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2 Rodovias e Ferrovias Carga Horária (h) Teórica Prática Total Semanal 3 0 3 Semestral 51 0 51 Código: TE 08087 Pré-requisitos: Topografia Básica e Mecânica dos Solos I Objetivo da Disciplina: Empregar os fundamentos teóricos e práticos básicos, necessários à elaboração de estudos, projetos, implantação e manutenção de infraestrutura de estradas. Competências e Habilidades: - Analisar a viabilidade técnica e econômica de Projetos de infraestrutura de vias terrestres; - Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos de obras de infraestrutura de vias terrestres, pontes e viadutos. - compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais; - avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental; - atuar em equipes multidisciplinares; Conteúdo: Rodovias: Classificação. Normas. Projeto e Construção da Infra-estrutura de Estradas: Características técnicas; Traçado Geométrico; Terraplenagem. Ferrovias: Histórico. Veículos Ferroviários. Noções sobre a Via Permanente. Bibliografia: Filho, G.P. - Estradas de Rodagem. Projeto Geométrico. IPC. PIH. 1998 Carvalho, M. P. - Curso de Estradas: Estudos, Projetos e Locação de Rodovias e Ferrovias. 1980. Pimenta, A, C. - Projeto de Estradas. EESC/USP. M.T - D.N.ER. Normas e Especificações para Construção de Estradas. RJ. 2004. M.T.- D.N.E.R. Manual de Projeto Geométrico. IPR 719. RJ. 2000. Brina, H. L . - Estradas de Ferro. Vol. 1 e 2. Livros Técnicos e Científicos Ed. S.A. 1983 Nogueira, F.L.R , Estradas de Rodagem, Vol. 1 e 2. Apostila. UFPA/DET. 2003. RODOVIAS I - Generalidades Sobre Transporte no Brasil - Histórico sobre os transportes e vias terrestres de comunicação. - Planejamento Vial no Brasil. O PRN e o PRE. Nomenclatura II - Estudo do Traçado. Elementos para o Projeto de Estradas - Principais acidentes geográficos e topográficos. Nomenclatura. - Reconhecimento; Exploração ou Anteprojeto; Locação ou Projeto Final. - Impacto ambiental. III - Características Técnicas das Estradas - Classificação. O Projeto Geométrico. Normas Técnicas. - Características geométricas axiais planimetricas, altimétrica e Transversais. - Seções em corte, aterro e mista; áreas das seções; Faixa de Domínio e ocupação. - Estudo sobre Movimento de terra. Cubação. Diagrama de Brückner. DMT; IV - Construção da Infra-estrutura Rodoviária - Locação do eixo. Projeto Definitivo; “Öff-Sets”; Serviços Preliminares. - A Terraplenagem. Máquinas e Equipamentos. FERROVIAS I – Histórico. II – Os veículos ferroviários III - Noções sobre a Via Permanente ferroviária. Conteúdo Programático I - Generalidades sobre as Vias e Transportes no Brasil IMPORTANCIA DAS VIAS TERRESTRES • Elas dão origem a povoações ao longo do percurso, ampliam as formações urbanas, valorizam terrenos atravessados, permitem o deslocamento rápido de grandes massas de produtos e estimulam o bem estar e o progresso para as regiões. • A evolução dos sistemas de transportes se dá com o progresso tecnológico, o qual depende diretamente dos recursos técnicos e financeiros de um país, que muito contribui com o desenvolvimento da sociedade e as estradas e ferrovias fazem parte desse sistema. 5 Introdução I - As Vias de Transportes no Brasil e no Mundo Estradas de Ferro o TRONCOS PRINCIPAIS o TRONCOS SECUNDARIOS o LIGAÇÕES Estradas de Rodagem - TERRA - PAVIMENTO ASFALTICO - PAVIMENTO RÍGIDO 6 Classificação das Vias Terrestres HISTORIA Século 6 a.C. (Grécia antiga) transporte de barcos na zona do Corinto. - Espécie de carruagem empurrada por escravos ao longo de sulcos de calcário. Idade Média 1350 – linha de caminho-de-ferro (Vitral na catedral de Friburg). 