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TRIBUNAL DE CONTAS - CONSTITUCIONAL II

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DIREITO CONSTITUCIONAL II
Docente: 
Discente: 
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
O QUE É:
O Tribunal de Contas da União (TCU) é instituição brasileira prevista na Constituição Federal para exercer a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e administração indireta, quanto à legalidade, à legitimidade e à economicidade e a fiscalização da aplicação das subvenções.
COMPOSIÇÃO
COMO FUNCIONA:
O Tribunal de Contas da União é composto por 9 Ministros e possui quadro de funcionários próprios, e tem sede no Distrito Federal. Os Ministros do TC são nomeados entre os brasileiros que satisfaçam as seguintes condições, requisitos trazidos pela CF/88:
a) mais de 35 anos e menos de 65 anos de idade;
b) idoneidade moral e reputação ilibada;
c) notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos/financeiros ou de Administração Pública.
A CF/88 apenas diz que se deve ter conhecimentos notáveis nessas áreas.
Sobre esse requisito, o STF já se pronunciou no sentido de que não é necessário ter diploma das áreas, basta a avaliação de notório saber feita pelo nomeante de forma subjetiva – Ação Originária nº 476 -, mais de 10 anos de exercício de funções e efetiva atividade profissional que exija esses conhecimentos. Preenchidos esses requisitos, qualquer um pode ser nomeado pelo Presidente da República como Ministro do Tribunal de Contas da União.
FUNÇÃO:
Os diversos Tribunais de Contas tem como função fundamental realizar a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos órgãos federativos e federados da Administração Pública direta e indireta, estando sujeitas a esta fiscalização as empresas públicas e sociedades de economia mista.
Entretanto, temos que observar os parâmetros que distinguem as funções do Tribunal de Contas da União e dos Tribunais de Contas dos Estados, do Tribunal de Contas do Distrito Federal e do Tribunal de Contas dos Municípios, embora exerçam funções correlatas e análogas, cada qual atuará dentro da sua competência e funções, de acordo com que orienta a legislação, conforme as palavras de Melo (2011, p. 2), a seguir:
"[…] As funções do Tribunal de Contas são expressas no Texto Constitucional, já havendo manifestação do Supremo Tribunal Federal, quanto ao tema: 'O Tribunal não é preposto do Legislativo. A função, que exerce, recebe-a diretamente da Constituição, que lhe define as atribuições" (STF – Pleno – j. 29.6.84, in RDA 158/196).
A Constituição Federal através dos artigos 71 a 75, dispõe sobre funções, forma de composição e nomeação dos Ministros do Tribunal, como também sobre as demais atividades vinculadas ao Tribunal de Contas da União.
COMPETÊNCIA:
As Constituições de cada estado disciplinam as normas pertinentes aos Tribunais de Contas respectivos, sendo vedada, a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais, após a Constituição de 1988, por força do artigo 31, § 4º da CF. […]"
Segundo o Tribunal de Contas da União a Constituição Federal de 1988, lhe conferiu o papel de auxiliar do Congresso Nacional para exercício do controle externo, estando as competências constitucionais privativas do Tribunal previstas nos seus artigos 71, 72, 73, 74 e no artigo 161, conforme descrições abaixo:
1) Apreciar as contas anuais do presidente da República, através de um parecer prévio elaborado dentro de sessenta dias, e apreciar relatórios sobre execução de planos do governo (Artºs 71, incico I e 49, inciso IX, CRFB/1988);
2) Julgar as contas dos administradores e responsáveis pelo dinheiro, bens e valores públicos (Artº 71, inciso II, CRFB/1988; Lei nº 4.320/1964; DL nº 200/1967, Lei 6.223/1975; Lei 8.443/1992 – Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União);
3) Apreciar a legalidade dos atos de admissão de pessoal e de concessão de aposentadorias, reformas e pensões civis e militares (Artº 71, inciso III, CRFB/1988);
4) Realizar inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos três poderes, por iniciativa própria ou por solicitação do Congresso Nacional.
