o Região respiratória É revestida por Túnica mucosa (com exceção do vestíbulo nasal, que é revestido por pele). Relações da cavidade o Superior: Seio Frontal, Fossa craniana anterior e Seio esfenoidal. o Inferior: Cavidade Oral o Lateral: órbita, Seio etmoidal e Seio maxilar o Posterior: Nasofaringe LIMITES DA CAVIDADE: Teto: o Frontonasal (Frontal + Nasal). o Etmoidal o Esfenoidal Parede medial (septo nasal) o Cartilagem do septo o Etmoide o Vômer o Coluna Assoalho o Processo palatino da maxila o Lâmina horizontal do palatino Parede lateral o Nasal o Maxila o Lacrimal o Etmoide e esfenoide o Concha nasal inferior o Palatino VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO VASCULARIZAÇÃO ARTERIAL O suprimento arterial das paredes medial e lateral da cavidade nasal provém de cinco fontes: 1. Artéria etmoidal anterior 2. Artéria etmoidal posterior; 3. Artéria esfenopalatina; 4. Artéria palatina maior; 5. Ramo septal da artéria labial superior; Nariz externo: Artéria Facial (a. carótida externa). Artéria infra-orbital (artéria maxilar) Artéria nasal dorsal (a. oftálmica). Nariz interno: Artéria etmoidal anterior e posterior (a. oftálmica) Artéria esfenopalatina e palatina maior (a. maxilar) Ramo septal da artéria labial superior (a. facial) VENOSO: Nariz externo: Veia facial e veia oftálmica (v. jugular interna) Nariz interno: Veia esfenopalatina, plexo pterigoide, veia facial, veia infraorbitária, veias oftálmicas (veio jugular interna) MONITORIA PHM II- 2020/2 INERVAÇÃO A inervação póstero- inferior da mucosa nasal provem do nervo maxilar, através do nervo nasopalatino até o septo nasal. A inervação da parte antero-superior provém do nervo oftálmico, através dos nervos etmoidais anterior e posterior; Os nervos olfatórios originam-se de células no epitélio olfatório na parte superior das paredes lateral e septal da cavidade nasal. Os processos centrais dessa célula (que formam o nervo olfatório) atravessam a lâmina cribriforme e terminam no bulbo olfatório. DRENAGEM LINFÁTICA Linfonodos submandibulares do pescoço Linfonodos cervicais profundos SEIOS PARANASAIS São extensões, cheias de ar, da parte respiratória da cavidade nasal para os seguintes ossos do crânio: frontal, etmoide, esfenoide e maxilar. Grupo anterior: seio frontal, seio maxilar e células anteriores e médias do seio etmoidal (meato médio). Grupo posterior: seio esfenoidal e células posteriores do seio etmoidal (meato superior). SEIOS FRONTAIS Localiza-se posterior aos arcos superciliares e raiz do nariz. Drena através do Ducto Frontonasal para o Infundíbulo etmoidal que se abre no Hiato semilunar do meato nasal médio. São inervados por ramos dos nervos supra-orbitais; SEIOS ETMOIDAIS Localiza-se entre a cavidade nasal e a órbita. Divide-se em cavidades: Células o Células etmoidais anteriores drenam para o Meato nasal médio através do Infundíbulo etmoidal o Células etmoidais médias abrem-se no Meato nasal médio e as vezes são chamadas de Células bolhosas (porque formam a Bolha etmoidal) o Células etmoidais posteriores abrem-se no Meato nasal superior SEIOS ESFENOIDAIS As artérias etmoidais posteriores e o nervo etmoidal posterior suprem os seios esfenoidais. Comunicam-se com o meato superior, drenando em direção a ele; Localiza-se no corpo do esfenoide Encontra-se dividido por um Septo ósseo Apenas lâminas finas de osso separam os seios de várias estruturas importantes: Nervos ópticos + Quiasma óptivo + Hipófise + Artérias carótidas internas + Seios carvenosos As células etmoidais posteriores invadem o esfenoide dando origem a vários seios esfenoidais que se abrem separadamente no Recesso Esfenoetmoidal SEIO MAXILAR Localiza-se na maxila Comunicam-se com o meato médio, e é drenado pelo óstio maxilar. O suprimento ocorre pela artéria do seio maxilar e a inervação pelos nervos alveolares superiores anterior, médio e posterior que são ramos do nervo maxilar. MONITORIA PHM II- 2020/2 MEATOS Meato nasal superior: abertura das células