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Tutela provisória

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Tutela provisória, de urgência e de evidencia
De acordo com o artigo 294 do CPC, a tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidencia. O seu parágrafo único fala que, a tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Tutelas provisórias, são o seu gênero.
CONCEITO – não e uma tutela definitiva, pois e fundada em cognição sumaria ou superficial (enquadra as tutelas provisórias), ou seja, o processo ainda não está maduro e diz respeito ao tanto de provas que ele apresenta no qual há um juízo de probabilidade. E disciplinada em lei infra legal, mas tem fundamento na CF. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
OBS: a cognição exauriente diz respeito ao processo maduro que pode continuar até ser julgado, ademais, gera um juízo de certeza no qual o juiz decide com base no que está no processo.
As tutelas provisórias servem para garantir a definitividade da tutela jurisdicional, ou seja, adiantar o possível resultado final do processo para o início ou meio dele para resguardar um direito, respeitando os critérios estabelecidos na lei. E necessária no processo uma situação que possa gerar prejuízo à parte e a redistribuição do ônus do processo (prova forte que o autor ganhara a ação e não suportara seu ônus sozinho) para ter uma tutela provisória. 
Características das tutelas provisórias:
1. Art.296, do CPC: A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada ou modificada.
Parágrafo único. Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o período de suspensão do processo.
Diz respeito a eficácia e a provisoriedade. Enquanto o processo estiver tramitando, a tutela provisória mantem a sua eficácia. Se houve a estipulação de uma tutela provisória antes da suspensão do processo, ela permanece com seus efeitos durante a suspensão do processo a não ser que haja decisão expressa do juiz ao contrário (tem que falar que suspende o processo e os efeitos de tutela provisória). 
Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu convencimento de modo claro e preciso. 
Nesse caso do art.298, podem ser modificadas, ou revogadas de oficio pelo juiz a qualquer momento, só que e necessária que essa revogação tenha como base novos elementos, fatos e provas para o processo, ou seja, tem que ter algo novo que justifique a revogação ou modificação. Além disso, o juiz tem que mostrar na sua decisão a fundamentação que fizeram com que ele modificasse a tutela.
Tutela provisória: urgência: periculum in mora (antecedente ou incidental), pode ser cautelar ou antecipada.
Evidencia: independe do periculum in mora. 
Tutela de urgência = binômio perigo de dano e aparência de direito.
A tutela provisória tem em comum a meta de combater os riscos de injustiça ou de dano, derivados da espera, sempre longa, pelo desate final do conflito submetido a solução judicial.
Medidas de urgência: são as cautelares (conservativas) e antecipatórias (satisfativas), todas voltadas para combater o perigo de dano, que possa advir do tempo necessário para cumprimento de todas as etapas do devido processo legal. 
A essas tutelas de urgência, agregou-se, mais modernamente, a tutela de evidencia, que tem como objetivo não propriamente afastar o risco de um dano econômico ou jurídico, mas, sim, o de combater a injustiça suportada pela parte que, mesmo tendo a evidencia de seu direito material, se vê sujeita a privar-se da respectiva usufruição, diante da resistência abusiva do adversário. 
Tutela sumaria de evidencia: favorece-se a parte que a evidencia tem o direito material a favor de sua pretensão, deferindo-lhe tutela satisfativa imediata, e imputando o ônus de aguardar os efeitos definitivos da tutela jurisdicional aquele que se acha em situação incerta quanto a problemática juridicidade da resistência manifestada.
Não se há, portanto, de assimilar a tutela de evidencia a uma simples modalidade de tutela de urgência.
O objetivo da tutela de evidencia está em adequar o processo a maior ou menor evidencia da posição jurídica defendida pela parte no processo, tomando a maior ou menor consistência das alegações das partes como elemento para distribuição isonômica do ônus do tempo ao longo do processo.
Prevalece, pois, nesse segmento da tutela provisória, a proteção do direito, como objetivo principal. O que se tem em mira, nessa modalidade de tutela provisória, não e afastar o perigo do dano gerado pela demora do processo, e eliminar, de imediato, a injustiça de manter insatisfeito um direito subjetivo, que, a toda evidência, existe e, assim merece a tutela do Poder Judiciário.
2) Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória.
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber.
Há o cumprimento definitivo da sentença e o cumprimento provisório da sentença. Como há uma tutela provisória, usa-se, para cumprir o comando decisório do juiz, o cumprimento provisório. Poder tutelar geral do juiz: o juiz verifica no caso concreto quais medidas são adequadas para efetivar a tutela provisória e determina a adoção delas, fazendo tudo de forma fundamentada. E um poder geral que abrange todos os tipos de tutela provisória. 
3) Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito.
E competente para analisar o pedido de tutela provisória o juízo que e competente para analisar o pedido principal. Nos processos de competência originaria dos tribunais e nos recursos, o pedido de tutela provisória será dirigido ao juízo/órgão responsável pela análise do mérito. Essa decisão cabe ao relator.
Fungibilidade das tutelas antecedentes e cautelares:
A melhor doutrina, nessa linha de pensamento, firmou-se no sentido de que, a respeito do tema, a melhor solução era mesmo a flexibilização do procedimento cautelar ou antecipatório, justificada com o irrespondível argumento de que, questões meramente formais não podem obstar a realização de valores constitucionalmente garantidos, como e o caso da garantia de efetividade da tutela jurisdicional.
O novo CPC acolheu a doutrina em questão, deixando bem claro que medidas cautelares e medidas antecipatórias são mesmo espécies de um só gênero, qual seja, a tutela de urgência.
Essa fungibilidade está prevista no Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.
Traços comuns entre a tutela de urgência e a tutela de evidência: são a sumariedade do procedimento e a provisoriedade da tutela, merecendo destaque o seguinte:
a) A sumariedade no processo civil pode adotar duas roupagens diversas: substancial ou processual.
A sumariedade substancial tem como objetivo simplificar o rito, mas sem abdicar da finalidade de compor o mérito definitivamente. E o que ocorre, por exemplo, em procedimentos especiais comoo mandado de segurança, a ação de busca e apreensão, as ações nos juizados especiais. Embora sumário, o processo não foge da composição exauriente do litigio.
A sumariedade processual visa a simplificação do procedimento apenas para atender a uma emergência do caso concreto, sem a pretensão de dar uma solução definitiva ao litigio. A diferença entre estas sumariedades reside na coisa julgada. 
As tutelas de urgência e evidência apresentam sumariedade PROCESSUAL, embora simplifiquem o procedimento, conferido provimento imediato a parte que se acha numa situação de vantagem aparentemente tutelada pela ordem jurídica material, não tem a pretensão de decidir definitivamente o litigio. As decisões, portanto, não se revestem da autoridade da coisa julgada.
b) As tutelas de urgência e evidência, nos termos do CPC, são caracterizadas pela provisoriedade, no sentido de que não se revestem de caráter definitivo, e, ao contrário, se destinam a durar por um espaço de tempo delimitado. São remédios interinais, seguindo a técnica de cognição sumária em rito de incidente do processamento completo e definitivo da causa. Não compõem objeto do processo autônomo e exauriente.
Significa essa provisoriedade, mais precisamente, que as tutelas tem duração temporal limitada aquele período de pendencia do processo.
c) Desse regime decorrem as seguintes consequências:
· A medida será prontamente executada, nos próximos autos, (art.297, parágrafo único).
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória.
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sentença, no que couber.
· A lei não condicionou a prestação de caução, de maneira sistemática, mas ao juiz caberá impô-las se as circunstancias aconselharem tal medida, (art.300, parágrafo primeiro).
Art.300: a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo primeiro: para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
· A execução da tutela, por ser provisória, corre por conta e risco da parte que a promove, a qual respondera pelos prejuízos injustos dela resultantes, devendo a indenização ser liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível (art.302, parágrafo único).
Art. 302. Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, se:
I - a sentença lhe for desfavorável;
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível.