1515 – Funicular que dava acesso ao castelo de Hohensalzburg (Austria) - carros de madeira, cordas de cânhamo e força animal ou humana. Séculos XVIII e XIX - Revolução Industrial Inglaterra máquina a vapor Transporte Ferroviário Desenvolvimento tecnológico : Locomotivas a vapor A diesel Elétricas Minas de carvão passageiros e mercadorias. 1850 existiam 32.000 km e em 1947, 1 .260 .000 km de vias férreas. Anos 50 e 60 Trens de alta velocida de (França) e sistema eletromagnético (Japão). Transporta grande quantidade de carga de uma só vez, com custo por tonelada transportada muito baixo. Custo para construção e conservação das vias-férreas é bastante elevado. A IMPLANTAÇÃO DA FERROVIA NO BRASIL Irineu Evangelista de Sousa (BARÃO DE MAUÁ) Década de 1840: Viagem de negócios à Inglaterra onde conheceu fábricas, fundições de ferro e o mundo dos empreendimentos capitalistas. Contratado pela província do Rio de Janeiro em 27 de abril de 1852 para implantação de uma ligação ferroviária entre a praia da Estrela, na Baía da Guanabara, e a Raiz da Serra de Petrópolis. Criou, a Imperial Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petropolis e deu inicio a construção da ferrovia. Locomotiva “BARONEZA” Viagem inaugural: 30 abril de 1854 Distancia de 14,5 km Velocidade: 40 km/h Criação de novas Estradas de Ferro a partir de 1858 EXPANSÃO DA REDE Companhia Inauguração do 1º trecho 1ª ferrovia Estrada de Ferro Recife ao São Francisco 8 de fevereiro de 1858 Pernambuco Estrada de Ferro Bahia ao São Francisco 28 de junho de 1860 Bahia São Paulo Railway 16 de fevereiro de 1867 São Paulo Companhia Baiana de Navegação 25 de março de 1868 Alagoas Estrada de Ferro de Baturité 14 de setembro de 1873 Ceará The Porto Alegre & New Hamburg Brazilian Railway Company 15 de abril de 1874 Rio Grande do Sul Estrada de Ferro Leopoldina 8 de outubro de 1874 Minas Gerais Estrada de Ferro Carangola 13 de junho de 1879 Espírito Santo Great Western 28 de setembro de 1881 Rio Grande do Norte Companhia Estrada de Ferro Conde D’Eu 7 de setembro de 1883 Paraíba Companhia Progresso Agrícola do Maranhão 13 de setembro de 1883 Maranhão Estrada de Ferro Paraná 19 de dezembro de 1883 Paraná Estrada de Ferro Donna Thereza Christina 4 de setembro de 1884 Santa Catarina Estrada de Ferro de Bragança 9 de novembro de 1884 Pará Madeira-Mamoré Railway Company 1910 Rondônia Estrada de Ferro Goiás 28 de setembro de 1911 Goiás Estrada de Ferro Noroeste do Brasil 31 de dezembro de 1912 Sul de Mato Grosso, posteriormente Mato Grosso do Sul Compagnie de Chemins de Fer Fédéraux de l'Est Brésilien 10 de julho de 1913 Sergipe Estrada de Ferro Central do Piauí 1 de maio de 1922 Piauí Estrada de Ferro Amapá janeiro de 1957 Amapá Viação Férrea Centro-Oeste 21 de abril de 1968 Distrito Federal Estrada de Ferro de Carajás 28 de fevereiro de 1985 Pará Ferronorte 29 de maio de 1998 Mato Grosso Ferrovia Norte-Sul/Vale S.A. outubro de 2007 Tocantins Evolução da rede ferroviária brasileira, em extensão (1854 -2007). Ano 1854 1873 1884 1888 1889 1922 1940 1953 2007 Extensão (Km) 16,1 1011,7 6116,0 9.200 9.538 19.000 24.207 37.200 29.706 EXPANSÃO DE MANEIRA DESORDENADA • Tipos diferentes de Bitola impediram uma unificação eficiente da malha ferroviária. • Bitola métrica mais implantada por questões de economia. • Traçados sinuosos, construídos visando uma redução de custos de construção ou garantindo uma grande margem de lucros aos construtores (pois durante o início do século XX, o estado pagava construtores de ferrovias públicas por quilômetro construído), mas prejudicando a eficiência do transporte ferroviário. Consequencias: Estado e iniciativa privada tiveram de investir na correção/retificação de parte desses traçados e erradicando outros antieconômicos durante todo o século XX, minando investimentos que poderiam ser utilizados na modernização da rede ferroviária. A malha