etmoidais posteriores seio esfenoidal por meio de um ou mais orifícios Meato nasal médio: anterossuperiormente, leva a abertura do infundíbulo etmoidal (comunicação com o seio frontal) Meato nasal inferior: passagem horizontal situada em posição inferolateral à concha nasal inferior (ducto lacrimonasal) Meato nasal comum: parte medial da cavidade nasal entre as conchas e o septo nasal OBS: Recesso esfenoetmoidal: situado superoposteriormente à concha nasal superior, recebe a abertura do seio esfenoidal. FARINGE É a parte expandida superior do sistema alimentar posterior às cavidades nasal e oral, que se estende inferiormente até a laringe, e é continua ao esôfago. A faringe estende-se da base do crânio até a margem inferior da cartilagem cricóidea anteriormente e a margem inferior da vértebra C6 posteriormente. MONITORIA PHM II- 2020/2 Ela é dividida em três partes: Parte nasal da faringe: posterior ao nariz e superior ao plano mole; Parte oral da faringe: posterior à boca; Parte laríngea da faringe: posterior à faringe; PARTE NASAL DA FARINGE (NASOFARINGE) Tem como função respiratória, e situa-se posteriormente ao palato mole e é a extensão posterior das cavidades nasais; O nariz abre-se para a parte nasal da faringe através de dois cóanos (aberturas pares entre a cavidade nasal e a parte nasal da faringe). O teto e a parede posterior da parte nasal da faringe formam uma superfície contínua situada abaixo do corpodo osso esfenoide e da parte basilar do osso occipital; O tecido linfoide abundante na faringe é agregado em algumas regiões para formar massas denominadas de tonsilas. A tonsila faríngea (adenoide quando aumentada) está situada na mucosa do teto e parede posterior da parte nasal da faringe; Prega salpingofaríngea: cobre o músculo salpingofaríngeo, que abre o óstio faríngeo da tuba auditiva durante a deglutição; A coleção de tecido linfoide na submucosa da faringe perto do óstio faríngeo da tuba auditiva é a tonsila tubária; Posteriormente ao toro tubário e à prega salpingofaríngea há uma projeção lateral da faringe , semelhante a uma fenda, o recesso faríngeo, que se estende lateral e posteriormente; PARTE ORAL DA FARINGE (OROFARINGE) Possui função digestiva, e é limitada pelo palato mole superiormente, pela base da língua inferiormente e pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo lateralmente; As tonsilas palatinas são coleções de tecido linfoide de cada lado da parte oral da faringe no espaço entre os arcos palatinos. A tonsila não ocupa toda a fossa tonsilar entre os arcos palatoglosso e palatofaríngeo em adultos. O leito tonsilar, no qual está situada a tonsila palatina, está entre esses arcos. O leito tonsilar é formado pelo constritor superior da faringe e pela lâmina fibrosa fina da fáscia faringobasilar; PARTE LARÍNGEA DA FARINGE (HIPOFARINGE) Situa-se posterior à laringe, estendendo-se da margem superior da epiglote e das pregas faringoepiglóticas até a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde se estreita e torna-se continua com o esôfago; Suas paredes posterior e lateral são formadas pelos músculos constritores médio e inferior, Internamente, a parede é formada pelos músculos palatofaríngeo e estilofaringeo. A parte laríngea da faringe comunica-se com a laringe através do ádito da laringe na sua parede anterior; O recesso piriforme é uma pequena depressão da parte laringea da faringe da cada lado do ádito da laringe. E é separado do ádito da laringe pela prega ariepiglótica. Lateralmente, o recesso piriforme é limitado pelas faces mediais da cartilagem tireóidea e pela membrana tireo-hióidea; MÚSCULOS MONITORIA PHM II- 2020/2 VASOS DA FARINGE Um ramo da artéria facial, a artéria tonsilar atravessa o músculo constritor superior e entra no polo inferior da tonsila. Essa também recebe brotos arteriais das artérias palatinas ascendente, lingual, palatina descendente e faríngea ascendente; A grande veia palatina externa (veia paratonsilar) desce do palato