5) Fiscalizar as contas nacionais de empresas supranacionais de cujo capital social a União tenha participação direta ou indireta (Artº 71, inciso V, CRFB/1988);
6) Fiscalizar a aplicação de recursos da União repassados a estados, ao Distrito Federal e a municípios mediante convênios, acordos ou outros instrumentos congêneres (Artº 71, inciso VI, CRFB/1988);
7) Prestar informações e atendimento ao Congresso Nacional, às suas Casas ou a quaisquer de suas Comissões sobre as fiscalizações contábeis, financeiras, orçamentárias, operacionais ou patrimoniais realizadas, cuja finalidade será aplicar sanções e determinar a correção de ilegalidades e irregularidades em atos e contratos, isto previsto nos artigos 38 e 103 da Lei nº 8.443/1992 chamada Lei Orgânica do Tribunal e nos artigos 231 a 233 do Regimento Interno do TCU, tais pedidos de informações e solicitações são apreciados em caráter de urgência pelo TCU, ademais, há no Tribunal de Contas um Comitê Técnico de Auxílio ao Congresso Nacional, cujo objetivo é aprimorar o atendimento de pedidos e solicitações;
8) Sustar a execução do ato impugnado se não atendido, comunicando à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, verificada irregularidade nas contas, o TCU assegura às partes o exercício da ampla defesa em todas as etapas de apreciação e julgamento dos processos, matéria disciplinada pela Resolução nº 36/1995 do TCU e o artigo 202 do Regimento Interno do TCU admite se constatada irregularidade, havendo débito, o Tribunal ou o Relator ordenará a citação do responsável para apresentar defesa ou recolher a quantia devida aos cofres públicos, caso não hajam débitos, determinará uma audiência do responsável pelos atos para apresentar suas justificativas, se tal decisão resulte em débito ou cominação de multa, tal valor torna-se dívida líquida e certa, com valor de título executivo, assim, o responsável será notificado a recolher no prazo de 15 dias o valor devido, caso contrário, formaliza-se o processo de cobrança executiva, encaminhada ao Ministério Público e ao Tribunal para que a Advocacia-Geral da União – AGU ou das unidades jurisdicionadas ao TCU, promovam a cobrança judicial da dívida ou o arresto dos bens do autor do desvio;
9) Emitir pronunciamento conclusivo sobre despesas realizadas sem autorização, por solicitação da Comissão Mista Permanente do Senado e da Câmara dos Deputados;
10) Apurar denúncias apresentadas por qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato sobre irregularidades ou ilegalidades na aplicação de recursos federais.
Assim, na condição de um Tribunal Administrativo, cabe ao órgão julgar as contas de administradores públicos, de responsáveis por dinheiro, bens e valores federais e contas daquelas pessoas que derem causa a perda, extravio ou quaisquer outras
irregularidades que resultem prejuízo ao Tesouro Nacional, do mesmo modo, a responsabilidade do órgão a apreciação e fixação dos coeficientes de participação dos estados, distrito federal e municípios, atribuições definidas na Constituição Federal/1988, conferida ao Tribunal também, as competência também previstas em leis específicas, dentre as quais sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF – Lei Complementar nº 101, de 4/05/2000), que tenta impor o controle dos gastos da União, estados, distrito federal e municípios, obrigando que as finanças sejam apresentadas, detalhadamente, aos Tribunais de Contas (da União, dos Estados ou dos Municípios); Lei de Licitações e Contratos (Lei nº 8.666, de 21/06/1993), que institui as normas para licitações e contratos da Administração Pública; e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
CRIAÇÃO:
O surgimento do controle das contas públicas no Brasil retrocede ao Período Colonial brasileiro, por volta de 1680, quando criadas as Juntas das Fazendas das Capitanias e a Junta da Fazenda do Rio de Janeiro, condicionadas à jurisdição portuguesa.A partir de 1808, tendo como administrador D. João VI, instalou-se o Erário Régio e criou-se o Conselho da Fazenda, cuja atribuição era acompanhar a execução das despesas públicas. Com o advento da Independência do Brasil, em 1822, o Erário Régio fora transformado em Tesouro por determinação da Constituição monárquica de 1824, surgindo daí, os primeiros orçamentos relacionados aos gastos públicos e os balanços gerais. Em 23 de junho de 1826, surgiu a ideia de criação de um Tribunal de Contas por iniciativa de Felisberto Caldeira Brandt, o Visconde de Barbacena, e de José Inácio Borges, que apresentaram ao Senado do Império o projeto de lei. Em diversos países do mundo, o controle de finanças públicas acompanham o sistema jurídico de tradição, isto é, se o sistema é romano ou germânico, segue-se o modelo francês que adota o Tribunal de Contas. As Cortes de Contas surgiram nos países de tradição latina, tendo uma notável ascensão na França, por Napoleão em 1807, modelo este que é marcado pela presença de um órgão colegiado, gozando seus membros das mesmas prerrogativas e impedimentos dos membros do Poder Judiciário, a quem compete observar a legalidade dos atos administrativos, já o sistema common law, segue o modelo inglês do Auditor Geral, no Brasil adota-se o primeiro modelo, assim, fica instituído que o controle de gastos de um dado governo deve obedecer a um critério lógico de: planejamento, orçamento, execução e controle, portanto, os governantes devem utilizar ações para o controle efetivo das contas públicas, mantendo-as sobre fiscalização, uma vez que tratam-se de recursos advindos da sociedade, gerenciados por agentes públicos em prol à comunidade de um país, portanto, seu uso não deve ser arbitrário e irresponsável. com o advento da Constituição de 1988, o Tribunal de Contas passa a ter sua jurisdição e competências próprias e ampliadas, recebendo poderes para auxiliar o Congresso Nacional, exercendo a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial do Estado brasileiro, estes Fundos de Participação são uma das modalidades de transferências de recursos federais para estados e municípios, previsto no artigo 159 da Constituição Federal de 1988. Quando estes recursos passam a ser transferidos para os estados e municípios, sua fiscalização sobre sua aplicação fica a cargo dos Tribunais de Contas Estaduais e Municipais, quando houverem. O cálculo dos Fundos de Participação são fixados a partir dos coeficientes individuais de participação dos municípios, com base nas populações locais dos municípios, enviadas ao Tribunal pelo IBGE até o dia 31 de outubro de cada ano e fundamentado na renda per capta de cada estado.

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