ferroviária existente no Brasil (2009) A Bitola • Larga (irlandesa) - 1,600m4,057 km • Internacional -1,435m: 202,4 km • Métrica - 1,000m: 23.489 km • Mista - 1,600/1,000m : 336 km • Trechos turísticos: 0,600 e 0,762 m A REDE FERROVIARIA BRASILEIRA Estrutura constituída por um conjunto de duas fileiras de trilhos separados por determinada distância (bitola) e fixados sobre dormentes de madeira ou concreto, confinados na camada de lastro construída sobre o sublastro, devidamente compactados. É a parte da via que tem como função permitir o deslocamento seguro dos trens. CONCEITUAÇÃO: • Trilhos e acessórios • Dormentes • Lastro • Sublastro • Plataforma ou leito • Aparelho de mudança de via Elementos da Via Permanente TRILHOS - Tipos Destinado ao rolamento, sustentação e condução dos veículos ferroviários, guiando-os em seu movimento. Do ponto de vista estrutural pode ser considerado como uma viga hiperestática continua sobre apoios supostamente elásticos (dormente e lastro, etc.). Trilho duas cabeças, Robert Stephenson, 1838. Trilho de fenda – Transportes urbanos (Bondes) Trilho Vignole (Duplo T) Trilho Vignole BOLETO ALMA PATIM AÇO • Comum (ferro + carbono) • Tratado termicamente • Liga metálica (nióbio; molibdênio, etc.) ESPECIFICAÇÃO: Densidade de tráfego (kg /ml) TR-25; TR-32; TR-37; TR-45 ; TR-50 ; TR-57 ; TR-68 COMPRIMENTO: 12 a 18 m Tipos de vigas-trilho ou de perfis Vignole (padronizados pela ABNT) Acessórios dos Trilhos 1 – Placas de Apoio Alivia as tensões nos dormentes e melhora fixação dos trilhos. Prolonga a vida útil do dormente . 2 – Talas de Junção. Usadas para estabelecer a continuidade dos trilhos. Lisa Nervurada Em cantoneira Espessura 10 mm 3 - Fixações dos Trilhos no Dormente - Fixações rígidas: Pregos de linha Parafusos ou tirefonds Arruela do tipo Grower Pregação cruzada dos trilhos nos dormentes. c) Grampo elástico simples (Elastic Rail Spike) Fabricado com aço de mola, tendo uma haste que penetra na madeira de seção quadrada, e a parte superior formando uma mola que fixa o patim do trilho, tensionando-o. A pressão de tensionamento é suficiente para impedir os deslocamentos longitudinais do trilho, funcionando como “retensor”. d) Fixação Pandrol Consiste em um grampo fabricado com aço de mola, temperado e revenido. Esse grampo encaixa nos furos da placa de apoio, de tipo especial. 4 - Retensores de Trilho Transfere aos dormentes o esforço que tende a deslocar o trilho no sentido longitudinal. Para tanto, o retensor, que é preso ao patim do trilho por pressão, fica encostado à face vertical do dormente, transmitindo a este os esforços longitudinais. Estando o dormente engastado no lastro, a sua movimentação fica impedida. Trilho Longo Soldado (TLS) As juntas são os pontos fracos da via, provocam descontinuidade na superfície de rolamento que causam impactos no material rodante. São pontos iniciais dos mais graves defeitos da linha e que ocasionam maior número de acidentes de tráfego. O uso deste tipo de trilhos acarreta economia dos materiais destas juntas reduzindo os gastos de conservação da via. TLS curto : 36 a 48 m de comprimento TLS longo : no mínimo 240 m de comprimento. Vantagens: Economia de mais de 40% da mão-de-obra gasta na conservação da via permanente com a diminuição do numero de juntas; Possibilita o movimento mais suave dos trens, maior conforto e maior velocidade; Contratrilhos Impedir o descarrilamento das rodas; Conduzir as rodas, no caso de um descarrilamento, de modo a afastar o veículo do local, como no caso de obras de arte (Pontes, túneis, etc.). Colocados especialmente nas pontes, pontilhões e “passagens de nível”. b + s = c + e + = b + s – (c + e) - distancia do contratrilho ao trilho b – bitola da via s – superlargura e – espessura do friso c - distancia interna