Momento de propor as tutelas provisórias:
Antes do pedido principal (antecedente), na petição inicial (cumulativa), no curso do processo (incidental). Obs.: Art.295, CPC: a tutela provisória requerida em caráter incidental independe do pagamento de custas. 
Classificação: Art.294, CPC: a tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência:
A. De urgência: Art.294, parágrafo único, CPC: A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental.
Pode ser requerida em caráter antecedente (antes da propositura da ação) ou incidental (no decorrer da ação). As que possuem caráter incidental não vão sofrer a preclusão temporal, ou seja, não tem prazo para serem requeridas, podendo ser requerida a qualquer tempo. Existem para proteger direitos do autor, mas também gera responsabilização.
1) Antecipada ou satisfativa: destinada a permitir a imediata realização pratica do direito alegado pelo demandante, revelando-se adequada nos casos em que se revele um perigo iminente para o próprio direito substancial (material). Antecipa os efeitos da sentença. Possui um requisito próprio: Art.300, parágrafo terceiro, CPC: A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
E um requisito negativo, pois não pode estar presente. Se o juiz verificar que a tutela que está concedendo pode ser irreversível, não irá conceder tal tutela. Ela não pode ser irreversível, pois e provisória. E necessário que possa voltar ao que estava antes de ter concebido a tutela, ou seja, e necessária que tenha reversibilidade. Essa regra de irreversibilidade não e absoluta. Logica: não pode ter efeitos definitivos.
1.1) Antecipada antecedente: Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
Não há possibilidade de se esperar todo o procedimento normal do processo pelo fato de que isso pode causar a parte autora um dano. Na Tutela Antecipada Antecedente e necessário que a parte autora exponha sua lide, seu direito e demonstre o perigo na demora, e necessário indicar o pedido da tutela final (o que quer ao final do processo), e necessário que indique o valor da causa que deve ser considerado pelo valor principal final. Esses são os requisitos.
§ 1o Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
Se o juiz deferir o pedido da Tutela Antecipada Antecedente, o autor deve complementar sua petição inicial com tudo que estava faltando e não deu tempo de colocar pelo fato da urgência no prazo de 15 dias. 
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334;
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
Se for deferida a Tutela Antecipada Antecedente, o autor tem um prazo para aditar a petição inicial. Depois de aditada, o juiz determina a citação do réu para que ele tome conhecimento e para que ele compareça na audiência de conciliação.
§ 2 Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito.
O autor tem que aditar seu pedido e se ele não fizer isso o processo e extinto sem analise do mérito. 
§ 3 O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais.
 § 4 Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final.
No aditamento da petição inicial não serão calculadas ou geradas novas custas para ou autor pelo fato de que o valor da causa foi calculado no valor do pedido final.
§ 5 O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo.
Se for fazer a Tutela Antecipada Antecedente tem que deixar claro na petição inicial, pois se não, o juiz vai achar que e uma petição inicial comum.
§ 6 Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.
Se o juiz entender que não tem como conceder a Tutela Antecipada Antecedente pelo fato de faltar algo, ela dá o prazode 5 dias para o autor emandar/complementar sua petição inicial. Se ele não emandar nesse prazo, a petição e indeferida e o processo e extinto sem analise do mérito.
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
Este artigo só trata da Tutela Antecipada Antecedente, ou seja, em caráter antecedente. A estabilização acontece se houver uma decisão em que o juiz conceda a tutela antecipada e o réu não tenha interposto o recurso cabível.
Obs.: Limites para a estabilização: não acontece a estabilização se o réu foi citado por edital ou hora certa, pois não há certeza que o réu recebeu informação de que há um processo contra ele. Também não acontece em causas que envolvam direitos indisponíveis. Também não cabe estabilização nos urgentes preparatórios contra a Fazenda Pública.
§ 1 No caso previsto no caput, o processo será extinto.
O autor pede a tutela, o juiz defere e abre prazo para que o autor adite a petição inicial. Depois de aditado, cientifica o réu e abre prazo para ele propor seu recurso. Se o réu não interpuser o recurso, estabilizam-se os efeitos da Tutela Antecipada Antecedente, o processo e extinto porque o fato não mostra interesse.