mole e passa perto da superfície lateral da tonsila antes de entrar no plexo venoso faríngeo; As tonsilas palatinas, linguais e faríngeas formam o anel linfático da faringe (de Waldeyer); NERVOS FARÍNGEOS A inervação da faringe (motora e maior parte da sensitiva) deriva do plexo nervoso faríngeo, que são derivadas do nervo vago. Suprem todos os músculos da faringe e do palato mole, com exceção do estilofaringeo (suprido pelo nervo 9) e tensor do véu palatino (suprido pelo nervo 5). A inervação sensitiva da mucosa da parte nasal da faringe anterior e superior provem do nervo maxilar; MONITORIA PHM II- 2020/2 LARINGE A laringe é o complexo órgão responsável pela voz e pela proteção das vias áreas, principalmente durante a deglutição. É formada por nove cartilagens unidas por membranas e ligamentos contendo as pregas vocais. Ela está situada na região anterior do pescoço no nível dos corpos das vértebras C3-C6. Une a parte inferior da faringe (parte laringea da faringe) à traqueia. ESQUELETO DA LARINGE Consiste em 9 cartilagens: três impares (tireóidea, cricóidea e epiglótica) e três pares (aritenóidea, corniculada e cuneiforme). A cartilagem tireóidea é a maior das cartilagens, e suas lâminas fundem-se para formar a proeminência laríngea (pomo de adão). MONITORIA PHM II- 2020/2 O corno superior fixam-se ao hioide pela membrana tireo-hioidea. A parte mediana espessa dessa membrana é o ligamento tireo-hioideo mediano; Os cornos inferiores articulam-se com as superfícies laterais da cartilagem cricóidea nas articulações cricotireóideas. Os principais movimentos nessa articulação são rotação e deslizamento da cartilagem tireóidea, que resultam em mudanças no comprimento das pregas vocais; A cartilagem cricóidea tem o formato de um anel de sinete com sua faixa voltada anteriormente. Essa abertura anular da cartilagem permite a passagem de um dedo médio. A parte posterior (sinete) da cricóidea é a lâmina, e a parte (faixa) anterior é o arco. o É menor que a cartilagem tireóidea, porém mais forte e espessa, e é o único anel de cartilagem completo a circundar qualquer parte da via área; o Fixa-se a margem inferior da cartilagem tireóidea pelo ligamento cricotireóideo mediano e ao primeiro anel traqueal pelo ligamento cricotraqueal; As cartilagens aritenóideas são cartilagens piramidais pares, com três lados que se articulam com as partes laterais da margem superior da lâmina da cartilagem cricóidea. Cada cartilagem possui um ápice superiormente, um processo vocal anteriormente e um grande processo muscular que se projeta lateralmente a partir da sua base; o O ápice possui a cartilagem coniculada e fixa-se a prega ariepiglótica; o O processo vocal permite a fixação posterior do ligamento vocal; o O processo muscular serve como alavanca à qual estão fixados os músculos cricoaritenóides posterior e lateral; MONITORIA PHM II- 2020/2 Os ligamentos vocais elásticos estendem-se da junção das lâminas da cartilagem tireóidea anterior até o processo vocal da cartilagem aritenóidea posteriormente. A cartilagem epiglótica, formada por cartilagem elástica, confere flexibilidade à epiglote, uma cartilagem em forma de coração coberta por mucosa. Situada posterior à raiz da língua e ao hióide, e anterior ao àdito da laringe. O ligamento hioepiglótico fixa a superfície anterior da cartilagem epiglótica ao hióide; As cartilagens corniculadas e cuneiformes apresentam-se como pequenos nódulos na parte posterior das pregas ariepiglóticas. As cartilagens corniculadas fixam-se aos ápices das cartilagens aritenóideas; as cartilagens cuneiformes não se fixam diretamente a outras cartilagens. INTERIOR DA LARINGE A cavidade da laringe estende-se do ádito da laringe, através do qual se comunica com a parte laríngea da faringe, até a margem inferior da cartilagem cricóidea. Aqui a cavidade da laringe é continua com a cavidade da traqueia. A cavidade da laringe inclui: o Vestíbulo da laringe: entre o ádito da laringe e as pregas