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Microbiologia 4 semestre Microscopia celular Estudo da vida microscópica ”Ciência que estuda os microrganismos”. · Microrganismos: seres de dimensões microscópicas · Microscópico: dimensões invisíveis a olho nu (< 1 mm) Microscópio óptico Microscópio eletrônico Poder de resolução 0,2μm 0,1 mm Aumento máximo 1000x 400.000 x 1 mm= 1000 μm 1 μm= 1000 mm Microrganismos: · Forma de vida que não pode ser visualizada sem auxílio de um microscópio. · Estes seres diminutos podem ser encontrados no ar, no solo, e, inclusive, no homem. · Eles compõem o Reino Monera (seres unicelulares como bactérias), Protista (seres unicelulares como protozoários e algas eucariontes) e Fungi (seres uni ou pluricelulares como filamentosos ou leveduriformes). Microrganismos podem ser: · Unicelulares: células únicas (bactérias, leveduras, algas, protozoários) · Pluricelulares: grupos de células (fungos filamentosos, algas ) · Acelulares: vírus Células: · Célula Procarionte: · Célula Eucarionte: Bactérias Bactérias (Reino Monera) · Células procariontes - Material genético não envolto por membrana nuclear; · Unicelulares; · Apresentam várias formas (bastonetes, cocos, espirilos, vibrios) · Podem apresentar arranjos: pares, cadeias, cachos; · Parede celular formada por carboidrato complexo: peptideoglicano · Reprodução por fissão binária Célula bacteriana: Citoplasma, Ribossomo, Membrana plasmática, Parede elular, Nucleoide, Cápsula, Plasmídeo, Fímbrias, Flagelos. Parede celular: · Parede celular: Uma das estruturas mais importantes nas células bacterianas (manutenção da forma do microrganismo). · Barreira de proteção contra determinados agentes físicos e químicos externos. · Em microrganismos patogênicos - componentes que favorecem sua patogenicidade. Classificação bacteriana: GRAM- POSITIVA, GRAM- NEGATIVA Tamanho, forma e arranjo das células bacterianas: · Variam de 0,2 a 2,0μm diâmetro e 2 a 8μm de comprimento; · Formas básicas » COCOS, BACILOS e ESPIRAL Crescimento bacteriano: Aumento do nº de células- acumulam se em colônias Fatores Necessários para o crescimento: · Fatores Físicos: Temperatura, pH, Pressão Osmótica · Fatores Químicos: Carbono, Nitrogênio, enxofre e fosforo, Oxigênio · Fator Físico Temperatura: · Fator Químico Oxigênio: Aeróbio obrigatório, Anaeróbio facultativo, Anaeróbio obrigatório, Aerotolerante, Microaerófilos. Divisão Bacteriana- Fissão binária · Célula nova: cromossomo completo +nutrientes suficientes para iniciar o ciclo · Tempo de geração: tempo necessário para uma célula se Dividir E. coli: 20 minutos 1 milhão (7horas)/ 1 bilhão (10 horas) CURVA DE CRESCIMENTO Fungos Fungos (Reino Fungi) · São organismos eucariotos - membrana nuclear; · Habitam o solo ou matéria vegetal morta; · Grande importância ecológica (reciclagem de nutrientes) e econômica (indústria química, farmacêutica, alimentícia e agrícola); · Podem ser macroscópicos ou microscópicos; · Podem ser multicelulares: fungos filamentosos ou bolores; · Unicelulares: leveduras; · Não realizam fotossíntese · Nutrição: geralmente heterotróficos · Reprodução: Sexuada ou assexuadamente. · Parede celular rígida: polissacarídeos (quitina) · Fungos filamentosos: formam longos filamentos (hifas) que se ramificam e expandem massa visível chamada Micélio · Leveduras: envolvidas na produção de alimentos e bebidas, antibióticos, enzimas e biorremediação de poluentes Morfologia fúngica FUNGOS FILAMENTOSOS- “BOLORES”, Aspergillus fumigatus, Penicillium, Fungos Leveduriformes. CICLO DE VIDA · Reprodução assexuada: - Crescimento e disseminação de filamentos de hifas; Produção assexuada de esporos (conídios);Simples divisão celular (leveduras-brotamento) · Esporos assexuais: conidióforos (produtores