§ 2 Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.
Depois da estabilização, e possível que as partes proponham uma nova ação para rever a ação que foi concedida em caráter antecedente.
§ 3 A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão de mérito proferida na ação de que trata o § 2.
Depois de estabilizada, pode propor uma ação para rever a tutela. Enquanto essa nova ação não for julgada, não pode mudar/desconsiderar os efeitos da Tutela Antecipada Antecedente que foi estabilizada. 
§ 4 Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
Qualquer uma pode pedir o desarquivamento dos autos da Tutela Antecipada Antecedente concedida e estabilizada para usar como documentos para propor nova ação que vai rever a Tutela Antecipada Antecedente (TAA) concedida e estabilizada.
§ 5 O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2 deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1.
O prazo de dois anos e de natureza decadencial. A parte tem dois anos para propor a ação que vai rever a TAA contados a partir do dia em que foi dada ciência da extinção do processo.
§ 6 A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2 deste artigo.
Se passarem dois anos e nenhuma das partes quiser propor uma ação para rever a TAA, essa estabilidade se transforma em imutável (não e coisa julgada, porque foi dada em cognição sumaria e para ter coisa julgada e necessário que a sentença seja dada em cognição exauriente) e não pode mais, em outra ação, pedir para rever os efeitos.
Obs.: Se, depois de passados dois anos, as partes abrirem uma ação em relação a TAA que já foi estabilizada, os efeitos desta não serão afetados pela nova, pois já se imobilizou.
Momento da concessão das tutelas provisórias:
Tutelas cautelares e antecipadas:
1) Antes do pedido principal (antecedente)
2) Na petição inicial (cumulativa)
3) No curso do processo (incidental)
Tutela de evidência 
Somente na petição inicial ou no curso do processo (não existe tutela de evidência antecedente).
Requisitos:
· Requisitos das Tutelas Antecipadas e das Tutelas Cautelares
· 1) FUMUS BONI IURIS: necessária a probabilidade da existência do direito. Há elementos no processo que demonstram que o autor e o tutor do direito.
Para a tutela de urgência, não e preciso demonstrar-se cabalmente a existência do direito material em risco, mesmo porque esse, frequentemente, e litigioso e só terá sua comprovação e declaração no final do processo. Para merecer a tutela cautelar, o direito em risco há de revelar-se apenas como o interesse que justifica o direito de ação, ou seja, o direito ao processo de mérito.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1 Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
§ 3 A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.
· 2) PERICULUM IN MORA: resultante da demora no processo. O processo está tramitando faz muito tempo e essa demora pode causar algum prejuízo as partes e ao processo.
Para obtenção da tutela de urgência, a parte deverá demonstrar fundado temor de que, enquanto aguarda a tutela definitiva, venham a faltar as circunstancias de fato favoráveis a própria tutela. E isto pode ocorrer quando haja o risco de perecimento, destruição, desvio, deterioração, ou qualquer mutação das pessoas, bens ou provas necessários para a perfeita e eficaz atuação do provimento final do processo.
O perigo do dano refere-se, portanto, ao interesse processual em obter uma justa composição do litigio, seja em favor de uma ou de outra parte, o que não poderá ser alcançado caso se concretize o dano temido. Ele nasce de dados concretos, seguros, objeto de prova suficiente para autorizar o juízo de grande probabilidade em torno do risco de prejuízo grave. Pretende-se combater os riscos de injustiça ou de dano derivados da espera pela finalização do curso normal do processo. Há que se demonstrar, portanto, o perigo na demora da prestação da tutela jurisdicional. (Art.300, CPC).
Esse dano corresponde, assim, a uma alteração na situação de fato existente ao tempo do estabelecimento da controvérsia, ou seja, do surgimento da lide, que e ocorrência anterior do processo. Não impedir sua consumação comprometera a efetividade da tutela jurisdicional que faz jus o litigante.