vestibulares. o Parte média da cavidade da laringe: a cavidade central (via área) entra as pregas vestibulares e vocais; o Ventrículo da laringe: entre as pregas vestibulares e vocais. O sáculo da laringe é uma bolsa cega que se abre para cada ventrículo revestido por glândulas mucosas; o Cavidade infraglótica: a cavidade inferior da laringe entre as pregas vocais e a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde é continua com a luz da traquéia; As pregas vocais controlam a produção de som. O ápice de cada prega cuneiforme projeta-se medialmente para a cavidade da laringe. Cada prega vocal contem: o Ligamento vocal: formado por tecido elástico espesso que é a margem livre medial do cone elástico; o Músculo vocal: formado por fibras musculares muito finas; As pregas são a origem do som que provem da laringe. Elas produzem vibrações audíveis quando suas margens livres estão intimamente apostas durante a fonação, e o ar é expirado forçadamente de forma intermitente. Também servem como o principal esfíncter inspiratório da laringe quando são firmemente fechadas; MONITORIA PHM II- 2020/2 A glote (o aparelho vocal dalaringe) forma as pregas e os processos vocais, juntamente com a rima da glote, a abertura entre as pregas vocais; o A variação na tensão e no comprimento das pregas vocais, na largura da rima da glote e na intensidade do esforço expiratório produz alteração na altura da voz. o As pregas vestibulares (cordas vocais falsas), que se estendem entre a tireóide e as cartilagens aritenóideas tem pequeno ou nenhum papel na produção da voz, mas sim função protetora. MÚSCULOS DA LARINGE Músculos extrínsecos: movimentam a laringe como um todo; o Músculos infra-hiódeos são depressores do hióide e da laringe. o Músculos supra-hiódeos e o estilofaringeo são elevadores da faringe e do hióide; Músculos intrínsecos: movem as partes da laringe, alterando o comprimento e a tensão das pregas vocais e o tamanho e formato da rima da glote; o Todos são supridos pelo nervo laríngeo recorrente, um ramo do NCX. EXCETO: cricotireóideo é suprido pelo nervo laríngeo externo. 1. Adutores e abdutores: movimentam as pregas vocais para abrir ou fechar a rima da glote; o Adutores: m. cricoaritenóideos laterais, m aritenóideos transverso e obliquo; o Abdutores: m. cricoaritenóideos posteriores; 2. Esfíncteres: as ações combinadas da maioria dos músculos do ádito da laringe resultam em uma ação esfincteriana que fecha o ádito da laringe como um mecanismo de proteção durante a deglutição. o M. cricoaritenóideos laterais, aritenóideos transversos e oblíquos; 3. Tensores: os músculos cricotireóideo, que inclinam ou tracionam a proeminência laríngea ou ângulo da cartilagem tireóidea anterior e inferiormente em direção ao arco da cartilagem cricóidea; 4. Relaxadores: músculos tireoaritenóideos que tracionam as cartilagens aritenóideas, os músculos vocais; VASCULARIZAÇÃO Artérias da laringe: as artérias laríngeas, ramos das artérias tireóideas superior e inferior, suprem a laringe. A artéria laríngea superior supre a face interna da laringe, a artéria cricotireóidea supre o músculo cricotireóideo. A artéria laríngea inferior supre a mucosa e os músculos na parte inferior da laringe; Veias da laringe: veia laríngea superior se une a veia tireóidea superior e através dela drena para VJI (veia jugular interna). A veia laríngea inferior une-se a veia tireóidea inferior ou ao plexo venoso que drena para a veia braquiocefálica esquerda; MONITORIA PHM II- 2020/2 Vasos linfáticos da laringe: os vasos linfáticos laríngeos superiores às prega vocais acompanham a artéria laríngea superior através da membrana tireo-hióidea e drenam para os linfonodos cervicais profundos superiores. Os vasos linfáticos inferiores às pregas vocais drenam para os linfonodos pré-traqueais ou paratraqueais, que drenam para os linfonodos cervicais profundos inferiores. Nervos: são os ramos laríngeos superiores e recorrente dos nervos vagos (NC X).
Compartilhar