de conídios) · Reprodução sexuada: meiose/mitose-Célula n + Célula n - Célula 2n - Esporos n. Esporos produzidos no interior de um saco fechado (asco)- ASCÓSPOROS Nas extremidades de uma estrutura claviforme -BASIDIÓSPOROS (basídio) ZÍGÓSPOROS - fungos zigomicetos (Rhizopus) Patogenicidade fúngica Taxonomia fungos 4 filos de importância médica · Zygomycota (zigomicetos) – zigósporos (Deuteromycota(deuteromicetos) - conídios (maioria dos fungos patogênicos) Rhizopus · Acomycota (ascomicetos) – ascósporos (Saccharomyces cerevisiae) · Basidiomycota (basidiomicetos)- basidiósporos (Agaricus). Patogenicidade · Secreção de enzimas extracelulares que digerem materiais poliméricos (polissacarídeos, proteínas) em monômeros; Danos ao homem, animais e plantas – micose · SUPERFICIAIS · CUTÂNEAS · SUBCUTÂNEAS · SISTÊMICAS Infecções fúngicas · Micose Superficial · Pitiríase versicolor · Micoses Cutâneas- Dermatofitoses- Dermatófitos (Microsporum, Trychophyton, Epidermophyton) Micoses Oportunistas · CRIPTOCOCOSE · CANDIDÍASE Vírus Muito pequenos somente visíveis em microscópio eletrônico (diamêtro que varia cerca de 20 nm a 300 nm); · Não são constituídos por células ACELULARES são tipicamente formados por uma cápsula proteica (capsídeo) que armazena e protege o material genético que pode ser DNA, RNA ou ambos (citomegalovírus); · Parasitas intracelulares obrigatórios (não tem vida independente); · Induz célula hospedeira a síntese de novos vírus; · Ausência de metabolismo, produção energia, crescimento e reprodução. Estrutura viral · Estruturas muito simples: material genético envolvido por envoltório proteico (capsídeo) e em alguns casos por camada lipídica (envelope). Classificação dos vírus- Taxonomia dos vírus · Sistema que os vírus são distribuídos em grandes grupos FAMÍLIAS (viridae): Herpesviridae, Retroviridae, Parvoviridae; · Várias famílias apresentam um grupo maior SUBFAMÍLIAS (-virinae) · Dentro de cada família subdivisões GÊNEROS (- virus) · ESPÉCIE nome do vírus como o local de sua origem, nome da doença causada etc. · Vírus herpes simples 2 · Família: Herpesviridae · Subfamília: Alphaherpesvirinae · Gênero: Simplexvirus · Espécie: Herpes vírus simples tipo 2 Replicação viral 2 ciclos reprodutivos: Ciclo lítico; Ciclo Lisogênico 1- Fixação (adsorção): o vírus se fixa a uma molécula de proteína (receptor) na superf. Da cél. Hospedeira 2- Penetração: o vírus inteiro penetra na célula hospedeira (em alguns casos devido fagocitose 3- Desnudamento: o ácido nucléico viral escapa do capsídeo 4- Biossíntese: os genes virais são expressos, resultando na produção de peças ou partes do vírus (DNA e proteína viral) 5- Montagem de partículas virais: as peças ou partes virais são montadas para criar virions completos 6- Liberação: por lise da célula infectada ou brotamento (fusão do vírus com a m.c do hospedeiro) Infecção da célula hospedeira A: Adsorção B-D: Penetração (digestão local das membranas viral e celular (B, C), resultando na fusão das duas membranas e liberação do nucleocapsídeo (D) E-G: desnudamento/digestão do capsídeo do vírus herpes simples O nucleocapsídio desnudo está intacto em E, é parcialmente digerido em F, e desaparecido F. Patogenicidade · Processo fundamental da infecção viral consiste no ciclo de replicação do vírus · Doença viral: anormalidade prejudicial decorrente de infecção do hospedeiro por vírus · LOCALIZADA: replicação viral próxima ao local de entrada do vírus; · SISTÊMICA: com a disseminação do vírus do local de entrada para diversos órgãos; · SINTOMÁTICA: sintomas específicos · ASSINTOMÁTICA: não há presença de sintomas · AGUDA: surgimento dos sintomas logo após a invasão · CRÔNICA: sintomas ou não pela manutenção de baixa carga viral Principais vírus de interesse