das rodas 1 - Dormentes de Madeira Normas da ABNT (P-CB-5, P-TB-139, P-EB-101 e P-CB-6): Especificações a serem observadas quando das aquisições de dormentes, fixando as qualidades da madeira, dimensões, tolerância, etc. a) Bitola de 1,60 m : 2,80 m x 0,24 m x 0,17 m b) Bitola de 1,00 m: 2,00 m x 0,22 m x 0,16 m comprimento (c) x largura (L) x altura (h) Dormentes com dimensões especiais: • Pontes • Aparelhos de Mudança de Via. 1a Classe Sucupira, Aroeira, Jacarandá, Amoreira, Angico, Ipê, Pereira, Bálsamo, etc. 2a Classe Angelim, Araribá, Amarelinho, Braúna, Carvalho do Brasil, Canela-Preta, Guarabu, Jatobá, Massaranduba, Peroba, Pau-Brasil, Eucalipto, Paru, etc . 3a Classe Todas as madeiras acima, com defeitos toleráveis. Classificação quanto à espécie de madeira Sucupira ótima fixação do trilho, possui dureza e peso específico elevado e grande resistência ao apodrecimento, podendo durar mais de trinta anos na linha. Durabilidade Escolha: • resistência à destruição mecânica, provocada pela circulação dos trens; • resistência ao apodrecimento; • maior ou menor facilidade de obtenção e; • razões de ordem econômica. É influenciada: -Qualidade da madeira - Clima - Drenagem da via - Peso e velocidade dos trens - Época do ano em que a madeira foi cortada - Grau de secagem - Tipo de fixação do trilho usado - Tipo do lastro - Tipo da placa de apoio do trilho no dormente Resistência Mecânica Propriedades Relação com a Densidade “D” Madeira Verde (30% umidade) Seca ao Ar (12% umidade) FLEXÃO ESTÁTICA Tensão no limite de proporcionalidade (kg/cm2) Tensão de ruptura (kg/cm2) 717 D1,25 1.240 D1,25 1.170 D1,25 1.800 D1,25 FLEXÃO DINÂMICA Altura de queda do martelo para causar ruptura (cm) 45 D1,75 37,3 D1,75 COMPRESSÃO PARALELA ÀS FIBRAS Tensão no limite de proporcionalidade (kg/cm2) Tensão de ruptura (kg/cm2) 370 D 470 D 615 D 850 D COMPRESSÃO PERPENDICULAR ÀS FIBRAS Tensão no limite de proporcionalidade (kg/cm2) 210 D2,25 326 D2,25 DUREZA No topo (kg) Lateral (kg) 1.360 D2,25 1.550 D2,25 2.180 D2,25 1.710 D2,25 Densidade mínima: D = 0,70 g/cm3 . c) Dormente Polibloco. Projetado pelo Eng. Belga Franki-Bagon, foi chamado de FB. O dormente FB é constituído de dois blocos de extremidade de concreto armado e uma peça intermediária, de concreto (viga) fazendo-se a união das três peças com fios de aço, com elevado limite elástico, tendido e ancorado nas extremidades. Comparação entre dormentes Tipo Vantagens Desvantagens Aço Fácil confecção de dormentes especiais; Recondicionável. Falta de inércia; Alto custo de assentamento; Vulnerável a ambiente agressivo; Tráfego ruidoso; Alto Custo de aquisição e isolamento. Madeira Menor massa (manuseio); Fixação simples; Bons isolantes; Reaproveitamento; Contribui para a resiliencia da via; Baixa vida útil; Ataque de fungos e insetos; AMV: difíceis de se obter; Redução da oferta. Concreto Maior inércia (Resistência aos esforços); Manutenção da bitola; Vida longa; Isolante e invulnerável a fungos. Manuseio e substituição onerosos; Tipo de dormente que melhor se aplica Vida Útil Concreto Manuseio Madeira / Aço Estabilidade Concreto Isolamento Madeira / Concreto Funções do Lastro: Suporte; Distribuir esforços ; atenuar as trepidações; Resistir aos esforços transversais (deslocamento dos dormentes) Drenagem da superestrutura; Especificações: Pedra britada no 3 (2 a 6 cm); Teor de argila < 1%; Partículas friáveis < 5% passando na #200 ; Desgaste Los Angeles < 50%; Compactação 100% do Proctor Modificado. OBS: Pode ser usado como lastro: terra, cascalho, escória, areia, laterita (Nordeste). Lastro Material compactado situado entre os dormentes e o sublastro. Propriedades do Lastro Desgaste (Abrasão Los Angeles); Resistência mecânica; Granulometria uniforme - drenagem; Partículas: • Faces fraturadas (melhor embricamento) • Forma cúbica (evitar recalques)Equipamento Los Angeles Bombeamento de Finos do Subleito Processo auto-alimentado que leva ao colapso da via Solo fino; Água; Supersolicitação; Soluções: Material granular filtrante; geotextil protegido; seleção do subleito; solo-cimento; solo- cal; ligantes betuminosos. Sub-leito (Plataforma) É o suporte da estrutura da via da qual recebe, através do lastro, as tensões devidas ao tráfego, e das demais instalações necessárias à operação ferroviária, como: posteação de rede aérea; condutores de cabo; sistemas de drenagem, etc. Sub-leito (Plataforma) em aterro Zonas com maiores exigências de compactação em razão de concentração de tensões. As dimensões da plataforma da estrada de ferro são fixadas pelas Normas e dependem da bitola utilizada. Aparelho de Mudança de Via ( AMV ) AMV Terminais; Pátios; Estações ferroviárias; Mudança de uma via para outra. Permite o trem passar de uma via para outra com segurança e velocidade comercialmente compatível. Possui alto custo de aquisição, necessitando de dormentes especiais e manutenção freqüente. - aparelhos de mudança de via comuns; - aparelhos de mudança de via especiais – giradores e carretões; - triângulos de reversão; - cruzamentos; - pára-choques; Classificação do AMV Componentes: 1 – Agulhas 2 – Contra agulhas ou “encosto da agulha” 3 – Aparelho de manobra 4 – Trilhos de enlace ou de ligação 5 – “Coração” ou “Jacaré” 6 – Calços 7 – Coxins 8 – Contratrilhos 7 – Garganta do coração • Talão de junção ou coice das agulhas • - ângulo do coração ou jacaré • R - raio do AMV Elementos principais que caracterizam um AMV: - abertura do coração; - comprimento das agulhas; - folga no talão das agulhas; Determinação da abertura do coração: - Pelo número do coração (N); - pela tangente do ângulo do coração; - Por “processo prático” para uso dos mestres de linha. 2 .2 1 tg N Quanto maior for N, menor o ângulo , e maior o raio da curva (mais suave) e velocidade. Veículos Ferroviários Material móvel que circula exclusivamente sobre trilhos, com tração própria (veículos tratores) ou rebocado (carruagens, reboques, furgões e vagões). COMPOSIÇÃO FERROVIÁRIA OU COMBOIO CARGA: TREM = LOCOMOTIVA + VAGÕES DE CARGA PASSAGEIROS TREM = LOCOMOTIVA + CARROS DE PASSAGEIROS LOCOMOTIVAS: A Vapor - Diesel - Diesel / Elétrica – Elétrica - Gás e vapor – Turbina a gás ou a vapor. Utiliza o vapor sob pressão para acionar os êmbolos que transmitem o movimento por puxavantes e braçagens às rodas. Fornalha - fornece a energia com a queima do combustível (carvão, lenha ou óleo), para produção do vapor na Caldeira. Tender – vagonete que armazena o combustível e água para reabastecimento da caldeira. LOCOMOTIVA A VAPOR Locomotivas elétricas Dependem de uma rede de distribuição de energia. Utilizam energia elétrica fornecida por uma usina central, que pode localizar-se a quilômetros de distância. Necessita de fios elétricos especiais para obter sua energia que é captada por um pantógrafo, ou do terceiro trilho por uma sapata lateral. Através de equipamentos de controle alimenta os motores de tração localizados nos truques. A tração elétrica foi empregada pela primeira vez: - Companhia Ferro Carril do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro em 1892 - E. F. do Corcovado em 1910. Em 1922 eletrificação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, Em 1937 eletrificação da Central do Brasil, nas linhas de subúrbios no Rio de Janeiro. Produzem sua própria energia. Movida por um enorme motor a diesel de 2 tempos de 12 cilindros, e motores elétricos e geradores além do emprego da tecnologia da computação. LOCOMOTIVA A DIESEL É veículo híbrido, que incorpora sua própria estação geradora, feita para operar em áreas em