· 3) Reversibilidade: determina o artigo 300, parágrafo terceiro, do CPC, que a tutela de urgência, de natureza antecipada, não será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. Quer a lei, destarte, que o direito ao devido processo legal, com os seus consectários do contraditório e ampla defesa, seja preservando, mesmo diante da excepcional medida antecipatória.
Ademais, e importante que a reversibilidade seja aferida dentro dos limites do processo em que a antecipação ocorre.
O PERICULUM IN MORA deve ser evitado para o autor, mas não as custa de transporta-lo para o réu. Em outros termos: o autor tem direito de obter o afastamento do perigo que ameaça seu direito. 
· Requisitos das tutelas de evidência: casuísmos do Art.311, incisos I, II, III, IV.
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos dodireito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
Tutela de evidência:
A tutela de evidência não se funda no fato da situação geradora do perigo de dano, mas no fato de a pretensão de tutela imediata se apoiar em comprovação suficiente do direito material da parte. Justifica-se pela possibilidade de aferir a liquidez e certeza do direito material, ainda que sem o caráter de definitividade, já que o debate e a instrução processuais ainda não se completaram. No estágio inicial do processo, porém, já se acham reunidos elementos de convicção suficientes para o juízo de mérito em favor de uma das partes.
A tutela de evidência não se baseia na tutela de urgência e sim na grande probabilidade de êxito do autor ou como uma punição para a conduta do réu. Artigo 311, do CPC.
Quando os requisitos da tutela de urgência estiverem comprovados pelos documentos que instruíram a petição inicial o juiz poderá conceder a liminar a luz dos próprios elementos da petição inicial;
Caso contrário, havendo necessidade de outras provas, o deferimento dependera de justificação previa (que pode ser até em audiência) e sem ouvir a parte contraria (inaudita altera a parte);
Artigo 300, do CPC;
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
Audiência de justificação prévia: ocorre quando o autor não possui provas documentais suficientes que comprovem o pedido e o juiz pede para realizar a audiência para que fique provado de forma testemunhal. Ela é promovida e quem participa é o juiz, autor e advogado do autor, sendo que o réu não participa. 
A tutela de evidência não precisa do ‘’ periculum in mora’’. Só pode ser requerida em caráter incidental, ou seja, no decorrer da ação, pois e grande a probabilidade de o autor ganhar a ação. Só cabe nas hipóteses do artigo 311, do CPC.
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
Não depende de perigo de dano e risco ao processo, pois isso e característica da de urgência.
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte;
Sempre que constatar extrema probabilidade de vencer a demanda por parte do autor e mesmo que o réu não tenha feito a sua defesa com intuito de atrasar o processo, o juiz concede a tutela de evidência. Não há caráter punitivo.
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;
Quando as alegações estiverem provadas em documentos anexados nos autos ou quando já tiver tese firmada sobre tal assunto, pode ser concedida a tutela de evidência. 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa;
A tutela de evidência permite que se for apresentado o contrato de deposito provando o pagamento e a não entrega do objeto, o juiz, por meio da tutela, decreta a entrega do objeto sob pena de multa por dia de atraso na entrega do bem que está sob sua custodia. Obs.: não e possível prisão civil do depositário infiel.
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.
Na petição inicial o autor traz uma forte prova documental que demonstra a existência de seu direito e o réu não traz nenhuma prova capaz de gerar duvida do que o autor está falando e verdade. Nesse caso, o juiz concede a tutela de evidência ao autor.
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.
Finalidade da tutela de vidência diz que ela serve para promover o ônus pela demora no processo. É evidente que o autor tem razão, sendo muito grande a probabilidade de este ganhar a ação. E possível dar parte do direito para o autor para que ele goze e, com isso, redistribua o ônus pela demora do processo a fim de que o autor e réu suportem a demora.
O regime jurídico da tutela de vidência e um instrumento para garantir o resultado final do processo; redistribuir o ônus na demora do processo; em regra deve ser reversível (a situação possa voltar ao estado quo ante); pode ser modificável ou revogada.