médico Vírus · ACELULARES · Cápsula proteica (capsídeo) que armazena e protege o material genético que pode ser DNA, RNA ou ambos (citomegalovírus); Podem ser: · Vírus de DNA (adenovírus, herpesvírus, HPV) · Vírus de RNA (arbovírus, ortomixovírus, HIV) Vírus de DNA · ADENOVÍRUS: sem envelope, com simetria cúbica 51 sorotipos que infectam seres humanos (mucosas) Doenças respiratórias agudas, gastroenterites, conjuntivite · HEPADNAVÍRUS: nucleocapsídeo icosaédrico, com envelope; DNA de dupla fita circular com a transcrição de um RNA fita simples intermediário pela ação da transcritase reversa; Vírus da hepatite B (HBV) hepatites agudas e crônicas. · HERPESVÍRUS: grande família de vírus, nucleocapsídeo com simetria cúbica circundado por um envelope; DNA de fita simples linear Fase de latência Vírus do Herpes Simples 1(HSV-1) e 2 (HSV-2) lesão oral e genital Vírus varicela-zóster (herpes- zóster e varicela), citomegalovírus, vírus Epstein-Barr (monucleose infecciosa) · PAPILOMAVÍRUS (HPV): oncogênico infecta queratinócitos da pele ou mucosas; induz câncer de colo de útero · Arbovírus: complexo ciclo que envolve artrópodes como vetores (transmitem os vírus aos hospedeiros vertebrados através da picada); Principal vetor é: Aedes aegypti; Flaviviridae: Vírus da febre amarela, dengue e zika; Togaviridae: Vírus da Chikungunya. Orthomyxoviridae: Vírus Influenza A, B e C; Doenças respiratórias: Gripe- Influenza A responsável pelas principais pandemias H1N1 e H3N2; H: hemaglutinina, N: neuraminidase · Picornavírus: Enterovírus (Poliomielite); Rinovírus (Resfriado comum) Poliovírus: afeta princ. crianças, transmitido por água e alimentos contaminados. · Retroviridae: Retrovírus – 2 cópias de RNA fita simples linear ; Enzima- transcritase reversa · Gênero Lentivírus: Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) Parasitismo Nomenclatura dos organismos Nomes científicos – em Latim - (dois nomes) – Gênero e espécie (epíteto específico) (ex: Escherichia coli; Staphylococcus aureus) Domínio – EUKARYA - BACTERIA Reino – FUNGI - nenhum Filo ou divisão - Ascomycota - PROTEOBACTERIA Classe – Hemiascomycetes – Gama-proteobacteria Ordem – Saccharomycetales - Enterobacteriales Família – Saccharomycetaceae - Enterobacteriaceae Gênero – Saccharomyces - Escherichia Espécie - S. cerevisiae - E. coli Relações ecológicas entre organismos Classificação: · Harmônicas Intraespecífica: (colônia)/ (canibalismo) · Desarmônicas Interespecífica: (mutualismo)/ (parasitismo) PARASITISMO: relação de benéfica a um dos indivíduos que apresenta uma deficiência metabólica (parasita e se associa a um indivíduo que o abriga (hospedeiro) e disponibiliza nutrientes. Classificação: · Nº de hospedeiros: Autoxenos: Sarcoptes scabiei (escabiosesarna) Monoxenos: Ascaris lumbricoides (ascaridíase) Heteroxenos: Trypanossoma cruzi e o Schistossoma mansoni · Tipo de hospedeiro: Hospedeiro definitivo; Hospedeiro intermediário; Hospedeiro de transporte · Tempo de permanência: Permanente; Temporário; Periódico · Localização: Ectoparasitas; Endoparasitas Parasitas · Pluricelulares; · Vermes achatados ou cilíndricos - Helmintos; · Durante algum estágio da vida – tamanho microscópico; · Reprodução sexuada; Protozoários (Reino Protista) · Unicelulares · Eucarióticos · Heterotróficos · Vida livre ou parasitas · Reprodução sexuada ou assexuada · 2 fases: Trofozoíto; Cisto Classificação: · Baseada nos modos de locomoção: · Rhyzopoda: movimentos por meio de pseudópodes · Flagellata: longos flagelos · Ciliophora: numerosos cílios · Sporozoa: sem estrutura de locomoção Exemplos: Balantidium coli, Ameba (Acanthamoeba), Giardia lamblia Infecções por protozoários: Giardíase, Amebíase, Ciclosporíase · Sintomas: Distúrbios gastrointestinais · Diagnóstico: Exame de fezes Infecções por protozoários · Tricomoníase – Trofozoíto Trichomonas vaginalis - Sintomas: Secreção genital com coloração e odor, coceira, dor ao urinar ou relação sexual · Doença de chagas – Tripomastigota Trypanossoma cruzi - Sintomas: Distúrbios gastrointestinais e cardíacos, febre, fadiga, mal-estar, dor no corpo, exantema. · Leishmaniose - Leishmania spp. (flagelado) - Sintomas: Lesões cutâneas,hepatoesple nomegalia, febre, anemia, leucopenia e trombocitopenia. Infecção Sexualmente Transmissível (IST) · HPV-Papilomavírus humano · Lesões cutâneas benignas verrugas (condiloma acuminado) · Risco de induzir câncer de colo de útero, pênis e ânus · Transmissão: contato direto com a pele ou mucosa infectada durante relações sexuais. · Prevenção: Vacinas, uso de preservativo Helmintos · Pluricelulares; · Reprodução sexuada; · Durante algum estágio da vida – tamanho microscópico; · Vermes achatados ou cilíndricos - Helmintos; · 2 filos: Aschelminthes- vermes cilíndricos; Platyhelminthes- vermes achatados Aschelminthes- Nematoda · Estão entre a maior parte das espécies e em diversos animais; · Alongados e cônicos em ambas as extremidades, não são segmentados; · Movimento de chicote; · Sistema digestório completo ; · Sistema reprodutivo sexuado desenvolvido; · Famílias: Ascarididae; Oxyuridae; Strongyloididae; Ancylostomatidae; Onchocercidae Doença, Agente etiológico, Transmissão, Sintomas, Diagnóstico · Ascaridíase: Ascaris lumbricoides; Ingestão dos ovos do solo ou alimentos contaminados com fezes; Distúrbios gastrointestinais, febre e tosse; Exame de fezes (pesquisa de ovos). · Enterobíase (oxiúro): Enterobius vermiculares: Ingestão de ovos Distúrbios gastrointestinais, prurido anal, coceira. Teste da fita adesiva; microscopia para ovos. · Estrongilodíase: Strongyloides stercoralis; Larvas (filarioide) no solo penetram na pele; Distúrbios gastrointestinais, tosse, hemoptise. Exame de fezes. · Ancilostomíase: Ancylostoma spp Necator spp, Larvas no solo (migrans) penetram na pele ou orofecal; Anemia, erupção cutânea, distúrbios gastrointestinais, febre, dores em articulações e músculos. Exame de fezes. Platyhelminthes · Vermes achatados · Hermafroditas · 2 classes:Trematoda; Cestoda Exemplo: Schistossoma mansosni Trematódeos · Achatados em forma de folha com 2 ventosas musculares · Hermafroditas com exceção dos esquistossomas (vermes ♀ e ♂ acoplados) Cestoda · Tênias: planos e possuem uma cadeia em forma de fita de segmentos (proglótides) dos sexos ♀ e ♂; · Vermes adultos 10 m de comprimento ; · Escólex: extremidade anterior com ventosas musculosas, ganchos ou estruturas que aderem à parede intestinal. Exemplos: Taenia saginata; Taenia solium Infecções Microbianas Bactérias: · Unicelular · Célula procarionte Flagelos; Fímbrias; Plasmídeo; Cápsula; Nucleoide; Parede celular; Membrana plasmática; Ribossomo; Citoplasma. Fatores de virulência Características dos microrganismos que aumentam a sua patogenicidade - Capacidade de causar doença: · Atingir e colonizar determinado sítio · Proteger-se dos mecanismos de defesa do hospedeiro · Provocar danos à célula Infecções bacterianas · Difteria - Corynebacterium diphtheriae · Coqueluche - Bordetella pertussis · Pneumonia - Streptococcus pneumoniae · Meningite - Neisseria meningitidis · Sífilis - Treponema pallidum · Gonorréia - Neisseria gonorrhoeae Micobactérias · Bacilo aeróbio estrito medindo de 0,2 a 0,6 μm; · Bacilo Álcool-Ácido Resistente (BAAR) em razão da composição da parede (Ácidos micólicos); · Multiplicação lenta (12 a 24h); · Patógeno humano transmitido por inalação; · Parasita intracelular obrigatório. BACILOSCOPIA- EXAME BACTERIOLÓGICO – Microscopia - Coloração de Ziehl-Neelsen · Método rápido, seguro, importante para acompanhar