que a estrada de ferro não é eletrificada. O motor primário diesel aciona um gerador elétrico que irá transmitir a potência para os motores de tração. Não existe conexão mecânica entre o motor primário e as rodas de tração. LOCOMOTIVA DIESEL-ELÉTRICA TIPOS DE VAGÕES 1 – Fechado: granéis sólidos, ensacados, caixarias, cargas unitizadas e transporte de produtos em geral que não podem ser expostos ao tempo. FR - Convencional, caixa metálica com revestimento FS - Convencional, caixa metálica sem revestimento FM - Convencional, caixa de madeira FE - Com escotilhas e portas plug FH - Com escotilhas, tremonhas no assoalho e portas plug FL - Com laterais corrediças (all-door) FP - Com escotilhas, portas basculantes, fundo em lombo de camelo FV - Ventilado FQ - Outros tipos 2 – Gôndola: para granéis sólidos e produtos diversos que podem ser expostos ao tempo. GD - Para descarga em giradores de vagão GP - Com bordas fixas e portas laterais GF - Com bordas fixas e fundo móvel (drop - bottom) GM - Com bordas fixas e cobertura móvel GT - Com bordas tombantes GS - Com semi-bordas tombantes GH - Com bordas Basculantes ou semi-tombantes com fundo em lombo de camelo GC - Com bordas tombantes e cobertura móvel GB - Basculante GQ - Outros tipos 3 – Hopper o Fechados - para granéis corrosivos e granéis sólidos que não podem ser expostos ao tempo; o Abertos - para os granéis que podem ser expostos ao tempo. HF - Fechado convencional HP - Fechado com proteção anti-corrosiva HE - Tanque (center-flow) com proteção anti-corrosiva HT - Tanque (center-flow) convencional HA - Aberto HQ - outros tipos 4 - Isotérmico : produtos congelados em geral: IC - Convencional com bancos de gelo IF - com unidade frigorífica IQ - Outros tipos Vagão Hopper Hopper fechado (graneleiro) da Fepasa com descarga pelo centro, fabricado no Brasil entre 1945 e 1961. E o "graneleiro" que não deve ser confundido com nenhum vagão-tanque, nem com o tradicional vagão fechado. Sua principal característica é o interior feito de planos inclinados, em forma de "funil", por onde o grão — ou outro granel — é obrigado a escorregar, tão logo sejam abertas as bocas de descarga. Não tem portas — ao contrário do box graneleiro —, pois não há necessidade de completar a descarga manualmente, com rodos ou enxadas. Por outro lado, não serve para carga geral. Esse formato do fundo — reservatório em pirâmide quadrangular, truncada e invertida — chama-se "tremonha". É o nome de um utensílio tradicional em moinhos de trigo. 5 – Plataforma: contêineres, produtos siderúrgicos, grandes volumes, madeira, peças de grandes dimensões. PM - Convencional com piso de madeira PE - Convencional com piso metálico PD - Convencional com dispositivo para contêineres PC - Para contêineres PR - Com estrado rebaixado PG - Para serviço piggyback PP - Com cabeceira (bulkhead) PB - Para bobinas PA - Com dois pavimentos para automóveis PH - Com abertura telescópica PQ - Outros tipos de vagão plataforma 6 – Tanque: cimento a granel, derivados de petróleo claros e líquidos não corrosivos em geral. TC - Convencional TS - Com serpentinas para aquecimento TP - Para produtos pulverulentos TF - Para fertilizantes TA - para ácidos e líquidos corrosivos TG - para gás liqüefeito de petróleo TQ - Outros tipos 7 - Especiais: produtos com características de transporte bem distintas das anteriores: ST - Torpedo (produtos siderúrgicos de alta temperatura) SB - Basculante SP - Plataforma para lingotes, placas de aço, etc. SG - Gôndolas para sucata, escórias, etc. SQ - Outros tipos Veículo Leve sobre Trilhos É uma espécie de trem ou comboio urbano e suburbano de passageiros, cujo equipamento e infra-estrutura é tipicamente mais "leve" que a usada nos sistemas de metrô ou de Ferrovias de longo curso. São alimentados