Medidas cautelares nominadas e inominadas:
O CPC/73 previa um elenco de ações cautelares típicas ou nominadas (arresto, sequestro, deposito, arrolamento de bens, etc.) e as inominadas decorrentes do Poder Geral de Cautela.
O novo não distingue mais. O Art.301, do CPC, prevê algumas medidas cautelares (nominadas), mas apenas exemplificativamente. Não há mais requisitos e procedimentos próprios.
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para asseguração do direito.
Caução:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1 Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
Confere a faculdade do juiz exigir caução real ou fidejussória em caso de ‘’ periculum in mora in reversum’’.
Caução de contra cautela é aplicada nos dois tipos de tutela de urgência. O juiz pode, de acordo com o caso concreto, exigi-las. Esse caução tem que ser em montante idôneo (suficiente) para garantir que a execução de medida se dê corretamente e se causar prejuízos, estes sejam cobertos pelo caução. Sua finalidade é proteger a parte contrária de um ‘’ periculum in mora in reversum’’, ou seja, protege do perigo que o demandado tem de sofrer um dano de difícil reparação como demora no processo. A caução tem que cobrir os prejuízos que o réu possa ter. essa caução pode ser dispensada se a parte que requereu a tutela de urgência não tiver condições de prestá-la financeiramente.
Os parâmetros para a fixação da caução dependem do artigo 520, do CPC, IV:
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime:
IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.
O juiz exige essa caução sempre que houver um perigo na demora que possa resultar prejuízo ao réu.
Deve-se dispensar a caução nas seguintes hipóteses: 
Art. 521. A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser dispensada nos casos em que:
I - o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem;
II - o credor demonstrar situação de necessidade;
III - pender o agravo fundado nos incisos II e III do art. 1.042;
III – pender o agravo do art. 1.042; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos.
Parágrafo único. A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação.
Tutela Cautelar Antecedente Arts.305/310:Petição inicial com os requisitos do art.305, do CPC. 
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Para formular um pedido de Tutela Cautelar Antecedente é necessário indicar a lide, seu fundamento, o direito assegurado, ter perigo de dano e risco ao resultado útil do processo. Formula esse pedido quando há urgência que não pode esperar o decorrer normal do processo.
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303.
É a fungibilidade, ou seja, o juiz, ao receber uma Tutela Cautelar Antecedente (TCA) e perceber que não cabe Tutela Cautelar Antecedente naquele caso, mas sim uma Tutela Antecipada Antecedente (TAA), ele pode substituir e seguir as regras da TAA.
O juiz poderá aplicar a fungibilidade se entender ser caso de Tutela Cautelar Antecedente – parágrafo único do art.305, do CPC.
Citação do réu para contestar em 05 dias (art.306, do CPC), sob pena de presunção de veracidade (art.307, do CPC):
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende produzir.
Se a liminar for indeferida, ou seja, se naquele momento o juiz entendeu que não estão presentes os requisitos necessários para a concessão de tutela, ele determina a citação do réu. O processo de natureza cautelar continua. Depois, de citado, tem 5 dias para indicar provas que pretende produzir. 
Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.
Parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum.
Se o réu não contestar em 5 dias, os fatos relativos À cautelar que o autor falou serão presumidos como verdadeiros. Obs.: apenas os fatos discutidos naquela cautela são presumidos como verdadeiros. Se o réu apresentar constatação e provas, mas não forem suficientes, é possível uma audiência para ouvir as partes sobre aquele procedimento da cautelar. Depois da audiência, o juiz decide se vai conceder a TCA ou não.
Após a contestação segue o procedimento comum;
O autor tem prazo de 30 dias pra formular o pedido principal dentro dos mesmo autos (poderá fazer isto também no pedido de Tutela Cautelar.);
A novidade é que o autor poderá aditar a causa de pedir independentemente de consentimento do réu;
Apresentado o pedido principal as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de medição sem necessidade de nova citação do réu.