terapêutica e menos oneroso do que a cultura Mycobacterium tuberculosis · Bacilo de Koch · Tuberculose pulmonar · Doença afeta principalmente os pulmões sintomas: febre, tosse seca e continua, cansaço, falta de apetite, suor excessivo. · Transmissão: tosse, espirro, fala Mycobacterium leprae · Hanseníase (Doença de Hansen) · Forma mais grave – Lepromatosa · Parasita em macrófagos em células de Scwann perda de tato (insensibilidade térmica e dolorosa) · Transmissão: contato direto e via respiratória Mecanismo de ação dos antimicrobianos História 1910- Paul Ehrlich desenvolveu o 1º antibiótico sintético Salvarsan. “Toxicidade seletiva” e “Quimioterapia”. 1928- Alexander Fleming Descoberta da penicilina 1935- Gerhard Domagk Marco da quimioterapia Sulfanilamida Antibiótico: Substância produzida pelo m.o que inibe outro m.o · Antibiose Toxicidade seletiva: Fármacos efetivos contra céls. Procarióticas e que não afetam as céls. Eucarióticas · Bactericidas; Bacteriostáticos Espectro de ação: Restrito; Amplo Antibiótico ideal · Ação microbiana seletiva e potente; · Não alterar a homeostasia ou causar efeito irritante, tóxico ou alérgico no hospedeiro; · Não ser destruído por enzimas teciduais e/ou bacterianas; · Apresentar bom índice terapêutico com dose máxima tolerada e dose mínima curativa. Principais mecanismos de ação de fármacos antibacterianos 1. Inibição da síntese da parede celular 2. Inibição da síntese proteica 3. Inibição da replicação e transcrição de ácido nucleicos 4. Danos a membrana plasmática 5. Inibição da síntese de metabolismo essenciais Ação dos fármacos antimicrobianos: Inibição da parede celular Parede celular bacteriana PEPTIDEOGLIGANO: Lise celular · β-lactâmicos: PLP · Penicilinas, Cefalosporinas, Carbapenens, Monobactans · Penicilinas: Naturais ou Benzilpenicilinas (Penicilina G e V); Semissintéticas; Resistentes à penicilinase; de espectro estendido; associadas a inibidores da β- lactamase · Cefalosporinas: Gerações; 1ª- Cefalexina (Infecções de pele e partes moles) 2ª- Cefoxitina (Infecções respiratórias) 3ª- Ceftriaxona ( Grande variedade de Gram- e meningites) 4ª- Cefepima ( Pneumonias hospitalares) Mecanismos de resistência: · Betalactamases · Modificações estruturais de PLP · Diminuição da permeabilidade · Carbapênicos: (Ertapenem, Imipenem, Meropenem) espectro amplo de atividade (infecções de bacterias MR) · Monobactâmicos: (Aztreonam)BGN (incluindo Pseudomonas e E.coli Inibição da síntese de parede celular · Polipeptídicos: · Bacitracina: efetivo contra bactérias G+ (Estafilococos e estreptococos)- infecções superficiais · Glicopeptideos: efetivo contra bactérias G+ (Vancomicina- infecções causadas por MRSA (Staphylococcus aureus resistentes a meticilina); (Teicoplanina) Inibição da síntese proteica Toxicidade seletiva: Céls. Eucariontesribossomo 80S; Céls. Procariontesribossomo 70S Cloranfenicol, Eritromicina, Aminoglicosídeos, Macrolídeos, Tetraciclinas · Cloranfenicol: inibe a formação de ligações peptídicas nas cadeias nascentes de polipeptídios- pela reação com a porção 50S do ribossomo. Bacteriostático; Meningites por Haemophilus influenzae, Neisseria meningitidis e Streptococcus pneumoniae. · Metronidazol: mesmo sítio ribossomal ( antiprotozoários- vaginite Trichomonas vaginalis; giardíase e disenteria amebiana) e também contra bactérias anaeróbias obrigatórias · Aminoglicosídeos: altera a conformação da porção 30S do ribossomo- leitura incorreta do RNAm (Estreptomicina, gentamicina, neomicina, tobramicina) Efeitos colaterais: ototoxicidade, nefrotoxicidade · Tetraciclinas: inibem a tradução, interferindo na ligação do RNAt, carreando aa específicos a porção 30S do ribossomo (eficaz contra bactérias Gram + e Gram – aeróbias e anaeróbias, espiroquetas, clamídias