por eletricidade, havendo, no entanto, alguns a diesel. Light Rail ou VLT ou Metrô Leve VANTAGENS São mais baratos de construir que os sistemas de metrô ou trem suburbano. Permitem transportar um maior número de pessoas que qualquer autocarro. Produzem menos poluição e barulho, em muitos casos mais rápidos. Emitem 75% menos ruido doque os automóveis. Em uma emergência são mais fáceis de evacuar do que o trem suburbano. DESVANTAGENS É dependente do tráfego e isso ocasiona contratempos ao usuário. Por partilhar o espaço com restante tráfego faz com que a velocidade comercial seja mais baixa que a do trem suburbano. Monotrilho Um monotrilho ou aerotrem é uma ferrovia constituída por um único trilho, em oposição às ferrovias tradicionais que possuem dois trilhos paralelos. Alemanha, monotrilho suspenso Japão, monotrilho sobre os trilhos (mais comum) Parque Disney World (California-EUA) Kuala Lumpur, Malasia Las Vegas, EUA Vantagens Menor espaço, tanto na horizontal como na vertical para operar. Menos ruidosos, pois usam rodas de borracha quando em contacto com o solo. São capazes de subir, descer e fazer curvas mais rapidamente que os trens convencionais. São mais seguros, já que não descarrilam e como são elevados, dificilmente entrarão em choque com pessoas e trânsito. Menor custo e mais fáceis de construir, quando comparados com os sistemas de Metrô. Desvantagens Os monotrilhos necessitam da sua própria “estrada” Ocupando menos espaço no chão do que os sistemas elevados convencionais, ocupam mais do que os sistemas subterrâneos. Os desvios implicam que uma parte da linha fique suspensa no ar, num determinado espaço de tempo. Ao contrário dos desvios convencionais, um comboio que circule nessa linha suspensa, pode descarrilar, com o risco adicional de cair de uma altura de vários metros do chão. Numa emergência, os passageiros não podem sair imediatamente visto não existirem plataformas para o poderem fazer; é necessário esperar que os bombeiros apaguem o fogo ou que sejam recolhidos por um veículo de emergência. Se o comboio estiver a arder, os passageiros poderão ter que tomar a desagradável decisão de se lançarem para o chão, de uma altura de vários metros correndo o risco de partir alguns ossos, ou ficarem no comboio, podendo assim sufocarem; os novos sistemas de monotrilhos, resolvem esta situação, criando plataformas a longo da linha. COMBOIO DE ALTA VELOCIDADE Comboio de alta velocidade ou trem de alta velocidade (ou trem-bala) é um transporte público que circula em caminhos de ferro excedendo os 200 km/h. Os comboios japoneses Shinkansen foram os precursores dos comboios de alta velocidade. França (TGV) Possui a rede de ferrovias mais avançada da Europa. A rede de TGV iniciou o serviço em 1981 com a abertura da linha entre Paris e Lyon (LGV Sud-Est). A rede TGV espalhou-se gradualmente para outras cidades, e para outros países como a Suíça, Bélgica, Países Baixos e Reino Unido. A velocidade mais alta é a da linha Paris-Estrasburgo, com 320 km/h. O TGV da classe Réseau, visto em Marselha na estação de St. Charles é o cavalo para todo o serviço da rede de alta-velocidade francesa. Alemanha TRANSRAPID, um comboio de levitação magnética, alcança velocidades de até 550km/h. . Na China, o Shangai Maglev Train, baseado na tecnologia maglev do Transrapid construído em colaboração com a Alemanha ficou operacional desde Março de 2004. Itália O serviço é fornecido pelos comboios da Eurostar Italia (séries ETR 4xx, mais conhecido como Pendolino e a série ETR 500). ETR 500 Italiano - Pendolino Portugal Desde os finais da década de 1990 que o serviço Alfa Pendular da empresa Caminhos de Ferro Portugueses, circula com os comboios Pendolino, ligando o continente Português desde Braga no norte até ao Algarve no