Buscar

PROCESSO CONSTRUTIVO e NORMAS RELACIONADAS(1)

Prévia do material em texto

PROCESSO CONSTRUTIVO
Projeto e execução de telhados com telhas cerâmicas
 No que diz respeito às telhas cerâmicas, a única norma relacionada ao projeto e execução de telhados existente trata esta questão apenas para a telha cerâmica francesa (NBR 8039, 1983), não existindo algo semelhante para as telhas tipo capa e canal.
 Nesta norma são apresentadas recomendações sobre a estocagem das telhas, assim como a declividade mínima e máxima do telhado executado com este tipo de telha.
 Em termos de execução, dispõe sobre o sentido de colocação das telhas e o cuidado adicional quanto à distribuição dos esforços, recomendando o uso de tábuas para tal finalidade.
 Com relação à execução da cumeeira e dos espigões, apresenta valores mínimos para o recobrimento entre a cumeeira e as telhas, tipo e traço de argamassa a ser utilizada para tal. Também traz algumas recomendações para a execução do beiral e dos arremates, apresentando algumas ilustrações para o melhor entendimento destas recomendações.
Procedimentos
· Os telhados devem ser estanques, com um nível satisfatório de segurança, satisfazendo às condições desta Norma.
· O telhado deve ser projetado para empregar telhas com dimensões padronizadas.
· A quantidade de telhas no plano de água do telhado é
· Recomenda-se que as águas pluviais incidentes sobre o telhado sejam recolhidas através de calhas e condutores.
· Manuseio e estocagem dos componentes
· As telhas e as peças complementares devem ser manuseadas individualmente, com cuidado, para evitar quebras.
· As telhas e as peças complementares devem ser estocadas em terreno plano e firme, o mais próximo do local onde serão utilizadas.
· As telhas devem ser armazenadas na vertical, conforme a Figura 2.
· Todos os componentes necessários (telhas, peças complementares, arames e materiais constituintes da argamassa) devem estar no local da obra antes do início da execução do telhado.
· Declividade
· Os telhados devem ser executados com declividade compreendida entre 32% e 40%.
· A declividade pode ser maior, se as telhas forem fixadas com arame, através da orelha de aramar, à estrutura de apoio do telhado.
· Colocação dos componentes
· A colocação das telhas deve ser feita por fiadas, iniciando-se pelo beiral e prosseguindo-se em direção à cumeeira.
· Na colocação das telhas ou na manutenção do telhado, os montadores não devem pisar diretamente nas telhas, devendo utilizar tábuas que distribuam os esforços.
· As telhas devem apoiar-se sobre elementos coplanares, isto é, nas faces superiores das ripas.
Telha translúcida tipo francesa
· Deve apresentar uma resistência mecânica compatível com a resistência da telha cerâmica.
· A telha translúcida tipo francesa deve ajustar-se às telhas cerâmicas de tal forma que seja garantida a estanqueidade do telhado.
· Cumeeira
· A cumeeira deve ser executada, de preferência, com peças de material cerâmicas especialmente projetadas para este fim.
· O recobrimento entre a cumeeira e a telha deve ser no mínimo de 30 m.
· A cumeeira deve ser emboçada com uma argamassa com capacidade de retenção de água, impermeável, insolúvel em água e que garanta uma boa aderência; consideram-se como adequadas as argamassas de traço 1:2: 9 ou 1:3:12 (cimento, cal e areia, em volume) ou quaisquer outras argamassas com propriedades equivalentes.
· Não devem ser empregadas argamassas de cimento e areia.
· Espigão
· O espigão deve ser executado, de preferência, com material cerâmico.
· O recobrimento entre o espigão e a telha deve ser no mínimo de 30 m.
· O espigão deve ser emboçado com a argamassa definida em 5.2.3, não devendo ser empregada argamassa de cimento e areia.
· Beiral - Em beirais desprotegidos, recomenda-se emboçar as telhas com a argamassa definida, ou fixá-las com arames de aço ou de cobre, através da orelha de aramar, à estrutura de apoio do telhado.
· Arremates - O encontro do telhado com paredes paralelas ao comprimento das telhas pode ser executado conforme a Figura 4, empregando-se rufos metálicos ou componentes cerâmicos, de modo a garantir-se a estanqueidade do telhado.
· O encontro do telhado com paredes transversais ao comprimento das telhas pode ser executado conforme a Figura 5, empregando-se rufos metálicos ou componentes cerâmicos.
Projeto e execução de telhados com telhas de concreto
 NBR 13.858-1 (ABNT, 1997) Telhas de concreto projeto e execução de telhados.
 Esta norma fixa as condições exigíveis para o projeto e execução de telhados com telhas de concreto. Contêm as definições de água ou plano d’água, beiral, cumeeira, espigão, fiada faixa, rincão ou água furtada, peça complementar, rufo, telha translúcida ou transparente e telhado. Para o melhor entendimento destas definições.
 Com relação ao projeto de telhados com este tipo de componente, a norma apresenta recomendações ao projetista, atentando-o para as condições climáticas locais, além das propriedades das telhas.
 Apresenta também uma tabela completa contendo a inclinação dos telhados em graus e em porcentagem, o comprimento máximo da água, distância máxima (galga), sobreposição mínima, número de telhas por m2 e o limite de inclinação a partir do qual há a necessidade de se proceder a amarração das telhas.
 No que diz respeito à execução apresenta recomendações ilustrativas para o manuseio e estocagem das telhas de concreto.
 Quanto à colocação das telhas, indica o sentido de colocação das telhas, alerta sobre a necessidade de se distribuir os esforços sobre as telhas durante a sua colocação além de definir a posição para a furação da telha, caso haja necessidade.
 Com relação à execução da cumeeira e espigão, apresenta os procedimentos e recobrimentos mínimos entre as cumeeiras e as telhas (80 mm) e entre as cumeeiras (70 mm). Quanto ao beiral, alerta para a utilização de telha terminal esquerda.
 Apresenta um conjunto considerável de detalhes de arremates e peças complementares.
 Esta norma fixa os requisitos exigíveis para o recebimento e aceitação de telhas de concreto, destinadas à execução de telhados.
 Apresenta as seguintes definições: telha de concreto, aditivos, adições, empenamento, desagregação, fissura, rebarba, forma, encaixe lateral, garras de fixação, nervura dupla ou pingadeira, partida, lote.
 Além destas recomendações de ordem geométrica, apresenta também alguns detalhes construtivos tais como:
· Encaixe lateral e nervura dupla; 
· Garras de fixação nos apoios e alinhamentos; 
· Pré-furos para amarração e fixação das telhas. 
 Com relação aos ensaios físicos, basicamente esta norma prescreve os mesmos ensaios especificados para as telhas cerâmicas (sonoridade, empenamento, absorção de água, permeabilidade, carga de ruptura à flexão e massa).
NORMAS RELACIONADAS
NBR 13.858 Esta norma fixa os requisitos exigíveis para o recebimento e aceitação de telhas de concreto, destinadas à execução de telhados.
NBR 13.858 Esta norma fixa as condições exigíveis para o projeto e execução de telhados com telhas de concreto.
NBR 8039, 1983 Nesta norma são apresentadas recomendações sobre a estocagem das telhas, assim como a declividade mínima e máxima do telhado executado com este tipo de telha.
 
BIBLIOGRAFIA
FALCÃO BAUER, L.A. Materiais de construção. São Paulo, LTC, v.2, 1979.
http://www.htmlpublish.com/newTestDocStorage/DocStorage/9626f479723341b6b63af8f5510548d3/obertura_apostila_unicap.rtf,

Continue navegando