e alguns protozoários). Tetraciclinas: inibem a tradução, interferindo na · Glicilciclinas: nova classe de antibióticos (descoberta ano 2000); Tigeciclina (Tygacil);Bacteriostático se liga a subunidade 30S MRSA e linhagens de Acinetobacter baumanii resistentes a múltiplos fármacos. Se ligam a subunidade 50S do ribossomo · Macrolídeos: (Eritromicina, claritromicina, azitromicina) amplo espectro de ação; Infecções respiratórias · Estreptograminas: Dalfopristina e quinopristina · Lincosaminas · Oxazolidinonas: nova classe de antibióticos desenvolvida em resposta a resistência à vancomicina; Linezolida (Zyvox) – combater MRSA Inibição da síntese de ácidos nucleicos Atuam no processo de replicação e transcrição do DNA · Rifamicinas: Rifampicina- inibe a síntese de RNAm; Tuberculose e hanseníase (micobactérias) Rifamicinas; Quinolonas e Fluoroquinolonas · Quinolonas e fluoroquinolonas: · Bactericida; inibição da enzima DNA-girase ou topoisomerase II(enovalamento e relaxamento das fitas de DNA) 1960- ácido nalidíxico (Quinolonas 1ª Geração) 1980- fluoroquinolonas : ITU e pneumonia - 2ª geração: Norfloxacino e Ciprofloxacino -3ª geração: levofloxacino, gatifloxacina, moxifloxacina -4 geração: trovafloxacina Danos a membrana plasmática Interferência na biossíntese de ácidos graxos da M.P- Altera a permeabilidade da M.P perda de metabólitos importantes para a célula. · Lipopeptídeos: · Daptomicina- eficaz apenas para bactérias Gram+ (infecções cutâneas) · Polimixina B- bactericida eficaz contra bactérias Gram-; infecções causadas por Pseudomonas aeruginosa - Altamente neurotóxicas e nefrotóxicas Inibição competitiva de metabólitos essenciais Sulfonamidas (Sulfas)- Uma das primeiras terapias antimicrobiana; Bloqueiam a produção de ácido fólico; Bacteriostáticos; Sinergismo: sulfametoxazol+ trimetoprim Testes de sensibilidade aos antimicrobianos · Diferentes espécies e linhagens microbianas - graus distintos de suscetibilidade; · É importante conhecer a sensibilidade do patógeno para iniciar o tratamento; · Problemas relacionados a resistência dos antibióticos; · ANTIBIOGRAMA Métodos Discodifusão - Método de Kirby-Bauer SENSÍVEL, INTERMEDIÁRIO, RESISTENTE ??????? Testes de diluição em caldo - Determinação da CIM (Concentração inibitória mínima) e CBM (Concentração bactericida mínima) Resistência microbiana · Uso de antibióticos de forma indiscriminada e irracional; · Seleção e multiplicação de microrganismos resistentes; ÍNTRINSECA – Natural ADQUIRIDA: · Mutações aleatórias/espontânea · Seleção · Recombinação – CONJUGAÇÃO TRANSFORMAÇÃO TRANSDUÇÃO Mecanismos de resistência microbiana 1. Bloqueio de entrada 2. Inativação por enzimas 3. Alterações de molécula - alvo 4. Efluxo do antibiótico Controle do crescimento microbiano ESTERILIZAÇÃO - Remoção ou destruição de todos os microrganismos vivos – CALOR DESINFECÇÃO - Destruição de m.o na forma vegetativa (não formadores de endósporos) de objetos inanimados - Subst. Química (DESINFETANTE) ANTISEPSSIA - Tecidos vivos- “Antissépticos” Ações dos agentes de controle microbiano Alteração na permeabilidade da membrana Dano às proteínas Lesão dos ácidos nucléicos MÉTODOS: FÍSICOS; QUÍMICOS Métodos Físicos: · CALOR – Úmido (Autoclave), Seco (Flambagem) · RADIAÇÃO – Ionizante (Raios X e Gama); Não ionizante (Luz UV). · BAIXAS TEMPERATURAS – Refrigeração; Congelamento · FILTRAÇÃO · DESSECAÇÃO · PRESSÃO OSMÓTICA; AUTOCLAVE Métodos Químicos de Controle Desinfetantes (objetos inanimados) Antissépticos (Tecidos vivos) · Fenol e compostos fenólicos: cresóis · Biguanidas : Clorexidina · Halogênios: Iodo e Cloro · Álcoois: etanol (70%) e isopropanol · Metais pesados: prata, sulfato de cobre, cloreto de mercúrio
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