extremo sul do país a uma velocidade comercial de 220 km/h . Um Alfa Pendular a sair da estação do Oriente em Lisboa O trem é apelidado de Pato, devido ao design aerodinâmico dos carros que se assemelham a um bico de pato. O projeto bico reduz o ruído criado pela resistência do ar em altas velocidades. Velocidade máxima de 330 km/h. Espanha - AVE série 102 Reino Unido No Reino Unido, os comboios Eurostar, que circulam pelo túnel do Canal da Mancha entre o Reino Unido, a França e a Bélgica, são versões substancialmente diferentes dos comboios TGV. Estes comboios estão atualmente limitados a uma velocidade máxima de 200 km/h apesar de terem sido projetados para circular mais rápidos. Comboio a caminho do Eurotúnel com destino a Europa Continental. China A China inaugurou em 2009 uma linha de trem de alta velocidade mais rápida do mundo, que une em 3 horas as cidades de Wuhan (centro) e Guangzhou (sul), com uma média de 350 km/hora. O CRH3 - Trem unidade elétrico, com velocidade máxima de 394.3 km/h. Em 2004 o comboio maglev, Transrapid de Xangai, foi inaugurado em parceria com a Siemens da Alemanha, sendo capaz de uma velocidade operacional de 430km/h e uma velocidade máxima de 501km/h, ligando Xangai ao Aeroporto Internacional de Pudong. O Transrapid de Xangai circula graças à levitação magnética Coreia Os comboios coreanos de alta-velocidade KTX, tornaram-se operacionais em Abril de 2004. A velocidade máxima do KTX, cuja tecnologia deriva diretamente do TGV francês, é de 300km/h. O KTX usa comboios derivados do TGV francês. Formosa (Taiwan) O Taiwan High Speed Rail (THSR) é o sistema ferroviário da ilha Formosa. Circula a aproximadamente 345km/h desde Taipé até Kaohsiung. Adotando a tecnologia japonesa Shinkansen como núcleo do sistema, o Taiwan High Speed Rail usa o Shinkansen da série 700T produzido por um consórcio de companhias japonesas, sendo a mais notável a Kawasaki Heavy Industries. Séries 700T - Shinkansen numa viagem de testes Rússia A linha entre São Petersburgo e Moscou está sendo modernizada para permitir que os ICE alemães, comprados pela Rússia, alcancem os 250km/h em 2008. A construção da linha iniciou-se em 2004 e espera-se que esteja terminada em 2008. Trem bala Russo Sapsan O Yüksek Hızlı Tren, YHT, entre Ancara e Istambul, uma viagem de 533 km é feito em cerca de 3:30 h e 4:40 h Turquia Chile No Chile, diferentemente dos outros países da América Latina, se destaca o moderno serviço de transporte de passageiros. O "Metrotren" vai de Santiago a Rancagua e San Fernando. O "Terrasur", de Santiago a Chillán. Todos os serviços são realizados pela empresa chilena EFE. Os trens, elétricos, chegam aos 140km/h. Trem que transporta passageiros de Santiago a Chillán, da "Terrasur"-EFE. Argentina O Trem de Alta Velocidade (TAVe) também chamado de COBRA (Cordoba-Buenos Aires-Rosario) é um projeto anunciado em 26 de abril de 2006 para construir um Trem de alta velocidade que interligue as cidades de Buenos Aires, Rosário e Córdoba. Após anunciar no fim de 2008 que inciaria a obra em 6 meses , a empresa Alstom não conseguiu financiamento do banco francês que foi afetado pela Crise Econômica mundial de 2008 e resolve adiar por tempo indeterminado o projeto do TAVe. É um projeto do governo federal a implantação de linhas de transporte ferroviario de alta velocidade no país. Em 2007, o governo federal incluiu no Programa Nacional de Desestatização (PND), a Estrada de Ferro 222, destinada à implantação do trem de alta velocidade, ligando Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. A partir de 2008 foram realizados estudos para instalação da linha em outras cidades do país: BRASIL (TAV) 1- TAV Rio-São Paulo 2 -TAV Brasília-Goiânia 3 -TAV Belo Horizonte-Curitiba 4 -TAV Campinas-Triângulo Mineiro