Então: ocorrendo a petição inicial (art.305, do CPC), logo após, vem a citação do requerido (réu) para contestar em 05 dias, caso o réu não conteste em 05 dias tem-se à revelia (ai à revelia tem os seus efeitos), e a decisão será tomada em 05 dias. Caso o réu conteste no prazo, observar-se-á o procedimento comum.
Obs.: o réu tem o processo de 30 dias para formular o pedido principal nos mesmos autos (art.308, do CPC), podendo aditar a causa de pedir (parágrafo segundo do art.308). Este prazo conta-se a partir da efetivação (cumprimento) da medida cautelar e não do seu deferimento.
Feito o aditamento é designada audiência de conciliação ou de mediação e as partes são intimadas.
O prazo para contestar o pedido principal começa a partir da audiência (não há nova citação).
Caso seja indeferida a liminar, não há previsão de prazo para emendar a petição inicial. H.T.J entende que não é possível emendar e sim propor ação nova, em autos próprios (art.310, do CPC).
Somente não será possível formular o pedido principal se o indeferimento da liminar se deu por motivo de prescrição ou decadência. 
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais.
Se a liminar for deferida e efetivada, o autor tem um prazo de 30 dias para a propositura da ação principal (pois a cautelar é um instrumento para outro processo) nos mesmos autos (apenas complementando a ação que já foi proposta) e sem novas custas (pois usa as que já foram pagas no início) e para juntar novos documentos, sendo que o processo prossegue de acordo com o procedimento comum. Obs.: esse prazo de 30 dias aplica apenas nas cautelares que impliquem restrição de direitos (Ex.: arresto e sequestro de bens) e não pode ser dado para produzir novas provas. Mas, o autor também pode deixar de formular a pretensão principal, sendo que o processo é extinto e cessa a eficácia da liminar concedida.
§ 1 O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar.
§ 2 A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal.
A causa de pedir (fundamento/motivação do pedido) pode ser modificada quando propor o pedido principal.
§ 3 Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação, na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova citação do réu.
Isso ocorre porque o réu já foi citado na TCA e não é necessário nova citação, pois tudo é um mesmo processo. As partes são avisadas da audiência por meio de seu advogado.
§ 4 Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
Uma vez proposta a ação principal, as partes são chamadas em uma audiência e, a partir daí, o réu tem um prazo para contestar seguindo o rito comum do processo.
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de prescrição.
Procedimento da tutela antecipada antecedente ARTS.303/304:
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo.
§ 1 Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334;
III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.
§ 2 Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será extinto sem resolução do mérito.
§ 3 O aditamento a que se refere o inciso I do § 1 deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de novas custas processuais.
§ 4 Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final.
§ 5 O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo.
§ 6 Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, torna-se estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
§ 1 No caso previsto no caput, o processo será extinto.
§ 2 Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada estabilizada nos termos do caput.
§ 3 A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisãode mérito proferida na ação de que trata o § 2.
§ 4 Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida.
§ 5 O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2 deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1.
§ 6 A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2 deste artigo.
Obs.:
· Não havendo aditamento será extinto o processo;
· Caso o ré recorra da decisão que concedeu a TAA ocorrerá a estabilização, passível de alteração somente através de outro processo a ser ajuizado no prazo decadencial de 02 anos. 
Casos em que cessa a eficácia da Tutela Cautelar Antecedente: 
Art. 309. Cessa a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, se:
I - o autor não deduzir o pedido principal no prazo legal;
Se o autor não propuser a ação principal em 30 dias, o pedido é extinto e a medida cautelar perde a eficácia.
II - não for efetivada dentro de 30 (trinta) dias;
O juiz concedeu a tutela e se, por algum motivo, ela não pode se efetivar em 30 dias, perde a eficácia.
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de mérito.
O autor aditou sua petição inicial e propôs a ação principal, mas se o juiz indeferir a ação principal cessa a eficácia da tutela cautelar concedida anteriormente. Além disso, se o juiz extinguir o processo sem analise do mérito, também cessa a eficácia da TCA.
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento.
Se a eficácia for cessada, o autor não pode renovar o pedido da tutela cautelar. Ela só pode fazer isso se tiver novo fundamento.
 
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